REFLEXÕES SOBRE O COMPORTAMENTO DA TAXA DE CÂMBIO, TAXA DE JUROS, INFLAÇÃO, DÍVIDA PÚBLICA E DO CRESCIMENTO DO PIB ENTRE 1995 E 2015

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "REFLEXÕES SOBRE O COMPORTAMENTO DA TAXA DE CÂMBIO, TAXA DE JUROS, INFLAÇÃO, DÍVIDA PÚBLICA E DO CRESCIMENTO DO PIB ENTRE 1995 E 2015"

Transcrição

1 REFLEXÕES SOBRE O COMPORTAMENTO DA TAXA DE CÂMBIO, TAXA DE JUROS, INFLAÇÃO, DÍVIDA PÚBLICA E DO CRESCIMENTO DO PIB ENTRE 1995 E 2015 Gabriela Bulhões Estudante do Curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). gabrielabulhoesjorn@gmail.com Ronaldo Bulhões Professor e Pesquisador do Curso de Economia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE)/Cascavel. ronaldo.bulhoes@unioeste.br Resumo Este trabalho teve como objetivo analisar o comportamento da taxa de câmbio, taxa de juros, inflação, dívida pública e do crescimento do PIB entre 1995 e O trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica e de consulta à base de dados do Banco Central do Brasil, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O método adotado foi o de análise qualitativa e quantitativa, através de estatística descritiva, com utilização de gráficos. Os resultados mostraram que a manutenção da taxa de juro em níveis elevados e a desvalorização cambial contribuíram para a redução da inflação, embora esta se mantivesse acima da meta estabelecida. Contudo, se obteve baixas taxas de crescimento da economia e elevação da dívida pública líquida. Palavras-chave: Política monetária. Dívida pública. Crescimento econômico. Área Temática: Áreas Afins das Ciências Sociais Aplicadas. 1 Introdução Taxa de câmbio, taxa de juros, inflação, dívida pública e crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) são variáveis que estão sempre em evidência no cenário econômico. No caso do Brasil estas variáveis têm sido motivo de constantes preocupações, principalmente após 1994 com a implantação do Plano Real. O Plano Real teve como principal meta o controle da inflação, a qual possuía níveis acima de 3 (três) dígitos/ano, isto é, mais de 100% ao ano, após o fracasso de sucessivos planos com o mesmo objetivo durante a década de 1980 e início da década de O sucesso do Plano Real se deveu a política monetária ancorada na política cambial e política de juros. Estas políticas conseguiram reduzir a taxa de inflação para a casa de um dígito/ano, ou seja, menos de 10% ao ano a partir de Contudo, tais políticas provocaram, entre outros, desequilíbrios das contas, aumento da dívida pública e modesto crescimento do PIB. 1

2 A dívida pública é um dos principais instrumentos de política de uma economia e pode ser interna e externa e realizada pelas três esferas do governo (Federal, Estadual e Municipal). De acordo com o DIEESE (2006), a dívida pública quando usada adequadamente pode alavancar o crescimento, financiar os gastos e investimentos do governo. Por outro lado, quando descontrolada, acaba sendo um freio ao crescimento, pela necessidade de geração contínua de grandes superávits primários, que comprometem a capacidade de gastos e de investimento do governo. O orçamento da união, dos estados e dos municípios é dividido em receitas e despesas. Por sua vez, as receitas e despesas se subdividem em operacionais e financeiras. Quando as despesas operacionais superam as receitas operacionais, surge o déficit primário. Quando ocorre o contrário se têm o superávit primário. O déficit total inclui, além do resultado operacional, os gastos com juros, amortizações e a correção da dívida pública. É também chamado de déficit nominal (DIEESE, 2006). O déficit nominal ou total se soma a Dívida Líquida do Setor Público (DLSP), que segundo Barbosa (2001) é as obrigações do setor público, deduzidas do montante de seus créditos, ambos junto ao sistema financeiro, setor privado não financeiro e resto do mundo. Abrange o Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS), empresas estatais, estados e municípios. Assim, o déficit nominal mais a DLSP corresponde à necessidade de financiamento do setor público (NFSP). De acordo com Pinheiro (2000), a DLSP pode ser positiva ou negativa dependendo da capacidade de pagamento gerada pelo crescimento da economia em função da dívida contraída. A mesma demonstra com exatidão a posição financeira do setor público, pois desconta os créditos do próprio governo. A dinâmica básica de financiamento dos gastos públicos é realizada através da emissão de moeda, arrecadação de impostos, venda de títulos públicos e empréstimos externos. Segundo o DIEESE (2006), um indicador importante, porém não suficiente, para analisar a evolução ou tamanho da dívida pública é a relação dívida/pib. Tal relação pode crescer porque o PIB cresce a uma taxa menor do que a dívida ou porque o governo não obtém superávits primários suficientes para estabilizá-la. Diante deste contexto, questiona-se qual foi o comportamento da taxa de câmbio, taxa de juros, inflação, dívida pública e crescimento do PIB de 1995 até 2015? Com vista a responder tal questionamento, este trabalho tem como objetivo analisar o comportamento da taxa de câmbio, da taxa de juros, da inflação, da dívida pública e do crescimento do PIB entre 1995 e O trabalho foi realizado através de pesquisa bibliográfica junto ao Banco Central do Brasil, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), entre outros. O método adotado foi a análise qualitativa e quantitativa, através de estatística descritiva, com utilização de gráficos. Este trabalho conta, além desta introdução, com mais duas seções, quais sejam: (i) o Estado como indutor do crescimento e (ii) resultados e discussões, que faz Considerações sobre o comportamento da taxa de câmbio, da taxa de juros e da Inflação entre 1995 e 2015 e Considerações sobre o comportamento da dívida pública e do crescimento do PIB entre 1995 e Por último, são apresentadas as considerações finais do trabalho. 2

3 2 O papel do estado na economia A partir de 1930, após a grande depressão, em muitos países a tarefa de induzir o crescimento econômico ficou sub a tutela do Estado. Para Keynes (1982) cabe ao estado executar as realizações que deixavam de ser feitas na economia pelos indivíduos comuns. Isto porque o governo possui a função de controle da moeda e do crédito, da transparência dos fatores econômicos, do nível desejado de poupança e investimento por parte dos indivíduos. Neste aspecto, Hirschman (1961) menciona que quando as forças de mercado não dão conta de promover o crescimento de um país, cabe à política intervencionista entrar em cena para corrigir tal situação. De acordo com Costa e Bulhões (2010), para que o Estado possa desempenhar seu papel como indutor do crescimento, ele precisa criar mecanismos de financiamento dos gastos públicos que se dá conforme representado na Figura 1. Figura 1 - Fluxo circular de financiamento do setor público para promover o crescimento do PIB Fonte: Costa; Bulhões (2010). O fluxo apresentado na Figura 1 ilustra a dinâmica de uma economia para financiar seu crescimento e desenvolvimento econômico. De acordo com o fluxo, o crescimento do PIB é financiado através dos seguintes mecanismos: 1- empréstimos externos; 2- emissão de moeda; 3- venda de títulos ou 4- arrecadação de impostos, os quais irão determinar a natureza da dívida pública que pode ser: 1- interna ou 2- externa. Por sua vez, a elevação do PIB via crescimento econômico, deverá criar receita suficiente para saldar o endividamento contraído no primeiro momento fechando assim, o fluxo circular e, ao mesmo tempo, impulsionando a economia. Esse mecanismo deve se repetir até que o Estado se torne auto-sustentável. Caso isso não ocorra, ou seja, o Estado não se torne auto-sustentável, o fluxo pode se tornar uma 3

