A REFORMA DA ACÇÃO EXECUTIVA E O REGISTO PREDIAL I INTRODUÇÃO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A REFORMA DA ACÇÃO EXECUTIVA E O REGISTO PREDIAL I INTRODUÇÃO"

Transcrição

1 A REFORMA DA ACÇÃO EXECUTIVA E O REGISTO PREDIAL Armindo Ribeiro Mendes I INTRODUÇÃO 1. Entrou em vigor em 15 de Setembro do corrente ano um conjunto de diplomas que corporiza a chamada Reforma da Acção Executiva. Anunciada pelo anterior Governo, na sua concretização empenhou-se, em primeiro lugar, o anterior Ministro da Justiça ANTÓNIO COSTA. Apesar de ter conseguido aprovar a lei de autorização legislativa no final do ano de 2001, a demissão do Primeiro-Ministro e a convocação de eleições gerais impediram a publicação do decreto-lei da reforma. O novo Governo manteve o propósito de reformar a acção executiva, na linha dos projectos herdados do anterior Executivo, tendo a Ministra da Justiça CELESTE CARDONA conseguido levar a reforma até ao fim, vindo a publicar em 8 de Março de 2003 o Decreto-Lei n.º 38/2003 que procede a uma ampla remodelação do Título III do Livro III do Código de Processo Civil (CPC). 2. A Reforma da Acção Executiva consta, assim, do Decreto-Lei n.º 39/2003 e de diplomas legais e regulamentares subsequentes, em que avultam quatro decretos-leis publicados em 10 de Setembro: Decreto-Lei n.º 199/2003, que altera pontualmente o Decreto-Lei n.º 38/2003; o Decreto-Lei n.º 200/2003 que aprova o modelo de requerimento executivo; o Decreto-Lei n.º 201/2003 que regulamenta o registo informático das execuções instituído e disciplinado pelos novos arts. 806.º e 807.º CPC; por último, o Decreto-Lei n.º 202/2003 que

2 2 estabelece o regime das comunicações por meios telemáticos entre a secretaria judicial e o solicitador de execução, no âmbito das competências a exercer por este último como agente de execução em sede de processo executivo. Dever-se-á ainda acrescentar o Decreto-Lei n.º 204/2003, de 12 de Setembro, que estabelece o regime especial de custas judiciais nas acções executivas. 3. A figura do solicitador de execução aparece prevista no novo art. 808.º, n.º 2 CPC. Trata-se de um solicitador especializado, inscrito na Câmara dos Solicitadores, que se pretende que venha a intervir na maioria das execuções instauradas após 15 de Setembro de 2003, como agente de execução. Só está vedada a sua intervenção nas execuções por custas (art. 808.º, n.º 3, CPC). A regulamentação estatutária do solicitador de execução consta dos arts. 116.º a 131.º do novo Estatuto da Câmara dos Solicitadores, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 88/2003, de 26 de Abril. 4. Não pode deixar de referir-se que esta reforma acabou por entrar em vigor sem que estejam instituídas as estruturas orgânicas especializadas pensadas como factor de êxito da mesma reforma. Faltam, assim, as alterações da legislação judiciária para a criação de juízos de execução e ainda não foram publicados os diplomas sobre criação de secretarias de execução nas comarcas de maior movimento. Apenas em 13 de Setembro de 2003, a Portaria n.º 969/2003 criou uma Secretaria de Execução das Varas Cíveis, Juízos Cíveis e Juízos de Pequena Instância Cível, cujo quadro de pessoal será futuramente fixado. Por outro lado, a circunstância de múltiplos diplomas complementares do Decreto-Lei n.º 38/2003 só terem sido publicados a escassos dias da data da entrada em vigor da Reforma tem contribuído para a instituição de um clima de confusão nos meios forenses, a par do atraso no recrutamento de solicitadores de execução (os primeiros profissionais prestaram juramento no Porto no dia 10 de Setembro do corrente ano).

3 3 5. Avizinha-se, por isso, um período de turbulência e de queixas generalizadas, sendo difícil prever quando estarão plenamente reunidas as condições institucionais pressupostas para garantir uma eficácia mínima dos novos instrumentos executivos. Em todo o caso, a existência de solicitadores de execução na maior parte das comarcas constituirá seguramente um factor de aceleração na execução da Reforma. II IMPLICAÇÕES DA REFORMA DO CÓDIGO DO PROCESSO CIVIL NO REGISTO PREDIAL A)A PENHORA DE IMÓVEIS AS SOLUÇÕES ANTERIORES À REFORMA 6. O art. 1.º do Código do Registo Predial (CRP) Decreto-Lei n.º 224/84, de 6 de Julho, sucessivamente alterado por diversos diplomas legais, o último dos quais é precisamente o Decreto-Lei n.º 38/2003, de 8 de Março estatui que o registo predial destina-se essencialmente a dar publicidade à situação jurídica dos prédios, tendo em vista a segurança do comércio jurídico imobiliário. No âmbito da acção executiva, a apreensão de bens efectivada através da penhora carece de publicidade quando estão em causa prédios rústicos ou urbanos, isto é, quando tal penhora incide sobre direitos reais que têm por objecto esses prédios. O mesmo se pode dizer em relação a outros bens registáveis em que a publicidade é assegurada através do registo automóvel, o registo de navios, o registo de aeronaves ou ainda o registo comercial. 7. De facto, no que respeita aos factos sujeitos a registo, pode ler-se no art. 2.º, n.º 1, CRP:

4 4 n) A penhora, o arresto, a apreensão em processo de falência e o arrolamento, bem como quaisquer outros actos ou providências que afectem a livre disposição de bens. Estão igualmente sujeitos a registo predial os factos jurídicos que importem a extinção de direitos, ónus ou encargos registados (art. 2.º, n.º 1, alínea x), do CRP). 8. No que toca à legitimidade para requerer actos de registo, o art. 36.º CRP estabelece que têm legitimidade para pedir o registo os sujeitos activos ou passivos, da respectiva relação jurídica e, em geral, todas as pessoas que nela tenham interesse. Por outro lado, o art. 41.º CRP, sob a epígrafe princípio da instância, estatui: O registo efectua-se a pedido dos interessados em impressos de modelo aprovado, salvo nos casos de oficiosidade previstos na lei. O art. 44.º, n.º 2, CRP impõe que os documentos comprovativos da descrição e do teor da inscrição matricial devem ter sido passados com antecedência não superior a seis meses e a um ano, respectivamente, em relação ao título. 9. Especificamente no que toca ao registo da penhora, a solução tradicional, desde o CPC 1939, era a de o exequente proceder a esse registo com base numa certidão em que se indiquem os nomes do exequente e do executado e a quantia por que se move a execução e se declara que foi ordenada a penhora de determinados prédios. Quando estes estiverem descritos, a identificação

5 5 consistirá na designação dos números respectivos (art. 838.º, 3.º inciso, CPC 1939). A solução passou para o CPC 1961 e manteve-se até à versão do CPC alterada em (art. 838.º, n os. 3 a 5). 10. O art. 58.º CRP regula o cancelamento do registo de penhora, arresto e de outras providências cautelares, nos casos em que a acção já não esteja pendente, estabelecendo, no seu n.º 1, que tal cancelamento se faz com base na certidão passada pelo tribunal competente que comprova essa circunstância e a causa, ou ainda, nos processos de execução fiscal, a extinção ou não existência da dívida à Fazenda Pública. O n.º 2 do art. 58.º CRP prevê que, no caso de venda judicial de bens penhorados ou arrestados, só após o registo da venda é que se podem efectuar os cancelamentos referidos no n.º 1 desse artigo. 11. Deve-se notar-se que, em 1980, o Decreto-Lei 457/80, de 10 de Outubro, deu nova redacção ao art. 907.º CPC, estabelecendo que, após o pagamento do preço e da sisa, na venda executiva de imóveis, seriam oficiosamente mandados cancelar os registos dos direitos reais que caducam, nos termos do n.º 2 do artigo 824.º do Código Civil. Embora parecesse que a nova redacção apontava para um caso de oficiosidade do registo de cancelamento, o entendimento prevalecente no registo predial foi o de que tal cancelamento tinha de ser requerido, nos termos gerais pelo interessado, devendo considerar-se que a oficiosidade referida nesse art. 907.º CPC tinha apenas a ver com o despacho de juiz, não alterando as regras gerais do princípio da instância no registo predial. Aliás, dado o disposto nos arts. 58.º e 101, n.º 5, do CRP dificilmente se poderia sustentar que a oficiosidade se referia ao conservador do registo predial (cfr. J. P. REMÉDIO MARQUES,

