REQUERIMENTO. (Do Sr. Moreira Mendes)

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1 REQUERIMENTO (Do Sr. Moreira Mendes) Requer o envio de Indicação ao Poder Executivo, propondo alteração no limite da área de imóveis rurais na Amazônia Legal para efeito de georreferenciamento e atualização Senhor Presidente: Nos termos do art. 113, inciso I e 1º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a V. Exª. seja encaminhada ao Poder Executivo a Indicação anexa, propondo alteração no limite da área de imóveis rurais na Amazônia Legal para efeito de georreferenciamento e atualização Sala das Sessões, em de junho de Deputado MOREIRA MENDES ArquivoTempV.doc

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3 INDICAÇÃO N o, DE 2007 (Do Sr. Moreira Mendes) Propõe alteração no limite da área de imóveis rurais na Amazônia Legal para efeito de georreferenciamento e atualização Excelentíssima Senhora Ministra Chefe da Casa Civil: A Lei n , de 28 de agosto de 2001, introduziu uma série de alterações relativas ao cadastro de imóveis rurais, entre as quais, a determinação de que as revisões cadastrais deverão ser realizadas em todo o País conforme prazos fixados pelo Poder Executivo, e que entre os documentos apresentados deve figurar o levantamento georreferenciado dos limites definidores das propriedades rurais. Para regulamentar a referida Lei, o Poder Executivo editou o Decreto n 4.449, de 30 de outubro de 2002, onde estabelece, em seu art. 10, os prazos para o recadastramento dos imóveis rurais conforme o tamanho de sua área. Tendo em vista uma série de dificuldades para o cumprimento desses prazos, principalmente para os pequenos e médios produtores rurais, o Poder Executivo publicou novo Decreto, o de n 5.570, de 31/10/2005, que, entre outras coisas, alterou o prazo do recadastramento dos imóveis com área inferior a quinhentos hectares e área compreendida entre quinhentos e mil hectares.

4 2 Acontece que os referidos Decretos, ao estipularem os limites das áreas em cada faixa, e os respectivos prazos para o recadastramento, o fizeram de forma padronizada, sem levar em consideração as particularidades de cada região e as diferenças impostas pela própria legislação, prejudicando, em especial, os proprietários cujos os imóveis rurais localizam-se na área da Amazônia Legal. As características do bioma floresta amazônica e a necessidade, cada vez mais evidente, de sua preservação fazem com que a utilização do solo na região sofra maiores restrições. É o caso, por exemplo, do percentual da área destinada à reserva legal que, para os imóveis localizados na Amazônia, deve ser de no mínimo 80%, o que reduz substancialmente a área utilizável do imóvel (art. 16, inciso I, Lei n 4.771, de 15/09/65, o Código Florestal). Considerando essas particularidades, o próprio Código Florestal, ao conceituar a pequena propriedade rural, faz distinção no seu tamanho em função da localização. Atribuindo-lhe uma área de até cento e cinqüenta hectares se localizada na Amazônia Legal, de cinqüenta hectares se localizada no polígono das secas e de trinta hectares se localizada em outra região do País. Não há como comparar, por exemplo, em termos de área útil e condições para desenvolvimento das atividades agropecuárias, uma propriedade com mil hectares localizada na região Centro-Oeste, com uma outra de mil hectares na floresta amazônica. Diante desses fatos, reportamo-nos a Vossa Excelência, como Ministra Chefe da Casa Civil, para reivindicar providências capazes de minimizar essas distorções. Nesse sentido, solicitamos que sejam revistas as faixas contidas nos citados Decretos, levando-se em consideração as diferenças regionais. Com isso, espera-se que, pelo menos, seja alterado o limite máximo da faixa que hoje varia de quinhentos a mil hectares, para até dois mil hectares, na região da Amazônia Legal. Essa decisão irá beneficiar um grande número de pequenos

5 e médios produtores rurais da região, pois, possibilitará uma ampliação do prazo para o recadastramento dos imóveis, e, consequentemente, para providenciarem o levantamento georreferenciado dos limites definidores das suas propriedades rurais. Por outro lado, essa medida fará com que muitos desses proprietários voltem a ter acesso às linhas de crédito junto aos agentes financeiros, sem as quais não podem desenvolver suas atividades a contento. Sala das Sessões, em de junho de Deputado MOREIRA MENDES