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1 DISTRIBUIÇÃO AUTOMÁTICA DE CÓPIAS TOTAL Este documento elimina e substitui o documento COPDEN-306 Impressora utilizada HPLASERJET2100 DISTR. QTDE/TIPO ORGÃO CLASSIFICAÇÃO a 08/07/03 PJCN PJCN PJCN PJCN Compatibilidade com GEDOC REV. DATA PREP. VERIF. VISTO APROV. DESCRIÇÃO Companhia Energética de Minas Gerais LINHAS DE TRANSMISSÃO PROJ. VISTO Nº PJCN PJCN DES. APROV. Instrução para Aterramento de Estruturas de PJCN PJCN Linhas de Transmissão de 69 a 500 kv ER/LT-3368a CONT. DATA 08/07/03 FOLHA 27 A R Q
2 HISTÓRICO DAS REVISÕES I. Este documento foi elaborado no âmbito do Grupo de Trabalho do MTDPC "Aterramento de LTs", em 25/02/91, do qual participaram os seguintes especialistas, conforme documento TN-027: José Antônio Martins Sérgio Roberto de Oliveira Leonardo Barbosa de Morais Jonas Antunes da Costa Jean Jacques Bouissou Luiz Carlos Leal Cherchiglia Rubens Leopoldo Markiewicz OT/PL1 OT/PL1 OT/PS1 SR/AO1 DT/ED4 TN/TE TN/TE II. Recebeu aprovação para inclusão no Manual Técnico da DPC, solicitada através do memorando ST/TE1-026/93 (29/12/93) III. Foi elaborado com base nos seguintes trabalhos : TN/TN Instrução para Medição da Resistência de Aterramento e Instalação de Contrapeso em Suportes de Linhas de Transmissão (eliminado) OT/PL Instrução para Aterramento em Suportes de Linhas de Transmissão (eliminado). IV. Em 1998 foi feita uma revisão geral no documento, baseado no estudo feito pela UFMG - Contrato CT043540/95 CEMIG-FCO/UFMG - LATER - Laboratório de Aterramento Elétricos da UFMG. V. Em Julho/2003 o documento foi revisado baseado em novos estudos e por trabalhos publicado pelo Engenheiro Paulo José Clebicar Nogueira ER/LT. Identificação anterior do documento: COPDEN ER/LT 3368 Folha 1 de 27
3 ESCOPO 1. OBJETIVO 2. DEFINIÇÃO DO SISTEMA DE ATERRAMENTO 3. MATERIAL UTILIZADO 4. INSTALAÇÃO DO FIO CONTRAPESO 5. MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO DAS TORRES 6. MEDIÇÃO DE RESISTIVIDADE DO SOLO 7. REFERÊNCIAS ANEXO A - DISPOSIÇÃO DOS CONTRAPESOS EM ESTRUTURAS METÁLICAS AUTOPORTANTES, METÁLICAS ESTAIADAS E MADEIRA ANEXO B - FORMULÁRIO DE ANOTAÇÕES DAS MEDIÇÕES ER/LT 3368 Folha 2 de 27
4 1. OBJETIVO Este documento tem por objetivo fixar critérios para definição, instalação e medição de sistemas de aterramento para torres de linhas de transmissão, os quais devem operar sobre condições atmosféricas adversas, mantendo o desempenho elétrico da linha de transmissão em níveis satisfatórios para o consumidor. Dependendo da situação da linha de transmissão, tipo e localização das estruturas, sistemas específicos de aterramentos deverão ser projetados, dentro de critérios de projetos vigentes na empresa e no setor elétrico. Este documento apresenta também arranjos típicos de aterramentos para diversas situações que possam alterar sua configuração e padrões de materiais a serem utilizados nos arranjos de aterramento ER/LT 3368 Folha 3 de 27
5 2. DEFINIÇÃO DO SISTEMA DE ATERRAMENTO A definição do aterramento das estruturas da LT depende do tipo de aterramento a ser adotado para a mesma e baseia-se em medições de resistividade realizadas no local das estruturas: Aterramento Convencional: Lançamento de quatro pernas radiais de fios contrapesos a partir do pé da torre. Este aterramento tem função de escoar as correntes de descargas e de curto-circuito. Este tipo de aterramento aplica-se em áreas rurais, em locais não acessíveis a terceiros. Aterramento Especial: Geralmente é em forma de anéis equalizadores e hastes de aterramento e tem como principal finalidade