ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO ENGENHARIA CIVIL
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- Maria Fernanda de Caminha Santarém
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1 ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO ENGENHARIA CIVIL Adaptado do Trabalho de Emanuel J. C. Castilho Engenharia Civil Noturno Professora: Engª M.Sc. Ana Lúcia de Oliveira Daré
2 ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO Sumário -Leis do trabalho CLT-Consolidação das Leis de Trabalho; -Normas Regulamentadoras; -NR 05- CIPA-Comissão Interna de Prevenção de Acidentes; -Definição do termo: Risco na segurança do trabalho; -Mapeamento de Riscos Finalidade; -Classes de Riscos; -Aplicação dos Mapas de Riscos.
3 ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO De acordo com a OMS, os maiores desafios para a saúde do trabalhador atualmente e no futuro são: Os problemas de saúde ocupacional ligados com as novas tecnologias de informação e automação, Novas substâncias químicas e energias físicas, Riscos de saúde associados às novas biotecnologias, Transferência de tecnologias perigosas, Envelhecimento da população trabalhadora.
4 ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO A cultura da segurança do trabalho compreende: comportamento, capacitação, investimentos, manutenção, fiscalização, participação, tecnologia, Enfim, uma série de fatores que dependem de ações contínuas e do acúmulo de experiência. Educação para a prevenção: é isso que precisamos. Os conceitos básicos de prevenção de acidentes - no trânsito, no trabalho, em casa - precisam ser semeados a partir dos bancos escolares e cultivados nos cursos técnicos e universidades. Se assim for feito, os seus frutos serão ambientes seguros e saudáveis, serão colhidos durante a vida de todos os cidadãos.
5 PIRÂMIDE DE FRANK BIRD Nos anos de 1967 e 1968, o norte americano Frank Bird analisou 297 companhias nos Estados Unidos da América, sendo envolvidas nessa análise pessoas de 21 grupos diferentes de trabalho. Neste período, houveram acidentes comunicados. A partir desses dados foi criada a pirâmide de Frank Bird, onde chegou-se a conclusão de que, para que aconteça um acidente que incapacite o trabalhador, anteriormente acontecerão 600 incidentes sem danos pessoais e/ou materiais.
6 ERGONOMIA E SEGURANÇA DO TRABALHO
7 Leis do Trabalho CLT-Consolidação das Leis Trabalhistas
8 Leis do trabalho CLT-Consolidação das Leis Trabalhistas A CLT surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1 de maio de 1943, sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas, unificando toda legislação trabalhista existente no Brasil. Seu principal objetivo é a regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. Getúlio Vargas
9 Leis do trabalho CLT-Consolidação das Leis Trabalhistas A CLT é o resultado de 13 anos de trabalho - desde o início do Estado Novo até de destacados juristas, que se empenharam em criar uma legislação trabalhista que atendesse à necessidade de proteção do trabalhador, dentro de um contexto de "estado regulamentador".
10 Leis do trabalho CLT-Consolidação das Leis Trabalhistas A Consolidação das Leis do Trabalho, cuja sigla é CLT, regulamenta as relações trabalhistas, tanto do trabalho urbano quanto do rural. Desde sua publicação já sofreu várias alterações, visando adaptar o texto às nuances da modernidade. Apesar disso, ela continua sendo o principal instrumento para regulamentar as relações de trabalho e proteger os trabalhadores.
11 Leis do trabalho CLT-Consolidação das Leis Trabalhistas A CLT é chamada de Consolidação das Leis Trabalhistas, ao invés de Código das Leis Trabalhistas porque seu objetivo foi apenas reunir a legislação esparsa trabalhista já existente na época, consolidando-a. Daí seu nome. Não poderia receber a denominação "Código" por não se tratar de um direito novo, apenas de uma reunião consolidadora. Cabe ainda esclarecer que uma lei será denominada "Código", quando os dispositivos legais no diploma legislativo forem votados um a um e simultaneamente pelo Congresso Nacional. Isso significa dizer que deve ser votado artigo por artigo.
