RIO GEOGRAFIA - 3º. Devido. centro-sul do pré-cambrianas, bem. anos, se. formou a. ocasiões o. encontramos. da Terra. da história.

Transcrição

1 RIO GRANDE DO SUL FORMAÇÃO DO RELEVO Devido à antigüidade e à estabilidade e do embasamento rochoso, as altitudes são modestas e o relevo é mais ou menos suave. Isso porque há milênios a erosão vem rebaixando os perfis mais elevados e arredondandoo as formas mais abruptas. Sob o aspecto geológico, o território rio-grandenscristalinas, sedimentares e basálticas. No centro-sul do estado aflora um núcleo de rochas cristalinas pré-cambrianas, comoo granitos e gnaisses, sob a forma de um pequeno planalto. Esse núcleo faz parte de uma estrutura bem maior, o antigo embasamento sobre o é constituído por rochas qual, em uma grande depressão e durante dezenas de milhões de s, se formou a bacia sedimentar do Paraná. Há cerca de 120 milhões de s, portanto durante a era Mesozóica, essa bacia passou por intenso vulcanismo. Por diversas e sucessivas ocasiões o magma subiu e se derramou pela superfíciee através de extensas fraturas abertas na crosta. Ao se consolidar, a lava vulcânica formou rochas basálticas que cobriram grande parte da bacia do Paraná, incluindo o que é hoje o norte do estado e a maior parte do planalto Meridional do Brasil, também chamado de planalto da Bacia do Paraná. O planalto Sul-Rio-Grandense No centro-sul uma área de rochas muito antigas, que se formaram na primeira fase da história da Terra. Trata-se do escudo cristalino, que constitui o planalto Sul-Rio Grandense. Nessas partes mais altas os morros são mais salientes e aparecem agrupados, formandoo serras são as serras Sul-Rio-Grandenses. Por estarem localizadas no sudestee do estado, elas são conhecidas comoo serras de Sudeste. Planalto Sul Rio- Grandense, serras de Sudeste ou simplesmente escudo são expressões s do estado encontramos usadas para designar a mesma unidade geomorfológica. As principais serras de Sudeste são: de Caçapava, de Encruzilhada, dos Tapes e do Herval. 1

2 O planalto Norte-Rio-Grandensee A parte norte do Rio Grande do Sul é constituída por terrenos mais ou menos elevados, que formam o planalto Norte- sul do planalto Meridional do Brasil, que se estende desde o sul Rio-Grandense. Esse planalto nada mais é que a extremidade de Goiás até o Rio Grande do Sul. Em classificação moderna essa grande unidade do relevo brasileiro é denominada planaltos e chapadas da Bacia do Paraná. O planalto Norte-Rio- antigas, principalmente o arenito, que estão cobertas por Grandensee é formadoo por rochas sedimentares relativamente espessas camadas de rochas vulcânicas, sobretudo o basalto. Por isso dizemos que esse planalto é arenítico-basáltico. Devido a antigas fraturas e sobretudo à intensa erosãoo sob clima úmido, a encosta apresenta-se muito acidentada, notadamente em sua parte leste. Aí aparecem escarpass abruptas e morros com declives acentuados que oferecem belas paisagens. É nessa área que está localizado o famosoo Itaimbezinho - um profundo e escarpado vale (um canyon),dee grande atração turística. A encosta do planalto Norte-Rio-- o relevo mais acidentado do Rio Grande do Grandense tem o nome de serra Geral. Ela representa Sul. A depressão Central Separando as terras altas do planalto Norte-Rio-Grandensde terras relativamente baixas, planas ou levementee onduladas, que constitui a depressão periférica Sul-Rio-Grandense. Ao contrário do que ocorre no sudoeste do estado, na conhecida Campanha, onde as altitudes e formas exteriores não apresentam grandes diferenças em relação aos planaltos contíguos, essa unidade de relevo é mais individualizadaa e facilmente perceptível na faixa central do estado. Por isso ela é mais conhecida comoo depressão dos terrenos menos elevados do planalto Sul-Rio-Grandense há uma faixa Central. A planície Litorânea O litoral rio-grandense, isto é, a faixaa de terra que fica junto ao oce Atlântico, é uma planície, pois seus terrenos são baixos e pls. É a planície Litorânea ou planície Costeira, formada por sedimentos recentes depositados, sobretudo pelo trabalho do mar. No litoral norte a planície é estreita, já que as escarpas da serra Geral estão a poucos quilômetros de distância do oce. Bem ao norte aparecem junto ao mar elevações rochosas que são blocos remanescentes dos grandes falhamentos sofridos no passado geológico pela bacia do Paraná. A Campanha GEOGRAFIA - 3º A região do oeste e do sudoeste do Rio Grande do Sul tem o nome de Campanha. Embora pertençam a distintas unidades do relevo ao planalto arenítico-basálticoo e à depressão periférica, seus terrenos têm certa semelhança, pois neles predominamm elevações suaves e alongadas. Vistas de longe essass elevações se assemelham à curva que existe perto da ponta de um facão. Antigamente essa parte do facão era chamada de coxilha, e por isso as elevações suaves e compridas do estado receberam o nome de coxilhas. Os solos da Campanha são mais propícios à pecuária, embora possam ser cultivados, particularmente nos vales dos rios e nas baixadas, onde a lavoura de arroz tem grande destaque. Em terrenos onde aflora um determinado arenito da era Mesozóica da época chamada de série Botucatu há grandes áreas intensamente desertificadas. Ali soloss originalmente arenosos sofreram uso inadequado, com ação continuada de máquinas agrícolas, adubos químicos em excesso e pisoteio do gado. As áreas mais conhecidas são o deserto de São João, em Alegrete, e o deserto de Puitã, em São Borja. 2

