A UMBANDA E OS MARGINALIZADOS: NA TRILHA DAS REINVENÇÕES

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A UMBANDA E OS MARGINALIZADOS: NA TRILHA DAS REINVENÇÕES"

Transcrição

1 A UMBANDA E OS MARGINALIZADOS: NA TRILHA DAS REINVENÇÕES Adilson Meneses da Paz 1 O presente texto propõe-se a refletir 1 sobre a Umbanda como um espaço religioso que assegura tipos sociais marginalizados no seu panteão/comunidade como afirma Birman (1985) invertendo os valores da hierarquia que ordena os espíritos, estabelecendo uma nova ordem onde a singularidade de todos são valorizados. O homem branco, imagem ideal colocada no topo da ordem evolutiva, não tem os poderes que possuem seus subalternos/grupos marginalizados. Esses grupos estruturalmente inferiores ganham por meio da inversão simbólica um poder mágico inigualável. Compreende-se, assim, na prática umbandística uma condição libertadora de grupos historicamente silenciados e marginalizados: negros, índios, idosos, homem rural, a mulher e a criança, estes que simbolicamente potencializam-se em entidades espirituais como: Preto-velhos, Caboclos, Boiadeiros, Erês, Ciganas, Pombagiras e Orixás os quais têm poder e legitimidade para intervir no mundo. Palavras-Chave: Umbanda;Processos de singularização; Sincretismo 1 Doutorando no Programa Multi-institucional e Multidisciplinar em Difusão do Conhecimento(UFBA); Mestre em Educação (UQUAC/UNEB) Graduado em Filosofia (UFBA) 1

2 Nas trilhas da Umbanda Segundo Silveira (2010) as mais antigas manifestações religioso afro-brasileiro resultaram de trocas culturais entre os africanos da área do Congo-Angola e os índios Tupinamabás, grupos estes que foram oprimidos pelos Portugueses. Esses fenômenos conhecidos como Santidades eram constituídas de elementos da cultura indígenas e da religiosidade católica, constituindo-se como processo de resistência aos colonizadores portugueses e a sua imposição religiosa. Os pesquisadores Sousa e Vainfas (2002, p.19) apresentam peculiaridades sobre uma das manifestações ocorridas no século XVI. A mais importante dessas santidades ocorreu em Jaguaripe, ao sul do Recôncavo Baiano, liderada por um índio que fugira do aldeamento inaciano de Tinharé, nos Ilhéus. Chamavase Antônio, nome de batismo, mas dizia ser Tamandaré, ancestral mítico dos Tupinambá. (...) [Entre outras coisas, ele afirmava também ser o verdadeiro papa, nomeava bispos e sacristãos,sagrava índios com o nome de santos, são Luiz, são Paulo, e tinha por principal esposa uma índia chamada Santa Maria Mãe de Deus. A santidade do pontífice Antônio erigiria uma igreja nos domínios de um senhor de engenho da Bahia (...), encenando rituais verdadeiramente híbridos. Cerimônias de batismo com fumaça de tabaco ou com os santos óleos ;bailes tribais e orações com rosários feitos de sementes de frutas;confissões em cadeiras de um pau só com sucções de fumo em longos caniços, num transe coletivo a um só tempo cristão e indígena. Desafiando as estrutura colonialista, a escravidão e a obra missionária inaciana, ás santidades difundiram-se não apenas entre o povo Tupinambá, mas também acolheu brancos, negros e mamelucos. Como nos informa (VAINFAS, 1995, pag.158 ) Na verdade, a santidade não foi monopólio dos índios cristãos, mas acabou vivenciada por gentio pagão, negros da Guiné, brancos, mamelucos... A adesão de todos esses grupos étnicos, até mesmo dos negros da Guiné, como eram chamados os negros africanos, se atribuía por conta das práticas religiosas Tupimanbás que anunciavam o fim da escravidão, a destruição da catequese jesuítica e se fincavam na forte crença do mito da terra sem males, onde haveria uma era de prosperidade e abundância. 2

3 O movimento da Santidade, ocorreu inicialmente em São Vicente em 1551, ganhando força no Sul do recôncavo baiano em 1580, suas ações preconizavam fugas e revoltas contra engenhos, fazenda e igrejas. A Santidade do Jaguaripe, como ficou conhecida no recôncavo, foi destruída em 1585, por representar perigo ao poder colonial. As santidades configuraram-se como espaços de tensões e negociações, assim como, campo estratégico de luta das minorias étnicas. Como afirma Cardoso Assim construíram mecanismos de resistência adaptaram ritos, propagaram os seus próprios símbolos e crenças e influenciaram outras culturas e grupos étnicos [...] (2013,p.13) Diante da experiência de imposição do colonizador português, índios e negros escravizados nos engenhos e fazendas, estabeleceram assim, trocas culturais, brincolando experiências religiosas, forjando assim, modos de resistência sem excluir a cultura do colonizador. No século XVII, percebe-se a presença de práticas religiosas de diferentes matrizes culturais em vários lugares da colônia, cuja característica é a combinação, em seus rituais de elementos oriundos de matrizes diferentes. Denominado de Calundu, essas manifestações religiosas reuniam elementos africanos, indígenas e católicos. Para Silva (2005, pg.45) os calundus eram: [...] cultos que englobavam uma grande variedade de cerimônias misturando os elementos africanos (atabaques, transe por possessão, advinhação por meio de búzios, trajes rituais,sacrifícios de animais, banhos de ervas, ídolos de pedra, etc.) aos elementos católicos (crucifixos,anjos católicos o anjo angélico- sacramentos como casamento) e ao espiritismo e supertições populares de origem européia ( advinhação por meio de espelhos, almas que falam através de objetos ou incorporadas nos vivos, etc. O antropólogo Silveira (2010, p.16) nos atenta para importância da cooperação afroameríndia nas religiões afro-brasileiras, 3

4 [...] pelo final do século XVI nossos primeiros africanos participaram de rituais religiosos de contestação da ordem colonial organizados pelos indígenas tupinambás, brincolando fragmentos da doutrina cristã em práticas pagãs ameríndias e africanas dando origem ao Cristianismo popular. No início do século seguinte eles já organizavam cultos próprios, com uma ou outra participação de nativos da terra, de modo que, quando na década de 1630os primeiros cultos afro-brasileiros começaram a ser identificados pela burocracia da Santa Inquisição, muitas trocas de experiências já haviam sido realizadas.[...] a transferência dos segredos das plantas e dos minerais da terra viabilizou a concretização de muitos fundamentos indispensáveis à implantação dos diversos cultos africanos. Os calundus enquanto manifestações religiosas afro-brasileiras, já se afirmavam enquanto espaço de negociação e trocas culturais estabelecendo adaptações no cristianismo vigente, a partir de seus ritos e festas nos espaços das igrejas, assim como, introduzindo os elementos da religião oficial em suas práticas. Segundo Silva (2005) os primeiros calundus tiveram muitas dificuldades, pois confinados aos espaços da fazenda, seus cultos só podiam ser realizados nas senzalas sob á ação vigilante do capataz. Porém, com o crescimento das cidades, negros libertos e escravos urbanos, as manifestações religiosas encontraram melhores condições para se desenvolverem. Os casebres e sobrados possibilitaram o encontro para os cultos, podia-se garantir a realização de festas religiosas, iniciação de vários fiéis e a preservação dos primeiros altares consagrados as divindades. Segundo Souza (1986) os rituais possuíam características diversas, porém existia unidade nestas práticas como; evocação de espíritos, oferendas,trajes de inspiração africana, práticas de adivinhações, caráter coletivo da prática, música marcada pelos instrumentos de percussão. Apesar da opressão do regime escravista os Calundus vão se constituir enquanto ofertas de saberes práticos aos habitantes da Colônia, que vão desde cura de tuberculoses, varíolas, lepra, doenças mentais até curas espirituais. No contexto colonial, esses manifestações religiosas eram combatidas se seus líderes se tornassem visíveis, articulassem revoltas ou atraíssem contingentes de clientela branca. 4

