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- Bernadete Campos Araújo
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1 Universidade Federal de Rondônia UNIR Departamento de Engenharia Ambiental DEA Saúde Ambiental Contaminação biológica da água e saúde Acadêmicos: Anderson Rudke, Danilo Santos, Jussara de Paula e Leticia Rocha Contextualização Antigas civilizações - reconhecimento da importância do saneamento. Civilização greco-romana - inúmeras referências à práticas sanitárias e higiene. Escritos a partir do século IV a.c. como o "Livro Ares, águas e lugares" destacam a preocupação em demonstrar a importância do ambiente físico na casualidade de doenças. 1
2 3 Contextualização Século XIX a água foi reconhecida como meio de transmissão de doenças O médico John Snow constatou que a cólera era transmitida pela água ao ser humano. Pesquisa de cólera no bairro do Soho, na Inglaterra, baseando-se nos princípios básicos na análise espacial. 4 Contextualização A partir da Década Internacional do Abastecimento e do Esgotamento Sanitário (declarada pela ONU como o período de ) - se constituiu uma compreensão mais aprofundada da relação entre condições sanitárias e saúde. Países desenvolvidos Países subdesenvolvidos Água Tratada Doenças diarreicas Doenças diarreicas Água Tratada 2
3 5 Contextualização Principais doenças relacionados a falta de tratamento da água para consumo: 1 - relacionadas à ingestão de água: Cólera; Febre tifóide; Hepatite A ; Doenças diarréicas agudas de várias etiologias: bactérias, vírus e parasitas. 6 Contextualização Principais doenças relacionados a falta de tratamento da água para consumo: 2 - Por contato da pele/mucosas: Esquistossomose; Leptospirose; Teníase; Ascaradíase. 3
4 7 Port. BSB n 56/77 Legislação Evolução microbiológica da legislação brasileira de potabilidade da água para consumo humano. Port. GM n 36/90 Port. MS n 2.914/2011 Port. MS n 1.469/00 1 Lei potabilidade; Recomendação do VMP padrão teor mín. de cloro microbiológico; Comtemplava R.L. na rede de Port. MS n 518/2004 aspectos Padrão de turbidez - distribuição; Port. MS n 1.469/2000 microbiológicos; para a garantir quali. Obrigatória pressão Microbiológica; VMP apenas para Port. GM n 36/1990 positiva na rede; VMP para cianotoxinas; parâmetros físicos e químicos. VMP apenas para Ausência, de cistos de parâmetros físicos e Giardia spp e oocistos Port. BSB n 56/1977 químicos. de Cryptosporidium sp. 8 Legislação Evolução microbiológica da legislação brasileira de potabilidade da água para consumo humano. Port. MS n 518/04 Estabelecia plano de amostragem; Enfoque epidemiológico. Port. MS n 2.914/11 Mudança de definições, valores de padrões e plano de amostragem. Adicionado parâmetro Saxitoxinas a cianotoxinas ; 4
5 9 Legislação Portaria de 12 de dezembro de 2011: Art. 27º. A água potável deve estar em conformidade com padrão microbiológico, conforme disposto no Anexo I e demais disposições desta Portaria 10 Legislação Portaria de 12 de dezembro de 2011: Art. 28º. A determinação de bactérias heterotróficas deve ser realizada como um dos parâmetros para avaliar a integridade do sistema de distribuição (reservatório e rede). Art. 29º. Recomenda-se a inclusão de monitoramento de vírus entéricos no(s) ponto(s) de captação de água proveniente(s) de manancial(is) superficial(is) de abastecimento, com o objetivo de subsidiar estudos de avaliação de risco microbiológico. Art. 30º. Para a garantia da qualidade microbiológica da água, em complementação às exigências relativas aos indicadores microbiológicos, deve ser atendido o padrão de turbidez expresso no Anexo II e devem ser observadas as demais exigências contidas nesta Portaria. 5
