USO DE DADOS IKONOS II NA ANÁLISE URBANA: TESTES OPERACIONAIS NA ZONA LESTE DE SÃO PAULO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "USO DE DADOS IKONOS II NA ANÁLISE URBANA: TESTES OPERACIONAIS NA ZONA LESTE DE SÃO PAULO"

Transcrição

1 INPE-9865-TDI/870 USO DE DADOS IKONOS II NA ANÁLISE URBANA: TESTES OPERACIONAIS NA ZONA LESTE DE SÃO PAULO Danilo Heitor Caíres Tinoco Bisneto Melo Dissertação de Mestrado em Sensoriamento Remoto, orientada pelo Dr. Hermann Johann Heinrich Kux, aprovada em 30 de setembro de INPE São José dos Campos 2003

2 (815.6) MELO, D. H. C. T. B. Uso de dados Ikonos II na análise urbana: testes operacionais na zona leste de São Paulo / D. H. C. T. B. Melo. São José dos Campos: INPE, p. (INPE-9865-TDI/870). 1.Sensoriamento remoto. 2.Sistemas de Informação Geográfica (SIG). 3.Processamento de imagem. 4.Geomorfologia. 5.Uso do solo. I.Título.

3

4

5 Devemos estudar as coisas como elas são e devemos observar o que se pode e é necessário fazer, não aquilo que seria certo fazer. Os homens têm menos escrúpulo de ofender quem se faz amar do que quem se faz temer. (Nicolau Maquiavel, ).

6

7 AGRADECIMENTOS Ao longo desta pesquisa tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas interessantes, que me ajudaram e compartilharam de seu saber e, em alguns casos, também da amizade, em especial aos Colegas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/Observação da Terra, e aos parentes. A essas pessoas ofereço minha gratidão, pois este trabalho é também fruto das nossas trocas e por isso, também é obra de todos nós. Contudo não posso deixar de mencionar a dedicação do Dr. Hermann Johann Heinrich Kux, que me orientou e me acompanhou em todo o desenrolar deste trabalho. Agradeço ao CNPq, pelo apoio financeiro, durante 2 anos, e que foram fundamentais para a realização deste trabalho. Aos funcionários Sra. Sâmia Cristina Dias (Empresa Metropolitana de Planejamento da Grande São Paulo), Sr. Paulo Marufuji (Desenvolvimento Rodoviária S.A.) e a empresa PROTRAN que forneceram as ferramentas necessárias sobre a área de estudo e o traçado do Rodoanel, para a realização deste trabalho. Agradeço ao Sr. Mauricio Braga Meira, Gerente de vendas da Space Imaging no Brasil, que forneceu as imagens do satélite IKONOS II, ao Sr. Charles Martins, da Imagem Sensoriamento Remoto Ltda, que forneceu o aplicativo ERDAS, versão 8.5, ao Sr. Luís Leonardi, da INTERSAT, que forneceu as fotografias aéreas da região de estudo.

8

9 RESUMO Este trabalho apresenta uma metodologia de aplicação de técnicas de Sensoriamento Remoto e ferramentas de Sistemas de Informação Geográficas (SIG), visando analisar a contribuição das imagens do satélite de alta resolução IKONOS II no processo de implementação de uma rodovia, bem como no desenvolvimento urbano. A área de estudo está localizada na zona leste da Região Metropolitana de São Paulo, onde será implantado o Trecho Leste do Rodoanel Metropolitano de São Paulo. Para que as técnicas de Sensoriamento Remoto e as ferramentas do Sistema de Informações Geográficas possam ser amplamente utilizadas, foram apresentados os fundamentos da metodologia do trabalho, mostrando o porque do seu uso. Para a realização deste trabalho, foram usados dados temáticos de Geologia, Geomorfologia e Topografia, mostrando a potencialidade destes dados num SIG. As imagens trabalhadas foram: as bandas multiespectrais 1, 4 e 7 e a pancromática do Landsat 7 ETM+; a banda pancromática do SPOT 4, e as bandas multiespectrais 1, 2 e 3 e a banda pancromática do IKONOS II. Com estas imagens foram feitos diversos experimentos procurando-se integrá-las através da transformação no espaço de cores. Com as informações do relevo, agregadas às imagens do IKONOS, foi realizada uma animação, demonstrando a topografia local em 3D. As informações de uso e cobertura da terra foram obtidas por meio da imagem resultante da transformação no espaço de cores do IKONOS II, tendo sido feita a sua classificação temática usando-se o novo pacote de programas ecognition, que executa a classificação orientada ao objeto utilizando novas concepções. Os resultados mostraram que a integração da imagem pancromática do IKONOS II com as imagens multiespectrais do Landsat 7 ETM+, através da transformação no espaço de cores, não apresentaram bons resultados. Por outro lado, a classificação orientada ao objeto possibilita novas alternativas, como: a distinção das classes avaliando as bandas separadamente, pelo tamanho, forma, textura, número de bordas de uma classe. Com isto, tem-se uma maior interação entre o classificador e a cena a ser classificada.

10

11 USE OF IKONOS II DATA FOR URBAN ANALYSIS: OPERATIONAL TESTS IN EASTERN SÃO PAULO CITY ABSTRACT This work presents an application methodology of Remote Sensing and Geographic Information Systems (GIS) aiming to analyze the contribution of high resolution image data from IKONOS II satellite, for the implementation of a highway as well as for urban development. The area under study is located at the eastern section of São Paulo Metropolitan Region, where the eastern segment of the ring road called Rodoanel Metropolitano de São Paulo will be implanted. In order to use Remote Sensing and GIS techniques properly, the fundamentals of the methodology were presented, explaining why they were used. In this study thematic data of Geology, Geomorphology and Topography were used, showing the potential of these information in a GIS. The following image data were used: Landsat 7 ETM+ bands 1,4, and 7, SPOT 4 panchromatic band, IKONOS II multispectral bands 1,2 and 3 and the panchromatic band. Several experiments were done with these data, integrating them through a transformation of the color space. Using relief information associated to IKONOS II data, an animation was done, demonstrating the local topography in 3D. The information on land use/land cover were obtained through an image from the transformation of the color space from IKONOS II, followed by a thematic classification using the new application software ecognition. This package uses a new concept for image analysis: it uses the object oriented classification. The results of this study showed that the integration of the panchromatic IKONOS II image with the multispectral Landsat 7 ETM+ scene, through the transformation in the color space, did not present good results. Nevertheless, the object oriented classification allows new alternatives, such as: discrimination of classes to evaluate spectral bands separately by size, form, texture and number of borders of a thematic class. With this procedure, there is a higher interaction between the classifier and the scene to be classified.

12

13 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS... LISTA DE TABELAS... CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO Objetivos específicos CAPÍTULO 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Planejamento rodoviário Sensoriamento remoto Análise dos dados de sensoriamento remoto Resolução espacial Resolução espectral Resolução Radiométrica Resolução temporal Uso de imagens de sensoriamento remoto para a área urbana Análise das imagens Pré-processamento Correção radiométrica Correção geométrica Processamento Realce... 47

14 Transformação Classificação Segmentação multi-resolução e classificação baseada no objeto Classificação através de lógica fuzzy Avaliação do parâmetro escalar (scale parameter) na segmentação Avaliação da classificação Integração e análise dos dados no sistema de informação geográfica CAPÍTULO 3 - ÁREA DE ESTUDO Localização da área de estudo Geologia Pedologia Geomorfologia CAPÍTULO 4 MATERIAIS E MÉTODOS Materiais Ikonos II Métodos Pré-processamento Extração de características estatísticas Correção geométrica Processamento digital

15 4.2.3 A classificação digital Virtual gis CAPÍTULO 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES Extração de características estatísticas Correção geométrica Processamento digital Classificação Virtual gis CAPÍTULO 6 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

16

17 LISTA DE FIGURAS 2.1 Implantação rodoviária, etapa de reconhecimento Processo de Aquisição de Imagem de Sensoriamento Remoto Imagens de diferentes sensores e resoluções espaciais para discriminar áreas urbanas: região Leste da cidade de São Paulo Espectro Eletromagnético (A) e Resolução espectral (B) Diferença de resolução radiométrica, área urbana: região nordeste da cidade de São Paulo Visualização de imagem de alta resolução radiométrica, imagem do IKONOS II, região sul do município de Santana do Parnaíba (SP) Resolução espacial, espectral e radiométrica Espaço de cores Algoritmos de segmentação: similaridade e descontinuidade, noroeste de Santo André (SP) Princípio da rede hierárquica de objetos da imagem com diferentes planos de escalas Membros da função regular e trapezoidal sob característica x para definir o conjunto crisp M (vermelho) e o conjunto Fuzzy A (azul) µ A (x) sobre a característica de campo X O membro da função sob característica x define o conjunto fuzzy baixo, médio e alto desta característica Fluxograma com as etapas de aquisição de dados Processo básico de criação, manejo e exploração do MDT

