A CRECHE EM SERGIPE INICIATIVAS E DISCUSSÕES NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX

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1 A CRECHE EM SERGIPE INICIATIVAS E DISCUSSÕES NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX Yolanda Dantas de Oliveira/PUCSP A creche é parte de um conjunto de iniciativas voltadas para o atendimento à criança, desencadeadas no Brasil, desde o final do século XIX. Embora inicialmente fosse vista como uma instituição de guarda e assistência para os filhos da população pobre, hoje, ela é entendida como um espaço privilegiado de educação da criança de 0 a 6 anos. Como reflexo dessa nova compreensão, o reordenamento legal, ocorrido na década de 1980, integrou a creche ao sistema educacional, colocando em novas bases a questão: de uma realidade em que o atendimento era concebido na perspectiva da falta, da carência, às quais deveriam corresponder ações de caridade, passa-se para uma outra, cuja perspectiva é o Direito da criança e o Dever do Estado em relação a ela. No Estado de Sergipe, a exemplo do que, historicamente, ocorreu no país, a educação institucional da criança pequena, na modalidade de creche, diferentemente da préescola, não logrou ainda reconhecimento social. A creche constitui, nesse Estado, uma realidade pouco expressiva, não obstante os avanços teóricos e legais que dizem respeito à educação da criança de até seis anos. Além de uma reduzida oferta desse tipo de atendimento 1, Sergipe permaneceu, por muito tempo, à margem das discussões, iniciadas desde a década de 1980 e intensificadas nos anos 90, que reivindicam essa instituição como espaço, também, de educação. É ilustrativo dessa observação não só a ausência de uma política pública que favoreça a sua expansão com qualidade, mas também a ausência de estudos, em âmbito local, que focalizem essa questão considerando as políticas pertinentes, sua história e suas práticas. Muito embora a primeira creche no Brasil tenha sido criada no final do século XIX, em Sergipe a creche surge somente na década de 1940, a exemplo da Casa Maternal Amélia Leite, em funcionamento até os dias atuais.contudo, há significativos indícios de que ela começou a integrar a pauta dos interesses relativos à criança, no Estado, desde Um 1 a)em 1998, dados informais de pesquisa registravam a existência de 20 unidades de creche, na cidade de Aracaju e região metropolitana. b)pesquisa realizada em 2003/2004, pela Universidade Federal de Sergipe (relatório em fase de conclusão), constatou que o atendimento na modalidade de creche no Estado é ainda incipiente: em 22 municípios sergipanos foi registrada a existência de apenas 14 creches.

2 indício ainda não explorado pela historiografia. Disso decorre o objetivo deste trabalho, que visa situar historicamente as primeiras iniciativas e/ou discussões nesse sentido, no referido Estado, o que antecede a criação da Casa Maternal, como comumente é referida a creche citada. Para efeito deste trabalho, procuraremos, inicialmente, destacar as primeiras manifestações de interesse em relação à creche em Sergipe. A Casa Maternal Amélia Leite é, em princípio, o marco principal dessa modalidade de atendimento à criança pequena. Convém destacar, porém, que à sua criação, na década de 1940, antecederam algumas iniciativas que também refletiam expectativas em relação à criança, sobretudo, em relação à criança pobre, menor de quatro anos já que para as de melhor condição social e a partir dessa idade, o jardim de infância seria a indicação natural, ainda que grande parte delas não tivesse acesso a essa modalidade de educação. Essas expectativas ensejavam a necessidade de assistência, aqui tomada como necessidade de intervenção educativa. Ao que tudo indica, essa assistência incluía a creche como um dos seus objetivos. E, nesse sentido, em princípio, a origem dessas iniciativas parece residir na atuação de Augusto Leite, médico de notoriedade no Estado, com intensa atuação desde 1920 no que se refere à chamada proteção à criança, bem como às mães pobres, particularmente, as mães solteiras. Augusto Leite participou em 1925, em Genebra/Suíça, de um Congresso Internacional da Criança. É importante observar que esses congressos que tematizavam a criança e/ou a infância, geralmente, entre outros aspectos, tinham como ponto de pauta privilegiado a questão da assistência, pública e privada, a esse segmento da população 2. Em 1931, o referido médico realiza a Semana da Criança no Hospital de Cirurgia, evento de grande repercussão na sociedade aracajuana. No início da década de 1940 cria o Abrigo Maternal, numa das dependências da Maternidade Francino Melo 3 e em seguida, nessa década ainda, cria a Casa Maternal Amélia Leite, constituída de uma creche e de um abrigo para mães solteiras, pobres, especialmente aquelas vindas do interior. É possível que esta última Casa Maternal - seja um desdobramento ou ampliação do Abrigo Maternal. Não obstante essas realizações de Augusto Leite, que visavam também chamar atenção do poder público, em Sergipe, e da sociedade civil para questões relacionadas à 2 Ver sobre isso em Kuhlmann Jr. (1998 e 2001) 3 Esse Abrigo era mantido por uma Sociedade Protetora, com o apoio de senhoras beneméritas da sociedade local.

