OS INDICADORES DE MEDIDA DA QUALIDADE DOS PRODUTOS ALIMENTARES: ÓPTICA DO CONSUMIDOR. Manuel José Marques Batista Ana Pinto Moura* Luís Miguel Cunha

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1 OS INDICADORES DE MEDIDA DA QUALIDADE DOS PRODUTOS ALIMENTARES: ÓPTICA DO CONSUMIDOR Manuel José Marques Batista Ana Pinto Moura* Luís Miguel Cunha RESUMO Procurou-se identificar os indicadores intrínsecos e extrínsecos utilizados pelo consumidor na avaliação da qualidade de cinco categorias de alimentos: laranjas, iogurtes, sumos de fruta, café em saco e carne de vaca pré-embalada. Para tal, foram inquiridos 247 consumidores, tendo-lhes sido questionado, numa escala de 10 valores, o grau de concordância/discordância sobre a sua percepção no uso de diferentes indicadores para aferir a qualidade dos alimentos em estudo. Recorrendo à análise de componentes principais, conclui-se que, para todos os produtos, os indicadores extrínsecos de qualidade mais referidos pelo consumidor são: reputação do estabelecimento, higiene do mesmo, capacidade de atendimento dos empregados e disposição que os produtos apresentam na loja; sendo os menos referidos a influencia dos agentes de sociabilização (excepto para a carne de vaca pré-embalada). Por sua vez, o valor nutritivo, o aroma e o sabor são os indicadores intrínsecos de qualidade mais referidos. 1. INTRODUÇÃO A qualidade é um conceito complexo, pois para além de atender ao cumprimento de padrões objectivos de medida (qualidade técnica), compreende ainda critérios de carácter mais subjectivo, abrangendo, a este nível, as apreciações desenvolvidas pelo consumidor em relação a um determinado produto/serviço. Transpondo esta realidade para o contexto alimentar, facilmente se apreende que a qualidade alimentar percepcionada pelo consumidor reflecte os padrões objectivos de segurança alimentar (características higio-sanitárias e outros parâmetros devidamente regulamentados), o seu valor biológico, nutritivo e organolético (sabor, aroma), bem como parâmetros de índole comercial (a marca, o preço, a natureza da loja), estes associados à *terciarização do produto (comodidade na utilização do mesmo, facilidade de conservação e de preparação do produto) [1]. Isto é, à condição primária da qualidade alimentar a segurança alimentar - acrescem outros critérios que condicionam a escolha do consumidor. Assim, considerando que o consumidor é o interveniente final da cadeia alimentar e juiz de todo o processo, o presente estudo visa identificar os indicadores mais utilizados pelo consumidor na avaliação da qualidade dos produtos alimentares. 2. PROBLEMÁTICA 2.1 A qualidade na óptica do consumidor Para [2] a qualidade percepcionada pelo consumidor compreende as avaliações desenvolvidas pelo mesmo, tendo em conta a superioridade/inferioridade do produto. Por outras palavras, a questão da qualidade deve ser sempre analisada considerando um termo comparativo [3]. De acordo com a análise realizada por Moura [4], compara-se o desempenho de uma marca em relação a uma outra considerada ideal ou, na ausência desta, com a marca que melhor se aproxima desse mesmo ideal, muitas vezes referenciada como a melhor marca existente no mercado e frequentemente apelidada de marca líder. Porém, nem sempre a melhor marca do mercado apresenta a totalidade das características desejadas e consideradas essenciais para o seu bom desempenho, facto que contribui para que o consumidor conceba um protótipo (de produto ou de serviço) que vá ao encontro das suas expectativas. Ou seja, o consumidor para avaliar a qualidade de um produto/serviço confronta a superioridade das alternativas por ele consideradas como aceitáveis com a melhor opção existente no mercado ou, caso esta fique aquém do pretendido, com as suas expectativas de excelência.