4 armadilha financiando em sentido contrário: endividamento e crise econômica (COSTA; BULHÕES, 2010). 3 Resultados e discussões 3.1 Considerações sobre o comportamento da taxa de câmbio, da taxa de juros e da Inflação entre 1995 e 2015 Em 1994 no Brasil foi implantado o Plano real, cuja estabilidade foi ancorada na política monetária pautada na (a) política cambial e (b) política de juros. a) Política cambial A política cambial promove o controle das relações comerciais de um país com os demais países do mundo. No Brasil, desde a implantação do Plano Real a política cambial passou por três etapas distintas: (i) adoção do regime de âncora cambial, que foi de 1994 até janeiro de 1995, consistiu em acentuada valorização do câmbio, maior abertura da economia do país, competição dos produtos nacionais com os produtos internacionais, contribuindo assim, para o combate a inflação (MOTTA, 1999). (ii) extinção da âncora cambial, que foi de 1995 a 1999, com desvalorizações graduais do câmbio. Tal medida foi adotada para proteger as contas externas, que estavam passando por desequilíbrios, devido a sobrevalorização do câmbio no período anterior (MOTTA, 1999). No entanto, esta medida resultou em acréscimo da dívida interna, pois parte desta, estava indexada ao câmbio (VERSIANI, 2003). (iii) adoção do regime de livre flutuação, adotado em 1999 e vigente até hoje, a qual permitiu que a política monetária passa-se a ser vinculada por metas para a inflação e não mais pela variação da taxa de câmbio (REGO; MARQUES, 2006). De acordo com o Banco Central do Brasil (2015) o regime de metas para a inflação é um regime monetário no qual o banco central define qual a melhor política monetária a ser adotada para garantir que a inflação efetiva esteja em linha com uma meta pré-estabelecida. O principal instrumento é a taxa de juros de curto-prazo. Não se atribuir à política monetária metas adicionais para o câmbio ou o crescimento econômico. Embora, tais variáveis econômicas são levadas em consideração na construção do cenário prospectivo para a inflação. A taxa de juro para a meta para a inflação foi definida em termos da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A escolha do índice de preços ao consumidor é frequente na maioria dos regimes de metas para a inflação, por ser a medida mais adequada para avaliar a evolução do poder aquisitivo da população, e no caso brasileiro, por ter cobertura nacional e incluir domicílios com renda entre 1 e 40 salários mínimos (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2015a). 4

5 b) Política de juros As taxas de juros têm se constituído numa das mais importantes variáveis macroeconômicas na condução da política monetária e como instrumento de combate à inflação. Isto porque a taxa de juro elevada reduz a demanda agregada, através da restrição do crédito, fazendo com que os preços da economia fiquem estáveis. Sendo assim, a inflação fica controlada (SIMONETTO; TRICHES, 2006; BAHRY, 2003). Por sua vez, os juros altos inibem o crescimento das atividades produtivas, diminuindo assim, a arrecadação de impostos, o que impacta negativamente nas receitas do governo, aumentando o déficit. Neste caso é necessário financiar os gastos, resultando em mais financiamento. Ou seja, aumento na dívida pública (DIEESE, 2006). A remuneração da dívida pública ocorre através do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (SELIC) de Letras do Tesouro Nacional, criado pelo Banco Central do Brasil em 1979, a qual é a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados para títulos federais. Para fins de cálculo da taxa, são considerados os financiamentos diários, e em tempo real, relativos às operações registradas e liquidadas no próprio SELIC e em sistemas operados por câmaras ou prestadores de serviços de compensação e de liquidação. A partir de sua criação, o SELIC se tornou a taxa de referência para remuneração dos títulos públicos e aplicações financeiras no Brasil (BANCO CENTRAL DO BARSIL, 2015b). Na Figura 2 são apresentados os comportamentos médios da Taxa de Câmbio, Taxa de juros medida pelo SELIC, Inflação pelo IPCA e Meta fixa de Inflação para os anos de 1995 a Verifica-se que a taxa de câmbio permaneceu próximo a paridade de R$1,00 por US$1,00 entre 1995 e 1998 quando existia a âncora cambial. A partir de 1999, quando foi adotado o regime de livre flutuação do dólar, a taxa passou para próximo de R$2,00 por US$1,00 permanecendo neste patamar até A partir de 2002 a taxa cambial se aproximou de R$3,00 por US$1,00, chegando a R$3,08 em 2003, cotação mais elevada desde 1995, permanecendo nesse patamar até 2004, quando voltou a cair novamente chegando ao valor mínimo, pós regime flutuante, de R$1,68 por US$1,00 em A partir de 2012 a taxa cambial voltou a se elevar chegando a R$3,17 por US$1,00 em 2015, sendo a mais alta cotação desde 1995 (BANCO CENTRAL DO BARSIL, 2015b). A taxa de juros média anual medida pelo SELIC permaneceu em torno de 24,00% ao ano entre 1995 e 1999, caiu para próximo de 17,00% ao ano até 2001, voltando a crescer a partir de 2002 chegando a aproximadamente 24,00% ao ano em Após 2003 a taxa de juros declinou chegando a 8,29% ao ano em 2013, sendo a menor taxa de juros registrada desde A partir de 2014 a taxa de juros começou a subir chegando a 13,21% em 2015 (BANCO CENTRAL DO BARSIL, 2015b). Por sua vez, a inflação média medida pelo IPCA caiu de 22,41% em 1995 para 1,66% ao ano em 1998, voltando a subir para 8,94% ao ano em 1999, chegando a 12,53% ao ano em A partir de 2003 começou a cair chegando a 3,14% ao ano em 2006, menor índice após 1998, voltando a crescer e permanecendo com oscilações próximas a casa dos 6,00% ao ano com leve tendência de crescimento o qual se acelera chegando a 7,64% em 2015 (IBGE, 2015). Cabe lembrar que em 1998, juntamente com o regime de taxa de câmbio flutuante, foi criado também o regime de metas de inflação a qual foi estipulada em 8,00% para 1999, caindo para 3,50% em 2002, voltando para 4,00% e 5,50% em 2003 e 2004, respectivamente, sendo fixada em 4,50% ao ano a parir de 2005 até Através da Figura 2, observa-se que o comportamento da inflação medido pelo IPCA, com exceção de 2006, 2007 e 2009, esteve 5

6 sempre a cima da meta estabelecida. Tal fato justifica a elevação da taxa de câmbio e taxa de juros, as quais têm como objetivo controlar a inflação. Figura 2 - Comportamento médio da Taxa de Câmbio, Taxa SELIC, Inflação pelo IPCA e Meta fixa de Inflação Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do Banco Central do Brasil (2015a; 2001b) e IBGE (2015). No período analisado, verifica-se que a maior distorção em todas as taxas ocorreu nos anos de 2002 e Tal fato se explica pela transição política a qual gerou expectativas divido a mudança na linha de governo do PSDB para o PT. A dinâmica de elevar as taxas de juros para conter a inflação e atrair e manter o capital estrangeiro aplicado na economia brasileira, resultou em um agravamento da dívida pública, visto que os aumentos promovidos nas taxas de juros são repassados para o total da dívida pública. Esse aumento decorre de dois fatores: o primeiro, se deve à incorporação do custo financeiro da própria dívida. Pois ao elevar-se a taxa de juros básica da economia, que é a referência para pagamento dos títulos da dívida, acaba havendo um incremento do valor inicialmente estabelecido para este título. Sendo este, um ônus a mais para os cofres públicos. Já, o segundo, é produto do efeito de monetização da entrada de capitais internacionais. (SIMONETTO; TRICHES, 2006). 3.2 Considerações sobre o comportamento da dívida pública e do crescimento do PIB entre 1995 e 2015 Conforme mencionado no item 3.1, a política monetária de combate a inflação via elevação da taxa de juros e desvalorização cambial provocou a elevação da dívida pública. Neste aspecto, através da Figura 3, é possível observar o comportamento da dívida líquida total, dívida líquida externa e interna do setor público, bem como do PIB a preços correntes entre 1995 e Através da Figura 3, observa-se que a dívida líquida externa do setor público, ficou na casa de R$38 bilhões entre 1995 e 1998, se elevou para R$108 bilhões em 6

