Programa Curricular HISTÓRIA DA ARTE. Docente Responsável Prof. Associada Margarida Calado. Ano Lectivo

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1 Programa Curricular HISTÓRIA DA ARTE Docente Responsável Prof. Associada Margarida Calado Ano Lectivo Ciclo de Estudos Licenciatura em Design de Comunicação Período Lectivo 1º Semestre Horas semanais de aulas 3h ECTS 3 ECTS 1. > CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS INTRODUÇÃO - AS ORIGENS DA ARTE OCIDENTAL 1. A Pré-história A arte no Paleolítico Superior As origens da arquitectura: o megalitismo. 2. A arte nos Impérios agrários do crescente fértil A Mesopotâmia, dos Sumérios aos Assírios e Babilónios O Egipto A síntese - a Pérsia Aqueménida. A ANTIGUIDADE CLÁSSICA 1. As origens As Cíclades e Creta Micenas. 2. A Grécia A arquitectura: as ordens A escultura, do período arcaico ao período clássico A pintura de vasos A arte helenística: principais centros e características gerais. 3. A arte no Império Romano As origens a influência etrusca e grega A arquitectura e as grandes criações romanas. Principais tipologias A escultura: o relevo narrativo e a escultura monumental A pintura e o mosaico A decadência do Império e a arte paleocristã. A IDADE MÉDIA 1. As origens da arte medieval Arte bizantina e sua influência no Ocidente Arte bárbara Arte islâmica e sua influência no Ocidente.

2 1.4. A síntese carolíngia. 2. O Românico e o Gótico A sociedade feudal e a importância das ordens religiosas. O renascimento urbano e as origens da nova sociedade Características da arte românica e gótica. O mosteiro e a catedral: arquitectura e elementos decorativos. 3. A pintura e a escultura independentes da arquitectura A Itália nos séculos XIII e XIV e os primórdios do Renascimento Os retábulos no final do século XV e nos inícios do século XVI na Flandres e na Europa Central. RENASCIMENTO E MANEIRISMO 1. A Itália no séc. XV e XVI de Florença a Roma A arquitectura nos séculos XV e XVI de Brunelleschi a Bramante O conceito de espaço e a arquitectura do Maneirismo. 3. A escultura nos séculos XV e XVI de Donatello a Miguel Ângelo. 4. A pintura nos séculos XV e XVI de Masaccio a Miguel Ângelo. 5. O maneirismo na escultura e na pintura europeias. BARROCO E ROCOCÓ 1. A Contra-reforma e a expansão da arte barroca. A arte e a propaganda religiosa. 2. O absolutismo régio e a propaganda do poder. A arte de Corte. 3. O século XVIII e as transformações sociais e políticas. O rococó e as raízes da arte contemporânea classicismo e romantismo. 2. > OBJECTIVOS DA UNIDADE CURRICULAR E COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR No contexto de cursos de Design, as disciplinas de índole teórica e carácter científico visam dar uma preparação mais sólida aos estudantes, que lhes permitirá mais tarde aprofundar esses conhecimentos consoante a especialização que seguirem a nível dos mestrados. É devido a estas disciplinas que os cursos elevam os seus objectivos do «fazer» ao reflectir sobre o que se faz. Os designers são elementos de uma sociedade que espera deles uma intervenção consciente e adaptada ao seu meio, pelo que deverão alicerçar os seus trabalhos em sólidos contextos teóricos. Esta disciplina, como foi programada, procura dar aos estudantes «uma visão temática de alguns momentos fundamentais e incontornáveis da História da Arte», fazendo-os tomar consciência de que, embora o design tenha surgido no séc. XIX, no contexto da Revolução Industrial, noutras épocas a inter-relação entre imagem e comunicação simbólica ou escrita sempre existiu. A competência essencial a atingir será portanto um conhecimento global dos factos mais importantes da arte ocidental até final do século XVIII, procurando sempre que possível, destacar a relação da arte com objectivos de comunicação, aliada ou não à escrita. 3. > BIBLIOGRAFIA PRINCIPAL. BIBLIOGRAFIA GERAL a) Apoio ARGAN, G. C. (1992) Guia de História da Arte. Lisboa: Editorial Estampa. (2ª ed. 1994) CHECA CREMADES, Garcia Felguera, Moran Turina (1992) Guia para el estudio de la historia del arte. 6ª ed. Madrid: Cátedra. (Cuadernos Arte Cátedra) FUSCO, Renato de (2004) Il piacere dell arte. Capire la pittura, la scultura, l architettura e il design. Roma, Bari: Laterza LODWICK, Marcus (2003) Guia do Apreciador de Pintura. Lisboa: Editorial Estampa, POINTON, Marcia (2000) History of Art. A student's Handbook. 4th ed. London and New York: Routledge,