2 Contudo esta análise pressupõe que o consumidor avalia efectivamente os diferentes atributos do produto. Contudo, as pessoas nem sempre estão motivadas para proceder a uma pesquisa aturada sobre os mesmos, seja porque a compra em si não lhe merece muita consideração, seja ainda, porque conhece bem o desempenho das diversas alternativas existentes no mercado. Esta realidade caracteriza bem as compras de consumo corrente, nas quais os produtos alimentares se inserem. Como sintetizado por Moura [5] para bens de grande consumo, o consumidor não procura activamente informação sobre o produto, sendo a aprendizagem feita de forma passiva e casuística. Também não parte para uma avaliação aprofundada dos atributos das possíveis alternativas, pois o que o consumidor espera da sua escolha é uma solução tão aceitável quanto a compra anterior. Em causa está o facto da compra dos produtos de consumo corrente comportar poucos riscos (sejam eles de natureza financeira, social ou psicológica). Exceptuam-se as situações em que o consumidor duvida quanto à segurança alimentar [1]. 2.2 A influência do risco percebido na inferência da qualidade alimentar Define-se tecnicamente risco como sendo uma função da probabilidade de um efeito nocivo para a saúde e da gravidade desse efeito, como consequência de um perigo. Deste modo, dois constituintes do risco são identificados: a probabilidade de ocorrência de um determinado perigo e a magnitude das consequências dessa mesma ocorrência. Para os consumidores importa que os produtos alimentares contenham os atributos desejados, sejam seguros, livres de contaminação e, portanto, livres de preocupações. Isto é, o consumidor pretende evitar ao máximo eventuais perdas associadas à compra do produto. No contexto alimentar, e seguindo a taxinomia proposta por Jacoby e Kaplan [6], as perdas possíveis podem corresponder a diferentes formas: (i) perda de saúde ou de segurança pessoal, resultante da ingestão de um determinado alimento estragado (risco físico), (ii) perda de dinheiro, resultante da compra de um alimento não comestível pelo facto de se apresentar deteriorado (risco financeiro), (iii) perda de confiança pessoal e de respeito perante os outros pela má compra (risco psicológico e social), (iv) perda do produto propriamente dito, devido ao facto do mesmo não ser de boa qualidade ou ficar aquém das expectativas do consumidor em termos do seu resultado (risco de desempenho) e (v) perda de tempo, associado ao tempo despendido pelo consumidor para resolver os problemas causados pela compra de um mau produto. Deste modo, o risco percebido encontra-se negativamente relacionado com a probabilidade de compra, em especial em alturas de preocupações de segurança alimentar, conduzindo o consumidor a reduzir, mudar ou adiar a compra do produto em questão. Assim, perante um risco, os consumidores procuram desenvolver práticas que lhes permitem reduzir a sua insegurança e aceder a produtos de qualidade. O recurso aos indicadores de qualidade assume-se como uma táctica que permite, de um modo simplificado, aferir a qualidade dos alimentos [1]. 3. Os indicadores de qualidade Importa considerar dois momentos de avaliação da qualidade: no acto de compra e no momento de consumo do produto. Nesta última situação, a qualidade (denominada qualidade experimentada) resulta da avaliação sensorial do produto pelo consumidor (por exemplo, em termos de sabor ou de suculência). Por sua vez, a qualidade esperada define-se como o resultado da impressão visual do produto obtida aquando do acto de compra [7]. Dada a dificuldade do consumidor em prever a qualidade do produto no acto de compra, o mesmo recorre frequentemente a indicadores de qualidade. Consideram-se dois tipos de indicadores de qualidade: os intrínsecos e os extrínsecos. Os indicadores intrínsecos de qualidade são características que incorporam fisicamente o produto (por exemplo, a cor e a textura da carne), não podendo ser alterados sem que ocorra uma modificação do mesmo. O consumidor serve-se particularmente dos atributos intrínsecos para apreciar a qualidade do produto, caso estes possam ser avaliados no acto de compra (por