5 Para Silveira (2008) Desse lado do Atlântico, os calundus de diversas origens africanas, como a Banto (das regiões ao Sul da África, como Angola, Congo, Moçambique) e Jeje (da África Ocidental, atual República de Benin), por exemplo, acabaram aderindo ao catolicismo. O sincretismo com os cultos ameríndios deu-se apenas com os bantos. Alguns, como de Luzia Pinta, misturaram tradições africanas, católicas e indígenas no mesmo ritual, dando origem ao que se convencionou chamar umbanda. Muitos dos elementos formadores da Umbanda estavam presentes nas religiões populares do final do século XIX, sobretudo nas práticas religiosas de matriz banto, como na Macumba e Cabula. Nesta última, encontramos termos como engira, cambone, embanda, pemba, termos que até os dias atuais são usados nos espaços de culto da Umbanda. Reinvenções Umbandistas A Umbanda se constitui como uma religião afrobrasileira que teve influência dos cultos de entidades africanas, do catolicismo popular, da religiosidade indígena e do espiritismo Kardecista, caracterizando-se como uma religião híbrida resultante da bricolagem de diversos elementos religiosos que assegura no seu panteão espíritos de Caboclos, Boiadeiros, Pretos-velhos, Êres, Pombagiras, Orixás outras divindades. Para Luz (2011) a Umbanda pauta-se na idéia do contato com o mundo espiritual, a partir crença da existência de dois mundos, o visível e o invisível, na presença dos espíritos ancestres que são cultuados e invocados para intervir no mundo dos vivos e na forte crença de forças cósmicas que sustentam e dinamizam a existência do universo. Existem alguns elementos essenciais que caracterizam a prática umbandista. O primeiro é a incorporação de divindades/espíritos que a distingue das religiões de veneração como o cristianismo; já o segundo consiste no trabalho com espíritos que são considerados marginalizados pela sociedade civilizada que a distingue do Kardecismo; e, por fim, o terceiro que se constitui da conversa direta entre a entidade incorporada e o consulente que procura o centro de Umbanda, 5

6 distinguindo-o do Candomblé em que os orixás/divindades não conversam com os frequentadores do culto. Na Umbanda os grupos estruturalmente inferiores ganham, por meio da inversão simbólica, um poder mágico inigualável, pois a sua prática religiosa atua com determinados espíritos considerados tipos ideais de indivíduos marginalizados na sociedade. Contudo, no seu panteão são divinizados e se tornam a base central de seu culto. Como afirma Birman (1985), podemos dizer que o poder religioso na umbanda decorre de uma inversão simbólica em que os estruturalmente inferiores na sociedade são detentores de um poder mágico particular, advindo da própria condição que possuem. Compreende-se, portanto, que na prática umbandística há uma condição libertadora de grupos historicamente silenciados e marginalizados: negros, índios, idosos, homem rural, a mulher e a criança, indivíduos estes que simbolicamente potencializam-se em entidades espirituais como: Pretos-velhos e Pretas-velhas, Caboclas e Caboclos, Orixás, Boiadeiros, Erês, Ciganas, Pombagiras e outras divindades as quais têm poder e legitimidade para intervir no mundo e proporcionar práxis de inclusão e alteridade. Neste sentido, é possível afirmar que na sua prática cotidiana os centros de Umbanda tornam-se espaços de resolução de uma infinidades de pequenos conflitos que afligem adeptos e consulentes em seu cotidiano profano (BARROS, 2004). Apropriados de uma ritualística de onde os marginalizados simbolicamente podem intervir no mundo, assumindo um protagonismo que se caracteriza em uma estética expressa em gestos, rezas, cânticos, oferendas e gírias. Segundo os estudos de Santos (2008), no Mapeamento dos Terreiros de Salvador foram localizados vinte terreiros/centos de Umbanda, percebendo-se um decréscimo com relação aos dados do censo de 1981 em que havia cinqüenta casas/terreiros de umbanda. Ainda segundo o autor, nas últimas décadas, a forte influência dos discursos de tradições e da afirmação de uma identidade negra no espaço público soteropolitano favoreceu os espaços religiosos tradicionais, discursos estes presentes nas entidades negras, bem como nas políticas institucionais ( governo 6

7 municipal e estadual), reforçando, assim, o pertencimento quase que exclusivos aos terreiros de origem africana na cidade de Salvador. Ao realizarmos incursão sobre o espaço urbano de Salvador encontramos diversas casas de Umbanda que desenvolve ofertas de saberes práticos aos habitantes dos bairros populares, que vão desde saberes sobre a farmacopéia para cura de doenças até curas espirituais. Porém, percebe-se que muitas dessas casas preferem manterem-se invisíveis há qualquer tentativa de mapeamento do poder público. De acordo com Santos (2008), as razões para esta estratégia podem ser compreendidas, pois, dos séculos XVIII ao XX, os terreiros/casas foram vítimas da imprensa, da igreja católica, do poder público e nas últimas décadas, de grupos neopentecostais. A Umbanda enquanto religião oriunda de diversas matrizes religiosas, foi compreendida pelos primeiros estudiosos clássicos das religiões afrobrasileiras, como um culto religioso degradado. O pioneiro sobre os estudos do negro, o médico maranhense, Nina Rodrigues não tecerá nenhuma análise sobre a Umbanda, porém, em seus registros supervaloriza a influência e presença Sudanesa e deprecia a presença Banto da qual deriva-se a Umbanda ao afirmar que os negros Bantos, cuja pobreza mítica é hoje bem reconhecida e demonstrada, o que lhes permitiu adotar uma caricatura da religião católica dos colonos (1935,p.86). O médico legista Arthur Ramos dará continuidade ao trabalho de Nina Rodrigues, porém se afastará do evolucionismo de Nina ao buscar compreender as religiosidades das populações negras em termos culturais e não raciais. Acreditava que essas populações incultas e com mentalidade pré-lógicas poderiam ser modificadas pelos padrões do mundo moderno e racional, já que essa mentalidade atrasada era adquirida e não inata. Segundo Ramos, o sincretismo é um processo onde os traços africanos entram em degeneração. Como afirma: Em suma, já não existem no Brasil os cultos africanos puros de origem. Em alguns candomblés, principalmente na Bahia, a tradição jeje-nagô é mais ou menos conservada. Mas não pode deter a avalanche do sincretismo.os vários cultos se amalgamaram a príncipio entre si, e depois com as religiões brancas : o Catolicismo e espiritismo.(ramos,2001:138) 7

8 Ramos (2001) constrói uma classificação em ordem crescente para o sincretismo, na qual o primeiro lugar é o Jeje-nagô/ seguido do Jeje-nagô-mulçulmi/em terceiro Jeje-nagô-banto/em quarto Jeje-nagô-mulçumi-banto/em quinto Jeje-nagô-mulçumi-banto-caboclo/em sexto Jejenagô-mulçumi-banto-caboclo-espírita/e sétimo Jeje-nagô-mulçumi-banto-caboclo-espíritacatólico. Afirma que: esta última modalidade que predomina no Brasil, entre as classes atrasadas- negros, mestiços e brancos - da população. (2001,p.150). Arthur Ramos, compreendeu a macumba carioca,como esta ultima modalidade citada acima, caracterizada como sincrética e com extrema simplicidade de rituais, contrastando com a complexidade Jeje-nagô. Segundo Silva (1993) Arthur Ramos, descrevia a Umbanda enquanto uma das linhas da macumba e o termo na macumba também designava o chefe do culto, uma equivalência a um chefe sacerdotal. A partir do exposto, compreende-se que a umbanda é entendida por este estudioso como uma religião degenerada, com terreiros toscos e mitologia paupérrima. Para os autores Bastide (1971) e Ortiz (1991) A Umbanda é uma forma degradada de culto, pois, para estes estudiosos, fundiu-se com práticas católicas, indígenas e espíritas, tornandose sincrética, degenerando, assim, a pureza africana. Percebe-se, portanto, que o mito da pureza, isto é, o chamado nagocentrismo serviu para intelectuais e praticantes, em especial, da nação nagô se afirmarem como detentores de uma autenticidade africana em contraposição aos terreiros de caboclos e centros de Umbanda que se misturam com outras tradições. Ao analisarmos os Centros de Umbanda é perceptível enquanto religião afrobrasileira, readaptou os cultos africanos no território brasileiro, uma vez que incluiu em seu panteão outras entidades espirituais, mesclando-se com outras matrizes, forjando, assim, uma dinâmica estética que, pautada em novos símbolos, reinventam a lógica de estar/interpretar o cotidiano. Na Bahia ainda são poucos os espaços acadêmicos que se dedicam ao estudo da Umbanda, percebe-se um certo silenciamento sobre este espaço religioso. Para Santos (1995), há uma passionalidade exemplar dos estudiosos para com os terreiros em que foram realizadas a maioria das pesquisas, notadamente os de origem nagô, onde é ressaltado o discursos tradicionalistas. 8

