Beta Talassemia Intermédia

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Beta Talassemia Intermédia"

Transcrição

1 Beta Talassemia Intermédia Adérson Araújo MD phd Hematologista Fundação Hemope Recife PE

2 Agenda 1. O que é beta talassemia intermédia 2. Espectro clínico e gravidade 3. Diagnóstico 4. Manifestações clínicas 5. Complicações do curso da doença Trombose Sobrecarga de ferro 6. Esplenectomia e transfusões 7. Cuidados 8. Conclusões

3 Definição Beta Talassemia Intermédia ou Intermediária, pertence ao grupo de talassemias não-dependentes de transfusões (TNDT) Indivíduos com talassemia que não precisam de transfusões regulares para sobreviverem Podem necessitar de transfusões ocasionais falha de crescimento gravidez infecções

4 Gravidade Variável Essas doenças formam um espectro no qual um dos extremos é independente de transfusões Reconhecimento precoce é vital para não colocar a criança sob transfusões crônicas Leve Grave Completamente assintomático até a vida adulta Não-dependente de transfusões Apresentação na tenra idade Dependência transfusional Taher A, et al. Br J Haematol. 2011;152:

5 Determinantes de Gravidade Fatores Moleculares 1,2 Herança de uma mutação de cadeia β leve ou silenciosa Presença do polimorfismo para a enzima Xmn-1 na região promotora do gene G, associada ao aumento da Hb fetal Co-herança de -talassemia Aumento na produção de cadeias de -globina por triplicação ou quadruplicação de genes -globínicos associados a β- heterozigose; também pela interação de β e δβ- talassemia Fatores ambientais podem influenciar na gravidade dos sintomas 2 Condições sociais Nutrição Acesso a cuidados médicos 1. Taher A, et al. Br J Haematol. 2011;152: Taher A, et al. Blood Cell Mol Dis. 2006;37:12-20.

6 Espectro Clínico Title Subtitle Subtitle 1 2

7 Diagnóstico Cerca de 10% dos pacientes com talassemia beta homozigota têm a forma clínica de talassemia intermédia anemia hemolítica moderada, com Hb>7 g/dl sem transfusões O uso de transfusões distingue Talassemia Maior e Intermédia Quando a necessidade transfusional atinge 8 unidades/ano devem ser reclassificados como talassemia maior Típica apresentação clínica ocorre entre 2 e 4 anos de idade. Mais tardiamente que nos pacientes com talassemia maior Sintomas incluem, hiperbilirubinemia e hepatosplenomegalia. Melhor crescimento, desenvolvimento e maturação sexual melhor que os que têm talassemia maior Sobrevida e qualidade de vida melhor, até morrerem pelas complicações da anemia crônica, da hipertensão pulmonar e da sobrecarga de ferro predominantemente hepática ou, mais raramente de cardiopatia induzida pela sobrecarga de ferro

8 Talassemia Intermédia (caso) Hm: 4.46 (10 6 mm 3 ) Hb: 8,3 (g/dl) Ht: 28,2 (%) VCM: 63,2 (fl) HCM: 18,6 (pg) Reticulócitos: 6,0% DHL: 583 U/L BT: 2,43 mg/dl Conclusão: Interação BI: 2,19 mg/dl Hb A 2 : 6,0% 0 / anti-3.7 / Hb Fetal: 3,6% Xmn I: -/- Genótipo : anti-3.7 / Genótipo : A / 0 39 (C T)

9 Mutações mais Frequentes da β Talassemia em SP, RS e PE Mutações Rib. Preto 1 SP 2 Campinas 3 RS 4 PE 5 Cd 39(C T) 0 47,0% 64,0% 54,3% 50,9% 7,7% IVS-I-110(G A) +grave 15,0% 20,0% 18,3% 18,1% 3,0% IVS-I-6(T C) +leve 27,0% 7,0% 18,3% 9,5% 53,6% IVS-I-1(G A) ,0% 4,3% 12,9% 5,9% IVS-I-5(G C) +grave ,9% Outras 11,0% 3,0% 4,8% 8,6% 14,9% 1- Costa et al., 1990; 2- Bertuzzo et al., 1993; 3- Fonseca et al., 1998; Reichert, 2006; 5- Bezerra et al., 2007.

10 Homozigotos para a Mutação IVS-I-6 (T C) em Pernambuco Dados Média e DP Variação Hm (10 6 mm 3 ) 3,91 ± 0,5 3,17-4,99 Hb (g/dl) 7,6 ± 0,6 6,8 9,0 VCM (fl) 67,0 ± 7,9 50,6-76,8 HCM (pg) 19,7 ± 2,1 15,6-22,7 Ret (%) 8,2 ± 3,6 2,5-15 HbA 2 (%) 7,1 ± 0,9 5,6-8,7 HbF (%) 10,6 ± 5,3 2-20,8 BI (mg/dl) 2,9 ± 1,3 0,96-6,82 n = 30

11 Três principais fatores são responsáveis pelas sequelas clínicas Eritropoese ineficaz Anemia crônica Sobrecarga de ferro

12 Eritropoese Ineficaz

13 GDF-15 (pg/ml) Níveis de GDF-15 Correlacionados com Escore Clínico de Gravidade das β-ti Leve Moderado Grave Escore de Gravidade r =.830 P <.001 With permission from Khaled Musallam et al. Blood Cells Mol Dis. 2011;47:

14

15 Três principais fatores são responsáveis pelas sequelas clínicas Eritropoese ineficaz Anemia crônica Sobrecarga de ferro

16 Mecanismo da Sobrecarga de Ferro em Pacientes Não-transfundidos Eritropoese Ineficaz Anemia Crônica Hipóxia Eritropoetina FIHs Hepcidina GDF15 Liberação do ferro reciclado de macrophag es do SRE LIC Legenda: Ferroportina Absorção duodenal de ferro GDF15, Fator de diferenciação de crescimento 15; FIH, Fator de transcrição hipóxia-induzido; LIC, concentração de ferro hepático; SRE, sistema reticuloendotelial. Taher A, et al. Br J Haematol. 2011;152: Fer riti n Séri ca

