Grupo de Pesquisa em Imagem e Sociabilidade Universidade Federal de Minas Gerais Laboratório de Análise de Acontecimentos: Manifestações

Transcrição

1 Notícias relacionadas às manifestações: outubro/ março/ Eduarda Rodrigues Eliziane Lara Juliana Ferreira De outubro a março, a pesquisa do Gris coletou 268 matérias, o que tornou possível a elaboração de um panorama sobre a cobertura de manifestações após o clímax de junho de Os protestos que emergiram naquela época se mantiveram fortes por alguns meses. Em outubro, quando a coleta de material jornalístico teve início, ainda havia grandes manifestações. No período analisado, este foi o mês com mais matérias veiculadas sobre o assunto. Ao todo, foram recolhidos 106 textos, que revelam o momento social e a posição dos meios de comunicação nesse contexto. Outubro foi marcado por episódios de grande repercussão, em que a violência, do lado de protestantes e da polícia, esteve entre os principais focos. A narrativa majoritária dos jornais é referente a multidões pacíficas que terminam em confrontos devido a vândalos e criminosos infiltrados. Nessa perspectiva, o grupo Black Blocs é apontado como o maior causador das confusões. Setembro terminou com uma manifestação contra a corrupção, o mensalão, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o PT na capital paulista, onde houve confronto com a Polícia Militar. Os dias seguintes foram de atos volumosos, mas as reivindicações heterogêneas e dissonantes se esgotaram aos poucos. Agora, era a vez de os grupos se organizarem em prol de suas causas. O principal assunto de outubro foi a greve dos professores da rede municipal do Rio de. No início, como é descrito em uma matéria do site Uol, manifestantes se concentraram no entorno da Câmara dos Vereadores da capital fluminense, na Candelária, fechando vias importantes, como a Avenida Rio Branco. Houve confronto com a polícia, que reforçou a segurança no local no dia seguinte. Uma reportagem do Jornal da Band apontou 150 integrantes do Black Blocs como os causadores da briga, que levou PMs a usarem spray de pimenta. Segundo o âncora do telejornal, Ricardo Boechat, os vândalos deram pólvora para uma confusão desnecessária". A imprensa manteve uma cobertura diária do caso e frisou a destruição que as manifestações dos profissionais do ensino deixavam pela cidade. No dia 2, o G1 mostrou vasos quebrados e agências bancárias depredadas na Cinelândia, fruto de uma "praça de guerra" que se formou no local depois que a Câmara aprovou o projeto de lei de um plano de cargos, carreiras e remunerações da categoria. Mais uma vez, a massa que protestava foi separada dos vândalos: "o protesto no Centro do Rio começou de forma exemplar. Por cerca de duas horas, os milhares de manifestantes que seguiram da Candelária à Cinelândia conseguiram manter o ato pacífico - o sindicato dos professores diz que reuniu pessoas, a PM fala em ", dizia o texto. 1 Este texto faz parte do projeto de pesquisa Valores em movimento no cenário midiático-social: leitura dos acontecimentos e da intervenção pública dos sujeitos, financiado pelo CNPq e coordenado pela profa. Vera França. Outros textos integrantes do projeto estão disponíveis no link