9 A Umbanda enquanto religião afrobrasileira que constituiu-se através de diversas matrizes religiosas, nos leva a pensar o sincretismo religioso. Segundo Ferretti: apesar da vasta literatura, curiosamente o sincretismo religioso até hoje tem sido tratado com certo desinteresse e mesmo com menosprezo por diversos autores. Entre estudiosos e conhecedores do tema, como entre participantes e interessados nas religiões afrobrasileiras, é comum ouvirmos expressões de rejeição, de negação, de recusa ou menosprezo pela palavra sincretismo. (...) Nota-se que existe certo tabu contra este fenômeno. Parece que se procura negá-lo ou ocultá-lo, embora se reconheça que todas as religiões são sincréticas ( 1995, p. 87). Compreende-se que essas misturas e reinvenções são a força motriz da Umbanda que a fez resistir as perseguições e preconceitos, estabelecendo-se como religião onde os periféricos adquirem poder, demarcando, assim, como uma prática religiosa pautada em princípios políticos e éticos fundados no respeito ao outro e na solidariedade. Percebe-se, na inversão simbólica da umbanda reinvenções que se contrapõe as práticas do modelo dominante vigente. Diante do exposto, podemos compreender essas reinvenções à luz de Guattari (1996) que entende esses processos de singularização como uma espécie de desvios, de escapatória frentes as tentativas de reduzir a existência ao crivo dominante do capital. Ainda de acordo com Guattari & Rolnik, (1986, p.47) o que chamo de processos de singularização é algo que frustra esses mecanismos de interiorização dos valores capitalísticos, algo que pode conduzir à afirmação de valores num registro particular, independente das escalas de valor que nos cercam por todos os lados. A Umbanda pode ser compreendida como modos de subjetivação singulares que desembocam na construção de novas formas de sensibilidade, de relação com o outro, processos de educação que reinventam o lugar dos marginalizados na sociedade. Certeau (1990), nesta mesma direção, contribuí para a análise das estratégias de poder e das táticas de resistência encontradas nas práticas e suas influências na subjetivação dos sujeitos. Para o autor o cotidiano corresponde a uma dimensão histórica na qual o sujeito comum elabora suas práticas de interpretação do mundo, construindo pequenas liberdades e resistências que subvertem a racionalidade do poder. Acrescenta ainda esses modos de proceder e essas astúcias, compõem[...], no limite, a rede de uma antidisciplina. (CERTEAU, 1994 p.41,42). 9

10 As reflexões trazidas por Certeau (1994) nos permite pensar como as culturas de resistências driblam os sistemas vigentes, revertendo as práticas excludentes e construindo atos de resistência nas suas práticas cotidianas. Na umbanda, por exemplo, essas resistências podem ser caracterizadas a partir de seus cultos, onde as entidades espirituais trazem nos seus discursos lógicas de interpretação de mundo, imposições dos modelos impostos. modos de pensar que, muitas vezes, se contrapõem as Diante desse cenário de modelos impostos socialmente, podemos perceber que nos espaços religiosos reservados aos sujeitos marginalizados há subversões, pois quando analisamos a entidade espiritual Pomba-gira pertencente, também, ao panteão umbandista, percebemos que nos seus discursos ela não se reduz ao mero lugar de esposa, ou mãe, mas tende a escapar desses aprisionamentos e se realizar como mulher. Um outro exemplo da não conformidade aos lugares pré-estabelecidos é também observado nas entidades como os Boiadeiros ou Baianos que tipicamente marginalizados pelos habitantes dos grandes centros, por sua pertença ao território Nordestino estigmatizado como atrasados e incultos revertem este estigma constituindo o panteão umbandista povoando os centros de Umbanda do Sudoeste do território brasileiro com seus saberes e lógicas, anunciando assim, resoluções para o cotidiano dos habitantes dos grandes centros a partir de uma estética de intervenção do subalternizado, ou seja, o nordestino. Neste sentido, a trajetória teórica aqui apresentada são dispositivos iniciais para compreensão do campo de estudo e não se propõe a dar conta das questões propostas. Acreditamos que outras perspectivas teóricas poderão nos subsidiar a partir do contato com o campo de pesquisa, seus sujeitos, suas tensões, lacunas, resistências e descobertas. Referências BARROS, Sulivan Charles, (2004), Brasil Imaginário: umbanda poder, marginalidade social e possessão. Tese de doutorado em sociologia. Brasília,UNB. BIRMAN, Patrícia. O que é Umbanda. São Paulo, CERTEAU, Michael. A invenção do cotidiano.vol.1,petrópolis,vozes,2012. FERRETTI, Mundicarmo. Notas sobre o sincretismo religioso no Brasil: modelos, limitações, possibilidades. In:Revista Tempo. Vol.6,n1, UFF: Niterói, julho/2001. (p.13-26). 10

11 GUATTARI, FÉLIX & ROLINK, S. Micropolítica: cartografia do desejo.petrópolis:vozes CARDOSO, Jamile Oliveira Santos Bastos. Ao som dos maracás e sob a fumaça do petum: a santidade de Jaguaripe e a anticatequese no cenário colonial.in: II Simpósio Internacional de Estudos Inquisitoriais Salvador, setembro de 2013 ORTIZ, Renato. A morte branca do feiticeiro negro: umbanda e sociedade. São Paulo: Brasiliense, LUZ,Marco Aurélio.Cultura Negra e ideologia do recalque.salvador:edufba,2011. NINA RODRIGUES,Raymundo. Os africanos no Brasil.São Paulo,Ed.Madras,2008. SILVEIRA, Renato da. Do calundu ao candomblé. In: FIGUEIREDO, Luciano. Raízes africanas. Rio de Janeiro: Sabin, SILVEIRA, Renato da. O candomblé-de-angola na era colonial. In: ALVES, Aristides (Org.). Casa dos Olhos do Tempo que fala da Nação Angolão Paquetan Kunzo Kia Mezu Kwa Tembu Kisuelo Kwa Muije Angolão Paquetan. Salvador: Asa Foto, Pp SILVA, Vagner Gonçalves da. Candomblé e Umbanda: caminhos de devoção.são Paulo:Ed.Selo negro,2005. SOUZA, Laura de Melo. O Diabo e a Terra de Santa Cruz : feitiçaria e religiosidade popular no Brasil colonial. São Paulo: Cia das Letras, VAINFAS,Ronaldo. A heresia dos índios : catolicismo e rebeldia no Brasil. São Paulo: Companhias das letras,

SINCRETISMO RELIGIOSO, NATAL FESTEJA IEMANJÁ 1

SINCRETISMO RELIGIOSO, NATAL FESTEJA IEMANJÁ 1 SINCRETISMO RELIGIOSO, NATAL FESTEJA IEMANJÁ 1 Antônio da Silva PINTO Netto 2 Joabson Bruno de Araújo COSTA 3 Giovana Alves ARQUELINO 4 Sebastião Faustino PEREIRA Filho 5 Universidade Federal do Rio Grande

Leia mais

CONTEÚDOS. Candomblé Umbanda Xamanismo

CONTEÚDOS. Candomblé Umbanda Xamanismo CONTEÚDOS Candomblé Umbanda Xamanismo HABILIDADES Conhecer as religiões afrodescendentes e anímicas PAUTA DO DIA Acolhida Problematização Entrevista Exibição do Vídeo Leitura de Imagem Aprofundando o tema-

