KPMG BusinessMagazine 06

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1 KPMG BusinessMagazine 06 AUDIT TAX ADVISORY Sustentabilidade Cresce o número de empresas que emitem relatórios de Responsabilidade Corporativa Realidade tributária Debate coordenado pela jornalista Marta Watanabe Argentina, Brasil e Chile Na mira dos investimentos estrangeiros Parcerias Público-Privadas Privadas Primeiras PPPs prenunciam novo ciclo de investimentos

2 Sumário Editorial Debate A jornalista Marta Watanabe e dirigentes da KPMG no Brasil discutem a realidade tributária Investimentos estrangeiros Argentina, Brasil e Chile no alvo dos investidores Petróleo O Centro de Excelência de Petróleo e Gás da KPMG no Brasil PPP As primeiras Parcerias Público-Privadas (PPPs) prenunciam um novo ciclo de investimentos Telecom Consulta pública pode ampliar a divulgação de dados e garantir maior transparência Bens de consumo O planejamento operacional conectado ao gerenciamento de riscos Bancos Empresas devem se adequar ao Acordo de Basiléia II Empregabilidade Globalização impulsiona executivos a buscarem autodesenvolvimento ExpoGestão Feira e Congresso realizado em Joinville reúnem executivos de todo o país Inovação orientada ao cliente Artigo de Michael Schrage Ensino Superior Estudo revela desafios e oportunidades para o setor Terceiro Setor O que as entidades do setor querem de uma empresa de auditoria Responsabilidade Corporativa Pesquisa aponta tendências na elaboração de relatórios de empresas Sustentabilidade Modelos fazem parte das estratégias das empresas Integridade Regulamentação internacional alavanca padrões de ética e compliance Projeto Pequeno Cidadão Histórias de vida que sintetizam a missão do projeto patrocinado pela KPMG no Brasil Livro Projetadas para o sucesso: estratégias para a criação de empresas globais KPMG Business Magazine é uma publicação trimestral da KPMG Auditores Independentes KPMG Auditores Independentes, sociedade brasileira, membro da KMPG International, uma cooperativa suíça. Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil. Presidente da KPMG no Brasil: David Bunce. Diretora de KM&C: Irani Ugarelli. Fone: (11) businessmagazine@kpmg.com.br. Produção/Edição: Ex Libris Comunicação Integrada. Editor: Jayme Brener (MTb ). Textos: Lúcia Mesquita e Jana Tabak Projeto gráfico e diagramação: Idéia e Imagem Comunicação. Fotos: arquivo KPMG. Tiragem: exemplares. Impressão: Copypress.

3 Editorial As bases do desenvolvimento Irani Ugarelli A sexta edição da KPMG Business Magazine aborda diversos temas fundamentais e muito presentes na agenda dos executivos. A jornalista Marta Watanabe, editora do caderno Nacional do diário Valor Econômico, coordenou o debate sobre a questão tributária e os investimentos produtivos, que reuniu os sócios da KPMG no Brasil: Charles Krieck, Diogo Hernandes Ruiz e o diretor Luiz Dardes e o gerente sênior Murilo Mello. O debate pautou-se pelo estudo Manufatura na América do Sul: desafios e oportunidades, que aborda investimentos internacionais na Argentina, Brasil e Chile, elaborado pela KPMG International, sobre o qual o leitor encontrará mais detalhes também nesta edição. Como uma das premissas para o desenvolvimento são os investimentos em infra-estrutura, incluimos matéria especial sobre a decolagem das primeiras Parcerias Público Privadas (PPPs), nos estados de Minas Gerais e Bahia. O segredo do êxito das corporações globais é abordado em texto sobre o livro Projetadas para o sucesso: estratégias para a criação de empresas globais, de Hiroaki Yoshihara e Mary Pat McCarthy, sócios da KPMG LLP. Os autores apontam o que consideram ser as sete características essenciais de uma empresa duradoura: Mudança de fora para dentro; Criação de uma meritocracia de desempenho; Remoção de barreiras internas; Fomento da inovação autônoma; Conhecimento de seus mercados; Teste de pressupostos e execução com disciplina, e Aquisição de sucesso. Ao mencionar desenvolvimento, nos remetemos a um conceito moderno e amplificado, que está cada vez mais associado à sustentabilidade e à responsabilidade corporativa. Esse tema também é destacado nesta edição. Começamos pela apresentação de Gunnar Wälzholz, gerente da área de Sustentabilidade da KPMG na Holanda, no texto Responsabilidade Corporativa: Tendências mundiais na elaboração sócioambientais, que aborda os caminhos seguidos no mundo todo para a geração de valor com a elaboração dos relatórios de Responsabilidade Corporativa, e pelo estudo realizado pelo diretor Marcos Boscolo, que analisa a profissionalização das entidades do Terceiro Setor no Brasil. Em âmbito internacional, novas regulamentações como a Lei Sarbanes-Oxley e o Acordo de Basiléia II exigem das empresas padrões muito mais rígidos de integridade. É o que nos explica Márcia Klinke, diretora da área de Forensic. E, transformando teoria em prática, trouxemos alguns depoimentos de vidas que foram positivamente impactadas pelo Projeto Pequeno Cidadão, na Unidade da USP de São Carlos, patrocinado pela KPMG no Brasil. Nestes dez anos de existência, o projeto já beneficiou dezenas de crianças e jovens carentes da região. Esperamos continuar recebendo as mensagens de sugestões e contribuições dos leitores, que consolidam, a cada dia, a nossa revista como elo de comunicação entre a KPMG no Brasil e a comunidade de clientes, colaboradores e amigos. Boa leitura Irani Ugarelli