mitigar os potenciais perigosos de passo e de toque ao redor das estruturas. Este aterramento é específico para áreas de invasão, loteamentos e/ou circulação constante de pessoas. O contrapeso radial (comumente chamado de perna ) lançado a partir do pé da torre será denominado de L1 e o conjunto completo do sistema de aterramento da estrutura é composto de 4 x L1. A definição do comprimento L1 para aterramento convencional ou a quantidade de anéis para o aterramento especial deverá ser, sempre que possível, baseada em medições de resistividade do solo feita no local da estrutura. A necessidade do aterramento especial em estruturas é definida conforme documento ER/LT-1732 (Critérios para determinação de estruturas com aterramento especial em anéis), visando proteção de terceiros contra potenciais perigosos de toque e de passo. É lançado em etapa única para cada estrutura. As definições de comprimento de contrapeso feitas por empresas contratadas (Empreiteiras), deverão fornecer, devidamente documentado, os valores da resistência de aterramento calculada para a quantidade de contrapeso lançado. Esta informação subsidiará a análise de desempenho da LT frente a descargas atmosféricas ER/LT 3368 Folha 4 de 27
6 A Tabela 1 sugere os comprimentos de L1 para diversos valores de resistividade do solo e deverá ser adotada para a definição de L1 do arranjo de aterramento convencional. O comprimento de L1 definido pela Tabela 1 deverá ser lançado em etapa única e preferencialmente sem emendas. Caso seja necessário efetuar emendas nos comprimentos L1, a mesma deverá ser preferencialmente em solda exotérmica, atendendo aos ensaios constantes na norma IEEE As emendas à compressão e aparafusadas deverão ser evitadas em conexões enterradas. O arranjo de aterramento especial deverá ser projetado em documento específico para a LT, discriminando cada estrutura a ser adotado o aterramento especial. Tabela 1 - Comprimentos de L1 r - Resistividade do Solo (Wxm) Comprimento L1 (metros) Menor ou igual a Maior que Definir sempre um comprimento maior para L1 quando o valor da resistividade for um valor intermediário a outros dois valores da Tabela 1. Ex. Resistividade = 2500 Ωxm: Escolher o valor de 60 metros para L1. Arranjos otimizados 1 e específicos poderão ser definidos pelo projetista da ER/LT, possuindo configuração diferente do arranjo convencional aqui definido ou conforme Figura A8. Estes arranjos otimizados poderão ser instalados em locais definidos previamente pelo projetista, buscando alternativas para redução da impedância de aterramento. 1 Arranjo otimizado: Composto por anéis equalizadores e/ou pernas adicionais, com eficiência comprovada através de estudos técnicos ER/LT 3368 Folha 5 de 27
7 3. MATERIAL UTILIZADO O fio contrapeso utilizado para aterramento (convencional e especial) das estruturas deverá ser de fio aço-cobre (Copperweld), seção nominal de 21,15 mm 2, diâmetro nominal 5,19 mm (equivalente à bitola 4AWG). Conectores para fixação ao pé da torre e emendas são respectivamente CEMIG- 247 (pé de torre 1 fio) ou CEMIG-141 (pé de torre 2 fios paralelos) e CEMIG-252 (perfil "C") para conexões fio/fio (*). Caso o sistema de aterramento necessite de haste, a mesma deverá ser a haste de aterramento padrão CEMIG-036, aço cobre 3000 mm com conector CEMIG-140 ou CEMIG-139. Em arranjos provisórios deverá ser utilizado o fio de aço-galvanizado, baixo teor de carbono, seção nominal de 28,75 mm 2, diâmetro nominal de 6,05 mm (equivalente à bitola de 4 BWG). Conectores para fixação ao pé da torre e emendas são respectivamente CEMIG-247 e CEMIG-248 Item 1 (perfil "H") (*). Alternativamente poderá ser utilizada sucata de cabo pára-raios para arranjos provisórios 2. (*) Conexões preferencialmente não enterradas. 2 Utilizando sucata de cabo pára-raios, deverão ser adotados outros conectores ER/LT 3368 Folha 6 de 27