Leia mais

Preto-Velho, Caboclo, Orixás, Exus e Pomba-Giras

Preto-Velho, Caboclo, Orixás, Exus e Pomba-Giras Preto-Velho, Caboclo, Orixás, Exus e Pomba-Giras Preto-velho é o espírito de um escravo de origem africana, que procura repartir com as pessoas encarnadas na Terra a sua sabedoria, a sua experiência de

Leia mais

História. Programação 3. bimestre. Temas de estudo

História. Programação 3. bimestre. Temas de estudo História Olá, pessoal! Vamos conhecer, entre outros fatos, como era o trabalho escravo no Brasil? CHIQUINHA GONZAGA Programação 3. bimestre Temas de estudo O trabalho escravo na formação do Brasil - Os

Leia mais

A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA

A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA A EDUCAÇÃO QUILOMBOLA Moura (2001) nos traz um desafio preocupante, não só a partir do debate sobre a melhoria estrutural das escolas em comunidades quilombola, da qualificação continuada dos professores,

Leia mais

TERREIROS E QUILOMBOS: ESPACIALIDADES E ARTICULAÇÕES

TERREIROS E QUILOMBOS: ESPACIALIDADES E ARTICULAÇÕES 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( X ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA TERREIROS E QUILOMBOS: ESPACIALIDADES E ARTICULAÇÕES Caio

Leia mais

LIBERDADE DE CRENÇA E DE CULTO

LIBERDADE DE CRENÇA E DE CULTO 1 Legislação e orientações jurídicas sobre o exercício da liberdade religiosa, o combate à discriminação religiosa e a proteção do patrimônio cultural afro-brasileiro. Eu sou do Axé! Eu sou de Saravá!

Leia mais

Os negros na formação do Brasil PROFESSORA: ADRIANA MOREIRA

Os negros na formação do Brasil PROFESSORA: ADRIANA MOREIRA Os negros na formação do Brasil PROFESSORA: ADRIANA MOREIRA ESCRAVIDÃO ANTIGA A escravidão é um tipo de relação de trabalho que existia há muito tempo na história da humanidade. Na Antiguidade, o código

Leia mais

SIMULADO 4 JORNAL EXTRA ESCOLAS TÉCNICAS HISTÓRIA

SIMULADO 4 JORNAL EXTRA ESCOLAS TÉCNICAS HISTÓRIA SIMULADO 4 JORNAL EXTRA ESCOLAS TÉCNICAS HISTÓRIA QUESTÃO 01 De uma forma inteiramente inédita, os humanistas, entre os séculos XV e XVI, criaram uma nova forma de entender a realidade. Magia e ciência,

Leia mais

Relações Étnico-raciais no Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Ementa da Disciplina. Teleaula 1. Conceitos Básicos.

Relações Étnico-raciais no Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Ementa da Disciplina. Teleaula 1. Conceitos Básicos. Relações Étnico-raciais no Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana Teleaula 1 Profa. Dra. Marcilene Garcia de Souza Grupo Uninter Ementa da Disciplina Contextos e conceitos históricos sobre

Leia mais

ESCOLA VICENTINA SÃO VICENTE DE PAULO Disciplina: Ensino Religioso Professor(a): Rosemary de Souza Gelati

ESCOLA VICENTINA SÃO VICENTE DE PAULO Disciplina: Ensino Religioso Professor(a): Rosemary de Souza Gelati ESCOLA VICENTINA SÃO VICENTE DE PAULO Disciplina: Ensino Religioso Professor(a): Rosemary de Souza Gelati Paranavaí, / / 14 6º ANO A e B "Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho."

Leia mais

Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri

Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri Marx, Durkheim e Weber Colégio Ser! Sorocaba Sociologia Ensino Médio Profª. Marilia Coltri Problemas sociais no século XIX Problemas sociais injustiças do capitalismo; O capitalismo nasceu da decadência

Leia mais

A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NA ESCOLA: REFLEXÕES A PARTIR DA LEITURA DOCENTE

A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NA ESCOLA: REFLEXÕES A PARTIR DA LEITURA DOCENTE A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NA ESCOLA: REFLEXÕES A PARTIR DA LEITURA DOCENTE Kallenya Kelly Borborema do Nascimento 1 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) E-mail: kallenyakelly2@hotmail.com Patrícia Cristina

Leia mais

por Brígida Carla Malandrino * [brigidamalandrino por Ênio José da Costa Brito ** [brbrito

por Brígida Carla Malandrino * [brigidamalandrino por Ênio José da Costa Brito ** [brbrito PEREIRA, Edimilson de Almeida Os tambores estão frios: herança cultural e sincretismo religioso de Candombe. Juiz de Fora Belo Horizonte: Funalfa Edições Mazza Edições, 2005, ISBN 85-7160- 323-5. por Brígida

Leia mais

O PERFIL DO FIÉL NO CULTO AO SANTO POPULAR: O CASO CLODIMAR PEDROSA LÔ EM MARINGÁ.

O PERFIL DO FIÉL NO CULTO AO SANTO POPULAR: O CASO CLODIMAR PEDROSA LÔ EM MARINGÁ. O PERFIL DO FIÉL NO CULTO AO SANTO POPULAR: O CASO CLODIMAR PEDROSA LÔ EM MARINGÁ. VIANA, Roberto dos Santos(LERR/UEM). ANDRADE, Solange Ramos Os estudos das diferentes praticas e manifestações do catolicismo,

Leia mais

A HISTORIOGRAFIA SEGUNDO ROGER CHARTIER (1945-)

A HISTORIOGRAFIA SEGUNDO ROGER CHARTIER (1945-) A HISTORIOGRAFIA SEGUNDO ROGER CHARTIER (195-) META Caracterizar o pensamento historiográfi co de Roger Chartier. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: elencar e explicar os principais aspectos

Leia mais

EIXO TEMÁTICO I: HISTÓRIAS DE VIDA, DIVERSIDADE POPULACIONAL E MIGRAÇÕES.

EIXO TEMÁTICO I: HISTÓRIAS DE VIDA, DIVERSIDADE POPULACIONAL E MIGRAÇÕES. EIXO TEMÁTICO I: HISTÓRIAS DE VIDA, DIVERSIDADE POPULACIONAL E MIGRAÇÕES. Tema 1: Histórias de vida, diversidade populacional (étnica, cultural, regional e social) e migrações locais, regionais e intercontinentais

Leia mais

Fascículo 2 História Unidade 4 Sociedades indígenas e sociedades africanas

Fascículo 2 História Unidade 4 Sociedades indígenas e sociedades africanas Atividade extra Fascículo 2 História Unidade 4 Sociedades indígenas e sociedades africanas Questão 1 O canto das três raças, de Clara Nunes Ninguém ouviu Um soluçar de dor No canto do Brasil Um lamento

Leia mais

Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma

Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma Cultura Negra Cultura Negra Os africanos contribuíram para a cultura brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e idioma. Essa influência se faz notar em grande parte

Leia mais

OS SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA DO PROFESSOR 1. Entendemos que o professor é um profissional que detém saberes de variadas

OS SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA DO PROFESSOR 1. Entendemos que o professor é um profissional que detém saberes de variadas OS SABERES NECESSÁRIOS À PRÁTICA DO PROFESSOR 1 2 Entendemos que o professor é um profissional que detém saberes de variadas matizes sobre a educação e tem como função principal educar crianças, jovens

Leia mais

Festa de Nossa Senhora da Abadia no município de Jataí/GO: uma expressão cultural

Festa de Nossa Senhora da Abadia no município de Jataí/GO: uma expressão cultural Festa de Nossa Senhora da Abadia no município de Jataí/GO: uma expressão cultural Marlene Flauzina OLIVEIRA Mestranda em Geografia - Programa de Pós-Graduação Campus Jataí/UFG mflauzina@hotmail.com Eguimar

Leia mais

O Rio Grande se vê no espelho

O Rio Grande se vê no espelho O Rio Grande se vê no espelho Fotografias reunidas em livro apresentam um Estado diferente do que é imaginado pelos visitantes O Rio Grande do Sul é, com freqüência, contraposto ao resto do Brasil como