3 exemplo, a indicação da composição do produto na embalagem facilita a procura das características pretendidas ou indesejáveis pelo consumidor) ou caso algum desses atributos funcione como prova irrefutável de qualidade (por exemplo, da indicação 100 % fruta para os sumos de fruta). Por sua vez, os indicadores extrínsecos de qualidade, ainda que estejam relacionados não fazem parte integrante do mesmo. Incluem-se neste grupo, a marca, o preço, a imagem de loja e a frequência com que o anúncio é publicitado. O consumidor recorre frequentemente aos indicadores extrínsecos para aferir a qualidade do produto, particularmente se a compra for pouco implicativa, isto é, se a mesma o não motivar a despender tempo e energia na procura de informações objectivas sobre a qualidade do produto. Nesta situação a associação indicador extrínseco-qualidade, desde que credível, torna-se uma via mais rápida e menos laboriosa para avaliar à priori a qualidade do bem. De igual modo, caso se sinta pouco familiarizado com o produto, por falta de conhecimento e/ou de experiência, o consumidor utiliza os indicadores extrínsecos uma vez que a informação armazenada em memória é pobre e mal elaborada, sendo-lhe difícil identificar as principais características do produto que funcionam como manifestações de qualidade (caso dos produtos inovadores, tecnologicamente avançados). O preço funciona como indicador de qualidade dada a sua simplicidade de actuação. Efectivamente, com ou sem razão, o consumidor utiliza o preço como sinal de qualidade: preços mais altos são sinónimo de produtos de melhor qualidade [8]. Trata-se de uma associação particularmente relevante, sempre que o consumidor percepcione diferenças notórias de qualidade entre as marcas, nomeadamente para os bens duráveis, de compra pouco frequente, e para os produtos complexos. Contudo, para os bens de grande consumo, em que as variações de preço e de qualidade são pouco significativas (a maior parte dos produtos alimentares são padronizados e homogéneos), o consumidor dificilmente irá qualificar uma marca como de qualidade superior só porque é um pouco mais cara [2]. Efectivamente, trabalhos recentes revelam que o papel do preço como critério de qualidade é influenciado pela presença de outros estímulos, tais como a marca ou o nome de loja. A marca, enquanto símbolo dominante da sociedade de consumo, assume-se como um elemento privilegiado para inferir a qualidade do produto [9], critério, aliás, partilhado por diferentes culturas de diferentes países [10]. Uma das explicações possíveis para esta ocorrência prendese com o facto da marca sintetizar as diversas características do produto [11]. Esta abordagem é, em parte, corroborada pelos resultados de um estudo qualitativo sobre os critérios de escolha do consumidor europeu (EUR 15), o qual associa à marca (marca conhecida) o reconhecimento de uma qualidade mínima e a garantia de que essa mesma qualidade pouco oscilará ao longo do tempo [12]. Por sua vez, a designação de origem do produto, particularmente para o caso dos bens alimentares em que a marca não é trabalhada, caso da carne ou da fruta, substitui o efeito da marca como indicador de qualidade. Identificar a origem do produto, permite ao consumidor reduzir os esforços necessários para a avaliação da qualidade do mesmo, simplificando-lhe a decisão de compra [7]. A classificação da embalagem enquanto indicador extrínseco ou intrínseco não é uma questão linear, dependendo a sua inclusão numa das categorias, da função que lhe é atribuída. Caso a embalagem faça parte integrante da composição física do produto (como acontece com os filmes edíveis utilizados em alguns países para revestimento de frutos e vegetais), a mesma deverá ser classificada como indicador intrínseco de qualidade. Se, no entanto, a embalagem apenas se destina à protecção e promoção do produto, então deverá ser identificada como indicador extrínseco de qualidade [2]. Trata-se de um indicador que tem vindo a ganhar relevância na avaliação da qualidade dos produtos alimentares, uma vez que é muito utilizada como veículo de comunicação para enfatizar os atributos positivos do produto. Por outro lado, considerando a crescente sensibilização do consumidor para com as questões nutricionais, fruto das suas preocupações para com a saúde, o consumidor procura a informação