18 3.1 Localização da área de estudo Periferia da região Leste da cidade de São Paulo, fotografia aérea de janeiro de Extração de material de construção (pedreiras) vista por fotografia aérea, localizada na região noroeste do município de Mauá Carta Geológica da área de estudo Mapas de Aspecto, Hipsométrico e de Declividade do relevo Representação do relevo em 3 dimensões, da área em estudo, mostrando a dissecação do relevo Carta Geomorfológica da área de estudo Dados de Entrada Carta topográfica do IBGE (1:50.000) e Carta da DERSA (1:10.000) Área de estudo mostrando a localização dos pontos de controle coletados. Composição colorida da imagem do Landsat 7 3- B, 5 G e 4 R Correção geométrica da imagem Spot 4 com os dados digitais do Dersa Locação de pontos de controle na Imagem do IKONOS II Deslocamento na correção geométrica na imagem do IKONOS II Imagem do Landsat 7, cena A sem correção atmosférica, cena B com correção atmosférica. Local: aeroporto de Guarulhos/SP Realce da imagem do IKONOS II e seu respectivo histograma. Local Refinaria de Santo André/SP Transformação no espaço de Cores

19 5.8 Transformação no espaço de cores das imagens IKONOS II, pancromática com a imagem do Landsat 7, multiespectral Conurbação da Grande São Paulo, setor Leste, vista pela imagem do IKONOS II Área teste da classificação feita com o aplicativo ecognition (versão 2.1) Níveis de segmentação com seus respectivos valores escalares. P.e. = parâmetro escalar Classificação dos objetos com base nos polígonos Características da classe galpão na imagem de Satélite Características dos objetos da classe solo exposto com a proporção da classe na primeira banda (Azul) Descrição das características espaciais das classes na cena Características da classe solo exposto em cada banda Classes Hierárquicas Diagrama A mostra as expressões usadas para distinguir uma classe de outra; Diagrama B mostra as expressões usadas para distinguir e identificar a classe gramínea Sexto nível hierárquico classificado área teste do Virtual GIS, com os pontos de sobrevôo Características dos pontos de enlace da trajetória de vôo Possibilidades de uso do VIRTUAL GIS

20

21 LISTA DE TABELAS 2.1: RELACIONAMENTO ENTRE OS INDICADORES URBANOS E OS DADOS DE SENSORIAMENTO REMOTO : FATORES RADIOMÉTRICOS QUE AFETAM A IMAGEM : SATÉLITE IKONOS II : MATERIAL UTILIZADO : MATRIZ DE SIMILARIDADE DAS BANDAS DO TM DO LANDSAT

22

23 CAPÍTULO 1 1 INTRODUÇÃO A circulação de veículos na Região Metropolitana de São Paulo é muito intensa, especialmente por ser o centro de convergência do sistema de transporte do Estado e o principal pólo industrial, comercial, cultural e cívico do país. Com o crescimento urbano e econômico de São Paulo, o número de veículos que trafega nesta região vem aumentando, principalmente nas proximidades do Centro, e junto com o transporte nacional de bens ocasiona um congestionamento cada vez maior. Segundo estimativas do DERSA (2001) (Desenvolvimento Rodoviário S/A), mais de 100 mil caminhões e carretas trafegam todos os dias pela Metrópole, provocando a obstrução e congestionamento das principais vias, às vezes durante várias horas. Para mudar este quadro, o sistema viário precisa passar por transformações urgentes que se alteram conforme as condições técnicas e as necessidades econômicas. Desde o governo de Prestes Maia (anos 40 do século XX) procurou-se criar rodovias radiais, com o intuito de diminuir o fluxo de carros do centro de São Paulo (Wilheim, 1965). Devido a lentidão na execução destas primeiras obras, foram construídos apenas alguns trechos, que se tornaram obsoletos na medida em que a cidade foi crescendo. Por estes motivos, os governos Federal, Estadual e Municipal optaram pela construção de uma rodovia que desviasse principalmente os veículos com destino ao Porto de Santos e que facilitasse o acesso ao Corredor do Mercosul. Para tanto é necessária uma rodovia, traçada fora da área metropolitana, e que interligue as 10 principais rodoviastronco que convergem à região, a saber: Bandeirantes, Anhanguera, Castelo Branco, Raposo Tavares, Régis Bittencourt, Imigrantes, Anchieta, Presidente Dutra, Ayrton Senna da Silva e Fernão Dias. Segundo o DERSA (2001), O RODOANEL GOVERNADOR MÁRIO COVAS, como será chamado, atenderá a estes prérequisitos, tendo uma distância de 20 a 40 km do centro da cidade de São Paulo. Para a execução desta obra é necessário um pormenorizado planejamento, que requer estudos detalhados sobre o projeto de sua construção, financiamento, implementação, 21

24 transporte, tráfego, conservação, bem como estudos de impacto ambiental. Conforme Oglesby e Hewes (1969), que mencionam as exigências mínimas de projetos rodoviários, estes devem estar relacionados com os elementos ambientais e urbanos, procurando produzir uma via que permita a condução e o acesso fácil de veículos, bem como a capacidade de fluxo e segurança que satisfaçam as condições normais de trânsito. O seu planejamento também deve reconhecer e diagnosticar os impactos da obra sobre zonas urbanas, industriais, comerciais, e sobre o seu desenvolvimento futuro. A implementação de uma rodovia pode ser dividida em quatro etapas: reconhecimento, exploração, projeto e locação. Penido (1998) mostrou que as técnicas de processamento digital de imagens e Sistemas de Informações Geográficas (SIG) podem contribuir significativamente na obtenção de informações para a primeira etapa, na qual foi utilizada uma imagem do satélite Landsat 5 (sensor Thematic Mapper TM, resolução espacial de 30 x 30 m) e a integração de informações geográficas, com o intuito de encontrar a melhor opção de traçado viário. Atualmente isto mudou com a entrada em operação dos novos sistemas sensores como o IKONOS II (resolução espacial de 1 x 1 m), além dos avanços tecnológicos de SIG, possibilitando a aplicação de avançadas técnicas de sensoriamento remoto e SIG. O presente trabalho tem como objetivo geral verificar até que ponto os avanços tecnológicos, tanto no SIG como nas imagens de Sensoriamento Remoto, podem contribuir na implementação de rodovias e no planejamento urbano; avaliar qualitativamente a integração da imagem de um sistema sensor de alta resolução com as imagens mais utilizadas no mercado (SPOT 4 e Landsat 7). Este trabalho foi proposto junto aos órgãos responsáveis pela construção da rodovia, o DERSA, e a empresa PROTRAN Engenharia, responsável pela elaboração do Relatório de Impactos Ambientais desta obra, constituído de uma integração de dados temáticos e numéricos, aerofotogramétricos e de sensoriamento remoto orbital para o estudo do traçado da rodovia, fornecendo assim importantes informações para os seus planejadores e futuros gerenciadores. 22

25 A idéia inicial deste trabalho foi mostrar para estes organizações a contribuição de dados de sistemas sensores de alta resolução e Sistemas de Informação Geográfica para estudos de reconhecimento visando a implementação de rodovias, tendo como estudo de caso o Trecho Leste do Rodoanel. Foi utilizado como base para o estudo, material informativo sobre os aspectos físicos (Geologia, Geomorfologia, Hidrografia e Pedologia), realizado pela Vetec Engenharia e Vence Engenharia (1992), mapas temáticos da área Emplasa (1990a, 1990b, 1990c, 1990d e 1990e) e o dados digitais foram adquiridos da própria DERSA. Como não foi possível a obtenção de imagens especificamente para um estudo da área de influência direta do Rodoanel, optou-se pela análise de um setor de periferia urbana da Metrópole paulistana, perfazendo setores dos municípios de Guarulhos, Mauá, Ribeirão Pires, Santo André e São Paulo. Por outro lado, trabalhos recentemente publicados na Alemanha (Hoffmann (2001a), Hoffmann (2001b), Meinel, Neubert e Dresden (2001) e Bauer e Steinnocher (2001)),demonstram que os dados do satélite IKONOS II são de grande interesse para a análise de ambientes urbanos, devido a sua alta resolução espacial e a sua precisão geométrica. 1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Os objetivos específicos deste trabalho são: 1) Analisar e averiguar o nível de contribuição das imagens dos satélites Landsat 7, SPOT 4 e IKONOS II, para o planejamento urbano e execução das obras de engenharia rodoviária; 2) Avaliar as técnicas de análise espacial aplicadas a uma extensa e complexa área urbana e de periferia urbana; 3) Analisar a qualidade da classificação temática da imagem do IKONOS II, usando novas abordagens para a classificação temática. 23

