Assédio moral discriminatório no ambiente de trabalho e o princípio da prevenção.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Assédio moral discriminatório no ambiente de trabalho e o princípio da prevenção."

Transcrição

1 Assédio moral discriminatório no ambiente de trabalho e o princípio da prevenção. Ellen Lindemann Wother Mestranda em Direitos Humanos no. Especialista em Direito do Trabalho pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Advogada. ellenwother@hotmail.com Roger Raupp Rios Doutor e Mestre em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Juiz Federal. Professor da graduação e da pós-graduação no. roger.raupp.rios@gmail.com Resumo: O presente estudo versa sobre o assédio moral praticado no ambiente de trabalho e suas implicações jurídicas no que diz respeito ao direito fundamental do trabalhador de não sofrer discriminação e de laborar em um ambiente de trabalho adequado e equilibrado e que tutele sua saúde física e psíquica. Será estudado o fenômeno do assédio moral nas relações de trabalho, sua definição, características, formas de ocorrência, sua relação com a discriminação de trabalhadores e os impactos no ambiente de trabalho, com o surgimento de riscos contra a saúde dos trabalhadores. Ademais, através de subsídios doutrinários extraídos do Direito Ambiental, será analisado o princípio da prevenção, como uma proposta de aplicação das suas diretrizes no ambiente do trabalho, para o fim de prevenir o assédio moral e a discriminação. 1 Introdução Este trabalho apresenta uma análise sobre o assédio moral ocorrido nas relações de trabalho, sua definição, características, formas de ocorrência, sua relação direta com a discriminação de trabalhadores e os impactos no ambiente de trabalho, com o surgimento de riscos contra a saúde dos trabalhadores e a configuração de violação aos direitos humanos fundamentais do trabalhador a um ambiente de trabalho sadio e livre de discriminação. Ainda, através de subsídios doutrinários extraídos do Direito Ambiental, será analisado o princípio da prevenção na perspectiva de aplicação das suas diretrizes no ambiente do trabalho, para o fim de prevenir o assédio moral e a discriminação. O presente estudo se justifica porque cresce de forma vertiginosa o número de reclamatórias ajuizadas no Judiciário Trabalhista pátrio que noticiam práticas de assédio

2 moral que trazem como efeitos a discriminação, o desencadeamento de doenças de natureza psíquica nos trabalhadores, tais como depressão e síndrome de burnout, e a exclusão de trabalhadores do mercado de trabalho. 2 Metodologia A metodologia utilizada no presente estudo consistiu na análise qualitativa do material resultante da pesquisa bibliográfica e documental, composta por livros, periódicos, jurisprudência dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior do Trabalho, normas internacionais e legislação brasileira (infraconstitucional e constitucional). Conforme Cervo, Bervian e Da Silva (2007, p. 60), através da pesquisa bibliográfica busca-se a explicação de um problema a partir de referências teóricas, tais como artigos e livros. O método de abordagem adotado é o dialético, tendo em vista que o objeto de estudo será considerado dentro de um contexto social relativo ao mundo do trabalho, que está em constante transformação. Através da abordagem dialética é possível conseguir as bases para uma interpretação dinâmica e totalizante da realidade, uma vez que estabelece que os fatos sociais não podem ser entendidos quando considerados isoladamente, abstraídos de suas influências políticas, econômicas, culturais, etc (GIL, 2008, p. 14). 3 Resultados e discussão A existência do assédio moral nas relações de trabalho remonta à origem do próprio trabalho. Todavia, não faz muitos anos que o tema assédio moral passou a ser enfrentado nos julgamentos de demandas trabalhistas no Brasil. 1 Somente no final do século XX e início da primeira década do século XXI que o assunto passou a ser ressaltado no direito do trabalho pátrio, em decorrência da divulgação de importantes estudos científicos sobre assédio moral, merecendo destaque os trabalhos da psicanalista francesa Marie-France Hirigoyen, que abordam a violência perversa no cotidiano através da prática de assédio moral na vida familiar e nas relações de trabalho dentro das empresas. O assédio moral é conceituado por Marie-France Hirigoyen como: Qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, comportamento, atitude...) que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho. É uma violência sub-reptícia, não assinalável, mas que, no entanto, é muito destrutiva. Cada ataque tomado de forma isolada não verdadeiramente grave; o 1 Através de pesquisa realizada na jurisprudência do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, foi constatado que aproximadamente a partir do ano de 2002 a expressão assédio moral passou a ser utilizada nos acórdãos para descrever situações que fundamentavam pretensões jurídicas de indenização em reclamatórias trabalhistas ajuizadas na Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul. Antes da expressão assédio moral passar a ser utilizada, os reclamantes postulavam indenização por danos morais pelo fato de terem sido perseguidos pelo superior hierárquico.

3 efeito cumulativo dos microtraumatismos frequentes e repetidos é que constitui a agressão. 2 Do conceito formulado por Marie-France Hirigoyen, é possível abstrair que para o assédio moral ficar configurado, sua prática deve ser reiterada e habitual, ao longo de um considerável tempo, 3 manifestada através de gestos, comportamentos, omissões, falas, escritos, etc..., que resultem um uma conduta abusiva e aética, que tenha o potencial de abalar o trabalhador e causar danos psíquicos e/ou físicos 4, e, em especial, de excluí-lo do trabalho, forçando-o a pedir demissão, diante da insustentabilidade de sua permanência em um ambiente de trabalho tão nocivo. Ao escrever sobre o tema, Candy Florencio Thome afirma que o assédio moral é um tipo de violência psíquica no trabalho, caracterizada como um processo de repetidos ataques psicológicos ao assediado, mediante atos diversos que afetam a psique do empregado e provocam uma degradação psicológica em suas condições de trabalho. 5 Quanto à natureza jurídica do assédio moral, trata-se de ato ilícito, e que especificamente na área trabalhista configura-se como falta grave, capaz de justificar a rescisão do contrato: pode fundamentar a extinção por justa causa do contrato de trabalho do trabalhador que praticar assédio moral contra outro colega ou pautar a rescisão indireta a ser postulada por trabalhador que foi vítima de assédio moral no ambiente de trabalho. Dependendo de quem pratica o assédio moral, este poderá ser classificado em vertical descendente, vertical ascendente e horizontal. O assédio moral vertical descendente ocorre quando é praticado pelo superior hierárquico e pode ter como objetivo forçar o empregado a pedir demissão para reduzir o quadro de funcionários com custos mais baixos. Ainda, o assédio moral vertical poderá decorrer de abuso de poder motivado por mera perversão, preconceito, discriminação, antipatia e outras razões desarrazoadas. Na modalidade de assédio moral vertical ascendente, a vítima é o superior hierárquico e quem agride é o subordinado ou, o que é mais comum, um grupo de subordinados. Embora seja de ocorrência mais rara, pode acontecer por motivos de represália, inveja, preconceito e discriminação, em especial quando se trata de superior 2 HIRIGOYEN, Marie-France. Mal-estar no trabalho: redefinindo o assédio moral. Rio de Janeiro: Bertrand, p Conforme Heinz Leymann, um dos primeiros estudiosos do tema, para o assédio ficar configurado as ações devem ocorrer com frequência (ao menos uma vez por semana) e por um longo tempo (um período mínimo de seus meses). 4 Os possíveis danos físicos são mencionados porque embora o assédio moral tenha natureza psicológica, é cediço que doenças que atingem a saúde física podem ter origem psicossomática. Exemplos disso são algumas doenças dermatológicas, como a psoríase, e outras que afetam o sistema digestivo, como, por exemplo, a gastrite nervosa. 5 THOME, Candy Florencio. O assédio moral nas relações de emprego. Rev ista do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, n. 31, p. 209.