8 4. INSTALAÇÃO DO FIO CONTRAPESO O arranjo de aterramento convencional é apresentado nas figuras A1, A2, A3, sendo o comprimento do contrapeso (L1) a ser instalado definido conforme Tabela 1. A instalação do contrapeso convencional (radial) deverá ser feita em etapa única. A Tabela 1 indica o comprimento de contrapeso L1 que deverá ser lançado radialmente a partir do pé da torre. Caso as condições físicas do local impeçam o lançamento do contrapeso, o projetista da LT ou o fiscal da construção poderá definir outro procedimento para o aterramento da torre (é aconselhável um comunicado sobre a alteração do aterramento ao setor de projeto responsável pela definição do aterramento). Alterações a serem feitas no local que diminuam o comprimento L1 deverão ser imediatamente comunicadas ao setor responsável para análise das conseqüências que a alteração poderá provocar no aterramento da torre. Uma redução do contrapeso poderá afetar a impedância de aterramento da torre e comprometer o desempenho da LT (dependendo da localização da torre). Alternativas de lançamento do fio contrapeso deverão ser buscadas no sentido de manter o comprimento original de L1, ou seja, o impedimento do lançamento de 40 metros para uma perna L1 poderá ser substituído, para a mesma perna, pela opção de 2 x 20 metros, a partir do mesmo pé de torre. Esta opção somente poderá ser adotada no caso de impedimento no lançamento total de uma ou mais pernas de contrapeso. A configuração de instalação do fio contrapeso mais comum a ser utilizada é radial, em valetas com profundidade mínima de 50 (cinqüenta) centímetros, com largura suficiente para permitir a boa execução do serviço (aproximadamente 20 cm). Na medida do possível, a profundidade da valeta deve ser constante em toda a sua extensão. Quando houver possibilidade do contrapeso ser atingido por implementos agrícolas, ou ficar exposto devido a erosão, a profundidade da valeta deve ser aumentada para um mínimo de 70 (setenta) centímetros, de modo a assegurar a integridade do contrapeso. As valetas devem ser fechadas com terra e devidamente compactadas após a instalação do fio contrapeso ER/LT 3368 Folha 7 de 27
9 Em certos casos, definidos através de estudos específicos da área de projeto, o contrapeso poderá ser lançado verticalmente em furos profundos (aproximadamente 10 metros ou mais) e conectados ao pé da torre. O preenchimento do furo poderá ser feito com terra local, argamassa ou então com os materiais específicos denominados redutores (ERICOGEM, Bentonita, LORESCO, etc.). Atenção: O furo vertical não substitui o fio contrapeso definido pela Tabela 1, salvo estudo técnico específico. O mesmo poderá ser lançado juntamente com o fio contrapeso horizontal. A abertura das valetas e a instalação do contrapeso podem ser feitas manualmente ou por meio de equipamento mecânico adequado, mantendo sempre as dimensões citadas anteriormente (profundidade mínima de 50 cm e largura aproximada de 20 cm). Nos casos de estruturas de madeira/concreto sem cabos pára-raios, devem ser instalados 4 ramos de fio contrapeso de 20 metros, sendo esta configuração adotada como arranjo de aterramento final da estrutura. O contrapeso deve ser conectado ao fio de descida da torre, sendo que este deve ter sua extremidade posicionada a uma altura