3 b) Dicionários e enciclopédias CHILVERS, Ian (1996) Concise Dictionary of Art and Artists. 2nd ed. Oxford and New York: Oxford University Press FLEMING, John, Honour, Hugh and Pevsner, Nikolaus (1989) Penguin Dictionary of architecture and landscape architecture. 5th ed. London and New York: Penguin Books SALMI, Mario (President) (1959) Encyclopedia of World Art. XVI vols. London: McGraw-Hill Publishing Company Limited SILVA, Jorge H. Pais da e CALADO, Margarida (2005) Dicionário de Termos de Arte e Arquitectura. Lisboa: Editorial Presença c) Bibliografia geral - AA.VV., Como reconhecer... A Arte Egípcia; A Arte Mesopotâmica; A Arte Grega; A Arte Etrusca; A Arte Romana; A Arte Islâmica; A Arte românica; A arte gótica. Lisboa: Edições 70 - ARDUINI, Franca (2008) La forma del libro. Dal rotolo al códice (secoli III a. C. XIX d. C.). Firenze: Mandragora (Biblioteca Medicea Laurenziana) - ARGAN, G. C. (1980) Storia dell arte italiana. 3 volumes. Firenze: Sansoni Ed. - ARGAN, G.C. (1995) História da Arte como História da Cidade. S. Paulo: Martins Fontes - ARGAN, G. C. (1999) Clássico. Anticlássico. O Renascimento de Brunelleschi a Brueghel. S. Paulo: Companhia das Letras BAUMGART, Fritz (1994) Breve História da Arte. S. Paulo: Martins Fontes CHASTEL, André (1991) A Arte Italiana. S. Paulo: Martins Fontes CHÂTELET, Albert e Groslier, Bernard Philippe (1990) História da Arte Larousse. Vols. 1 e 2. Livraria Civilização Ed. ou Círculo de Leitores CHUECA GOITIA, F. (1997) Breve História del urbanismo. Madrid: Alianza Editorial. (El libro de Bolsillo) COLE, Emily (Editor geral) (2003) A Gramática da Arquitectura. S.l.: Centralivros, Lda. D ALFONSO, Ernesto e SAMSA, Danilo (2006) Guia de História da Arquitectura. Estilos Arquitectónicos. Lisboa: Editorial Presença. (Revisão de Margarida Calado) ECO, Umberto (2005) História da Beleza. 2ª ed. Difel ECO, Umberto (a cura di) (2010) Storia della bruteza. S. L.: Bompiani, 2010 FARIELLO, Francesco (2000) La Arquitectura de los Jardines. De la Antigüidad al siglo XX. Madrid: Celeste Ediciones GLANCEY, Jonathan (2001) História da arquitectura. S. l.: Círculo de Leitores GOMBRICH, E. H. (1995) The story of art. London and New York: Phaidon. (Trad.:A história da arte. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara)

