OS IMPACTOS DA LEI SARBANES-OXLEY ACT E A GOVERNANÇA CORPORATIVA NO NOVO MILÊNIO LILIANA HORÁCIO SILVA REZENDE

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1 OS IMPACTOS DA LEI SARBANES-OXLEY ACT E A GOVERNANÇA CORPORATIVA NO NOVO MILÊNIO LILIANA HORÁCIO SILVA REZENDE Resumo: o governo norte-americano criou a Sarbanes-Oxley Act, com abordagem jurídica internacional, atingindo também as empresas estrangeiras que atuam no mercado de capitais no exterior. A lei levou as empresas e os países a atentar para a maneira pela qual os conceitos de governança corporativa estariam sendo modificados, buscando a justiça e responsabilidade social. Este artigo procura, portanto, no âmbito do Direito Internacional, analisar as mudanças trazidas pela Sarbanes-Oxley Act e a forma como o mercado financeiro internacional se adapta às suas exigências, focando na governança corporativa e na atuação das empresas brasileiras no mercado de capitais. Palavras-chave: Lei Sarbanes-Oxley, Governança Corporativa, Mercado de Capitais, Controles Internos Aglobalização e a facilidade de atuação no sistema financeiro internacional atraíram muitos investidores para o mercado de capitais, propiciando uma melhor inserção em mercados no exterior. Os acionistas das empresas delegam certa autonomia aos administradores, propiciando que eles cuidem da gestão e das tomadas de decisão. Entretanto, pode haver assimetria de 651

2 652 informações, o que quer dizer que a atuação do gestor não esteja alinhada com os desejos do investidor. Assim, decorre a divisão de poderes na empresa e conseqüentemente, interesses divergentes. Este trabalho trata das mudanças trazidas pela Lei Sarbanes- Oxley Act e a forma como o mercado financeiro internacional se adapta às suas exigências, focando na governança corporativa e na atuação das empresas brasileiras no mercado de capitais, já que para as tornou-se exigência também para as empresas estrangeiras que negociam ações na bolsa norte-americana. Como metodologia, foi utilizado como referencial teórico o póspositivismo de Dworkin, baseado na análise de que além da utilização das regras é preciso se valer de outros padrões normativos, como por exemplo, os princípios. Haja vista a necessidade de uma pesquisa completa e específica, o método dedutivo apresenta-se adequado para o desenvolvimento do tema em pauta. Ademais, foi realizado um estudo de material disponível sobre o assunto, ressaltando que ainda há uma bibliografia escassa sobre o tema. O artigo está segmentado em tópicos que facilitam a exposição do trabalho. Inicialmente, é apresentada uma discussão sobre o mercado financeiro internacional e sua história. Em seguida, há uma exposição sobre conceitos e aplicação de governança corporativa, seguida do assunto acerca os controles internos. Ademais, foi analisada a Lei Sarbanes Oxley Act e seu impacto para as empresas brasileiras. A análise da legislação norte-americana mostra-se pertinente à luz do Direito Internacional, pois apresenta uma abordagem jurídica que se estende além de suas fronteiras, já que atinge não apenas as empresas daquele país, mas também as brasileiras que atuam no mercado de capitais no exterior. O MERCADO FINANCEIRO INTERNACIONAL O mercado financeiro está em constante transformação, causada pela dinâmica da globalização e da alta competitividade. Cada país passou a desenvolver sistemas de governança corporativa, permitindo a sua modernização, de acordo com o seu desempenho econômico. O mercado é altamente competitivo, o que leva empresas a tentarem expandir-lo como uma estratégia para sobrevivência no