superior à do topo do poste (aproximadamente 20 cm). A critério do projetista, as ferragens podem ser interligadas e conectadas aos fios de descida. Uma prática recomendada para torres sem cabos pára-raios é que o fio de descida não seja conectado às ferragens das cadeias de isoladores. Nos casos de estruturas de madeira/concreto com cabos pára-raios, a definição do aterramento é similar à estrutura metálica, sendo que o fio de descida deverá ser conectado ao cabo pára-raios. As ferragens das cadeias poderão ou não ser conectadas ao fio de descida da estrutura. (Uma prática recomendada é que o fio de descida não seja conectado às ferragens das cadeias de isoladores) Os contrapesos de linhas paralelas não devem ser interligados nem sobrepostos, salvo instrução específica do setor responsável pelo projeto ER/LT 3368 Folha 8 de 27
10 Em faixa de servidão parcialmente desmatada e quando não for possível o lançamento do contrapeso até o limite da faixa, a sua instalação pode se restringir ao trecho limpo da faixa, devendo para isso, ser feito um desenho do arranjo e entregue ao projetista da LT como "Conforme construído". Medidas alternativas para manter o comprimento original L1 deverão ser adotadas. Deve ser evitada a passagem do contrapeso por terrenos rochosos. Dentro dos limites da faixa de servidão, o contrapeso deve, se possível, contornar obstáculos (figura A4). Não havendo possibilidade de desvio, o contrapeso deve ser colocado em valetas rasas com profundidade da ordem de 5 a 10 cm, que devem ser fechadas com argamassa de cimento (ver figura A5). Na impossibilidade de lançamento em valas rasas, o contrapeso poderá ser lançado superficialmente à rocha e deverá ser coberto por argamassa (fixação mecânica). A argamassa deverá ser feita de modo a ser preservada no caso de chuva. Alternativamente, a fiscalização pode solicitar que o projetista da LT defina outro sistema de aterramento a ser utilizado. As valetas não devem cruzar estradas federais, estaduais ou intermunicipais (pavimentadas ou não), nem caminhos naturais de águas pluviais (ver figura A6). Quando houver suportes instalados nas proximidades de estradas ou de caminhos de águas pluviais, o contrapeso deve ser lançado de modo a não ser afetado por serviços de terraplanagem, nem deixado descoberto pela erosão. Nos casos em que as valetas possam dar origem a processos de erosão, a vegetação rasteira local deve ser recomposta. Quando o suporte estiver em terreno inclinado, o contrapeso pode, a critério da fiscalização, ser instalado de acordo com a figura B7. A disposição indicada tem objetivo evitar que as águas pluviais sejam canalizadas para as fundações da torre ER/LT 3368 Folha 9 de 27
11 Nas estruturas metálicas que necessitem de procedimentos de pintura dos pés (ou das grelhas) a fim de minimizar os efeitos corrosivos na interface ar/solo 3, preservar o contato elétrico entre contrapeso-conector-pé da estrutura. É de responsabilidade do fiscal da construção a verificação da integridade das conexões, evitando problemas futuros de descontinuidade do aterramento e resistências de contato elevadas (má conexão). Em linhas de transmissão com vãos inferiores a 180 metros e possibilidade de sobreposição de contrapesos, lançar contrapeso contínuo somente nas estruturas com possibilidade de superposição dos contrapesos. Esta recomendação também contempla linhas de madeira/concreto com cabos pára-raios Os projetos de aterramentos especiais (ou em forma de anéis) são previstos para o aterramento de estruturas em áreas urbanas, onde o contrapeso convencional (radial) interfere