17 Sobrecarga de Ferro na β-talassemia Intermédia Ocorre mesmo em pacientes que não são transfundidos 1,2 Aporte de 2 5 g Fe/ano 1 ; desenvolve aos 5 anos de idade 2 Muito menor que em pacientes com TM dependentes de transfusões 2. Embora a taxa de aporte de ferro difira entre TM e TI, as consequências acontecem em ambos grupos e incluem fígado e órgãos endócrinos. Coração raramente tem sobrecarga de Fe na TI 1,2 1. Cappellini MD, et al. Thalassaemia Intermedia. In: ESH Handbook on Disorders of Erythropoiesis, Erythrocytes and Iron Metabolism. Beaumont C, et al, eds. ESH Taher A, et al. Br J Haematol. 2009;147:

18 Serum Ferritin (µg/l) Sobrecarga de ferro na β-ti Ferritina aumenta com a idade, indicando acúmulo de ferro 3000 com o passar do tempo a despeito de exposição transfusional Age (years) Taher A, et al. Br J Haematol. 2010;150:

19 Avaliação da Sobrecarga de Ferro Ferritina Sérica SQUID Concentração de ferro hepático por biopsia Concentração de ferro hepático por imagem de ressonância magnética Abbreviations: MRI, magnetic resonance imaging; SQUID, superconducting quantum interference device.

20 Nível de Ferritina Sérica (ng/ml) Ferritina Subestima Sobrecarga de Ferro na β-ti Avaliada pela RNM TI Linear (TI) TM Linear (TM) Observada correlação positiva significativa com níveis de ferritina sérica (R = 0.64; P <.001) Valores de LIC pela RNM foram similares àqueles de pacientes com TM, mas os níveis de ferritina sérica foram significativamente menores Taher A, et al. Haematologica. 2008;93: Musallam KM, Taher AT. N Engl J Med. 2011;364:1476. LIC (mg Fe/g peso seco)

21 Avaliação do conteúdo de ferro hepático (LIC) por Ressonância Magnética Vantagens Acessa o conteúdo de ferro do fígado inteiro Disponibilidade crescente Medição do ferro do fígado e coração podem ser aferidos em paralelo Relação validada com o LIC Permite seguimento longitudinal Desvantagens Medição indireta do LIC Requer especialista em RM com metodologia de imagem e laudos específicos Crianças menores de 7 anos de idade geralmente requerem anestesia geral Taher A, et al. Semin Hematol. 2007;44(2 Suppl 3):S2-S6. 2. TIF. Guidelines for the clinical management of thalassaemia. 2nd ed. Nicosia, Cyprus; Brittenham GM, et al. Blood. 2003;101:15-19.

22 Indicações de Esplenectomia Demanda transfusional aumentada Comentário: Se o paciente puder manter conteúdo de ferro hepático normal (LIC) com terapia quelante a esplenectomia pode não ser necessária Hipersplenismo Comentário: Leucopenia ou trombocitopenia podem causar inecções bacterianas recorrentes ou sangramentos Esplenomegalia Comentário: Acompanhada por dor no quadrante superior ou empachamento Possível rutura esplênica Taher AT, et al. Br J Haematol 2011;152:512 23

23 Necessidade Transfusional Homozigotos IVS-I-6 (T C) n = Nunca Transfundido Até 10 Transfusões 10 Apenas 1 Transfusão Transfundidos Esporadicamente

24 Indicações para transfusão Hb <5.0 g/dl Queda dos níveis de Hb junto a aumento do baço >3 cm/ano (Em períodos de máximo desenvolvimento e crescimento) Pouco crescimento ou desenvolvimento Estatura e velocidade de crescimento anormais para a idade Pouco desempenho escolar Falha no desenvolvimento sexual secundário e na idade óssea Tolerância diminuída aos exercícios Geralmente associada a Hb < 7.0 g/dl e à hipóxia crônica Graves mudanças ósseas ou deformidades Gravidez Infecção Taher AT, et al. Br J Haematol. 2011;152:512 2

25 Indicações para transfusão Outras complicações específicas Insuficiência cardíaca Hipertensão pulmonar Tromboembolismo Úlceras de perna Priapismo Fratura patológica Compressão de medula espinhal Taher AT, et al. Br J Haematol. 2011;152:512 2

26 Complicações Clínicas no Adulto Complicações mais comuns Osteoporose Hematopoese extramedular Hipogonadismo e colelitíase Seguidas por: trombose, hipertensão pulmonar, função hepática anormal e úlceras de perna. Hipotiroidismo, insuficência cardíaca, e diabete mélito, menos encontrados Ali T. Taher et al Blood 2010

27 Frequency (%) ,3 6,7 40,0 * 16,7 16,7 6,7 Complicações x Idade Complicações em 120 pacientes com β-ti virgens de tratamento 26,7 26,7 * * 20,0 13,3 3,3 3,3 3,3 < 10 years years years >32 years 10 anos >32 anos 10 anos anos >32 an ano ano an os s 33,3 s os 6,7 10,0 20,0 * 0 3,3 6,7 10,0 13,3 20,0 10,0 3,3 6,7 10,0 13,3 13,3 3, ,3 10,0 16,7 * 6,7 30,0 * 23,3 23,3 16,7 16,7 0 20,0 * Tendência Estatisticamente Significante Taher A, et al. Br J Haematol. 2010;150:

28 Hipercoagulabilidade Aumentado risco de trombose resultando em significativa morbidade e mortalidade Mecanismos envolvidos: ativação de plaquetas, alteração de membrana dos eritrócitos, expressão de moléculas de adesão endotelial e desregulação da hemostasia (geração de trombina) Transfusões regulares diminuem o risco de trombose, enquanto a esplenectomia aumenta o risco significativamente Adultos esplenectomizados com TI têm alto risco de dano cerebral e hipertensão pulmonar

29 Fatores Preditivos de Trombose Estudo OPTIMAL CARE Hemoglobin 2011;35(5 6):503 10,

30 Como cuidar Identificar e eliminar possíveis riscos para trombose (trombofilias) ou hemocromatose (hereditária). Protelar esplenectomia ao máximo Acompanhar curvas de crescimento e desenvolvimento Avaliar necessidade transfusional e sobrecarga de ferro Vacinar contra hepatite B além de pneumocos e haemophilus nos esplenectomizados Avaliar e tratar a osteoporose Orientar e cuidar das úlceras de perna Orientar e cuidar da gestação

31 Como cuidar Consultas trimestrais ao hematologista Cardiologista anual (HAS, HP, ECG) Neurologista anual Ácido fólico 5 mg VO 3 x semana Monitorar e ajustar níveis de B12 AAS 100 mg/dia para os esplenectomizados HU mg/kg/dia para os que tolerarem e aceitarem Transfusões regulares quando Hb<6.0 persistentemente

32 Sobrecarga de Ferro Monitorar com quantificação do LIC por ressonância magnética (R2* ou T2*) Quelação semelhante à Talassemia Maior quando regularmente transfundido Quelação com deferasirox 20 mg/kd/dia após avaliação pelo LIC (>5 ou 7 mg/g ps) Ferritina sérica não confiável Profilaxia de infecções com controles de vacinações (meningocos?)