2 A culpa da depredação foi direcionada claramente a uma parcela específica de pessoas. "Um grupo de mascarados se infiltrou entre os professores e desencadeou o tumulto. Vândalos mascarados alheios à lei que impede o uso de disfarces quebraram agências bancárias e depredaram prédios, provocando pânico nos trabalhadores que deixavam os prédios", completava o texto, que também citou denúncias de que a PM tenha abusado do poder de força. Dias depois, os holofotes se viraram para o anúncio do secretário da Segurança Pública, Fernando Grella, que autorizou policiais militares a usarem balas de borracha contra vândalos nas manifestações de São Paulo. Uma força tarefa também foi criada para agilizar a identificação e punição de baderneiros, caracterizados pela mídia como uma minoria que diverge dos demais manifestantes. No dia 15, Dia do Professor, o Brasil foi marcado por protestos com confrontos, nos quais 270 pessoas foram detidas. A maioria das matérias, assim como uma do R7, reforçava que os presos envolvidos no quebra-quebra "estavam mascarados". Os novos fatos mantiveram as notícias focadas na violência exacerbada de mascarados. No Jornal Nacional, essa abordagem ficou explícita: "Como tem acontecido desde junho, tudo começou pacificamente, como os organizadores pretendiam. O problema é que, mais uma vez, desde a concentração, mascarados já estavam infiltrados. E foram eles que se aproveitaram de um ato corriqueiro da democracia para vandalizar". Logo após essas manifestações, a Folha de São Paulo divulgou que flagrou policiais com armas letais na dispersão de um protesto. Já o Bom Dia Rio revelou imagens de policiais cercados por ativistas, além de gravações de três homens atirando no centro do Rio. A disseminação da violência nesses atos foi explorada no caso de um jovem que afirmou ter sido baleado enquanto protestava. O último caso de grande repercussão no mês foi a prisão de quatro manifestantes contra o Instituto Royal, em São Roque, em São Paulo, após a libertação de 174 animais usados como cobaias em testes de cosméticos. Os jornais retrataram uma confusão na Rodovia Raposo Tavares, onde carros da PM e de emissoras de TV foram depredados. Novamente, os Black Blocs foram ali situados. O Jornal da Band disse que uma multidão de ativistas tentou negociar, mas a polícia perdeu o controle dos vândalos infiltrados. Enquanto isso, a mídia também ficou com o radar ligado em protestos menores e de diversas motivações, em lugares de todo o mundo. O que antes não tinha voz no noticiário nacional ganhou espaço. Jornais falaram de um ato pelo saneamento básico em Belém, do protesto contra a morte de um jovem em uma favela no Rio, do arrombamento do prédio da reitoria da USP por estudantes e da reunião de índios em frente ao Congresso contra a demarcação de terras. Em Minas, um ato de moradores no Bairro Lagoinha, em BH, teve destaque no MGTV mesmo com um público pequeno. O mesmo programa também veiculou uma matéria sobre o protesto de funcionários de um hospital fechado por três meses. De mais de uma centena de matérias sobre manifestações em outubro, a mídia diminuiu a quantidade de tempo e espaço para o assunto no mês seguinte. Os enormes protestos deram lugar a atos de menor proporção, como os 300 funcionários do Porto 2016 que pediam melhoria nas condições de trabalho na Zona Portuária do Rio e os 50 moradores que pararam o entorno do Fórum de Bangu, também no Rio, depois da tentativa de resgate de presos que terminou com a morte de um menino de oito anos e de um PM.