Leia mais

Candomblé: Fé e Cultura 1. Priscilla LIRA 2 Bira NUNES 3 Tenaflae LORDÊLO 4 Faculdade do Vale do Ipojuca, Caruaru, PE

Candomblé: Fé e Cultura 1. Priscilla LIRA 2 Bira NUNES 3 Tenaflae LORDÊLO 4 Faculdade do Vale do Ipojuca, Caruaru, PE Candomblé: Fé e Cultura 1 Priscilla LIRA 2 Bira NUNES 3 Tenaflae LORDÊLO 4 Faculdade do Vale do Ipojuca, Caruaru, PE RESUMO O presente trabalho apresenta, por meio de um ensaio fotográfico, a cultura do

Leia mais

A PEDAGOGIA COMO CULTURA, A CULTURA COMO PEDAGOGIA. Gisela Cavalcanti João Maciel

A PEDAGOGIA COMO CULTURA, A CULTURA COMO PEDAGOGIA. Gisela Cavalcanti João Maciel A PEDAGOGIA COMO CULTURA, A CULTURA COMO PEDAGOGIA Gisela Cavalcanti João Maciel UMA TEORIA PÓS-COLONIALISTA DO CURRÍCULO O objetivo dessa teoria é analisar as relações de poder entre as nações que compõem

Leia mais

Nesta feira, este ano, percebe-se que há novas editoras, novas propostas. Qual a influência disso tudo para o movimento espírita?

Nesta feira, este ano, percebe-se que há novas editoras, novas propostas. Qual a influência disso tudo para o movimento espírita? Reconhecido por sua extensa dedicação no trabalho da difusão do espiritismo, inclusive fora do país, Miguel de Jesus Sardano é também conhecido por ter iniciado o que hoje é a maior feira do livro espírita

Leia mais

coleção Conversas #9 - junho 2014 - m i o o Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça.

coleção Conversas #9 - junho 2014 - m i o o Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça. sou Eu Por do que coleção Conversas #9 - junho 2014 - Candomblé. tã estou sen d o o discri m i na da? Respostas para algumas perguntas que podem estar passando pela sua cabeça. A Coleção CONVERSAS da Editora

Leia mais

Perfil das profissionais pesquisadas

Perfil das profissionais pesquisadas A PRÁTICA DO PROFESSOR FRENTE AO ENSINO DE HISTORIA E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA NAS SALAS DE AULA DOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL DE UMA ESCOLA MUNICIPAL DE NAZARÉ DA MATA PE. Lucicleide

Leia mais

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da

Introdução. instituição. 1 Dados publicados no livro Lugar de Palavra (2003) e registro posterior no banco de dados da Introdução O interesse em abordar a complexidade da questão do pai para o sujeito surgiu em minha experiência no Núcleo de Atenção à Violência (NAV), instituição que oferece atendimento psicanalítico a

Leia mais

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Hulda Gomides OLIVEIRA. Elza Kioko Nakayama Nenoki do COUTO. Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Letras. huldinha_net@hotmail.com

Leia mais

JUSTIFICATIVA DA INICIATIVA

JUSTIFICATIVA DA INICIATIVA JUSTIFICATIVA DA INICIATIVA A relevância do projeto: O negro em destaque: As representações do negro na literatura brasileira se dá a partir das análises e percepções realizadas pelo coletivo cultural,

Leia mais

ESCOLA PROFESSOR AMÁLIO PINHEIRO ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO EQUIPE MULTIDISCIPLINAR CULTURA AFRO-DESCENDENTES

ESCOLA PROFESSOR AMÁLIO PINHEIRO ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO EQUIPE MULTIDISCIPLINAR CULTURA AFRO-DESCENDENTES ESCOLA PROFESSOR AMÁLIO PINHEIRO ENSINO FUNDAMENTAL PROJETO EQUIPE MULTIDISCIPLINAR CULTURA AFRO-DESCENDENTES JUSTIFICATIVA Este projeto tem como objetivo maior: Criar mecanismos para efetivar a implementação

Leia mais

Usos e Costumes. Nos Dias Atuais TIAGO SANTOS

Usos e Costumes. Nos Dias Atuais TIAGO SANTOS Usos e Costumes Nos Dias Atuais TIAGO SANTOS [ 2 ] Prefácio Nos dias atuais temos visto muitas mudanças de paradigmas nos regulamentos internos de nossas instituições. Isso tem ocorrido pela demanda de

Leia mais

ARTE E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

ARTE E CULTURA AFRO-BRASILEIRA ARTE E CULTURA AFRO-BRASILEIRA Cultura afro-brasileira é o resultado do desenvolvimento da cultura africana no Brasil, incluindo as influências recebidas das culturas portuguesa e indígena que se manifestam

Leia mais

VI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010

VI Seminário de Pós-Graduação em Filosofia da UFSCar 20 a 24 de setembro de 2010 Fundamentos metodológicos da teoria piagetiana: uma psicologia em função de uma epistemologia Rafael dos Reis Ferreira Universidade Estadual Paulista (UNESP)/Programa de Pós-Graduação em Filosofia FAPESP

Leia mais

Palavras chave: Direito Constitucional. Princípio da dignidade da pessoa humana.

Palavras chave: Direito Constitucional. Princípio da dignidade da pessoa humana. 99 Princípio da Dignidade da Pessoa Humana Idália de Oliveira Ricardo de Assis Oliveira Talúbia Maiara Carvalho Oliveira Graduandos pela Faculdade de Educação, Administração e Tecnologia de Ibaiti. Palavras

Leia mais

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59 Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br Graduada em pedagogia e fonoaudiologia, Pós-graduada em linguagem, Professora da Creche-Escola

Leia mais

PARA MELHOR ENTENDER OS JOVENS. E O PAÍS

PARA MELHOR ENTENDER OS JOVENS. E O PAÍS Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias dezembro/2006 página 1 PARA MELHOR ENTENDER OS JOVENS. E O PAÍS Clarilza Prado de Souza: o imaginário e as representações que estudantes brasileiros têm sobre o

Leia mais

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE Adriele Albertina da Silva Universidade Federal de Pernambuco, adrielealbertina18@gmail.com Nathali Gomes

Leia mais

A UTILIZAÇÃO DO RÁDIO NO MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO DE BASE EM MATO GROSSO Débora Roberta Borges IE/UFMT. 1.0 Utilização do rádio no processo educativo

A UTILIZAÇÃO DO RÁDIO NO MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO DE BASE EM MATO GROSSO Débora Roberta Borges IE/UFMT. 1.0 Utilização do rádio no processo educativo A UTILIZAÇÃO DO RÁDIO NO MOVIMENTO DE EDUCAÇÃO DE BASE EM MATO GROSSO Débora Roberta Borges IE/UFMT 1.0 Utilização do rádio no processo educativo Na década de 1950, a população brasileira era predominantemente

Leia mais

1. Fatos Espíritas através dos Tempos... 11 2. Kardec e a Codifi cação... 21 3. O Que o Espiritismo Prega... 29 4. Diferenças Fundamentais...

1. Fatos Espíritas através dos Tempos... 11 2. Kardec e a Codifi cação... 21 3. O Que o Espiritismo Prega... 29 4. Diferenças Fundamentais... CAMPINAS-SP 2003 Sumário A Doutrina 1. Fatos Espíritas através dos Tempos...11 O anúncio de uma nova era...12 Em Hydesville, o primórdio...13 O neo-espiritualismo...17 2. Kardec e a Codificação...21 Primeiras

Leia mais

O REAL DO DISCURSO NA REPRESENTAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA NA ESCRITA DA CIÊNCIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS.