7 1999 chegando a R$153 bilhões em 2004, reduzindo gradativamente até atingir R$927 bilhões negativos em Ao contrário da dívida externa, a dívida líquida interna do setor público passou de R$170 bilhões em 1995 para R$2,8 trilhões em 2015, um valor expressivo se considerar que o PIB no mesmo período passou de R$705 bilhões para R$5,5 cinco trilhões (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2015b; IPEA, 2015). Figura 3 - Comportamento da dívida pública e do crescimento do PIB entre 1995 e 2015 (R$ milhões correntes) Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do Banco Central do Brasil (2015a; 2015b) e IPEA (2015). De acordo com Motta (1999), a mudança no perfil do endividamento público, foi resultado da política monetária baseada nas elevadas taxas de juros. Por sua vez, as desvalorizações cambiais aumentaram expressivamente a dívida mobiliária, afetando por seu turno a dívida externa e a dívida interna com indexação cambial. Conforme Feu (2001), a redução da dívida externa, esteve ligada ao processo de acumulação de reservas, que por sua vez, foram aplicadas em títulos públicos, gerando uma remuneração, que quando convertida em dólares, se tornava superior a obtida com as reservas mantidas em bancos no exterior. Contudo, como o governo não gerou superávits suficientes para pagamentos dos juros o aumento da dívida interna foi bastante superior à redução da dívida externa. Em 2000, a proporção dívida interna/pib aumentou em virtude da queda das reservas internacionais. A relação dívida líquida interna do setor público/pib pode ser melhor visualizada através da Figura 4. Através da Figura 4 se pode observar que a relação dívida pública/pib passou de 24,14% do PIB em 1995 para 51,88% em 2007, permanecendo na casa dos 50,00% até o ano de 2010, a partir de quando sofreu leve redução caindo para 44,82% do PIB em 2015 (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2015b; IPEA, 2015). 7

8 Figura 4 - Relação dívida líquida interna do setor público/pib e variação do PIB entre 1995 e 2014 (em %) Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados do Banco Central do Brasil (2015a) e IPEA (2015). No período compreendido entre 1995 e 2014, a taxa de crescimento do PIB foi bastante modesta, sendo registrado com valores acima de 5,00% somente nos anos de 2004 (5,70%), 2007 (6,00%), 2008 (5,00%) e 2010 (7,60%). Verifica-se que, salvo os anos de 2004 a 2008, 2010 e 2011 onde foram registradas as melhores taxas de crescimento do PIB, o crescimento do PIB não foi significativo, chegando a ser negativo em 2009 (0,2%) e próximo de zero em vários outros anos (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2015; IPEA, 2015). Neste sentido, pode-se inferir que, as baixas taxas de crescimento apresentadas pela economia, elevaram a razão dívida/pib. Considerações Finais Em 1994 foi implantado no Brasil o Plano Real com vistas ao combate a inflação e promoção do crescimento econômico, que teve como base de sustentação a política monetária pautada na política cambial e política de juros. A paridade cambial adotada e mantida, em um sistema de âncora cambial, em aproximadamente R$1,00=US$1,00 e a manutenção da taxa de juros elevada, em torno de 24,00% ao ano até 2003, surtiu o efeito esperado de combate a inflação a qual caiu de 22,41% em 1995 para 1,66% ao ano em A partir de 1999 o sistema de âncora cambial foi substituído pelo regime de meta de inflação, momento em que o câmbio passou a ser flutuante cuja taxa chegou a R$3,08 por US$1,00 dólar em 2003, se mantendo na média de R$2,00 por US$1,00 até 2015, momento em que voltou a subir chegando a R$3,15 por US$1,00. Após 2003 a taxa de juros declinou chegando a 8,29% ao ano em 2013, sendo que a partir de 2014 a taxa de juros começou a subir chegando a 13,21% em Com isso, a taxa de inflação que atingiu 1,66% ao ano em 1999, voltou a subir 8

9 chegando a 12,53% ao ano em 2002 e se mantendo próxima aos 6,00% a partir de 2006, voltando a se elevar para 7,64% em A política monetária de combate a inflação via elevação da taxa de juros e desvalorização cambial serviram para controlar a demanda agregada e por conseguinte a inflação permitindo que o Real mantivesse credibilidade. Contudo, provocou a elevação da dívida pública, principalmente a dívida líquida interna que passou de R$170 bilhões em 1995 para R$2,8 trilhões em 2015, um valor expressivo se considerar que o PIB no mesmo período passou de R$705 bilhões para R$5,5 trilhões. Isso implica que a dívida líquida interna do setor público passou de 24,14% do PIB em 1995 para 44,82% do PIB em No período compreendido entre 1995 e 2014, a taxa de crescimento do PIB foi bastante modesta, fincando na média de 3,00%. À guisa de conclusão, os resultados mostraram que a manutenção da taxa de juro em níveis elevados e a desvalorização cambial contribuíram para a redução da inflação, embora esta se mantivesse acima da meta estabelecida. Contudo, se obteve baixas taxas de crescimento da economia e elevação da dívida pública líquida. Sugere-se para pesquisas futuras que se desagregue a dívida líquida interna com intuito de verificar quem são os principais devedores (governo federal, estadual, municipal, estatais, entre outros). Bem como, se aprofunde os estudos sobre quais setores da economia (indústria, agricultura, comércio, serviços, entre outros) sofreram maiores ganhos e perdas durante o período em questão. Referências bibliográficas BAHRY, T. R. A Economia Brasileira no período : Ciclos de endividamento e crescimento com restrição no balanço de pagamentos Tese (Doutorado em Desenvolvimento Econômico) Universidade Federal do Paraná, Curitiba. Disponível em: < Acesso em 10 set BARBOSA, F. de O. Dívida Pública. Brasília: Ministério da Fazenda/Secretaria do Tesouro Nacional Disponível em: < nos.ppt>. Acesso em 02 out BANCO CENTRAL DO BRASIL. Regime de Metas para a Inflação no Brasil: com informações até março de Disponível em: < regime%20de%20metas%20para%20a%20infla%c3%a7%c3%a3o%20no%20brasil.pdf>. Acesso em 11 out. 2015a. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Banco Central do Brasil: Boletim, Seção Finanças Públicas. Disponível em: < Acesso em 01 out. 2015b. 9

10 COSTA, C.; BULHÕES, R. Perfil do endividamento público brasileiro no período de 1990 a In.: IX Seminário do Centro de Ciências Sociais Aplicadas. Cascavel, 21 a 23 jun DIEESE - DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS. Dez perguntas e respostas para entender a dívida pública brasileira. Nota Técnica nº 14, fev/2006. Disponível em: < Acesso em 10 set FEU, A. Evolução da Dívida Pública Brasileira. Economia & Energia. n o 25 - Março - Abril Disponível em: < Acesso em 15 mai HIRSCHMAN, A. A estratégia do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA. Disponível em: < Acesso em 09 out IPEA - INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Base de dados Macroeconômico. Finanças Públicas. Exibição de séries. Disponível em: < Acesso em 15 set KEYNES, J. M. A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Atlas, MOTTA, J. R. S. T. da. Trajetória do Plano Real. Brasília: Câmara dos Deputados, Nota Técnica, jul/1999. Disponível em: < 14.pdf>. Acesso em 22 jun PINHEIRO, M. M. S. Dívida mobiliária federal e impactos fiscais: 1995/99. Rio de Janeiro: IPEA, Texto para discussão nº 700, jan/2000. Disponível em: < Acesso em 27 jul REGO, J. M.; MARQUES, R. M. Economia Brasileira. 3 ed. São Paulo. Saraiva, SIMONETTO, M. L.; TRICHES D. A análise da condução da política monetária após a implementação do Plano Real: 1994 a Disponível em: < Acesso em 04 set VERSIANI, F. R. A Dívida Pública Interna e Sua Trajetória Recente. Brasília: Universidade de Brasília Departamento de Economia, Texto nº 284, mar/2003. Disponível em: < Acesso em 06 out

