Opinião Legislação Jurisprudência
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- Ana Carolina Garrido Pinto
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1 01 área de prática de ambiente e energia newsletter abril 2014 editorial Temos o prazer de enviar a Newsletter de Ambiente da jpab José Pedro Aguiar Branco & Associados, Sociedade de Advogados, RL. alterações ao regime jurídico dos serviços municipais de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos é o tema do artigo de opinião da responsabilidade de Joana Silva Aroso. A súmula de legislação e jurisprudência inclui uma referência a legislação relativa ao Mar e Náutica Ficamos a aguardar os Seus comentários a enviar para newsletter@jpab.pt Com os melhores cumprimentos José Pedro Aguiar-Branco & Associados alterações ao regime jurídico dos serviços municipais de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais e de gestão de resíduos urbanos No passado dia 6 de março, foi publicada, em Diário da República, a Lei n.º 12/2014, que procede à segunda alteração ao regime jurídico dos serviços municipais de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos. O diploma entrou em vigor a 11 de março de 2014, e traz, a nosso ver, alguma clarificação e novidades importantes. No que se refere à clarificação, esta prende-se com a questão da obrigatoriedade de ligação aos sistemas municipais respetivos, ou seja, com o dever de construção de ramais de ligação. Diz-se agora, no artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20.08, na redação que lhe foi dada pelo diploma acima mencionado, que é obrigatória para os utilizadores a ligação aos sistemas municipais respetivos, a não ser que a câmara municipal, por razões ponderosas de interesse público que o justifiquem, reconheça a inexistência desse dever. Esclarece-se, ainda, que, para efeitos desta norma, é considerado utilizador dos sistemas municipais qualquer pessoa singular ou coletiva, pública ou privada, cujo local de consumo se situe no âmbito territorial do sistema. Este esclarecimento legislativo não é despiciendo, dado que as questões da responsabilidade pela construção dos ramais de ligação e pelo respetivo pagamento ocuparam, por diversas vezes, e com diferentes desfechos, instâncias administrativas e tribunais, mesmo depois da entrada em vigor do referido Decreto-Lei n.º 194/2009. Efetivamente, levantavam-se dúvidas legítimas acerca da legalidade da cobrança de taxas pelos Municípios ou entidades gestoras, aos consumidores finais, pela instalação dos ramais de ligação, sobretudo pela redação pouco incisiva do artigo 69.º deste diploma. Aliás, a tal responsabilidade parecia, à primeira vista, opor-se a redação dos artigos 282.º a 285.º do Decreto- Regulamentar n.º 23/95, de 23.08, embora o artigo 79.º do Decreto-Lei n.º 194/2009 tenha salvaguardado que as normas deste diploma regulamentar apenas vigoravam em tudo o que não contrariasse o diploma legislativo que lhe servia de base, até à aprovação de novo regime regulamentador dos sistemas municipais e prediais (que, aliás, ainda se aguarda). A propósito desta questão, embora ainda aplicando legislação anterior ao atual regime legal, é interessante a leitura do Acórdão de , da 1.º Secção (CA) do Tribunal Central Administrativo do Norte, proferido no âmbito do processo n.º 00180/08.7BEBRG (disponível para consulta em O Tribunal considerou que, analisadas as normas aplicáveis, e, nomeadamente, o plasmado na Lei das Finanças Locais (primeiro, no artigo 20.º da Lei n.º 42/98, de 06.08, e depois no artigo 16.º da Lei n.º 2/2007, de diplomas já revogados mas cuja matéria se encontra hoje prevista na Lei n.º 73/2013, de 03.09), a responsabilidade pelo pagamento dos custos de construção dos ramais era, já, dos respetivos utilizadores. A recente Lei n.º 12/2014 vem, pois, acolher esta posição, e, assim, dar maior conforto aos tribunais e aos Municípios, os quais, na sua maioria, tinham aprovados e em plena aplicação Regulamentos de Abastecimento de Água e Saneamento que previam a aplicação de taxas pela instalação dos ramais, cuja legalidade foi muitas sindicada judicialmente por associações de defesa dos consumidores. No que se refere às novidades, a Lei n.º 12/2014 introduz alterações de relevo nos regimes de faturação e contraordenacional. Assim, está agora expressamente prevista a obrigação de emissão de faturas detalhadas, de modo a que os utilizadores finais possam conhecer e verificar todas as componentes de custo que integram o serviço prestado,