3 chamada assistência à criança, merecem registro as iniciativas pioneiras do Coronel Francino Melo, no tocante a essa questão. Antes, porém, convém destacar em 1914 a criação do Oratório Festivo São João Bosco, cujo objetivo era não só o recolhimento, mas também a instrução e educação de meninas menores pobres a partir de quatro anos. Contudo, essa instituição não tinha o caráter de creche, uma vez que pesava sobre ela o aspecto asilar. A creche em Sergipe, até onde os dados coletados, para este estudo, informam, começa a ser referida, como proposta de intervenção para crianças pobres, a partir de Nessa época, a idéia de proteção/ assistência à criança parece fortemente vinculada à idéia de proteção/assistência à mãe o que se manifesta em proposições para a construção de uma maternidade, ainda que a idéia de creche já esteja também colocada. Em agosto desse último ano, em viagem ao Rio de Janeiro, Francino Melo comerciante de renome local, a quem eram atribuídos, pela imprensa, generosidade e altruísmo visita o Instituto de Proteção e Assistência à Infância naquela cidade. Visita essa que resulta em alguns desdobramentos em relação à questão aqui focalizada. Francino Melo, em setembro do mesmo ano, recebe do Dr. Arthur Moncorvo Filho, fundador/diretor daquele Instituto, através de uma carta 4, credenciais para a instalação em Sergipe de uma filial da instituição referida. Moncorvo Filho faz sugestões para o procedimento de instalação dessa filial, dizendo que esta poderá ser iniciada por qualquer uma das seções que constituem o seu vasto programa: um Dispensário, uma Gota de Leite, uma Creche ou de imediato uma maternidade. Sugere ainda que procure associar a essa idéia um médico de notoriedade, preparo e reputação, melhor ainda que fosse especialista em doenças de crianças e de senhoras. Ao que tudo indica, esse Instituto só veio ser criado na década de , pelas mãos do Dr. Augusto Leite, o médico a quem possivelmente, o referido comerciante recorreu para dar respaldo aos seus intentos, conforme orientação do Dr. Arthur Moncorvo Filho. Retornamos ao ano de 1916, fazendo registro da doação de um terreno ao Estado por Francino Melo para a construção de um prédio que se destinasse a amparar a infância desvalida, à educação de órphãs ou para uma maternidade 6, para o que o ofertante se 4 Carta publicada pelo jornal Diário da Manhã de 12 de outubro de Com relação a esse Instituto,em Sergipe, foi localizada uma referência à data de sua criação. 6 Jornal Diário da Manhã de 12 de outubro de 1916