4 DEBATE MARTA WATANABE CHARLES KRIECK DIOGO HERNANDES RUIZ LUIZ DARDES MURILO MELLO O investidor estrangeiro e a tributação no Brasil DEBATE COORDENADO PELA JORNALISTA MARTA WATANABE, DO DIÁRIO VALOR ECONÔMICO, REÚNE SÓCIOS E DIRETORES DA KPMG NO BRASIL PARA ABORDAR A REALIDADE TRIBUTÁRIA QUE OS INVESTIDORES INTERNACIONAIS ENCONTRAM NO PAÍS O estudo Manufatura na América do Sul: desafios e oportunidades, elaborado pela KPMG International, revelou recuperação do interesse de investidores estrangeiros em instalar unidades produtivas nos chamados países ABC : Argentina, Brasil e Chile. Mas qual é a realidade tributária que esses investidores encontram, especialmente no Brasil? Esse tema candente motivou a organização de debate coordenado pela jornalista Marta Watanabe, editora do diário Valor Econômico, que reuniu Charles Krieck, sócio líder do segmento de Industrial Markets, Diogo Hernandes Ruiz, sócio líder para a área de Impostos, Luiz Dardes, diretor e Murilo Mello, gerente sênior, ambos da área de International Corporate Tax da KPMG em São Paulo. 02 Debate

5 Krieck (à esquerda), Diogo Ruiz, Marta Watanabe, Luiz Dardes e Murilo Mello Quando uma corporação internacional decide se vai para a China, Brasil ou Argentina, leva em conta, além do mercado e da infra-estrutura, os benefícios fiscais oferecidos pelos diferentes países, afirma o sócio Diogo Ruiz. Decidindo pelo Brasil, a corporação passa a analisar os vários incentivos fiscais oferecidos pelos estados para atrair os investimentos. Desde há muito tempo, o Espírito Santo, por exemplo, oferece incentivos fiscais e financeiros para empresas que lá se instalam para importar produtos através de seu porto. O mesmo acontece com Goiás e com os estados do Sul do país, que oferecem incentivos fiscais diferenciados. O empresário, então, analisa esses incentivos dentro de um contexto de infra-estrutura e de mercado, visando identificar o local onde os negócios a serem desenvolvidos tenham mais possibilidades de sucesso. O investidor avalia toda a infra-estrutura de que vai necessitar, os custos envolvidos, o retorno do investimento e o preço do produto para o consumidor final, diz Ruiz. Fazendo uma comparação, Luis Dardes lembra que a China tem hoje um atrativo muito grande: o custo baixo da mão de obra. Você consegue produzir com qualidade a um custo muito baixo porque eles são muito disciplinados. Porém, existe insegurança quanto ao retorno do investimento, além da tendência de que os salários aumentem por lá. Aqueles 1,2 bilhão de pessoas não têm poder aquisitivo e, quando ganharem este poder, o custo da mão de obra vai mudar. Diferentemente, a América Latina, sobretudo o Brasil, é mais receptiva ao capital estrangeiro, de forma geral, e conta com legislação que elimina a insegurança quanto à repatriação do retorno do investimento, pontua. Entraves tributários Ao analisar os principais motivos que levam o investidor a decidir o local de sua futura fábrica, o estudo Manufatura na América do Sul: desafios e oportunidades identificou na estrutura tributária um dos maiores entraves para o aporte de novos capitais no Brasil. O Brasil tem um sistema tributário muito complexo, burocrático, que acaba exigindo investimentos fortes das empresas em treinamento e, acima de tudo, no tamanho dos departamentos envolvidos, explica o sócio Charles Krieck. Para Marta Watanabe, é inevitável falar também na carga tributária, no Brasil, principalmente porque não há retorno na forma de infraestrutura e serviços públicos. Esse problema afeta acima de tudo quem vive no país. Já para o investidor, principalmente o estrangeiro, Debate 03