O REAL DO DISCURSO NA REPRESENTAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA NA ESCRITA DA CIÊNCIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS. O REAL DO DISCURSO NA REPRESENTAÇÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA NA ESCRITA DA CIÊNCIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS. Carolina de Paula Machado 1 A análise semântica de uma palavra, que não se paute por uma visão formal,

Leia mais

I OS GRANDES SISTEMAS METAFÍSICOS

I OS GRANDES SISTEMAS METAFÍSICOS I OS GRANDES SISTEMAS METAFÍSICOS A principal preocupação de Descartes, diante de uma tradição escolástica em que as espécies eram concebidas como entidades semimateriais, semi-espirituais, é separar com

Leia mais

DIÁLOGO, PRÁTICA E EXPERIÊNCIA NO ENSINO DE HISTÓRIA: A IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/03 ATRAVÉS DO PROJETO MÚSICA AFRO NA ESCOLA.

DIÁLOGO, PRÁTICA E EXPERIÊNCIA NO ENSINO DE HISTÓRIA: A IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/03 ATRAVÉS DO PROJETO MÚSICA AFRO NA ESCOLA. DIÁLOGO, PRÁTICA E EXPERIÊNCIA NO ENSINO DE HISTÓRIA: A IMPLEMENTAÇÃO DA LEI 10.639/03 ATRAVÉS DO PROJETO MÚSICA AFRO NA ESCOLA. André Gilberto Teixeira Gomes 1 Gabriela Teixeira Gomes 2 Júlio César Madeira

Leia mais

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO Apresentação da Disciplina O Ensino Religioso busca a valorização do pluralismo e a diversidade cultural. Sendo assim ele faz parte dos patrimônios

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA OS CURSOS PRÉ-VESTIBULARES

A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA OS CURSOS PRÉ-VESTIBULARES A IMPORTÂNCIA DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO PARA OS CURSOS PRÉ-VESTIBULARES Alexandre do Nascimento Sem a pretensão de responder questões que devem ser debatidas pelo coletivo, este texto pretende instigar

Leia mais

2 Teoria de desastres

2 Teoria de desastres Seção 2 Teoria de desastres Antes que um bom plano comunitário de gestão de desastres possa ser elaborado, é importante compreender o que é um desastre e quais são os riscos de desastres em um determinado

Leia mais

Interna en Brasil. Segunda-feira, 30 de abril de 2007 Brasília, DF - Brasil. Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios

Interna en Brasil. Segunda-feira, 30 de abril de 2007 Brasília, DF - Brasil. Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios Migración Interna en Brasil Segunda-feira, 30 de abril de 2007 Brasília, DF - Brasil Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios Migración Interna en Brasil De qual janela olhamos as migrações internas

Leia mais

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006

Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Curso de Formação de Conselheiros em Direitos Humanos Abril Julho/2006 Realização: Ágere Cooperação em Advocacy Apoio: Secretaria Especial dos Direitos Humanos/PR Módulo II: Conselhos dos Direitos no Brasil

Leia mais

Elaboração de Projetos

Elaboração de Projetos Elaboração de Projetos 2 1. ProjetoS John Dewey (1859-1952) FERRARI, Márcio. John Dewey: o pensador que pôs a prática em foco. Nova Escola, São Paulo, jul. 2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível

Leia mais

COMO E ONDE OS DONS DE PODER SE MANIFESTAM

COMO E ONDE OS DONS DE PODER SE MANIFESTAM DONS DE PODER Lição 4-27 de Abril de 2014 Texto Áureo: I Coríntios 2.4 A minha palavra, e a minha pregação, não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração de Espírito

Leia mais

Mosaicos #7 Escolhendo o caminho a seguir Hb 13:8-9. I A primeira ideia do texto é o apelo à firmeza da fé.

Mosaicos #7 Escolhendo o caminho a seguir Hb 13:8-9. I A primeira ideia do texto é o apelo à firmeza da fé. 1 Mosaicos #7 Escolhendo o caminho a seguir Hb 13:8-9 Introdução: Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre. Não se deixem levar pelos diversos ensinos estranhos. É bom que o nosso coração seja

Leia mais

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA À DISTÂNCIA SILVA, Diva Souza UNIVALE GT-19: Educação Matemática

A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA À DISTÂNCIA SILVA, Diva Souza UNIVALE GT-19: Educação Matemática 1 A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA À DISTÂNCIA SILVA, Diva Souza UNIVALE GT-19: Educação Matemática Introdução Neste artigo apresenta-se uma pesquisa 1 que tem por tema a formação inicial de professores

Leia mais

O nosso jeito de falar, de gesticular, de cultuar e rezar, de ser e de viver, é profundamente marcado pela presença dos africanos no Brasil.

O nosso jeito de falar, de gesticular, de cultuar e rezar, de ser e de viver, é profundamente marcado pela presença dos africanos no Brasil. ATIVIDADE 01 MANIFESTAÇÕES DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA O nosso jeito de falar, de gesticular, de cultuar e rezar, de ser e de viver, é profundamente marcado pela presença dos africanos no Brasil. Com eles

Leia mais

Utopias e educação libertadora: possíveis fazeres na prática escolar participativa

Utopias e educação libertadora: possíveis fazeres na prática escolar participativa P á g i n a 19 Utopias e educação libertadora: possíveis fazeres na prática escolar participativa Marcos Antonio da Silva * Resumo: O presente trabalho analisa, crítico-dialeticamente, as práticas quotidianas

Leia mais

Opinião N13 O DEBATE SOBRE AÇÕES AFIRMATIVAS NO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL E NA ÁFRICA DO SUL 1

Opinião N13 O DEBATE SOBRE AÇÕES AFIRMATIVAS NO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL E NA ÁFRICA DO SUL 1 Opinião N13 O DEBATE SOBRE AÇÕES AFIRMATIVAS NO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL E NA ÁFRICA DO SUL 1 GRAZIELLA MORAES SILVA 2 O debate sobre ações afirmativas no Brasil é geralmente tratado como uma questão

Leia mais

Salvador da Bahia Leitura: atividades RESPOSTAS. A festa é do povo

Salvador da Bahia Leitura: atividades RESPOSTAS. A festa é do povo Salvador da Bahia Leitura: atividades RESPOSTAS A festa é do povo 1. 2. A) O casamento na roça faz parte dos festejos juninos e antigamente era considerado um sacramento, já que em muitos locais isolados

Leia mais

Atividade Mercosul da Marcha Mundial das Mulheres uma prática social da educação popular

Atividade Mercosul da Marcha Mundial das Mulheres uma prática social da educação popular Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência e Poder Florianópolis, de 25 a 28 de agosto de 2008 Atividade Mercosul da Marcha Mundial das Mulheres uma prática social da educação popular Líria Ângela Andrioli 1

Leia mais

Revista Eletrônica Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua Portuguesa ISSN: 1980-7686 suporte@mocambras.org Universidade de São Paulo Brasil

Revista Eletrônica Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua Portuguesa ISSN: 1980-7686 suporte@mocambras.org Universidade de São Paulo Brasil Revista Eletrônica Acolhendo a Alfabetização nos Países de Língua Portuguesa ISSN: 1980-7686 suporte@mocambras.org Universidade de São Paulo Brasil SIMÕES, Jacqueline; GENOVESE, Paulo; DARÉ, Vânia; CASTRO,

Leia mais

REACENDENDO A ESPERANÇA CRISTÃ

REACENDENDO A ESPERANÇA CRISTÃ HENRIQUE PAULO JULIANO CORMANICH REACENDENDO A ESPERANÇA CRISTÃ Trabalho apresentado à coordenação do curso de Teologia EAD para participação do Concurso de trabalhos Acadêmicos EAD Destaque do Ano da

Leia mais

Lição 1 - Apresentando o Evangelho Texto Bíblico Romanos 1.16,17

Lição 1 - Apresentando o Evangelho Texto Bíblico Romanos 1.16,17 Lição 1 - Apresentando o Evangelho Texto Bíblico Romanos 1.16,17 Paulo escreveu uma carta à Igreja de Roma, mas não foi ele o instrumento que Deus usou para fazer acontecer uma Agência do Reino de Deus

Leia mais

Reflexões socioantropológicas sobre festa, religião e cidade no Brasil.