com outras instalações subterrâneas existentes (redes de água, esgoto, linhas elétricas, etc.). Esse aterramento tem a finalidade de proteção de terceiros contra potenciais perigosos de passo e de toque ao redor da estrutura e transferência de potencial. A definição do aterramento especial é específica para cada estrutura e exige medição de resistividade do solo conforme documento COPDEN-237. O aterramento especial é definido pelo projetista da ER/LT NEM em documento específico para cada torre da LT. 3 Conforme especificação/instrução de projeto/construção ou de projeto específico para a LT ER/LT 3368 Folha 10 de 27
12 5. MEDIÇÃO DE RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO A resistência de aterramento de uma estrutura é composta pelas resistências em paralelo de todo o conjunto, ou seja, das grelhas ou fundações mais o fio contrapeso. Para efetuar esta medição, será necessário material, técnica e cuidados adequados. O valor adequado para a resistência de aterramento de uma torre de LT é a menor possível, porém o solo de Minas Gerais não fornece condições para um bom aterramento (em média, possui elevada resistividade do solo). Valores na faixa de 25 a 50 Ω são comuns de serem encontrados. A partir da definição do contrapeso, baseado na resistividade do solo (feito pela ER/LT), um comprimento efetivo já é definido. Caso os valores de resistência previamente calculados pela ER/LT não satisfaçam o desempenho frente a descargas atmosféricas para a LT, alternativas serão sugeridas, tais como, arranjo de aterramento diferenciado ou instalação de material redutor (tipo bentonita). Durante as medições, valores medidos poderão ser comparados com os valores calculados (fornecidos junto como documento). O comprimento L1 definido no documento de definição de aterramento não deverá ser aumentado após a medição, sendo o comprimento L1 lançado em etapa única e definitiva (salvo orientação da ER/LT). Para torres que não possuem fundações (madeira ou concreto), a resistência de aterramento é composta somente pelo fio contrapeso. A medição de resistência de aterramento deve ser feita, sempre que possível, em todas as estruturas da linha de transmissão. Caso alguma circunstância impossibilitar o atendimento dessa exigência, cabe ao projetista da LT definir as estruturas onde a medição será feita. A medição da resistência de aterramento deve ser feita após a montagem da estrutura (fundações) com o os contrapesos lançados e conectados à mesma. Preferencialmente executar a medição antes do lançamento do cabo pára-raios. No caso dos cabos páraraios já estiverem lançados, estes devem ser isolados da estrutura (caso metálicas) ou desconectados do contrapeso (caso estrutura de madeira ou de concreto). Caso a ER/LT 3368 Folha 11 de 27
13 estrutura esteja apenas com as fundações, estas deverão ser conectadas eletricamente para efetuar a conexão do fio contrapeso. A medição de resistência de aterramento deverá ser feita após a compactação da vala e acomodação da terra. Recomenda-se pelo menos dois dias após a compactação para efetuar a medição de resistência de aterramento. Deverão ser executadas três medições, conforme indicado na Figura 1 e o valor da Resistência de Aterramento de Pé de Torre deverá ser a média dos três valores, respeitando os limites do gráfico a seguir: Um dado valor médio será satisfatório se as 3 leituras correspondentes a essa média estiverem entre as retas 1 e 2. Se uma das 3 leituras estiver acima da reta 1 ou abaixo da reta 2, a medição deverá ser refeita, posicionando a haste remota em uma posição mais distante e alterando as hastes de potenciais. Grande discrepância entre as três medições indica que o patamar do potencial não foi atingido e que a área de influência do aterramento e da haste remota estão sobrepostas ER/LT 3368 Folha 12 de 27