12 NR - NORMAS REGULAMENTADORAS
13 NR-Normas Regulamentadoras No Brasil, as Normas Regulamentadoras, também conhecidas como NRs, regulamentam e fornecem orientações sobre procedimentos obrigatórios relacionados à segurança e medicina do trabalho. Essas normas são citadas no Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).
14 NR-Normas Regulamentadoras Foram aprovadas pela Portaria N , 8 de junho de 1978, são de observância obrigatória por todas as empresas brasileiras regidas pela CLT e são periodicamente revisadas pelo MTE. São elaboradas e modificadas por comissões tripartites específicas compostas por representantes do governo, empregadores e empregados.
15 CIPA-Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
16 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho/CIPA, visa a proteção da saúde dos trabalhadores dentro das empresas. A constituição de órgãos dessa natureza dentro das empresas foi determinada pela ocorrência significativa e crescente de acidentes e doenças típicas do trabalho em todos os países que se industrializaram.
17 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes A participação dos trabalhadores nesses órgãos tem variados a depender do nível de democracia e da organização, força e poder de representação da classe trabalhadora em cada país. No Brasil, esta participação, prevista na CLT, se restringe a CIPA, onde os trabalhadores formalmente ocupam metade de sua composição após eleições diretas e anuais.
18 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes O que é CIPA? A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é um instrumento que os trabalhadores dispõem para tratar da prevenção de acidentes do trabalho, das condições do ambiente do trabalho e de todos os aspectos que afetam sua saúde e segurança. A CIPA é regulamentada pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) nos artigos 162 a 165 e pela Norma Regulamentadora 5 (NR-5), contida na portaria de baixada pelo Ministério do Trabalho.
19 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Qual objetivo da CIPA? O objetivo básico da CIPA é fazer com que empregadores e empregados trabalhem conjuntamente na tarefa de prevenir acidentes e melhorar a qualidade do ambiente de trabalho. Confira a seguir quais as principais atribuições de uma CIPA, requisitos para sua formação e modo de funcionamento.
20 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Como a CIPA é formada? A organização da CIPA é obrigatória nos locais de trabalho seja qual for sua característica - comercial, industrial, bancária, com ou sem fins lucrativos, filantrópica ou educativa e empresas públicas - desde que tenham o mínimo legal de empregados regidos pela CLT conforme o quadro 1 da NR-5. A CIPA é composta por representantes titulares do empregador e dos empregados e seu número de participantes deve obedecer as proporções mínimas na NR 5.
21 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Quanto ao registro da CIPA? A empresa deve manter o registro da CIPA, juntando cópias das atas de eleição, instalação e posse com o calendário anual das reuniões ordinárias e o livro de atas com o termo de abertura e as atas deixando a disposição no Ministério do Trabalho caso seja solicitado..após ter sido registrada na DRT, a CIPA não pode ter o seu número de representantes reduzidos nem pode ser desativada antes do término do mandato, ainda que haja redução de empregados na empresa.
22 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Do processo eleitoral? Os representantes do empregador são designados pelo próprio, enquanto que os dos empregados são eleitos em votação secreta representando, obrigatoriamente, os setores de maior risco de acidentes e com maior número de funcionários. A votação deve ser realizada em horário normal de expediente e tem que contar com a participação de, no mínimo, a metade mais um do número de funcionárias de cada setor. A lista de votação assinada pelos eleitores deve ser arquivada por um período mínimo de três anos na empresa. A lei confere a DRT, como órgão de fiscalização competente, o poder de anular uma eleição quando for constatado qualquer tipo de irregularidade na sua realização.
23 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Os candidatos mais votados assumem a condição de membros titulares. Em caso de empate, assume o candidato que tiver maior tempo de trabalho na empresa. Os demais candidatos assumem a condição de suplentes, de acordo com a ordem decrescente de votos recebidos. Os candidatos votados não eleitos como titulares ou suplentes devem ser relacionados na ata da eleição, em ordem decrescente de votos, possibilitando uma futura nomeação. A CIPA deve contar com tantos suplentes quantos forem os titulares sendo que estes não poderão ser reconduzidos por mais de dois mandatos consecutivos.