33 Referências Bibliográficas Cappellini MD, et al. Thalassaemia Intermedia. In: ESH Handbook on Disorders of Erythropoiesis, Erythrocytes and Iron Metabolism. Beaumont C, et al, eds. ESH Taher A, et al. Blood Cell Mol Dis. 2006;37:12-20 Taher A, et al. Haematologica. 2008;93: Taher A, et al. Br J Haematol. 2009;147: Taher A, et al. Br J Haematol. 2011;152: Musallam KM, Taher AT. N Engl J Med.2011;364:1476 Optimal Care Study: Hemoglobin 2011;35(5 6):503 10,

Cardiopatia na ß-Talassemia

Cardiopatia na ß-Talassemia HEMO.educa Talassemia parte 1 Cardiopatia na ß-Talassemia 23/01/2013 Juliano Lara Fernandes, MD, PhD, MBA Radiologia Clinica de Campinas Brasil jlaraf@fcm.unicamp.br CONFLITOS DE INTERESSE Comitê Consultivo

Leia mais

α + Talassemia(α Talassemia 2)

α + Talassemia(α Talassemia 2) VI Board Review de Hematologia e Hemoterapia Hospital Israelita AlbertEinstein 2012 Maria Stella Figueiredo Disciplina de Hematologia e Hemoterapia UNIFESP Alteração quantitativa da síntese de cadeias

Leia mais

QUESTÕES DE HEMATOLOGIA E SUAS RESPOSTAS

QUESTÕES DE HEMATOLOGIA E SUAS RESPOSTAS QUESTÕES DE HEMATOLOGIA E SUAS RESPOSTAS O QUE É VERDADEIRO E O QUE É FALSO? Questões 1 Anemia na deficiência de ferro a) Está geralmente associada com elevação do VCM. b) O HCM geralmente está diminuído.

Leia mais

Projeto: Desenvolvimento de Casos Clínicos para Aplicação no Ensino de Biologia Celular e Molecular para Medicina

Projeto: Desenvolvimento de Casos Clínicos para Aplicação no Ensino de Biologia Celular e Molecular para Medicina Departamento de Biologia Celular e Molecular Projeto: Desenvolvimento de Casos Clínicos para Aplicação no Ensino de Biologia Celular e Molecular para Medicina Tema: Metabolismo do Ferro e Anemias Monitores:

Leia mais

Hemoglobina. Uma mulher com Hb de 11,5 a vida toda pode ser considerada normal e não anêmica.

Hemoglobina. Uma mulher com Hb de 11,5 a vida toda pode ser considerada normal e não anêmica. 11 de Agosto de 2008. Professor Fernando Pretti. Anemia Abordagem Diagnóstica Definição É a redução, abaixo do normal, da concentração de hemoglobina circulante total. A anemia não é um diagnóstico de

Leia mais

Protocolo. Transplante de células-tronco hematopoiéticas nas hemoglobinopatias

Protocolo. Transplante de células-tronco hematopoiéticas nas hemoglobinopatias Protocolo Transplante de células-tronco hematopoiéticas nas hemoglobinopatias Versão eletrônica atualizada em Abril 2012 Embora a sobrevida dos pacientes com talassemia major e anemia falciforme (AF) tenha

Leia mais

Diagnóstico de hemoglobinopatias pela triagem neonatal

Diagnóstico de hemoglobinopatias pela triagem neonatal 1º Congresso Médico de Guarulhos Práticas Clínicas no SUS 5 a 7 novembro de 2015 Diagnóstico de hemoglobinopatias pela triagem neonatal Dra Christiane M. S. Pinto Hematologista Pediatrica HMCA Guarulhos

Leia mais

Anemia: Conteúdo. Definições

Anemia: Conteúdo. Definições Anemia Resumo de diretriz NHG M76 (março 2003) Van Wijk MAM, Mel M, Muller PA, Silverentand WGJ, Pijnenborg L, Kolnaar BGM traduzido do original em holandês por Luiz F.G. Comazzetto 2014 autorização para

Leia mais

ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA

ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA ANEMIA DE DOENÇA CRÔNICA Prof. Archangelo P. Fernandes Profa. Alessandra Barone www.profbio.com.br Definição Anemia presente em: - Distúrbios infecciosos crônicos, - Doenças auto-imunes

Leia mais

Síndromes talassêmicas: epidemiologia e diagnóstico. Sandra Regina Loggetto Mestre em Pediatria, área de Hematologia Pediátrica

Síndromes talassêmicas: epidemiologia e diagnóstico. Sandra Regina Loggetto Mestre em Pediatria, área de Hematologia Pediátrica Síndromes talassêmicas: epidemiologia e diagnóstico Sandra Regina Loggetto Mestre em Pediatria, área de Hematologia Pediátrica O que são talassemias? Grego: Thalassa (mar) + Haema (sangue) = Talassemia

Leia mais

Forma farmacêutica e apresentação Xarope Embalagem contendo 100 ml com copo medida graduado.

Forma farmacêutica e apresentação Xarope Embalagem contendo 100 ml com copo medida graduado. Ultrafer ferro polimaltosado Forma farmacêutica e apresentação Xarope Embalagem contendo 100 ml com copo medida graduado. USO ADULTO E PEDIÁTRICO VIA ORAL Composição Cada ml de xarope contém: ferro polimaltosado...