6 6 Curso de Processo Executivo Comum à Face do Código Revisto, Coimbra, 2000, págs ). A reforma de acolheu expressamente este entendimento, aditando à redacção a seguinte explicação:...entregando-se ao adquirente certidão do respectivo despacho (art. 888.º CPC). B) AS INOVAÇÕES DO DECRETO-LEI N.º 38/2003 SOBRE REGISTO DA PENHORA DE IMÓVEIS 12. A privatização do processo executivo, que inspira a intervenção dos agentes de execução, em especial dos profissionais liberais que são os solicitadores de execução, obrigou a reformular as soluções tradicionais que remontavam ao CPC Importa notar que a penhora passa a ser levada a cabo pelo agente de execução, desaparecendo o prévio despacho judicial ordenatório da penhora. Assim, o art. 838.º, n.º 1, CPC estabelece que, sem prejuízo de também poder ser feita nos termos gerais do registo predial, a penhora de coisas imóveis realiza-se por comunicação electrónica à conservatória do registo predial competente, a qual vale como apresentação para o efeito da inscrição no registo. Tal significa que o requerimento do registo pode ser feito como até aqui, através de preenchimento de requisição com base numa certidão do auto de penhora passada ou pela secretaria do tribunal, quando o agente de execução seja um funcionário judicial, ou pelo próprio solicitador de execução, ou então através de comunicação electrónica pelo agente de execução, comunicação que vale apresentação e que é anterior ao próprio auto de penhora.

7 7 O art. 838.º, n.º 5, CPC passa a estabelecer que o registo de penhora tem natureza urgente e importa a imediata feitura dos registos anteriormente requeridos sobre o bem penhorado. O n.º 6 deste artigo estabelece, por seu turno, que a apresentação perde eficácia se, no prazo de 15 dias, o exequente, que para o efeito é logo notificado pela conservatória, não pagar o respectivo preparo, ou não o fizer, no mesmo prazo, o agente de execução. O n.º 7 subsequente regula o modo de efectivação dessa notificação: ela é efectuada ao mandatário do exequente, quando este o tenha constituído na execução, sendo a respectiva identificação e domicílio profissional fornecidos à conservatória no acto de comunicação referido no n.º 1. Não é, assim, claro se este registo é lavrado logo, ou se, pelo contrário, se mantém pendente a apresentação com feitura do registo até se mostrar pago o preparo, tornando-se ineficaz a apresentação se o pagamento não for feito no prazo legal. Se o registo for lavrado logo, é questionável se é ou não lavrado como provisório por natureza (aplicação extensiva do art. 92.º, n.º 2, alínea, a)) 13. O Decreto-Lei n.º 38/2003 alterou igualmente a redacção do art. 48.º CRP. O n.º 1 deste artigo passa a estatuir o seguinte: O registo de penhora pode ser feito oficiosamente, com base em comunicação electrónica do agente de execução condicionada, sob pena de caducidade, ao pagamento do respectivo preparo, no prazo de 15 dias, após a notificação do exequente para o efeito; tem natureza urgente, importando a imediata feitura das inscrições pendentes Procurando interpretar conjuntamente o art. 838.º, n.º 1, CPC e o art. 48.º, n.º 1, CRP, parece resultar que há duas formas de proceder ao registo da penhora de imóveis:

8 8 - a forma tradicional que é a requisição do acto pelo exequente ou seu mandatário forense, com base em certidão do auto de penhora passada pelo tribunal (ao que parece, pela secretaria ou pelo próprio solicitador de execução quando esta exerça as funções de agente de execução), procedendo-se ao preparo emolumentar, nos termos gerais; - a forma alternativa que é a comunicação electrónica à conservatória feita oficiosamente pelo agente de execução. Tal comunicação vale apresentação, mas o registo feito na sequência dela, de forma urgente, é precário, ficando a sua vigência dependente do pagamento do preparo no prazo de 15 dias, após a notificação ao mandatário do exequente, quando constituído. 14. Parece que a forma alternativa só será possível quando seja tecnologicamente viável e esteja regulada a comunicação electrónica entre agentes de execução e conservatórias, à semelhança do que se passa com as comunicações entre solicitadores de execução e as próprias secretarias judiciais (cfr. Decreto-Lei n.º 202/2003). De facto, a noção de comunicação electrónica é uma inovação em relação aos anteprojectos elaborados pelo XIV Governo Constitucional (Ministro ANTÓNIO COSTA), visto que, então, a feitura do registo de penhora se baseava numa mera comunicação do solicitador de execução, não havendo então qualquer referência à feitura alternativa do registo nos termos gerais do registo predial (cfr. arts. 862.º, n.º 1, do articulado de 31 de Agosto de 2001 e 862.º, n.º 1 do articulado de Janeiro de 2002, publicado in Ministro de justiça Gabinete de Política Legislativa e Planeamento Reforma de Acção Executiva, pág. 52, e A Reforma da Acção Executiva Trabalhos Preparativos, vol. 3.º, pág. 164, respectivamente). Acrescente-se que a noção de comunicação electrónica parece ser sinónima de correio electrónico, não abrangendo a telecópia (vejam-se os arts. 150.º e 176.º do Código de Processo Civil, a Portaria n.º 1178-E/2000, de 15 de Dezembro, e o Decreto-Lei n.º

9 9 202/2003, de 10 de Setembro). A telecópia não oferece garantias de genuinidade do texto e identificação do emitente compararia com as do correio electrónico. Na forma alternativa de registo, parece preferível a solução técnica constante do art. 48.º, n.º 1, CRP: não é a apresentação que perde eficácia, mas o registo que caduca por não verificação da condição (não pagamento do preparo em certo prazo condição suspensiva de eficácia do registo). Nessa medida, crêse que o registo deverá até ser publicado o regime de comunicação electrónica ser requerido ou pela parte ou seu mandatário ou mesmo pelo solicitador de execução, sendo acompanhado a requisição do necessário documento matricial e do auto de penhora, se já estiver lavrado. C) O CANCELAMENTO DO REGISTO DA PENHORA SOBRE IMÓVEIS 15. O art. 888.º CPC passa a ter a seguinte redacção: Após o pagamento do preço e do imposto devido pela transmissão, o agente de execução promove o cancelamento dos registos dos direitos reais que caducam nos termos do n.º do artigo 824.º do Código Civil e não sejam de cancelamento oficioso pela conservatória. Diferentemente do que sucede com o registo da penhora, com duas formas alternativas de efectivação, o cancelamento agora, no caso de venda executiva, passa a ser diligenciado pelo agente de execução, sem prévio despacho judicial. O agente de execução não é obrigado a juntar ao requerimento o correspondente documento matricial, atento o disposto no n.º 3 do art. 48.º CRP agora aditado (o

