OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS DOS MUNICÍPIOS

Transcrição

1 PALESTRA OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS DOS MUNICÍPIOS Teresina, 12/2012

2 SEGURIDADE SOCIAL: DIREITO E DEVER DE TODOS Compreende um conjunto integrado de ações de iniciativas dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social (art. 194, CF/88).

3 FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL C O N T R I B U I Ç O E S S O C I A I S DAS EMPRESAS FOLHA de SALÁRIOS e demais rendimentos do trabalho FATURAMENTO (PIS/PASEP e Cofins) LUCRO (CSLL) DOS TRABALHADORES E DEMAIS SEGURADOS RECEITA DE CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS IMPORTADOR DE BENS E SERVIÇOS DO EXTERIOR 3

4 SEGURIDADE SOCIAL: DIREITO E DEVER DE TODOS Contribuição Previdenciária incidente sobre a folha e o PASEP são os tributos a cargo dos MUNICÍPIOS e se constituem basicamente em contribuições destinadas à garantia da Seguridade Social. O valor social dos tributos

5 MUNICÍPIOS E PREVIDÊNCIA: alicerces da sociedade brasileira Constituição de 1988: marco na construção da cidadania no País enaltece a autonomia municipal no Federalismo brasileiro. Força motora da economia dos municípios: transferências constitucionais (FPM, Fundeb, cota-parte ICMS) folha de salários dos servidores municipais benefícios previdenciários pagos à população

6 MUNICÍPIOS E PREVIDÊNCIA ARRECADAÇÃO X PGTO BENEFÍCIOS EM 2011 ARRECADAÇÃO PREVIDENCIÁRIA BRASIL: R$ ,00 PIAUÍ: R$ ,00 PAGAMENTO DE BENEFÍCIOS BRASIL: R$ ,26 PIAUÍ: R$ ,58

7 MUNICÍPIOS E PREVIDÊNCIA Efeitos positivos da Previdência Melhoria da condição social da população. Maior estabilidade econômica nas áreas rurais com menor migração para centros urbanos. Redistribuição de renda da cidade para o campo. Redistribuição intermunicipal e inter-regional de renda. Sustento e valorização do idoso na comunidade e no seio da família. Estímulo à economia local Transferência de recursos para os municípios, via pagamento de benefícios, em valor superior ao FPM Impactos do reajuste do salário mínimo são reproduzidos nos reajustes de benefícios previdenciários.

8 MUNICÍPIOS E O RGPS Sujeitos passivos de obrigações tributárias, uma vez que são equiparados à empresa pela legislação previdenciária. Beneficiários dos pagamentos feitos pela Previdência à população, inclusive servidores filiados ao RGPS.

9 MUNICÍPIOS E O RGPS ARRECADAÇÃO X PGTO BENEFÍCIOS EM 2011 REGIÃO Valor Arrecadado (R$) Benefícios Pagos (R$) % NORTE , ,00 89 NORDESTE , ,00 49 SUDESTE , , SUL , ,00 76 CENTRO- OESTE , ,574, BRASIL , ,00 85 PIAUÍ , ,00 33

10 MUNICÍPIOS E O RGPS Arrecadação INSS X Benefícios X Transf. Const. Arrecadação INSS R$ ,00 Pagto. Benefícios R$ ,00 Transf. Constitucionais R$ ,00 FPM R$ ,08

11 MUNICÍPIOS E O RGPS OBRIGAÇÕES RECOLHER AS CONTRIBUIÇÕES EM GPS INSCREVER O SEGURADO CALCULAR CONTRIBUIÇÃO PATRONAL INCLUIR EM FOLHA DE PAGAMENTO ARRECADAR A CONTRIBUIÇÃO DO SEGURADO P/ A PREVIDÊNCIA INFORMAR EM GFIP

12 MUNICÍPIOS, PREVIDÊNCIA E ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

13 GERINDO MUNICÍPIOS

14 ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

15 PREVIDÊNCIA SOCIAL

16 OS MUNICÍPIOS E AS OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS

17 OS MUNICÍPIOS E A RFB Tributos de natureza declaratória: Contribuição Previdenciária: Os municípios apresentam a GFIP - Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social, em que declaram os valores de folha de pagamento e a devida contribuição calculada. PASEP: informado na DCTF - Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais do município. Nessas declarações, os municípios indicam além do débito, o valor que já foi extinto por pagamento. A RFB promove a cobrança dos saldos declarados, pelo próprio município, como não pagos, enviando-os à PFN se não extintos.

