O GUIA ICC DE PROPRIEDADE INTELECTUAL

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1 12ª Edição 2014 O GUIA ICC DE PROPRIEDADE INTELECTUAL Questões Atuais e Emergentes para Empresários e Formuladores de Diretrizes

2 12ª Edição 2014 O GUIA ICC DE PROPRIEDADE INTELECTUAL Questões Atuais e Emergentes para Empresários e Formuladores de Diretrizes Copyright 2014 Câmara Internacional de Comércio (ICC) ICC detém todos os direitos autorais e outros direitos de Propriedade Intelectual sobre este trabalho, e incentiva sua reprodução e disseminação atendendo aos seguintes requisitos: ICC deve ser citada como fonte e detentora dos direitos autorais, mencionando o título do documento, International Chamber of Commerce (ICC), e o ano de publicação, se disponível. Qualquer modificação, adaptação ou tradução, para qualqurer uso comercial requer expressa autorização por escrito, e também para o uso sob qualquer forma que implique que outra organização ou pessoa é a fonte do trabalho, ou está associada com o trabalho. O trabalho não pode ser reproduzido ou disponibilizados em websites, exceto através de um link para a página da ICC na web (não o documento em si). A permissão pode ser requerida à ICC por meio do ipmanagement@iccwbo.org

3 Os patrocinadores do Guia ICC de Propriedade Intelectual Patrocinadores Principales A tradução da versão em português é uma cortesia de Dannemann Siemsen Bigler & Ipanema Moreira Patrocinador

4 2014 Índice Índice Prefácio Agradecimentos Links Fundamentos da propriedade intelectual... 1 Desenvolvimentos com impacto sobre a proteção à propriedade intelectual... 8 Guia A. Criando valor a partir da propriedade intelectual I. Gestão de ativos de propriedade intelectual para criar valor II. Licenciamento Questões de interesse geral Situações específicas Gestão coletiva e licenciamento de direitos autorais Patentes e normas III. Valorização e monetização de ativos de propriedade intelectual B. Obtenção de ativos de propriedade intelectual I. Patentes Serviço de cooperação de patentes e harmonização do direito substantivo de patentes Qualidade de patentes Patenteabilidade de novos usos para compostos conhecidos Os trabalhos sobre o sistema de patentes na Europa Considerações sobre idiomas II. Desenhos GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC

5 Índice 2014 III. Direitos autorais Direitos morais Proteção de artistas audiovisuais Proteção das emissoras de rádio e televisão Acesso a obras publicadas para pessoas cegas, com deficiência visual ou outras deficiências para o acesso ao texto impresso Obras órfãs IV. Marcas Harmonização e simplificação de regras de marcas e procedimentos Marcas de alto renome / marcas notoriamente conhecidas Buscas Restrições ao uso de marcas em embalagens Marcas não tradicionais V. Nomes de domínio Expansão do cenário de nomes de domínio Desafios para novos registros de gtld e detentores de marca VI. Indicações geográficas VII. Direitos de Variedades de Plantas (PVR) VIII. Segredos de negócios / informações confidenciais sobre negócios IX. Outras formas de propriedade intelectual Produtos de informática, ex: bancos de dados Direitos indígenas / comunitários / tradicionais C. Aplicação dos direitos de propriedade intelectual I. Prioridades de aplicação Litígio sobre direitos de propriedade intelectual Aplicação de DPI na Internet GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC

6 2014 Índice II. Resolução de conflitos sobre propriedade intelectual através de arbitragem ou mediação Arbitragem Mediação III. Contrafação e pirataria D. Interação entre propriedade intelectual e outras áreas I. Desenvolvimento econômico sustentável II. Proteção ambiental Diversidade biológica Mudança climática III. Inovação 83 IV. Concorrência V. Sociedade da informação Notas GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC

7 Prefácio 2014 Prefácio A propriedade industrial (PI) continua sendo um campo em constante evolução, não raro atrelado a mudanças tecnológicas, econômicas, políticas e sociais. Essa mudança no cenário geoeconômico, por sua vez, levou comunidades empresariais em diversos países a ter um crescente interesse nas utilizações da PI como ferramenta estratégica. Governos de vários países também estão vendo a PI como forma de ajudar o crescimento econômico sustentável, sejam economias emergentes, que procuram construir sua base econômica, ou economias mais maduras que querem manter sua vantagem competitiva no mercado global. A maior facilidade de comunicações e viagens também levou a mais negócios internacionais e a transações e trocas de PI. Isto traz consigo a necessidade de uma igualdade de condições e regras coerentes no mundo todo. O comércio em si pode exercer um papel significativo no âmbito governamental, familiarizando-o com o tipo de infraestrutura de PI necessária para o crescimento de indústrias de ponta, além do estímulo a mudanças tecnológicas. Os processos acelerados do desenvolvimento da informação e de outras tecnologias, além da tendência para uma maior colaboração em inovação estão tendo um grande impacto sobre a forma como a PI é utilizada, licenciada e protegida. O surgimento de novos aplicativos e plataformas da internet, a crescente onipresença dos dispositivos móveis e da internet, a presença maciça da banda larga, e a mudança de comportamento do consumidor estão levando proprietários de PI a reconsiderar suas estratégias e modelos de distribuição, comercialização e controle de seus ativos intelectuais no ambiente eletrônico. O papel da PI na sociedade principalmente patentes e direitos autorais continua a ser objeto de intenso debate, tanto ao nível nacional quanto internacional. Os trabalhos práticos de PI também continuam a ser mal compreendidos. As empresas devem participar ativamente destes debates e explicar como a PI é usada na prática como apoio à inovação e à criação. Esta edição de 2014 da principal publicação sobre propriedade intelectual da ICC O Guia ICC de Propriedade Intelectual: Questões Atuais e Emergentes para Empresários e Formuladores de Diretrizes foi reestruturado para melhor refletir a forma como as empresas consideram e lidam com a PI, ou seja, como um ativo que pode ser usado para criar valor para a empresa, para os consumidores e para a sociedade como um todo, e que deve ser administrado adequadamente. Um capítulo de apresentação descrevendo os progressos relativos à proteção da PI é seguido por capítulos sobre criação de valor a partir da PI, obtenção de ativos de PI, aplicação dos direitos de PI, e a interação entre PI e outras diretrizes. Cada seção explica o histórico e o cenário atual, bem como oferece algumas perspectivas. Foram acrescentadas seções sobre vários tópicos novos: gestão e licenciamento de PI, qualidade de patentes, harmonização e simplificação das regras de marcas, restrições de marcas em embalagens, marcas não tradicionais e inovação. Os nomes de domínio já não são subordinados a marcas, mas tratados como ativos de PI por si só. Outras seções foram simplificadas para destacar questões atuais. O capítulo de introdução sobre os avanços que têm impacto sobre os direitos de PI foi atualizado para esta edição, assim como as seções sobre marcas, segredos de negócios, nomes de domínio, litigância de direitos de PI, aplicação na internet, contrafação, desenvolvimento econômico sustentável e mudança climática. GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC

8 2014 Prefácio Esperamos que o Guia de PI da ICC continue a ser uma ferramenta de referência útil para todos aqueles que trabalham com ou precisam entender a política de propriedade intelectual, e agradecemos quaisquer comentários dos leitores para que possamos continuar a melhorar esta publicação. Jean-Guy Carrier ICC David Koris Commissão da ICC sobre Propriedade Intelectual Esta é a décima-segunda edição de O Guia ICC de Propriedade Intelectual: Questões Atuais e Emergentes para Empresários e Formuladores de Diretrizes. A primeira edição data de O Guia expressa as posturas atuais da ICC e não se destina a criar uma nova política da ICC. Esta publicação em inglês, e em outros idiomas, bem como documentos mencionados sobre a política da ICC podem ser acessados em GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC

9 Agradecimentos 2014 Agradecimentos A ICC agradece as principais contribuições recebidas dos membros da força-tarefa do Guia de PI da ICC e de outros grupos da ICC para a presente atualização e, em especial: Ingrid Baele, Philips Intellectual Property & Standards, Netherlands (Presidente da Força-Tarefa) Tomás Arankowsky Tamés, Avahlegal S. C., México Rajesh Bagga, Tata Motors, Índia Axel Braun, F. Hoffmann-La Roche AG, Suíça Stavros Brekoulakis, Queen Mary University of London, Reino Unido Andrew Bridges, Fenwick & West LLP, Estados Unidos Tim Brückmann, Deutsche Telekom AG, Alemanha Beate Devoghele-Lalk, Kanzlei Devoghele-Lalk, Alemanha David Fares, 21 st Century Fox, Estados Unidos Bradley Grout, Hunton & Williams LLP, Estados Unidos Ivan Hjertman, IP Interface AB, Suécia Urho Ilmonen, FACT Law, Finlândia Thomas Jacob, Chemical Industry Council of California, EUA Michael Jewess, Research in Intellectual Property, Reino Unido Diana de Mello Jungmann, National Confederation of Industry Brazil (CNI), Brasil Mathias Karlhuber, COHAUSZ & FLORACK, Alemanha Douglas Kenyon, Hunton & Williams LLP, Estados Unidos Edgar Krieger, CIOPORA, Alemanha Sandra Leis, Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira, Brasil Julian D. M. Lew QC, 20 Essex Street Chambers, Reino Unido Elisabeth Logeais, UGGC Avocats, França Hao Ma, CCPIT Patent and Trademark Law Office, China José Mauro Machado, Pinheiro Neto Advogados, Brasil Ileana del C. Martinelli, ARIFA, Panamá John Paul, Finnegan and Henderson, Estados Unidos Flip Petillion, Crowell & Moring, Bélgica Richard Pfohl, Music Canada, Canadá Sudhir Raja Ravindran, Altacit Global, Índia Beatrice Renggli, Axpo Power AG, Suíça Tim Roberts, Brookes Batchellor LLP, Reino Unido Isabelle Robinet-Muguet, Orange, França José Antonio Romero, Becerril, Coca & Becerril, S.C., México Marianne Rots, Unilever, Holanda Ana de Sampaio, J. E. Dias Costa, Lda., Portugal GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC

10 2014 Agradecimentos Uwe Schriek, Siemens AG, Berlin, Alemanha Peter Dirk Siemsen, Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira, Brasil Bradley Silver, Time Warner Inc., Estados Unidos Derek Slater, Google, Estados Unidos Michael Soo, Shook Lin & Bok, Malásia Wendell Taylor, Hunton & Williams LLP, Estados Unidos Stéphane Tronchon, Qualcomm, Estados Unidos Elio de Tullio, De Tullio & Partners, Itália Eduardo Varela, Cavelier Abogados, Colômbia Daphne Yong-d Hervé ( Secretária da Força-Tarefa) and Claire Labergerie, Secretariado da ICC Agradecemos também a Jennifer Brant, Innovation Insights, por sua contribuição, e aos vários membros da ICC e comitês nacionais de diferentes regiões que contribuíram com seus valiosos comentários e ideias para essa atualização. Muito obrigado também aos colegas do Secretariado da ICC por suas contribuições e ajuda na coordenação de comentários de outros grupos e comissões da ICC. GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC

11 Links 2014 Links International Chamber of Commerce ICC Convention on Biological Diversity CBD Five Intellectual Property Offices IP5 Five Trademark Offices TM5 International Corporation for Assigned Names and Numbers ICANN International Treaty on Plant Genetic Resources for Food and Agriculture PGRFA International Union for the Protection of New Varieties of Plants UPOV Organisation of Economic Co-operation and development OECD United Nations Commission on International Trade Law UNCITRAL United Nations Framework Convention on Climate Change UNFCCC unfccc.int World Health Organization WHO World Intellectual Property Organization WIPO World Trade Organization WTO GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC

12 2014 Fundamentos da propriedade intelectual Fundamentos da Propriedade Intelectual A Propriedade intelectual (PI) é uma criação do intelecto, que é de propriedade de uma pessoa física ou de uma organização no setor público ou privado, que pode então escolher entre compartilhá-la livremente ou controlar seu uso de determinadas maneiras. A PI é encontrada em quase toda parte em obras criativas como livros, filmes, discos, música, arte e software, e em objetos do dia-a-dia, como automóveis, computadores, medicamentos e variedades de plantas, todos eles desenvolvidos graças aos avanços da ciência e da tecnologia. As características distintivas que nos ajudam a escolher os produtos que compramos, como nomes de marcas e desenhos, podem se enquadrar dentro do escopo da PI. Até mesmo o lugar de origem de um produto pode ter direitos relativos ao mesmo, como o caso de Champagne e Gorgonzola. Muito do que vemos e usamos na internet, seja uma página da internet ou o nome de um domínio, também inclui ou representa alguma forma de PI. Através de um sistema de direitos de propriedade intelectual (DPI), é possível não só assegurar que uma inovação ou criação seja atribuída ao seu criador ou produtor, mas também assegurar a propriedade da mesma e, como resultado, beneficiar-se comercialmente. Ao proteger a propriedade intelectual (PI), a sociedade reconhece os benefícios trazidos por ela, e dá incentivo para que as pessoas invistam tempo e recursos para desenvolver inovações e expandir o conhecimento. O sistema de PI é elaborado para beneficiar a sociedade como um todo, alcançando um delicado equilíbrio para assegurar que sejam atendidas tanto as necessidades do criador como do usuário. Geralmente os DPI permitem que o detentor dos direitos os exerçam sobre o uso de sua obra por um período limitado de tempo. Como contrapartida pela concessão desses direitos, o sistema de PI contribui para a sociedade de várias maneiras, como por exemplo: enriquecendo o acervo de conhecimento público e cultura; mantendo concorrência leal e estimulando a produção de uma ampla gama de produtos e serviços de qualidade; respaldando o crescimento econômico e o emprego; apoiando a inovação e a criação; e promovendo avanços tecnológicos e culturais e de expressão. Quando os direitos de propriedade intelectual adequados ou suficientes não estiverem disponíveis, ou sua aplicação for difícil, pessoas e empresas inovadoras vão depender, em maior grau, de outros meios para se protegerem contra a concorrência desleal. Por exemplo, através de sigilo, acordos contratuais ou recursos técnicos para impedir a imitação. Esses meios podem ser menos eficazes na promoção dos objetivos expostos acima. GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC 1

13 Fundamentos da propriedade intelectual 2014 Como é protegida a propriedade intelectual? Em geral, a propriedade intelectual (PI) é protegida dando-se ao criador de uma obra, ou a um inventor, direitos exclusivos para explorar comercialmente sua criação ou invenção por um período limitado de tempo. Esses direitos também podem ser vendidos, licenciados, ou o detentor dos direitos pode dispor deles de outras maneiras. Os direitos de propriedade intelectual (DPI) são concedidos nos termos das leis de cada país ou região. Além disso, vários acordos internacionais sobre direitos de propriedade intelectual harmonizam as leis e procedimentos, ou permitem que direitos de propriedade intelectual sejam registrados ao mesmo tempo em diversos países. Tipos diferentes de propriedade intelectual criações literárias e artísticas, invenções, nomes de marcas e desenhos, para citar alguns são protegidos de maneiras diferentes: Criações nos campos da literatura e das artes, tais como livros, pinturas, filmes, músicas e gravações, bem como software, são geralmente protegidos por direitos autorais ou pelos assim chamados direitos conexos; Invenções tecnológicas são especificamente protegidas por patentes; Características distintivas como palavras, símbolos, odores, sons, cores e formas que distinguem um produto ou serviço de outro, podem ser protegidas por direitos de marcas; A aparência externa específica de objetos, tais como móveis, peças de carrocerias de automóvel, artigos de mesa ou jóias, pode desfrutar da proteção de desenhos; As indicações geográficas e segredos de negócios também são considerados tipos de propriedade intelectual, e a maioria dos países confere a eles alguma forma de proteção legal; As regras para impedir concorrência desleal no mundo comercial também ajudam a proteger segredos de negócios e outros tipos de propriedade intelectual; Variedades de plantas são protegidas principalmente por um sistema específico de proteção de PI chamado direitos de variedades de plantas que também podem ser protegidas por patentes ou por uma combinação dos dois sistemas; e Em alguns países, circuitos integrados e bancos de dados recebem proteção legal específica. O mesmo produto também pode ser protegido simultaneamente por mais de um tipo de direito de propriedade intelectual em diferentes países. Direitos Autorais Os direitos autorais existem para estimular a produção original de criações artísticas, literárias e musicais, desde livros e pinturas até filmes de cinema, gravações e software. O sistema de direitos autorais recompensa a expressão artística permitindo ao criador beneficiar-se comercialmente de sua obra. Além de conceder direitos econômicos, o direito autoral também confere direitos morais que permitem ao criador reivindicar a autoria e impedir mutilações ou deformações de sua obra que possam prejudicar sua reputação. 2 GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC

14 2014 Fundamentos da propriedade intelectual Para qualificar-se para proteção de direitos autorais, a obra precisa ser uma criação original e ser expressa em determinada forma fixa. Os direitos autorais são automaticamente conferidos ao autor uma vez que a obra esteja criada, embora alguns países mantenham sistemas de registro voluntário que proporcionam benefícios adicionais. Ela pode então ser licenciada ou cedida, frequentemente a um editor ou produtor. A proteção de direitos autorais dá ao autor direitos exclusivos por determinado período de tempo, geralmente, a partir da criação da obra, até 50 ou 70 anos após o seu falecimento ou, para gravações sonoras, muitas vezes 70 anos ou mais após a publicação. A lei de direitos autorais permite que o detentor dos direitos autorais controle determinados usos de sua obra. Esses usos, que o autor pode autorizar ou proibir, incluem especificamente a reprodução, distribuição, disponibilização, aluguel, gravação, comunicação ao público, difusão por rádio e televisão, e tradução ou adaptação da obra. Em alguns países, o autor não tem o direito de impedir determinados usos de suas obras, mas tem o direito de ser remunerado pelo seu uso. Em cada país existem exceções que permitem que o público faça uso das obras sem remunerar o autor ou obter sua autorização. Um exemplo é o uso limitado de citações para ilustração ou ensino. As proteções oferecidas ao detentor dos direitos autorais, bem como as limitações e exceções previstas nas leis de direitos autorais, constituem uma parte essencial do arcabouço dos direitos autorais. Objetivando um equilíbrio apropriado, juntas elas facilitam a criação de obras artísticas bem como novos meios para distribuí-las e apreciá-las. A maioria dos países dá proteção semelhante a produtores de fonogramas, intérpretes e organismos de radiodifusão. Em alguns países, intérpretes, produtores e organismos de radiodifusão de obras amparadas por direitos autorais são protegidos por direitos autorais da mesma forma que os autores; em outros países, no entanto, eles são protegidos por direitos conexos ou correlatos. O direito autoral tornou-se cada vez mais importante com o desenvolvimento da tecnologia digital e da internet, com papel de destaque na proteção à propriedade intelectual para conteúdo distribuído online e onde enfrenta dificuldades para ser aplicado. Existem diversos acordos internacionais sobre proteção de direitos autorais e direitos conexos. Eles abrangem a Convenção de Berna para Proteção de Obras Literárias e Artísticas (1886), a Convenção de Roma para Proteção aos Artistas Intérpretes ou Executantes, aos Produtores de Fonogramas e aos Organismos de Radiodifusão (1961), a Convenção de Genebra para Proteção de Produtores de Fonogramas contra a Reprodução Não Autorizada de seus Fonogramas (1971), o Tratado da OMPI sobre Direitos Autorais (1996) e o Tratado da OMPI sobre Interpretação ou Execução de Fonogramas (1996) (ambos abordam a proteção dos direitos autorais, produtores musicais e intérpretes no mundo digital) e, mais recentemente, o Tratado de Marrakesh para Facilitar o Acesso a Obras Publicadas para Pessoas Cegas, com Deficiência Visual ou outras Deficiências para o Acesso ao Texto Impresso. O Acordo da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (TRIPS) (1994) é o primeiro acordo multilateral de propriedade intelectual relativo ao comércio. Ele abrange a maioria dos tipos de propriedade intelectual, e inclui direitos autorais e direitos conexos. Uma patente é uma autorização governamental que dá ao inventor o direito, por um determinado período de tempo, de impedir que outros usem, fabriquem, vendam, ofereçam para venda ou importem sua invenção sem sua autorização. Em troca, o inventor precisa revelar os detalhes de sua invenção em um documento de patente que é colocado à disposição do público. Essencialmente, as patentes representam um contrato social entre a sociedade como um todo e os inventores. GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC 3

15 Fundamentos da propriedade intelectual 2014 Uma inovação que o inventor prefira manter em segredo, conhecida como ou um segredo de negócio, é protegida nos termos de diferentes leis. Na maioria dos países, a proteção de patente dura 20 anos, contados a partir da data do depósito, e é emitida pelos escritórios de patentes nacionais ou regionais aos quais o inventor precisa submeter um pedido. Para que a patente seja concedida, a invenção precisa atender a três condições: Precisa ser nova nunca ter sido publicada ou usada publicamente antes; Deve ter aplicação industrial precisa ser algo que possa ser fabricado ou usado industrialmente; e Precisa ser não óbvia não deve ser uma invenção restrita a indivíduos com especialização na área pertinente. Ao longo dos anos, sistemas de patentes têm sido adotados por muitos países por que: estimulam a revelação de informações ao público, aumentando o acesso do público aos conhecimentos técnico e científico. Sem a garantia de uma patente, um inventor, seja pessoa física ou empresa, pode preferir manter em segredo os detalhes de sua invenção; dão incentivos e recompensas para inovação e para investimentos em pesquisa e desenvolvimento, e para futuras invenções; a duração limitada de uma patente estimula a rápida comercialização das invenções, e assim o público recebe mais cedo um benefício concreto da invenção; por estimularem a publicação de detalhes das invenções, as patentes ajudam a evitar a duplicação de pesquisas, estimulando mais pesquisa, inovação e concorrência; e patentes são vistas como uma segura titularidade de propriedade intelectual que é concedida, na maioria dos países, após rigoroso processo de exame. O sistema de patentes vem continuamente se desenvolvendo ao longo dos anos, o que tem contribuído para a sua utilização eficaz. Para coordenar os sistemas de patentes dos países e enfrentar as questões fundamentais e processuais na obtenção de patentes estaduais e regionais, existem vários acordos internacionais sobre proteção de patentes. Para questões essenciais, os mais importantes são a Convenção de Paris para a Proteção da Propriedade Industrial (1883) e o Acordo da OMC sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Relativos ao Comércio (TRIPS) (1994), enquanto os principais tratados de patentes sobre questões processuais são o Tratado de Cooperação de Patentes (1970) e o Tratado de Direito Patentário (2000). Há, também, alguns outros acordos regionais como a Convenção sobre a Patente Europeia (1973), o Acordo de Lusaka (1976), o Acordo de Bangui (1977) e a Convenção Eurasiana de Patentes (1994). A Convenção sobre a Patente Europeia (1973) estabelece regras para a obtenção de Patentes Europeias que, quando concedidas, se transformam em patentes nacionais nos países designados. Uma versão revista da Convenção (EPC 2000) e Regulamentos para Implementação entraram em vigor em 13 de dezembro de GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC

16 2014 Fundamentos da propriedade intelectual Os direitos relativos a desenhos protegem aspectos visuais novos e originais de um produto ou de sua embalagem. Os requisitos para proteção tomam emprestados conceitos tanto da lei de direito patentário (inovação) como da lei de direito autoral (originalidade). Para se qualificar para proteção, o desenho precisa apresentar características estéticas, não deve ser determinado unicamente por uma função técnica e não pode ser antecedido por um desenho conhecido que, de uma maneira geral, seja idêntico ou semelhante. Os desenhos podem ser expressos em formatos bidimensionais (desenhos propriamente ditos) ou tridimensionais (modelos). Os desenhos contribuem significativamente para a comercialização de produtos ao agregar valor comercial a eles, sendo ativos fundamentais de diversas indústrias, como por exemplo, têxtil, moda, dispositivos móveis para consumidores, software (interfaces) de computador, automóveis, mobiliário e decoração. O sistema para proteção de desenhos difere de um país para outro e, na maioria dos países, a proteção é sujeita a registro. A proteção de desenhos é uma área que ultimamente tem se beneficiado de significantes e promissoras harmonizações em níveis de depósito internacional assim como de importante lei aplicável. O Acordo de Haia (1925) relativo ao registro internacional de desenhos industriais, conforme alteração ao Ato de Genebra (1999), permite o depósito centralizado de pedidos de desenhos para proteção nos vários países signatários do Acordo (que inclui a União Europeia). Os Regulamentos mais recentes entraram em vigor em 1º de abril de Para questões processuais, a classificação de produtos é regida pelo Acordo de Locarno (1968). Em 2012, mais de pedidos foram depositados através do Sistema de Haia. Uma via paralela comum para depósito na UE é o OHIM, em Alicante, que faz o registro de desenhos Comunitários. Em relação à lei substantiva, a harmonização foi concretizada dentro da União Europeia com o Regulamento nº 6/2002. Ele estabelece direitos de desenhos Comunitários vigentes em todos os 28 Estados-Membros da União Europeia e dá proteção, por até 25 anos, a desenhos registrados e, por um período mais curto de três anos, a desenhos não registrados. Na OMPI, discussões referentes a um projeto sobre Tratado de Direito de Desenhos estão em andamento, com o objetivo de harmonizar aspectos administrativos de todo o processo de depósito. O proprietário de um desenho protegido tem o direito de impedir a cópia do mesmo por terceiros, além de proibir a fabricação, venda, importação ou exportação de produtos que tenham ou utilizem o desenho. Dependendo dos países, o proprietário pode simultaneamente valer-se da proteção das leis de direitos autorais, marcários e patentários. A importância econômica dos desenhos na economia moderna tem chamado mais atenção ultimamente, com destaque para a necessidade de mais harmonização, orientações sobre o âmbito de proteção dos desenhos e sua utilização. As marcas permitem que consumidores e empresas diferenciem entre produtos e serviços de diversos produtores, e selecionem produtos de fabricantes de reputação confiável. Para os fabricantes ou prestadores de serviços que investiram tempo, esforço e dinheiro para construir uma boa imagem da marca, as marcas são uma maneira de impedir que outros tirem proveito de sua reputação de maneira desleal. Isso assegura concorrência leal no mercado, e estimula as empresas a investir na qualidade e na reputação de seus produtos ou serviços. GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC 5

17 Fundamentos da propriedade intelectual 2014 A proteção de marcas pode ser aplicada a marcas, nomes, sinais, símbolos, e mesmo cores, odores, sons e formas. Isso significa que as marcas protegem quase qualquer característica distintiva ligada a um produto ou serviço. Na maioria dos países, o registro de uma marca em um escritório de marcas do governo federal ou regional visa a proteção de produtos ou serviços específicos. Um detentor de marca pode impedir que terceiros usem sua marca, ou marca semelhante, em produtos ou serviços iguais ou semelhantes se, ao fazê-lo, provavelmente causarem confusão nas mentes das pessoas. Em muitos países, marcas de alto renome e marcas notoriamente conhecidas também gozam de proteção para que não sejam depreciadas, enfraquecidas ou utilizadas de maneira desleal. Quase todas as empresas, grandes e pequenas, dependem de marcas. A proteção à marca é mais usada que qualquer outra forma de propriedade intelectual, tanto em economias em desenvolvimento como nas desenvolvidas. As marcas servem para garantir a sua origem aos consumidores locais. Registros de marca, que podem ser prontamente submetidos à busca, permitem que as empresas evitem escolher novas marcas que poderiam ser confundidas com as existentes. Existem diversos acordos internacionais sobre proteção de marcas. Os principais, adotados pelo maior número de países, são a Convenção de Paris para Proteção à Propriedade Industrial (1883), e o acordo TRIPS (1994). O Tratado de Direito Marcário (1994) e o Tratado de Cingapura sobre Direito Marcário (2006) têm um número relativamente limitado de partes contratantes. Para questões processuais, os principais tratados são o Acordo de Madri sobre Registro Internacional de Marcas (1891) e seu Protocolo (1989), que usa o francês, o inglês e o espanhol como idiomas oficiais, e o Acordo de Nice sobre Classificação Internacional de Produtos e Serviços para Fins de Registro de Marcas (1957). Existem também vários acordos regionais que preveem proteção em vários países através de um único registro de marca. São eles: Marca Comunitária (CTM, na sigla em inglês) que permite que o detentor de uma marca obtenha um único registro de marca abrangendo todos os Estados- Membros da União Europeia; registros no Escritório de Propriedade Intelectual de Benelux (BOIP) que abrange Bélgica, Luxemburgo e Holanda; marcas depositadas através da Organização Africana da Propriedade Intelectual (OAPI) que abrange todos os Estados-Membros (essencialmente francófonos) da OAPI. Mudanças no Regulamento da CTM e na Diretiva estão em discussão, com provável adoção em O direito de variedades de plantas (PVR, na siga em inglês) é uma proteção semelhante à patentária para variedades de plantas, que dá ao obtentor o direito exclusivo de explorar a variedade por até 30 anos. A Variedade de plantas é sujeita à proteção caso seja: nova não deve ter sido explorada no território protegido por mais de um ano, ou em outro lugar por mais de quatro (ou seis) anos anteriores à data do pedido; distinta deve ser claramente distinguível de qualquer outra variedade cuja existência seja uma questão de conhecimento comum no momento do depósito do pedido; 6 GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC

18 2014 Fundamentos da propriedade intelectual homogênea deve ser suficientemente homogênea nas suas características relevantes; estável suas características relevantes devem permanecer inalteradas depois de sucessivas reproduções; e designada por uma denominação adequada. O PVR não protege a variedade como tal (como uma invenção é protegida por patente), mas apenas certas formas de materialização da mesma. Em primeiro lugar, é o material de reprodução que está amparado pelo direito exclusivo do titular, de modo que ele possa controlar sua produção, reprodução, venda, importação e exportação e atividades correlatas. Em alguns países, o material colhido da variedade protegida, bem como os produtos feitos diretamente de material colhido, também podem estar sujeitos a direitos. Uma característica única no sistema PVR e uma de suas mais importantes exceções é a chamada isenção dos obtentores que permite que os obtentores usem variedades protegidas no desenvolvimento, e posterior exploração, de novas variedades. A isenção dos obtentores promove a melhoria de variedades, uma vez que uma nova variedade não pode ser desenvolvida sem o uso de material existente. O único acordo internacional sobre Direitos de Variedades de Plantas é a Convenção Internacional para a Proteção de Novas Variedades de Plantas de 1961 (revista em 1972, 1978 e 1991), que é regida pela União para a Proteção de Obtenções Vegetais (UPOV). Dentre os 71 países-membros da UPOV, 51 estão vinculados pela Lei de 1991, 19 pela Lei de 1978 e um ainda está vinculado pela Convenção de 1961 conforme emenda à Lei de Atualmente mais de títulos de PVR estão em vigor nos países-membros da UPOV. O Artigo 27 (3) (b) do Acordo TRIPS também se refere às variedades de plantas: obriga os membros da Organização Mundial do Comércio a zelar pela proteção de variedades de plantas através de patentes ou através de um sistema eficaz, ou através da combinação destes. GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC 7

19 Desenvolvimentos com impacto sobre a proteção à propriedade intelectual 2014 Desenvolvimentos com impacto sobre a proteção à propriedade intelectual Os desenvolvimentos econômicos, sociais, políticos e tecnológicos têm um impacto fundamental sobre a criação, exploração e uso da propriedade intelectual (PI). Os sistemas existentes de proteção à propriedade intelectual estão constantemente se adaptando para acolher essas mudanças, tal como tem sido desde seu início. As empresas que dependem da exploração de ativos de propriedade intelectual precisam, para permanecer competitivas, assegurar que os meios disponíveis para proteger sua propriedade intelectual ainda sejam eficazes nesse ambiente em evolução. Essa introdução descreve as principais forças que estão mudando o panorama da propriedade intelectual, e seu possível impacto sobre a criação e exploração da propriedade intelectual. Entre elas, as citadas abaixo: 1. Desenvolvimentos geográficos; 2. Novos desenvolvimentos tecnológicos; 3. A interação com as questões sociais e políticas; e 4. Mudanças na metodologia operacional das empresas. Centros de tecnologia e outras inovações em diferentes áreas estão agora se desenvolvendo em diversas partes do mundo e não estão mais limitados aos tradicionais polos de inovação na Europa, América do Norte e Japão. Dos dez países no topo do ranking do Índice Global de Inovação de 2013 fazem parte Hong Kong (China) e Cingapura, enquanto dos 40 mais importantes fazem parte Malásia, China, Emirados Árabes Unidos e Costa Rica. Desde 2010, os gastos brutos com P&D vem apresentando tendência de crescimento contínuo, com maior alocação de recursos por parte de países desenvolvidos e em desenvolvimento, tendo à frente Indonésia, Índia, Malásia e China, com índices de crescimento de dois dígitos em A evolução do é parcialmente refletida por tendências mundiais no movimento de depósitos de Direitos de Propriedade Intelectual. No período de 2007 a 2012, o movimento de depósito de patentes, marcas e desenhos industriais sofreu mudanças constantes, migrando de países de renda alta para países de renda média 2. Alguns dos maiores indicadores de DPI para o período entre 2011 e , apresentados abaixo, também confirmam esta tendência: Escritórios de patentes da China, Nova Zelândia, México, EUA e Rússia registraram o maior crescimento de depósitos de patentes, com o crescimento de depósitos de residentes Índice Global de Inovação de 2013 de Johnson Cornell University, INSEAD e WIPO. Fonte: Indicadores Mundiais de Propriedade Intelectual, de 2013, da WIPO. Fonte: Indicadores Mundiais de Propriedade Intelectual, de 2013, da WIPO. 8 GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC

20 2014 Desenvolvimentos com impacto sobre a proteção à propriedade intelectual estimulando o aumento na China, na Rússia e na Repartição de Patentes dos Estados Unidos (USPTO) 4. O crescimento de depósitos na China foi o principal responsável pelo grande aumento de depósitos de modelos de utilidade em todo o mundo, embora Turquia, República Checa, Itália e Tailândia também tenham apresentado forte crescimento 5. O maior aumento de pedidos de marcas (calculado pelo número total de classes especificadas) ocorreu nos escritórios de marcas da Turquia e da China, impulsionado principalmente pelos depósitos por parte dos residentes 6. O escritório russo de PI registrou o crescimento mais rápido das quantidades de desenhos industriais incluídos nos pedidos, seguido pela Turquia, enquanto que, no mundo inteiro, os residentes chineses foram os maiores depositantes de desenhos industriais 7. Escritórios da China, Ucrânia e Brasil registraram o crescimento mais rápido de variedades de plantas em vigor 8. Em 2012, residentes da China foram os responsáveis, no mundo todo, pelas maiores quantidades de pedidos depositados para patentes, modelos de utilidade, marcas e desenhos industriais, e os principais escritórios chineses de marcas e patentes foram também os maiores receptores de pedidos para estes quatro tipos de PI. O aumento dos depósitos de direitos de propriedade intelectual, no mundo todo, dá origem a observações adicionais para as empresas; exemplo: como modelos de utilidade são considerados estados da técnica que podem destruir inovações em todo o mundo, o aumento exponencial do número de registros de modelo de utilidade (por exemplo, na China) pode representar desafios para as empresas que procuram assegurar que suas invenções não sejam previstas por terceiros. Os desenvolvimentos em comunicações e logística estão permitindo que,. Existe também uma crescente tendência para as empresas colaborarem com parceiros públicos e privados no desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e serviços. Graças à evolução das tecnologias de informação e comunicação (TIC), muitas destas colaborações ocorrem internacionalmente, estimulando assim a troca de e experiências ao redor do mundo. Essa tendência se apoia no desenvolvimento do comércio eletrônico que permite que mais empresas operem internacionalmente. Estas tendências resultam em mais transações internacionais de propriedade intelectual, podendo gerar mais litígios multijurisdicionais de propriedade intelectual. As empresas são, portanto, confrontadas com questões relativas à legislação nacional aplicável e à jurisdição sobre transações de propriedade intelectual. A aplicação dos direitos de propriedade intelectual em várias jurisdições é, também, um grande desafio, tendo em conta os diferentes sistemas de direito e os procedimentos e atuações dos tribunais nacionais. Isto também vale para as empresas de serviços globalmente ativas, tais como bancos, seguradoras e empresas de transporte China (+24%), Nova Zelândia (+14.3%), México (+9%), EUA (+7.8%) e Rússia (+6.8%). Global (+23.4%), China (+26.4%), Turquia (+15.5%), República Checa (+13.2%), Itália (+11.7%) e Tailândia (+10.7%). Turquia (+24.1%) e China (+16.5%) Rússia (+29.5%), Turquia (+12.4%) China (+32.9%), Ucrânia (+11.8%) e Brasil (+11%) GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC 9