6 O Brasil tem um sistema tributário muito complexo, que acaba exigindo investimentos fortes das empresas em treinamento e, acima de tudo, no tamanho dos departamentos envolvidos Charles Krieck Charles Krieck, sócio líder para o segmento de Industrial Markets da KPMG no Brasil nossa carga tributária é compatível com a carga de outros paises, pondera Diogo Ruiz. As principais diferenças envolvem a produção para o mercado interno e para a exportação. Quem exporta tem regime tributário semelhante em todo o país, mas quem não exporta depende mais da política de cada estado. Quem vai para a Zona Franca de Manaus, por exemplo, irá encontrar uma série de benefícios fiscais, mas vai ter que enfrentar um desafio de logística na hora de levar seus produtos aos estados consumidores, como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Ele pode também ir para Goiás ou Rio Grande do Sul, em busca de outros incentivos, mas deve assumir o risco de, no futuro, deparar-se com uma decisão judicial dizendo que aquele benefício é inválido. Isso termina fazendo parte do jogo do mercado, afirma Murilo Melo. Críticas à carga tributária alta, por vezes, mascaram a ineficiência das empresas. Todos os dias nos deparamos com empresas mal-assessoradas sobre dilemas como pagar dividendos ou pagar juros, prossegue Murilo Mello. Isso pode acarretar perdas altas, por desconhecimento do empresário. A legislação tributária é muito complexa; dificulta o entendimento. Exige a interpretação de especialistas, afirma. Uma empresa bem assessorada tem vantagens competitivas que outras não têm, completa o sócio Diogo Ruiz. Guerra fiscal O termo vantagens competitivas remete à questão da guerra fiscal travada há anos por estados e municípios brasileiros, que oferecem benefícios às empresas interessadas em se instalar em seu território. Há decisões recentes do Supremo Tribunal Federal, dizendo que os estados não podem estabelecer incentivos. Também foram aprovadas novas leis que restringem, por exemplo, a concessão de créditos, comenta Marta Watanabe. Ao mesmo tempo, a reforma tributária não caminhou; ficou só na discussão de quantas alíquotas vamos ter de ICMS, quais serão as alíquotas e os segmentos que estarão submetidos a elas. Quer dizer, a legislação proíbe a guerra fiscal mas ela continua existindo, avalia. 04 Debate

7 Mas qual é a segurança jurídica que o investidor internacional tem no Brasil, diante da guerra fiscal? Para o gerente sênior Murilo Mello, a grande garantia, para os investidores globais, está na consolidação da democracia no Brasil. Temos, é claro, decisões no Judiciário que caminham de uma forma em primeira instância e, depois, podem mudar completamente conforme julgamento do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça. Todavia, apesar da aparente incerteza jurídica, esse processo faz parte do sistema democrático, consolida as instituições e a separação dos poderes. Murilo considera que, para as empresas, o grande problema da guerra fiscal entre os estados tem ligação com os créditos tributários, especialmente do ICMS, às empresas exportadoras. Companhias que exportam muito e que hoje estão fazendo girar a economia brasileira, vêm ganhando o direito de receber esses créditos. Mas os estados criam barreiras para que elas consigam realizar os créditos. Até como forma de pressionar a União a fazer os repasses relativos a essas isenções fiscais, observa Murilo. E nem estamos falando de um incentivo fiscal, mas, sim, do sistema de cálculo do ICMS e de um direito previsto na legislação, pondera Marta Watanabe. Charles Krieck comenta que, em geral, o empresário acaba por colocar esses créditos de ICMS na coluna de riscos de sua contabilidade. É um absurdo imaginar que o governo não vá pagar uma dívida que tem para com o empresário. Mas, com freqüência, considerando o tempo necessário para a discussão do problema, esses valores terminam na provisão para o risco de crédito. Para alguns setores industriais há legislações específicas que minimizam, mas não eliminam o impacto negativo dos créditos de ICMS não honrados. Em São Paulo, por exemplo, as montadoras automobilísticas contam com um regime especial que lhes permite pagar parte dos fornecedores com esses créditos. É preciso lembrar que as montadoras acumulam saldos enormes em créditos de ICMS por conta de sua receita com exportações, diz Charles Krieck. Mas a legislação de São Paulo é apenas um paliativo porque, na verdade, ocorre uma transferência, para um terceiro, do crédito que o governo deveria quitar. O problema continua sem uma solução, que deve ser a quitação definitiva, diz o sócio. A reforma tributária, assunto permanente no Congresso Nacional, poderia resolver essa situação? Eu chamaria de ajuste pontual, não de reforma tributária, explica Diogo Ruiz. Até porque o país precisa de uma reforma fiscal e não tributária. Mas um ajuste pode, por exemplo, eliminar as diferenças entre alíquotas dos distintos estados, que podem chegar a 11%. A grande questão é instituir uma legislação única, que todos os estados apliquem e que possa resolver o problema dos créditos às exportações acumulados pelas empresas, comenta. Vale dizer que isso está em debate no Congresso desde 1995, afirma Diogo Ruiz. Debate 05