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007 NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA A evolução dos principais indicadores econômicos do Brasil em 2007 Introdução Guilherme R. S. Souza e Silva * Lucas Lautert Dezordi ** Este artigo pretende

Leia mais

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Roberto Meurer * RESUMO - Neste artigo se analisa a utilização dos depósitos compulsórios sobre depósitos à vista

Leia mais

número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas

número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas A valorização do real e as negociações coletivas As negociações coletivas em empresas ou setores fortemente vinculados ao mercado

Leia mais

Dívida Líquida do Setor Público Evolução e Perspectivas

Dívida Líquida do Setor Público Evolução e Perspectivas Dívida Líquida do Setor Público Evolução e Perspectivas Amir Khair 1 Este trabalho avalia o impacto do crescimento do PIB sobre a dívida líquida do setor público (DLSP). Verifica como poderia estar hoje

Leia mais

Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil

Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil Indicadores de Risco Macroeconômico no Brasil Julho de 2005 Risco Macroeconômico 2 Introdução: Risco Financeiro e Macroeconômico Um dos conceitos fundamentais na área financeira é o de risco, que normalmente

Leia mais

Economia. Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos,

Economia. Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos, Economia Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos, Comércio Internacional Objetivos Apresentar o papel da taxa de câmbio na alteração da economia. Iniciar nas noções

Leia mais

SINCOR-SP 2016 FEVEREIRO 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

SINCOR-SP 2016 FEVEREIRO 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS FEVEREIRO 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS 1 Sumário Palavra do presidente... 3 Objetivo... 4 1. Carta de Conjuntura... 5 2. Estatísticas dos Corretores de SP... 6 3. Análise macroeconômica...

Leia mais

Conjuntura Dezembro. Boletim de

Conjuntura Dezembro. Boletim de Dezembro de 2014 PIB de serviços avança em 2014, mas crise industrial derruba taxa de crescimento econômico Mais um ano de crescimento fraco O crescimento do PIB brasileiro nos primeiros nove meses do

Leia mais

O CÂMBIO E AS INCERTEZAS PARA 2016

O CÂMBIO E AS INCERTEZAS PARA 2016 O CÂMBIO E AS INCERTEZAS PARA 2016 Francisco José Gouveia de Castro* No início do primeiro semestre de 2015, o foco de atenção dos agentes tomadores de decisão, principalmente da iniciativa privada, é

Leia mais

Taxa de Juros para Aumentar a Poupança Interna

Taxa de Juros para Aumentar a Poupança Interna Taxa de Juros para Aumentar a Poupança Interna Condição para Crescer Carlos Feu Alvim feu@ecen.com No número anterior vimos que aumentar a poupança interna é condição indispensável para voltar a crescer.

Leia mais

Prefeitura Municipal de Castro

Prefeitura Municipal de Castro ANEXO DE METAS FISCAIS LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS - 2015 (Art. 4º, 1º, inciso II do 2º da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000) DEMONSTRATIVO I ANEXO DE METAS ANUAIS Em cumprimento ao disposto

Leia mais

NOTA CEMEC 07/2015 FATORES DA DECISÃO DE INVESTIR DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS UM MODELO SIMPLES

NOTA CEMEC 07/2015 FATORES DA DECISÃO DE INVESTIR DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS UM MODELO SIMPLES NOTA CEMEC 07/2015 FATORES DA DECISÃO DE INVESTIR DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS UM MODELO SIMPLES Setembro de 2015 O CEMEC não se responsabiliza pelo uso dessas informações para tomada de decisões de compra

Leia mais

FUNDAMENTOS DE TEORIA E POLÍTICA MACROECONÔMICA

FUNDAMENTOS DE TEORIA E POLÍTICA MACROECONÔMICA FUNDAMENTOS DE TEORIA E POLÍTICA MACROECONÔMICA O que a macroeconomia analisa? Analisa a determinação e o comportamento dos grandes agregados como: renda, produto nacional, nível geral de preços, nível

Leia mais

Decomposição da Inflação de 2011

Decomposição da Inflação de 2011 Decomposição da de Seguindo procedimento adotado em anos anteriores, este boxe apresenta estimativas, com base nos modelos de projeção utilizados pelo Banco Central, para a contribuição de diversos fatores

Leia mais

AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008

AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008 AGÊNCIA ESPECIAL DE FINANCIAMENTO INDUSTRIAL FINAME RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 31 DE DEZEMBRO DE 2008 Senhor acionista e demais interessados: Apresentamos o Relatório da Administração e as informações

Leia mais

Correção 9)As operações de mercado aberto envolvem variações nos encaixes compulsórios que os bancos. Conceito de Déficit e Dívida Pública

Correção 9)As operações de mercado aberto envolvem variações nos encaixes compulsórios que os bancos. Conceito de Déficit e Dívida Pública Conceito de Déficit e Dívida Pública Correção 9)As operações de mercado aberto envolvem variações nos encaixes compulsórios que os bancos comerciais detêm junto ao Banco Central e, por essa razão, afetam

Leia mais

Curitiba, 25 de agosto de 2010. SUBSÍDIOS À CAMPANHA SALARIAL COPEL 2010 DATA BASE OUTUBRO 2010

Curitiba, 25 de agosto de 2010. SUBSÍDIOS À CAMPANHA SALARIAL COPEL 2010 DATA BASE OUTUBRO 2010 Curitiba, 25 de agosto de 2010. SUBSÍDIOS À CAMPANHA SALARIAL COPEL 2010 DATA BASE OUTUBRO 2010 1) Conjuntura Econômica Em função dos impactos da crise econômica financeira mundial, inciada no setor imobiliário

Leia mais

SINCOR-SP 2016 ABRIL 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

SINCOR-SP 2016 ABRIL 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS ABRIL 2016 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS 1 2 Sumário Palavra do presidente... 4 Objetivo... 5 1. Carta de Conjuntura... 6 2. Estatísticas dos Corretores de SP... 7 3. Análise macroeconômica...