4 hierárquico jovem ou que é visto pelos colegas de nível hierárquico inferior como não merecedor do cargo de chefia. O assédio moral horizontal ocorre quando perpetrado pelos próprios colegas de idêntico grau na escala hierárquica, por vontade própria destes ou a mando do superior hierárquico, 6 e podem ser motivados por competição, inveja, preconceito, discriminação e outras razões. Para embasar o presente estudo, foi realizada pesquisa jurisprudencial e doutrinária, através da qual foram verificadas as formas mais recorrentes de assédio moral discriminatório no ambiente de trabalho, que são as seguintes: a) Discriminação racial; b) Discriminação por gênero sexual; c) Discriminação quanto à orientação sexual; d) Discriminação quanto à idade; e) Discriminação contra deficientes físicos; f) Discriminação contra soropositivos; g) Discriminação contra a aparência física; h) Discriminação contra o estrangeiro; i) Discriminação quanto à opção religiosa; j) Discriminação quanto à convicção política; k) Discriminação quanto à aparência física; l) Discriminação contra os obesos; m) Discriminação quanto à situação familiar; n) Discriminação em relação à origem. Independentemente de quem pratica ou por qual forma é realizado, é certo que o assédio moral tem como escopo final excluir o trabalhador, o que demonstra que se trata de forma de discriminação no ambiente de trabalho. A respeito do conceito jurídico de discriminação, podemos citar a seguinte definição: Qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência que tenha o propósito ou o efeito de anular ou prejudicar o reconhecimento, gozo ou exercício em pé de igualdade de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos econômico, social, cultural ou em qualquer campo da vida pública. 7 O princípio da não-discriminação está previsto em diversos tratados e convenções internacionais, tais como a Declaração Universal dos Direitos do Homem (artigo 2º), o Pacto 6 Nesse sentido, Luciana Santucci refere que a organização vertical centrada no poder diretivo, na hierarquia e na subordinação dos assalariados, tem a competição como regra. No ambiente em que todos competem entre si, a perversão moral, muitas vezes, é desencadeada pelo empregador, e, também, pelo empregado. (SANTUCCI, Luciana. Assédio moral no trabalho. Belo Horizonte: Leiditathi, p. 27.) 7 RIOS, Roger Raupp. Direito da antidiscriminação: discriminação direta, indireta e ações afirmativas. Porto Alegre: Livraria do Advogado, p.20.

5 Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (artigo 7º) e a Convenção n. 111 da Organização Internacional do Trabalho (artigo 1º). A Convenção n. 111 da Organização Internacional do Trabalho 8 enuncia no primeiro artigo o princípio da não-discriminação no ambiente de trabalho ao tratar da discriminação em matéria de emprego e profissão e considera que o termo discriminação compreende: a) toda distinção, exclusão ou preferência, com base em raça, cor, sexo, religião, opinião política, nacionalidade ou origem social, que tenha por efeito anular ou reduzir a igualdade de oportunidade ou de tratamento no emprego ou profissão; b) qualquer outra distinção, exclusão ou preferência, que tenha por efeito anular ou reduzir a igualdade de oportunidades, ou tratamento emprego ou profissão, conforme pode ser determinado pelo país-membro concernente, após consultar organizações representativas de empregadores e de trabalhadores, se as houver, e outros organismos adequados. Nesse contexto, o assédio moral não se limita a afrontar o direito fundamental do trabalhador de não ser discriminado, visto que também viola o direito fundamental a um meio ambiente do trabalho saudável, seguro e adequado. A Constituição Brasileira reconhece o meio ambiente de trabalho no inciso VIII do seu artigo 200, ao estabelecer que cabe ao sistema único de saúde, dentre outras atribuições, colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. 9 Meio ambiente do trabalho é conceituado por Celso Antonio Pacheco Fiorillo da seguinte forma: Constitui meio ambiente do trabalho o local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais relacionadas à sua saúde, sejam remuneradas ou não, cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que comprometam a incolumidade físico-psíquica dos trabalhadores, independente da condição que ostentem (homens ou mulheres, maiores ou menores de idade, celetistas, servidores públicos, autônomos etc.). A prática de assédio moral degrada o meio ambiente laboral, tornando-o hostil e tenso, comprometendo a qualidade de vida no trabalho, visto que o trabalhador vive nele em constante estado de incomodo psicofísico, capaz de gerar distúrbios psicossomáticos, refletindo em desmotivação, stress, isolamento e prejuízos emocionais de toda ordem, comprometendo sua vida pessoal, profissional, familiar e social ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Convenção n Disponível em: < Acesso em 2 mar BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Disponível em: < Acesso em 20 fev RAMOS, Luis Leandro Gomes; GALIA, Rodrigo Wasem. Assédio moral no trabalho. O abuso do poder diretiv o do empregador e a responsabilidade civil pelos danos causados ao empregado atuação do Ministério Público do Trabalho. 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2013.

6 Trabalhadores que sofreram assédio moral e discriminação no trabalho têm sido vitimados por doenças de origem psicossomática, tais como depressão 11 e síndrome de burnout. 12 Muitos ficam permanentemente incapacitados para prosseguir sua vida profissional. 13 O direito do trabalhador ao ambiente do trabalho saudável repercute em deveres ao empregador atinentes a informação, prevenção e combate às condições adversas de trabalho que possam causar danos à saúde física e psíquica do trabalhador. Nesse contexto, é necessário encontrar alternativas para uma efetiva tutela do meio ambiente do trabalho em todos seus aspectos (físicos, biológicos, químicos e psíquicos). Como será analisado a seguir, a Constituição Federal indica o que deve ser feito. A Constituição Federal de 1988, que é o primeiro diploma constitucional no Brasil que versa sobre o meio ambiente, atribui a este o caráter de direito fundamental, visto se tratar de um dever estatal e um direito destinado a todos os cidadãos. Conforme previsto no caput do artigo 225 da Carta Federal: todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Ainda, no inciso VI do seu parágrafo 11 A depressão pode ser reconhecida como doença do trabalho, conforme Anexo II do Decreto n , de 06 de maio de De acordo com Sueli Teixeira, o Anexo II do Decreto n /99 indica o grupo dos transtornos mentais e do comportamento relacionados com o trabalho, indicando que essas doenças podem ser consequência de problemas com o emprego e com o desemprego, condições difíceis de trabalho, ritmo de trabalho penoso, reação após acidente grave, reação após assalto no trabalho, desacordo com o patrão e colega de trabalho, circunstâncias relativas às condições de trabalho, má adaptação à organização do horário de trabalho, etc...,. (TEIXEIRA, Sueli. A depressão no meio ambiente do trabalho e sua caracterização como doença do trabalho. Rev. Trib. Reg. Trab. 3ª Reg., Belo Horizonte, v.46, n.76, p.27-44, jul./dez p. 36) 12 Conforme Marcelo Rodrigues Prata, a síndrome de burnout consiste em espécie de esgotamento das energias psíquicas do trabalhador causada pela submissão diária ao estresse laboral, o que vem a gerar um desencanto com o trabalho e com a própria vida. (PRATA, Marcelo Rodrigues. Anatomia do assédio moral no trabalho. Uma abordagem transdisciplinar. São Paulo: LTr, p. 399) 13 Um exemplo dessa situação foi julgado pelo Tribunal Superior do Trabalho: RECURSO DE REVISTA. DANO MORAL. SÍNDROME DO ESGOTAMENTO PROFISSIONAL. VALOR DA INDENIZAÇÃO. DANO MORAL. O rearbitramento do valor da indenização por dano moral não pode estar ao largo dos princípios que informam a devida reparação por ato ilícito, quando verificada a conduta, o nexo de causalidade e o dano. No caso foi perpetrado contra a autora assédio moral, com discriminação racial, que desencadeou incapacitação de 100% das funções mentais da autora, no período de 3 anos, após longos 14 anos de trabalho, em face esgotamento pelo acúmulo de atribuições. A dedicação da autora e o profissionalismo foram desprezados pela conduta dos prepostos da empresa, ocasionando a síndrome de Burnout, reconhecida como síndrome de esgotamento profissional, cuja auto-estima foi afetada, afetando a saúde da autora, com depressão. A v. decisão regional não respeitou o princípio da proporcionalidade, o caráter pedagógico da medida, nem tem razoabilidade diante dos fatos denunciados, incumbindo restabelecer a r. sentença, no tópico. Recurso de revista conhecido e provido. (BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Acórdão do recurso de revista n Ministro Aloysio Correa da Veiga. 06 de dezembro de Disponível em: < Acesso em 22 set )