8 Quando uma corporação decide se vai para a China, para o Brasil ou Argentina, já leva em conta os benefícios oferecidos pelos diferentes países Diogo Ruiz Marta Watanabe, jornalista do diário Valor Econômico Tecnologia De acordo com todos os debatedores, o avanço tecnológico vem provocando uma verdadeira revolução no cenário tributário. Em pouco tempo devem se generalizar a circulação digital e a nota fiscal eletrônica, como já existem controles cambiais eletrônicos, diz Luiz Dardes. É um sistema fantástico. A empresa só vai conseguir operar de forma eletrônica, sem nota fiscal no papel. A empresa emite uma nota fiscal eletrônica, o estado toma conhecimento e vai fiscalizar on line, libera uma autorização de transporte e segue com o número para a estrada. Se os responsáveis pelo posto rodoviário pararem o caminhão, o fiscal acessa o número, checa nota eletrônica e mercadoria e evita fraude. É mais uma forma de evitar sonegação. Esperamos, é claro, que junto com isso venha uma redução de custos para a empresa, imagina Charles Krieck. A empresa que não se encaixar nisso, no futuro estará fora do mercado. E nós, assessores tributários, vamos ter que evoluir, constata o sócio. Tratados internacionais Uma das tendências quanto à tributação das empresas industriais instaladas no Brasil tem sido o recurso a tratados internacionais. Nossa legislação se aperfeiçoou ao longo dos últimos dez anos, narra Marta Watanabe. Hoje, temos a tributação universal sobre lucros de pessoas jurídicas, já regulamentada, além de diversas outras normatizações. O Brasil está sintonizado com práticas desenvolvidas em outras regiões, como a União Européia, que vem tentando regular a disputa pela atração de investidores estrangeiros. Na esfera administrativa, vale mencionar que já existem decisões por parte do Conselho de Contribuintes analisando a aplicação dos Tratados Internacionais em contraposição à legislação doméstica brasileira que rege os investimentos no exterior, declara. O sócio Diogo Ruiz completa: o Brasil tem desenvolvido a rede de tratados bilaterais em número e qualidade. Há pouco tempo, foi divulgado um acordo com a África do Sul e essa tendência é irreversível. 06 Debate