4 prontificava a executar a planta que lhe fosse apresentada. Ao que parece, esse terreno não foi destinado à maternidade, muito embora, a prioridade daquele que o ofertou, Francino Melo, possivelmente, fosse essa. Encontramos registro de uma segunda doação em 1918 de outro terreno, por ele realizada, desta vez, com a finalidade expressa de que fosse ali construída uma maternidade. O seu desejo, porém, parece só ter sido concretizado na década de 1930, quando a maternidade, há muito idealizada, foi por ele construída nas dependências do Hospital de Cirurgia, tendo esta recebido o seu nome. 7 É na década de 1930, em Sergipe, que parece aflorar, com maior veemência, uma certa consciência em relação à criança e às questões que lhe dizem respeito. Esse é o momento também de uma explicitação mais objetiva do interesse em relação à instituição que constitui o objeto deste trabalho. A Revista Renovação, em matéria sobre a Semana da Criança, realizada em agosto de 1931 no Hospital de Cirurgia, faz referência à compra de um sítio, o Sítio Melanio, pelo Interventor Federal em Sergipe, para ali estabelecer uma creche 8, o que nos leva à suposição de que seja a Casa Maternal. Ao mesmo tempo, foi possível observar, nessa época, uma certa mobilização da sociedade local em favor da construção de uma chamada Creche Operária, muito embora nos faltem dados que informem sobre a sua instalação. Em prol da Creche Operária é o título de uma nota de um jornal local em 1932: a senhorita Helena Abud, esse vulto gracioso que encantou a sociedade Aracajuana com a sua noitada de música, já entregou a S. Exa, o Sr. Interventor, a quantia de 220$000 para auxiliar a construção da Creche Operária 9. Os dados apresentados ensejam possíveis conexões entre eles. Para uma história da creche em Sergipe, essas conexões precisam ser exploradas: a criação da maternidade Francino Melo, na década de 1930, cujo projeto começou a ser gestado em 1916 e a criação da Casa Maternal, conforme destacado anteriormente. É provável que esta última seja um desdobramento do Abrigo Maternal, criado nas dependências da Maternidade Francino Melo. Embora esses registros aqui trazidos reflitam manifestações esparsas, aparentemente isoladas, eles podem conter elementos significativos que possibilitem acompanhar a 7 Conforme Revista Renovação nº 17 de 15/09/1931, p Revista Renovação nº 17 de 09 de Setembro de Jornal de Notícias de 15 de junho de 1932.

5 elaboração, no Estado, de uma compreensão específica a respeito da criança, especialmente da criança pobre e da sua educação, no período que antecede a chamada idade escolar. No sentido de caminhar na direção dessa compreensão, procuramos também situar a questão no âmbito de algumas discussões mais amplas em torno da preocupação educativa com a criança. Ao mesmo tempo, buscaremos destacar, de forma breve, algumas conexões com a forma como essa preocupação, no que se refere à educação institucional em forma de creche, ganhou corpo no Brasil. Com esse objetivo, recorremos, inicialmente, a Nóvoa (1991), para quem a emergência dos tempos modernos trouxe consigo o reaparecimento da preocupação educativa como um projeto explícito de transmissão cultural. Anteriormente, segundo ele, as sociedades humanas reproduziam as características e as normas culturais da vida coletiva do grupo através de uma espécie de impregnação cultural [grifo do autor]. Confrontado desde o seu nascimento com uma herança cultural e com um universo simbólico preciso o ser humano procedia a sua integração no grupo através de uma troca e de uma convivência cotidianas, por meio de um viver com (p.110). As aprendizagens realizadas na coexistência cotidiana, conforme salienta esse autor, dizem respeito a um processo educativo que é diferente da intenção explícita de educar. Esse tipo de intenção começa a ganhar corpo na Idade Média, num contexto em que se desenvolve o entendimento de que o homem é transformável. Um entendimento que decorre do desejo de mudança e este desejo se inscreve como bandeira de luta de uma classe que se insurge contra a sociedade feudal: a burguesia. Em contraposição ao universo feudal, Antônio Nóvoa destaca que o burguês é um desviante: ele é portador de uma perspectiva de mudança e de uma nova relação com o mundo; ele introduz a noção de que o mundo é moldável [grifo do autor] (1991, p.111) e isso não só modifica a sua relação com a natureza, mas também a relação com o próprio homem. Entra em pauta, segundo ele, um conceito novo que será totalmente incompreensível para um homem da Idade Média: o de plasticidade [grifo do autor]. Este conceito forma um todo com a idéia, de que o homem é transformável: portanto de que se pode fazer uma sociedade diferente (Idem, p.111).