3 POPULAÇÃO E MIGRAÇÕES Como se sabe, o planalto e a encosta fo- ram colonizados por imigrantes europeus e seuss descendentes, com base na pequena propriedade, no uso de mão-de-obra familiar e na policultura associada à criação de animais. Esse sistema econômico-social em que o produtor é o donoo dos frutos do seu trabalho estimulou o maior desenvolvimentoo das regiões coloniais, particularmentee em com- paração com a região de grandes propriedades da Campanha. No entanto, com o passar das gerações, as terras foram sendo sucessivamente partilhadas, de maneira que muitas propriedades rurais se tornaram minifúndios, incapazes de sustentar uma família sequer. Nessass condições, a antiga rotação de terras, em que sempre há uma parcela em descanso, não pôde mais ser mantida, obrigando cada família ao uso continuado de toda a extensão da propriedade. Com isso os solos esgotam-se rapidamente. Ao mesmo tempo, tornou-se necessário desmatar e incorporar ao cultivo áreas antes preservadas, geralmente nos terrenos mais inclinados. Na encosta e principalmente nos vales esse fenômeno ocasionou sérios problemas de erosão dos solos e assoreamentoo dos cursos de água. Nos s 1970 persistiu o que alguns chamam de diáspora gaucha, só que agora em busca de terras baratas preferencialmente para o cultivo da soja que, por ser uma monocultura, demanda propriedades maiores. Assim, o fluxo migratório avançou pouco a pouco, ocasionando a 3

4 presença de rio-grandenses no norte de Mato Grosso do Sul (Rio Verde de Mato Grosso), no sul de Goiás (Rio Verde) ), em diversas áreas de Mato Grosso (Rondonópolis, no sul; Novoo Oeste, no oeste; Sinop, no norte; São Félix do Araguaia, no nordeste), em Rondônia (Ji-Paraná) e no Pará (Altamira). Nos s 1980 e 1990 agricultores gaúchos estabeleceram-se no Triângulo Mineiro (Uberaba), em regiões de cerrado do Tocantins, no oeste da Bahia (Barreiras), no sul do Piauí (Monte Alegre do Piauí) e no Maranhão (Balsas). Simultaneamente continuou a correntee migratória para o norte, com gaúchos povoando áreas do noroeste de Mato Grosso (Aripuanã), Acre (Xapuri), sul do Amazonas (Humaitá) e até no longínquo estado de Roraima. Desse modo, há dezenas de s o Rio Grande do Sul vem contribuindo para o povoamento de regiões desabitadas do interior do Brasil. Embora alguns entendam que a emigração é prejudicial ao estado, que com ela perdee recursos hums geralmente qualificados para a prática agrícola, não se pode ignorar que o processo apresenta pelo menos dois aspectoss positivos: alivia a pressão demográfica em áreas onde não há mais terras a explorar; ampliaa o espaço agrário do país, pela incorporação de novas áreas produtivas ao mercado nacional, beneficiando o Brasil. DISTRIBUIÇÃO DAS INDÚSTRIAS A indústria fabril ou de transformação surgiu no Rio Grande do Sul no fim do século XIX e início do século XX. Antes dessa época, merecem referência apenas a atividade saladeiril, localizada principalmente na zona de Pelotas, e diversass oficinas instaladas nas zonas coloniais. O surgimento da indústria foi favorecido pelo desenvolvimento do comércio de produtos coloniais, pois foi ele que forneceu a maior parte do capital inicial aplicado nos empreendimentos fabris. Ao mesmo tempo, a formaçãoo de mercados de consumoo nas áreas coloniais permitiu que a atividade industrial tivesse relativo sucesso. As primeiras indústrias foram instaladass em Rio Grande, Pelotas, Porto Alegre, Novo Hamburgo e Caxias do Sul. Geralmente estavam relacionadas ao aproveitamento da produção agropecuária (indústria alimentícia, têxtil, de couros, etc). Desde o princípio do século XX o surgimento de indústriass passou a ser mais intenso em Porto Alegre do que nas outras cidades, e a capital tornou-se aos poucos o centro fornecedor de produtos industrializados. Em Porto Alegre instalou-se a maioria das indústrias de bens duráveis do estado, além de grande parte das indústrias de bens de consumo. Logo, porém, começaramm a surgir indústrias em muitas cidades do interior, quase todas ligadas ao aproveitamento da produção local: grandes frigoríficos (estrangeiros) e lanifícios na zona sul e na Campanha, destinados à industrialização e mesmo à exportação dos produtos da pecuária; indústria de couros e calçados no vale do rio dos Sinos; indústria vinícola em Caxias do Sul e Bento Gonçalves; e indústrias de beneficiamento em cidades do planalto e da encosta (engenhos, moinhos, frigoríficos, fábricas de móveis, de produtos alimentícios, etc.) 4