14 Nas linhas com estruturas de madeira sem cabos pára-raios as medições de resistência de aterramento podem sem dispensadas. Nas LTs em operação (energizadas), as medições de resistência podem se limitar ao contrapeso que, para isso, deve ser desconectado da estrutura e ter seus ramos interligados. Para executar a medição de resistência de aterramento, deverão ser usados: Megger Earth Test, do tipo Null Balance ou Universal, ou qualquer outro equipamento destinado a tal finalidade; Mínimo de 5 hastes (hastes de prospecção) de cobre ou aço-cobre, com aproximadamente de comprimento e 16 ou 19 milímetros de diâmetro (5/8 ou 3/4 ) cada uma, providas de um dispositivo que permita conexão fácil e segura dos condutores; Mínimo de 2 carretéis com comprimentos mínimos de 100 e 80 metros de condutor de cobre com bitola mínima de 2.5 mm 2 (equivalente à bitola de 12 AWG) flexível, com isolamento da classe de 750 Volts; Caixa de ferramentas contendo : alicate de pressão, conjunto de ferramentas, alicate, canivete, chaves de fenda, fita isolante, fita crepe, trena, etc. Deverá conter também marreta, foice, enxada e todo material necessário para execução de serviços de campo; Caixa de primeiros socorros. Impresso para anotação de resultados (ver anexo B) No caso de hastes de aço, estas não devem apresentar nenhum sinal de corrosão. O aparelho deve ter um atestado recente de calibração, feita no máximo 90 dias antes do início das medições. No caso de empreiteiras, os aparelhos sem atestado de calibração poderão ser recusados. De forma a agilizar os trabalhos, os cabos devem ser colocados em suportes resistentes, que facilitem o trabalho de enrolá-los e desenrolá-los sem lhes causar danos ER/LT 3368 Folha 13 de 27
15 Para execução das medições, as hastes devem estar em alinhamento perpendicular ao eixo longitudinal da LT e devem ser cravadas firmemente no solo (ainda que para isso seja necessário compactar o solo à sua volta), numa profundidade mínima de 50 cm,. A CEMIG entende que, para execução da medição de resistência de aterramento, o executante tenha conhecimento prévio do manuseio dos equipamentos, medidas de segurança, bem como capacitação técnica necessária para execução correta dos serviços. Caso necessário, fiscal da construção poderá solicitar comprovante de treinamento ou então solicitar a ER/LT uma reciclagem prévia do executante. Esta medida tem como objetivo evitar manuseio e/ou leituras erradas, prejudicando a veracidade dos resultados. Havendo dúvidas nas medições, o executante se compromete a conferir os resultados, indicado pelo responsável da ER/LT. As medições devem ser realizadas, de preferência com o solo tão seco quanto possível. No caso de medições feitas em período chuvoso, devem-se aguardar, no mínimo, três dias consecutivos sem chuva. O último dia de chuva deve ser indicado no formulário. Os cabos não devem se estendidos paralelamente a linhas energizadas (de transmissão ou de distribuição), para se evitar ocorrências de induções eletromagnéticas. No caso de linha (ou trecho) ser construída paralelamente a outra linha (ou linhas) em operação, recomenda-se que os cabos de medição não sejam estendidos na região entre as duas instalações. É indispensável a utilização de calçados e luvas isolante durante as medições. Deve-se também evitar realizar medições sob condições atmosféricas adversas ER/LT 3368 Folha 14 de 27