6 Daí decorre, que a criança torna-se objeto por excelência dessa transformação desejada, já que ela encarna a natureza no seu estado bruto, devendo, portanto, através de uma ação educativa intencional, ser lapidada para ganhar a forma do modelo civilizado. Nesse sentido, instituições fechadas de recolhimento e instrução, conforme Varela e Alvarez-Uria (1992, p.76), ganham destaque como uma maquinaria de governo da infância (Idem, p.69), seja em nome da fé e dos bons costumes, seja em nome da instrução, da civilização e do progresso, para o que a ciência, especialmente, a medicinahigienista, num período mais recente século XIX desempenha papel fundamental. É essa maquinaria que vai operar o trânsito entre a infância natural e a infância civilizada. Importantes aspectos, analisados por esses autores, dizem respeito a essa nova consciência em relação à criança, dentre os quais o desenvolvimento de uma nova concepção de infância. Esta passa a ser percebida enquanto classe de idade diferenciada, tal como destacado por Nóvoa (1991, p.112), tornando-se o centro da atenção e preocupação dos adultos que a tomam ao seu encargo. Desde então, o interesse em relação à criança vai, paulatinamente, sendo modificado e consolidado nos âmbitos da família, da ciência e do Estado. Em um novo contexto, ela passa a ser objeto, em especial, de um conjunto de procedimentos e de técnicas para esquadrilhar, controlar, medir, corrigir os indivíduos, para os tornar ao mesmo tempo dóceis e úteis (Nóvoa, p.113), no espírito daquilo que o autor em destaque chama de sociedade disciplinar. Segundo ele, o momento histórico das disciplinas é o tempo do corpo que se manipula, que se molda, que se corrige; é também o tempo do encerramento da infância nos lugares que lhe são destinados (Idem, p.113). Convém ressaltar, porém, conforme enfatizam Varela e Alvarez-Uria, que as crianças são destinadas a esses lugares diferenciadamente, a depender da condição social que lhes diz respeito. Este espaço fechado não é absoluto nem homogêneo. Em virtude da maior ou menor qualidade da natureza dos educandos e reformandos, determinada por sua posição na pirâmide social, irão diferir as disciplinas, flexibilizar os espaços, abrandar enfim os destinos dos usuários. (...) Entre o Príncipe menino submetido simplesmente a um enclausuramento moral e o seqüestro de meninos e meninas pobres, expostos, órfãos e desamparados, existe uma ampla gama de formas de

7 isolamento que, em última instância, remetem a diferenças de percepção e valorização social. A máxima repreensão e mínimo saber transmitido correspondem à menor nobreza, evidentemente a dos pobres (Varela e Alvarez-Uria, 1992, p.76/77). Entre o final do século XIX e início do século XX, no Brasil, tal como ocorre na Europa, o interesse pela criança vai se explicitando também na forma de um projeto de intervenção educativa, que se materializa em diferentes modalidades institucionais de educação como a escola primária, jardins de infância, creches e instituições de recolhimento para crianças pobres. As práticas de todas essas instituições, historicamente, vêm sendo informadas por diferentes olhares em relação à criança e, com isso, contribuindo na constituição de diferentes formas de se lidar com ela. No Brasil, jardins de infância e creches, de modo particular, nasceram com propostas diferenciadas em relação à criança, muito embora, hoje, essas instituições constituam um único segmento da educação para o grupo etário de 0 a 6 anos: a educação infantil, reconhecida como primeira etapa da educação básica, conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de Sob o signo da filantropia e/ou assistência, a creche surge no Brasil no final do século XIX com o objetivo de atender crianças pobres e filhos de trabalhadores. Uma destinação social que nela imprimiu um caráter de instituição apenas de guarda e assistência, supostamente descomprometida com a intenção de educar. Um entendimento que marcou profundamente, por quase 100 anos, a sua história no país e que implicou na sua destinação a um lugar de menor prestígio social. Essa compreensão, por muito tempo, foi majoritária em relação à creche. Desde a década de 1970, importantes estudos foram realizados sobre o tema dos quais se depreende tal concepção, a exemplo daquele realizado por Kramer em 1977, entre outros. Kuhlmann Jr. (1998), diferentemente das abordagens predominantes, com uma nova interpretação histórica, desde a década de 1990, observa sob novas lentes a questão. Conforme estudos realizados por esse autor, diferentemente dos jardins da infância (ao que na atualidade corresponde à pré-escola), que nasceram vinculados ao sistema educacional, -