3 Em Belo Horizonte, o prefeito Marcio Lacerda se viu no centro de atenção da mídia mineira ao declarar que a interdição da Praça Sete, no centro da cidade, por manifestantes é uma "forma de terrorismo". Veículos semanais, mais especializados em opinião, continuaram com suas reportagens analíticas. A CartaCapital relacionou a motivação da rebeldia da sociedade, os 20 centavos do aumento da passagem, com o estopim para uma revolta dos jogadores de futebol do país por um calendário menos cansativo. Um segundo texto criticava a manutenção de um ex-morador de rua na prisão por carregar um frasco de desinfetante em um protesto no Rio de em junho. Já a revista Época fez um perfil de uma Black Bloc, criada em uma favela paulistana. Em dezembro, foi possível observar a tendência de diminuição no espaço dedicado às manifestações. Os protestos, em sua maioria, eram de classes trabalhadoras pedindo melhorias salariais ou de condições de serviço. A Copa do Mundo voltou às matérias como motivação para operários interromperem suas atividades. O G1 cobriu a paralisação de operários da Arena Amazônia, em Manaus, que em frente ao estádio protestaram contra a morte de um trabalhador. Já o Jornal do SBT mostrou que os operários da Baixada, em Curitiba, ficaram em frente à sede administrativa do Atlético-PR, clube dono do estádio, para reclamar do atraso de pagamentos. A revolta de taxistas com a restrição de circulação nas vias exclusivas para ônibus em São Paulo também virou notícia. Uol e G1 acompanharam a carreata de taxista em duas faixas do Viaduto do Chá. O número de registros jornalísticos de manifestações aumentou um pouco em janeiro: 18 matérias relacionadas ao tema foram coletadas. O motor dos textos volta a ser a violência entre manifestantes vândalos e policiais. A depredação também é ponto constante nos textos. No entanto, os protestos permanecem menores e centrados em assuntos específicos. O Jornal do SBT e o G1 noticiaram que moradores da Favela do Metrô, no Rio, pararam a Radial Oeste, onde jogaram colchões, lixo e vidro contra a demolição de casas na margem da via. O noticiário do SBT também falou de um grupo de manifestantes que incendiou um ônibus, em São Paulo, após montar barricadas e jogar fogos de artifício nos policiais em represália à morte de um morador. Pequenos protestos foram registrados em vários veículos de comunicação. O Jornal da Record mostrou que ainda há manifestantes contra a Copa do Mundo em São Paulo, Rio e Distrito Federal, capazes de manter os atos pacíficos. O aumento das passagens, que foi o estopim dos protestos de junho, também foi ressuscitado pelo G1, que acompanhou um pulo coletivo de catracas na Central do Brasil. O clima de revolta e violência, que parecia ter esfriado nas ruas, voltou com força no fim do mês, quando um jovem de 22 anos foi baleado por policiais militares em um protesto em São Paulo. A corporação acusou a vítima de ser membro dos Black Blocs e de ter atacado um PM com um estilete. A família do garoto enfrentou os holofotes ao dizer que ele não tinha envolvimento com o grupo. Mais uma vez, as matérias reforçaram que o protesto começou pacífico, mas foi desordenado por mascarados infiltrados. O caso de uma jovem que foi atropelada por uma moto no mesmo ato também ganhou espaço após o aparecimento de um vídeo que mostrava o policial atingindo a mulher, deitada no chão, o que acendeu o debate da atitude da polícia. A morte do cinegrafista da Band trouxe à tona os riscos que os jornalistas correm ao cobrir in loco as manifestações. O governo do Rio de foi à

4 Brasília em busca de uma solução. O pedido pela aprovação de uma lei que endurece as penas e proíbe máscaras foi foco de jornais por muitos dias. É perceptível, aqui, o corporativismo da classe jornalística, que enfatizou o capítulo do projeto que prevê a proteção dos profissionais. Em março, o Carnaval não ofuscou na mídia, especialmente porque o feriado não passou sem reivindicações. Dessa vez, garis pararam a limpeza no Rio de e saíram às ruas para pedir aumento salarial. Os principais veículos de comunicação cobriram os atos diariamente. Qualquer ato de violência, como já previsto, voltou a ser creditado aos mascarados. A revista Veja falou do perigo dos grupos radicais "que tentam se apropriar dos protestos". A reportagem diz que os Black Blocs se uniram aos garis para causar desordem. Já CartaCapital abordou as toneladas de sujeira fruto da greve. Análises pipocaram no Observatório da Imprensa, que publicou uma entrevista com a filósofa Viviane Mosé. A conclusão: declarar-se manifestante equivale a dizer "sou do bem". No entanto, o texto combatia qualquer tipo de isenção devido ao engajamento. As manifestações pontuais continuaram na mira dos veículos, como as aglomerações pelo país que lembraram o Dia da Mulher. Em seguida, o G1 mostrou uma audiência sobre a licitação do transporte público em Porto Alegre que acabou em "pancadaria entre manifestantes e a Guarda Municipal". A greve dos agentes penitenciários, com manifestações na porta de cadeias de São Paulo, também foi mostrada por diversos veículos. Em Minas, a velha discussão sobre os vândalos infiltrados voltou depois que as forças de segurança anunciaram o interesse em tirar de circulação os potenciais baderneiros durante a Copa do Mundo. "Até 176 pessoas que respondem por crimes cometidos nos protestos de junho de 2013 em Belo Horizonte correm o risco de ter a prisão preventiva decretada, estratégia das autoridades para prevenir a violência", narrou o Hoje em Dia. Ao mesmo tempo, atos contra o torneio foram amplamente cobertos. O episódio na Ceagesp (Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo) deu fôlego ao debate dos protestos. A manifestação contra a cobrança do estacionamento terminou com carros queimados e prédios administrativos depredados, além de quatro seguranças feridos a pedradas e tiros. A violência foi novamente condenada pelos repórteres. Dias depois, O Globo divulgou que o risco de manifestações violentas no meio deste ano é apenas um dos medos da presidente Dilma Roussef. O jornal divulgou um relatório da Secretaria Geral da Presidência que apontava problemas nas 12 cidades-sede. Em São Paulo, o corte de R$ 60 milhões para a PM é potencial problema. Em Belo Horizonte, greves de servidores podem engrossar manifestações. No Rio, há uma dificuldade de relacionamento entre o poder público e a sociedade". E foi na capital fluminense que outro fato grave ocorreu. O comandante da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Manguinhos, foi baleado em uma manifestação contra a desocupação de um prédio, amplamente explorado pelos noticiários. O aniversário de 50 anos do golpe militar no Brasil também atraiu olhares dos repórteres, já que manifestações a favor e contra o regime foram realizadas.