18 MUNICÍPIOS E A RFB OBRIGAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS

19 MUNICÍPIOS E A RFB OBRIGAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS Consignar em dotações orçamentárias próprias os valores necessários à quitação das Contribuições Previdenciárias. Conforme a Legislação vigente, pelo descumprimento da obrigação acessória, o Auto de Infração é lavrado no ente público municipal, sendo cabível a representação administrativa aos Tribunais de Contas, sugerindo a responsabilização do Gestor por ato de IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.

20 MUNICÍPIOS E A RFB OBRIGAÇÕES FAZENDÁRIAS PASEP BASE DE CÁLCULO: RECEITAS CORRENTES ARRECADADAS E TRANSFERÊNCIAS CORRENTES E DE CAPITAL RECEBIDAS ALÍQUOTA: 1% VENCIMENTO: dia 25 do mês subsequente CÓDIGO DO DARF: 3703

21 MUNICÍPIOS E A RFB OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS DECLARAÇÕES A SEREM PRESTADAS À RFB GFIP O QUE É? FINALIDADE: PRAZO DE ENTREGA: Guia de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social. Utilizada para a prestação das informações relativas às contribuições previdenciárias devidas e para preenchimento do CNIS. mensalmente, até o dia 10 do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores.

22 MUNICÍPIOS E A RFB OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS DECLARAÇÕES A SEREM PRESTADAS À RFB DIRF O QUE É? FINALIDADE: PRAZO DE ENTREGA: Declaração do Imposto Retido na Fonte É a declaração feita pela FONTE PAGADORA, com o objetivo de informar à do Brasil o valor do imposto de renda e/ou contribuições retidos na fonte, relativos aos rendimentos pagos ou creditados para seus beneficiários. Último dia útil do mês de fevereiro do ano subsquente ao pagamento do rendimentos pago aos beneficiários.

23 MUNICÍPIOS E A RFB OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS DECLARAÇÕES A SEREM PRESTADAS À RFB DCTF O QUE É? Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais FINALIDADE: PRAZO DE ENTREGA: Utilizada para a prestação das informações relativas aos tributos e contribuições apurados pelas Pessoas Jurídicas no mês correspondente.(pasep) Até o 15º (décimo quinto) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos geradores.

24 OS MUNICÍPIOS E A RFB Ensino a Distância GFIP e DCTF Site RFB: > Empresa >Todos os Serviços > Cursos de Ensino à Distância A RFB oferece ao cidadão o curso de ensino a distância sobre a GFIP. O curso visa orientar a respeito da forma correta de preencher a Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP). Com carga horária de 30 horas, o curso está estruturado em 10 módulos e aborda aspectos relativos à folha de pagamento, compensação de receitas, 13º salário, entre outros. Ao final do curso, o participante será capaz de prestar corretamente as informações de interesse da RFB e da Previdência Social por meio da GFIP. Trata-se de um curso aberto, com exercícios de fixação que testam o conhecimento adquirido nos módulos. Também disponibiliza curso a distância sobre DCTF, auxiliando na sua correta forma de preenchimento