6 11 Legislação Portaria de 12 de dezembro de 2011: Art. 32º. No controle do processo de desinfecção da água por meio da cloração, cloraminação ou da aplicação de dióxido de cloro devem ser observados os tempos de contato e os valores de concentrações residuais de desinfetante na saída do tanque de contato expressos nos Anexos IV, V e VI a esta Portaria. Art. 34º. É obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/l de cloro residual livre ou 2 mg/l de cloro residual combinado ou de 0,2 mg/l de dióxido de cloro em toda a extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede). Art. 37º. 3º Em complementação ao previsto no Anexo VIII a esta VMP Cloro residual Portaria, quando for detectada a presença de gêneros livre 5 mg/l. potencialmente produtores de cilindrospermopsinas no monitoramento de cianobactérias previsto no 1º do art. 40 desta Portaria, recomenda-se a análise dessas cianotoxinas, observando o valor máximo aceitável de 1,0 µg/l. 12 Legislação Portaria de 12 de dezembro de 2011: Art. 32º. No controle do processo de desinfecção da água por meio da cloração, cloraminação ou da aplicação de dióxido de cloro devem ser observados os tempos de contato e os valores de concentrações residuais de desinfetante na saída do tanque de contato expressos nos Anexos IV, V e VI a esta Portaria. Art. 34º. É obrigatória a manutenção de, no mínimo, 0,2 mg/l de cloro residual livre ou 2 mg/l de cloro residual combinado ou de 0,2 mg/l de dióxido de cloro em toda a extensão do sistema de distribuição (reservatório e rede). Art. 37º. 3º Em complementação ao previsto no Anexo VIII a esta VMP Cloro residual Portaria, quando for detectada a presença de gêneros livre 5 mg/l. potencialmente produtores de cilindrospermopsinas no monitoramento de cianobactérias previsto no 1º do art. 40 desta Portaria, recomenda-se a análise dessas cianotoxinas, observando o valor máximo aceitável de 1,0 µg/l. 6
7 13 Legislação Indicador - grupo de microrganismos de significado higiênico e sanitário (uma vez detectados na água, INDICAM uma possível contaminação por patógenos). Porque a escolha destes parâmetros biológicos? GRUPO COLIFORME - constituem o indicador de contaminação fecal. BACTÉRIAS HETEROTRÓFICAS - contagem alta indica a necessidade de manutenção no sistema, através de limpeza e desinfecção. VÍRUS ENTÉRICOS Resistência muito alta a desinfetantes - pode causar gastroenterites virais, 2a. causa de morbidade por doenças infecciosas no mundo. CIANOBACTÉRIAS Pode liberar toxinas na água. TURBIDEZ Microrganismos podem aderir a partículas dificultando a desinfecção. CLORO RESIDUAL LIVRE evitar eventual contaminação da água na rede. Estudo de caso 14 7
8 15 Estudo de caso Avaliação microbiológica da água de abastecimento público em escolas no município de Ibiúna - SP: estudo comparativo da qualidade da água no cavalete e póscavalete. Francisco R. M. SOTO, Yara S. K. FONSECA, Daniel V. ANTUNES, Marcia R. RISSETO, Marcos AMAKU, Maria de Lourdes B. ARINE Revista Instituto Adolfo Lutz Escolas Objetivo: realizar estudo comparativo da qualidade da água no aspecto microbiológico nos cavaletes e póscavalete, como bebedouros e torneiras das escolas da rede pública. avaliar as condições de limpeza e conservação das caixas d água destas escolas, e sua influência na qualidade microbiológica desta água. 8
9 17 Escolas Metodologia: 28 escolas públicas (zona rural e urbana) -Município de Ibiúna SP. 56 amostras de água. 28 do cavalete e 28 no ponto de consumo; inspeção das condições higiênico-sanitárias e de conservação das caixas d água. 18 Escolas Metodologia: Técnica de Filtração em Membrana; Resultado reportado - contagem direta do número de colônias/100 ml da amostra. Condições satisfatórias e insatisfatórias das caixas d agua. 9
10 19 Escolas Resultados: Tabela 1. Resultados obtidos para coliformes totais e termotolerantes (E coli) com amostragem no cavalete. 20 Escolas Resultados: Tabela 2. Resultados para pesquisa de coliformes totais e termotolerantes (E coli) no ponto de consumo. contaminação por coliformes totais no ponto de consumo pode estar relacionada com as condições higiênico - sanitárias das caixas d água. 10