26 O segundo capítulo, com o título Fundamentação Teórica, fornece sucintamente os conceitos gerais de Sensoriamento Remoto que são a base para o entendimento dos demais capítulos. O capítulo Três apresenta uma visão de conjunto da área de estudo com a descrição dos os aspectos da geologia, geomorfologia e pedologia local de fundamental importância para a realização do trabalho. No quarto capítulo é apresentado o sistema sensor usado, o IKONOS II, o primeiro satélite de alta resolução espacial. Para o tratamento e a análise das imagens e dos dados temáticos foram empregados programas de Sistemas de Informações Geográficas. No capítulo cinco foi discutido exaustivamente os resultados obtidos através da utilização dos dados destes novos sistemas sensores. Tendo em vista a sua elevada resolução espacial (IKONOS II, resolução espacial de 1m!), os mapas que serão futuramente gerados com estes dados interessarão certamente às prefeituras e órgãos de planejamento. Por isso, foi feita a avaliação da exatidão da classificação, conforme Congalton e Green (1999). Finalizando, apresentamos as recomendações sobre análises e trabalhos que poderão dar continuidade a esta linha de pesquisa, para que as experiências obtidas com a avaliação dos dados de alta resolução possam ser efetivamente aplicadas. 24

27 CAPÍTULO 2 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo apresenta a fundamentação teórica, iniciando-se com o planejamento viário, onde se definem as avenidas, ruas, caminhos para pedestres e rodovias, que são necessários para tornar acessível as diferentes partes do espaço urbano. Os sistemas viários assumem traçados e desenhos muito diferentes, conforme a topografia do local. Em seguida são apresentados os fundamentos das técnicas de Sensoriamento Remoto, desde a aquisição das imagens orbitais, o seu uso em planejamento urbano, o processamento digital de imagens, finalizando com o geoprocessamento e o SIG. 2.1 PLANEJAMENTO RODOVIÁRIO A fase do planejamento rodoviário é constituída por 4 etapas: reconhecimento, exploração, projeto e locação (Carvalho, 1966). A primeira etapa refere-se ao reconhecimento geral do terreno, onde são estabelecidas as diretrizes gerais, ou seja, a ligação com outras rodovias (chamados de pontos extremos), a velocidade máxima permitida por veículo a trafegar na rodovia, a seção transversal e a declividade máxima aceitável (Oglesby e Hewes, 1969), obedecendo às normas técnicas para o projeto das estradas de rodagem, do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER. A partir daí são investigadas as possíveis rotas e os primeiros controles geográficos, tais como: rios, relevo e zonas urbanas. Portanto, nesta etapa são utilizados os mapas da região em escala de até 1: Ao final desta etapa é selecionada a melhor rota, considerando-se uma faixa para estudos mais detalhados com aproximadamente 200 m de largura. A Figura 2.1 ilustra a etapa de reconhecimento. A ilustração um mostra em linhas gerais o local desejado para se traçar a rodovia, utilizado uma carta topográfica ou um mapa rodoviário, marcando as rodovias que serão interligadas. A ilustração dois apresenta alternativas para o traçado da rodovia, que são estabelecidas de acordo com os controles geográficos (área urbanizada, rios, relevos). Tais controles podem ser identificados por meio de imagens de satélites, além de auxiliar na seleção da melhor rota. 25

28 Fig. 2.1 Implantação rodoviária, etapa de reconhecimento. Concluído o reconhecimento, procede-se as trabalhos de exploração que consistem no levantamento topográfico detalhado, objetivando determinar o alinhamento principal da rodovia, que serve de base para todo o levantamento (Campos, 1979). O trabalho de campo inclui a demarcação e o assentamento de estacas ao longo da linha central da via, oferecendo a oportunidade para correções menores (declive, cortes e aterros, alinhamento). Para Carvalho (1966), a partir disto tem-se um detalhamento rigoroso do terreno, necessitando distribuir o serviço em trechos, cujas divisões variam de acordo com os pontos obrigatórios de passagem ou da condição especial de determinadas seções, como por exemplo, pontes, viadutos, aterros, cortes. Finalmente, a locação é considerada como o transplante do projeto da planta para o campo, ou seja, a construção da rodovia. Vincent, Metcalfe e Tong (1996) enfatizaram que os dados de sensoriamento remoto aplicados na implementação viária são usados apenas como ferramenta de reconhecimento da área, ajudando a definir as diretrizes gerais. Isto se deve ao nível de detalhamento do terreno que as demais fases exigem, e que os dados de sensoriamento remoto disponíveis até então, não dispunham de resolução espacial adequada para as tarefas exigidas. Dois anos depois, Penido (1998) demonstrou que as técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento podem ser utilizadas na etapa de reconhecimento do projeto 26

29 rodoviário até a seleção da melhor rota e da faixa de faixa a ser estudada para a construção da rodovia. Este autor utilizou imagens do satélite Landsat 5, (Thematic Mapper - TM), identificando áreas restritas à construção rodoviária e auxiliando a identificação de uma rota mais viável. A resolução espacial da imagem de 30 x 30 m. foi o fator limitante para o seu uso nas demais etapas. O presente trabalho procura verificar se imagens de alta resolução e as novas ferramentas de geoprocessamento podem ser usadas nas etapas posteriores ao de reconhecimento, que é a exploração. Nesta etapa inclui um estudo detalhado do terreno onde será implantada a rodovia. Para tanto é essencial uma adequada caracterização ambiental, principalmente no que se refere à Capacidade de Suporte do Terreno para a implantação viária. 2.2 SENSORIAMENTO REMOTO Sabins (1978) define Sensoriamento Remoto como técnicas e métodos empregados na observação de objetos através de análises de dados adquiridos por instrumentos colocados numa posição estacionária ou móvel numa distância remota. Este autor lembra que este termo deve ficar restrito às técnicas que utilizam a radiação eletromagnética (REM) refletida e/ou emitida, para detectar e medir as características dos objetos (Figura 2.2.). Portanto estão excluídas as técnicas que medem o campo de força provenientes da energia elétrica, magnética e gravitacional, denominadas por Sabins (1978) de levantamento geofísico aerotransportado. De acordo com a Figura 2.2, pode-se afirmar que um sistema de imageamento possui quatro componentes básicas: (A) fonte de energia, (B) meio de transmissão/propagação, (C) objeto, (D) sensor. As demais componentes representam a transformação que a imagem sofre até chegar ao produto final e que são: (E) recepção, (F) análise e interpretação e (G) aplicação. 27

30 Fig. 2.2 Processo de Aquisição de Imagem de Sensoriamento Remoto. FONTE: adaptada de CCRS (2001, on line). A Figura 2.2 indica que a radiação incidente sobre os alvos apresenta três formas de interação com a atmosfera (Chuvieco, 1996): Absorção: a atmosfera comporta-se como um filtro seletivo em distintos comprimentos de onda, deixando apenas a radiação em algumas faixas do espectro eletromagnético (EEM) chegarem até a superfície terrestre; Dispersão: ocorre a redução da radiação direta sobre a superfície terrestre e o aumento da radiação difusa causada pela sua interação com os gases e partículas em suspensão na atmosfera; e Emissão: este efeito ocorre principalmente na faixa do infravermelho termal, no qual alvos emitem energia calorífica para a atmosfera. Esta interação ocorre apenas numa faixa do espectro eletromagnético, e por isto alguns autores não a levam em consideração (CCRS, 2001). Da interação entre a energia radiante e a energia emissiva para a atmosfera terrestre conclui-se que o valor registrado na imagem não é um registro da verdadeira radiância 28