4 apresentada nas embalagens dos produtos alimentares e/ou painéis informativos, com vista a encontrar atributos nos produtos que melhor o satisfaçam [13]. Por sua vez, o modo como é apresentado o produto, influência a sua aparência/aspecto, interferindo na avaliação da qualidade do mesmo. Por exemplo, não obstante a carne préembalada apresentar um melhor sistema de conservação (prolongando assim a sua qualidade), o consumidor, em geral, prefere a carne fresca, muitas vezes exposta a agentes que aceleram a sua degradação. Em causa está o facto do consumidor considerar importante a possibilidade de inspeccionar o produto em questão [7]. Por outro lado, quanto maior for o processamento de informação veiculada nos anúncios publicitários pelo consumidor (função da sua motivação e capacidade em trabalhar tal informação), maior será a sua memória em relação à mesma, facto que poderá influenciar a intenção de compra do consumidor, particularmente se forem desenvolvidas atitudes positivas em torno da marca [14]. Por fim, importa considerar os agentes de sociabilização enquanto elementos que influenciam a apreciação da qualidade por parte do consumidor. Efectivamente, a opinião de um amigo, de um colega de trabalho ou de um familiar sobre os atributos do produto, confina os juízos do consumidor em relação à qualidade do mesmo. A este propósito, atente-se à influência dos filhos na alteração dos hábitos alimentares e na escolha dos produtos [15]. Da discussão precedente, fica claro a existência de uma panóplia de sinais a que o consumidor, aquando do acto de compra, pode recorrer para inferir a qualidade do produto. Contudo, a actuação de um indicador de qualidade não deve ser considerada como isolada. Por exemplo, a apresentação do produto no ponto de venda é francamente influenciada pela imagem/reputação da loja/retalhista [10]. Por outro lado, as percepções desenvolvidas pelo consumidor em relação à qualidade não são estáticos ao longo do tempo, alterando-se e variando com as suas referências e a pressão comercial. 3.3 Hipóteses Tendo por base a discussão teórica, formularam-se as hipóteses que motivam este estudo. Considerou-se que a qualidade é um conceito multidimensional e que o consumidor recorre a indicadores intrínsecos e extrínsecos para aferir a qualidade do produto. H1- Para estimar a qualidade dos produtos o consumidor recorre frequentemente a indicadores extrínsecos; H1.1 o estímulo da imagem/reputação da loja, é ainda mais familiar ao consumidor e, por tal, minora o papel do preço como critério de qualidade; H1.2 uma oferta especial (promoção) está associado a menor qualidade; H1.3 - os estímulos exteriores como a opinião de um amigo, de um vizinho, de um conhecido, ou uma crença são, muitas vezes essenciais, para o consumidor, na avaliação de determinado produto; H1.4 - a influencia da família, principalmente dos filhos, é um indicador extrínseco de qualidade que, com regularidade, influencia a escolha dos alimentos. H2 - pistas intrínsecas são em geral mais importantes para os consumidores ajuizarem a qualidade. 4. MÉTODO Trata-se de um estudo preliminar que pretende avaliar os indicadores de qualidade percepcionados pelo consumidor no acto de compra para cinco categorias de produtos alimentares, nomeadamente: laranjas, iogurtes sólidos de aromas, sumos de fruta (néctares ou sumos 100 % fruta), café em saco (grão ou moído) e carne de vaca pré-embalada.