10 10 documento matricial apresentado para o registo da penhora vale para o registo de venda e, ao que tudo indica, para o registo de cancelamento dos ónus e encargos). Se o levantamento da penhora decorrer da procedência da oposição à execução ou à própria penhora, o correspondente cancelamento de registo depende da necessária decisão judicial. O levantamento da penhora decorrente de paragem da execução por negligência do exequente durante o prazo de 6 meses pressupõe um despacho judicial (arts. 847.º CPC e 58.º CRP). Poderá ainda haver levantamento da penhora decorrente de decisão judicial (por exemplo, rejeição da execução art. 820.º, n.º 2, vários casos de substituição do objecto da penhora ou a substituição por caução - arts. 825, n.º 3, 828.º, n.º 4, 834.º, n.º 3, a), 834.º, n.º 5, CPC). Nestes casos, a requisição do registo de cancelamento deve ser instruída com a necessária certidão do despacho judicial que ordene o cancelamento. O art. 48.º, n.º 2, CRP, na nova redacção introduzida pelo DL 38/2003, estabelece que o registo provisório da aquisição por venda em processo judicial, quando a lei dispense o adquirente do depósito da totalidade do preço, é feito com base em certidão comprovativa da identificação do adquirente, do objecto e do depósito da parte do preço exigida. Parece que só com a conversão desse registo em definitivo é que pode proceder-se ao cancelamento de ónus e encargos (art. 58.º, n.º 2, CRP). 16. A norma do art. 888.º aparece nas disposições gerais sobre venda executiva. Quando o CPC regula a venda mediante propostas em carta fechada, trata de adjudicação do bem vendido e do seu registo no novo art. 900.º Importará ainda referir que o Decreto-Lei nº 38/203 passou a prever uma terceira modalidade de venda de imóveis, a venda em estabelecimento de leilões, mas afigura-se que tal modalidade não terá autonomia em termos de forma do

11 11 acto jurídico, pressupondo sempre a venda por escritura pública, após a escolha do adquirente através do processo de leilões (art. 906º, nº 3). No art. 900º do CPC diz-se que, mostrando-se integralmente pago o preço e satisfeitas as obrigações fiscais inerentes à transmissão, os bens são adjudicados e entregues ao proponente ou preferente, emitindo o agente de execução o título de transmissão a seu favor, no qual se identificam os bens, se certifica o pagamento do preço ou a dispensa do depósito do mesmo e se declara o cumprimento ou a isenção das obrigações fiscais, bem como a data em que os bens foram adjudicados. E, depois, o n.º 2 do art. 900.º estatui o seguinte: Seguidamente, o agente de execução comunica a venda ao conservador do registo predial competente, o qual procede ao respectivo registo e, oficiosamente, ao cancelamento das inscrições relativas aos direitos que tenham caducado com a venda, aplicando-se, com as necessárias adaptações, os n os 1, 2, 6 e 7 do artigo 838.º. Importa notar que, na venda executiva na modalidade de venda por proposta em carta fechada, o registo de aquisição é obrigatório e oficioso, a ele se procedendo mediante comunicação do agente de execução. Por força da remissão para o regime do art. 838.º CPC, tal registo de aquisição e restantes cancelamentos de inscrições são precários, caducando se não houver pagamento dos emolumentos devidos no prazo legal. Resta saber se é a apresentação que se torna definitivamente ineficaz (cfr. art. 838, n.º 6, após a rectificação deste número), se é o registo que caduca, como atrás se referiu. Como deixa de haver despacho judicial de cancelamento de ónus e encargos, é ao conservador que cabe proceder ao cancelamento oficioso de todas as inscrições que devam caducar nos termos do art. 824.º, n.º 2, por exemplo, hipotecas ou penhoras anteriores ou posteriores à penhora decretada na execução onde foi feita a referida venda.

12 Há, assim, dois regimes de venda executiva de imóveis que importa distinguir claramente para melhor compreender a regulamentação em matéria de registo predial: (a) o regime da venda por propostas em carta fechada; (b) o regime de venda por negociação particular (incluindo, a venda em estabelecimento de leilões art. 906.º, n.º 3 CPC). O primeiro é o sucedâneo da anterior venda judicial (por propostas em carta fechada, já que deixou de haver, em processo civil e a partir de 1997, a venda por arrematação em hasta pública). Neste caso, as propostas são abertas na presença do juiz (art. 893.º, n.º 1 CPC), mas a decisão sobre a aceitação das propostas não depende em regra da decisão do próprio juiz. É o agente de execução que lavra o auto de abertura e aceitação de propostas (art. 899.º). À maior solenidade da venda corresponde um regime oficioso de registo dessa venda e de cancelamento dos encargos (art. 900.º), após a emissão do título de transmissão. O agente de execução comunica a venda ao conservador, cabendo a este, oficiosamente, a cancelamento das inscrições. Deve notar-se que nos anteprojectos elaborados pelo Ministro ANTÓNIO COSTA, o conservador do registo predial era a entidade que presidia à venda executiva sendo lógico que lhe coubesse oficiosamente proceder oficiosamente ao cancelamento dos registos dos direitos que haviam caducado pela venda (art. 919.º do Anteprojecto de Janeiro de 2002). O segundo regime de venda por negociação particular decorre fora do tribunal (cfr. arts 904.º e 905.º), com designação de um mandatário para outorgar na venda notarial, podendo esse mandatário ser um mediador imobiliário ou até o solicitador de execução, neste último caso desde que haja acordo de todos os credores (incluindo, claro, o exequente) e sem oposição do executado. O preço tem de ser pago antes de venda. A venda do imóvel em que

13 13 tinha sido, ou esteja sendo, feita construção urbana ou de fracção de prédio urbano pode efectuar-se no estado em que se encontre, com dispensa de licença de utilização ou de construção, cuja falta de apresentação o notário fará consignar na escritura, constituindo ónus do adquirente a respectiva legalização (art. 905.º, n.º 6). Neste caso, para efeitos de registo do acto e de cancelamento dos ónus ou encargos rege o regime geral do art. 888.º - o cancelamento dos registos de direitos reais que caducam nos termos do n.º 2 do art. 824.º do Código Civil e não sejam de cancelamento oficioso pela Conservatória é diligenciado pelo agente de execução. 18. Não é clara a aparente diferenciação de regimes para as duas modalidades de venda executiva de imóveis. O art. 824.º, n.º 2, do Código Civil estatui, como se sabe, que os bens vendidos em execução são transmitidos livres dos direitos de garantia que os onerarem, bem como dos demais direitos reais que não tenham registo anterior ao de qualquer arresto, penhora ou garantia, com excepção dos que, constituídos em data anterior, produzam efeitos em relação a terceiros independentemente dos registo. Embora este artigo seja de difícil interpretação (cfr. nomeadamente LEBRE DE FREITAS, A Acção Executiva à Luz do Código Revisto, 2.ª ed., 1997, págs ; TEIXEIRA DE SOUSA, Acção Executiva Singular, 1998, págs. 385 e segs.), parece seguro que todas as garantias reais, anteriores ou posteriores à penhora, caducam, tal como as próprias penhoras registadas sobre o imóvel. Os problemas mais complicados podem surgir quanto aos direitos reais de gozo com registo anterior ao de qualquer arresto, penhora ou garantia, mas não vale a pena estar a dissecar as várias hipóteses que são algo académicas. Na prática, o solicitador de execução deverá promover o cancelamento dos direitos reais de gozo que devam caducar, devendo todas as garantias