3 mundo corporativo. Entretanto, o mercado internacional apresenta várias regras que podem tornar a atuação dessas empresas cada vez mais complexa. De acordo com a definição de Andréia Andrezo, podemos entender como mercado de capitais aquele em que: As operações são normalmente efetuadas diretamente entre poupadores e empresas, ou por meio de intermediários financeiros não-bancários, diferenciando-se, do mercado financeiro, no qual os bancos atuam como parte na intermediação, interpondo-se entre aqueles que dispõem de recursos e aqueles que necessitam de crédito (ANDREZO, 1999, p. 1). Para os países em desenvolvimento, o mercado de capitais pode ser um instrumento de grande valia para a sua economia, já que os recursos aplicados pelos investidores possibilitam às empresas o financiamento de seus projetos. Assim, a economia se desenvolve positivamente, propiciando vantagens para as empresas e para o país. As transformações do mercado atual foram geradas pela alta competitividade e pela globalização. As organizações têm que se adaptar às novas legislações, que buscam demonstrar a credibilidade social além da maximização do retorno dos acionistas. A globalização influencia diretamente neste mercado e com as peculiaridades de cada empresa ou país, faz-se necessário seguir regras para que os interesses dos investidores sejam preservados. Assim, apenas são negociados no mercado papéis de empresas que aderiram a certas práticas de governança corporativa. Para a empresa, estar inserida no mercado externo é muito importante, já que o fluxo internacional proporciona o acesso a vários investidores. Todavia, para se beneficiar deste mercado, a empresa deve atentar para que haja uma boa compreensão de sua gestão. Ainda que o acesso a novos financiamentos esteja facilitado, levando à modernização da gestão, é preciso estar atento para a segurança e as formas de controles internos das empresas, monitorando a relação entre acionista e administrador. Os regulamentos, convenções culturais e instituições regem o relacionamento entre os acionistas e os gestores, formando um sistema de governança corporativa. Os acionistas delegam auto- 653

4 654 nomia aos administradores, entretanto, pode haver assimetria de informações, que decorre da divisão de poderes na empresa e consequentemente, interesses divergentes. O que fica claro é que o mercado precisa ter regras claras, que protejam os interesses dos investidores. A falta de transparência das empresas em seus demonstrativos financeiros pode comprometer, portanto, o bom funcionamento do mercado internacional. A globalização foi responsável por aumentar o fluxo internacional de capital, produto e serviço, gerando a interdependência econômica entre os países. O mercado financeiro passou a apresentar estratégias para diminuição de riscos a partir da década de 1980, em especial com o Comitê da Basiléia, que estabeleceu um acordo que apresentava um cálculo de capital regulamentar mínimo para as instituições financeiras. Na década seguinte, o acordo de 1988 foi reformulado, permitindo a inclusão de fatores ligados à transparência do mercado. Passou a haver uma maior exigência quanto às gestões das instituições financeiras, já que os colapsos de algumas empresas demonstraram como os riscos precisavam ser controlados. Através de um erro estratégico de hedge, ligado a contratos futuros de petróleo a curto prazo que protegiam os contratos de venda a longo prazo, a empresa alemã Mettalgesellschaft impactou o mercado com o escândalo de seu colapso. Neste mesmo sentido, em 1998, a norte-americana Long Term Capital Management também foi abalada, com destaque para a falta de transparência, que conseqüentemente atingiu todos os investidores, levando às perdas aos cotistas do fundo de derivativos. Um dos casos mais críticos foi a falência do banco britânico Barings Bank em 1995, que foi abalado devido a falta de controle operacional, por uma estratégia errada adotada por um de seus executivos. Operações não autorizadas e de fraudes foram praticadas no mercado de derivativos da Bolsa de Cingapura pelo gerente do banco que acumulava funções tanto de operador de pregão, como de back office. Outras empresas norte-americanas foram envolvidas em grandes escândalos que envolviam relatórios contábeis e suspeitas de fraudes, como a Xerox, a WorldCom e a Enron, fragilizando a confiança dos investidores. Com tantos problemas ligados à gestão de grandes corporações atingindo o mercado financeiro norte-americano, passou-se a dis-