Leia mais

SINCOR-SP 2015 NOVEMBRO 2015 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

SINCOR-SP 2015 NOVEMBRO 2015 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS NOVEMBRO 20 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS 1 Sumário Palavra do presidente... 3 Objetivo... 4 1. Carta de Conjuntura... 5 2. Análise macroeconômica... 6 3. Análise do setor de seguros 3.1. Receita

Leia mais

Previsão da taxa de juros Selic e do câmbio nominal a partir de um modelo Var com restrição

Previsão da taxa de juros Selic e do câmbio nominal a partir de um modelo Var com restrição Previsão da taxa de juros Selic e do câmbio nominal a partir de um modelo Var com restrição Luciano D Agostin * José Luís da Costa Oreiro ** Os indicadores macroeconômicos de emprego, produto e inflação

Leia mais

SINCOR-SP 2015 DEZEMBRO 2015 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS

SINCOR-SP 2015 DEZEMBRO 2015 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS DEZEMBRO 20 CARTA DE CONJUNTURA DO SETOR DE SEGUROS 1 Sumário Palavra do presidente... 3 Objetivo... 4 1. Carta de Conjuntura... 5 2. Análise macroeconômica... 6 3. Análise do setor de seguros 3.1. Receita

Leia mais

Uma estratégia para sustentabilidade da dívida pública J OSÉ L UÍS O REIRO E L UIZ F ERNANDO DE P AULA

Uma estratégia para sustentabilidade da dívida pública J OSÉ L UÍS O REIRO E L UIZ F ERNANDO DE P AULA Uma estratégia para sustentabilidade da dívida pública J OSÉ L UÍS O REIRO E L UIZ F ERNANDO DE P AULA As escolhas em termos de política econômica se dão em termos de trade-offs, sendo o mais famoso o

Leia mais

Boletim Econômico Edição nº 30 maio de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico

Boletim Econômico Edição nº 30 maio de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Boletim Econômico Edição nº 30 maio de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico A crise financeira do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT)? 1 Déficit no FAT deve subir para R$

Leia mais

RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS. Setembro de 2015

RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS. Setembro de 2015 RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS Setembro de 2015 1 RESULTADOS DOS INVESTIMENTOS 1.1. Saldos Financeiros Saldos Segregados por Planos (em R$ mil) DATA CC FI DI/RF PGA FI IRFM1 FI IMAB5 SUBTOTAL CC FI DI/RF FI

Leia mais

EIXO 4 PLANEJAMENTO E GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA

EIXO 4 PLANEJAMENTO E GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA EIXO 4 PLANEJAMENTO E GESTÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA D 4.10 Aspectos fiscais: receita e necessidade de financiamento do governo central (20h) (Aula 1: Receita Pública) Professor: José Paulo de A. Mascarenhas

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI da Revista Construção e Mercado Pini Julho 2007

Texto para Coluna do NRE-POLI da Revista Construção e Mercado Pini Julho 2007 Texto para Coluna do NRE-POLI da Revista Construção e Mercado Pini Julho 2007 A BOLHA DO MERCADO IMOBILIÁRIO NORTE-AMERICANO FLUXOS E REFLUXOS DO CRÉDITO IMOBILIÁRIO Prof. Dr. Sérgio Alfredo Rosa da Silva

Leia mais

Boletim Econômico da Scot Consultoria

Boletim Econômico da Scot Consultoria Boletim Econômico da Scot Consultoria ano 1 edição 2 22 a 28 de abril de 2013 Destaque da semana Alta na taxa Selic O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu elevar a taxa Selic para 7,50% ao ano,

Leia mais

PAINEL 16,0% 12,0% 8,0% 2,5% 1,9% 4,0% 1,4% 0,8% 0,8% 0,0% 5,0% 3,8% 2,8% 3,0% 2,1% 1,0% 1,0% -1,0%

PAINEL 16,0% 12,0% 8,0% 2,5% 1,9% 4,0% 1,4% 0,8% 0,8% 0,0% 5,0% 3,8% 2,8% 3,0% 2,1% 1,0% 1,0% -1,0% Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior ASSESSORIA ECONÔMICA PAINEL PRINCIPAIS INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Número 58 1 a 15 de setembro de 2010 PIB TRIMESTRAL Segundo os dados

Leia mais

O mercado monetário. Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex. Os mercados financeiros são subdivididos em quatro categorias (ASSAF NETO, 2012):

O mercado monetário. Mercado Financeiro - Prof. Marco Arbex. Os mercados financeiros são subdivididos em quatro categorias (ASSAF NETO, 2012): O mercado monetário Prof. Marco A. Arbex marco.arbex@live.estacio.br Blog: www.marcoarbex.wordpress.com Os mercados financeiros são subdivididos em quatro categorias (ASSAF NETO, 2012): Mercado Atuação

Leia mais

1. Atividade Econômica

1. Atividade Econômica Julho/212 O Núcleo de Pesquisa da FECAP apresenta no seu Boletim Econômico uma compilação dos principais indicadores macroeconômicos nacionais que foram publicados ao longo do mês de referência deste boletim.

Leia mais

Situação da economia e perspectivas. Gerência-Executiva de Política Econômica (PEC)

Situação da economia e perspectivas. Gerência-Executiva de Política Econômica (PEC) Situação da economia e perspectivas Gerência-Executiva de Política Econômica (PEC) Recessão se aprofunda e situação fiscal é cada vez mais grave Quadro geral PIB brasileiro deve cair 2,9% em 2015 e aumentam

Leia mais

ANO 4 NÚMERO 25 MARÇO DE 2014 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO

ANO 4 NÚMERO 25 MARÇO DE 2014 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO ANO 4 NÚMERO 25 MARÇO DE 2014 PROFESSORES RESPONSÁVEIS: FLÁVIO RIANI & RICARDO RABELO 1 - CONSIDERAÇÕES INICIAIS Em geral as estatísticas sobre a economia brasileira nesse início de ano não têm sido animadoras

Leia mais

Alternativas para o Brasil. Claudio L. S. Haddad Endeavor - Outubro de 2004

Alternativas para o Brasil. Claudio L. S. Haddad Endeavor - Outubro de 2004 Alternativas para o Brasil Claudio L. S. Haddad Endeavor - Outubro de 2004 Tema do Momento: Crescimento Apesar da recente recuperação da economia, crescimento sustentável continua sendo a preocupação central

Leia mais

Discurso do Ministro Alexandre Tombini, Presidente do Banco. Central do Brasil, na Comissão Mista de Orçamento do. Congresso Nacional

Discurso do Ministro Alexandre Tombini, Presidente do Banco. Central do Brasil, na Comissão Mista de Orçamento do. Congresso Nacional Brasília, 18 de setembro de 2013. Discurso do Ministro Alexandre Tombini, Presidente do Banco Central do Brasil, na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional Exmas. Sras. Senadoras e Deputadas

Leia mais

Finanças Públicas Estaduais: uma breve análise do impacto da Lei de Responsabilidade Fiscal sobre alguns indicadores orçamentários

Finanças Públicas Estaduais: uma breve análise do impacto da Lei de Responsabilidade Fiscal sobre alguns indicadores orçamentários Revista Economia & Tecnologia (RET) Volume 10, Número 2, p. 71-80, Abr/Jun 2014 Finanças Públicas Estaduais: uma breve análise do impacto da Lei de Responsabilidade Fiscal sobre alguns indicadores orçamentários

Leia mais

NOTA CEMEC 05/2015 INVESTIMENTO E RECESSÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA 2010-2015: 2015: UMA ANÁLISE SETORIAL

NOTA CEMEC 05/2015 INVESTIMENTO E RECESSÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA 2010-2015: 2015: UMA ANÁLISE SETORIAL NOTA CEMEC 05/2015 INVESTIMENTO E RECESSÃO NA ECONOMIA BRASILEIRA 2010-2015: 2015: UMA ANÁLISE SETORIAL Agosto de 2015 O CEMEC não se responsabiliza pelo uso dessas informações para tomada de decisões

Leia mais

PESQUISA DE JUROS ANEFAC ref a Novembro/2013 Após seis elevações no ano, taxas de juros das operações de crédito ficam estáveis

PESQUISA DE JUROS ANEFAC ref a Novembro/2013 Após seis elevações no ano, taxas de juros das operações de crédito ficam estáveis PESQUISA DE JUROS ANEFAC ref a Novembro/201 Após seis elevações no ano, taxas de juros das operações de crédito ficam estáveis Com 4,27 no mes, Minas Gerais e Paraná registraram as maiores taxas de juros

Leia mais

ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 22 de Dezembro de 2015

ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 22 de Dezembro de 2015 Associação Brasileira de Supermercados Nº59 ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 22 de Dezembro de 2015 Supermercados mostram queda de -1,61% até novembro Desemprego e renda

Leia mais

Sustentabilidade da Dívida Brasileira (Parte 2)

Sustentabilidade da Dívida Brasileira (Parte 2) 36 temas de economia aplicada Sustentabilidade da Dívida Brasileira (Parte 2) Raí Chicoli (*) Este é o segundo de uma série de três artigos que tratarão do tema da sustentabilidade da dívida brasileira.