Reflexões socioantropológicas sobre festa, religião e cidade no Brasil. Reflexões socioantropológicas sobre festa, religião e cidade no Brasil. PEREZ, Léa Freitas. Festa, religião e cidade. Corpo e Alma do Brasil. Porto Alegre: Medianiz, 2011, 211p. Mauro Dillmann 1 Gilberto

Leia mais

IGREJA DE CRISTO INTERNACIONAL DE BRASÍLIA ESCOLA BÍBLICA

IGREJA DE CRISTO INTERNACIONAL DE BRASÍLIA ESCOLA BÍBLICA IGREJA DE CRISTO INTERNACIONAL DE BRASÍLIA ESCOLA BÍBLICA MÓDULO I - O NOVO TESTAMENTO Aula IV - Introdução ao Novo Testamento e o caráter Literário dos evangelhos A ORIGEM DO NOME A expressão traduzida

Leia mais

EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR

EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR EDUCAÇÃO AMBIENTAL & SAÚDE: ABORDANDO O TEMA RECICLAGEM NO CONTEXTO ESCOLAR ARNOR, Asneth Êmilly de Oliveira; DA SILVA, Ana Maria Gomes; DA SILVA, Ana Paula; DA SILVA, Tatiana Graduanda em Pedagogia -UFPB-

Leia mais

Uma volta no tempo de Atlântida

Uma volta no tempo de Atlântida Cristais mestres Esse curso, tratar-se de conhecimentos sagrados deixados por mestres antigos e passados adiante por aqueles que acreditavam que os que descobrissem zelariam por ele. Há muitos anos atrás,

Leia mais

Avaliação-Pibid-Metas

Avaliação-Pibid-Metas Bolsista ID: Claines kremer Avaliação-Pibid-Metas A Inserção Este ano o reingresso na escola foi diferente, pois já estávamos inseridas na mesma há praticamente um ano. Fomos bem recepcionadas por toda

Leia mais

Disciplina Corpo Humano e Saúde: Uma Visão Integrada - Módulo 3

Disciplina Corpo Humano e Saúde: Uma Visão Integrada - Módulo 3 3. A transversalidade da saúde Você já ouviu falar em Parâmetros Curriculares Nacionais? Já ouviu? Que bom! Não lembra? Não se preocupe, pois iremos, resumidamente, explicar o que são esses documentos.

Leia mais

PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil

PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil PARA ONDE VAMOS? Uma reflexão sobre o destino das Ongs na Região Sul do Brasil Introdução Mauri J.V. Cruz O objetivo deste texto é contribuir num processo de reflexão sobre o papel das ONGs na região sul

Leia mais

1º Período UNIDADE 1. Exercícios; A aventura de navegar

1º Período UNIDADE 1. Exercícios; A aventura de navegar 1º Período UNIDADE 1 A aventura de navegar Produtos valiosos Navegar em busca de riquezas Viagens espanholas Viagens portuguesas Ampliação O dia a dia dos marinheiros Conhecer as primeiras especiarias

Leia mais

EVENTOS COMO FORMA DE MEMÓRIA

EVENTOS COMO FORMA DE MEMÓRIA 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( x ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA EVENTOS COMO FORMA DE MEMÓRIA Apresentador 1 Merylin Ricieli

Leia mais

Filosofia O que é? Para que serve?

Filosofia O que é? Para que serve? Filosofia O que é? Para que serve? Prof. Wagner Amarildo Definição de Filosofia A Filosofia é um ramo do conhecimento. Caracteriza-se de três modos: pelos conteúdos ou temas tratados pela função que exerce

Leia mais

Candomblés: A representação de um Brasil Sincrético. Camila de Melo Santos

Candomblés: A representação de um Brasil Sincrético. Camila de Melo Santos Candomblés: A representação de um Brasil Sincrético Camila de Melo Santos Mestranda da Pontifícia Universidade Católica de Goiás Orientadora: Maria do Espírito Santo Rosa Cavalcante Camilademelo86@gmail.com

Leia mais

CONTRIBUIÇÕES DOS CANDOMBLÉS PARA A EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS

CONTRIBUIÇÕES DOS CANDOMBLÉS PARA A EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS CONTRIBUIÇÕES DOS CANDOMBLÉS PARA A EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ETNICORRACIAIS Lúcio André Andrade da Conceição (IFBA) 1 O Candomblé é um tipo de manifestação religiosa criada pelos negros em nosso país.

Leia mais

Entre 18 e 20 de fevereiro será celebrado em Sassone (Itália) a XXIV Assembleia Nacional da Federação Italiana de Exercícios Espirituais (FIES).

Entre 18 e 20 de fevereiro será celebrado em Sassone (Itália) a XXIV Assembleia Nacional da Federação Italiana de Exercícios Espirituais (FIES). Entre 18 e 20 de fevereiro será celebrado em Sassone (Itália) a XXIV Assembleia Nacional da Federação Italiana de Exercícios Espirituais (FIES). O objetivo é a relação entre os Exercícios Espirituais e

Leia mais

Os encontros de Jesus. sede de Deus

Os encontros de Jesus. sede de Deus Os encontros de Jesus 1 Jo 4 sede de Deus 5 Ele chegou a uma cidade da Samaria, chamada Sicar, que ficava perto das terras que Jacó tinha dado ao seu filho José. 6 Ali ficava o poço de Jacó. Era mais ou

Leia mais

A INFLUÊNCIA DOCENTE NA (RE)CONSTRUÇÃO DO SIGNIFICADO DE LUGAR POR ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE FEIRA DE SANTANA-BA 1

A INFLUÊNCIA DOCENTE NA (RE)CONSTRUÇÃO DO SIGNIFICADO DE LUGAR POR ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE FEIRA DE SANTANA-BA 1 64 A INFLUÊNCIA DOCENTE NA (RE)CONSTRUÇÃO DO SIGNIFICADO DE LUGAR POR ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DE FEIRA DE SANTANA-BA 1 Edson da Silva Santos e-mail: edsonsporte@hotmail.com Bolsista FAPESB, Bacharelando

Leia mais

O TEMPO NO ABRIGO: PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA, GARANTIA DE SINGULARIDADE

O TEMPO NO ABRIGO: PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA, GARANTIA DE SINGULARIDADE Cuidando de quem cuida Instituto de Capacitação e Intervenção Psicossocial pelos Direitos da Criança e Adolescente em Situação de Risco O TEMPO NO ABRIGO: PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA, GARANTIA DE SINGULARIDADE

Leia mais

Educação Espírita da Criança 1. 1. Por que o Espiritismo deve ser ensinado para as crianças?

Educação Espírita da Criança 1. 1. Por que o Espiritismo deve ser ensinado para as crianças? Educação Espírita da Criança 1 1. Por que o Espiritismo deve ser ensinado para as crianças? Jáder Sampaio Na concepção espírita, a infância é um estado passageiro no qual um espírito tem a oportunidade

Leia mais

Exercícios de Revisão - 1

Exercícios de Revisão - 1 Exercícios de Revisão - 1 1. Sobre a relação entre a revolução industrial e o surgimento da sociologia como ciência, assinale o que for incorreto. a) A consolidação do modelo econômico baseado na indústria

Leia mais

Uma globalização consciente

Uma globalização consciente Uma globalização consciente O apelo a uma globalização mais ética tornou se uma necessidade. Actores da globalização como as escolas, devem inspirar por estes valores às responsabilidades que lhes são

Leia mais

DIVERSIDADE E INCLUSÃO: O ÍNDIO NOS CURRÍCULOS ESCOLARES

DIVERSIDADE E INCLUSÃO: O ÍNDIO NOS CURRÍCULOS ESCOLARES DIVERSIDADE E INCLUSÃO: O ÍNDIO NOS CURRÍCULOS ESCOLARES MOREIRA, Maria G. de Almeida¹ Universidade Estadual de Goiás Unidade Universitária de Iporá ¹geraldamoreira44@gmail.com RESUMO O presente texto

Leia mais

8 Nubor Orlando Facure

8 Nubor Orlando Facure SUMÁRIO 1. Introdução...7 2. O estudo antropológico...9 3. Mediunidade e sua neurofisiologia Uma interpretação biológica, psicológica e sua transcendência espiritual...17 4. Mediunidade em quatro abordagens...19