5 cutir quais seriam as melhores formas de regular o mercado, de propiciar segurança aos acionistas, diminuindo a fragilidade dos controles, mitigando as práticas antiéticas e responsabilizando os administradores. Neste contexto, o conceito de Governança Corporativa passou a se destacar, enquanto o Congresso norteamericano buscava normas para proteger os investidores. OS IDEAIS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA A governança corporativa, em sentido mais amplo, pode estar ligada a um conjunto de agentes envolvido com os negócios direta ou indiretamente, ou seja, a todos aqueles que são atingidos pela atuação da empresa. Os princípios de governança apresentados pela Organization for Economic Cooperation and Development (OCDE) são de enorme importância pois demonstram uma abrangência dos aspectos tratados e uma difusão internacional, chegando a influenciar a prática da boa governança em alguns países. Vale ressaltar que não existe um modelo perfeito ou único de governança corporativa, entretanto é possível identificar algumas práticas e elementos que são favoráveis a diversos sistemas. Os princípios de governança devem apresentam características dinâmicas, buscando se adaptar às peculiaridades do mercado e inovar a gestão, a fim de gerar novos negócios através desta modernização. A governança corporativa busca conciliar os interesses dos gestores com os dos proprietários, através de estratégias e decisões em que ambos sejam beneficiados. O conceito de governança está ligado ao bom desempenho da empresa, a uma performance positiva, alinhando os interesses das duas partes contratantes. Assim, os acionistas controladores das empresas passam a fazer parte de um sistema de monitoramento e controle, em que as decisões tomadas pelos administradores passam a estar alinhadas com os interesses dos acionistas. Várias teorias tentam explicar a governança. A teoria clássica da firma apresenta como principal agente o entrepreneur, que atua tanto como gerente quanto como tomador de risco, diferentemente das corporações modernas em que o controle é feito pelos gestores, separadamente dos acionistas. 655

6 656 A teoria neoclássica ressalta que as firmas não eram afetadas pelo direito de propriedade ou por sua constituição legalmente, já que eram responsáveis pela função de produção e agiam de forma passiva. Vale ressaltar que se trata de um modelo conceitual, não se trata de um tipo específico de empresa. A única preocupação para as firmas, como unidade autônoma, era aumentar o lucro, de forma mecânica, transformando insumos em produtos. A nova economia institucional passou a analisar as empresas de forma mais complexa, ligando-as ao mercado e à variação de custos de operação e competência. É possível perceber que as empresas atuais são diferentes das firmas conceituadas pela teoria econômica clássica, especialmente no tocante ao aspecto organizacional. As divergências causadas pela separação entre a propriedade e a gestão são conceituadas como teoria da agência. O proprietário delega a um executivo o poder de decisão sobre sua propriedade, todavia os interesses de cada um deles podem ser divergentes, gerando o conflito de agência. A governança corporativa busca, portanto, que tal conflito seja solucionado através de mecanismos de monitoramento, controles e incentivos para as partes contratantes, de maneira tal que os gestores se comportem segundo interesses dos proprietários. Existem vários modelos sobre sistemas de governanças de acordo com os tipos de propriedade e peculiaridades. Dois modelos abrangentes são apresentados pela economia para superar tal conflito, ou seja, como uma boa governança corporativa: o nipogermânico e o anglo-saxão. O modelo nipo-germânico tinha como objetivo a construção de estrutura produtiva de acordo com as necessidades dos países envolvidos, com uma visão coletiva. Ele apresenta propriedades mais concentradas, ou seja, um mecanismo interno em que há uma participação cruzada, uma interação entre instituições financeiras, governo e empresas com estratégias a longo prazo. O modelo anglo-saxão é caracterizado pela pulverização do controle acionário, as bolsas de valores garantem a liquidez das operações e o preço das ações reflete o julgamento do mercado. Nota-se que neste modelo se sobressai a valorização do interesse individual, privilegiando os acionistas anônimos. No tocante ao mercado brasileiro, os problemas de agência são minimizados pelos controladores, ou seja, não há tanto conflito