11 21 Escolas Resultados: Tabela 3. Resultados da avaliação das condições de higiene e conservação das caixas d água das escolas. 22 Escolas Conclusões: Existe contaminação da água no cavalete das escolas por coliformes totais e E coli. Devem ser realizadas ações corretivas para eliminar o problema. Este diagnóstico mostra o quanto é necessário a melhoria da qualidade e o monitoramento em todas as fases de tratamento da água e ações educativas dos órgãos governamentais de saúde, principalmente em relação aos reservatórios das escolas. 11
12 23 Escolas Conclusões: Há uma dificuldade por parte dos órgãos governamentais em monitorar frequentemente esta água. Maiores incentivos seriam necessários para este setor. Encarregar a própria população de controlar a qualidade da água é uma postura incorreta, uma vez que o seu conhecimento quanto aos riscos que a água pode oferecer à saúde é praticamente inexistente 24 Estudo de caso Coliformes em água de abastecimento de lojas fast-food da Região Metropolitana de Recife (PE, Brasil) Maria A.L. PORTO, Amanda M. OLIVEIRA, Ana E.C. FAI, Tânia L.M. STAMFORD Revista Ciência e Saúde Coletiva
13 25 Fast-food Objetivo: avaliar a qualidade microbiológica da água destinada ao abastecimento de uma rede de lojas fast-food situadas na cidade de Recife (PE) e Região Metropolitana; comparar os resultados obtidos aos padrões estabelecidos pela legislação vigente. 26 Fast-food Metodologia: Análise microbiológica da água presença ou ausência de coliformes totais e termotolerantes. durante o ano de lojas de uma rede de fast-food situadas no Recife e Região Metropolitana. 13
14 27 Fast-food Metodologia: lojas 1, 2 e 3 localizadas em praças de alimentação de shopping centers, com abastecimento de água de origem pública. responsabilidade loja 4 - localizada dos em shoppings região comercial o controle de da um potabilidade bairro das popular águas com e da abastecimento higienização dos de seus água reservatórios. de origem pública. loja 5 - água proveniente de poço freático, bomba dosadora de cloro; localizada em um bairro predominantemente residencial e não possui cobertura total de saneamento básico. 28 Fast-food Metodologia: loja 6 - água de poço freático com bomba dosadora de cloro; localizada em prédio predominantemente residencial de instalações muito antigas. lojas 7 e 8 - Localizadas em área residencial e comercial, dispunham de água de abastecimento público e também de poço freático com bomba dosadora de cloro, visando reduzir custos quanto aos recursos hídricos. 14
15 29 Fast-food Metodologia: Mensalmente - analisada uma amostra proveniente de uma das torneiras da área de manipulação de cada loja; No ano - 96 amostras; coletadas em duplicata. 30 Fast-food Resultados: 12,50% em desacordo com legislação Gráfico 1. Percentual de contaminação da água. 15
16 31 Fast-food Resultados: Bairros de intensa concentração populacional e saneamento deficitário com predominância de Loja fossas 3 sépticas. grande possibilidade de rupturas das canalizações públicas, Loja 6 - uso de água proveniente possibilitando a ocorrência de de poço freático e, apesar de utilizar infiltrações de esgotamentos. 41,66% bomba dosadora de cloro houve contaminação. 8,33% A presença de Escherichia coli na água é considerada indicativa de contaminação fecal recente, já que esta bactéria encontra dificuldades para se multiplicar fora das condições entéricas. Gráfico 2. Frequência de contaminação da água. 32 Fast-food Conclusão: Controlar a potabilidade da água é imprescindível na garantia de produção de alimentos seguros, uma vez que a água desempenha papel fundamental neste segmento, sendo utilizada na formulação de produtos alimentícios, higienização de alimentos, instalações, utensílios, equipamentos, superfície de manipulação e manipulador, bem como na fabricação de gelo e vapor. 16
17 OBRIDADO!!! Contaminação biológica da água e saúde Ji-Paraná
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