9 Diogo Hernandes Ruiz, sócio líder para a área de Impostos da KPMG no Brasil Segundo Murilo Mello, gerente sênior de International Corporate Tax, o uso de tratados internacionais vem se intensificando também por existir um movimento de mão dupla. Não há apenas empresas estrangeiras que investem no Brasil. Empresas nacionais também estão investindo no exterior, diz. Um dado muito positivo é que o Fisco brasileiro vem se manifestando sobre a aplicação dos tratados internacionais, por meio da edição de atos administrativos ou soluções de consulta, que podem servir de orientação para os investidores. Na KPMG, temos uma grande rede de contatos com profissionais de diversos países, o que nos permite obter informações sobre a interpretação desses tratados em cada jurisdição, bem como sobre a legislação doméstica de cada país. Dessa maneira, pode-se atender às necessidades e demandas dos clientes de uma forma global e com qualidade. O empresariado brasileiro está atingindo um índice alto de maturidade institucional, observa Murilo Mello. O fato é que o empresário já percebeu que é preferível investir em consultoria; prevenir-se é a melhor opção. As discussões principalmente na esfera administrativa se tornaram mais maduras e com alto nível técnico, o que vem influenciando de forma positiva as decisões de investidores nacionais ou estrangeiros. Essa maturidade e a rede de tratados vão sempre caminhar juntas. Investimentos estrangeiros Segundo o sócio Charles Krieck, apesar de toda a complexidade, o Brasil continua sendo o país com maior volume de investimentos estrangeiros diretos na América Latina. Superamos o México. Nossa balança comercial é fantástica e registra superávits constantes porquê o câmbio está blindado, imune, e há um grande salto de qualidade. As exportações no Brasil tinham como foco tradicional as commodities, e não deixaremos de ser um grande exportador delas. Mas veja-se a indústria brasileira de máquinas, que hoje é predominantemente exportadora. O Brasil também se tornou um centro de desenvolvimento Debate 07

10 Luiz Dardes, diretor da área de International Corporate Tax da KPMG em São Paulo de diversos produtos, como os medicamentos genéricos, comenta Krieck. Luiz Dardes lembra, também, o salto que muitas empresas brasileiras deram no mercado internacional. Há dez anos, grupos empresariais brasileiros eram pouco conhecidos no mercado internacional e não se falava de ADRs, mas diversos grupos estão assumindo um papel cada vez maior na economia globalizada, diz. Tudo isso reforça as excelentes perspectivas do Brasil como destino de investimentos internacionais, afirma Murilo Mello. Poucos sabem, mas existe um grande êxodo de empresas européias da China e da Índia e o Brasil é um expoente, na América Latina, em qualidade de recursos humanos. Alguns pólos regionais de nosso país no Sudeste e Sul estão muito mais evoluídos que vários países. Vamos tomar o exemplo dos shared service centers, centros internacionais compartilhados que as grandes corporações montam para concentrar as áreas de contabilidade ou tributação. Luiz Dardes conta: recentemente, uma empresa líder no setor de informática, tomou a decisão de criar um shared service center na área de desenvolvimento tecnológico e de softwares, e pediu ajuda da KMPG neste processo. O Brasil disputa esses investimentos com outros dois países. Até há algum tempo, era impensável que um desses países não fosse a índia, mas concorremos com países da América Latina: Costa Rica e Argentina. O cliente queria analisar que benefícios fiscais e legais teria ao instalar o novo centro no Brasil. E o país está oferecendo novos incentivos a empresas que desenvolvam talentos e criem centros de excelência visando a exportação de 80% da sua receita. Exemplos como esse, diz a jornalista Marta Watanabe, demonstram a importância de uma política tributária que incentive a proliferação de centros de excelência. Mas, no Brasil, por muito tempo não tivemos política tributária e, sim, política arrecadatória. A arrecadação crescia acima do progresso do PIB e do resultado das contas publicas. 08 Debate

11 O fato é que o empresário já percebeu que é preferível investir numa consultoria; se precaver em vez de remediar depois Murilo Mello Murilo Mello, gerente sênior de International Corporate Tax da KPMG no Brasil Compartilho da opinião de que o Brasil precisa muito mais de uma reforma fiscal do que uma reforma tributária, declara Diogo Ruiz. Uma vez que todas as exportações brasileiras são imunes a tributos, o Brasil já não exporta tributos e, com isso, o produto brasileiro tornou-se mais competitivo no exterior. É só olhar nossa pauta de exportações, que inclui veículos, celulares, aeronaves, entre outros, e por aí se percebe que o sistema tributário brasileiro só é complexo quando se trata das operações internas, porque, para as exportações, é bem simples. O Governo Federal precisa de uma reforma fiscal que reduza seus gastos pois o Estado não comporta o tamanho dos gastos e é preciso manter políticas arrecadatórias que banquem esses custos. Ruiz reconhece, porém, o passo positivo dado com a recente decisão do Governo Federal, de permitir que os exportadores mantenham no exterior parte considerável das receitas obtidas com as vendas internacionais. Isso deve equilibrar um pouco mais o câmbio e gerar empregos nos setores voltados à exportação, afirma. É preciso passar da arrecadação fiscal para cobrir gastos públicos a uma política de arrecadação destinada a novos investimentos, diz Murilo Mello. Afinal, estamos vendo que o crescimento da atividade econômica propicia arrecadação muito maior em moeda nacional forte. Isso nos remete à necessidade de investir em infraestrutura, porque o empresário estrangeiro, ao decidir onde vai instalar uma nova indústria, pensa nas estradas para a distribuição de seus produtos, na energia elétrica. São análises que precisam ser feitas agora para que se veja o resultado daqui a cinco anos. Uma grande iniciativa, que infelizmente ainda não decolou ou que se encontra em processo de discussão, são as Parcerias Público-Privadas (PPPs). As PPPs Em São Paulo temos a PPP do Metrô. A KPMG tem sido muito ativa no desenvolvimento de PPPs em Minas Gerais e na Bahia. Mas como o investidor estrangeiro encara as parcerias com o setor público?, questiona Marta Watanabe. Debate 09