7 primeiro, determina que para a efetivação do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, deverá ser promovida a educação ambiental e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente. 14 Verifica-se que a prevenção é uma alternativa, inserta em um dos princípios ambientais previstos na Constituição Federal: o princípio da prevenção. Consoante Michel Prieur, a prevenção consiste em impedir a superveniência de danos ao meio ambiente por meio de medidas apropriadas, ditas preventivas, antes da elaboração de um plano ou da realização de uma obra ou atividade. 15 De acordo com Édis Milaré, o princípio da prevenção é aplicável quando o perigo é certo e se está diante de elementos seguros para considerar uma atividade efetivamente perigosa. Para Milaré, o princípio da prevenção tem como objetivo impedir a ocorrência de danos ao meio ambiente, através da imposição de medidas acautelatórias, antes da implantação de empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras. 16 Nessa senda, Raimundo Simão de Melo traz preciosos esclarecimentos sobre a aplicação do princípio da prevenção no meio ambiente do trabalho: Na aplicação deste princípio no âmbito trabalhista, deve-se levar em conta a educação ambiental a cargo do Estado, mas também das empresas, nos locais de trabalho, orientando os trabalhadores sobre os risco s ambientais e fornecendo-lhes os equipamentos adequados de proteção, como menciona na CLT no art.157, podendo, inclusive, depois de bem orientar os trabalhadores sobre os risco s ambientais, puni-los pela recusa em observar as normas de segurança e medicina do trabalho (art. 158 da CLT). 17 Na seara trabalhista, a Consolidação das Leis do Trabalho 18 sofreu alterações em seu texto ao longo dos anos, de forma que acompanhou a evolução legislativa que versa sobre a tutela do meio ambiente através da prevenção. Exemplo disso são as disposições presentes nos artigos que compõem o capítulo quinto da Consolidação das Leis do Trabalho, que versa sobre segurança e medicina do trabalho. Os artigos 157 e 158 da 14 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Disponível em: < Acesso em 20 fev PRIEUR, Michel. Droit de l env ironnement. Paris: Dalloz, p MILARÉ, Édis. Direito do ambiente. A gestão ambiental em foco. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p MELO, Raimundo Simão de. Direito Ambiental do trabalho e a saúde do trabalhador: responsabilidades legais, dano material, dano moral, dano estético, perda de uma chance. 5. ed. São Paulo: LTr, p BRASIL. Decreto-lei n de 1º de maio de Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em: < Acesso em 30 jan

8 Consolidação das Leis do Trabalho, por exemplo, trazem disposições de prevenção pautadas na conscientização e educação, senão vejamos: Art Cabe às empresas: I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; II - instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; IV - facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente. Art Cabe aos empregados I - observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior; Il - colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo anterior; b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa. Outrossim, o artigo 162 da Consolidação das Leis do Trabalho prevê que as empresas são obrigadas a manterem serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho, cujo objetivo é a promoção da saúde e a proteção da integridade do trabalho no local de trabalho com a eliminação dos riscos ambientais. Pelo que se extrai do princípio da prevenção previsto no artigo 225 da Constituição Federal combinado com os artigos do capítulo quinto da Consolidação das leis do Trabalho, que versa sobre segurança e medicina do trabalho, a adequação e o equilíbrio do meio ambiente de trabalho é responsabilidade de todos: do Estado, da sociedade, do empregador e dos empregados. Em que pese os diplomas legais brasileiros que versam sobre o ambiente do trabalho e proteção da segurança e saúde do trabalhador sejam direcionados especialmente para os riscos tidos como tradicionais (físicos, químicos e biológicos), cabe ao empregador se valer do preceito da prevenção e considerar a íntegra do conceito contemporâneo de saúde da Organização Mundial de Saúde que enuncia que: a saúde é um estado de completo bemestar físico, mental e social, e não somente a ausência de doença ou enfermidade. Ademais, o Judiciário Trabalhista sinaliza seu entendimento de que o empregador e o tomador de serviços têm o dever de proporcionar um ambiente de trabalho que preserve a saúde mental do trabalhador, conforme Enunciado n. 39 da 1ª Jornada de Direito Material e Processual na Justiça do Trabalho realizada em novembro de 2007: 39. MEIO AMBIENTE DE TRABALHO. SAÚDE MENTAL. DEVER DO EMPREGADOR. É dever do empregador e do tomador dos serviços zelar por um ambiente de trabalho saudável também do ponto de vista da saúde mental, coibindo

9 práticas tendentes ou aptas a gerar danos de natureza moral ou emocional aos seus trabalhadores, passíveis de indenização. 19 Assim, é imperioso que o empregador aplique o princípio da prevenção para evitar riscos físicos e psíquicos no ambiente do trabalho, e que observe em tal procedimento a prevenção da prática de assédio moral e discriminação. E mesmo na hipótese de empregadores que são legalmente dispensados de manter Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), é necessário prevenir riscos ambientais de ordem física e psíquica através de uma rotina que aproxime os empregados e que disponibilize a estes informação e esclarecimentos acerca das condutas comportamentais e de convivência adequadas para garantir a saúde e o bem-estar próprio e de todos que convivem no ambiente laboral. 4 Considerações finais A evolução do Direito do Trabalho colaborou na dignificação do trabalho e na construção de normas que combatem a discriminação dos trabalhadores. Contudo, é necessário continuar avançado e ficar alerta para novos paradigmas que colocam em risco os direitos conquistados pela classe trabalhadora. O assédio moral é um dos mais graves problemas do direito do trabalho contemporâneo. Trata-se de prática que atinge a moral do trabalhador através de humilhações, estresse e terrorismo, a ponto de degradar o ambiente de trabalho e criar riscos de doenças físicas e psíquicas. Além de ofender o direito fundamental a um meio ambiente laboral sadio e equilibrado, viola outro direito fundamental: o de não ser discriminado. O assédio moral poderá ou não ter a intenção de discriminar, mas sempre ensejará o efeito discriminatório, visto que sua prática tem o intento de proporcionar algum tipo de exclusão. A melhor alternativa é prevenir o assédio moral e a discriminação no ambiente de trabalho, visto que após a ocorrência do dano, a vítima até poderá ser indenizada, mas a reparação pecuniária não terá o condão de recuperar seu estado psicológico, que em muitos casos poderá ficar comprometido pelo resto da vida. 5 Palavras-chave Assédio moral Discriminação ambiente de trabalho doenças - prevenção Referências 19 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO. 1ª Jornada de Direito Material e Processual da Justiça do Trabalho. Enunciados aprovados. São Paulo: LTr, 2008.