2 02 seja de abastecimento de água, de saneamento de águas residuais ou de gestão de resíduos urbanos. A decomposição do custo global deve ser clara e rigorosa. É ainda de salientar o enorme aumento dos limiares das coimas aplicáveis às entidades gestoras pelo incumprimento das suas obrigações, que passaram de 7.500,00 a ,00, para valores que podem ir dos ,00 a ,00. Prevê-se, ainda, de modo inovador, que a aplicação, por parte das entidades gestoras, de tarifas diferentes das fixadas pela Entidade Reguladora das Águas e dos Resíduos, I.P. (ERSAR, cujos Estatutos foram aprovados pela Lei n.º 10/2014, também publicada a 06.03), em caso de incumprimento do regulamento tarifário, constitui contraordenação punível com coima de ,00 a ,00. Aos proprietários dos edifícios ou utilizadores de serviços que incumpram a obrigação de ligação aos sistemas municipais respetivos é aplicável coima entre 1.500,00 a 3.740,00 (para pessoas singulares) e entre 7.500,00 e ,00 (para pessoas coletivas). Estas sanções já eram aplicáveis, e assim se mantêm, para os casos de incumprimento da obrigação de ligação dos sistemas prediais aos sistemas públicos; de execução de ligações aos sistemas públicos ou alteração das ligações existentes sem a respetiva autorização; e, finalmente, de uso indevido ou dano a qualquer obra ou equipamento dos sistemas públicos. Joana Silva Aroso advogada i. legislação nacional d.r. série i Portaria n.º 54/2014. D.R. n.º 43, Série I de Aprova a delimitação do perímetro de proteção da captação de água superficial localizada na Albufeira da Barragem de Odelouca, situada em Odelouca, na freguesia de Alferce do concelho de Monchique Lei n.º 10/2014. D.R. n.º 46, Série I de Aprova os Estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos Lei n.º 12/2014. D.R. n.º 46, Série I de Procede à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 194/2009, de 20 de agosto, que estabelece o regime jurídico dos serviços municipais de abastecimento público de água, de saneamento de águas residuais urbanas e de gestão de resíduos urbanos, modificando os regimes de faturação e contraordenacional Declaração de Retificação n.º 15/2014. D.R. n.º 46, Série I de Presidência do Conselho de Ministros - Secretaria- Geral Retifica a Portaria n.º 3-A/2014, de 7 de janeiro, dos Ministérios das Finanças e do Ambiente, Ordenamento do Território, que estabelece os procedimentos de repartição das receitas geradas pelos leilões de licenças de emissão de gases com efeito de estufa, incluindo o plano anual de utilização das receitas e o modo de articulação do Fundo Português de Carbono com outros organismos na alocação e utilização dessas receitas, bem como os montantes a deduzir à tarifa de uso global do Sistema Elétrico Nacional, publicada no Diário da República, n.º 4, Suplemento, 1.ª série, de 7 de janeiro de 2014 Portaria n.º 58/2014. D.R. n.º 47, Série I de Ministério da Agricultura e do Mar Designa os portos para as descargas ou transbordos de espécies capturadas nas águas da União ou em áreas geridas por Organizações Regionais de Pesca Portaria n.º 61/2014. D.R. n.º 48, Série I de Aprova a delimitação dos perímetros de proteção de várias captações localizadas no concelho de Pombal e revoga a Portaria n.º 34/2013, de 29 de janeiro Portaria n.º 62/2014. D.R. n.º 48, Série I de Aprova a delimitação da Reserva Ecológica Nacional do município de Coimbra Portaria n.º 63/2014. D.R. n.º 48, Série I de Ministério da Agricultura e do Mar Primeira alteração à Portaria n.º 170/2013, de 2 de maio, que permite, até 31 de dezembro de 2013, a captura de achigã (Micropterus salmoides) de quaisquer dimensões em todos os cursos de água da sub-bacia hidrográfica da ribeira do Vascão Portaria n.º 66/2014. D.R. n.º 50, Série I de Define o sistema de avaliação dos técnicos do Sistema de Certificação Energética dos Edifícios (SCE) e aprova as adaptações ao regime jurídico de certificação para acesso e exercício da atividade de formação profissional, aprovado pela Portaria n.º 851/2010, de 6 de setembro Resolução da n.º 26/2014. D.R. n.º 54, Série I de Recomenda ao Governo que, numa perspetiva de mitigação, estude a possibilidade do recurso a medidas de urgência para responder aos estragos que resultaram das intempéries que assolaram o País no início do ano, e que simultaneamente promova com celeridade a revisão da Estratégia Nacional para a Gestão Integrada da Zona