Leia mais

TALASSEMIAS: UMA ANÁLISE AMPLA E CORRELAÇÕES CLÍNICAS

TALASSEMIAS: UMA ANÁLISE AMPLA E CORRELAÇÕES CLÍNICAS TALASSEMIAS: UMA ANÁLISE AMPLA E CORRELAÇÕES CLÍNICAS Antonio Jose Dias Martins, Rassan Dyego Romão Silva e Bruna Rezende Faculdade Alfredo Nasser Aparecida de Goiânia GO Brasil antoniojdm35@hotmail.coml

Leia mais

Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido

Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido Homehealth provider Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido Ronco: atrás do barulho, um problema de saúde mais sério www.airliquide.com.br O que é Apnéia do Sono? Apnéia do sono é uma síndrome que pode levar

Leia mais

Profa. Dra. Claudia Regina Bonini Domingos Laboratório de Hemoglobinas e Genética das Doenças Hematológicas Departamento de Biologia Instituto de

Profa. Dra. Claudia Regina Bonini Domingos Laboratório de Hemoglobinas e Genética das Doenças Hematológicas Departamento de Biologia Instituto de Hemoglobinopatias e Talassemias Profa. Dra. Claudia Regina Bonini Domingos Laboratório de Hemoglobinas e Genética das Doenças Hematológicas Departamento de Biologia Instituto de Biociências, Letras e Ciências

Leia mais

Talassemias. Márcio Hori

Talassemias. Márcio Hori Talassemias Márcio Hori Introdução Redução ou ausência de cadeias de globina na hemoglobina 1 par de genes de cadeias β (1 gene β no cromossomo 11) β 0 síntese de cadeias β ausente β + síntese de cadeias

Leia mais

Numeração Única: 0145120798114 ou 0798114-29.2012.8.13.0145

Numeração Única: 0145120798114 ou 0798114-29.2012.8.13.0145 NT 25/2012 Solicitante: João Martiniano Vieira Neto Juiz da 2ª Vara de Registros Públicos e Fazenda Pública Municipal de Juiz de Fora/MG Data: 26/11/2012 Medicamento X Material Procedimento Cobertura Numeração

Leia mais

Portuguese Summary. Resumo

Portuguese Summary. Resumo Portuguese Summary Resumo 176 Resumo Cerca de 1 em 100 indivíduos não podem comer pão, macarrão ou biscoitos, pois eles têm uma condição chamada de doença celíaca (DC). DC é causada por uma das intolerâncias

Leia mais

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP)

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) José de Arimatea Barreto Os fenômenos tromboembólicos incidem em 0,2% a 1% durante o ciclo gravídico-puerperal. Metade das tromboses venosas é identificada antes do parto

Leia mais

Sobre o tromboembolismo venoso (TVE)

Sobre o tromboembolismo venoso (TVE) Novo estudo mostra que a profilaxia estendida com Clexane (enoxaparina sódica injetável) por cinco semanas é mais efetiva que o esquema-padrão de 10 dias para a redução do risco de Tromboembolismo Venoso

Leia mais

Saúde do Adolescente

Saúde do Adolescente Saúde do Adolescente "Meus pensamentos são estrelas que eu não consigo arrumar em constelações." A Culpa é das Estrelas John Green Adolescência Adolescere (latim): crescer Transição entre a infância e

Leia mais

Neonatologia. Neonatologia ICTERÍCIA NEONATAL E SUAS REPERCUSSÕES. Hiperbilirrubinemia

Neonatologia. Neonatologia ICTERÍCIA NEONATAL E SUAS REPERCUSSÕES. Hiperbilirrubinemia Neonatologia Dr Alexandre Netto Formado Pela Universidade de Mogi das Cruzes 2005 Residencia de Pediatria e Neonatologia pela Santa Casa SP 2006 2008 Especialista em Pediatria e Neonatologia pela SBP.

Leia mais

Transplante de Medula Óssea em Talassemia Maior

Transplante de Medula Óssea em Talassemia Maior Transplante de Medula Óssea em Talassemia Maior Belinda Pinto Simões Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP Beta talassemia major Doença genética resultando em redução ou ausência da síntese da cadeia

Leia mais

4. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO MIELOIDE CRÔNICA (LMC)? E MONITORAMENTO DE LMC? É uma doença relativamente rara, que ocorre

4. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO MIELOIDE CRÔNICA (LMC)? E MONITORAMENTO DE LMC? É uma doença relativamente rara, que ocorre ÍNDICE 1. O que é Leucemia Mieloide Crônica (LMC)?... pág 4 2. Quais são os sinais e sintomas?... pág 4 3. Como a LMC evolui?... pág 5 4. Quais são os tratamentos disponíveis para a LMC?... pág 5 5. Como

Leia mais

Tratamento Sistêmico Clássico. Copyright AMBULATÓRIO DE PSORÍASE MARCELO ARNONE AMBULATÓRIO DE PSORÍASE HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP

Tratamento Sistêmico Clássico. Copyright AMBULATÓRIO DE PSORÍASE MARCELO ARNONE AMBULATÓRIO DE PSORÍASE HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP Tratamento Sistêmico Clássico MARCELO ARNONE AMBULATÓRIO DE PSORÍASE HOSPITAL MARCELO DAS CLÍNICAS ARNONE FMUSP AMBULATÓRIO DE PSORÍASE HOSPITAL DAS CLÍNICAS FMUSP Tratamento Sistêmico Clássico Acitretina

Leia mais

Abordagem ao Paciente Hematológico

Abordagem ao Paciente Hematológico Universidade Federal Fluminense Abordagem ao Paciente Hematológico Gilberto P Cardoso O objetivo de todo médico é prevenir doenças. Na impossibilidade, que possa reconhecer e intervir para evitar complicações.

Leia mais

DISFUNÇÕES SEXUAIS MASCULINAS

DISFUNÇÕES SEXUAIS MASCULINAS DISFUNÇÕES SEXUAIS MASCULINAS - Disfunção do desejo - Disfunção das ereções - Disfunção da ejaculação - Disfunção do orgasmo - Doença de Peyronie DISFUNÇÕES SEXUAIS MASCULINAS INTRODUÇÃO DISFUNÇÕES SEXUAIS

Leia mais

MISSÃO Ser uma instituição de excelência técnico-científica em hemoterapia e hematologia com elevado padrão ético e compromisso com a população.