14 14 (anteriores e posteriores) ser, oficiosamente canceladas pelo conservador por força da lei (art. 824.º, n.º 2, do Código Civil). Neste sentido, o Conselheiro AMÂNCIO FERREIRA sustenta que o agente de execução deve promover o cancelamento dos registos de actos posteriores à penhora feridos de ineficácia relativa, desde que documentados na execução, a fim de a situação do bem transmitido, em termos de inscrições registrais, corresponder à realidade jurídica (Curso de Processo de Execução, 4.ª ed., 2003, pág. 323). 19. Infelizmente, a dualidade de regimes deixa dúvidas ao intérprete, importando dilucidá-las à medida que a aplicação da reforma se for estabilizando. Parece-nos, em todo o caso, que não deve haver uma diferença acentuada de regimes, entendendo-se que o agente de execução tem legitimidade e tem obrigação de diligenciar pelo cancelamento dos direitos reais, de gozo ou de garantia, que devem caducar, nos termos do art. 824.º, n.º 2, do Código Civil, enumerado-os na sua comunicação e, eventualmente, fazendo constar essa enumeração do auto de abertura e aceitação de propostas previsto no art. 899.º do CPC. Seja como for e apesar de um entendimento contrário prevalecente no domínio dos cultores do registo predial parece que os conservadores deverão passar agora a proceder oficiosamente ao cancelamento de todos os direitos reais de garantia, quer constituídos anteriormente à penhora relevante no processo onde se fez a venda, quer posteriormente (incluindo as subsequentes penhoras noutros processos cfr. art. 871.º CPC), não podendo refugiar-se na ideia de que o cancelamento oficioso só deve abranger os ónus e encargos posteriores à penhora, invocando a eventualidade de anulação de venda em casos como os do art. 864.º, n.º 10, CPC (anteriormente a 2003, n.º 3 do mesmo artigo). Neste

15 15 sentido se pronunciam no direito anterior, por exemplo, TEIXEIRA DE SOUSA (ob cit, págs ) e J.P. REMÉDIOS MARQUES (ob cit, pág. 415), embora considerando indispensável, a luz da versão do CPC agora revogada, a emissão de certidão com o necessário despacho judicial (art. 888.º, antiga redacção). Maiores dificuldades se revestirá seguramente o cancelamento de inscrições de direitos reais de gozo que devam caducar. Pena foi que o legislador processual não tivesse sido mais preciso nesta matéria, tanto mais que não foi alterada a redacção do n.º 5 do art. 101.º CRP. D) O REGISTO DA PENHORA DE CRÉDITOS COM GARANTIA REAL SOBRE IMÓVEIS 20. Neste caso, tem de observar-se o disposto no art. 856.º CPC. A penhora pressupõe a notificação do devedor do crédito penhorado, devendo essa notificação fazer-se com as formalidades da citação pessoal. O averbamento ao registo de hipoteca ou consignação é feito a requerimento do exequente ou a solicitação do agente de execução, com base em certidão da notificação ao devedor (art. 856.º, n.º 6) E) CONCLUSÃO 21. Infelizmente, são mais as dúvidas do que as certezas em relação à concatenação entre as normas agora revistas do CPC e o disposto no CRP. Acreditamos que só através de uma alteração legislativa será possível eliminar muitas das dúvidas referidas.

16 16 Até lá, ter-se-á de proceder com bom senso, privilegiando, na medida do possível, os instrumentos próprios do registo predial, os quais não parecem ter sido totalmente levados em conta pelo legislador do Processo Civil.

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT P.º R. P. 301/04 DSJ-CT - Registo de hipoteca legal por dívidas à Segurança Social sobre bens dos gerentes da sociedade devedora. Documentos instrutórios : certidão comprovativa da dívida e cópia autenticada

Leia mais

P.º R. P. 22/2009 SJC-CT-

P.º R. P. 22/2009 SJC-CT- P.º R. P. 22/2009 SJC-CT- Averbamento de rectificação da descrição quanto à área, fundado em erro de medição. Enquadramento do respectivo pedido na previsão legal do artigo 28.º-C do CRP ou no processo

Leia mais

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 128/2006 de 5 de Julho

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 128/2006 de 5 de Julho MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA Decreto-Lei n.º 128/2006 de 5 de Julho O n.º 1 do artigo 117.º do Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de Maio, na última redacção que lhe foi

Leia mais

REGULAMENTO DO REGISTO COMERCIAL. Portaria 657-A/2006, de 29 de Junho

REGULAMENTO DO REGISTO COMERCIAL. Portaria 657-A/2006, de 29 de Junho (Não dispensa a consulta do Diário da República) REGULAMENTO DO REGISTO COMERCIAL Portaria 657-A/2006, de 29 de Junho CAPÍTULO I Suporte e processo de registo SECÇÃO I Suportes de registo Artigo 1.º Instrumentos

Leia mais

Modelos artigo 15ºA da Portaria 331-B/2009

Modelos artigo 15ºA da Portaria 331-B/2009 Modelos artigo 15ºA da Portaria 331-B/2009 Implementação de actos específicos para cumprimento do disposto no artigo 15ºA da Portaria 331-B/2009 de 30 de Março. Proposta de modelos para SISAAE/GPESE e

Leia mais

Lei dos Formulários dos Diplomas

Lei dos Formulários dos Diplomas CÓDIGOS ELECTRÓNICOS DATAJURIS DATAJURIS é uma marca registada no INPI sob o nº 350529 Lei dos Formulários dos Diplomas (1998) Todos os direitos reservados à DATAJURIS, Direito e Informática, Lda. É expressamente

Leia mais

AGILIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE PENHORA

AGILIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE PENHORA AGILIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE PENHORA Carla Mascarenhas 16 de Abril de 2009 A fase de penhora PROGRAMA Consultas e diligências prévias Ordem da realização da penhora Procedimento da penhora de bens Imóveis

Leia mais

2- Com o devido respeito, esta é uma falsa questão. Senão vejamos:

2- Com o devido respeito, esta é uma falsa questão. Senão vejamos: Pº CP 3/06 DSJ-CT: Desjudicialização - Processo especial de justificação - Acção declarativa comum para reconhecimento do direito de propriedade - Competência material dos julgados de paz CONSULTA: Parecer

Leia mais

CÓDIGOS REGIME JURÍDICO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO

CÓDIGOS REGIME JURÍDICO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO CÓDIGOS REGIME JURÍDICO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO A selecção dos textos legislativos disponibilizados no sitio Home Page Jurídica (www.euricosantos.pt)

Leia mais

Circular nº 24/2015. Lei nº. 41/2015, de 3 de Junho. 17 de Junho 2015. Caros Associados,

Circular nº 24/2015. Lei nº. 41/2015, de 3 de Junho. 17 de Junho 2015. Caros Associados, Circular nº 24/2015 17 de Junho 2015 Assunto: Lei nº. 41/2015, de 3 de Junho. Caros Associados, 1. Foi publicado no Diário da República, 1ª. Série, nº. 107, de 3 de Junho de 2015, a Lei nº. 41/2015, de

Leia mais

Conciliação para empresas em dificuldades

Conciliação para empresas em dificuldades Conciliação para empresas em dificuldades Em vez de recorrer aos tribunais, uma empresa com dificuldades em cumprir as suas obrigações pode recorrer ao procedimento extrajudicial de conciliação, através

Leia mais

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução do Conselho do Governo n.º 107/2010 de 14 de Julho de 2010

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução do Conselho do Governo n.º 107/2010 de 14 de Julho de 2010 PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução do Conselho do Governo n.º 107/2010 de 14 de Julho de 2010 O Programa Estagiar, nas suas vertentes L, T e U, dirigido a recém-licenciados e mestres, recém-formados

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA

CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA Regulamento de Estágio para Ingresso nas Carreiras do Grupo de Pessoal Técnico Superior, Técnico e de Informática do Quadro de Pessoal da Câmara Municipal de Moura PREÂMBULO Publicado

Leia mais

Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção

Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção Actualmente em Macau, designa-se geralmente por compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Do despacho de recusa foi interposto recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos.