5 Dessa maneira a indústria tornou-se muito importante no Rio Grande do Sul, prin- cipalmentee como atividade transformadora dos produtos agropecuários. Sua produção está voltada em grande parte para o abastecimento dos mercados da região Sudeste. Exportações GEOGRAFIA - 3º Importações BACIAS HIDROGRÁFICAS Devido à influência decisiva do relevo, os rios do território rio-grandense correm em duas direções. Uns dirigem-se para o rio Uruguai, formando seu conjunto a baciaa do Uruguai. Outros encaminham-se paraa leste, desaguando nas lagoas costeiras ou indo diretamente para o oce: eles formam a bacia Atlântica. 5

6 REGIONALIZAÇÃO Uma divisão do estado muito ao gosto de economistas, desenvolvida no meio acadêmico, mas apreciada, sobretudo no meio político gaúcho, reconhecee a existência de duas grandes frações de espaço bem distintas no Rio Grande Sul: um norte rico e um sul pobre. Trata-se de um procedimentoo com forte amparo na formação socioespacial do estado. De modo geral, ela se deu por dois processos histórico-sociais diferentes, que levaram à configuração de duas grandes frações: o sul centrado na Campanha e o norte identificado com o planalto. Mesmo não sendo uma divisão rigorosa, pois despreza diversidades espaciais menos expressivas, há o problema de estabelecer a linha divisória entre as duas partes. Deve-se lembrar que há comunidades ricas no sul (em Candiota, Hulha Negra e Canguçu, por exemplo) e municípios pobres no norte (no médio e no alto Uruguai e nos campos de cima da serra). Mas, tomandoo por base as áreas de atuação dos Conselhoss Regionais de Desenvolvimento, pode-se dizer que o sul pobre engloba a fronteira oeste, a região central, a Campanhaa e a região sul; o restante constitui o norte rico. O quadro abaixo revela duas realidades bem distintas no Rio Grande do Sul: O norte rico e o sul pobre. Com superfíciee aproximada à do sul, o norte concentra mais de três quartos da população e mais de quatro quintos da riqueza produzida no estado. Em conseqüência, enquanto a densidade demográfica do sul é de aproximadamente 17 hab./km2, a do norte está em tornoo de 57 hab./km2; ao mesmo tempo, a renda per capita dos nortistas é quase 50% maior que a dos sulistas. 6

7 A NOVA DIVISÃO REGIONAL OS PROBLEMAS AMBIENTAIS A DESERTIFICAÇÃO ECOLÓGICA NO RIO GRANDE DO SUL No sudoeste do Rio Grande do Sul vem ocorrendo um processo de desertificação que se acreditaa ser provocado pela ação antrópica. A paisagem atual se assemelha a um deserto árido, com solos arenososs e formação de dunas. Por esse aspecto, muitos acreditam que está ocorrendo uma desertificação climática na região. Grande eng. As precipitações pluviométricas locais são bem distribuídas ao longo do, com média de mmm por, índice bem superior aos dos desertos, não tendo apresentado alterações nas últimas décadas. Esse fenômeno é, na verdade, uma desertificação ecológica ou uma arenização como denominou a professora Drª. Dirce Suertegaray, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Trata-se, segundo ela, de uma "deficiência da cobertura vegetal devido à intensa mobilidade dos sedimentos por ação das águas e ventos". Acredita-se que o pastoreio e a introdução de plantios recentes como o da soja sejam responsáveis pelo raleamento da cobertura vegetal nativa (campos). Tal acontecimentoo expôs os arenitos encontrados no subsolo que passaram a sofrerr intensa erosão eólica, devido aos fortes ventos que sopram na região. Essa combinação de fatores fez com que o solo se tornasse arenoso, marcando a paisagem local. No entanto, a atividade humana pode não ser a única causa do fenômeno. "Os areais fazem parte da dinâmica da paisagem do estado", afirma a professora Suertegaray, que realizou um estudo para determinar as causas do fenômeno. Segundo o estudo, parece que a formação de areais antecede a ocupação humana da região. 7