31 de campo, sendo que a magnitude do sinal de campo é atenuada devido à absorção da atmosfera e que as suas propriedades de direção são alteradas pelo espalhamento. Outras dificuldades são causadas pela variação da geometria de iluminação, a relação entre a elevação solar e o ângulo de azimute, a declividade do campo e a disposição das características topográficas (Mather, 1999). Além da interação atmosférica, há a interação radiação superfície terrestre que inclui: absorção, transmissão e reflexão. O nível de intensidade de cada uma depende do comprimento de onda da radiação e das características da superfície radiada (CCRS, 2001). Por exemplo, um alvo apresenta uma coloração azulada porque ele reflete intensamente a energia espectral nesta faixa do espectro e pouco nas outras, ou seja, absorve e/ou transmite pouca energia incidente no azul e muito nas outras faixas. De acordo com o CCRS (2001), há dois tipos de reflexão de energia: Especular: quando a energia refletida pela superfície é direcionada para um único caminho. Ocorre em superfícies lisas (ex., solo desnudo e águas calmas); e Difusa: quando a energia é refletida em várias direções. Ocorre em superfícies rugosas. A maioria das coberturas vegetais apresenta um comportamento intermediário entre as situações citadas, devido às suas características e ao comprimento de onda. Nestes casos, o ângulo de elevação solar e o ângulo de observação são importantes na resposta final. Segundo Chuvieco (1996), conforme as condições de observação e/ou iluminação o sensor pode registrar valores distintos de radiância espectral para um mesmo tipo de cobertura, com refletividade similar ANÁLISE DOS DADOS DE SENSORIAMENTO REMOTO Alguns termos e conceitos fundamentais da área de Sensoriamento Remoto (SR) precisam ser definidos para o posterior processamento, interpretação e aplicação dos dados de sensoriamento remoto. Segundo Jensen (1986), o conceito fundamental referese à resolução de um sistema sensor. 29

32 Campbell (1996) define resolução como a capacidade do sistema sensor em discriminar informações de detalhe. Nesta definição, as palavras discriminar e informações de detalhe merecem uma atenção especial. De acordo com Chuvieco (1996), a palavra discriminar está relacionada com a escala de trabalho e com a complexidade da paisagem, enquanto que informação de detalhe refere-se à capacidade do sistema sensor em distinguir variações na energia detectada. Com isto, a qualidade e a natureza da resolução do sistema sensor é afetada em quatro (4) dimensões, a saber: espacial, espectral, radiométrica e temporal RESOLUÇÃO ESPACIAL A resolução espacial refere-se à habilidade do sistema sensor em distinguir e medir os alvos. Esta habilidade baseia-se na projeção geométrica do detector na superfície terrestre, definindo a sua área do campo de visada do instrumento numa certa altitude e num determinado instante. O ângulo definido por esta projeção é denominado de campo de visada instantânea (Instantaneous Field Of View, IFOV). O IFOV define a área do terreno focalizada a uma dada altitude pelo instrumento sensor. Os sensores heliosíncronos têm uma altitude fixa com relação à superfície terrestre, que corresponde ao tamanho da unidade mínima de informação da imagem, denominada de pixel (de picture element, em inglês), ou dot, como é conhecido na engenharia civil (Vincent, Metcalfe e Tong, 1996). A Figura 2.3 ilustra o contraste visual entre diferentes resoluções em áreas urbanas. Na fotografia aérea com resolução espacial (r.e.) de 0,5 m e a imagem do IKONOS II, r.e. de 1 m, ambos considerados de alta resolução, consegue-se verificar a grande quantidade de detalhes e a distinção dos elementos urbanos (casas, ruas, quadras, vegetação, calçadas, loteamentos); a imagem do SPOT 4, r.e. de 10 m é considerada de média resolução, possibilitando identificar elementos urbanos, como a rede viária, aeroportos, indústrias, edifícios. Porém, ao colocar a imagem na mesma escala das imagens de alta resolução, observa-se o tamanho do pixel. Por último, na imagem do Landsat 7, r.e. de 30 m., de baixa resolução, numa escala grande pode-se distinguir alguns elementos urbanos, avenidas e galpões, já na mesma escala de detalhe ocorre o mesmo que com a imagem do SPOT 4. Portanto, quanto maior a resolução espacial, 30

Sensoriamento Remoto. Características das Imagens Orbitais

Sensoriamento Remoto. Características das Imagens Orbitais Sensoriamento Remoto Características das Imagens Orbitais 1 - RESOLUÇÃO: O termo resolução em sensoriamento remoto pode ser atribuído a quatro diferentes parâmetros: resolução espacial resolução espectral

Leia mais

15- Representação Cartográfica - Estudos Temáticos a partir de imagens de Sensoriamento Remoto

15- Representação Cartográfica - Estudos Temáticos a partir de imagens de Sensoriamento Remoto 15- Representação Cartográfica - Estudos Temáticos a partir de imagens de Sensoriamento Remoto O Sensoriamento Remoto é uma técnica que utiliza sensores, na captação e registro da energia refletida e emitida

Leia mais

FOTOINTERPRETAÇÃO. Interpretação e medidas. Dado qualitativo: lago

FOTOINTERPRETAÇÃO. Interpretação e medidas. Dado qualitativo: lago FOTOINTERPRETAÇÃO a) conceito A fotointerpretação é a técnica de examinar as imagens dos objetos na fotografia e deduzir sua significação. A fotointerpretação é bastante importante à elaboração de mapas

Leia mais

Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica

Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica Introdução aos Sistemas de Informação Geográfica Mestrado Profissionalizante 2015 Karla Donato Fook karladf@ifma.edu.br IFMA / DAI Motivação Alguns princípios físicos dão suporte ao Sensoriamento Remoto...

Leia mais

Geomática e SIGDR aula teórica 23 17/05/11. Sistemas de Detecção Remota Resolução de imagens

Geomática e SIGDR aula teórica 23 17/05/11. Sistemas de Detecção Remota Resolução de imagens Geomática e SIGDR aula teórica 23 17/05/11 Sistemas de Detecção Remota Resolução de imagens Manuel Campagnolo ISA Manuel Campagnolo (ISA) Geomática e SIGDR 2010-2011 17/05/11 1 / 16 Tipos de resolução

Leia mais

Aula 1 Professor Waterloo Pereira Filho Docentes orientados: Daniela Barbieri Felipe Correa

Aula 1 Professor Waterloo Pereira Filho Docentes orientados: Daniela Barbieri Felipe Correa Princípios Físicos do Sensoriamento Remoto Aula 1 Professor Waterloo Pereira Filho Docentes orientados: Daniela Barbieri Felipe Correa O que é Sensoriamento Remoto? Utilização conjunta de sensores, equipamentos

Leia mais

044.ASR.SRE.16 - Princípios Físicos do Sensoriamento Remoto

044.ASR.SRE.16 - Princípios Físicos do Sensoriamento Remoto Texto: PRODUTOS DE SENSORIAMENTO REMOTO Autor: BERNARDO F. T. RUDORFF Divisão de Sensoriamento Remoto - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais São José dos Campos-SP - bernardo@ltid.inpe.br Sensoriamento

Leia mais

UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE. Correção geométrica de imagens

UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE. Correção geométrica de imagens Correção geométrica de imagens O georreferenciamento descreve a relação entre os parâmetros de localização dos objetos no espaço da imagem e no sistema de referência, transformando as coordenadas de cada

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA Instituto de Ciências Ambientais e Desenvolvimento Sustentável Prof. Pablo Santos 4 a Aula SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA - SIG Introdução Definições Necessárias

Leia mais

Processamento digital de imagens. introdução

Processamento digital de imagens. introdução Processamento digital de imagens introdução Imagem digital Imagem digital pode ser descrita como uma matriz bidimensional de números inteiros que corresponde a medidas discretas da energia eletromagnética

Leia mais

Processamento de Imagem. Prof. Herondino

Processamento de Imagem. Prof. Herondino Processamento de Imagem Prof. Herondino Sensoriamento Remoto Para o Canada Centre for Remote Sensing - CCRS (2010), o sensoriamento remoto é a ciência (e em certa medida, a arte) de aquisição de informações

Leia mais

SEGMENTAÇÃO DE IMAGENS EM PLACAS AUTOMOTIVAS

SEGMENTAÇÃO DE IMAGENS EM PLACAS AUTOMOTIVAS SEGMENTAÇÃO DE IMAGENS EM PLACAS AUTOMOTIVAS André Zuconelli 1 ; Manassés Ribeiro 2 1. Aluno do Curso Técnico em Informática, turma 2010, Instituto Federal Catarinense, Câmpus Videira, andre_zuconelli@hotmail.com

Leia mais

Sistemas Sensores. Introdução

Sistemas Sensores. Introdução Sistemas Sensores 5ª Aulas Introdução O sol foi citado como sendo uma fonte de energia ou radiação. O sol é uma fonte muito consistente de energia para o sensoriamento remoto (REM). REM interage com os

Leia mais

Processamento de Imagem. Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto andrekusumoto.unip@gmail.com

Processamento de Imagem. Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto andrekusumoto.unip@gmail.com Processamento de Imagem Prof. MSc. André Yoshimi Kusumoto andrekusumoto.unip@gmail.com Visão Computacional Não existe um consenso entre os autores sobre o correto escopo do processamento de imagens, a