MISSÃO Ser uma instituição de excelência técnico-científica em hemoterapia e hematologia com elevado padrão ético e compromisso com a população. ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR. Política Nacional de Atenção Integral à pessoa com Doença Falciforme ADRIANA TORRES SÁ ENFERMEIRA HEMOCE CRATO DOENÇA FALCIFORME DOENÇA

Leia mais

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) E TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP)

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) E TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP) TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP) E TROMBOEMBOLISMO PULMONAR (TEP) - Fatores de risco: Idade superior a 40 anos Acidente vascular cerebral (isquêmico ou hemorrágico) Paralisia de membros inferiores Infarto

Leia mais

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ REFERÊNCIA DO AUTOR.

ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ REFERÊNCIA DO AUTOR. ESTA PALESTRA NÃO PODERÁ SER REPRODUZIDA SEM A REFERÊNCIA DO AUTOR. Dr. Sergio D. Vieira NÃO TENHO CONFLITO DE INTERESSE Riscos da Transfusão de Sangue Infeccioso HIV : 1 em 1.4-2.400.000 Hepatite B :

Leia mais

Hemoglobinopatias. Dra. Débora Silva Carmo

Hemoglobinopatias. Dra. Débora Silva Carmo Hemoglobinopatias Dra. Débora Silva Carmo Hemoglobinopatias O que é hemoglobina É a proteína do sangue responsável em carregar o oxigênio para os tecidos Qual é a hemoglobina normal? FA recém-nascido AA

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONCURSO PÚBLICO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONCURSO PÚBLICO UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONCURSO PÚBLICO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ALCIDES CARNEIRO DIA - 20/12/2009 CARGO: HEMATOLOGISTA C O N C U R S O P Ú B L I C O - H U A C / 2 0 0 9 Comissão de Processos

Leia mais

Neuropatia Diabética e o Pé Diabético

Neuropatia Diabética e o Pé Diabético UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO DIRETORIA DE ENFERMAGEM SERVIÇO DE EDUCAÇÃO EM ENFERMAGEM MINICURSO: Assistência de enfermagem ao cliente com feridas Neuropatia Diabética e o Pé Diabético Instrutora:

Leia mais

INTRODUÇÃO. Diabetes & você

INTRODUÇÃO. Diabetes & você INTRODUÇÃO Diabetes & você Uma das coisas mais importantes na vida de uma pessoa com diabetes é a educação sobre a doença. Conhecer e saber lidar diariamente com o diabetes é fundamental para levar uma

Leia mais

HEMOGRAMA ANEMIA FERROPRIVA. Hemoglobina. PDF created with pdffactory Pro trial version www.pdffactory.com. Ferro

HEMOGRAMA ANEMIA FERROPRIVA. Hemoglobina. PDF created with pdffactory Pro trial version www.pdffactory.com. Ferro HEMOGRAMA Profª. Francis Fregonesi Brinholi fbrinholi@hotmail.com. Hb = 0,8 g/dl Microcítica VCM < 78fL VCM:? Dosagem de ferritina Baixa Normal Alta Microcítica VCM < 78fL Normocítica VCM: 78-98fL Macrocítica

Leia mais

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO MATERNIDADEESCOLAASSISCHATEAUBRIAND Diretrizesassistenciais INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO Gilberto Gomes Ribeiro Francisco Edson de Lucena Feitosa IMPORTÂNCIA A infecção do trato

Leia mais

Uso do Dímero D na Exclusão Diagnóstica de Trombose Venosa Profunda e de Tromboembolismo Pulmonar

Uso do Dímero D na Exclusão Diagnóstica de Trombose Venosa Profunda e de Tromboembolismo Pulmonar Uso do Dímero D na Exclusão Diagnóstica de Trombose Venosa Profunda e de Tromboembolismo Pulmonar 1- Resumo O desequilíbrio das funções normais da hemostasia sangüínea resulta clinicamente em trombose

Leia mais

PRIMEIRA FRATURA. FAÇA COM que A SUA SEJA A SUA ÚLTIMA. www.spodom.org. www.iofbonehealth.org

PRIMEIRA FRATURA. FAÇA COM que A SUA SEJA A SUA ÚLTIMA. www.spodom.org. www.iofbonehealth.org FAÇA COM que A SUA PRIMEIRA FRATURA SEJA A SUA ÚLTIMA www.iofbonehealth.org Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas www.spodom.org O QUE É A OSTEOPOROSE? A osteoporose é uma doença

Leia mais

Doença de Células Falciformes

Doença de Células Falciformes Doença de Células Falciformes Pedro P. A. Santos Médico Oncologista - Hematologista Setor de Oncologia e Hematologia Hospital da Criança Conceição Porto Alegre RS Setembro 2015 Doença Falciforme Breve

Leia mais

Câncer de Pulmão: Radioterapia Profilática de Crânio Total. Quais as evidências e os benefícios?

Câncer de Pulmão: Radioterapia Profilática de Crânio Total. Quais as evidências e os benefícios? FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS UNIVERSIDADE DE CAMPINAS Câncer de Pulmão: Radioterapia Profilática de Crânio Total. Quais as evidências e os benefícios? JUMARA MARTINS RADIOTERAPIA UNICAMP 2012 Introdução

Leia mais

OS 5 PASSOS QUE MELHORAM ATÉ 80% OS RESULTADOS NO CONTROLE DO DIABETES. Mônica Amaral Lenzi Farmacêutica Educadora em Diabetes

OS 5 PASSOS QUE MELHORAM ATÉ 80% OS RESULTADOS NO CONTROLE DO DIABETES. Mônica Amaral Lenzi Farmacêutica Educadora em Diabetes OS 5 PASSOS QUE MELHORAM ATÉ 80% OS RESULTADOS NO CONTROLE DO DIABETES Mônica Amaral Lenzi Farmacêutica Educadora em Diabetes TER DIABETES NÃO É O FIM... É o início de uma vida mais saudável, com alimentação

Leia mais

ANEMIAS parte IV. Profª Carolina Garrido Zinn

ANEMIAS parte IV. Profª Carolina Garrido Zinn ANEMIAS parte IV Profª Carolina Garrido Zinn Hemoglobinopatias Doenças hereditárias causadas por diminuição ou anomalia da síntese de globina Afetam cerca de 7% da população mundial Hemoglobina Proteína

Leia mais

Reabilitação Cardíaca A reabil

Reabilitação Cardíaca A reabil Reabilitação Cardíaca Reabilitação Cardíaca A reabilitação cardiovascular (RCV) pode ser conceituada como um ramo de atuação da cardiologia que, implementada por equipe de trabalho multiprofissional, permite