10 ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTRADOS DA JUSTIÇA DO TRABALHO. 1ª Jornada de Direito Material e Processual da Justiça do Trabalho. Enunciados aprovados. São Paulo: LTr, BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de Disponível em: < Acesso em 20 fev BRASIL. Decreto-lei n de 1º de maio de Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em: < Acesso em 30 jan BRASIL. Tribunal Regional da Quarta Região. Acórdão do recurso ordinário n Relator Desembargador Marcelo José Ferlin D Ambroso. 7 de outubro de Disponível em: < Acesso em 15 out BRASIL. Tribunal Regional da Quarta Região. Acórdão do recurso ordinário n Relatora Desembargadora Berenice Messias Correa. 8 de junho de Disponível em: < Acesso em 20 ago BRASIL. Tribunal Regional da Quarta Região. Acórdão do recurso ordinário n Relator Desembargador Marcelo José Ferlin D Ambroso. 26 de março de Disponível em: < Acesso em 20 ago BRASIL. Tribunal Regional da Quarta Região. Acórdão do recurso ordinário n Relatora Desembargadora Iris Lima De Moraes. 22 de outubro de Disponível em: < Acesso em 10 ago BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Acórdão do recurso de revista n Ministro Aloysio Correa da Veiga. 06 de dezembro de Disponível em: < Acesso em 22 set CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, HIRIGOYEN, Marie-France. Mal-estar no trabalho: redefinindo o assédio moral. Rio de Janeiro: Bertrand, 2002.

11 LEYMANN, Heinz. The mobbing encyclopaedia bullying; whistleblowing. Disponível em: < Acesso em 10 abr MELO, Raimundo Simão de. Direito Ambiental do trabalho e a saúde do trabalhador: responsabilidades legais, dano material, dano moral, dano estético, perda de uma chance. 5. ed. São Paulo: LTr, MILARÉ, Édis. Direito do ambiente. A gestão ambiental em foco. 6. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO. Convenção n Disponível em: < Acesso em 2 mar PRATA, Marcelo Rodrigues. Anatomia do assédio moral no trabalho. Uma abordagem transdisciplinar. São Paulo: LTr, PRIEUR, Michel. Droit de l environnement. Paris: Dalloz, RAMOS, Luis Leandro Gomes; GALIA, Rodrigo Wasem. Assédio moral no trabalho. O abuso do poder diretivo do empregador e a responsabilidade civil pelos danos causados ao empregado atuação do Ministério Público do Trabalho. 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, RIOS, Roger Raupp. Direito da antidiscriminação: discriminação direta, indireta e ações afirmativas. Porto Alegre: Livraria do Advogado, SANTUCCI, Luciana. Assédio moral no trabalho. Belo Horizonte: Leiditathi, TEIXEIRA, Sueli. A depressão no meio ambiente do trabalho e sua caracterização como doença do trabalho. Rev. Trib. Reg. Trab. 3ª Reg., Belo Horizonte, v.46, n.76, p.27-44, jul./dez THOME, Candy Florencio. O assédio moral nas relações de emprego. Revista do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, n. 31, 2007.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 6.124 DE 2005. (Apensados: PL nº 5.448/01 e PL nº 2.276/07)

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 6.124 DE 2005. (Apensados: PL nº 5.448/01 e PL nº 2.276/07) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 6.124 DE 2005 (Apensados: PL nº 5.448/01 e PL nº 2.276/07) Define o crime de discriminação dos portadores do vírus da imunodeficiência

Leia mais

convicções religiosas...

convicções religiosas... apresenta Cartilha O termo DISCRIMINAR significa separar; diferenciar; estabelecer diferença; distinguir; não se misturar; formar grupo à parte por alguma característica étnica, cultural, religiosa etc;

Leia mais

2º ENCONTRO DE TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM DO COREN-BA. 26/09/2014 SUERDA F. DE SOUZA COAST/CESAT/DIVAST

2º ENCONTRO DE TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM DO COREN-BA. 26/09/2014 SUERDA F. DE SOUZA COAST/CESAT/DIVAST ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO: DESAFIO PARA A SAÚDE DO TRABALHADOR 2º ENCONTRO DE TÉCNICOS E AUXILIARES DE ENFERMAGEM DO COREN-BA. 26/09/2014 SUERDA F. DE SOUZA COAST/CESAT/DIVAST ASSÉDIO (VIOLÊNCIA) MORAL

Leia mais

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL

PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMO UM DIREITO FUNDAMENTAL Fernando Souza OLIVEIRA 1 Pedro Anderson da SILVA 2 RESUMO Princípio do Desenvolvimento Sustentável como um direito e garantia fundamental,

Leia mais

2PHLRDPELHQWHGRWUDEDOKRHDVFRQVWLWXLo}HVHVWDGXDLV. Autora: Laura Martins Maia de Andrade. I - Introdução

2PHLRDPELHQWHGRWUDEDOKRHDVFRQVWLWXLo}HVHVWDGXDLV. Autora: Laura Martins Maia de Andrade. I - Introdução 2PHLRDPELHQWHGRWUDEDOKRHDVFRQVWLWXLo}HVHVWDGXDLV Autora: Laura Martins Maia de Andrade I - Introdução O Direito Ambiental não deve ser concebido a partir de um enquadramento rígido, como ocorre com outros

Leia mais

ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO FERRAZ, Neila Borges 1 RESUMO O presente trabalho apresenta uma abordagem sobre o Assédio moral no ambiente de trabalho, tendo como a principal finalidade analisar

Leia mais

Empregador é responsável por danos ao ambiente de trabalho e à saúde

Empregador é responsável por danos ao ambiente de trabalho e à saúde REFLEXÕES TRABALHISTAS Empregador é responsável por danos ao ambiente de trabalho e à saúde 01 de agosto de 2014, 08:00h Por Raimundo Simão de Melo No Brasil, até 1988, o enfoque principal sobre o meio

Leia mais

PARECER COREN-SP 029/2013 CT PRCI n 100.987 e Ticket nº 280.486

PARECER COREN-SP 029/2013 CT PRCI n 100.987 e Ticket nº 280.486 PARECER COREN-SP 029/2013 CT PRCI n 100.987 e Ticket nº 280.486 Ementa: Desempenho de atividade profissional por portador de Hepatite tipo B e Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). 1. Do fato Enfermeira

Leia mais

Política de direitos humanos

Política de direitos humanos Política de direitos humanos Galp Energia in NR-002/2014 1. ENQUADRAMENTO Na sua Política de Responsabilidade Corporativa, aprovada em 2012, a GALP ENERGIA estabeleceu os seguintes compromissos em matéria

Leia mais

Atualização Sobre Legislação a Respeito de Testagem de Álcool e Outras Drogas

Atualização Sobre Legislação a Respeito de Testagem de Álcool e Outras Drogas Atualização Sobre Legislação a Respeito de Testagem de Álcool e Outras Drogas Marcos Legais LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas Art. 18.