Leia mais

SENSORES REMOTOS. Daniel C. Zanotta 28/03/2015

SENSORES REMOTOS. Daniel C. Zanotta 28/03/2015 SENSORES REMOTOS Daniel C. Zanotta 28/03/2015 ESTRUTURA DE UM SATÉLITE Exemplo: Landsat 5 COMPONENTES DE UM SATÉLITE Exemplo: Landsat 5 LANÇAMENTO FOGUETES DE LANÇAMENTO SISTEMA SENSOR TIPOS DE SENSORES

Leia mais

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE Introdução Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software Os modelos de processos de desenvolvimento de software surgiram pela necessidade de dar resposta às

Leia mais

REPRESENTAÇÃO DA IMAGEM DIGITAL

REPRESENTAÇÃO DA IMAGEM DIGITAL REPRESENTAÇÃO DA IMAGEM DIGITAL Representação da imagem Uma imagem é uma função de intensidade luminosa bidimensional f(x,y) que combina uma fonte de iluminação e a reflexão ou absorção de energia a partir

Leia mais

Aula 3 - Registro de Imagem

Aula 3 - Registro de Imagem 1. Registro de Imagens Aula 3 - Registro de Imagem Registro é uma transformação geométrica que relaciona as coordenadas da imagem (linha e coluna) com as coordenadas geográficas (latitude e longitude)

Leia mais

Imagens de Satélite (características):

Imagens de Satélite (características): Imagens de Satélite (características): São captadas por sensores electro ópticos que registam a radiação electromagnética reflectida e emitida pelos objectos que se encontram à superfície da terra através

Leia mais

UFGD FCA PROF. OMAR DANIEL BLOCO 4 PROCESSAMENTO DE IMAGENS

UFGD FCA PROF. OMAR DANIEL BLOCO 4 PROCESSAMENTO DE IMAGENS UFGD FCA PROF. OMAR DANIEL BLOCO 4 PROCESSAMENTO DE IMAGENS Executar as principais técnicas utilizadas em processamento de imagens, como contraste, leitura de pixels, transformação IHS, operações aritméticas

Leia mais

Características das Imagens de SAR

Características das Imagens de SAR Características das Imagens de SAR Natural Resources Ressources naturelles Canada Canada Características das Imagens de SAR - Tópicos - Elementos de interpretação Tonalidade Textura Artefatos em imagens

Leia mais

6. ELABORAÇÃO DE PROJETO DE ORIENTAÇÃO DE DESTINO

6. ELABORAÇÃO DE PROJETO DE ORIENTAÇÃO DE DESTINO 6. ELABORAÇÃO DE PROJETO DE ORIENTAÇÃO DE DESTINO Este capítulo apresenta uma metodologia para a elaboração de projeto de sinalização de orientação de destino cujas placas são tratadas nos itens 5.2, 5.4,

Leia mais

SENSORIAMENTO REMOTO APLICADO AO CADASTRO URBANO

SENSORIAMENTO REMOTO APLICADO AO CADASTRO URBANO SENSORIAMENTO REMOTO APLICADO AO CADASTRO URBANO 04/04/2013 Leonardo Scharth Loureiro Silva Sumário 1 Fundamentos básicos de Sensoriamento Remoto 2 Levantamento aerofotogramétrico para fins de cadastro

Leia mais

USO DA TÉCNICA DE ANALISE POR COMPONENTE PRINCIPAL NA DETECÇÃO DE MUDANÇAS NA COBERTURA DO SOLO

USO DA TÉCNICA DE ANALISE POR COMPONENTE PRINCIPAL NA DETECÇÃO DE MUDANÇAS NA COBERTURA DO SOLO Samuel da Silva Farias, Graduando do curso de geografia da UFPE samuel.farias763@gmail.com Rafhael Fhelipe de Lima Farias, Mestrando do PPGEO/UFPE, rafhaelfarias@hotmail.com USO DA TÉCNICA DE ANALISE POR

Leia mais

GEOPROCESSAMENTO COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE NOS IMPACTOS AMBIENTAIS: MINERADORA CAMPO GRANDE TERENOS/MS.

GEOPROCESSAMENTO COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE NOS IMPACTOS AMBIENTAIS: MINERADORA CAMPO GRANDE TERENOS/MS. GEOPROCESSAMENTO COMO INSTRUMENTO DE ANÁLISE NOS IMPACTOS AMBIENTAIS: MINERADORA CAMPO GRANDE TERENOS/MS. CÁSSIO SILVEIRA BARUFFI(1) Acadêmico de Engenharia Sanitária e Ambiental, Universidade Católica

Leia mais

CONTROLE DE QUALIDADE e VALIDAÇÃO DE PRODUTO CARTOGRÁFICO

CONTROLE DE QUALIDADE e VALIDAÇÃO DE PRODUTO CARTOGRÁFICO CONTROLE DE QUALIDADE e VALIDAÇÃO DE PRODUTO CARTOGRÁFICO Editar dados em vários formatos e armazenar estas informações em diferentes sistemas é provavelmente uma das atividades mais comuns para os profissionais

Leia mais

Modelagem Digital do Terreno

Modelagem Digital do Terreno Geoprocessamento: Geração de dados 3D Modelagem Digital do Terreno Conceito Um Modelo Digital de Terreno (MDT) representa o comportamento de um fenômeno que ocorre em uma região da superfície terrestre

Leia mais

Introdução ao Sensoriamento Remoto. Sensoriamento Remoto

Introdução ao Sensoriamento Remoto. Sensoriamento Remoto Introdução ao Sensoriamento Remoto Sensoriamento Remoto Definição; Breve Histórico; Princípios do SR; Espectro Eletromagnético; Interação Energia com a Terra; Sensores & Satélites; O que é Sensoriamento

Leia mais

Filtragem. pixel. perfil de linha. Coluna de pixels. Imagem. Linha. Primeiro pixel na linha

Filtragem. pixel. perfil de linha. Coluna de pixels. Imagem. Linha. Primeiro pixel na linha Filtragem As técnicas de filtragem são transformações da imagem "pixel" a "pixel", que dependem do nível de cinza de um determinado "pixel" e do valor dos níveis de cinza dos "pixels" vizinhos, na imagem

Leia mais

IMAGENS DE SATÉLITE PROF. MAURO NORMANDO M. BARROS FILHO

IMAGENS DE SATÉLITE PROF. MAURO NORMANDO M. BARROS FILHO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS HUMANOS UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA CIVIL IMAGENS DE SATÉLITE PROF. MAURO NORMANDO M. BARROS FILHO Sumário 1. Conceitos básicos

Leia mais

Especificação técnica de Videodetecção ECD/DAI

Especificação técnica de Videodetecção ECD/DAI Especificação técnica de Videodetecção ECD/DAI 1. Esta Especificação destina se a orientar as linhas gerais para o fornecimento de equipamentos. Devido às especificidades de cada central e de cada aplicação,

Leia mais

MAPEAMENTO FLORESTAL

MAPEAMENTO FLORESTAL MAPEAMENTO FLORESTAL ELISEU ROSSATO TONIOLO Eng. Florestal Especialista em Geoprocessamento OBJETIVO Mapear e caracterizar a vegetação visando subsidiar o diagnóstico florestal FUNDAMENTOS É uma ferramenta

Leia mais

Aula 3 - Registro de Imagem

Aula 3 - Registro de Imagem Aula 3 - Registro de Imagem 1. Registro de Imagens Registro é uma transformação geométrica que relaciona coordenadas da imagem (linha e coluna) com coordenadas geográficas (latitude e longitude) de um

Leia mais

Tópicos em Meio Ambiente e Ciências Atmosféricas

Tópicos em Meio Ambiente e Ciências Atmosféricas INPE-13139-PRE/8398 SENSORIAMENTO REMOTO Tania Sausen Tópicos em Meio Ambiente e Ciências Atmosféricas INPE São José dos Campos 2005 MEIO AMBIENTE E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS 8 Sensoriamento Remoto Tania Sauzen

Leia mais

GERAÇÃO DE VIAGENS. 1.Introdução

GERAÇÃO DE VIAGENS. 1.Introdução GERAÇÃO DE VIAGENS 1.Introdução Etapa de geração de viagens do processo de planejamento dos transportes está relacionada com a previsão dos tipos de viagens de pessoas ou veículos. Geralmente em zonas

Leia mais

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação QP Informe Reservado Nº 70 Maio/2007 Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação Tradução para o português especialmente preparada para os Associados ao QP. Este guindance paper