7 entre acionistas e administradores, ao contrário do que ocorre no mercado norte-americano. Assim, é preciso refletir se o modelo aplicado às empresas estrangeiras seria o sistema mais adequado a ser adotado por empresas brasileiras. A Governança Corporativa é a união de práticas que aperfeiçoam o desempenho das empresas, protegendo os investidores, credores e empregados. Quando analisada frente ao mercado de capitais, a boa governança envolve um tratamento igualitário aos acionistas, responsabilidade na prestação de relatórios contábeis e transparência. Independente do modelo de governança, para que os interesses dos acionistas estejam em consonância com as decisões do gestor, as informações fornecidas devem apresentar transparência e equidade, bem como devem estar de acordo com as normas. ANÁLISE DE RISCOS E REGULAMENTAÇÃO DE CONTROLES INTERNOS Toda empresa está sujeita aos riscos. Para lidar com corporações, é preciso aceitar que os riscos estão inerentes às operações e aprender a gerenciá-los, já que o administrador é o responsável pelo sucesso da empresa e por obter lucratividade para seus acionistas. Os grandes retornos são obtidos com riscos mais elevados, já que há uma proporcionalidade entre o risco e a alocação de ativos. Os riscos podem ser originados externamente, pelo próprio mercado, assim como podem ter origem interna, na própria empresa. Os segundos podem ser avaliados pelo gestor, que tentará minimizá-los através de controles. Os controles são processos implementados pela administração da empresa, focando suas estratégias, buscando garantir eficiência operacional, confiabilidade nos processos de comunicação através da transparência de informações e de relatórios contábeis. Há uma tentativa de seguir os princípios de compliance, baseando-se nas legislações em vigor. Em 1977, o Congresso dos Estados Unidos aprovou a Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), que apresentava cláusulas de processo regulatório referente a controles internos. A intenção era mitigar riscos, em especial os relativos aos pagamentos duvidosos 657

8 658 no exterior. Assim, os auditores, administradores e contadores passaram a pesquisar e estabelecer padrões para os processos de controle. A Tredway Commission foi responsável por desenvolver conceitos de controle interno, de acordo com o processo, em 1985, através do Committee of Sponsoring Organizations of The Treadway Commission (COSO). Com a visão apresentada em 1992, o controle interno foi definido e passou a ser analisado como um sistema, tornando-se uma ferramenta administrativa. A responsabilidade do processo cabe ao conselho diretor, à administração e aos funcionários envolvidos, que geraria eficiência operacional, relatórios financeiros confiáveis e cumprimento dos normativos pertinentes (PETERS, 2007). Alguns colapsos de grandes empresas estavam relacionados à falta de um controle interno eficaz, já que havia manipulação dos relatórios financeiros, apresentando resultados falsos aos investidores. Com a regulamentação sobre a matéria, as informações são mais confiáveis, possibilitando uma melhor tomada de decisão. O responsável pelo controle interno é o próprio administrador da empresa, já que se trata de um processo de fiscalização que pode ser: corretivo, detectivo ou preventivo. Entende-se que um melhor desenvolvimento da governança está ligada aos controles internos propiciando uma maior eficácia das operações da empresa, respeitando a legislação em vigor e conseqüentemente, traria uma confiabilidade maior no tocante aos relatórios financeiros. As informações apresentadas pelas empresas servem como fontes para tomadas de decisões, que têm influências econômicas e financeiras. As normas existem para que tal comunicação seja feita, transparecendo confiança, segurança aos gestores e acionistas. A Sarbanes Oxley Act evidencia que as informações acerca de uma empresa podem ser relevantes para os interessados e, antes de divulgadas, devem passar por certificações fornecidas pelos gestores e pela auditoria. Um dos pontos mais rígidos da lei diz respeito ao controle interno. A segurança é passada ao acionista através de relatórios financeiros que sejam fiéis à situação da empresa, de adequação às normas vigentes e em especial, à eficácia das operações de acordo com as regra estabelecidas. Tais ações geram credibilidade para os