Leia mais

Atualização: Doenças Falciformes. Dr. Ricardo Helman Mestre em Ciêncais da Saúde FCMSCSP Hematologista HIAE

Atualização: Doenças Falciformes. Dr. Ricardo Helman Mestre em Ciêncais da Saúde FCMSCSP Hematologista HIAE Atualização: Doenças Falciformes Dr. Ricardo Helman Mestre em Ciêncais da Saúde FCMSCSP Hematologista HIAE Doenças Falciformes Classificação Fisiopatologia Tratamento Histórico Herrick, J.B. (1910) Peculiar

Leia mais

ANEMIA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 1

ANEMIA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 1 ANEMIA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 1 Matias Nunes Frizzo 2, Paula Caitano Fontela 3, Eliane Roseli Winkelmann 4. 1 Pesquisa realizada no Departamento de Ciências da Vida - Curso de Farmácia

Leia mais

Pacientes com Sobrecarga de Ferro

Pacientes com Sobrecarga de Ferro Monitoramento da Terapia Quelante em Pacientes com Sobrecarga de Ferro Sandra Regina Loggetto Jornada Pernambucana de Talassemia Recife PE - 2006 Excesso de cadeias alfa Precipitados de cadeias alfa Dano

Leia mais

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Doença de Behçet Versão de 2016 2. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 2.1 Como é diagnosticada? O diagnóstico é principalmente clínico. Pode demorar entre um a cinco

Leia mais

O modelo lógico para um protocolo de atendimento à gestante. Gabriele dos Anjos e Isabel Rückert - FEE

O modelo lógico para um protocolo de atendimento à gestante. Gabriele dos Anjos e Isabel Rückert - FEE O modelo lógico para um protocolo de atendimento à gestante Gabriele dos Anjos e Isabel Rückert - FEE Apresentar os resultados da elaboração do modelo lógico para uma política de saúde. Trata-se da iniciativa

Leia mais

Anemia Falciforme Atenção Especial. Revisado pelo Prof. Dr. Rodolfo Delfino Cançado

Anemia Falciforme Atenção Especial. Revisado pelo Prof. Dr. Rodolfo Delfino Cançado Anemia Falciforme Atenção Especial Revisado pelo Prof. Dr. Rodolfo Delfino Cançado Anemia Falciforme Anemia Falciforme é uma das enfermidades hereditárias mais comuns no Brasil e no mundo. Caracteriza-se

Leia mais

Câncer: Entendendo o Risco do Benzeno

Câncer: Entendendo o Risco do Benzeno Câncer: Entendendo o Risco do Benzeno Profa. Dra. Carmen Silvia Passos Lima Disciplina de Oncologia Clínica Departamento de Clínica Médica Faculdade de Ciências Médicas Universidade Estadual de Campinas

Leia mais

CLINICA MÉDICA HEMATOLOGIA 2003-2004 SANGUE

CLINICA MÉDICA HEMATOLOGIA 2003-2004 SANGUE 1 CLINICA MÉDICA HEMATOLOGIA 2003-2004 2 SANGUE 3 4 5 6 7 PATOLOGIA DO GLÓBULO RUBRO ANEMIAS POLICITEMIAS Valores de referência Hemoglobina g/dl recém-nascido

Leia mais

TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016. Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda

TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016. Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016 Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda DENGUE O Brasil têm registrado grandes epidemias de dengue nos últimos 10 anos com aumento

Leia mais

Assistência Farmacêutica na Depressão

Assistência Farmacêutica na Depressão Definição Assistência Farmacêutica na Depressão Grupo de atividades relacionadas com o medicamento, destinadas a apoiar as ações de saúde demandadas por uma comunidade, envolvendo o abastecimento de medicamentos

Leia mais

Tema: Anemias na Infância

Tema: Anemias na Infância ANEMIAS NA INFÂNCIA Tema: Anemias na Infância Objetivos Conceituar e classificar as anemias da infância Correlacionar o aparecimento das sindromes anêmicas com as fases da infância e adolescência Identificar

Leia mais

Métodos Não Invasivos para Avaliação da Fibrose Hepática: Experiência com a Elastografia Hepática

Métodos Não Invasivos para Avaliação da Fibrose Hepática: Experiência com a Elastografia Hepática Métodos Não Invasivos para Avaliação da Fibrose Hepática: Experiência com a Elastografia Hepática Dr. Humberto O. Galizzi Gastro- Hepatologista Membro da Sociedade Brasileira de Hepatologia Membro do Serviço

Leia mais

CITOLOGIA DA TALASSEMIA ALFA

CITOLOGIA DA TALASSEMIA ALFA CITOLOGIA DA TALASSEMIA ALFA Foto 1: Talassemia Alfa Mínima em sangue periférico corado com azul de crezil brilhante. Comentários: A investigação laboratorial da talassemia alfa mínima se faz por meio

Leia mais

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira O QUE É HIPERTENSÃO ARTERIAL? Condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados

Leia mais

Manuseio Peri-operatório dos. dos doentes medicados com Anticoagulantes Orais Diretos (AOD)

Manuseio Peri-operatório dos. dos doentes medicados com Anticoagulantes Orais Diretos (AOD) Manuseio Peri-operatório dos doentes medicados com Anticoagulantes Orais Diretos Guia de Consenso 2014 I. MANUSEIO PERI-OPERATÓRIO EM DOENTES MEDICADOS COM ANTICOAGULANTES ORAIS DIRETOS 1. Fatores a considerar

Leia mais

Alterações congénitas da formação da hemoglobina:

Alterações congénitas da formação da hemoglobina: ANEMIAS CAUSADAS POR DEFEITOS GENÉTICOS DA HEMOGLOBINA Alterações congénitas da formação da hemoglobina: TALASSEMIAS há uma síntese desequilibrada das cadeias globínicas HEMOGLOBINOPATIAS por alteração

Leia mais

Úlcera venosa da perna Resumo de diretriz NHG M16 (agosto 2010)

Úlcera venosa da perna Resumo de diretriz NHG M16 (agosto 2010) Úlcera venosa da perna Resumo de diretriz NHG M16 (agosto 2010) Van Hof N, Balak FSR, Apeldoorn L, De Nooijer HJ, Vleesch Dubois V, Van Rijn-van Kortenhof NMM traduzido do original em holandês por Luiz