24 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Como é composta a CIPA? A estrutura da CIPA é composta pelos seguintes cargos: Presidente (indicado pelo empregador); Vice-presidente (nomeado pelos representantes dos empregados, entre os seus titulares); Secretário e suplente (escolhidos de comum acordo pelos representantes do empregador e dos empregados). Qual o órgão responsável pelo acompanhamento da CIPA? Cabe ao Ministério do Trabalho, através das Delegacias Regionais do Trabalho (DRTS) fiscalizar a organização das CIPAS. A empresa que não cumprir a lei será autuada por infração ao disposto no artigo 163 da CLT, sujeitando-se à multa prevista no artigo 201 desta mesma legislação
25 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Qual o Mandato da CIPA? O mandato dos membros titulares da CIPA é de um ano e aqueles que faltarem a quatro reuniões ordinárias sem justificativa perderão o cargo, sendo substituídos pelos suplentes. Não é válida, como justificativa, a alegação de ausência por motivo de trabalho. Os representantes dos empregados titulares da CIPA não podem sofrer demissão arbitrária entendendo-se como tal a que não se fundamentar em motivo disciplinar, técnico ou econômico. Esta garantia no emprego é assegurada ao cipeiro desde o momento em que o empregador tomar conhecimento da sua inscrição de candidatos às eleições da CIPA e prolonga-se até um ano após o término do mandato.
26 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Os cipeiros não podem também ser transferidos para outra localidade a não ser que concordem expressamente. A reeleição deve ser convocada pelo empregador, com um prazo mínimo de 45 dias antes do término do mandato e realizada com antecedência de 30 dias em relação ao término do atual mandato. Os membros da CIPA eleitos e designados para um novo mandato serão empossados automaticamente no primeiro dia após o término do mandato anterior.
27 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Quais as atribuições da CIPA? Investigar e analisar os acidentes ocorridos na empresa. Sugerir as medidas de prevenção de acidentes julgadas necessárias por iniciativa própria ou sugestão de outros empregados e encaminhá-las ao presidente e ao departamento de segurança da empresa. Promover a divulgação e zelar pela observância das normas de segurança, ou ainda, de regulamentos e instrumentos de serviço emitidos pelo empregador. Promover anualmente a Semana Interna de Prevenção de Acidentes (SIPAT). Sugerir a realização de cursos, palestras ou treinamentos, quanto à engenharia de segurança do trabalho, quando julgar necessário ao melhor desempenho dos empregados. Registrar nos livros próprios as atas de reuniões ordinárias e extraordinárias e enviar cópia ao departamento de segurança.
28 CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Preencher ficha de informações sobre situação da segurança na empresa e atividades da CIPA e enviar para o Ministério do Trabalho. Preencher ficha de análise de acidentes. Deve ser enviada cópia de ambas as fichas ao departamento de segurança da empresa. O modelo destas fichas pode ser encontrado em qualquer DRT. Elaborar anualmente o Mapa de Riscos da empresa.
29 Definição do Termo Risco na Segurança do Trabalho
30 Definição do Termo Risco na Segurança do Trabalho Significado de Risco s.m. Perigo; probabilidade ou possibilidade de perigo: estar em risco. Dicionário Aurélio Riscos de Acidentes são todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física ou moral. São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas; ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado, são exemplo de risco laborativo.
31 Mapeamento de Riscos - Finalidade
32 Mapeamento de Risco-Finalidade Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores. Tais fatores têm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais, equipamentos, instalações, suprimentos e espaços de trabalho) e a forma de organização do trabalho (arranjo físico, ritmo de trabalho, método de trabalho, postura de trabalho, jornada de trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc.). O Mapa de Risco é construído tendo como base a planta baixa ou esboço do local de trabalho, e os riscos serão definidos pelos diâmetros dos círculos que representam o nível de risco de cada elemento.