Leia mais

A necessidade de elevar a incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS sobre cigarros

A necessidade de elevar a incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS sobre cigarros A necessidade de elevar a incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS sobre cigarros Estudo de Roberto Iglesias, economista, consultor da ACT Maio de 2009 O Poder Executivo, através da Medida

Leia mais

ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 1

ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 1 ANEFAC IMA Institute of Management Accountants 1 PESQUISA DE JUROS - MAIO As taxas de juros das operações de crédito ficaram estáveis em maio/2013. Vale destacar que em maio o Banco Central voltou a elevar

Leia mais

Curso DSc. IBGE Exercícios de Macroeconomia Banca FGV. Prof.: Antonio Carlos Assumpção. Site: acjassumpcao77.webnode.com

Curso DSc. IBGE Exercícios de Macroeconomia Banca FGV. Prof.: Antonio Carlos Assumpção. Site: acjassumpcao77.webnode.com Curso DSc IBGE Exercícios de Macroeconomia Banca FGV Prof.: Antonio Carlos Assumpção Site: acjassumpcao77.webnode.com Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso Economista - 2015 51 - Considere as seguintes

Leia mais

Anexo IV Metas Fiscais IV.1 Anexo de Metas Fiscais Anuais (Art. 4 o, 1 o, inciso II do 2 o da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000)

Anexo IV Metas Fiscais IV.1 Anexo de Metas Fiscais Anuais (Art. 4 o, 1 o, inciso II do 2 o da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000) Anexo IV Metas Fiscais IV.1 Anexo de Metas Fiscais Anuais (Art. 4 o, 1 o, inciso II do 2 o da Lei Complementar n o 101, de 4 de maio de 2000) Em cumprimento ao disposto na Lei Complementar n o 101, de

Leia mais

A EVOLUÇÃO DO PIB PARANAENSE - 2009 A 2014

A EVOLUÇÃO DO PIB PARANAENSE - 2009 A 2014 A EVOLUÇÃO DO PIB PARANAENSE - 2009 A 2014 Marcelo Luis Montani marcelo.montani@hotmail.com Acadêmico do curso de Ciências Econômicas/UNICENTRO Mônica Antonowicz Muller monicamuller5@gmail.com Acadêmica

Leia mais

Aula 7 Inflação. Prof. Vladimir Maciel

Aula 7 Inflação. Prof. Vladimir Maciel Aula 7 Inflação Prof. Vladimir Maciel Estrutura Ferramenta de análise: OA e DA. Inflação Conceitos básicos. Causas. Trade-off com desemprego. Fator sancionador: expansão de moeda. Instrumentos de Política

Leia mais

RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS

RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS Julho de RESULTADOS DOS INVESTIMENTOS Saldos Financeiros Saldos Segregados por Planos (em R$ mil) PGA PB TOTAL CC FI DI/RF FI IRFM1 FI IMAB5 SUBTOTAL CC FI DI/RF FI IRFM1 FI

Leia mais

ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 30 de Novembro de 2015

ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 30 de Novembro de 2015 Associação Brasileira de Supermercados Nº58 ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 30 de Novembro de 2015 Índice de Vendas acumula queda de -1,02% até outubro Vendas do setor

Leia mais

Energia Elétrica: Previsão da Carga dos Sistemas Interligados 2 a Revisão Quadrimestral de 2004

Energia Elétrica: Previsão da Carga dos Sistemas Interligados 2 a Revisão Quadrimestral de 2004 Energia Elétrica: Previsão da Carga dos Sistemas Interligados 2 a Revisão Quadrimestral de 2004 Período 2004/2008 INFORME TÉCNICO PREPARADO POR: Departamento de Estudos Energéticos e Mercado, da Eletrobrás

Leia mais

Renda Fixa Debêntures. Renda Fixa. Debênture

Renda Fixa Debêntures. Renda Fixa. Debênture Renda Fixa Debênture O produto A debênture é um investimento em renda fixa. Trata-se de um título de dívida que gera um direito de crédito ao investidor. Ou seja, o mesmo terá direito a receber uma remuneração

Leia mais

Comentários sobre os resultados

Comentários sobre os resultados Comentários sobre os resultados Os resultados da conta financeira e da conta de patrimônio financeiro são consolidados na relação da economia nacional com o resto do mundo e não consolidados para os setores

Leia mais

Produto Vendas Custo da matéria-prima

Produto Vendas Custo da matéria-prima Conceitos básicos de economia A economia pode ser subdividida em dois grandes segmentos: - Macroeconomia: trata da evolução da economia como um todo, analisando a determinação, comportamento e relações

Leia mais

A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil

A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil 1. INTRODUÇÃO Ivan Tomaselli e Sofia Hirakuri (1) A crise financeira e econômica mundial de 28 e 29 foi principalmente um resultado da

Leia mais

Boletim. Contabilidade Internacional. Manual de Procedimentos

Boletim. Contabilidade Internacional. Manual de Procedimentos Boletim Manual de Procedimentos Contabilidade Internacional Custos de transação e prêmios na emissão de títulos e valores mobiliários - Tratamento em face do Pronunciamento Técnico CPC 08 - Exemplos SUMÁRIO

Leia mais

Conjuntura - Saúde Suplementar

Conjuntura - Saúde Suplementar Conjuntura - Saúde Suplementar 25º Edição - Abril de 2014 SUMÁRIO Conjuntura - Saúde Suplementar Apresentação 3 Seção Especial 5 Nível de Atividade 8 Emprego 9 Emprego direto em planos de saúde 10 Renda

Leia mais

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL II RELATÓRIO ANALÍTICO

TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL II RELATÓRIO ANALÍTICO II RELATÓRIO ANALÍTICO 15 1 CONTEXTO ECONÔMICO A quantidade e a qualidade dos serviços públicos prestados por um governo aos seus cidadãos são fortemente influenciadas pelo contexto econômico local, mas

Leia mais

INDICADORES ECONÔMICO-FISCAIS

INDICADORES ECONÔMICO-FISCAIS GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA - SEF DIRETORIA DE PLANEJAMENTO ORÇAMENTÁRIO DIOR NOTA EXPLICATIVA: A DIOR não é a fonte primária das informações disponibilizadas neste

Leia mais

Ministério da Fazenda

Ministério da Fazenda Ministério da Fazenda Fevereiro 20051 Pilares da Política Macroeconômica - Equilíbrio fiscal - Manutenção da carga tributária do Governo Federal no nível de 2002 - Solidez das contas externas - Medidas

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA «

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA « CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS» ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA «21. O sistema de intermediação financeira é formado por agentes tomadores e doadores de capital. As transferências de recursos entre esses agentes são

Leia mais

A INSTITUIÇÃO TESOURO ESTADUAL EM TEMPO DE AMEAÇAS ÀS FINANÇAS CAPIXABAS*

A INSTITUIÇÃO TESOURO ESTADUAL EM TEMPO DE AMEAÇAS ÀS FINANÇAS CAPIXABAS* A INSTITUIÇÃO TESOURO ESTADUAL EM TEMPO DE AMEAÇAS ÀS FINANÇAS CAPIXABAS* Marcos Bragatto O sucesso da gestão de qualquer instituição se fundamenta na eficiência do desempenho do tripé métodos, meios e

Leia mais

INFORMA DIEESE agosto/2008

INFORMA DIEESE agosto/2008 INFORMA DIEESE Nº. 74 AGOSTO/2008 1 INFORMA DIEESE agosto/2008 A INFLAÇÃO RECENTE E AS CAMPANHAS SALARIAIS A inflação voltou? Como ficam as campanhas salariais dos trabalhadores? Com o objetivo de discutir

Leia mais

ÍNDICE. NOTAS EXPLICATIVAS Metodológica e Fontes Estatísticas.. 3 Conceitos...3 Sinais Convencionais... 6 Siglas e Abreviaturas...