DELIBERAÇÃO. Do despacho de recusa foi interposto recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos. Pº R.P. 16/2008 SJC-CT- Registo de hipoteca legal nos termos do artº 195º do CPPT Título Suficiência Despacho do Chefe de Serviço de Finanças competente que a requerimento do executado autorize a substituição

Leia mais

Decreto-Lei n.º 111/2005, de 08/07

Decreto-Lei n.º 111/2005, de 08/07 Contém as alterações dos seguintes diplomas: DL n.º 33/2011, de 07/03 DL n.º 99/2010, de 02/09 DL n.º 247-B/2008, de 30/12 DL n.º 318/2007, de 26/09 DL n.º 125/2006, de 29/06 DL n.º 76-A/2006, de 29/03

Leia mais

No Site do Instituto de Registos e Notariado (www.irn.mj.pt) poderão obter se os Contactos dos Serviços de Registo Predial.

No Site do Instituto de Registos e Notariado (www.irn.mj.pt) poderão obter se os Contactos dos Serviços de Registo Predial. VAI PERMUTAR A SUA CASA? PRESTE ATENÇÃO AO SEGUINTE! As normas da compra e venda são aplicáveis aos outros contratos onerosos pelos quais se alienam bens ou se estabeleçam encargos sobre eles, na medida

Leia mais

1. Legislação Aplicável

1. Legislação Aplicável VAI COMPRAR CASA? PRESTE ATENÇÃO AO SEGUINTE! Compra e venda é o contrato pelo qual se transmite a propriedade de uma coisa ou outro direito, mediante um preço Art.º 874.º do Código Civil 1. Legislação

Leia mais

REGULAMENTO E TABELA GERAL DE TAXAS DA FREGUESIA DE GUADALUPE (Aprovado em Reunião ordinária a 26 de Abril de 2011)

REGULAMENTO E TABELA GERAL DE TAXAS DA FREGUESIA DE GUADALUPE (Aprovado em Reunião ordinária a 26 de Abril de 2011) Junta de Freguesia de Guadalupe REGULAMENTO E TABELA GERAL DE TAXAS DA FREGUESIA DE GUADALUPE (Aprovado em Reunião ordinária a 26 de Abril de 2011) PREÂMBULO A Lei nº 53-E/2006, de 29 de Dezembro, aprovou

Leia mais

- REGIMENTO - CAPITULO I (Disposições gerais) Artigo 1.º (Normas reguladoras)

- REGIMENTO - CAPITULO I (Disposições gerais) Artigo 1.º (Normas reguladoras) - REGIMENTO - Considerando que, a Lei 159/99, de 14 de Setembro estabelece no seu artigo 19.º, n.º 2, alínea b), a competência dos órgãos municipais para criar os conselhos locais de educação; Considerando

Leia mais

Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc

Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc Ficha Informativa 3 Março 2015 Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS Quais são os serviços

Leia mais

REGULAMENTO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO

REGULAMENTO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO REGULAMENTO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO PREÂMBULO CAPÍTULO I - DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Objecto Artigo 2.º Princípios Artigo 3.º Finalidades Artigo 4.º Atribuições Artigo 5.º Relações

Leia mais

Última actualização em 01/03/2007

Última actualização em 01/03/2007 Decreto-Lei n.º 149/95 de 24 de Junho. - Altera o regime jurídico do contrato de locação financeira, Ministério das Finanças, S.I-A, DR n.º 144, p. 4091-4094 alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/97 de 2 de

Leia mais

REAL PPR Condições Gerais

REAL PPR Condições Gerais Entre a, adiante designada por Segurador, e o Tomador do Seguro identificado nas Condições Particulares, estabelece-se o presente contrato de seguro que se regula pelas Condições Particulares e desta apólice,

Leia mais

MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL LIGEIRA

MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL LIGEIRA NOTA JUSTIFICATIVA 1º-O presente Regulamento, tem como principal objectivo compilar as alterações a que a versão inicial foi sujeita e expurgá-lo de algumas dificuldades de leitura e interpretação que

Leia mais

A CONTA. de Execução

A CONTA. de Execução A CONTA Honorários e despesas do Agente de Execução Armando Oliveira Solicitador INTRODUÇÃO A portaria 331-B/ B/2009, de 30 de Março regulamenta, entre outras matérias, os honorários do Agente de Execução,

Leia mais

CONTRATO DE SOCIEDADE DA IMPRESA SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. I Denominação, objecto e sede

CONTRATO DE SOCIEDADE DA IMPRESA SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A. I Denominação, objecto e sede CONTRATO DE SOCIEDADE DA IMPRESA SOCIEDADE GESTORA DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS, S.A I Denominação, objecto e sede ARTIGO 1º A sociedade adopta a firma IMPRESA - Sociedade Gestora de Participações Sociais,

Leia mais

2- Está prevista formação para os avaliadores externos?

2- Está prevista formação para os avaliadores externos? ADD algumas questões O Conselho das Escolas na sequência da reunião hoje ocorrida com o Senhor Diretor Geral da Administração Escolar e dois Assessores dos Senhores Secretários de Estado, sobre a operacionalização

Leia mais

1. Condições de inscrição

1. Condições de inscrição Comissão de Registo dos Auditores e dos Contabilistas Regulamento das provas para inscrição inicial e revalidação de registo como auditor de contas Nos termos da alínea c) do nº 2 do artigo 4º do Estatuto

Leia mais

REGIME EXTRAORDINÁRIO DE PROTECÇÃO DE DEVEDORES DE CRÉDITO À HABITAÇÃO EM SITUAÇÃO ECONÓMICA MUITO DIFÍCIL

REGIME EXTRAORDINÁRIO DE PROTECÇÃO DE DEVEDORES DE CRÉDITO À HABITAÇÃO EM SITUAÇÃO ECONÓMICA MUITO DIFÍCIL NOTA INFORMATIVA REGIME EXTRAORDINÁRIO DE PROTECÇÃO DE DEVEDORES DE CRÉDITO À HABITAÇÃO EM SITUAÇÃO ECONÓMICA MUITO DIFÍCIL Fruto da forte pressão social que se foi fazendo junto do Governo e de várias

Leia mais

( Até às alterações do Decreto-Lei n.º 20/2008, de 31 de Janeiro) REGISTO AUTOMÓVEL

( Até às alterações do Decreto-Lei n.º 20/2008, de 31 de Janeiro) REGISTO AUTOMÓVEL ( Até às alterações do Decreto-Lei n.º 20/2008, de 31 de Janeiro) REGISTO AUTOMÓVEL Artigo 1.º 1 - O registo de veículos tem essencialmente por fim dar publicidade à situação jurídica dos veículos a motor

Leia mais

Regime jurídico do contrato de locação financeira

Regime jurídico do contrato de locação financeira Regime jurídico do contrato de locação financeira www.odireitodigital.com REGIME JURÍDICO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA Decreto-Lei n.º 149/95 de 24 de Junho. - Altera o regime jurídico do contrato

Leia mais

Decreto-Lei n.º 149/95, de 24 de Junho, Altera o regime jurídico do contrato de locação financeira

Decreto-Lei n.º 149/95, de 24 de Junho, Altera o regime jurídico do contrato de locação financeira 1/13 Decreto-Lei n.º 149/95, de 24 de Junho, Altera o regime jurídico do contrato de locação financeira JusNet 40/1995 Link para o texto original no Jornal Oficial (DR N.º 144, Série I-A, 24 Junho 1995;

Leia mais

REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo

REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo O Regimento da Câmara Municipal De Vila Franca do Campo foi elaborado de acordo com a alínea a) do número 1 do Artº 64º da Lei n.º 169/99,

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: nº 14 do art. 29º; 36º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: nº 14 do art. 29º; 36º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA nº 14 do art. 29º; 36º Auto Facturação - Facturas elaboradas pelo adquirente dos bens e/ou serviços, em nome e por conta do fornecedor. Processo: nº 2791,

Leia mais

Decreto-Lei n.º 45942 Convenção para a cobrança de alimentos no estrangeiro, concluída em Nova Iorque em 20 de Junho de 1956

Decreto-Lei n.º 45942 Convenção para a cobrança de alimentos no estrangeiro, concluída em Nova Iorque em 20 de Junho de 1956 Decreto-Lei n.º 45942 Convenção para a cobrança de alimentos no estrangeiro, concluída em Nova Iorque em 20 de Junho de 1956 Usando da faculdade conferida pela 2.ª parte do n.º 2.º do artigo 109.º da Constituição,

Leia mais

VAI PERMUTAR A SUA CASA? PRESTE ATENÇÃO AO SEGUINTE!