21 Desenvolvimentos com impacto sobre a proteção à propriedade intelectual 2014 A natureza global das operações de comércio e de negócios também aumentou os desafios na gestão de DPI, por exemplo, ao decidir onde depositar os direitos registrados, e ao garantir a liberdade para operar nos vários países onde uma empresa esteja atuando. Os avanços das atividades inovadoras, em várias regiões, e as crescentes colaborações internacionais estão começando a conscientizar empresas em diferentes países sobre as vantagens potenciais de melhor aproveitamento e gestão de ativos intangíveis, como parte de suas operações e estratégias empresariais. Nesses países, as comunidades empresariais locais têm uma necessidade crescente de sistemas de PI eficazes que atendam às suas necessidades, bem como de sobre como gerenciar ativos de PI 9. Esses fatores reforçam e prosseguem sustentando a lógica de se A harmonização através de tratados vem desde a Convenção de Paris (1883) até o Acordo TRIPS da OMC que vinculou os direitos de propriedade intelectual ao sistema de comércio internacional e seu mecanismo de sanções e mais recentemente os Tratados da OMPI relativos à Internet (1996). Os chamados instrumentos jurídicos não vinculativos, tais como diretrizes e recomendações, também estão sendo usados para definir novas normas que podem, potencialmente, ser vinculadas através da integração em tratados, por transposição para a legislação nacional ou por referência em acordos comerciais bilaterais. O desenvolvimento e o uso comercial de novas tecnologias estão constantemente gerando novos tipos de produtos, serviços e metodologias, muitos dos quais podem ser protegidos por DPI. Estas novas tecnologias podem ter um grande impacto na criação e utilização de ativos de PI, bem como na produção e distribuição de produtos e serviços baseados em ativos de PI. Este contexto, por sua vez, tem consequências importantes na maneira como empresas gerenciam e protegem os direitos de propriedade intelectual, controlando a produção, distribuição e uso de sua propriedade intelectual. a velocidade de transmissão cada vez maior, bem como a conexão com a internet cada vez mais onipresente através de uma ampla gama de dispositivos facilitaram a comunicação, transmissão e troca de informações. Novas tecnologias também estão levando à descentralização da distribuição e produção. Por exemplo, através da TIC, as novas empresas e consumidores tiveram maior facilidade na distribuição de conteúdo virtual e produtos de varejo através de plataformas de internet, mídias sociais e outras redes. Os consumidores, através da crescente acessibilidade à impressão em 3D, poderão viabilizar a manufatura de produtos baseados em desenhos e conhecimento de PI protegida. Embora novas possibilidades ofereçam maiores oportunidades para que as empresas divulguem seus produtos e serviços, elas também representam desafios no controle do uso não autorizado de seus ativos de propriedade intelectual, sejam eles obras com direitos autorais, invenções patenteadas, desenhos protegidos, marcas ou segredos de negócios. A onipresença de dispositivos e aparelhos usados para acessar informações na internet torna este desafio ainda maior. Os avanços em TIC também melhoraram o acesso e a popularidade dos mundos virtuais. Esses universos digitais alternativos disponíveis em redes comerciais e sociais, através da internet, enfatizam uma maior interação atrelada a resultados. Os tradicionais conceitos de violação de 9 Por exemplo, ver: Inovação no Brasil: uma agenda para promover a inovação 2011 Confederação Nacional da Indústria (CNI) na qual a comunidade empresarial brasileira defende uma política de propriedade intelectual pragmática. 10 GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC

22 2014 Desenvolvimentos com impacto sobre a proteção à propriedade intelectual propriedade intelectual podem ficar comprometidos, por exemplo, na seguinte situação: fornecedores oferecem itens para venda num mundo virtual, independente de qualquer vínculo com as marcas já consagradas mundialmente e, portanto, falsamente representadas numa realidade virtual. As redes sociais e outros sites, cada vez mais utilizados, normalmente permitem que o conteúdo gerado pelo usuário (UGC, na sigla em inglês) possa ser carregado, acessado e visto. O UGC pode agregar conteúdo gerado por terceiros, de uma maneira que possa ou não infringir DPI, dependendo da forma como foi agregado e da aplicação de sanções previstas por lei. As regras referentes às responsabilidades dos participantes em tais situações variam de acordo com diferentes jurisdições. Iniciativas por parte de todos os setores industriais já foram tomadas visando estabelecer procedimentos aceitos pelas inúmeras partes interessadas nesse contexto 10. A crescente aplicação comercial de tecnologias da ciência da vida, como a biotecnologia, tem estimulado o desenvolvimento de novos tipos de produtos e serviços, além de novos métodos de distribuição e difusão de tecnologia e novas estruturas de parcerias público-privadas que compartilhem os mesmos objetivos sociais. As empresas devem se conscientizar dos constantes desafios inerentes à politica de propriedade intelectual. Entre eles, a crescente convergência da biotecnologia com as tecnologias da informação e outras novas tecnologias, nas quais a informação, novas ferramentas e novos métodos são fundamentais ao processo de inovação. Atualmente, um dos pontos principais no campo da biotecnologia é o desenvolvimento de fontes de energia e combustíveis alternativos sustentáveis. Além de fornecer energia renovável, muitos biocombustíveis novos podem beneficiar ainda mais o planeta, fornecendo novas vias de gestão de resíduos. As indústrias de biocombustíveis se encontram num processo de rápida expansão global, principalmente na Europa, Ásia e Américas. O foco sobre o uso de microorganismos no desenvolvimento de biocombustíveis despertou um grande interesse na proteção da propriedade intelectual dessas novas fontes de combustível, bem como uma crescente oposição a qualquer exigência de antecipação à divulgação pública sobre depósitos de microorganismos. Outro grande desenvolvimento no campo da biotecnologia é o surgimento de medicamentos biossimilares na Europa e a adoção de medidas para a aprovação de biossimilares nos Estados Unidos. Embora o conceito de medicamentos biossimilares se assemelhe ao de medicamentos genéricos ou medicamentos de moléculas pequenas, é muito mais difícil assegurar a equivalência de um produto biológico. Para medicamentos biológicos, muitas vezes a única proteção de patentes que continua em vigor, após o prazo de vencimento de um período de exclusividade de mercado, é aquela que abrange os processos de fabricação ou formulações específicas. Assim, uma indústria farmacêutica empenhada em ignorar essas patentes se sentirá motivada para fazer mudanças na produção ou na formulação do produto biológico. No entanto, ao contrário dos medicamentos genéricos de moléculas pequenas, até mesmo uma pequena alteração nas condições de fabricação ou formulação de um produto biológico poderá ter um impacto significativo sobre a atividade e imunogenicidade do produto final. É possível que, em muitos casos, empresas no estágio inicial de fabricação de um produto biossimilar acabem introduzindo um produto que poderá ser patenteado ou receber a sua própria exclusividade de mercado, ou ambos. Apesar das dificuldades inerentes a esta tecnologia, vários produtos biossimilares foram aprovados na Europa, e inúmeras empresas biofarmacêuticas anunciaram planos de entrar no mercado de biossimilar nos EUA. Outro campo pioneiro da tecnologia é a nanotecnologia, que é essencialmente um termo abrangente para várias novas tecnologias que enfatizam o desenvolvimento de dispositivos, sistemas, materiais, produtos biológicos e outras estruturas ao nível nano, ou bilionésimo de um metro. Esses campos 10 Por exemplo: Priciples of User Generated Content Services GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC 11

23 Desenvolvimentos com impacto sobre a proteção à propriedade intelectual 2014 reúnem uma equipe multidisciplinar de engenheiros, biólogos, físicos e/ou químicos. A equipe está envolvida na criação de novos nanomateriais para a construção de dispositivos em miniatura ou sistemas da ciência dos materiais e elétrica, ou mesmo de natureza biológica. Outras possíveis aplicações abrangem saúde, informática e outras áreas. Uma dificuldade encontrada é que alguns dos materiais e sistemas a serem desenvolvidos, embora miniaturizados, exercerão funções já existentes nos materiais e sistemas atuais. Assim, o desafio para o sistema de patentes será dar uma proteção adequada e equilibrada para esse novo campo emergente. O surgimento de novas tecnologias também terá implicações na proteção da propriedade intelectual que poderão ir além das questões que estão sendo discutidas atualmente. 3. A interação com as questões sociais e políticas Por muito tempo considerada uma questão técnica, a política de propriedade intelectual está agora firmemente estabelecida no cenário político, muitas vezes estando sujeita ao escrutínio público. Os formuladores de diretrizes precisam se esforçar constantemente para manter o delicado equilíbrio necessário para satisfazer os direitos do criador e os interesses dos usuários, de modo que o sistema beneficie a sociedade como um todo. A politização do debate em torno da propriedade intelectual tem sua origem, em parte, na crescente importância econômica da propriedade intelectual. Esse posicionamento tem sido de especial relevância nas relações comerciais entre os países conforme demonstrado pela inclusão das questões relacionadas à PI nos acordos internacionais de comércio, principalmente o acordo OMC TRIPS, além dos recentes acordos bilaterais e plurilaterais. Em diversos acordos de livre comércio, países desenvolvidos apresentaram propostas visando o reforço à proteção da propriedade intelectual dentro de um pacote de acordos de maior abrangência. No entanto, alguns países em desenvolvimento fizeram objeção, intensificando o debate político em torno de questões de PI. Uma série de questões relacionadas à propriedade intelectual também foram incluídas na Agenda Doha de Desenvolvimento da OMC, entre elas, indicações geográficas, a relação entre TRIPS e a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), e a transferência de tecnologia para países menos desenvolvidos. A ligação entre o comércio internacional e a propriedade intelectual é nitidamente exemplificada pelo uso de mecanismos de retaliação cruzada conforme o Entendimento sobre Solução de Controvérsias (DSU, na sigla em inglês) da OMC na área da propriedade intelectual. No âmbito desse mecanismo, caso um membro da OMC não cumpra a solução de controvérsia da OMC, a parte contrária poderá iniciar o processo de retaliação contra esse membro da OMC, suspendendo concessões ou obrigações, geralmente no mesmo setor, mas, em circunstâncias excepcionais, em outro setor. O uso da retaliação cruzada, pela suspensão de concessões e obrigações do TRIPS, foi concedido, pela primeira vez ao Equador (no caso da banana ) contra a Comunidade Europeia, e à Antigua e Barbuda contra os Estados Unidos, pela violação das regras estabelecidas pela OMC/GATT (serviços estrangeiros de apostas e jogos de azar); e concedido ao Brasil contra os Estados Unidos ( disputa do algodão ). No entanto, nenhuma retaliação cruzada foi registrada em qualquer desses casos. As dinâmicas em torno das discussões internacionais intergovernamentais sobre a propriedade intelectual tomam forma através das diferenças encontradas entre as perspectivas de exportadores e importadores de produtos e serviços com alto conteúdo intelectual; enquanto países exportadores de PI geralmente reivindicam maior proteção, países importadores de PI preferem regras menos rígidas. Essas notórias diferenças, no entanto, tornam-se secundárias devido à emergência de indústrias de atividades inovadoras em vários países que começam a ver a PI como uma potencial ferramenta no estímulo à inovação nacional e ao desenvolvimento econômico. 12 GUIA DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DA ICC

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