ÍNDICE. NOTAS EXPLICATIVAS Metodológica e Fontes Estatísticas.. 3 Conceitos...3 Sinais Convencionais... 6 Siglas e Abreviaturas... ÍNDICE PREFÁCIO... 2 NOTAS EXPLICATIVAS Metodológica e Fontes Estatísticas.. 3 Conceitos...3 Sinais Convencionais... 6 Siglas e Abreviaturas... 6 ANÁLISE DE RESULTADOS Situação Global... 7 Conta Corrente...

Leia mais

1ª GESTÃO DILMA. Menor rigor fiscal. Metas de inflação em prazo mais longo (menor velocidade de ajuste), maior expansão de crédito

1ª GESTÃO DILMA. Menor rigor fiscal. Metas de inflação em prazo mais longo (menor velocidade de ajuste), maior expansão de crédito 1ª GESTÃO DILMA Menor rigor fiscal Metas de inflação em prazo mais longo (menor velocidade de ajuste), maior expansão de crédito Controles diretos de preços (gasolina e energia, por exemplo) e desonerações

Leia mais

OPINIÃO Política Monetária, Arbitragem de Juro e Câmbio

OPINIÃO Política Monetária, Arbitragem de Juro e Câmbio OPINIÃO Política Monetária, Arbitragem de Juro e Câmbio João Basilio Pereima Neto A combinação de política monetária com elevada taxa de juros em nível e política cambial está conduzindo o país à uma deterioração

Leia mais

A EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO EXTERNO DIRETO (IED) NO BRASIL: 1995-2013 1 RESUMO

A EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO EXTERNO DIRETO (IED) NO BRASIL: 1995-2013 1 RESUMO 1 A EVOLUÇÃO DO INVESTIMENTO EXTERNO DIRETO (IED) NO BRASIL: 1995-2013 1 Cleidi Dinara Gregori 2 RESUMO Este artigo tem como objetivo analisar a evolução do investimento externo direto, também conhecido

Leia mais

INFORMATIVO DA DÍVIDA PÚBLICA

INFORMATIVO DA DÍVIDA PÚBLICA INFORMATIVO DA DÍVIDA PÚBLICA Considerações Iniciais O propósito deste informativo é apresentar aspectos introdutórios da dívida pública, a fim de fornecer subsídios que permitam discutir o assunto no

Leia mais

ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA COMPRA DE TÍTULOS NO TESOURO DIRETO

ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA COMPRA DE TÍTULOS NO TESOURO DIRETO ORIENTAÇÕES BÁSICAS PARA COMPRA DE TÍTULOS NO TESOURO DIRETO Um título público consiste, de maneira simplificada, um empréstimo ao governo federal, ou seja, o governo fica com uma dívida com o comprador

Leia mais

Nível de Atividade: Investimento Desaba e Arrasta o PIB Trimestral

Nível de Atividade: Investimento Desaba e Arrasta o PIB Trimestral 6 análise de conjuntura Nível de Atividade: Investimento Desaba e Arrasta o PIB Trimestral Brasileiro Vera Martins da Silva (*) As perspectivas sombrias sobre a economia brasileira se confirmaram e houve

Leia mais

Os altos juros pagos pelo Estado brasileiro

Os altos juros pagos pelo Estado brasileiro Boletim Econômico Edição nº 91 dezembro de 2014 Organização: Maurício José Nunes Oliveira Assessor econômico Os altos juros pagos pelo Estado brasileiro Neste ano de 2014, que ainda não terminou o Governo

Leia mais

Boletim informativo: Brasil em Foco

Boletim informativo: Brasil em Foco mar/02 dez/02 set/03 jun/04 mar/05 dez/05 set/06 jun/07 mar/08 dez/08 set/09 jun/10 mar/02 dez/02 set/03 jun/04 mar/05 dez/05 set/06 jun/07 mar/08 dez/08 set/09 jun/10 Edição 3 Boletim informativo: Brasil

Leia mais

Aula 8. Política Fiscal: déficit e dívida pública

Aula 8. Política Fiscal: déficit e dívida pública Aula 8 Política Fiscal: déficit e dívida pública O Crescimento da Participação do Setor Público na Atividade Econômica Crescimento da renda per capita - gera um aumento da demanda de bens e serviços públicos

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Olá, pessoal! Hoje trago uma aula sobre a Demonstração do Valor Adicionado DVA, que foi recentemente tornada obrigatória para as companhias abertas pela Lei 11.638/07, que incluiu o inciso V ao art. 176

Leia mais

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SPINELLI FIC DE FI REFERENCIADO DI CNPJ 19.312.112/0001-06 DEZEMBRO/2015

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SPINELLI FIC DE FI REFERENCIADO DI CNPJ 19.312.112/0001-06 DEZEMBRO/2015 Esta lâmina contém um resumo das informações essenciais sobre o Spinelli FIC de FI Referenciado DI. As informações completas sobre esse fundo podem ser obtidas no Prospecto e no Regulamento do fundo, disponíveis

Leia mais

Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial

Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial Associado à Fundação Armando Alvares Penteado Rua Ceará 2 São Paulo, Brasil 01243-010 Fones 3824-9633/826-0103/214-4454 Fax 825-2637/ngall@uol.com.br O Acordo

Leia mais

BRB ANUNCIA RESULTADOS DE 2015

BRB ANUNCIA RESULTADOS DE 2015 BRB ANUNCIA RESULTADOS DE 2015 Brasília, 22 de março de 2016 O BRB - Banco de Brasília S.A., sociedade de economia mista, cujo acionista majoritário é o Governo de Brasília, anuncia seus resultados do

Leia mais

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas BRASIL Junio 2011 Profa. Anita Kon PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO - PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS- GRADUADOS

Leia mais

ECONOMIA. Setor fecha 1º bimestre com crescimento de 3,67% Associação Brasileira de Supermercados

ECONOMIA. Setor fecha 1º bimestre com crescimento de 3,67% Associação Brasileira de Supermercados Associação Brasileira de Supermercados Nº38 ECONOMIA www.abras.com.br A informação que fala direto ao seu bolso 26 de Março de 2014 Setor fecha 1º bimestre com crescimento de 3,67% Evolução do Índice de

Leia mais

Reformulação dos Meios de Pagamento - Notas Metodológicas

Reformulação dos Meios de Pagamento - Notas Metodológicas Reformulação dos Meios de Pagamento - Notas Metodológicas Apresentação A institucionalização da série Notas Técnicas do Banco Central do Brasil, cuja gestão compete ao Departamento Econômico (Depec), promove

Leia mais

INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA Exame de 2ª época

INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA Exame de 2ª época NOVA SCHOOL OF BUSINESS AND ECONOMICS INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA Exame de 2ª época Ana Balcão Reis 28 de Junho de 2012 Inácia Pimentel João Miguel Silva Duração Total: 2h15m I ( 9 val) Nos exercícios seguintes

Leia mais

Boletim de Conjuntura Econômica Outubro Tema: Emprego

Boletim de Conjuntura Econômica Outubro Tema: Emprego Boletim de Conjuntura Econômica Outubro Tema: Emprego Brasil Atinge mais de 2 milhões de Emprego em 2010 Setor de Serviços lidera com 35% dos empregos Gerados no período Em setembro foram gerados 246.875