33 Mapeamento de Risco-Finalidade Dentro do sistema adotado pela legislação para a identificação dos riscos nos locais de trabalho, existe a classificação por meio de cores que tem a finalidade tornar mais fácil a visualização e identificação do risco existente na área. Físico Químico Ergonômico Acidentes Biológico
34 Mapeamento de Risco-Finalidade Cores usadas no Mapa de Risco e Tabela de Gravidade
35 Mapeamento de Risco-Finalidade
36 Classes de Riscos
37 Classes de Risco Classificação de Risco Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego Riscos Físicos (formas de energia como ruídos, vibrações, pressões anormais, radiações ionizantes ou não, ultra e infra-som (NR-09 e NR-15). Método de Avaliação: Quantitativa
38 Classes de Risco Classificação de Risco Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego Riscos Químicos (substâncias, compostos ou produtos que podem penetrar no organismo por via respiratória, absorvidos pela pele ou por ingestão, na forma de gases, vapores, neblinas, poeiras ou fumos (NR-09, NR-15 e NR- 32). Avaliação quantitativa e qualitativa
39 Classes de Risco Classificação de Risco Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego Riscos Ergonômicos (são elementos físicos e organizacionais que interferem no conforto da atividade laboral e conseqüentemente nas características psicofisiológicas do trabalhador (NR-17 ) Posto de trabalho inadequado (mobiliário, equipamentos e dispositivos) Lay-out inadequado (caminhos obstruídos, corredores estreitos, etc) Ventilação e iluminação inadequadas, Esforços repetitivos, Problemas relativos ao trabalho em turno, Assédio moral, Problemas relacionados com a organização do trabalho
40 NR-18 Classes de Risco Classificação de Risco Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego Riscos de Acidentes (condições com potencial de causar danos aos trabalhadores nas mais diversas formas, levando-se em consideração o não cumprimento das normas técnicas previstas, Além dos físicos, químicos e biológicos, destacam-se: arranjo físico, eletricidade, máquinas e equipamentos, incêndio/explosão, armazenamento, ferramentas, etc
41 Risco de Acidentes
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47 Classes de Risco Classificação de Risco Portaria 3.214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego Riscos Biológicos ( bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, etc (NR- 09) As classes dos riscos biológicos são: patogenicidade para o homem; virulência; modos de transmissão; disponibilidade de medidas profiláticas eficazes; disponibilidade de tratamento eficaz; endemicidade.
48 Aplicação do Mapa de Risco
49 Aplicação do Mapa do Risco Como vimos, mapa de risco tem finalidade de orientar os colaboradores e visitantes sobre o risco ocupacional da área de trabalho. Os mapas de Risco devem ser expostos em locais visíveis circulação de pessoas. e onde haja A composição deste mapa tem como base o layout do local de trabalho prevendo as posições dos equipamentos e máquinas. A CIPA juntamente com a segurança do Trabalho deve avaliar os riscos existentes em cada local e expressa-los no mapa de risco. Vamos ver passo a passo:
50 Aplicação do Mapa do Risco A cena abaixo sugere uma serie de condições de risco, o mapa deve identificar esta situação. Existe risco de Acidente? Existe risco Ergonômico? Existe risco Químico? Existe risco Físico? Existe risco Biológico?
51 Aplicação do Mapa do Risco Com a planta baixa, veremos a intensidade dos agentes. O risco de acidente é alto, médio ou baixo? O risco ergonômico é alto, médio ou baixo? O risco Físico é alto, médio ou baixo? O risco ergonômico é alto, médio ou baixo? O risco Biológico é alto, médio ou baixo?
52 Aplicação do Mapa do Risco Após a análise, iremos distribuir as formas e expressar a intensidade dos riscos.
53 Aplicação do Mapa do Risco É extremamente importante mencionar os riscos na legenda. Risco Local Intensidade Risco Acidente Deposito e Produção Grande Risco Físico Produção Médio Risco Químico Depósito Médio Risco Ergonômico Escritório Pequeno Risco Biológico N/A N/a
54 OBRIGADA!
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