9 envolvidos, permitindo uma confiança nos números apresentados pelas demonstrações financeiras da empresa. A IMPLANTAÇÃO DA LEI SARBANES-OXLEY ACT Pela necessidade de regular o mercado, foram criadas várias leis para proteger investidores e empresas, na tentativa de dar mais segurança a todos os envolvidos no processo. Em 2002, os membros do congresso norte-americano Paul S. Sarbanes e Michel G. Oxley foram responsáveis por uma lei que pudesse proteger o mercado, através de uma boa governança das empresas e de segurança nas informações contábeis divulgadas, protegendo a empresa, os consumidores e acionistas. No dia 30 de julho daquele ano, o presidente do Congresso norte-americano, George Arbusto, assinou a Sarbanes Oxley Act 2002, uma grande reforma da legislação societária do país. O surgimento da Sarbanes Oxley transformou em lei a premissa da ética no mercado e a boa gorvernança corporativa, em especial no tocante aos controles internos, à emissão e divulgação de relatórios financeiros. O objetivo era disponibilizar para os acionistas, de maneira confiável, informações contábeis da empresa. Devido às crises do mercado financeiro e as divergências apresentadas nos livros das companhias, o congresso norte americano considerou necessária a criação de legislação que oferecesse maior segurança aos clientes e investidores, dificultando as atividades duvidosas praticadas por empresas sob alegação de desconhecimento por parte dos executivos. Assim, haveria maior rigidez no tocante aos controles internos e uma maior responsabilidade para os executivos. A evolução do mercado financeiro internacional demonstra como as empresas têm se tornado cada vez mais complexas, já foi superado o modelo familiar e a estrutura passou a ser uma divisão de propriedade, como ocorre através da emissão de ações. Para que tal estrutura pudesse se manter de forma lucrativa para os acionistas, foi preciso buscar novas maneiras de administrar e controlas tais empresas, garantindo uma participação positiva para o acionista. A Sarbanes Oxley Act é fiscalizada e regulada pela Securities and Exchange Commission (SEC), que funciona a exemplo da 659

10 660 CVM no Brasil. Ademais, foi criada uma comissão que permite fiscalizar e regulamentar as atividades Public Company Accounting Oversight Board (PCAOB). A lei é extensa e apresenta 11 títulos, num total de 69 seções, com artigos que transformaram em lei os princípios de Governança Corporativa. Cada seção aborda um tema específico, sendo que cada título é composto por seis seções, em média. As partes da lei que interessam a este trabalho serão apresentadas a seguir. O primeiro título, por exemplo, versa acerca da auditoria, tratando da formação do comitê e de seus deveres. O Comitê de Auditoria é o representante dos interesses dos acionistas e de todas as demais pessoas atingidas pelas decisões da empresa. As regras são rígidas e exigem padrões propostos por profissionais de contabilidade, sendo que as normas do comitê devem ser anteriormente aprovadas pela SEC. Ademais, as empresas de auditoria estrangeira também estão sujeitas a estes procedimentos. O comportamento do auditor é matéria descrita no segundo título da Sarbanes Oxley Act, proibindo certos serviços e estabelecendo suas responsabilidades e funções. Tal título sofreu algumas alterações práticas posteriormente, com as novas regras instituídas pela SEC. Os artigos que geram maior discussão pela Sarbanes Oxley Act estão entre os relacionados no terceiro e quarto títulos, que tratam da responsabilidade corporativa e da divulgação de informações financeiras, respectivamente. A seção 301 versa sobre a criação de um comitê de auditoria apenas para fiscalizar todos os passos de elaboração e divulgação das demonstrações financeiras. A seção 302 da referida lei disserta sobre a exigência da declaração pessoal dos diretores executivos e financeiros das empresas, se responsabilizando pelos procedimentos e controles de divulgação, de maneira que trimestralmente deve estar certificado que tais responsáveis avaliaram e divulgaram as deficiências dos controles detectados pela auditoria, evitando influências fraudulentas (seção 303). Em casos de fraudes, o presidente e diretor da companhia devem devolver os valores recebidos como bônus, durante os 12 meses após a publicação dos relatórios financeiros (seção 304). E os advogados, ao descobrirem qualquer tipo de ação fraudulenta ou irregularidade, devem informá-la ao diretor do departamento jurídico (seção 307).