16 Os resultados das medições de resistência de aterramento devem ser anotados em impressos apropriados (ver anexo B) e fornecidos preferencialmente em meio magnético ao setor de estudos da ER/LT. No caso de serviços executados por empreiteiras, a medição deverá ser entregue em meio digital no formato adequado para arquivamento (GEDOC). As informações do valor da resistência de aterramento e o tipo de solo deverão constar neste impresso. Para cada estrutura deverá ser medida somente a resistência de aterramento, não sendo necessária a medição das grelhas ou dos contrapesos separados. Esquema de Ligação do Megger à torre para medição de resistência de aterramento Eixo da LT Torre a ser medida a resistência MEGGER P1 P2 P2 C 60 m 5 m 5 m 100 m Figura 1 Esquema de medição de resistência de aterramento ER/LT 3368 Folha 15 de 27
17 6. MEDIÇÃO DE RESISTIVIDADE DO SOLO A medição de resistividade do solo é o item mais importante para a definição do aterramento da estrutura (seja aterramento convencional ou especial em anéis). Para o dimensionamento adequado do sistema de aterramento das torres de uma linha de transmissão, a medição de resistividade do solo deverá ser feita, preferencialmente, com as seguintes características: Utilizar a instrução COPDEN 237 para execução das medições; No decorrer do projeto eletromecânico ou junto com a sondagem das estruturas; Preferencialmente nos meses de abril a setembro, evitando assim o período de chuvas; Após as medições, os resultados deverão ser enviados, em formato adequado e em meio digital (Anexo B), para a ER/LT para proceder a estratificação do solo de forma adequada, promovendo o melhor modelo de solo que represente a realidade do campo, definindo assim o melhor arranjo de aterramento para a LT ER/LT 3368 Folha 16 de 27
18 7. REFERÊNCIAS OT/PL Aterramento para postes metálicos - Plantas - Cortes COPDEN Interpretação de resultados de medições de resistividade do solo TN/TN Instrução para medição da resistência de aterramento e instalação do contrapeso em suportes de linhas de transmissão. (Doc. Eliminado) OT/PL Instrução para aterramento em suportes de linhas de transmissão (Doc. Eliminado) COPDEN Instrução para medição de resistividade do solo em linhas de transmissão. 6. Aterramento de Linhas de Transmissão - Relatório III - Contrato CT043540/95 - CEMIG - FCO/UFMG - LATER - Laboratório de Aterramentos Elétricos da UFMG 7. Sistemas de Aterramento - Medições, dimensionamentos, segurança. COPPERICO do Brasil Bimetálicos LTDA ER/LT 3368 Folha 17 de 27
19 Anexos ER/LT 3368 Folha 18 de 27
20 ANEXO A FIGURA A1 - ARRANJO DE ATERRAMENTO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS AUTOPORTANTES Limite da Faixa L1 L1 45º Eixo da LT Eixo da LT L1 L1 Limite da Faixa LEGENDA : - PÉ DA ESTRUTURA - FIO CONTRAPESO Observações : Profundidade do arranjo: 0,50 m ER/LT 3368 Folha 19 de 27
21 FIGURA A2 - ARRANJO DE ATERRAMENTO PARA ESTRUTURAS METÁLICAS ESTAIADAS Limite da Faixa Limite da Faixa L1 L1 45º Eixo da LT Eixo da LT L1 L1 Limite da Faixa LEGENDA : - FUNDAÇÃO DA TORRE ESTAIADA - FUNDAÇÃO DO ESTAI - FI O CONTRAPESO - FI O CONTRAPESO Interligação entre estais e mastro central (**) Observações : Profundidade do arranjo: 0,50 m (**) Esta interligação deverá ser feita somente com orientação do projetista do aterramento e geralmente é efetuada para solos de alta resistividade e paras as torres estaiadas mais altas ER/LT 3368 Folha 20 de 27