5 Nesse sentido, desenvolveu-se um questionário que apresenta um conjunto de afirmações sobre a forma como o consumidor avalia a qualidade dos diferentes produtos alimentares, tendo-lhe sido questionado, numa escala de dez valores ancorada nos extremos, o grau de concordância/discordância acerca da sua percepção no uso de diferentes indicadores extrínsecos e intrínsecos para aferir a qualidade dos alimentos em estudo no acto de compra. Recorrendo à análise factorial de componentes principais e ao índice de fiabilidade Alfa de Cronbach, procurou-se, em primeiro lugar, verificar a consistência das respostas emitidas pelos inquiridos. Posteriormente, a partir de dados do inquérito sobre a percepção da qualidade dos cinco produtos, aplicando, para o efeito, a análise de componentes principais (ACP), identificou-se para cada um dos produtos, o modo como os inquiridos percepcionam a qualidade. Nas situações em que mais do que um indicador é considerado importante para aferir a qualidade do produto, identificou-se, através de uma análise de correspondências, quais os atributos que, de facto, são fulcrais na avaliação da qualidade. 4.1 Amostra: identificação e caracterização Tendo-se recorrido a um método de amostragem por conveniência, questionaram-se 247 indivíduos do distrito de Lisboa, com uma maior incidência para os concelhos de Lisboa e de Sintra (45,1 %). Do total, 34,8 % dos inquiridos eram do género masculino e 65, 2% do género feminino. Em termos etários, a faixa mais representativa da amostra (24 %) correspondeu aos indivíduos com idade compreendida entre os 40 e 44 anos. Relativamente ao nível de instrução, a maior fatia (29,3 %) pertenceu aos indivíduos que frequentaram o ensino secundário. Por sua vez, a maior parte dos inquiridos eram casados (48,8 %), sendo a amostra representada essencialmente por agregados com 3 elementos (30,9 %). Em termos de categoria profissional, os quadros médios foram os mais representativos (16,7 %) Por último, 45,7 % dos inquiridos afirma despender mensalmente em alimentação entre 25 e 35 % do rendimento familiar líquido (excluem-se as despesas efectuadas na restauração). 5. RESULTADOS 5.1 Importância atribuída pelo consumidor a cada uma das variáveis Numa primeira abordagem, procurou-se identificar quais as caracterísicas apresentadas pelos inquiridos como as de maior e de menor importância na percepção da qualidade. Particularmente, para o produto laranja o sabor foi a variável que mereceu maior importância, já o nível de publicidade assume o menor valor de importância. Para os iogurtes sólidos de aroma conclui-se que a variável de maior importância é o aroma, sendo a capacidade de atendimento dos empregados a de menor importância. Nos sumos de fruta destaque para o sabor, com a variável de maior importância para os inquiridos. Já a capacidade de atendimento dos empregados é a de menor importância. O sabor é a variável que assume maior importância para o café em saco. Contrariamente, a de menor importância é a influência de estímulos exteriores. Por último, para a carne de vaca pré-embalada, assume principal importância a variável higiene e limpeza da carne. Diametralmente oposto o nível de publicidade assume, com grande diferença, o valor mínimo de importância. 5.2 Forma como se associam as percepções de qualidade para cada produto Em termos gerais, o estudo efectuado sobre o índice de fiabilidade das respostas permite verificar que as respostas dadas a cada um dos diferentes produtos é razoavelmente consistente, com valores do Alfa de Cronbach a variar entre 0,66 e 0,78.