Leia mais

Introdução ao Sensoriamento Remoto

Introdução ao Sensoriamento Remoto Introdução ao Sensoriamento Remoto Cachoeira Paulista, 24 a 28 novembro de 2008 Bernardo Rudorff Pesquisador da Divisão de Sensoriamento Remoto Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE Sensoriamento

Leia mais

C a p í t u l o I V. P r o c e s s a m e n t o d a s I m a g e n s O r b i t a i s d o s S e n s o r e s T M e E T M

C a p í t u l o I V. P r o c e s s a m e n t o d a s I m a g e n s O r b i t a i s d o s S e n s o r e s T M e E T M C a p í t u l o I V P r o c e s s a m e n t o d a s I m a g e n s O r b i t a i s d o s S e n s o r e s T M e E T M IV.1 Processamento Digital das Imagens Orbitais dos Sensores TM e ETM + IV.1.1 Introdução

Leia mais

Sensoriamento Remoto

Sensoriamento Remoto Sensoriamento Remoto É a utilização conjunta de modernos sensores, equipamentos para processamento de dados, equipamentos de transmissão de dados, aeronaves, espaçonaves etc, com o objetivo de estudar

Leia mais

MODELAGEM DIGITAL DE SUPERFÍCIES

MODELAGEM DIGITAL DE SUPERFÍCIES MODELAGEM DIGITAL DE SUPERFÍCIES Prof. Luciene Delazari Grupo de Pesquisa em Cartografia e SIG da UFPR SIG 2012 Introdução Os modelo digitais de superficie (Digital Surface Model - DSM) são fundamentais

Leia mais

Posicionamento por Satélite. Tecnologia em Mecanização em Agricultura de Precisão Prof. Esp. Fernando Nicolau Mendonça

Posicionamento por Satélite. Tecnologia em Mecanização em Agricultura de Precisão Prof. Esp. Fernando Nicolau Mendonça Posicionamento por Satélite Tecnologia em Mecanização em Agricultura de Precisão Prof. Esp. Fernando Nicolau Mendonça O Sistema GPS - Características Básicas O sistema GPS é composto por três segmentos:

Leia mais

10 FÓRUM DE EXTENSÃO E CULTURA DA UEM COMPARAÇÃO DE FUSÃO ENTRE AS IMAGENS DO SATÉLITE RAPID EYE, CBERS E SPOT.

10 FÓRUM DE EXTENSÃO E CULTURA DA UEM COMPARAÇÃO DE FUSÃO ENTRE AS IMAGENS DO SATÉLITE RAPID EYE, CBERS E SPOT. 10 FÓRUM DE EXTENSÃO E CULTURA DA UEM COMPARAÇÃO DE FUSÃO ENTRE AS IMAGENS DO SATÉLITE RAPID EYE, CBERS E SPOT. Thalita Dal Santo 1 Antonio de Oliveira¹ Fernando Ricardo dos Santos² A técnica de fusão

Leia mais

Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil TOPOGRAFIA II. Profa. Adriana Goulart dos Santos

Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil TOPOGRAFIA II. Profa. Adriana Goulart dos Santos Universidade do Estado de Santa Catarina Departamento de Engenharia Civil TOPOGRAFIA II Profa. Adriana Goulart dos Santos Aerofotogrametria Fotogrametria é a ciência aplicada que se propõe a registrar,

Leia mais

Classificação da imagem (ou reconhecimento de padrões): objectivos Métodos de reconhecimento de padrões

Classificação da imagem (ou reconhecimento de padrões): objectivos Métodos de reconhecimento de padrões Classificação de imagens Autor: Gil Gonçalves Disciplinas: Detecção Remota/Detecção Remota Aplicada Cursos: MEG/MTIG Ano Lectivo: 11/12 Sumário Classificação da imagem (ou reconhecimento de padrões): objectivos

Leia mais

24/03/2011. E. Topografia Evidenciar as características físicas do terreno, tal como inclinação e desenho.

24/03/2011. E. Topografia Evidenciar as características físicas do terreno, tal como inclinação e desenho. 1 2 Recursos de desenho para a análise urbana A. Mapa de Zoneamento Macroestudo do entorno, características do lote em relação a uma determinada região, características do ponto de vista do zoneamento

Leia mais

Introdução ao Processamento de Imagens

Introdução ao Processamento de Imagens Introdução ao PID Processamento de Imagens Digitais Introdução ao Processamento de Imagens Glaucius Décio Duarte Instituto Federal Sul-rio-grandense Engenharia Elétrica 2013 1 de 7 1. Introdução ao Processamento

Leia mais

UFGD FCA PROF. OMAR DANIEL BLOCO 6 CLASSIFICAÇÃO DE IMAGENS

UFGD FCA PROF. OMAR DANIEL BLOCO 6 CLASSIFICAÇÃO DE IMAGENS UFGD FCA PROF. OMAR DANIEL BLOCO 6 CLASSIFICAÇÃO DE IMAGENS Obter uma imagem temática a partir de métodos de classificação de imagens multi- espectrais 1. CLASSIFICAÇÃO POR PIXEL é o processo de extração

Leia mais

SERVIÇO DE ANÁLISE DE REDES DE TELECOMUNICAÇÕES APLICABILIDADE PARA CALL-CENTERS VISÃO DA EMPRESA

SERVIÇO DE ANÁLISE DE REDES DE TELECOMUNICAÇÕES APLICABILIDADE PARA CALL-CENTERS VISÃO DA EMPRESA SERVIÇO DE ANÁLISE DE REDES DE TELECOMUNICAÇÕES APLICABILIDADE PARA CALL-CENTERS VISÃO DA EMPRESA Muitas organizações terceirizam o transporte das chamadas em seus call-centers, dependendo inteiramente

Leia mais

MONITORAMENTO DA TEMPERATURA DE SUPERFÍCIE EM ÁREAS URBANAS UTILIZANDO GEOTECNOLOGIAS

MONITORAMENTO DA TEMPERATURA DE SUPERFÍCIE EM ÁREAS URBANAS UTILIZANDO GEOTECNOLOGIAS MONITORAMENTO DA TEMPERATURA DE SUPERFÍCIE EM ÁREAS URBANAS UTILIZANDO GEOTECNOLOGIAS Erika Gonçalves Pires 1, Manuel Eduardo Ferreira 2 1 Agrimensora, Professora do IFTO, Doutoranda em Geografia - UFG,

Leia mais

Os caracteres de escrita

Os caracteres de escrita III. Caracteres de Escrita Os caracteres de escrita ou letras técnicas são utilizadas em desenhos técnicos pelo simples fato de proporcionarem maior uniformidade e tornarem mais fácil a leitura. Se uma

Leia mais

ORIENTAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DE MATERIAL CARTOGRÁFICO PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL - AIA

ORIENTAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DE MATERIAL CARTOGRÁFICO PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL - AIA ORIENTAÇÃO PARA A PRODUÇÃO DE MATERIAL CARTOGRÁFICO PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL - AIA É indispensável que um estudo de impacto ambiental contenha, ao menos, os seguintes documentos cartográficos:

Leia mais

Dados para mapeamento

Dados para mapeamento Dados para mapeamento Existem dois aspectos com relação aos dados: 1. Aquisição dos dados para gerar os mapas 2. Uso do mapa como fonte de dados Os métodos de aquisição de dados para o mapeamento divergem,

Leia mais

Relações mais harmoniosas de convívio com a natureza; O mundo como um modelo real que necessita de abstrações para sua descrição; Reconhecimento de

Relações mais harmoniosas de convívio com a natureza; O mundo como um modelo real que necessita de abstrações para sua descrição; Reconhecimento de Relações mais harmoniosas de convívio com a natureza; O mundo como um modelo real que necessita de abstrações para sua descrição; Reconhecimento de padrões espaciais; Controle e ordenação do espaço. Técnicas

Leia mais

Capítulo 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Capítulo 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Capítulo 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 8 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 8.1 Introdução O processo de monitoramento e avaliação constitui um instrumento para assegurar a interação entre o planejamento e a execução,

Leia mais

SENRORIAMENTO REMOTO E SIG. Aula 1. Prof. Guttemberg Silvino Prof. Francisco das Chagas

SENRORIAMENTO REMOTO E SIG. Aula 1. Prof. Guttemberg Silvino Prof. Francisco das Chagas SENRORIAMENTO REMOTO E SIG Aula 1 Programa da Disciplina 1 CONCEITOS, HISTÓRICO E FUNDAMENTOS (8 aulas) 2 Sensoriamento remoto. Histórico e definições 3 Domínios do Sensoriamento Remoto 4 Níveis de Coleta