4 HAUSER, Arnold - História social da literatura e da arte. 2 vols. S. Paulo, Mestre Jou, 1973; S. Paulo: Martins Fontes, 2000; História social da arte e da cultura. VI vols. Lisboa: Vega. (Artes / História) JANSON, Anthony F. e JANSON; Horst Woldemar (2010) A Nova História da Arte de Janson. 9ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian KEMP, Martin (coordenação) (2006) História da Arte no Ocidente. Lisboa: Editorial Verbo PATETTA, Luciano (1977) Historia de la arquitectura (antologia crítica). Madrid: Celeste Ediciones PEREIRA, Paulo (2011) Arte Portuguesa. História essencial. Temas e Debates e Círculo de Leitores. PEVSNER, Nikolaus - Perspectivas da Arquitectura europeia. Lisboa: Ulisseia, 1966; Breve História da Arquitectura Europeia. Madrid: Alianza Editorial, 1994 (Alianza Forma) PIJOAN, J. (direcção de) - História da Arte. 10 vols. Lisboa: Publicações Alfa SOLAR, David e VILLALBA, Javier (Direcção) (2007) História da Humanidade. A Pré-história. Lisboa: Círculo de Leitores SOLAR, David e VILLALBA, Javier (Direcção) (2007) História da Humanidade. O Egipto e as Antigas Civilizações. Lisboa: Círculo de Leitores SPROCCATI, Sandro (1994) Guia de História da Arte. Lisboa: Editorial Presença (4ª ed., 1999) SUMMERSON, John (1999) A linguagem clássica da arquitectura. S. Paulo: Martins Fontes WITTKOWER, Rudolf (1989) Escultura. S. Paulo: Martins Fontes Bibliografia específica será indicada no decurso das aulas. 4. > METODOLOGIA DE ENSINO (AVALIAÇÃO INCLUÍDA) De acordo com o novo entendimento dos estudos universitários decorrente do Processo de Bolonha, o número de créditos deixou de se basear nas horas semanais de aulas, para atender ao trabalho despendido pelos alunos, para além das horas de contacto aulas e tutoria. Assim torna-se desejável que, apesar do número limitado de horas lectivas semanais ao longo do semestre, haja um efectivo envolvimento dos estudantes nas aulas, quer levantando questões quer sugerindo temas de investigação. Os temas abordados nas aulas serão apenas pontos de partida para uma investigação pessoal mais desenvolvida. A avaliação da disciplina far-se-á com base em dois elementos: um teste, realizado de acordo com o calendário elaborado pelo Conselho Pedagógico, no final do semestre. Se não for possível, os alunos deverão realizar um dos testes da avaliação final. O outro elemento será a apresentação de um relatório de visitas a três museus e / ou monumentos da lista abaixo indicada, visitas que deverão ser comprovadas, e nesses museus deverão escolher entre uma peça que se enquadre no programa e analisá-la, fazendo a relação entre imagem / objecto e texto, pelo que as peças escolhidas deverão contemplar esse aspecto. Além disso, os alunos devem escolher outras três imagens em que um designer tenha utilizado uma conhecida obra de arte para fazer um anúncio ou para qualquer outra finalidade que se enquadre na área do Designa de Comunicação. O aluno deverá identificar a obra no contexto da história da arte e tentar explicar a razão da sua escolha pelo designer. Esse trabalho terá um máximo de 10 páginas escritas. O mesmo deve ter um índice, uma introdução justificando a escolha, uma conclusão e bibliografia. Deverá ser entregue logo a seguir às férias do Natal.

5 Museus e monumentos a visitar: - Museu Arqueológico do Carmo (gratuito para estudantes da faculdade) - Museu Nacional de Arqueologia (gratuito para estudantes) - Museu do Teatro Romano (gratuito) - Museu da Fundação Gulbenkian (gratuito aos domingos) - Museu Nacional de Arte Antiga (gratuito para estudantes) - Museu Nacional do Azulejo (gratuito para estudantes) - Museu e igreja de S. Roque (maneirismo e barroco) - Sé de Lisboa (o claustro é pago e o Tesouro também). Os alunos que passarem férias ou residirem fora de Lisboa poderão propor outro museu ou monumento que satisfaça os requisitos dos anteriores. Os alunos que tenham média de 10 valores, na avaliação contínua e periódica, ficam dispensados da avaliação final (prova escrita). Os alunos que tenham nota superior a oito valores deverão fazer a prova escrita. Os restantes são considerados reprovados na avaliação contínua. Serão ainda considerados para efeitos de avaliação contínua: - organização de sessões de apoio, com projecção de filmes; - organização de visitas de estudo, complementares ao programa; - recolha de textos de apoio ou bibliografia na internet. Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Margarida Calado