22 FIGURA A3 - ARRANJO DE ATERRAMENTO PARA ESTRUTURAS DE MADEIRA/CONCRETO (1 OU 2 POSTES) Limite da Faixa Limite da Faixa L1 L1 45º Eixo da LT Eixo da LT L1 L1 Limite da Faixa LEGENDA : - POSTE DE MADEIRA/CONCRETO - FIO CONTRAPESO Observações : Profundidade do arranjo: 0,50 m; O arranjo deverá ser conectado ao fio de descida da torre ER/LT 3368 Folha 21 de 27
23 DETALHE A - CONEXÃO ANEL/PÉ DA TORRE Pé da torre Conector aterramento CEMIG-247 Fio contrapeso 4AWG Conectar ao anel equalizador DETALHE B - CONEXÃO FIO/FIIO Fio aço-cobre 4 AWG Conector aterramento CEMIG-252 em conexões não aterradas Conectar ao pé da torre metálica ou ao fio de descida da torres ER/LT 3368 Folha 22 de 27
24 CEMIG It ER/LT 3368 Folha 23 de 27
25 FIGURA A4 - DESVIO DE CONTRAPESO DEVIDO A OBSTÁCULOS Limite da Faixa EIXO DA LT Limite da Faixa Rocha, Formigueiro ou qualquer outro obstáculo. FIGURA A5 - INSTALAÇÃO DE CONTRAPESO EM TERRENO ROCHOSO (exemplo nas fotos ao lado) 0,5 m ####### 0,05m ROCHA ####### Terreno comum Terreno comum FIGURA A6 - CRUZAMENTO COM ESTRADA 10 metros Eixo da LT ESTRADA 10 m OU GROTA ER/LT 3368 Folha 24 de 27
26 FIGURA A7 - INSTALAÇÃO DO CONTRAPESO EM ESTRUTURAS EM TERRENO INCLINADO FAIXA DA LT SENTIDO DAS ÁGUAS PLUVIAIS Eixo LT Faixa da LT SENTIDO DAS AGUAS PLUVIAIS Eixo LT Faixa da LT ER/LT 3368 Folha 25 de 27
27 FIGURA A8 ARRANJO OTIMIZADO (instalação mediante orientação do projetista do aterramento) L3 45º Eixo da LT Anel Equalizador Eixo da LT L2=0,6 x L1 L1 L3 Observações: Este arranjo de aterramento deverá ser instalado somente com orientação do projetista do sistema de aterramento; Preferencialmente instalado em alto de morro e com resistividade do solo na faixa de 1500 a 3000 Ωxm; Caso o lançamento do contrapeso seja mecanizado, o anel equalizador poder ser instalado a dois metros a partir do pé da torre; ER/LT 3368 Folha 26 de 27
28 Resultados das Medições de Resistividade do Solo e Resistência de Aterramento - Anexo B LT Exemplo Trecho Código Resistência Total Haste Corrente à 100m Tipo de Solo N Medida para Instalado Tipo Distância da haste potencial ao suporte do Cálculo da (max.90m de média Suporte Resistividade-Ohm para L1) Medição valores medidos (Ohms) a RFS ,7 Comum X Moledo b Pedra Solta Rocha 1 c 4x90 d Brejo Seco X e Úmido Alagado a RFS ,0 Comum X Moledo b Pedra Solta Rocha 2 c 4x50 d Brejo Seco X e Úmido Alagado a RFS ,0 Comum X Moledo b Pedra Solta Rocha 3 c 4x30 d Brejo Seco X e Úmido Alagado a RFS ,0 Comum X Moledo b Pedra Solta Rocha 4 c 4x70 d Brejo Seco X e Úmido Alagado a RFS ,0 Comum X Moledo b Pedra Solta Rocha 5 c L1 = 20 m arranjo d otimizado Brejo conforme Seco X e solicitação Úmido projeto Alagado 1) Tipos de Medição RFS = Resistência Final de Aterramento do arranjo (arranjo interligado ao suporte e pára-raios desconectado) Obs: Caso não seja possível desconectar o pára-raios, medir resistência somente do arranjo de aterramento desconectado da torre. Informar qual medição foi feita. 2) Resistência Medida (ohms): a (2m); b (4m); c (8m); d (16m); e (32m) - distâncias entre hastes de corrente e potencial Resistência utilizada para cálculo da resistividade. 3) Valores de resistividade deverão ser utilizados para dimensionar L1. Aparelho Instrum Tipo TM 100W Aferição 29/03/99 Medição 28/04/99 Feito Donizete Fiscal Mat / ER/LT de 27
ELETROSUL CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. INTERLIGAÇÃO BRASIL - URUGUAI
0a Revisão do item 5 10/12/2010 KCAR/SMMF 10/12/2010 AQ 0 Emissão inicial 19/11/2010 KCAR/SMMF 19/11/2010 AQ N DISCRIMINAÇÃO DAS REVISÕES DATA CONFERIDO DATA APROVAÇÃO APROVAÇÃO ELETROSUL CENTRAIS ELÉTRICAS
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