Leia mais

POLÍTICA DE PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO MORAL E SEXUAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

POLÍTICA DE PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO MORAL E SEXUAL NO AMBIENTE DE TRABALHO POLÍTICA DE PREVENÇÃO E COMBATE AO ASSÉDIO MORAL E SEXUAL NO AMBIENTE DE TRABALHO Versão 1.0 RES nº 101/2014, 09/12/2014 Sumário 1. Objetivo... 3 2. Aplicação... 3 3. Conceitos... 3 4. Referências... 4

Leia mais

Segurança e Saúde dos Trabalhadores

Segurança e Saúde dos Trabalhadores Segurança e Saúde dos Trabalhadores [1]CONVENÇÃO N. 155 I Aprovada na 67ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1981), entrou em vigor no plano internacional em 11.8.83. II Dados referentes

Leia mais

CONSULTA Nº 6.452/2012

CONSULTA Nº 6.452/2012 CONSULTA Nº 6.452/2012 Assunto: Se o médico (profissional autônomo) também precisa seguir a normatização da NR-32, já que é uma determinação apenas do Ministério do Trabalho. Relator: Conselheiro Renato

Leia mais

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE PSICOPATOLOGIA FUNDAMENTAL Recife, de 05 a 08 de setembro de 2002

VI CONGRESSO BRASILEIRO DE PSICOPATOLOGIA FUNDAMENTAL Recife, de 05 a 08 de setembro de 2002 VI CONGRESSO BRASILEIRO DE PSICOPATOLOGIA FUNDAMENTAL Recife, de 05 a 08 de setembro de 2002 CO/42 O MAL-ESTAR QUE VEM DA CULTURA ORGANIZACIONAL, Pinheiro, Adriana de Alencar Gomes, Socióloga e Psicóloga,

Leia mais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a violência como o uso deliberado da força física, ou o poder, como ameaça à própria pessoa, um terceiro,

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a violência como o uso deliberado da força física, ou o poder, como ameaça à própria pessoa, um terceiro, Ana Dantas A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a violência como o uso deliberado da força física, ou o poder, como ameaça à própria pessoa, um terceiro, um grupo ou uma comunidade, que cause ou

Leia mais

OS IMPACTOS DO BULLYING CORPORATIVO À SAÚDE E À PRODUTIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS

OS IMPACTOS DO BULLYING CORPORATIVO À SAÚDE E À PRODUTIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS OS IMPACTOS DO BULLYING CORPORATIVO À SAÚDE E À PRODUTIVIDADE DOS FUNCIONÁRIOS É possível matar alguém só com palavras? A humilhação, gesto, palavras ofensivas no ambiente de trabalho ou qualquer outro

Leia mais

DIRETRIZES SOBRE PROVA PERICIAL EM ACIDENTES DO TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS

DIRETRIZES SOBRE PROVA PERICIAL EM ACIDENTES DO TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS DIRETRIZES SOBRE PROVA PERICIAL EM ACIDENTES DO TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS Propõe sugestões de diretrizes para a avaliação e a elaboração da prova pericial em questões referentes ao meio ambiente,

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Meio ambiente equilibrado e sadio - Um Direito Fundamental Uélton Santos* Art. 225, CF. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e

Leia mais

ASSÉDIO MORAL: Uma Realidade no Local de Trabalho

ASSÉDIO MORAL: Uma Realidade no Local de Trabalho ASSÉDIO MORAL: Uma Realidade no Local de Trabalho Conferência sobre Assédio Moral: Uma Realidade no Local de Trabalho? Ana Paula Viseu UGT 7 de Março de 2009 1 TIPOLOGIA DO ASSÉDIO Assédio sexual Assédio

Leia mais

BULLYING PROFISSIONAL E O CONSTRANGIMENTO ILEGAL HIERÁRQUICO NO DIREITO ADMINISTRATIVO MILITAR

BULLYING PROFISSIONAL E O CONSTRANGIMENTO ILEGAL HIERÁRQUICO NO DIREITO ADMINISTRATIVO MILITAR BULLYING PROFISSIONAL E O CONSTRANGIMENTO ILEGAL HIERÁRQUICO NO DIREITO ADMINISTRATIVO MILITAR Eder Machado Silva * Resumo: O presente artigo tem por objetivo abrir uma discussão sobre essa visão de violência

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de

Leia mais

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O ESTADO DE DIREITO DO AMBIENTE 1. Domingos Benedetti Rodrigues 2.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O ESTADO DE DIREITO DO AMBIENTE 1. Domingos Benedetti Rodrigues 2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E O ESTADO DE DIREITO DO AMBIENTE 1 Domingos Benedetti Rodrigues 2. 1 O presente trabalho é resultado dos estudos relacionados à construção da minha Tese do Doutorado em Educação nas

Leia mais

ASPECTOS JURÍDICOS ASSÉDIO MORAL

ASPECTOS JURÍDICOS ASSÉDIO MORAL ASPECTOS JURÍDICOS ASSÉDIO MORAL COMO ESTÃO OS PROCESSOS DE ASSÉDIO NO BRASIL. Atualmente, processos judiciais que envolvem assédio moral estão cada vez mais presentes na Justiça do Trabalho. No Brasil,

Leia mais

CÓDIGO DE CONDUTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL ENTRE O GRUPO PORTUGAL TELECOM, A UNI (UNION NETWORK INTERNATIONAL), SINTTAV, STPT E SINDETELCO

CÓDIGO DE CONDUTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL ENTRE O GRUPO PORTUGAL TELECOM, A UNI (UNION NETWORK INTERNATIONAL), SINTTAV, STPT E SINDETELCO CÓDIGO DE CONDUTA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL ENTRE O GRUPO PORTUGAL TELECOM, A UNI (UNION NETWORK INTERNATIONAL), SINTTAV, STPT E SINDETELCO PREÂMBULO O presente Acordo concretiza os objectivos das conversações

Leia mais

CONSULTA Nº 3.188/2011

CONSULTA Nº 3.188/2011 1 CONSULTA Nº 3.188/2011 Assunto: Sobre internações compulsórias. Relator: Conselheiro Mauro Gomes Aranha de Lima. Ementa: Não se pretende esgotar todos os procedimentos previstos em lei para a internação

Leia mais

Ministério da Administração do Território

Ministério da Administração do Território Ministério da Administração do Território A Lei da Observação Eleitoral LEI N.º 4/05 De 4 de Julho Convindo regular a observação eleitoral quer por nacionais quer por estrangeiros; Nestes termos, ao abrigo

Leia mais

Egrégio Supremo Tribunal Federal:

Egrégio Supremo Tribunal Federal: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE nº 3403/SP REQUERENTE: Governador do Estado de São Paulo REQUERIDO: Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo RELATOR: Exmo. Senhor Ministro JOAQUIM BARBOSA Egrégio