Leia mais

Três grandes impérios, além de dezenas de outros povos, que encontravam-se subjugados aos grandes centros populacionais, viviam nas regiões almejadas

Três grandes impérios, além de dezenas de outros povos, que encontravam-se subjugados aos grandes centros populacionais, viviam nas regiões almejadas América Espanhola O que os Espanhóis encontraram aqui na América... Três grandes impérios, além de dezenas de outros povos, que encontravam-se subjugados aos grandes centros populacionais, viviam nas regiões

Leia mais

POSSÍVEL IMPACTO DE UMA EDUCAÇÃO DISCRIMINADORA NAS PERSPECTIVAS DE FUTURO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

POSSÍVEL IMPACTO DE UMA EDUCAÇÃO DISCRIMINADORA NAS PERSPECTIVAS DE FUTURO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES POSSÍVEL IMPACTO DE UMA EDUCAÇÃO DISCRIMINADORA NAS PERSPECTIVAS DE FUTURO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES 2013 Trabalho utilizado como requisito parcial da disciplina Métodos de Pesquisa em Psicologia André

Leia mais

E Deus viu que tudo era bom

E Deus viu que tudo era bom E Deus viu que tudo era bom Nunca pensei que fosse assim O Livro do Gênesis é o livro mais fascinante da Bíblia e o mais complicado. Foi escrito milhares de anos depois dos fatos que ele narra. Foram vários

Leia mais

O SUJEITO EM FOUCAULT

O SUJEITO EM FOUCAULT O SUJEITO EM FOUCAULT Maria Fernanda Guita Murad Foucault é bastante contundente ao afirmar que é contrário à ideia de se fazer previamente uma teoria do sujeito, uma teoria a priori do sujeito, como se

Leia mais

A emergência da ideologia, da história e das condições de produção no. prefaciamento dos dicionários

A emergência da ideologia, da história e das condições de produção no. prefaciamento dos dicionários A emergência da ideologia, da história e das condições de produção no prefaciamento dos dicionários Verli PETRI vpetri@terra.com.br Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) O processo de prefaciamento/apresentação

Leia mais

O USO DE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: A UTILIZAÇÃO DO CINEMA COMO FONTE HISTÓRICA Leandro Batista de Araujo* RESUMO: Atualmente constata-se a importância

O USO DE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: A UTILIZAÇÃO DO CINEMA COMO FONTE HISTÓRICA Leandro Batista de Araujo* RESUMO: Atualmente constata-se a importância O USO DE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO: A UTILIZAÇÃO DO CINEMA COMO FONTE HISTÓRICA Leandro Batista de Araujo* RESUMO: Atualmente constata-se a importância e necessidade do uso de tecnologias no trabalho escolar

Leia mais

Módulo I O que é a Catequese?

Módulo I O que é a Catequese? Módulo I O que é a Catequese? Diocese de Aveiro Objectivos Tomar consciência da nossa prática concreta de catequese. Confrontar essa experiência com a forma de agir de Jesus Cristo. Situar a catequese

Leia mais

Brasil. 5 O Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no

Brasil. 5 O Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no Introdução A convivência familiar e comunitária é um dos direitos fundamentais 1 garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990). A lei ainda enfatiza que: Toda criança ou adolescente

Leia mais

CIÊNCIA E PRECONCEITO. UMA HISTÓRIA SOCIAL DA EPILEPSIA NO PENSAMENTO MÉDICO BRASILEIRO.

CIÊNCIA E PRECONCEITO. UMA HISTÓRIA SOCIAL DA EPILEPSIA NO PENSAMENTO MÉDICO BRASILEIRO. CIÊNCIA E PRECONCEITO. UMA HISTÓRIA SOCIAL DA EPILEPSIA NO PENSAMENTO MÉDICO BRASILEIRO. 1859 1906 Aderivaldo Ramos de Santana Bolsista PIBIC CNPq desde agosto de 2004 Orientadora: Profª Margarida de Souza

Leia mais

RAÇA E EDUCAÇÃO: PERFIL DOS CANDIDATOS COTISTAS AUTONOMEADOS NEGROS DE ESCOLA PÚBLICA DO PROGRAMA

RAÇA E EDUCAÇÃO: PERFIL DOS CANDIDATOS COTISTAS AUTONOMEADOS NEGROS DE ESCOLA PÚBLICA DO PROGRAMA RAÇA E EDUCAÇÃO: PERFIL DOS CANDIDATOS COTISTAS AUTONOMEADOS NEGROS DE ESCOLA PÚBLICA DO PROGRAMA UFGInclui. BASTOS, Rachel Benta Messias (8ªt. Doutorado FE/UFG;rachelbenta@hotmail.com) RESENDE, Anita

Leia mais

UFMG - 2004 4º DIA FILOSOFIA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR

UFMG - 2004 4º DIA FILOSOFIA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR UFMG - 2004 4º DIA FILOSOFIA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR Filosofia Questão 01 Leia este trecho:... aquele que não faz parte de cidade alguma [ápolis], por natureza e não por acaso, é inferior ou

Leia mais

A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO

A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO CURSO A PRÁTICA DA FRATERNIDADE NOS CENTROS ESPÍRITAS A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO A PRÁTICA DO PRECEITO: AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO Vimos na videoaula anterior que nas diversas

Leia mais

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES - FACELI SELEÇÃO E COMENTÁRIO DE CENAS DO FILME GLADIADOR LINHARES

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES - FACELI SELEÇÃO E COMENTÁRIO DE CENAS DO FILME GLADIADOR LINHARES FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES - FACELI SELEÇÃO E COMENTÁRIO DE CENAS DO FILME GLADIADOR LINHARES 2011 FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES FACELI Ana Cistina de Souza Pires Grasiela Sirtoli

Leia mais

INVENÇÃO EM UMA EXPERIMENTOTECA DE MATEMÁTICA: PROBLEMATIZAÇÕES E PRODUÇÃO MATEMÁTICA

INVENÇÃO EM UMA EXPERIMENTOTECA DE MATEMÁTICA: PROBLEMATIZAÇÕES E PRODUÇÃO MATEMÁTICA INVENÇÃO EM UMA EXPERIMENTOTECA DE MATEMÁTICA: PROBLEMATIZAÇÕES E PRODUÇÃO MATEMÁTICA Fernanda de Oliveira Azevedo Universidade Federal de Juiz de Fora azevedof.oliveira@gmail.com Resumo: O presente trabalho

Leia mais

A origem dos filósofos e suas filosofias

A origem dos filósofos e suas filosofias A Grécia e o nascimento da filosofia A origem dos filósofos e suas filosofias Você certamente já ouviu falar de algo chamado Filosofia. Talvez conheça alguém com fama de filósofo, ou quem sabe a expressão

Leia mais

Religiosidade Africana

Religiosidade Africana UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PRPPG MECM CONHECIMENTO E DIVERSIDADE CULTURAL Religiosidade Africana Douglas Aires GOIÂNIA, 2012 Religião Africana O africano tem a religião como um modo de vida que é caracterizada,

Leia mais

20 Anos de Tradição Carinho, Amor e Educação.

20 Anos de Tradição Carinho, Amor e Educação. Colégio Tutto Amore Colégio Sapience Carinho, Amor e Educação. Trabalhamos com meio-período e integral em todos os níveis de ensino. www.tuttoamore.com.br Nossa História No ano de 1993 deu-se o ponto de

Leia mais

Estes capítulos introduzem a última série de visões de Ezequiel, nas quais ele vê

Estes capítulos introduzem a última série de visões de Ezequiel, nas quais ele vê Lição 14 Ezequiel Mede o Templo Restaurado (Ezequiel 40:1-42:20) Estes capítulos introduzem a última série de visões de Ezequiel, nas quais ele vê o templo restaurado. Nesta lição, vamos considerar alguns

Leia mais

A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS

A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS Victória Junqueira Franco do Amaral -FFCLRP-USP Soraya Maria Romano Pacífico - FFCLRP-USP Para nosso trabalho foram coletadas 8 redações produzidas

Leia mais