11 As questões de controles internos são tratadas no quarto título. Ficou estabelecido que a SEC fizesse a avaliação dos relatórios contábeis, que devem ser elaborados pelas empresas de acordo com os princípios contábeis determinados pela própria SEC (seção 401). A seção seguinte, ao seguir princípios éticos, discorre sobre a proibição de empréstimos pessoas para os executivos das companhias. Na seção 404, a lei exige uma avaliação anual dos procedimentos e controles para que os relatórios financeiros sejam emitidos, ressaltando que deve ser atestada pelo administrador a asserção sobre a eficácia de seus controles. Tal normativo impede que o gestor da companhia alegue desconhecimento de alguma informação, já que estará ciente de todo controle interno. Neste aspecto, os executivos passam a ser responsáveis pela avaliação e monitoramento dos controles internos e pelos relatórios divulgados pela empresa, a fim de evitar o chamado crime do colarinho branco. Assim, os diretores ficam obrigados a certificar e assinar os relatórios financeiros, como sinônimo de responsabilidade corporativa. O gestor passa a ter maiores responsabilidades, podendo ser punido com pagamento de multas e inclusive sofrer pena de reclusão, como ocorre nas situações de fraudes contábeis, falsificação e alterações documentais (Título VII). As regras da Sarbanes Oxley Act são direcionadas para os executivos como presidentes e diretores, todavia, extendem-se para os analistas de mercado, auditores e até advogados. Nota-se que a rigidez da lei, com regras de gestão, busca gerar um controle rigoroso acerca dos processos internos das empresas, evitando fraudes e atitudes antiéticas, buscando a obrigatoriedade da boa governança corporativa. A lei passou a ser obrigatória para as companhias de capital aberto, incentivando seus administradores a inovar e buscar um melhor desempenho operacional e negocial. Todavia, as demais companhias também podem se espelhar neste modelo a fim de gerar uma maior eficiência. A ADEQUAÇÃO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS Na conquista de novos mercados e aumento da lucratividade, várias empresas brasileiras atuam no mercado de capitais no ex- 661

12 662 terior. Para isso, devem estar atentas à legislação estrangeira e se adequarem aos padrões exigidos por outros países. A Sarbanes Oxley Act é uma tentativa norte-americana de regular seu mercado financeiro, atingindo as suas companhias abertas e as subsidiárias de suas multinacionais registradas na bolsa americana, mas que operam em outros países. Sua aplicabilidade ultrapassa a fronteira, já que a exigência de adequação a suas diretrizes é estendida a todas as empresas estrangeiras que têm acesso ao mercado de capitais norte-americano. Tal exigência pode parecer bastante rigorosa para empresas de alguns países, que ainda apresentam modelo de governança baseado numa estrutura familiar ou que ainda não absorveram princípios de governança corporativa. Por outro lado, é uma oportunidade para adequar as companhias a valores éticos, de responsabilidade social e que visem comprometimento e respeito ao investidor, em especial no que tange aos controles internos e informações divulgadas. Enquanto a SEC controla e fiscaliza as diretrizes traçadas para o mercado norte-americano, no Brasil a CVM também ressalta a necessidade de preservar a boa prática de Governança Corporativa. Algumas regras abordadas pela Lei Sarbanes Oxley já estavam presentes na legislação brasileira, na Lei /01, que trata do direito societário. Como exemplo, nota-se que a responsabilidade do administrador no que tange aos balanços financeiros está presente nos artigos 142 e 176 da Lei n. 6404/1976. Quanto à questão do auditor não poder realizar consultorias à empresa que audita, também já era previsto no Brasil, com a finalidade de evitar a perda da objetividade e independência, de acordo com I. N. CVM 308/1999. Enquanto a legislação norte-americana exige a criação de um comitê de auditoria, as empresas brasileiras podem substituí-lo por um Conselho Fiscal (SANTOS, 2004, p. 9-10). Vale ressaltar que, no mercado brasileiro, esta estrutura não é obrigatória. A Cartilha de Governança Corporativa da CVM indica que seja realizado trimestralmente pela empresa um relatório com a análise dos resultados e os riscos que o influenciaram. Neste sentido, a Sarbanes Oxley Act é rígida ao exigir relatórios trimestrais com certificação dos gestores. No Brasil, os administradores respondem civilmente pelos prejuízos que causarem à empresa quando atuam além de sua