Leia mais

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 Marcela Furtado Calixto 1 Resumo: O presente artigo visa discutir a teoria

Leia mais

GABINETE DO CONSELHEIRO SÉRGIO RICARDO DE SOUZA JUSTIFICATIVA

GABINETE DO CONSELHEIRO SÉRGIO RICARDO DE SOUZA JUSTIFICATIVA JUSTIFICATIVA O fundamento que alicerça a presente proposta é, especialmente, a necessidade premente de se garantir, através da atuação do Ministério Público brasileiro, a efetividade aos Princípios e

Leia mais

Gestão e Legislação Ambiental

Gestão e Legislação Ambiental UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CENTRO DE TECNOLOGIA Mestrado em Recursos Hídricos H e Saneamento Disciplina: Gestão e Legislação Ambiental Professora: Selêude Wanderley da NóbregaN Legislação Ambiental

Leia mais

A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade

A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade Acimarney Correia Silva Freitas¹, Celton Ribeiro Barbosa², Rafael Santos Andrade 3, Hortência G. de Brito Souza 4 ¹Orientador deste Artigo

Leia mais

DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA NO AMBIENTE DE TRABALHO

DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA NO AMBIENTE DE TRABALHO DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA NO AMBIENTE DE TRABALHO GUSTAVO FAVINI MARIZ MAIA DR. ILTON GARCIA DA COSTA 1. INTRODUÇÃO As relações de trabalho configuram um aspecto de grande relevância na vida em sociedade.

Leia mais

Disposições Preliminares do DIREITO DO IDOSO

Disposições Preliminares do DIREITO DO IDOSO Disposições Preliminares do DIREITO DO IDOSO LESSA CURSOS PREPARATÓRIOS CAPÍTULO 1 O ESTATUTO DO IDOSO O Estatuto do Idoso - Lei 10.741/2003, é o diploma legal que tutela e protege, através de um conjunto

Leia mais

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N..., DE 2011 (Do Deputado BETO MANSUR)

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N..., DE 2011 (Do Deputado BETO MANSUR) REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N..., DE 2011 (Do Deputado BETO MANSUR) Solicita informações complementares ao Senhor Ministro da Fazenda ao Requerimento de Informação nº 637/2011, sobre alterações das normas

Leia mais

MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA ESTÁGIOS

MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA ESTÁGIOS MANUAL DE ORIENTAÇÕES PARA ESTÁGIOS Lei de estágio 11.788/08 O estágio tem por finalidade proporcionar a complementação da formação acadêmica e permite que o estudante tenha acesso ao campo de sua futura

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos NOÇÕES DE OHSAS 18001:2007 CONCEITOS ELEMENTARES SISTEMA DE GESTÃO DE SSO OHSAS 18001:2007? FERRAMENTA ELEMENTAR CICLO DE PDCA (OHSAS 18001:2007) 4.6 ANÁLISE CRÍTICA 4.3 PLANEJAMENTO A P C D 4.5 VERIFICAÇÃO

Leia mais

a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1

a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1 a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência 2007 e o decreto n o 6.949, de 25 de agosto de 2009. 1 Depois de concluídas todas as etapas, podemos inferir que a Convenção sobre os Direitos

Leia mais

PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII

PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII PLANO NACIONAL DE AÇÃO PARA OS DIREITOS DA CRIANÇA As crianças são encaradas como sujeitos de direitos, a partir do momento em que o seu bem-estar é concebido como uma consequência

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO NOTIFICAÇÃO RECOMENDATÓRIA N.º 3638/2014 O MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO e o MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO na Região de Caxias do Sul, com fundamento nos artigos 6º, inciso XX, da Lei Complementar

Leia mais

Ministério Público Federal Procuradoria da República em São Paulo - SP

Ministério Público Federal Procuradoria da República em São Paulo - SP Ofício Referência: Prot SIAPRO n. 08500.006741/2008-31 SR/DPF/SP Procedimento de Controle Externo n. 1.34.001.000452/2008-11(favor usar esta referência) São Paulo, 04 de junho de 2008. Ilmo. Sr. Corregedor

Leia mais

DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996)

DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996) DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. (Publicado no D.O.U. de 02.08.1996) Promulga a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, concluída em Belém do Pará,

Leia mais

SEGUROGARANTIA NAMODALIDADEJUDICIAL FUNDAMENTOS, RECEPTIVIDADE PELOPODER JUDICIÁRIOE NOVASPERSPECTIVAS

SEGUROGARANTIA NAMODALIDADEJUDICIAL FUNDAMENTOS, RECEPTIVIDADE PELOPODER JUDICIÁRIOE NOVASPERSPECTIVAS SEGUROGARANTIA NAMODALIDADEJUDICIAL FUNDAMENTOS, RECEPTIVIDADE PELOPODER JUDICIÁRIOE NOVASPERSPECTIVAS Gladimir Adriani Poletto Poletto & Possamai Sociedade de Advogados SUMÁRIO: I. INTRODUÇÃO II. ESTRUTURA

Leia mais

CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO

CAPÍTULO I DA DEFINIÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E RELAÇÕES DE ESTÁGIO LEI N.º 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio

Leia mais

RECOMENDAÇÃO Nº 01/2013

RECOMENDAÇÃO Nº 01/2013 RECOMENDAÇÃO Nº 01/2013 O MINISTÉRIO PÚBLICO, neste ato representado pela Promotora de Justiça da Comarca Sanclerlândia - GO, Dra. Andréia Zanon Marques Junqueira que subscreve ao final, no uso de suas

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ. Mary Ann Kerber Steingraber O IMPACTO E A FINALIDADE SOCIAL DA LEI MARIA DA PENHA

MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ. Mary Ann Kerber Steingraber O IMPACTO E A FINALIDADE SOCIAL DA LEI MARIA DA PENHA MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ Mary Ann Kerber Steingraber O IMPACTO E A FINALIDADE SOCIAL DA LEI MARIA DA PENHA Projeto de pesquisa aplicado apresentado ao Ministério Público do Estado do Paraná

Leia mais

DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE

DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE Convenção da Organização dos Estados Americanos 08/10/2001 - Decreto 3956 promulga a Convenção Interamericana para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas Portadoras de Deficiência

Leia mais

Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem (1948)

Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem (1948) Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem (1948) Resolução XXX, Ata Final, aprovada na IX Conferência Internacional Americana, em Bogotá, em abril de 1948 A IX Conferência Internacional Americana,

Leia mais

DIREITO FUNDAMENTAL À ACESSIBILIDADE NO BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA SOBRE O TEMA

DIREITO FUNDAMENTAL À ACESSIBILIDADE NO BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA SOBRE O TEMA DIREITO FUNDAMENTAL À ACESSIBILIDADE NO BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA SOBRE O TEMA Autoria: Tâmara Mirely Silveira Silva Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) (FACISA) Daniel Ferreira de Lima (orientador)

Leia mais

Política de Responsabilidade Corporativa

Política de Responsabilidade Corporativa Política de Responsabilidade Corporativa Índice 1. Introdução...04 2. Área de aplicação...04 3. Compromissos e princípios de atuação...04 3.1. Excelência no serviço...05 3.2. Compromisso com os resultados...05

Leia mais

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI N o 1.549, DE 2003 (Apensos os Projetos de Lei nº 2.284, de 2003, e nº 2.626, de 2003) Disciplina o exercício profissional de Acupuntura

Leia mais

Preparo comprovado às fls. 49/52.