Leia mais

AMH Hemolíticas ANEMIAS HEMOLÍTICAS

AMH Hemolíticas ANEMIAS HEMOLÍTICAS HEMATOLOGIA II Curso de Farmácia 8 º período AMH Hemolíticas ANEMIAS HEMOLÍTICAS Anemias causadas por um aumento da destruição dos eritrócitos em relação à produção. Rompe-se o equilíbrio entre a produção

Leia mais

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si A função da insulina é fazer com o que o açúcar entre nas células do nosso corpo, para depois poder

Leia mais

Febre Periódica, Estomatite Aftosa, Faringite e Adenite (PFAPA)

Febre Periódica, Estomatite Aftosa, Faringite e Adenite (PFAPA) www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Febre Periódica, Estomatite Aftosa, Faringite e Adenite (PFAPA) Versão de 2016 1. O QUE É A PFAPA 1.1 O que é? PFAPA significa Febre Periódica, Estomatite

Leia mais

O USO DE MEDICAÇÃO ANTI-HIPERTENSIVA NA GESTAÇÃO

O USO DE MEDICAÇÃO ANTI-HIPERTENSIVA NA GESTAÇÃO O USO DE MEDICAÇÃO ANTI-HIPERTENSIVA NA GESTAÇÃO LUSTOSA, L. S 1 ; MOREIRA, A. S 2 ; ABRANTES, M 3 ; FALCÃO, K. P. M 4 1 Bacharelando em Fisioterapia, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, PB,

Leia mais

ASMA ASMA ASMA SINTOMAS. Page 1

ASMA ASMA ASMA SINTOMAS. Page 1 ASMA SUBSTÂNCIAS IRRITANTES: produtos de limpeza, sprays, tintas, inseticida, perfumes, poluição atmosférica REMÉDIOS:aspirina, certos anti-inflamatórios bloqueadores beta adrenérgicos Asma é uma inflamação

Leia mais

Como eu trato um caso com aumento de ferritina. Guilherme Henrique Hencklain Fonseca São Paulo 13/11/2016

Como eu trato um caso com aumento de ferritina. Guilherme Henrique Hencklain Fonseca São Paulo 13/11/2016 Como eu trato um caso com aumento de ferritina Guilherme Henrique Hencklain Fonseca São Paulo 13/11/2016 Declaração de Conflito de Interesse Declaro que possuo conflito de interesse na (s) categoria (s)

Leia mais

VITAMINA K2. Saúde Óssea e Cardiovascular

VITAMINA K2. Saúde Óssea e Cardiovascular Informações Técnicas VITAMINA K2 Saúde Óssea e Cardiovascular FÓRMULA MOLECULAR: C 46H 64O 2 PESO MOLECULAR: 648,99 CAS NUMBER: 2124-57-4 INTRODUÇÃO A vitamina K ocorre naturalmente em 2 formas principais:

Leia mais

A implementação de diretrizes clínicas na atenção à saúde: experiências internacionais e o caso. da saúde suplementar no Brasil

A implementação de diretrizes clínicas na atenção à saúde: experiências internacionais e o caso. da saúde suplementar no Brasil A implementação clínicas na atençã experiências inter A implementação de diretrizes da saúde supleme clínicas na atenção à saúde: experiências internacionais e o caso da saúde suplementar no Brasil A implementação

Leia mais

Hemodiálise. Uma breve introdução. Avitum

Hemodiálise. Uma breve introdução. Avitum Hemodiálise Uma breve introdução Avitum O que é hemodiálise? Na hemodiálise, um rim artificial (hemodialisador) é usado para remover resíduos, substâncias químicas extras e fluido de seu sangue. Para colocar

Leia mais

ANEMIA APLÁSTICA CARLOS EDUARDO PIZZINO

ANEMIA APLÁSTICA CARLOS EDUARDO PIZZINO ANEMIA APLÁSTICA CARLOS EDUARDO PIZZINO INTRODUÇÃO: - A anemia aplás-ca é caracterizada pela acentuada redução ou ausência de células eritroides, mieloides e megacariocí-cas na medula óssea, com resultante

Leia mais

AIDS PERINATAL. Licia Moreira UFBA

AIDS PERINATAL. Licia Moreira UFBA Licia Moreira UFBA Definição de AIDS na CRIANÇA Toda criança com menos de 13 anos com evidência laboratorial de infecção Uma amostra de soro repetidamente positiva em teste como ELISA, IFI (pesquisa de

Leia mais

PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO DAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)/ ISGH

PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO DAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)/ ISGH PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO DAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)/ ISGH 1. APRESENTAÇÃO A SEPSE TEM ALTA INCIDÊNCIA, ALTA LETALIDADE E CUSTO ELEVADO, SENDO A

Leia mais

www.fisiofitsenior.com.br

www.fisiofitsenior.com.br www.fisiofitsenior.com.br Índice Definição... Dados estatísticos... pg 03 pg 06 Causas e fatores de risco... pg 09 Tratamentos... pg 14 Atividades físicas e osteoporose... pg 15 Nutrientes recomendados...

Leia mais

Proeritroblasto ou Proeritroblasto ou P o r n o or o m o l b a l st s o: E i r t i ro r b o l b a l st s o ou o Nor o m o l b ast s o:

Proeritroblasto ou Proeritroblasto ou P o r n o or o m o l b a l st s o: E i r t i ro r b o l b a l st s o ou o Nor o m o l b ast s o: HEMATOLOGIA DRª ISIS H. VERGNE BIOMÉDICA ERITROPOIESE Fenômeno com diversas fases, onde ocorre: Síntese de DNA Mitose Síntese de hemoglobina com incorporação de Fe Perda do núcleo e organelas Produto final:

Leia mais

POLÍTICAS DE SAÚDE EM QUEIMADOS

POLÍTICAS DE SAÚDE EM QUEIMADOS MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA POLÍTICAS DE SAÚDE EM QUEIMADOS JUNHO - 2009 Diretrizes Tomando por base a necessidade de organizar à assistência

Leia mais

Rinite. Asma. montelucaste. Margarete Arrais MD, Pneumologista

Rinite. Asma. montelucaste. Margarete Arrais MD, Pneumologista Asma Rinite montelucaste Margarete Arrais MD, Pneumologista Introdução A asma apresenta muitas vezes uma estreita relação com a rinite alérgica. Manifestação diferente de uma mesma entidade nosológica.