3 03 Costeira, numa ótica da prevenção e adaptação às dinâmicas do litoral do País Decreto-Lei n.º 45/2014. D.R. n.º 56, Série I de Aprova o processo de reprivatização da Empresa Geral do Fomento, S. A. Decreto-Lei n.º 47/2014. D.R. n.º 58, Série I de Procede à primeira alteração ao Decreto-Lei n.º 151- B/2013, de 31 de outubro, que estabelece o regime jurídico de avaliação de impacte ambiental (AIA) dos projetos públicos e privados suscetíveis de produzirem efeitos significativos no ambiente, transpondo a Diretiva n.º 2011/92/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de dezembro de 2011, relativa à avaliação dos efeitos de determinados projetos públicos e privados no ambiente Resolução do Conselho de Ministros n.º 22/2014. D.R. n.º 59, Série I de Presidência do Conselho de Ministros Autoriza a realização da despesa relativa à aquisição de serviços de operação e manutenção dos meios aéreos próprios pesados do Estado necessários à prossecução das missões públicas de combate aos incêndios florestais atribuídas ao Ministério da Administração Interna Declaração de Retificação n.º 20/2014. D.R. n.º 61, Série I de Declaração de Retificação à Lei n.º 3/2014, de 28 de janeiro, que «Procede à segunda alteração à Lei n.º 102/2009, de 10 de setembro, que aprova o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho, e à segunda alteração ao Decreto-Lei n.º 116/97, de 12 de maio, que transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 93/103/CE, do Conselho, de 23 de novembro, relativa às prescrições mínimas de segurança e de saúde no trabalho a bordo dos navios de pesca», publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 19, de 28 de janeiro de 2014 Portaria n.º 77/2014. D.R. n.º 63, Série I de Aprova a delimitação dos perímetros de proteção de várias captações de água subterrânea localizadas no concelho de Beja ii. legislação comunitária Decisão de Execução n.º 2014/112/UE da Comissão, de 27 de fevereiro de 2014, que concede uma derrogação, a pedido da Irlanda, ao abrigo da Diretiva 91/676/CEE do Conselho relativa à proteção das águas contra a poluição causada por nitratos de origem agrícola [notificada com o número C(2014) 1194], JO L 61 de Regulamento (UE) n.º 206/2014 da Comissão, de 4 de março de 2014, que altera o Regulamento (UE) n.º 601/2012 no que respeita aos potenciais de aquecimento global de gases com efeito de estufa diversos do CO2, JO L 65 de Recomendação n.º 2014/117/UE da Comissão, de 3 de março de 2014, relativa ao estabelecimento e execução dos planos de produção e de comercialização previstos no Regulamento (UE) n.º 1379/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece a organização comum dos mercados dos produtos da pesca e da aquicultura, JO L 65 de Regulamento de Execução (UE) n.º 211/2014 da Comissão, de 27 de fevereiro de 2014, que retifica a versão eslovaca do Regulamento (CE) n.º 340/2008 da Comissão relativo a taxas e emolumentos a pagar à Agência Europeia dos Produtos Químicos nos termos do Regulamento (CE) n.º 1907/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo ao registo, avaliação, autorização e restrição dos produtos químicos (REACH), JO L 67 de Informação sobre a data de entrada em vigor do Protocolo que fixa as possibilidades de pesca e a contrapartida financeira previstas no Acordo de Parceria no domínio da pesca entre a Comunidade Europeia, por um lado, e o Governo da Dinamarca e o Governo local da Gronelândia, por outro, JO L 69 de Diretiva n.º 2014/38/UE da Comissão, de 10 de março de 2014, que altera o anexo III da Diretiva 2008/57/CE do Parlamento Europeu e do Conselho no que respeita à poluição sonora, JO L 70 de Decisão de Execução n.º 2014/128/UE da Comissão, de 10 de março de 2014, relativa à aprovação do módulo «E-Light» de faróis de médios constituídos por díodos emissores de luz, como tecnologia inovadora para reduzir as emissões de CO2 dos automóveis de passageiros, em conformidade com o Regulamento (CE) n.º 443/2009 do Parlamento Europeu e do Conselho, JO L 70 de Decisão n.º 2014/146/UE do Conselho, de 28 de janeiro de 2014, relativa à celebração do Acordo de Parceria no domínio das Pescas entre a União Europeia e a República da Maurícia, JO L 79 de Acordo de Parceria no domínio das Pescas entre a União Europeia e a República da Maurícia, JO L 79 de Protocolo que fixa as possibilidades de pesca e a contribuição financeira previstas no Acordo de Parceria no domínio das Pescas entre a União Europeia e a República da Maurícia, JO L 79 de Regulamento (UE) n.º 260/2014 da Comissão, de 24 de janeiro de 2014, que altera, tendo em vista a adaptação ao progresso técnico, o Regulamento (CE) n.º 440/2008, que estabelece métodos de ensaio nos termos do Regulamento (CE) n.º 1907/2006 do Parlamento