Preparo comprovado às fls. 49/52. Acórdão 8a Turma RECURSO ORDINÁRIO. DANO MORAL. ACIDENTE DO TRABALHO. AMPUTAÇÃO DE PARTE DO DEDO POLEGAR DA MÃO DIREITA. A lesão psicofísica, com sequela que causa incapacidade para o trabalho - ainda

Leia mais

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1891

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1891 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1891 Preâmbulo Nós, os representantes do povo brasileiro, reunidos em Congresso Constituinte, para organizar um regime livre e democrático, estabelecemos, decretamos e promulgamos

Leia mais

Aspectos Legais do Voluntariado. Flavia Regina de Souza Oliveira

Aspectos Legais do Voluntariado. Flavia Regina de Souza Oliveira Aspectos Legais do Voluntariado Flavia Regina de Souza Oliveira Perspectivas Gerais Motivação Interesse pessoal de caráter religioso, cultural, filosófico, emocional e etc. Baseado em princípios como a

Leia mais

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008 COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL MENSAGEM N o 479, DE 2008 Submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e o Governo

Leia mais

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 163/X PROÍBE AS DISCRIMINAÇÕES NO EXERCÍCIO DE DIREITOS POR MOTIVOS BASEADOS NA DEFICIÊNCIA.

Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 163/X PROÍBE AS DISCRIMINAÇÕES NO EXERCÍCIO DE DIREITOS POR MOTIVOS BASEADOS NA DEFICIÊNCIA. Grupo Parlamentar PROJECTO DE LEI N.º 163/X PROÍBE AS DISCRIMINAÇÕES NO EXERCÍCIO DE DIREITOS POR MOTIVOS BASEADOS NA DEFICIÊNCIA Fundamentação No plano legislativo o combate à discriminação dos cidadãos

Leia mais

LICENCIAMENTO AMBIENTAL BRASILEIRO: PERSPECTIVAS E RETROCESSOS

LICENCIAMENTO AMBIENTAL BRASILEIRO: PERSPECTIVAS E RETROCESSOS LICENCIAMENTO AMBIENTAL BRASILEIRO: PERSPECTIVAS E RETROCESSOS Tudo quanto o espírito inventivo do homem criou nos últimos cem anos, poderia assegurar-nos uma vida despreocupada e feliz se o progresso

Leia mais

Passivos Ambientais Mineração. Marcelo Jorge Medeiros Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano

Passivos Ambientais Mineração. Marcelo Jorge Medeiros Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano Passivos Ambientais Mineração Marcelo Jorge Medeiros Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano ATIVIDADE DE MINERAÇÃO A mineração está sempre entre as atividades para as quais, em quase todos os

Leia mais

Resolução da Assembleia da República n.º 64/98 Convenção n.º 162 da Organização Internacional do Trabalho, sobre a segurança na utilização do amianto.

Resolução da Assembleia da República n.º 64/98 Convenção n.º 162 da Organização Internacional do Trabalho, sobre a segurança na utilização do amianto. Resolução da Assembleia da República n.º 64/98 Convenção n.º 162 da Organização Internacional do Trabalho, sobre a segurança na utilização do amianto. Aprova, para ratificação, a Convenção n.º 162 da Organização

Leia mais

Portaria nº 1109 de 10 de dezembro de 2010

Portaria nº 1109 de 10 de dezembro de 2010 Portaria nº 1109 de 10 de dezembro de 2010 Dispõe sobre a Política de Segurança e Saúde no Trabalho e de Prevenção de Riscos Ocupacionais no âmbito da UFJF. A Pró-Reitora de Recursos Humanos da Universidade

Leia mais

COORDIGUALDADE Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidade e Eliminação da Discriminação no Trabalho

COORDIGUALDADE Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidade e Eliminação da Discriminação no Trabalho MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO COORDIGUALDADE Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidade e Eliminação da Discriminação no Trabalho Procuradoria Regional do Trabalho da 1ª Região Av.

Leia mais

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO PROJETO DE LEI N o 2.587, DE 2007 Altera as Leis nº s 6.938, de 31 de agosto de 1981, e 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Autora: Deputada Thelma

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 3.956, DE 8 DE OUTUBRO DE 2001. Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação

Leia mais

A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE

A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE A PROTEÇÃO E OS DIREITOS HUMANOS DO IDOSO E A SUA DIGNIDADE Maíra Sgobbi de FARIA 1 Resumo: O respeito e a proteção que devem ser concedidos aos idosos sempre foram um dever da sociedade, uma vez que as

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO CONSELHO SUPERIOR DA JUSTIÇA DO TRABALHO A C Ó R D Ã O CMVTA PEDIDO FORMULADO PELA FEDERAÇÃO NACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES DOS OFICIAIS DE JUSTIÇA AVALIADORES FEDERAIS FENASSOJAF PARA A ALTERAÇÃO DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 7º DA RESOLUÇÃO CSJT Nº

Leia mais

Resgatando a autoestima das mulheres em situação de violência através da corrida e caminhada

Resgatando a autoestima das mulheres em situação de violência através da corrida e caminhada PROJETO CORRA PELA VIDA Resgatando a autoestima das mulheres em situação de violência através da corrida e caminhada I. INTRODUÇÃO Os altos índices de violência doméstica e familiar contra a mulher em

Leia mais

Capítulo I Princípios Gerais. Capítulo II Responsabilidade Institucional. Capítulo III Responsabilidade Social

Capítulo I Princípios Gerais. Capítulo II Responsabilidade Institucional. Capítulo III Responsabilidade Social 4 5 5 6 7 7 7 8 9 9 10 10 Apresentação Capítulo I Princípios Gerais Capítulo II Responsabilidade Institucional Capítulo III Responsabilidade Social Capítulo IV A Ética nas Relações Internas Capítulo V

Leia mais

Estado de Mato Grosso Poder Judiciário Comarca de Primavera do Leste Vara Criminal

Estado de Mato Grosso Poder Judiciário Comarca de Primavera do Leste Vara Criminal Processo nº 6670-72.2014.811 Espécie: Medida Protetiva Vistos etc. Trata-se de requerimento para aplicação de medidas protetivas formulado por V.G.S. em desfavor de C.T., encaminhado a este Juízo pela

Leia mais

EXMO. SR. DR. PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA DA 1ª REGIÃO. Assunto: Leitos Psiquiátricos nos Hospitais Públicos Federais

EXMO. SR. DR. PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA DA 1ª REGIÃO. Assunto: Leitos Psiquiátricos nos Hospitais Públicos Federais EXMO. SR. DR. PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA DA 1ª REGIÃO. Assunto: Leitos Psiquiátricos nos Hospitais Públicos Federais ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSIQUIATRIA (ABP), associação civil sem fins lucrativos

Leia mais

Na data designada, foi aberta audiência inaugural, a reclamada apresentou sua defesa, anexando procuração e documentos. Alçada fixada.