5 Tabela com síntese dos textos relacionados às manifestações capturados pelo Radar no período de outubro de 2013 a março de 2014 Mês Assuntos Lugares Personagens Quantidade de textos Manifestações Outubro - Greve dos professores da rede municipal do Rio de leva a diversos protestos no Rio e em São Paulo - Protesto contra morte de seis jovens atropelados em Mogi das Cruzes - Rio de - Belo Horizonte/ Belém - Professores e Black Blocs - Moradores de comunidades - Índios 106 (maior número coletado) 22 - Jovem picha monumento no Parque Ibirapuera contra PEC 215/00 - Estudantes de USP arrombam e ocupam reitoria - Índios e ecologistas se manifestam contra nova lei de demarcação de terras indígenas - Ecologistas - Motoristas - Petroleiros - Bombeiros - Moradores do Bairro Lagoinha, em BH, se unem contra a construção de sede administrativa da prefeitura na região - MST - Funcionários de hospital fechado há meses protestam em Santa Luzia

6 - Moradores pedem melhores condições de vida no Morumbi, na zona sul de SP - Ativistas pedem libertação de ambientalistas do Greenpeace pelo mundo - São Paulo autoriza polícia a usar balas de borracha em protestos - Moradores pedem saneamento básico em Belém - Protesto de bombeiros em Bruxelas acaba em espuma - Motoristas bloqueiam trânsito de caminhões vindos da Argentina em ponte internacional no Rio Grande do Sul - População protesta contra Copa, em Cuiabá, durante visita do secretário-geral da Fifa - Professores invadem Câmara de Vereadores de Goiânia - Funcionários de pronto-socorro protestam em Belém contra más condições de trabalho - Manifestantes queimam pneus na comunidade de

7 Rio das Pedras, no Rio - Protesto contra o Instituto Royal, em São Roque, no interior de São Paulo, acaba em confronto na Rodovia Raposo Tavares - Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto tentam invadir Prefeitura de São Paulo - Moradores de terrenos invadidos interrompem o tráfego de trens na Zona Leste de São Paulo - No Pará, professores em greve se manifestam no centro de Belém - Petroleiros entram em greve e fazem protestos em várias cidades do país - Moradores de favela de Manguinhos, no Rio, protestam contra morte de jovem - Protesto por melhorias no transporte bloqueia ruas e avenidas na região do Jardim Ângela, na Zona Sul de São Paulo Novembro - Lacerda diz que a paralisação da Praça Sete é ato de terrorismo. - Manifestação em porto no Rio. - Belo Horizonte - Prefeito Márcio Lacerda 13 textos 4