6 Para o produto laranjas, a ACP permite observar que seis componentes captam 76,8 % da variabilidade total e, os vectores de percepção da qualidade são: 1. reputação do estabelecimento, atendimento, disposição dos produtos no espaço comercial e higiene e limpeza do espaço comercial; 2. frescura, aroma e acondicionamento; 3. publicidade do produto, influência de estímulos exteriores e sabor; 4. aparência/aspecto e cor; 5. valor nutritivo, familiarização, influência da família e origem do produto; 6. preço, promoções e informação nas etiquetas ou dos painéis informativos. Para o produto iogurtes sólidos de aroma, observa-se que cinco componentes captam 73,6 % da variabilidade total e, os vectores de percepção da qualidade são: 1. reputação do estabelecimento, atendimento, disposição e informação que consta das etiquetas ou dos painéis informativos; 2. familiarização, publicidade do produto, marca e aspecto da embalagem individual ou de grupo; 3. higiene e limpeza do espaço comercial, preço e promoções; 4. influência de estímulos exteriores e textura; 5. influência da família e aroma/sabor. Para o produto sumos de fruta (néctares ou sumos 100 % fruta), verifica-se que cinco componentes captam 70,7 % da variabilidade sendo os vectores de percepção da qualidade: 1. reputação do estabelecimento, atendimento e disposição; 2. higiene e limpeza do espaço comercial, familiarização com o produto, composição, teor de açúcar, sabor e valor nutritivo; 3. estímulos exteriores, embalagem e localização no ponto de venda; 4. publicidade do produto, marca, preço e promoções; 5. influência da família e informação que consta das etiquetas ou dos painéis informativos. Para o produto café em saco (grão ou moído), observa-se que quatro componentes captam 75,0 % da variabilidade total e, os vectores de percepção da qualidade são: 1. reputação do estabelecimento, atendimento, disposição dos produtos, higiene e limpeza do espaço comercial, influência da família, preço e informação que consta das etiquetas ou dos painéis informativos; 2. marca; utilidade, higiene e limpeza da embalagem; aroma, sabor e origem/lote; 3. estímulos exteriores, publicidade do produto e promoções; 4. familiarização com o produto. Para o produto carne de vaca pré-embalada, verifica-se que quatro componentes captam 69,8 % da variabilidade total e, os vectores de percepção da qualidade são: 1. aparência, cor, acondicionamento; informação das etiquetas ou dos painéis informativos; promoções e publicidade do produto; 2. reputação do estabelecimento, atendimento, disposição, influência da família e estímulos exteriores; 3. higiene e limpeza do espaço comercial; higiene e limpeza da carne e sabor; 4. familiarização com o produto; denominação de origem e preço.

7 5.3 Parâmetros pelo qual se rege a avaliação da qualidade dos produtos Tendo-se seleccionado todas as características comuns aos diferentes produtos, através de uma análise de correspondências, foi possível identificar, em termos globais, qual a característica que mais se evidencia na percepção da qualidade dos vários produtos 1. A qualidade do café é essencialmente percepcionada pela tradição familiar; 2. A carne de vaca e a sua qualidade, estão associadas à confiança no estabelecimento onde é adquirido o produto; 3. Tanto a carne de vaca como as laranjas têm como factor comum para percepção da qualidade o nível de atendimento no ponto de venda; 4. A higiene do ponto de venda é factor importante para a avaliação das laranjas; 5. As promoções influenciam a percepção de qualidade dos sumos de fruta; 6. A qualidade dos iogurtes e percepcionada em função da publicidade feita aos mesmos. 6. CONCLUSÕES E DISCUSSÃO Para todos os produtos, com excepção da carne de vaca pré-embalada, o primeiro vector de percepção da qualidade é constituído apenas por indicadores extrínsecos. Esta conclusão confirma a hipótese (H1) de que o consumidor recorre frequentemente a indicadores extrínsecos para estimar qualidade dos produtos e rejeita a hipótese (H2) de que as pistas intrínsecas são em geral mais importantes para os consumidores ajuizarem a qualidade. O valor nutritivo, o sabor e o aroma são os indicadores intrínsecos de qualidade mais referidos Em todos os produtos os indicadores extrínsecos de qualidade mais referidos pelo consumidor são: a reputação e credibilidade do estabelecimento; a higiene do mesmo; a capacidade de atendimento dos empregados e a disposição que os produtos apresentam no espaço comercial. Confirma-se desta forma a Hipótese (H1.1) de que a imagem/reputação do estabelecimento é ainda mais familiar ao consumidor e, por tal, minoram o papel do preço como critério de qualidade. Para todos os produtos (exceptuando para a carne de vaca) os critério menos referidos pelos consumidores como indicador de qualidade é a influência de estímulos exteriores. Não se confirma, desta forma, a hipótese (H1.3) levantada de que os estímulos exteriores são essenciais, para o consumidor, na avaliação dos produtos. A influência da família apenas assume importância para o café em saco (grão ou moído), não se verificando valor para os restantes produtos. Não se confirma a hipótese (H1.4) de que esta variável é um indicador que com regularidade influência a escolha dos alimentos As pistas intrínsecas aparência e cor assumem grande importância na aferição de qualidade da carne de vaca pré-embalada. Para o produto em questão, confirma-se a hipótese (H2) de que as pista intrínsecas são mais importantes para o consumidor ajuizar a qualidade. Particularmente para o produto laranja, as promoções são pouco referidas como indicador de qualidade.