Na data designada, foi aberta audiência inaugural, a reclamada apresentou sua defesa, anexando procuração e documentos. Alçada fixada. TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO. 10ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ/AL. PROCESSO Nº. 0001545-42.2011.5.19.0010. No dia 27 de junho de 2012, no horário designado, na 10ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ/AL.,

Leia mais

AUDITORIA AMBIENTAL SEGUNDO O CÓDIGO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS

AUDITORIA AMBIENTAL SEGUNDO O CÓDIGO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS Maiêutica - Curso de Gestão Ambiental AUDITORIA AMBIENTAL SEGUNDO O CÓDIGO AMBIENTAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS RESUMO Leonardo Moura de Souza 1 Moacir Muniz de Souza 2 Centro Universitário Leonardo da Vinci

Leia mais

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE É sabido - e isso está a dispensar considerações complementares - que a pessoa jurídica tem vida distinta da dos seus sócios e administradores.

Leia mais

TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS

TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS Autora: Idinéia Perez Bonafina Escrito em maio/2015 TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS Nas relações internacionais do

Leia mais

PROCESSO SELETIVO DE TRANSFERÊNCIA 2014/2 CURSO DE DIREITO 3º PERÍODO

PROCESSO SELETIVO DE TRANSFERÊNCIA 2014/2 CURSO DE DIREITO 3º PERÍODO ª Questão Quanto à finalidade, as constituições podem ser: i) constituição-garantia; ii) constituição-dirigente; iii) constituição-balanço. Para os doutrinadores brasileiros, a Constituição da República

Leia mais

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO Conceito: É toda e qualquer conduta abusiva (gesto, palavra, escritos, comportamento, atitude, etc.) que, intencional e freqüentemente, fira a dignidade e a integridade física

Leia mais

GRUPO III ESPELHO DE CORREÇÃO CRITÉRIO GERAL:

GRUPO III ESPELHO DE CORREÇÃO CRITÉRIO GERAL: GRUPO III ESPELHO DE CORREÇÃO CRITÉRIO GERAL: Nos termos do art. 20 do Regulamento do Concurso para Ingresso na Carreira do Ministério Público, na correção da prova escrita levar-se-á em conta o saber

Leia mais

O Assédio Moral nas Organizações de Trabalho

O Assédio Moral nas Organizações de Trabalho O Assédio Moral nas Organizações de Trabalho Aline Peixoto Monteiro Psicóloga Organizacional Recrutamento, Seleção e Acompanhamento Desenvolvimento Humano Origem do Assédio Moral Década de 80: primeiros

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA GABINETE DO DESEMBARGADOR JOÃO ALVES DA SILVA ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL N. 200.2011.007481-8/001 RELATORA : Vanda Elizabeth Marinho Juíza Convocada APELANTE : Adriano Damasceno

Leia mais

DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013

DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013 DECRETO Nº 713, DE 1º DE ABRIL DE 2013 Publicado no DOE(Pa) de 02.04.13. Institui o Programa de Parcerias Público-Privadas PPP/PA e regulamenta o Conselho Gestor de Parcerias Público- Privadas do Estado

Leia mais

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL PROJETO DE LEI N o 1.003, DE 2011 Cria a figura do Vigilante Ambiental Voluntário em caráter nacional. Autor: Deputado Guilherme Mussi Relator: Deputado

Leia mais

O Estado e a garantia dos direitos das pessoas com deficiência

O Estado e a garantia dos direitos das pessoas com deficiência O Estado e a garantia dos direitos das pessoas com deficiência Izabel de Loureiro Maior Universidade Federal do Rio de Janeiro Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência - CoMDef

Leia mais

Contribuições à Audiência Pública AP 045/2008

Contribuições à Audiência Pública AP 045/2008 Contribuições à Audiência Pública AP 045/2008 27 de agosto de 2008 A) Contribuições gerais: 1) - No preâmbulo da minuta, falta citar a Lei 8078 de 11 de setembro de 1990, Código de Defesa do Consumidor.

Leia mais

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO DE AUDITORIA ANUAL DE CONTAS TIPO DE AUDITORIA : AUDITORIA DE GESTÃO EXERCÍCIO : 2008 PROCESSO Nº

Leia mais

ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ELABORAÇÃO DE PROJETOS Unidade II ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA Profa. Eliane Gomes Rocha Pesquisa em Serviço Social As metodologias qualitativas de pesquisa são utilizadas nas Ciências Sociais e também no Serviço Social,

Leia mais

RELATÓRIO DE AUDITORIA RA 01/2016

RELATÓRIO DE AUDITORIA RA 01/2016 TIPO DE AUDITORIA: ACOMPANHAMENTO EXERCÍCIO/PERÍODO: 2015-2016 UNIDADE AUDITADA: PRÓ-REITORIA ADMINISTRAÇÃO RELATÓRIO DE AUDITORIA RA 01/2016 1) ESCOPO DOS EXAMES Os trabalhos de auditoria acerca da regularidade

Leia mais

O PRINCÍPIO DA ORDEM ECONÔMICA CONSTITUCIONAL E A FUNÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL DA PROPRIEDADE PRIVADA URBANA.

O PRINCÍPIO DA ORDEM ECONÔMICA CONSTITUCIONAL E A FUNÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL DA PROPRIEDADE PRIVADA URBANA. O PRINCÍPIO DA ORDEM ECONÔMICA CONSTITUCIONAL E A FUNÇÃO SÓCIO-AMBIENTAL DA PROPRIEDADE PRIVADA URBANA. TEREZA EMÍLIA LIJMA DE PAULA Fortaleza - CE 01. OBJETIVOS Outubro, 2007 4.1 OBJETIVO GERAL: Apresentar

Leia mais

REGULAMENTO 1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO ENGENHARIA DE ENERGIAS RENOVÁVEIS Foz do Iguaçu PR

REGULAMENTO 1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO ENGENHARIA DE ENERGIAS RENOVÁVEIS Foz do Iguaçu PR REGULAMENTO 1 ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO ENGENHARIA DE ENERGIAS RENOVÁVEIS Foz do Iguaçu PR Ministério da Educação 1 Disposições Gerais O presente regulamento tem por objetivo estabelecer os critérios

Leia mais

CÓDIGO DE ÉTICA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO

CÓDIGO DE ÉTICA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO CÓDIGO DE ÉTICA DA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO 0 ÍNDICE 1 - INTRODUÇÃO... 2 2 - ABRANGÊNCIA... 2 3 - PRINCÍPIOS GERAIS... 2 4 - INTEGRIDADE PROFISSIONAL E PESSOAL... 3 5 - RELAÇÕES COM

Leia mais

RESOLUÇÃO N o 53 de 28/01/2013 - CAS RESOLVE: CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES

RESOLUÇÃO N o 53 de 28/01/2013 - CAS RESOLVE: CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES Regulamento de Estágios Estágios Não Obrigatórios Remunerados (ENOR) e Estágios Curriculares Obrigatórios (ECO) de alunos dos cursos superiores da Universidade Positivo. Aprovado pela Resolução n o 53

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon)

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon) 1 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2009 (de autoria do Senador Pedro Simon) Acrescenta e altera dispositivos na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir no ensino fundamental e médio, e nos

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO PROJETO DE LEI Nº 289, DE 1999

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO PROJETO DE LEI Nº 289, DE 1999 COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO PROJETO DE LEI Nº 289, DE 1999 Acrescenta artigo à Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 - Lei de Execução Penal. Autor: Deputado MARÇAL FILHO Relator: Deputado

Leia mais