4 04 Europeu e do Conselho relativo ao registo, avaliação, autorização e restrição dos produtos químicos (REACH), JO L 81 de Regulamento de Execução (UE) n.º 277/2014 da Comissão, de 19 de março de 2014, que derroga o Regulamento (CE) n.º 1967/2006 do Conselho no que respeita à distância mínima da costa e à profundidade mínima para os arrastões que pescam com redes «volantina» nas águas territoriais da Eslovénia, JO L 82 de Diretiva n.º 2014/43/UE da Comissão, de 18 de março de 2014, que altera os anexos I, II e III da Diretiva 2000/25/CE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa às medidas a tomar contra as emissões de gases poluentes e de partículas poluentes provenientes dos motores destinados à propulsão dos tratores agrícolas ou florestais, JO L 82 de Regulamento (UE) n.º 253/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de fevereiro de 2014, que altera o Regulamento (UE) n.º 510/2011 a fim de definir as formas de consecução do objetivo de 2020 em matéria de redução das emissões de CO2 dos veículos comerciais ligeiros novos, JO L 84 de Decisão de Execução n.º 2014/156/UE da Comissão, de 19 de março de 2014, que estabelece um programa específico de controlo e inspeção para as pescarias que exploram unidades populacionais de atum-rabilho no Atlântico Este e no Mediterrâneo e de espadarte no Mediterrâneo, e para as pescarias que exploram unidades populacionais de sardinha e biqueirão no Adriático setentrional [notificada com o número C(2014) 1717], JO L 85 de Regulamento de Execução (UE) n.º 288/2014 da Comissão, de 25 de fevereiro de 2014, que estabelece normas específicas em conformidade com o Regulamento (UE) n.º 1303/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho que estabelece disposições comuns relativas ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, ao Fundo Social Europeu, ao Fundo de Coesão, ao Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural e ao Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas e que estabelece disposições gerais relativas ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, ao Fundo Social Europeu, ao Fundo de Coesão e ao Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas, no que diz respeito ao modelo para os programas operacionais no âmbito do Objetivo para o Investimento no Crescimento e no Emprego, e em conformidade com o Regulamento (UE) n.º 1299/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo às disposições específicas aplicáveis ao apoio prestado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional ao objetivo da Cooperação Territorial Europeia, no que diz respeito ao modelo para os programas de cooperação no âmbito do Objetivo da Cooperação Territorial Europeia, JO L 87 de Regulamento n.º 96 da Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE) Prescrições uniformes relativas à homologação de motores de ignição por compressão a instalar em tratores agrícolas ou florestais e em máquinas móveis não rodoviárias no que diz respeito às emissões de poluentes pelo motor, JO L 88 de Regulamento (UE) n.º 301/2014 da Comissão, de 25 de março de 2014, que altera o anexo XVII do Regulamento (CE) n.º 1907/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo ao registo, avaliação, autorização e restrição dos produtos químicos (REACH), no que respeita aos compostos de crómio VI, JO L 90 de Regulamento (UE) n.º 312/2014 da Comissão, de 26 de março de 2014, que institui um código de rede para a compensação das redes de transporte de gás, JO L 91 de Decisão de Execução n.º 2014/170/UE do Conselho, de 24 de março de 2014, que estabelece uma lista dos países terceiros não cooperantes no âmbito da luta contra a pesca INN, em aplicação do Regulamento (CE) n.º 1005/2008 que estabelece um regime comunitário para prevenir, impedir e eliminar a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, JO L 91 de Decisão do Comité Misto do EEE n.º 207/2013, de 8 Decisão do Comité Misto do EEE n.