Leia mais

BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO E DIETA HIPOCALÓRICA EM DIABÉTICOS

BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO E DIETA HIPOCALÓRICA EM DIABÉTICOS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO E DIETA HIPOCALÓRICA EM DIABÉTICOS Autora: Márcia de Fátima Ferraretto Pavan Resumo: Diabetes mellitus é uma doença crônica e está associada a complicações que comprometem

Leia mais

Wladimir Correa Taborda Marília da Glória Martins

Wladimir Correa Taborda Marília da Glória Martins Coagulopatia em Obstetrícia Wladimir Correa Taborda Marília da Glória Martins Mecanismos desencadeadores de coagulação intravascular na gravidez Pré-eclâmpsia Hipovolemia Septicemia DPP Embolia do líquido

Leia mais

Data: 07/04/2014 NTRR 67/2014. Medicamento x Material Procedimento Cobertura

Data: 07/04/2014 NTRR 67/2014. Medicamento x Material Procedimento Cobertura NTRR 67/2014 Solicitante: Juiz Alex Matoso Silva Município de Itaúna - MG Número do processo: 0338.14.003128-1 Data: 07/04/2014 Medicamento x Material Procedimento Cobertura TEMA: Pegvisomanto para acromegalia

Leia mais

Terapia medicamentosa

Terapia medicamentosa www.printo.it/pediatric-rheumatology/pt/intro Terapia medicamentosa Versão de 2016 13. Medicamentos biológicos Nos últimos anos foram introduzidas novas perspetivas terapêuticas com substâncias conhecidas

Leia mais

Conceito. Autoimunidade é uma resposta imune específica contra um antígeno ou uma

Conceito. Autoimunidade é uma resposta imune específica contra um antígeno ou uma AUTOIMUNIDADE Conceito Autoimunidade é uma resposta imune específica contra um antígeno ou uma série de antígenos próprios Doença Autoimune é uma síndrome provocada por lesão tissular ou alteração funcional

Leia mais

PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE II

PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE II PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE II III SIMPÓSIO DE FISIOTERAPIA EM CARDIOLOGIA 30 de Outubro a 02 de Novembro de 2004 DAIANA CRISTINE BÜNDCHEN INSTITUTO DE CARDIOLOGIA DE CRUZ ALTA-CT SERVIÇO

Leia mais

Diagnóstico diferencial da trombocitopenia em cães e gatos. Leonardo P. Brandão, MV, Msc, PhD

Diagnóstico diferencial da trombocitopenia em cães e gatos. Leonardo P. Brandão, MV, Msc, PhD Diagnóstico diferencial da trombocitopenia em cães e gatos Leonardo P. Brandão, MV, Msc, PhD Gerente de Produto 0peração Animais de Companhia- MERIAL Saúde Animal 2011 Trombopoiese Plaquetas são fragmentos

Leia mais

LÁBREA (CLORIDRATO DE DONEPEZILA) CRISTÁLIA PRODUTOS QUÍMICOS FARMACÊUTICOS LTDA. COMPRIMIDOS REVESTIDOS 5 MG E 10 MG BULA DO PACIENTE

LÁBREA (CLORIDRATO DE DONEPEZILA) CRISTÁLIA PRODUTOS QUÍMICOS FARMACÊUTICOS LTDA. COMPRIMIDOS REVESTIDOS 5 MG E 10 MG BULA DO PACIENTE LÁBREA (CLORIDRATO DE DONEPEZILA) CRISTÁLIA PRODUTOS QUÍMICOS FARMACÊUTICOS LTDA. COMPRIMIDOS REVESTIDOS 5 MG E 10 MG BULA DO PACIENTE Página 1 de 6 I) IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO LÁBREA cloridrato de

Leia mais

Uso de antiagregantes plaquetários e antitrombóticos em pacientes adultos com dengue Protocolo

Uso de antiagregantes plaquetários e antitrombóticos em pacientes adultos com dengue Protocolo INSTITUTO NACIONAL DE CARDIOLOGIA DE LARANJEIRAS / NÚCLEO DE BIOESTATÍSTICA E BIOINFORMÁTICA Uso de antiagregantes plaquetários e antitrombóticos em pacientes adultos com dengue Protocolo Bernardo Rangel

Leia mais

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

Anexo I - Questionário

Anexo I - Questionário Anexo I - Questionário Joana Alexandra de Jesus Amorim, aluna do 4º ano da Licenciatura em Enfermagem da Universidade Fernando Pessoa, encontra-se a realizar um trabalho de investigação com o título Cirurgia

Leia mais

Sessão De Pediatria. Discussão De Artigos

Sessão De Pediatria. Discussão De Artigos Sessão De Pediatria Discussão De Artigos Evaluation of children with recurrent pneumonia diagnosed by world health organization criteria. Pediatr Infect Dis J. 2002: 21: 108-12. James D. Heffelfinger,

Leia mais

DIÁLISE TIPOS E INDICAÇÕES. Dr.Luiz Carlos Pavanetti Instituto do Rim de Marília

DIÁLISE TIPOS E INDICAÇÕES. Dr.Luiz Carlos Pavanetti Instituto do Rim de Marília DIÁLISE TIPOS E INDICAÇÕES Dr.Luiz Carlos Pavanetti Instituto do Rim de Marília SÍNDROME URÊMICA SINTOMAS SINAIS CLEARANCE DE CREATININA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA Cuidados pré-diálise Controle de pressão

Leia mais

TROMBOCITOPENIA NA GRAVIDEZ

TROMBOCITOPENIA NA GRAVIDEZ TROMBOCITOPENIA NA GRAVIDEZ Ricardo Oliveira Santiago Francisco Herlânio Costa Carvalho INTRODUÇÃO: - Trombocitopenia pode resultar de uma variedade de condições fisiológicas e patológicas na gravidez.

Leia mais

VI Congresso Paulista de

VI Congresso Paulista de VI Congresso Paulista de Clínica MédicaM Anemia no Idoso: Um problema de Saúde Pública P Dr. João Carlos de Campos Guerra Centro de Hematologia de São Paulo CHSP Departamento de Patologia Clínica Setor

Leia mais