8 com uma proposta de educação, inicialmente, voltada para os filhos dos ricos 10, a vinculação da creche com a filantropia e/ou assistência implicou na produção das chamadas propostas assistenciais. Essas propostas se materializavam em práticas expressamente voltadas para a guarda das crianças, restringindo-se aos cuidados com a higiene do corpo, alimentação e saúde. Esse vínculo determinou um tipo de segregação institucional, segundo aquele autor, que delimitou a creche como espaço de atendimento aos pobres, e por isso de menor prestígio social. O fato de ter nascido vinculado ao sistema educacional e com uma destinação social diferente da creche, de acordo com o referido autor, conferiu ao jardim de infância maior visibilidade e aceitação social, muito embora não o tenha isentado de importantes limitações que também se impuseram à pré-escola, numa história mais recente 11. Essa maior valorização social possibilitou que esse formato da educação da criança pequena se impusesse, mesmo sem ser obrigatório por lei, o que só veio ocorrer em Além disso, possibilitou a construção de condições mais favoráveis à sua atuação, particularmente, no que se refere às condições materiais e à qualificação profissional dos envolvidos. Com a creche, deu-se o contrário. A marca assistencial, nela historicamente impressa, favoreceu que, por um longo tempo, não se reconhecesse o caráter educativo que lhe é inerente. Ao considerar a perspectiva de análise do autor supracitado, além das limitadas possibilidades de desenvolvimento oferecidas à criança, nesse tipo de instituição, deixou-se de considerar que os cuidados a ela dispensados no interior da creche expressam concepções diversas sobre o mundo, próprias daqueles diretamente envolvidos na realização desses cuidados.os valores, crenças e hábitos transmitidos nas interações que os adultos estabelecem com a criança, nessas instituições, são imbuídos de significados culturais que se constituem como referências para as aprendizagens que ela realiza. No Brasil, o escamoteamento desse potencial educativo contribuiu para que à creche fossem negadas condições mínimas de funcionamento e, conseqüentemente, para que se negasse à criança pobre o direito a uma educação de qualidade, nesse espaço institucional. Destacamse, em relação à creche, propostas de baixa qualidade, que se expressam, sobretudo, na falta de qualificação profissional do pessoal envolvido e nas precárias possibilidades do 10 A exemplo dos Jardins de Infância do Colégio Menezes Vieira no Rio de Janeiro e Escola Americana em São Paulo, citados por Kuhlmann Jr. (1998). 11 Ver sobre esse aspecto Kuhlmann Jr. (1998).

9 ambiente físico/pedagógico que, em geral 12, não é adequado ao trabalho com a criança pequena, não é estimulante nem criativo, de modo a atender as necessidades das crianças de cuidado, movimento e expressão. Ao retomar, mais uma vez, as análises de Kuhlmann Jr., contrárias à visão predominante, e considerando também o que nos colocam Nóvoa, Varela e Alvarez-Uria, as creches no Brasil, assim como na Europa, foram concebidas e difundidas como instituições educacionais (1998 p.200). Portanto, não obstante a negação histórica do seu caráter educativo, a creche vem também guardando em si a intenção de educar, ainda que voltada para uma educação ancorada numa perspectiva de submissão dos filhos da população pobre. A visão assistencial, que marcou a trajetória dessa instituição, é por Kuhlmann Jr. denominada de concepção assistencialista de educação. Decorre, portanto, desses pressupostos explicitados a nossa preocupação em estender o olhar para a creche como uma iniciativa que, historicamente, foi destinada à educação da criança. Nessa perspectiva e tendo em vista as fontes levantadas para este estudo é pertinente considerar que no Estado de Sergipe, nas primeiras décadas do século XX, esteve também em pauta a construção de um projeto de intervenção educativa para a criança. A educação escolar, principalmente, e somente muito depois a pré-escolar no formato jardim de infância estiveram presentes nos escritos de intelectuais da época, a exemplo dos de Helvécio de Andrade. Constituíram também temas de acalorados debates entre eles 13, veiculados pela imprensa local e foram objetos de práticas institucionais, provavelmente, portadoras de olhares específicos sobre a criança. Contudo, não obstante ter sido a educação escolar, no referido Estado, objeto privilegiado desse projeto de transmissão cultural, à época e aqui se incluem também os jardins de infância, em razão das conexões intrínsecas entre essa modalidade de educação e a escola primária, mesmo que conceitualmente diferentes o estudo das fontes privilegiadas neste trabalho visualiza a creche como um elemento que também constitui esse projeto, ainda que de forma secundária. 12 Isto é o que revelou a pesquisa referida na nota de número Ítala Silva de Oliveira, entre outros, debateu com Helvécio de Andrade, através da imprensa local, sobre o tema da educação.

10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS KRAMER, Sônia. A Política do pré-escolar no Brasil: a arte do disfarce. Rio de Janeiro: Dois Pontos, KUHLMANN JR. Moysés. Infância e educação infantil: uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, NÓVOA, Antônio. Para o estudo sócio-histórico da gênese e desenvolvimento da profissão docente. Teoria & Educação, Porto Alegre, n. 4, REVISTA RENOVAÇÃO, 17. Aracaju /Se: 15 de setembro de VARELA, Julia e ALVAREZ-URIA, Fernando. A maquinaria escolar. Teoria & Educação, Porto Alegre, n. 6, 1992.

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