VAI PERMUTAR A SUA CASA? PRESTE ATENÇÃO AO SEGUINTE! VAI PERMUTAR A SUA CASA? PRESTE ATENÇÃO AO SEGUINTE! As normas da compra e venda são aplicáveis aos outros contratos onerosos pelos quais se alienam bens ou se estabeleçam encargos sobre eles, na medida

Leia mais

Ministério dos Petróleos

Ministério dos Petróleos Ministério dos Petróleos Decreto Executivo nº 197/08 de 16 de Setembro Considerando a necessidade do estabelecimento de disposições relativas ao estatuto das entidades inspectoras das redes e ramais de

Leia mais

REGULAMENTO AJUDAS DE CUSTO E DE TRANSPORTE INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA 1. Artigo 1.º Objeto

REGULAMENTO AJUDAS DE CUSTO E DE TRANSPORTE INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA 1. Artigo 1.º Objeto REGULAMENTO DE AJUDAS DE CUSTO E DE TRANSPORTE DO INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA 1 Artigo 1.º Objeto O presente regulamento define as normas jurídicas aplicáveis aos atos e formalidades específicas dos

Leia mais

MUNICIPIO DE REDONDO NORMAS DE ALIENAÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL DE REDONDO - 2ª FASE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

MUNICIPIO DE REDONDO NORMAS DE ALIENAÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL DE REDONDO - 2ª FASE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS NORMAS DE ALIENAÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL DE REDONDO - 2ª FASE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Âmbito de aplicação O presente documento tem por objetivo o estabelecimento das regras e condições

Leia mais

3. A autonomia político-administrativa regional não afecta a integridade da soberania do Estado e exerce-se no quadro da Constituição.

3. A autonomia político-administrativa regional não afecta a integridade da soberania do Estado e exerce-se no quadro da Constituição. TÍTULO VII - Regiões autónomas Artigo 225.º (Regime político-administrativo dos Açores e da Madeira) 1. O regime político-administrativo próprio dos arquipélagos dos Açores e da Madeira fundamenta-se nas

Leia mais

Regulamento de Associados/as. Art. 1º. (Admissão e Recusa de Associados)

Regulamento de Associados/as. Art. 1º. (Admissão e Recusa de Associados) Regulamento de Associados/as Art. 1º (Admissão e Recusa de Associados) 1 Sobre proposta de um associado, qualquer pessoa pode solicitar à Direção a sua admissão como associado da Associação Fermentelense

Leia mais

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO Recentemente foi publicado o Decreto-Lei n.º 220/2006 de 3 de Novembro, o qual alterou o quadro legal de reparação da eventualidade do desemprego dos trabalhadores por conta de outrem.

Leia mais

ESCOLA DE CONDUÇÃO INVICTA (Fases do Processo de Contra-Ordenações)

ESCOLA DE CONDUÇÃO INVICTA (Fases do Processo de Contra-Ordenações) FASES DO PROCESSO DE CONTRA ORDENAÇÕES Auto de Notícia Menciona os factos constitutivos da infracção, o dia, a hora, o local e as circunstâncias desta. É levantado pelo agente de autoridade. Notificação

Leia mais

Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária

Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária Ofício-Circulado 60009, de 21/05/1999 - Direcção de Serviços de Justiça Tributária PLANOS PRESTACIONAIS - DEC-LEI Nº 124/96 REDUÇÃO DA TAXA DE JUROS DE MORA VINCENDOS CONSTITUIÇÃO DE GARANTIAS - DEC-LEI

Leia mais

Os privilégios creditórios em especial a sua influência no concurso de credores

Os privilégios creditórios em especial a sua influência no concurso de credores Os privilégios creditórios em especial a sua influência no concurso de credores I Traços gerais da figura do privilégio creditório (art.ºs 733.º a 753.º do Código Civil) 1. Espécies: em função da natureza

Leia mais

B) Projecto de Proposta de Lei Regime fiscal das sociedades desportivas. Projecto de Proposta de Lei

B) Projecto de Proposta de Lei Regime fiscal das sociedades desportivas. Projecto de Proposta de Lei Sociedades Desportivas Análise do regime jurídico e fiscal B) Projecto de Proposta de Lei Regime fiscal das sociedades desportivas Projecto de Proposta de Lei Regime fiscal específico das sociedades desportivas

Leia mais

P.º 110.SJC.GCS/2010

P.º 110.SJC.GCS/2010 PARECER: DESPACHO: P.º 110.SJC.GCS/2010 ASSUNTO: Disposição transitória do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 20/2008, de 31 de Janeiro. 1. O Senhor Chefe do Gabinete de Sua Excelência, o Secretário de Estado

Leia mais

BREVE NOTA SOBRE A CITAÇÃO EDITAL E EDITAIS DE VENDA PROCESSOS POSTERIORES A 31/03/2010 V1.0 15/06/2010

BREVE NOTA SOBRE A CITAÇÃO EDITAL E EDITAIS DE VENDA PROCESSOS POSTERIORES A 31/03/2010 V1.0 15/06/2010 ARMANDO A OLIVEIRA SOLICITADOR BREVE NOTA SOBRE A CITAÇÃO EDITAL E EDITAIS DE VENDA PROCESSOS POSTERIORES A 31/03/2010 V1.0 15/06/2010 2111@solicitador.net 1. Resumo Breve nota sobre o novo regime de publicidade

Leia mais

AS RESTRIÇÕES JUDICIAIS FACE ÀS TRANSMISSÕES DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA. Telma Lúcia Sarsur Outubro de 2011

AS RESTRIÇÕES JUDICIAIS FACE ÀS TRANSMISSÕES DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA. Telma Lúcia Sarsur Outubro de 2011 AS RESTRIÇÕES JUDICIAIS FACE ÀS TRANSMISSÕES DA PROPRIEDADE IMOBILIÁRIA Telma Lúcia Sarsur Outubro de 2011 Para conceituarmos restrição judicial, há de se definir restrição, que é limitação imposta ao

Leia mais

Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra

Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra Artigo 1.º Âmbito O presente Regulamento fixa as normas gerais relativas a matrículas e inscrições nos cursos do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra. Artigo 2.º Definições De

Leia mais

Avaliação do Pessoal docente

Avaliação do Pessoal docente Avaliação do Pessoal docente Decreto Regulamentar nº 10/2000 de 4 de Setembro BO nº 27, I série Página 1 de 9 Decreto Regulamentar nº 10/2000 de 4 de Setembro BO nº 27, I série A revisão do sistema de

Leia mais

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE VENDA DE LOTES DE TERRENO PARA AS NOVAS ZONAS E LOTEAMENTOS INDUSTRIAIS. Nota justificativa

PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE VENDA DE LOTES DE TERRENO PARA AS NOVAS ZONAS E LOTEAMENTOS INDUSTRIAIS. Nota justificativa PROJECTO DE REGULAMENTO MUNICIPAL DE VENDA DE LOTES DE TERRENO PARA AS NOVAS ZONAS E LOTEAMENTOS INDUSTRIAIS Nota justificativa A criação de novas Zonas e loteamentos Industriais tem como principal finalidade

Leia mais

ESCOLA DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DO MINIJO CURSO DE DIREITO CADEIRA OPCIONAL RECURSOS E PROCESSOS ESPECIAIS ANO LECTIVO 2005-2006 5º ANO 2º SEMESTRE

ESCOLA DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DO MINIJO CURSO DE DIREITO CADEIRA OPCIONAL RECURSOS E PROCESSOS ESPECIAIS ANO LECTIVO 2005-2006 5º ANO 2º SEMESTRE ESCOLA DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DO MINIJO CURSO DE DIREITO CADEIRA OPCIONAL RECURSOS E PROCESSOS ESPECIAIS ANO LECTIVO 2005-2006 5º ANO 2º SEMESTRE 6 de Junho de 2006 Nome: N.º Leia atentamente as questões

Leia mais

Prática Processual Civil II 7 Julho de 2006. Considere a hipótese seguinte e responda às questões colocadas:

Prática Processual Civil II 7 Julho de 2006. Considere a hipótese seguinte e responda às questões colocadas: Prática Processual Civil II 7 Julho de 2006 Considere a hipótese seguinte e responda às questões colocadas: Numa acção executiva baseada em sentença proferida em 20/01/2006 (que julgou a acção totalmente

Leia mais

REGULAMENTO PROVEDORIA DO CLIENTE CAPITULO I - PRINCIPIOS GERAIS

REGULAMENTO PROVEDORIA DO CLIENTE CAPITULO I - PRINCIPIOS GERAIS REGULAMENTO PROVEDORIA DO CLIENTE CAPITULO I - PRINCIPIOS GERAIS Artigo 1º - Objecto 1- O presente documento tem por objecto definir o estatuto do Provedor do Cliente das seguintes companhias de seguro:

Leia mais

REGIMENTO DO CONSELHO DO INSTITUTO

REGIMENTO DO CONSELHO DO INSTITUTO Instituto de Ciências Sociais REGIMENTO DO CONSELHO DO INSTITUTO O Conselho do Instituto, em reunião de 21 de Julho de 2010 deliberou aprovar o presente regulamento de funcionamento. Capítulo I (Natureza

Leia mais

Concurso público para a prestação de serviços de iluminação, som e palco para a Feira do Livro a realizar entre 20 e 29 de Maio de 2011

Concurso público para a prestação de serviços de iluminação, som e palco para a Feira do Livro a realizar entre 20 e 29 de Maio de 2011 Concurso público para a prestação de serviços de iluminação, som e palco para a Feira do Livro a realizar entre 20 e 29 de Maio de 2011 Programa de concurso CMF Abril de 2011 Programa de concurso Pág.

Leia mais

REGULAMENTO E TABELA DE TAXAS E LICENÇAS

REGULAMENTO E TABELA DE TAXAS E LICENÇAS REGULAMENTO E TABELA DE TAXAS E LICENÇAS PREÂMBULO A Lei nº 53-E/2006, de 29 de Dezembro, aprovou o regime das taxas das Autarquias Locais e determina que o regulamento de taxas tem obrigatoriamente que

Leia mais

Autoriza o Governo a alterar o Estatuto da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 452/99, de 5 de Novembro

Autoriza o Governo a alterar o Estatuto da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 452/99, de 5 de Novembro DECRETO N.º 369/X Autoriza o Governo a alterar o Estatuto da Câmara dos Técnicos Oficiais de Contas, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 452/99, de 5 de Novembro A Assembleia da República decreta, nos termos

Leia mais

PROPOSTA DE LEI N.º 60/IX

PROPOSTA DE LEI N.º 60/IX PROPOSTA DE LEI N.º 60/IX AUTORIZA O GOVERNO A CRIAR REGRAS ESPECÍFICAS SOBRE O ACESSO À PROFISSÃO DE MOTORISTA DE TÁXI, ATRAVÉS DA CONCESSÃO DE UMA AUTORIZAÇÃO EXCEPCIONAL QUE VIGORARÁ POR UM PERÍODO

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0715/09 Data do Acordão: 18-11-2009 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO JORGE LINO PENHORA GARANTIA REAL REGISTO TERCEIRO

Leia mais

ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO DE LIQUIDAÇÃO E COBRANÇA DE TAXAS DEVIDAS AO ICP-ANACOM

ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO DE LIQUIDAÇÃO E COBRANÇA DE TAXAS DEVIDAS AO ICP-ANACOM I RELATÓRIO 1. Por deliberação de 1 de Julho de 2009, o Conselho de Administração aprovou o Regulamento de liquidação e cobrança de taxas devidas ao ICP-ANACOM, tendo nessa data sido igualmente aprovado

Leia mais

GUIA PRÁTICO LICENCIAMENTO DA ATIVIDADE DOS ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL

GUIA PRÁTICO LICENCIAMENTO DA ATIVIDADE DOS ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL GUIA PRÁTICO LICENCIAMENTO DA ATIVIDADE DOS ESTABELECIMENTOS DE APOIO SOCIAL INSTITUTO DA SEGURANÇA SOCIAL, I.P ISS, I.P. Departamento/Gabinete Pág. 1/15 FICHA TÉCNICA TÍTULO Guia Prático Licenciamento

Leia mais

CADERNO DE ENCARGOS CONCESSÃO DE USO PRIVADO DE ESPAÇO DO DOMÍNIO PÚBLICO NO JARDIM MUNICIPAL PARA INSTALAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE DIVERSÕES

CADERNO DE ENCARGOS CONCESSÃO DE USO PRIVADO DE ESPAÇO DO DOMÍNIO PÚBLICO NO JARDIM MUNICIPAL PARA INSTALAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE DIVERSÕES CADERNO DE ENCARGOS CONCESSÃO DE USO PRIVADO DE ESPAÇO DO DOMÍNIO PÚBLICO NO JARDIM MUNICIPAL PARA INSTALAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE DIVERSÕES Cláusula 1ª Princípio geral O presente Caderno de Encargos compreende

Leia mais

TRATADO DE BUDAPESTE SOBRE O RECONHECIMENTO INTERNACIONAL DO DEPÓSITO DE MICRORGANISMOS PARA EFEITOS DO PROCEDIMENTO EM MATÉRIA DE PATENTES.

TRATADO DE BUDAPESTE SOBRE O RECONHECIMENTO INTERNACIONAL DO DEPÓSITO DE MICRORGANISMOS PARA EFEITOS DO PROCEDIMENTO EM MATÉRIA DE PATENTES. Resolução da Assembleia da República n.º 32/97 Tratado de Budapeste sobre o Reconhecimento Internacional do Depósito de Microrganismos para Efeitos do Procedimento em Matéria de Patentes, adoptado em Budapeste

Leia mais

FORMAÇÃO PROFISSIONAL AS OBRIGAÇÕES PREVISTAS NO CÓDIGO DO TRABALHO E NA SUA REGULAMENTAÇÃO.

FORMAÇÃO PROFISSIONAL AS OBRIGAÇÕES PREVISTAS NO CÓDIGO DO TRABALHO E NA SUA REGULAMENTAÇÃO. FORMAÇÃO PROFISSIONAL AS OBRIGAÇÕES PREVISTAS NO CÓDIGO DO TRABALHO E NA SUA REGULAMENTAÇÃO. PRINCÍPIOS E OBJECTIVOS O Código do Trabalho e posteriormente a Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho que o veio regulamentar,

Leia mais

Regulamento Geral de Estudos Pós-Graduados. do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

Regulamento Geral de Estudos Pós-Graduados. do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa Regulamento Geral de Estudos Pós-Graduados do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa CAPÍTULO I Disposições Gerais Artigo 1º Âmbito de aplicação 1 O presente Regulamento Geral (RG) aplica-se

Leia mais

Índice. Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação?