8 - Resgate de presos em fórum no Rio leva a protesto de moradores. - CartaCapital: associação entre as manifestações e o movimento dos jogadores de futebol brasileiros. - Prisão de um manifestante desde junho por estar com um frasco de desinfetante na manifestação. -Época: perfil de uma Black Bloc que morava na favela de São Paulo. - Rio de (Porto e Fórum) - São Paulo - Portuários - População do Rio - Jogadores de futebol - Manifestante (exmorador de rua) preso desde junho - A gata dos Black Blocs Dezembro - Manifestações de operários em frente aos estádios de Manaus e de Curitiba. - Protesto de taxistas em São Paulo contra a restrição de circulação na faixa de ônibus. - Manaus e Curitiba - São Paulo - Operários que trabalham na construção de estádios da Copa - Taxistas de SP 6 textos 4 - Registros de pequenos protestos. - Jovem morto pela PM São Paulo durante protesto. Ele é apontado como Black Bloc e teria ameaçado a polícia com um estilete. No mesmo protesto uma jovem, já deitada no chão, é atropelada por uma moto da PM. - São Paulo - Jovens vítimas da PM - Policiais militares 18 textos 10 Fevereiro - Morte de Santiago Andrade. Pedido pela aprovação de uma lei que endurece as penas e proíbe máscaras foi foco de jornais por muitos dias. É perceptível, aqui, o corporativismo da classe jornalística, que enfatizou o capítulo do projeto que prevê a proteção dos profissionais. - Rio de - Santiago - Jornalistas 40 textos 14

9 Março - Carnaval e a greve dos garis no Rio de. - Manifestações no Dia da Mulher. - Audiência sobre licitação do transporte público em Porto Alegre termina em pancadaria. - Greve dos agentes penitenciários em São Paulo. - Protesto contra a cobrança do estacionamento na Ceagesp - Minas: atos contra a Copa. Anúncio da polícia de prender baderneiros preventivamente. -O Globo divulga relatório da Secretaria Geral da Presidência que fala dos problemas que podem ser enfrentados nas 12 cidades-sede. - Comandante da UPP de Manguinhos é baleado durante desocupação de prédio. - Manifestações (pró e contra) os 50 anos do Golpe Militar. - Rio de - Várias cidades brasileiras - Porto Alegre - São Paulo - Belo Horizonte - Cidadessede da Copa - Rio de - Garis - Mulheres e defensores da causa feminina - População de Porto Alegre - Usuários da Ceagesp - Baderneiros dos protestos junho em Minas - Agentes penitenciários - Policiais militares - Policiais que atuam na UPP de Manguinhos - Manifestantes pró e contra a ditadura militar no Brasil 85 textos 22 Aspectos que nos chamam atenção: - A mídia tradicional e a adoção de um modelo de narrativa para a cobertura das manifestações: o protesto que começa pacífico e termina em pancadaria/vandalismo/quebradeira. - Os mascarados como manifestantes ilegítimos, pessoas que se aproveitam da situação para promover violência e depredação.

10 - As manifestações de junho parecem interferir na permeabilidade da imprensa às manifestações cotidianas, como greves e demandas locais por políticas públicas. O panorama resulta do monitoramento realizado de outubro de 2013 até março de Durante esses meses, foram capturados os conteúdos que tratavam de alguma manifestação ou protesto, publicados diariamente em destaque nas páginas eletrônicas dos seguintes veículos: -Portais de notícias: G1, R7, Uol, El País -Jornais televisivos de abrangência nacional: Jornal Nacional (Rede Globo), Jornal da Band, Jornal da Record, Jornal do SBT, Jornal das Dez (Globo News), Rede TV News e Fantástico (Rede Globo) -Jornais televisivos de abrangência local: MGTV 1ª edição (Rede Globo) e Jornal da Alterosa - 1ª edição (TV Alterosa/SBT) -Programas de variedades e celebridades: Encontro com Fátima Bernardes (Rede Globo) e TV Fama (Rede TV!) - Revistas semanais: CartaCapital, Época, Istoé e Veja -Veículos considerados não institucionais: Pragmatismo Político e Revista Fórum -Redes sociais: Páginas do Facebook (Não vai ter Copa, Dilma Bolada, Fora Lacerda, Fora do Eixo, Brigadas Populares e BH nas ruas), Twitter dos presidenciáveis (Marina Silva, Dilma Rousseff e Aécio Neves) e Twitter Mídia Ninja