8 Neste caso particular confirma-se a hipótese (H1.2) de que a uma oferta especial está associada uma menor qualidade. Exceptua-se o caso dos sumos de fruta, o que poderá, em parte, ser justificado pelo facto de aos sumos de fruta 100 % ser inerente um nível de qualidade elevado. BIBLIOGRAFIA [1] LEMOS, A. e MOURA, A. P., Segurança e Qualidade Alimentares, Universidade Aberta, Lisboa, In press. [2] ZEITHAML, V. A., «Consumer Perceptions of Price, Quality, and Value: A Means-End Model and Synthesis of Evidence» Journal of Marketing, 52, Julho, [3] OLIVIER, R. L., Satisfaction: A Behavioral Perspective on the Consumer, McGraw-Hill International Editions, Singapura, [4] MOURA, A. P., «La Perception de la Qualité par le Consommateur: Vers une Homogénéisation des Cultures», Apresentação oral apresentada no Colóquio Internacional do Grupo de Estudos Mundialização do Comércio (UGI), Universidade Estadual de S. Paulo (UNESP), S. Paulo, Brasil, [5] MOURA, A. P., O Comportamento do Consumidor Face às Promoções de Venda : Uma Aplicação Para os Bens de Grande Consumo, AJE-Sociedade Editorial Lda., Colecção Distribuição Hoje, Lisboa, [6] JACOBY, J. e KAPLAN, L. B., The Components of Perceived Risk, Advances in Consumer Research, 1972, citado em Dussart, C., Comportement du Consommateur et Stratégie de Marketing, McGraw-Hill, Montreal, [7] ACEBRÓN, L. B. e DOPICO, D. C., «The Importance of Intrinsic and Extrinsic Cues to Expected and Experienced Quality: An Empirical Application for Beef». Food Quality and Preference. 11, 2000, [8] GERSTNER, E., «Do Higher Prices Signal Higher Quality», Journal of Marketing Research, 22, Maio, 1985, [9] DODDS, W. B., MONROE, K. B. e GREWAL, D., «Effects of Price, Brand, and Store Information on Buyers Product Evaluations, Journal of Marketing Research», 28, Agosto, 1991, [10] DAWAR, N. e Parker, F., «Marketing Universals: Consumers Use of Brand name, Price, Physical Appearance, and Retailer Reputation as Signals of Product Quality», Journal of Marketing, 58, Abril, 1994, [11] KAPFERER, J-N. e LAURENT, G., La Sensibilité aux Marques_ in La Marque: Moteur de la Compétitivité des Entreprises et de la Croissance de L Economie, Paris, Ediscience International, Paris, [12] COMISSÃO EUROPEIA, Etude Qualitative sur les Choix et L information des Consommateurs, Estudo Realizado pela OPTEM para a Comissão Europeia DG XXIV, [13] ABBOTT, R., «Food and Nutrition Information: A Study of Sources, Uses and Understanding», British Food Journal, 99, 2, 1997, [14] PETTY, R.E., CACIOPPO e SCHUMANN, D., «Central and Peripheral Routes to Advertising Effectiveness: The Moderating Role of Involvement», Journal of Consumer Research, 10, Setembro, 1983, [15] PALOJOKI, P. e TUOMI-GRÖHN, T. «The Complexity of food choices in an everyday context». Journal of Consumer Studies, 25, 2001,

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