Índice. Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação? Índice Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação? Como efectuar uma operação de confirmação de estimativas? Como aceder ao Serviço de Certificação

Leia mais

DECRETO N.º 265/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

DECRETO N.º 265/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1. DECRETO N.º 265/XII Aprova o regime de concessão de crédito bonificado à habitação a pessoa com deficiência e revoga os Decretos-Leis n.ºs 541/80, de 10 de novembro, e 98/86, de 17 de maio A Assembleia

Leia mais

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO E DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA Considerando as orientações políticas

Leia mais

Regulamento da Caixa de Compensações S. E.

Regulamento da Caixa de Compensações S. E. Regulamento da Caixa de Compensações S. E. (processos anteriores à entrada em vigor do Decreto Lei n.º 226/2008 de 20 de Novembro) Preâmbulo: A gestão da caixa de compensações é essencial para assegurar

Leia mais

MUNICÍPIO DE PAMPILHOSA DA SERRA

MUNICÍPIO DE PAMPILHOSA DA SERRA REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE PAMPILHOSA DA SERRA A Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, estatui na alínea a) do artigo 39.º que compete à Câmara Municipal, no âmbito do seu funcionamento, elaborar e

Leia mais

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO E DOS EDUCADORES DE INFÂNCIA Considerando a vontade comum do

Leia mais

DIRETIVA n.º 3/2014. Novo Regime Jurídico do Processo de Inventário. A intervenção do Ministério Público

DIRETIVA n.º 3/2014. Novo Regime Jurídico do Processo de Inventário. A intervenção do Ministério Público DIRETIVA n.º 3/2014 Novo Regime Jurídico do Processo de Inventário. A intervenção do Ministério Público A entrada em vigor do Regime Jurídico do Processo de Inventário, aprovado pela Lei n.º 23/2013, de

Leia mais

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS PREÂMBULO O regime jurídico geral aplicável aos recintos de espectáculos e divertimentos públicos

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM Dr. José Timóteo Montalvão Machado

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM Dr. José Timóteo Montalvão Machado Regulamento para Atribuição do Título de Especialista na Escola Superior de Enfermagem Artigo 1º Objecto e âmbito 1. O Presente Regulamento titula as normas jurídicas aplicáveis ao procedimento de atribuição

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro. Artigo 28.º Remissões

Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro. Artigo 28.º Remissões CÓDIGO DO IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS (CIMI) (Substitui o Código da Contribuição Autárquica) (Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 287/2003, de 12 de Novembro) Nota: A contribuição autárquica considera-se

Leia mais

REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO

REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO APROVADO PELO CONSELHO DISTRITAL DE LISBOA DA ORDEM DOS ADVOGADOS NO ÂMBITO DO REGULAMENTO N.º 52-A/2005 DO CONSELHO GERAL A formação e avaliação têm

Leia mais

Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente. Regulamento

Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente. Regulamento Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente Regulamento Artigo 1.º Objecto O presente regulamento define o processo de avaliação do desempenho do pessoal docente a

Leia mais

DIPLOMA/ACTO : Decreto-Lei n.º 125/90. EMISSOR : Ministério das Finanças. DATA : Segunda-feira, 16 de Abril de 1990 NÚMERO : 88/90 SÉRIE I

DIPLOMA/ACTO : Decreto-Lei n.º 125/90. EMISSOR : Ministério das Finanças. DATA : Segunda-feira, 16 de Abril de 1990 NÚMERO : 88/90 SÉRIE I DIPLOMA/ACTO : Decreto-Lei n.º 125/90 EMISSOR : Ministério das Finanças DATA : Segunda-feira, 16 de Abril de 1990 NÚMERO : 88/90 SÉRIE I PÁGINAS DO DR : 1808 a 1810 Decreto-Lei n.º 125/90, de 16 de Abril

Leia mais

Penhoras por meios electrónicos

Penhoras por meios electrónicos Penhoras por meios electrónicos nicos Pedro Amorim pedro.amorim@lusolegal.pt Conferência da CTOC 13 e 14 de Julho de 2007 Enquadramento A função da penhora Sumário Ordem dos bens penhoráveis Formalismos

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º Operações imobiliárias - Aplicação do modelo contratual de "Office Centre" Processo: nº 3778, despacho do SDG dos Impostos,

Leia mais

REGULAMENTO SOBRE INSCRIÇÕES, AVALIAÇÃO E PASSAGEM DE ANO (RIAPA)

REGULAMENTO SOBRE INSCRIÇÕES, AVALIAÇÃO E PASSAGEM DE ANO (RIAPA) REGULAMENTO SOBRE INSCRIÇÕES, AVALIAÇÃO E PASSAGEM DE ANO (RIAPA) CAPÍTULO I REGIME DE FUNCIONAMENTO Artigo 1º - Âmbito O disposto no presente Regulamento aplica-se apenas aos cursos de graduação da Universidade

Leia mais

Comentários à Consulta Pública da CMVM nº 3/2009 sobre Análise Financeira e Certificação da Qualificação Profissional na Intermediação Financeira

Comentários à Consulta Pública da CMVM nº 3/2009 sobre Análise Financeira e Certificação da Qualificação Profissional na Intermediação Financeira Comentários à Consulta Pública da CMVM nº 3/2009 sobre Análise Financeira e Certificação da Qualificação Profissional na Intermediação Financeira I. Art.º 8º (Registo) Na redacção ora proposta para a alínea

Leia mais

AVISO PARA EXERCÍCIO DE DIREITOS DE SUBSCRIÇÃO

AVISO PARA EXERCÍCIO DE DIREITOS DE SUBSCRIÇÃO Sonae Indústria, SGPS, S.A. Sociedade Aberta Sede Social: Lugar do Espido, Via Norte, na Maia Capital Social integralmente subscrito e realizado: 700.000.000 Matriculada na Conservatória do Registo Comercial

Leia mais

Responsabilidade Civil para Órgãos de Administração e Fiscalização

Responsabilidade Civil para Órgãos de Administração e Fiscalização Este contrato de seguro garante a responsabilidade civil imputável aos membros dos órgãos de administração e fiscalização de sociedades comerciais, de acordo com o legalmente exigível no Código das Sociedades

Leia mais

Nos termos da alínea a) do Nº 1 do artigo 198º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

Nos termos da alínea a) do Nº 1 do artigo 198º da Constituição, o Governo decreta o seguinte: Das neue Gesetzesdekret über das Sofortunternehmen Decreto-Lei Nº 111/2005 de 8 de Julho O desenvolvimento da competitividade da economia portuguesa é uma prioridade fundamental do XVII Governo Constitucional.

Leia mais

ORDEM DE SERVIÇO Nº 17/2015 Regulamento Relativo ao Pessoal Docente Especialmente Contratado da Universidade de Évora

ORDEM DE SERVIÇO Nº 17/2015 Regulamento Relativo ao Pessoal Docente Especialmente Contratado da Universidade de Évora ORDEM DE SERVIÇO Nº 17/2015 Regulamento Relativo ao Pessoal Docente Especialmente Contratado da Universidade de Évora Considerando que cabe às instituições de ensino superior aprovar a regulamentação necessária

Leia mais

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLUÇÃO CFC N.º 1.389/12 Dispõe sobre o Registro Profissional dos Contadores e Técnicos em Contabilidade. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, RESOLVE:

Leia mais