º 208/2013, de 8 Decisão do Comité Misto do EEE n.º 209/2013, de 8 Regulamento (UE) n.º 317/2014 da Comissão, de 27 de março de 2014, que altera o Regulamento (CE) n.º 1907/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo ao registo, avaliação, autorização e restrição dos produtos químicos (REACH), no que respeita ao anexo XVII (substâncias CMR), JO L 93 de Diretiva n.º 2014/25/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de fevereiro de 2014, relativa aos contratos públicos celebrados pelas entidades que operam nos setores da água, da energia, dos transportes e dos serviços postais e que revoga a Diretiva 2004/17/ CE, JO L 94 de Retificação da Diretiva n.º 2006/105/CE do Conselho, de 20 de novembro de 2006, que adapta as Diretivas 79/409/CEE, 92/43/CEE, 97/68/CE, 2001/80/CE e 2001/81/CE no domínio do ambiente, em virtude da adesão da Bulgária e da Roménia (JO L 363 de ), JO L 95 de
5 05 jurisprudência nacional Acórdãos dos Tribunais Centrais Administrativos Acórdão do Tribunal Central Administrativo do Sul, de 06 de março de 2014, proferido no âmbito do processo nº 08031/11, CA, 2.º Juízo. Neste aresto, o Tribunal decidiu que: 1. O Regulamento do Plano Diretor Municipal (RPDM) da Arrábida ratificado pela Resolução do CM n.º 65/94 e publicado no DR, I Série B, n.º 184, de , não afastou a aplicação do regime previsto para o Parque Natural da Arrábida (PNA), instituído pelo Decreto-Regulamentar n.º 23/98, de e da Portaria n.º 26-F/80, de 09.02, quando em causa está um imóvel situado dentro dos limites desse Parque, em área rural. 2. Da aplicação conjugada dos artigos 5º, 7º, c), 8º, 9º, n.º 1, alínea b) e 17º, n.º 1, alínea a), 2, 3, 4 do RPDM, verifica-se, que este Regulamento determina o respeito pelo estabelecido pelo Decreto-Lei n.º 622/76, de 28.07, entretanto alterado pelo Decreto- Regulamentar n.º 23/98, de 14.10, e pela Portaria n.º 26-F/80, de Isso mesmo é expressamente afirmado no n.º 3 do artigo 17º do RPDM. 3. Ou seja, é o próprio RPDM que remete a regulação, os condicionamentos a aplicar às áreas rurais submetidas à jurisdição do PNA, para o estabelecido nos regulamentos que regulavam especialmente aquela matéria. 4. Por força do estipulado no artigo 18º, n.º 3, do Decreto-Regulamentar n.º 23/98, de 14.10, o estabelecido na Portaria n.º 26-F/80, de 09.02, tinha força vinculante própria, enquanto regulamento administrativo, que se impunha à Administração e aos particulares. 5. Atendendo ao princípio da tipicidade dos planos, aqueles normativos não podem ser considerados como planos especiais de ordenamento do território (PEOT), que, aliás, se previa virem a ser aprovados. 6. Por aplicação dos artigos 34º da Lei n.º 48/98, de e 154º, n.º 4, do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22.09, não tendo sido aquelas normas regulamentares integradas em plano especial de ordenamento para o PNA, como mandava o artigo 18º do Decreto- Regulamentar n.º 23/98, de 14.10, continuariam «em vigor com natureza de plano sectoriais». Consequentemente, mesmo se entendidas com a natureza de plano sectorial, tais normas vinculavam as entidades públicas, tal como determina o artigo 3º, n.º 1, do citado Decreto-Lei n.º 380/99, de Numa área rural abrangida pelo PNA não é suposto fomentarem-se ou serem autorizadas «formas de povoamento disperso», «habitação isolada», que se situem na «transição entre espaços urbanos ou urbanizáveis», mas antes, é imperativo que se restrinja ou condicione essa possibilidade, ou o incremento de tal povoamento ou de habitações, evitando que se transite de um espaço rural abrangido pelo PNA para espaços urbanos ou urbanizáveis. 8. A caracterização de uma área como rural, inserida no PNA, em simultâneo como para-urbana para efeitos do RPDM, é por si mesma conflituante. 9. Um parecer obrigatório e vinculante do PNA que desrespeitou os artigos 14º, n.º 2, da Portaria n.º 26- F/80, de e 17º, n.º1, alínea a), 3, 4 do RPDM, é nulo. 10. Os atos camarários estavam sujeitos à lei, no caso, às determinações contidas no artigo 14º da Portaria n.º 26-F/80, de 09.02, mesmo que existisse um parecer vinculativo em sentido contrário àquelas vinculações. A presente newsletter é de distribuição reservada e a informação nela contida é de carácter geral, não substituindo o aconselhamento jurídico adequado. área de prática de ambiente e energia newsletter abril 2014
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