25 MUNICÍPIOS E A RFB PARCELAMENTOS DE DÉBITOS Convencional: Trata-se da Legislação Geral de Parcelamento (Lei ). 60 meses. Um parcelamento para cada tributo. Lei 8.212/91 Art 58 Simplificado: Essa opção Lei tem 8.620/93 como fundamento a lei , com simplificações. Continua Lei Complementar aberta para 77/93 os municípios, para débitos inferiores MP a 1.571/97 R$ ,00. MP 1.608/98 Caso ->Lei o 9.639/98 conjunto de débitos supere esse valor, o município MP 1.891/99 pode - MP 1.969/99 organizá-los em conjuntos de valor inferior e promover MP os 2.043/2000 respectivos parcelamentos. Não há limite de quantidade de parcelamentos. MP 2.060/2000 Especiais: Em distintas MP 2.129/2001 ocasiões /MP foram 2.187/2001 abertos parcelamentos Lei /2003 (PAES) especiais, com prazo certo para adesão e regras específicas. Lei /2005 (MP do Bem) Nem todos os débitos poderiam ser incluídos (limite de MP 303/2006 (PAEX) vencimento). Essas regras não são gerais e sua eficácia se Lei /2009 restringe ao contexto de cada um desses parcelamentos, enquanto perdure. O último foi o da Lei

26 MUNICÍPIOS E A RFB PARCELAMENTOS DE DÉBITOS A MP 589/2012 instituiu um novo parcelamento especial para débitos previdenciários dos municípios vencidos até 31/10/2012. Lei 8.212/91 Art 58 REGULAMENTAÇÃO AINDA PENDENTES. ADESÃO ATÉ 29/03/2012. Lei 8.620/93 Lei Complementar 77/93 MP 1.571/97 MP 1.608/98 ->Lei 9.639/98 Redução de 60% das multas, 20% dos juros e 100% dos MP 1.891/99 - MP 1.969/99 encargos legais. MP 2.043/2000 Parcela: 2% da RCL média MP 2.060/2000 mensal. Primeira vence no último dia útil do segundo mês subsequente ao do pedido. MP 2.129/2001 /MP 2.187/2001 Lei /2003 (PAES) Implica autorização para retenção das obrigações previdenciárias correntes. Lei /2005 (MP do Bem) MP 303/2006 (PAEX) Não poderá ser concedido Lei /2009 outro parcelamento posterior enquanto o município estiver vinculado ao especial. Poderá conviver com parcelamentos anteriormente concedidos.

27 MUNICÍPIOS E A RFB RETENÇÃO X BLOQUEIO DO FPM BLOQUEIO É o ato pela qual o Tesouro Nacional suspende o repasse do FPE/FPM, quando da não regularidade dos pagamentos dos débitos correntes ou dos parcelamentos com a União e suas autarquias. O bloqueio é solicitado pela RFB, mas é operacionalizado pelo Tesouro. O mesmo vale para a liberação. Antes do Bloqueio, a DRF efetua vários contatos com os municípios, buscando demonstrar alternativas para sua regularização. Bloqueio Automático: falta de pagamento do Pasep.

28 MUNICÍPIOS E A RFB RETENÇÃO X BLOQUEIO DO FPM BLOQUEIO Os valores não são utilizados para quitar débitos, ficam indisponíveis até que o município se regularize. O município bloqueado deixa de receber os repasses daí em diante. Uma vez regularizado, cessa o bloqueio, e os valores não recebidos são totalmente liberados pelo Tesouro. Previsão Constitucional: art. 160 CF/1988 Previsão legal: art. 56 Lei 8.212/1991

29 MUNICÍPIOS E A RFB RETENÇÃO X BLOQUEIO DO FPM RETENÇÃO É o ato pela qual o Tesouro Nacional, conforme previsto em lei, vincula parte do repasse do FPE/FPM, ao pagamento dos débitos ou parcelamentos com a União e suas autarquias. É forma de quitação dos débitos e só pode ser realizada nos casos em que lei específica a autorizou expressamente. Esses casos são oriundos dos acordos de parcelamento de débitos com a União. O município, quando aderiu ao parcelamento, autorizou que as parcelas fossem quitadas por retenção.

30 MUNICÍPIOS E A RFB RETENÇÃO X BLOQUEIO DO FPM RETENÇÃO Em alguns desses parcelamentos houve autorização para quitação, por retenção, também de débitos correntes que surgissem durante a vigência do acordo de parcelamento. A finalidade é a prevenção da inadimplência e da geração de novos débitos.

31 PALESTRA Gratos pela atenção Teresina, 12/2012