Leia mais

2. Referencial Prático 2.1 Setor das Telecomunicações

2. Referencial Prático 2.1 Setor das Telecomunicações 19 2. Referencial Prático 2.1 Setor das Telecomunicações Até os anos 50, as concessões dos serviços de telecomunicações eram distribuídas indistintamente pelos governos federal, estadual e municipal. Tal

Leia mais

MACROECONOMIA ABERTA

MACROECONOMIA ABERTA MACROECONOMIA ABERTA 1- (APO-MP 2005) Considerando E = taxa real de câmbio calculada considerando os índices de preços interno e no estrangeiro e a taxa nominal de câmbio segundo conceito utilizado no

Leia mais

Turbulência Internacional e Impacto para as Exportações do Brasil

Turbulência Internacional e Impacto para as Exportações do Brasil Brasil África do Sul Chile México Coréia do Sul Rússia Austrália Índia Suíça Turquia Malásia Europa China Argentina São Paulo, 26 de setembro de 2011. Turbulência Internacional e Impacto para as Exportações

Leia mais

RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS. Março de 2016

RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS. Março de 2016 RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS Março de 2016 1 RESULTADOS DOS INVESTIMENTOS 1.1. Saldos Financeiros Saldos Segregados por Planos (em R$ mil) PGA CC DI/RF IRFM1 IMAB5 SUBTOTAL 31/dez/2013 26.103,99 26.103,99

Leia mais

GOVERNO. Orçamento Cidadão 2015

GOVERNO. Orçamento Cidadão 2015 REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE GOVERNO Orçamento Cidadão 2015 Os recursos públicos do Estado são recursos públicos do povo e para o povo, condição que dá ao cidadão o direito de saber como

Leia mais

Sobre o Jogo da Economia Brasileira

Sobre o Jogo da Economia Brasileira Sobre o Jogo da Economia Brasileira O Jogo da Economia Brasileira - pretende exercitar conceitos e mecanismos básicos que facilitem o entendimento do que vem acontecendo com a economia brasileira, a partir

Leia mais

LISTA 5A. Conceitos importantes: 1) Determinantes da produção e da produtividade de um país 2) Financiamento do investimento: poupança

LISTA 5A. Conceitos importantes: 1) Determinantes da produção e da produtividade de um país 2) Financiamento do investimento: poupança LISTA 5A Conceitos importantes: 1) Determinantes da produção e da produtividade de um país 2) Financiamento do investimento: poupança 3) Poupança, crescimento econômico e sistema financeiro 4) Mercado

Leia mais

Neste contexto, o Fluxo de Caixa torna-se ferramenta indispensável para planejamento e controle dos recursos financeiros de uma organização.

Neste contexto, o Fluxo de Caixa torna-se ferramenta indispensável para planejamento e controle dos recursos financeiros de uma organização. UNIDADE II FLUXOS DE CAIXA Em um mercado competitivo, a gestão eficiente dos recursos financeiros, torna-se imprescindível para o sucesso da organização. Um bom planejamento do uso dos recursos aliado

Leia mais

Prova Escrita de Economia A

Prova Escrita de Economia A EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO Prova Escrita de Economia A.º Ano de Escolaridade Decreto-Lei n.º 9/202, de 5 de julho Prova 72/2.ª Fase Braille Critérios de Classificação 2 Páginas 205 Prova

Leia mais

FICHA BIBLIOGRÁFICA. Título: Perfil da Mulher Metalúrgica do ABC. Autoria: Subseção DIEESE/Metalúrgicos do ABC

FICHA BIBLIOGRÁFICA. Título: Perfil da Mulher Metalúrgica do ABC. Autoria: Subseção DIEESE/Metalúrgicos do ABC FICHA BIBLIOGRÁFICA Título: Perfil da Mulher Metalúrgica do ABC Autoria: Subseção DIEESE/Metalúrgicos do ABC Equipe técnica responsável: Fausto Augusto Junior; Zeíra Mara Camargo de Santana; Warley Batista

Leia mais

Porto Alegre, Dezembro de 2015

Porto Alegre, Dezembro de 2015 Porto Alegre, Dezembro de 2015 Análise de indicadores do mês de novembro No mês, a exportação alcançou cifra de US$ 13,806 bilhões. Sobre novembro de 2014, as exportações registraram retração de 11,8%,

Leia mais

www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 8

www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 8 Comentários Macroeconomia (Área 3) Olá Pessoal. O que acharam da prova do BACEN? E especificamente em relação à macro (área 3)? A prova foi complexa? Sim! A complexidade foi acima do esperado? Não! Particularmente,

Leia mais

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas

Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas Red Econolatin www.econolatin.com Expertos Económicos de Universidades Latinoamericanas BRASIL Setembro 2011 Profa. Anita Kon PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS GRADUADOS

Leia mais

RELATÓRIO MENSAL RENDA FIXA TESOURO DIRETO

RELATÓRIO MENSAL RENDA FIXA TESOURO DIRETO RENDA FIXA TESOURO DIRETO CARTEIRA RECOMENDADA A nossa carteira para este mês continua estruturada com base no cenário de queda da taxa de juros no curto prazo. Acreditamos, no entanto, que esse cenário

Leia mais

INFLAÇÃO, A TAXA SELIC E A DÍVIDA PÚBLICA INTERNA

INFLAÇÃO, A TAXA SELIC E A DÍVIDA PÚBLICA INTERNA INFLAÇÃO, A TAXA SELIC E A DÍVIDA PÚBLICA INTERNA José Luiz Miranda 1 Desde o ano de 2014 o cenário de inflação tem se acentuado no país. Esse fato tem se tornado visível no dia a dia das pessoas em função

Leia mais

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS PARA 2010

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS PARA 2010 POLÍTICA DE INVESTIMENTOS PARA 2010 Subordinada à Resolução CMN nº 3.792 de 24/09/09 1- INTRODUÇÃO Esta política tem como objetivo estabelecer as diretrizes a serem observadas na aplicação dos recursos

Leia mais

Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT

Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT Análise jurídica para a ratificação da Convenção 102 da OIT A análise do quadro jurídico para a ratificação da Convenção 102 da OIT por Cabo Verde, inscreve-se no quadro geral da cooperação técnica prestada

Leia mais

Sumário. 1 Introdução. Demonstrações Contábeis Decifradas. Aprendendo Teoria

Sumário. 1 Introdução. Demonstrações Contábeis Decifradas. Aprendendo Teoria Sumário 1 Introdução... 1 2 Instrumentos Financeiros e Conceitos Correlatos... 2 3 Classificação e Avaliação de Instrumentos Financeiros... 4 4 Exemplos s Financeiros Disponíveis para Venda... 7 4.1 Exemplo

Leia mais

FINANCIAMENTO NO PNE E OS DESAFIOS DOS MUNICÍPIOS. LUIZ ARAÚJO Doutor em Educação Professor da Universidade de Brasília Diretor da FINEDUCA

FINANCIAMENTO NO PNE E OS DESAFIOS DOS MUNICÍPIOS. LUIZ ARAÚJO Doutor em Educação Professor da Universidade de Brasília Diretor da FINEDUCA FINANCIAMENTO NO PNE E OS DESAFIOS DOS MUNICÍPIOS LUIZ ARAÚJO Doutor em Educação Professor da Universidade de Brasília Diretor da FINEDUCA O QUE ESTÁ EM JOGO? Em todo debate sobre financiamento educacional

Leia mais

Análise econômica e suporte para as decisões empresariais

Análise econômica e suporte para as decisões empresariais Cenário Moveleiro Análise econômica e suporte para as decisões empresariais Número 01/2008 Cenário Moveleiro Número 01/2008 1 Cenário Moveleiro Análise econômica e suporte para as decisões empresariais

Leia mais