Leia mais

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa 1 INTRODUÇÃO 1.1 Motivação e Justificativa A locomoção é um dos direitos básicos do cidadão. Cabe, portanto, ao poder público normalmente uma prefeitura e/ou um estado prover transporte de qualidade para

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE Mariane Alves Gomes da Silva Eliana Zandonade 1. INTRODUÇÃO Um aspecto fundamental de um levantamento

Leia mais

APLICACAÇÃO DE METRICAS E INDICADORES NO MODELO DE REFERENCIA CMMI-Dev NIVEL 2

APLICACAÇÃO DE METRICAS E INDICADORES NO MODELO DE REFERENCIA CMMI-Dev NIVEL 2 APLICACAÇÃO DE METRICAS E INDICADORES NO MODELO DE REFERENCIA CMMI-Dev NIVEL 2 Renan J. Borges 1, Késsia R. C. Marchi 1 1 Universidade Paranaense (UNIPAR) Paranavaí, PR Brasil renanjborges@gmail.com, kessia@unipar.br

Leia mais

3 Estado da arte em classificação de imagens de alta resolução

3 Estado da arte em classificação de imagens de alta resolução 37 3 Estado da arte em classificação de imagens de alta resolução Com a recente disponibilidade de imagens de alta resolução produzidas por sensores orbitais como IKONOS e QUICKBIRD se tornou-se possível

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA GRADUAÇÃO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA E ESTATÍSTICA DATA MINING EM VÍDEOS VINICIUS DA SILVEIRA SEGALIN FLORIANÓPOLIS OUTUBRO/2013 Sumário

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com PMBoK Organização do Projeto Os projetos e o gerenciamento

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

UNIDADE 4. Introdução à Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas

UNIDADE 4. Introdução à Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas UNIDADE 4. Introdução à Metodologia de Desenvolvimento de Sistemas 4.1 Motivação Sistemas de Informação são usados em diversos níveis dentro de uma organização, apoiando a tomada de decisão; Precisam estar

Leia mais

Revisão de Estatística Básica:

Revisão de Estatística Básica: Revisão de Estatística Básica: Estatística: Um número é denominado uma estatística (singular). Ex.: As vendas de uma empresa no mês constituem uma estatística. Estatísticas: Uma coleção de números ou fatos

Leia mais

Geração e Interpretação de Mapas de Produtividade. Laboratório de Agricultura de Precisão II

Geração e Interpretação de Mapas de Produtividade. Laboratório de Agricultura de Precisão II Geração e Interpretação de Mapas de Produtividade Laboratório de Agricultura de Precisão II A implantação de um sistema de Agricultura de Precisão implica em um ciclo fechado de tarefas Os usuários e pesquisadores

Leia mais

AULA 03 ESCALAS E DESENHO TOPOGRÁFICO

AULA 03 ESCALAS E DESENHO TOPOGRÁFICO Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Agrárias Departamento de Engenharia Agrícola Disciplina: Topografia Básica Facilitadores: Nonato, Julien e Fabrício AULA 03 ESCALAS E DESENHO TOPOGRÁFICO

Leia mais

Aula 5 - Classificação

Aula 5 - Classificação AULA 5 - Aula 5-1. por Pixel é o processo de extração de informação em imagens para reconhecer padrões e objetos homogêneos. Os Classificadores "pixel a pixel" utilizam apenas a informação espectral isoladamente

Leia mais

SPRING 3.6.03 - Apresentação

SPRING 3.6.03 - Apresentação SPRING 3.6.03 - Apresentação GEOPROCESSAMENTO Conjunto de ferramentas usadas para coleta e tratamento de informações espaciais, geração de saídas na forma de mapas, relatórios, arquivos digitais, etc;

Leia mais

Universidade Federal de Goiás Instituto de Informática Processamento Digital de Imagens

Universidade Federal de Goiás Instituto de Informática Processamento Digital de Imagens Universidade Federal de Goiás Instituto de Informática Processamento Digital de Imagens Prof Fabrízzio Alphonsus A M N Soares 2012 Capítulo 2 Fundamentos da Imagem Digital Definição de Imagem: Uma imagem

Leia mais

FOTOGRAMETRIA I Prof Felipe: Aulas 1 e 2. 2- Câmaras Fotogramétricas

FOTOGRAMETRIA I Prof Felipe: Aulas 1 e 2. 2- Câmaras Fotogramétricas FOTOGRAMETRIA I Prof Felipe: Aulas 1 e 2 2- Câmaras Fotogramétricas Generalidades (fotografia) Elementos Fotografia aérea Espectro Eletromagnético 1 Fotogrametria é a arte, ciência, e tecnologia de obtenção

Leia mais

Glossário das Camadas do SISTEMA CADEF

Glossário das Camadas do SISTEMA CADEF Glossário das Camadas do SISTEMA CADEF Imagem dos Corredores Ecológicos: Exibe a imagem de satélite baixa resolução de SPOT-5, adquirida em 2005. Esta imagem está como padrão defaut ao iniciar o sistema,

Leia mais

Plataforma Integrada de Gestão e Accionamento de Cenários

Plataforma Integrada de Gestão e Accionamento de Cenários , Plataforma Integrada de Gestão e Accionamento de Cenários Cláudia Paixão A Ilha da Madeira apresenta um conjunto de riscos específicos entre os quais se destacam: Movimentação de Massas Cheias Rápidas

Leia mais

METODOLOGIA PARA O GEORREFERENCIAMENTO DE ILHAS COSTEIRAS COMO SUBSÍDIO AO MONITORAMENTO AMBIENTAL

METODOLOGIA PARA O GEORREFERENCIAMENTO DE ILHAS COSTEIRAS COMO SUBSÍDIO AO MONITORAMENTO AMBIENTAL METODOLOGIA PARA O GEORREFERENCIAMENTO DE ILHAS COSTEIRAS COMO SUBSÍDIO AO MONITORAMENTO AMBIENTAL Carolina Rodrigues Bio Poletto¹ & Getulio Teixeira Batista² UNITAU - Universidade de Taubaté Estrada Municipal

Leia mais

QUAL O NÚMERO DE VEÍCULOS QUE CIRCULA EM SÃO PAULO?

QUAL O NÚMERO DE VEÍCULOS QUE CIRCULA EM SÃO PAULO? QUAL O NÚMERO DE VEÍCULOS QUE CIRCULA EM SÃO PAULO? RESENHA Carlos Paiva Qual o número de veículos que circula em um dia ou a cada hora do dia na Região Metropolitana, no município e no centro expandido

Leia mais

Roteiro SENAC. Análise de Riscos. Planejamento do Gerenciamento de Riscos. Planejamento do Gerenciamento de Riscos

Roteiro SENAC. Análise de Riscos. Planejamento do Gerenciamento de Riscos. Planejamento do Gerenciamento de Riscos SENAC Pós-Graduação em Segurança da Informação: Análise de Riscos Parte 2 Leandro Loss, Dr. Eng. loss@gsigma.ufsc.br http://www.gsigma.ufsc.br/~loss Roteiro Introdução Conceitos básicos Riscos Tipos de

Leia mais

3 Classificação. 3.1. Resumo do algoritmo proposto

3 Classificação. 3.1. Resumo do algoritmo proposto 3 Classificação Este capítulo apresenta primeiramente o algoritmo proposto para a classificação de áudio codificado em MPEG-1 Layer 2 em detalhes. Em seguida, são analisadas as inovações apresentadas.

Leia mais

4 Experimentos Computacionais

4 Experimentos Computacionais 33 4 Experimentos Computacionais O programa desenvolvido neste trabalho foi todo implementado na linguagem de programação C/C++. Dentre as bibliotecas utilizadas, destacamos: o OpenCV [23], para processamento

Leia mais

OBJETIVO Verificar as leis da Reflexão Verificar qualitativamente e quantitativamente a lei de Snell. Observar a dispersão da luz em um prisma.