13 função. A legislação americana impõe, além da responsabilidade civil, penas de reclusão e multas. A aprovação da lei nos Estados Unidos evidentemente impactou as empresas brasileiras que têm ações lançadas no mercado de capital norte-americano, levando a discussão sobre a melhor maneira de adequação. As companhias que ainda pretendem adentrar neste mercado também procuram se adaptar às exigências. As grandes empresas brasileiras de capital aberto já estão se adequando às práticas apontadas pela CVM na Cartilha de Governança Corporativa, que sugere princípios éticos e de gestão. Para aquelas que já seguiam os ideais de boa governança, a Sarbanes Oxley Act não impactaria tanto, gerando apenas algumas mudanças que poderiam ser implementadas com mais facilidade. O desafio estaria com as empresas que ainda mantêm outras estruturas, que não optaram por uma gestão que privilegie a boa governança corporativa, a responsabilidade social, a transparência e o respeito aos investidores. CONCLUSÃO Uma nova estrutura econômica, política e cultural surgiu mediante o fenômeno da globalização, que se iniciou com a liberação ampla do comercio exterior e posteriormente foi possível perceber que o foco passou para os mercados financeiros. Nota-se que o investimento internacional está relacionado com a globalização das instituições financeiras e bancárias, o que proporciona fusões e aquisições transnacionais. Apesar de todos os benefícios que a globalização financeira traz, incluindo a possibilidade e as facilidades de investir no mercado externo e conquistar novos clientes e investidores, é preciso ressaltar que as realidades são diferentes em cada país. As políticas financeiras das instituições e empresas que atuam neste mercado nem sempre seguem quesitos de ética, preocupação social ou respeito aos investidores, podendo gerar enormes discrepâncias e prejuízo a todos aqueles envolvidos com suas atividades. Ainda que as empresas devam seguir uma visão que busque resultados positivos para os investidores, tal fato não impede que tal atuação seja voltada para a boa governança corporativa, independente do mercado que atua. A realidade mundial tem demons- 663

14 664 trado que é preciso atentar para a responsabilidade social. Neste sentido, Stiglitz (2002, p. 265) destaca: O maior desafio não está apenas nas instituições propriamente ditas, mas nas mentalidades: para que se alcancem os benefícios potenciais da globalização, é necessário cuidar do meio ambiente, garantir que os pobres tenham voz nas decisões que os afetam e promover a democracia e o justo comércio. As grandes empresas, bem como as multinacionais, são um dos principais atores da manutenção do capitalismo globalizado. Isso significa que a gestão das empresas pode fazer uma grande diferença na realidade de vários países. As decisões de uma companhia podem influenciar diretamente a economia mundial, especialmente quando são divulgados os escândalos sobre fraudes ou erros que levam uma empresa à falência, causam a uma perda de capital por parte dos acionistas, geram instabilidade econômica, prejuízos para os credores e um crescente número de desempregados. Os colapsos apresentados por grandes companhias na década de 90 estimularam a criação de uma melhor regulamentação para o mercado financeiro. A Sarbanes Oxley Act surgiu como conseqüência deste contexto, mas não pode ser vista apenas como uma legislação para o mercado norte-americano. Inúmeras empresas atuam diretamente no mercado externo, em especial o americano, e devem seguir tal regulamento. A legislação norte-americana pode parecer rígida, até se tornar um obstáculo para algumas empresas estrangeiras que pretendem atuar no mercado externo de capitais. Entretanto, os princípios éticos e da boa governança corporativa deveriam ser seguidos por todas as companhias, independente de seu interesse em atuar no mercado externo. Isso porque a incredibilidade gerada pelas companhias desestabiliza a economia e afasta investidores. A transparência é a melhor forma de tratar as tomadas de decisões com toda a seriedade que lhe é devida, permitindo uma gestão baseada na boa governança corporativa, com uma visão ampla. Assim, a Sarbanes Oxley Act é um avanço para o mercado de capitais, trazendo mais seguranças aos acionistas e impactando