OBJETIVO Verificar as leis da Reflexão Verificar qualitativamente e quantitativamente a lei de Snell. Observar a dispersão da luz em um prisma. UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA CURSO DE FÍSICA LABORATÓRIO ÓPTICA REFLEXÃO E REFRAÇÃO OBJETIVO Verificar as leis da Reflexão Verificar qualitativamente e quantitativamente a lei de Snell. Observar a

Leia mais

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem

Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem Seção 2/E Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem www.bettercotton.org Orientação Text to go here O documento Monitoramento, Avaliação e Aprendizagem da BCI proporciona uma estrutura para medir as mudanças

Leia mais

PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DO SOFTWARE GLOBAL MAPPER

PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DO SOFTWARE GLOBAL MAPPER PRINCIPAIS FUNCIONALIDADES DO SOFTWARE GLOBAL MAPPER Além das novas implementações na versão 15, ressaltamos a seguir as principais funções que fazem do Global Mapper um dos melhores softwares para a visualização

Leia mais

4 Segmentação. 4.1. Algoritmo proposto

4 Segmentação. 4.1. Algoritmo proposto 4 Segmentação Este capítulo apresenta primeiramente o algoritmo proposto para a segmentação do áudio em detalhes. Em seguida, são analisadas as inovações apresentadas. É importante mencionar que as mudanças

Leia mais

O que é a estatística?

O que é a estatística? Elementos de Estatística Prof. Dr. Clécio da Silva Ferreira Departamento de Estatística - UFJF O que é a estatística? Para muitos, a estatística não passa de conjuntos de tabelas de dados numéricos. Os

Leia mais

Nesta oportunidade, confirmo que estes projetos estão fundamentados em Estudos, Estatísticas e Opiniões de Cidadãos domiciliados no bairro.

Nesta oportunidade, confirmo que estes projetos estão fundamentados em Estudos, Estatísticas e Opiniões de Cidadãos domiciliados no bairro. Barueri, 21 de Setembro de 2009. Ilustríssimo Senhor Rubens Furlan PREFEITO DE BARUERI Ref: Projetos do 1 Conselho Gestor de Segurança da Aldeia de Barueri Venho à presença de Vossa Excelência apresentar

Leia mais

MundoGEOXperience - Maratona de Ideias Geográficas 07/05/2014

MundoGEOXperience - Maratona de Ideias Geográficas 07/05/2014 MundoGEOXperience - Maratona de Ideias Geográficas 07/05/2014 ANÁLISE DE TÉCNICAS PARA DETECÇÃO DE MUDANÇA UTILIZANDO IMAGENS DO SENSORIAMENTO REMOTO DESLIZAMENTOS EM NOVA FRIBURGO/RJ EM 2011 Trabalho

Leia mais

Município de Colíder MT

Município de Colíder MT Diagnóstico da Cobertura e Uso do Solo e das Áreas de Preservação Permanente Município de Colíder MT Paula Bernasconi Ricardo Abad Laurent Micol Julho de 2008 Introdução O município de Colíder está localizado

Leia mais

1) MANUAL DO INTEGRADOR Este documento, destinado aos instaladores do sistema, com informações de configuração.

1) MANUAL DO INTEGRADOR Este documento, destinado aos instaladores do sistema, com informações de configuração. O software de tarifação é uma solução destinada a rateio de custos de insumos em sistemas prediais, tais como shopping centers. O manual do sistema é dividido em dois volumes: 1) MANUAL DO INTEGRADOR Este

Leia mais

Aula 2 Aquisição de Imagens

Aula 2 Aquisição de Imagens Processamento Digital de Imagens Aula 2 Aquisição de Imagens Prof. Dr. Marcelo Andrade da Costa Vieira mvieira@sc.usp.br EESC/USP Fundamentos de Imagens Digitais Ocorre a formação de uma imagem quando

Leia mais

Este documento foi elaborado sob a licença

Este documento foi elaborado sob a licença 1 2 Este documento foi elaborado sob a licença Atribuição - Não Comercial - Sem Trabalhos Derivados Brasil (CC BY-NC-ND 4.0) Sobre este documento, você tem o direito de: Compartilhar - reproduzir, distribuir

Leia mais

Métodos de mapeamento para fenômenos qualitativos e quantitativos

Métodos de mapeamento para fenômenos qualitativos e quantitativos IT 508 - Cartografia Temática Representação cartográfica: Métodos de mapeamento para fenômenos qualitativos e quantitativos Profa.. Juliana Moulin Segundo os métodos padronizados, conforme o uso das variáveis

Leia mais

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior MRP II Introdução A lógica de cálculo das necessidades é conhecida há muito tempo Porém só pode ser utilizada na prática em situações mais complexas a partir dos anos 60 A partir de meados da década de

Leia mais

Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS

Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS Prof. Vinícius C. Patrizzi ESTRADAS E AEROPORTOS GEOMETRIA DE VIAS Elementos geométricos de uma estrada (Fonte: PONTES FILHO, 1998) 1. INTRODUÇÃO: Após traçados o perfil longitudinal e transversal, já

Leia mais

SENSORIAMENTO REMOTO NO USO DO SOLO

SENSORIAMENTO REMOTO NO USO DO SOLO SENSORIAMENTO REMOTO NO USO DO SOLO Ana Luiza Bovoy Jônatas de Castro Gonçalves Thiemi Igarashi Vinicius Chequer e Silva LEVANTAMENTO DA COBERTURA VEGETAL ATRAVÉS DE PRODUTOS DE SENSORIAMENTO REMOTO NAS

Leia mais

USINA HIDRELÉTRICA SANTO ANTÔNIO

USINA HIDRELÉTRICA SANTO ANTÔNIO USINA HIDRELÉTRICA SANTO ANTÔNIO Programa de Monitoramento Sismológico Avaliação Ocorrência Sismos Induzidos EMPRESA: WW Consultoria e Tecnologia Ltda. DATA DO RELATÓRIO: Janeiro de 2013 RESPONSÁVEL DA

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EZEQUIEL F. LIMA ATERRAMENTO E BLINDAGEM

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EZEQUIEL F. LIMA ATERRAMENTO E BLINDAGEM GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EZEQUIEL F. LIMA ATERRAMENTO E BLINDAGEM Os sistemas de cabeamento estruturado foram desenvolvidos

Leia mais

COMUNICAÇÃO DE PORTIFÓLIO UTILIZANDO DASHBOARDS EXTRAIDOS DO MICROSOFT PROJECT SERVER

COMUNICAÇÃO DE PORTIFÓLIO UTILIZANDO DASHBOARDS EXTRAIDOS DO MICROSOFT PROJECT SERVER COMUNICAÇÃO DE PORTIFÓLIO UTILIZANDO DASHBOARDS EXTRAIDOS DO MICROSOFT PROJECT SERVER Autor: RANGEL TORREZAN RESUMO 1. Gestão de Portfolio e suas vantagens. A gestão de portfólio de projetos estabelece

Leia mais

4. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

4. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO 4. ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO Conceitualmente, Área de Influência abrange todo o espaço suscetível às ações diretas e indiretas do empreendimento, tanto na fase de implantação como na de operação,

Leia mais

Sistema de Informações Geográficas

Sistema de Informações Geográficas UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE Pós Graduação Ecologia e Manejo de Recursos Naturais Sistema de Informações Geográficas Prof. Fabiano Luiz Neris Criciúma, Março de 2011. A IMPORTÂNCIA DO ONDE "Tudo

Leia mais

5 SIMULAÇÃO DE UM SISTEMA WDM DE DOIS CANAIS COM O SOFTWARE VPI

5 SIMULAÇÃO DE UM SISTEMA WDM DE DOIS CANAIS COM O SOFTWARE VPI 68 5 SIMULAÇÃO DE UM SISTEMA WDM DE DOIS CANAIS COM O SOFTWARE VPI O software VPI foi originalmente introduzido em 1998 e era conhecido como PDA (Photonic Design Automation). O VPI atualmente agrega os

Leia mais

PROCESSAMENTO DOS DADOS AVHRR DO SATÉLITE NOAA E APLICAÇÃO SOBRE A REGIÃO SUL DO BRASIL. Leonid Bakst Yoshihiro Yamazaki

PROCESSAMENTO DOS DADOS AVHRR DO SATÉLITE NOAA E APLICAÇÃO SOBRE A REGIÃO SUL DO BRASIL. Leonid Bakst Yoshihiro Yamazaki PROCESSAMENTO DOS DADOS AVHRR DO SATÉLITE NOAA E APLICAÇÃO SOBRE A REGIÃO SUL DO BRASIL Leonid Bakst Yoshihiro Yamazaki Universidade Federal de Pelotas - UFPel Centro de Pesquisas Meteorológicas CPMet

Leia mais

No mundo atual, globalizado e competitivo, as organizações têm buscado cada vez mais, meios de se destacar no mercado. Uma estratégia para o

No mundo atual, globalizado e competitivo, as organizações têm buscado cada vez mais, meios de se destacar no mercado. Uma estratégia para o DATABASE MARKETING No mundo atual, globalizado e competitivo, as organizações têm buscado cada vez mais, meios de se destacar no mercado. Uma estratégia para o empresário obter sucesso em seu negócio é

Leia mais