15 os demais países, exigindo a adequação aos seus princípios. Ao mesmo tempo em que a lei restringe a participação de algumas empresas por não se adequarem, proporciona uma elevada discussão acerca do tema. Referências ANDREZO, A. F. A necessidade de maior transparência das informações e orientação dos investidores para o desenvolvimento do mercado de valores mobiliários. São Paulo: CVM, I Concurso de Monografia. BERGAMINI JUNIOR, S. Controles internos como instrumento de governança corporativa. Disponível em: < rev2406.pdf>. Acesso em: 30 jul BARROSO, M. O. Governança corporativa e eficiência no mercado de ações brasileiro. Brasília: Banco do Brasil, CABRAL, E. R. da C.; SANTOS, P. H. M. dos. Controles internos e compliance em instituições financeiras com atuação no exterior. Brasília: Banco do Brasil, DORNELLES, B. P. B. Análise sob aspectos jurídicos do dever de informar corretamente a respeito dos valores mobiliários. Rio de Janeiro: Banco do Brasil, LODI, J. B. Governança corporativa: o governo da empresa e o conselho de administração. Rio de Janeiro: Campus, MATTEDI, L. G. Como a governança corporativa pode ajudar no fortalecimento do mercado de capitais brasileiro. Rio de Janeiro: Banco do Brasil, PENHA, J. C. C. da. Análise comparativa das normas contábeis brasileiras com as norte-americanas: BR GAAP x US GAAP. Rio de Janeiro: Banco do Brasil, PETERS, M. Implantando e gerenciando a Le Sarbanes Oxley: governança corporativa agregando valor aos negócios. São Paulo: Atlas, Recomendações da Comissão de Valores Mobiliários sobre Governança Corporativa. Disponível em: < cartilha.doc>. Acesso em: 30 jul SANTOS, L. de A. A.; LEMES, S. A lei Sarbanes-Oxley: uma tentativa de recuperar a credibilidade do mercado de capitais norte-americano. Disponível em: < Acesso em: 30 jul SEC: Securities and Exchange Commission. Disponível em: < Acesso em: 30 jul

16 SILVEIRA, A. Di M. da. Governança corporativa e estrutura de propriedade: determinantes e relação com o desempenho das empresas no Brasil. São Paulo: Saint Paul, STIGLITZ, J. E. A globalização e seus malefícios. Tradução de Bazán Tecnologia e Lingüística. São Paulo: Futura, Abstract: the U.S. government created of the Sarbanes-Oxley Act, with international legal approach. It affects all those foreign companies who serve in the capital market abroad. The ideals of the Sarbanes-Oxley encourage companies and countries to look at the way the concepts of corporate governance are being modified, seeking justice and social responsibility. This research intends, under international law, to exanimate the changes brought with Sarbanes-Oxley Act and how the international finance fits their needs, focusing on corporate governance and the performance of Brazilian companies in the financial market. Key words: Sarbanes-Oxley Act, Corporate Governance, Financial Market, Internal Control 666 LILIANA HORÁCIO SILVA REZENDE Especializanda em Direito Internacional na Universidade Federal de Goiás (UFG). Bacharel em Direito pela UFG e Relações Internacionais pela Universidade Católica de Goiás. liliana.horacio@gmail.com

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