12 Reforma ou ajuste fiscal; reforma fiscal ou tributária. Foram alguns dos temas em debate Para começar, existe uma falha de caráter tributário. O Estado é que deveria prover toda a infraestrutura necessária e com isenção de impostos, porque não há sentido em o Poder Público cobrar dele mesmo. Acontece que as PPPs envolvem prestadores privados de serviços, em uma atividade que deveria ser do Estado e ocorre sem as isenções a que o Estado teria direito. Mesmo assim, não creio que isso esteja atrapalhando os investimentos estrangeiros em PPPs. Temos que dividir os investidores em dois blocos, responde Ruiz. O primeiro bloco é o das empresas interessadas em associar-se a uma PPP. Esse investidor com certeza está interessadíssimo em que a PPP decole o mais rápido possível. E o segundo grupo é dos investidores que não têm nada a ver com a PPP, mas que dependem do sucesso da obra. O brasileiro tem enormes vantagens nessa área. Qualquer usina de açúcar no interior de São Paulo normalmente reutiliza toda a sucata, o bagaço e fornece energia elétrica à cidade em que está instalada. O empresário brasileiro já sabe que não pode depender do Estado, pois sua ineficiência exige mais criatividade por parte deles. Começam então a surgir fábricas integradas, onde os dejetos e a sucata de uma planta funcionam como matéria-prima de outra e, no final, não se joga nada fora. Assim, a legislação ambiental é atendida. Tudo isso vai ser fortemente potencializado com as PPPs. O sócio Diogo Ruiz prossegue na análise das novas potencialidades abertas para os setores de álcool e energia no Brasil. Hoje existem no país grandes grupos produtores de açúcar e álcool. Mas há um grande espaço para os médios produtores, sobretudo em regiões como Ribeirão Preto e São José do Rio Preto, no interior paulista, onde surgem pólos de produção energética a partir de fontes alternativas, que poderão exportar para todo o mundo. Fazendo uma ligação do tema com o setor industrial, Charles Krieck lembra que os motores híbridos, desenvolvidos no Brasil, foram uma revolução. O investidor estrangeiro quer participar do setor alcooleiro, que atualmente é conduzido por grupos nacionais. A grande mudança será provocada pela exportação de motores híbridos para o Hemisfério Norte. Antes, os motores a álcool, que contêm água, devido às baixas temperaturas comuns no Norte do planeta, corriam o risco de congelamento. Hoje, no inverno europeu ou norte-americano você usa gasolina. E no verão, pode utilizar o álcool no mesmo motor. O Brasil, então, tem muito a contribuir com a produção mundial de energia, não apenas produzindo commodities, mas na exportação de equipamentos e inteligência. Políticas fiscais adequadas serão fundamentais para dar sustentação a esse processo, conclui Krieck. 10 Debate

13 Participantes do debate Charles Krieck ingressou na KPMG em 1986, prestando serviços basicamente a clientes internacionais. De 1994 a 1996, como parte do programa de intercâmbio da Firma, trabalhou na KPMG em Colônia, na Alemanha. Krieck é sócio da área de Audit da KPMG em São Paulo, e, atualmente, é o líder do segmento de Industrial Markets da KPMG no Brasil, que reúne três grandes grupos de indústria: 1) Industrial & Automotive, 2) Chemical and Phamaceutical, e 3) Energy & Natural Resources. Adicionalmente, Krieck é o principal contato da KPMG no Brasil para assuntos ligados à indústria automotiva. Diogo Hernandes Ruiz é o sócio líder da área de Impostos da KPMG Brasil. Sócio desde 1987, desenvolve serviços na área de auditoria fiscal das demonstrações financeiras, de planejamento fiscal, de reorganizações societárias, de preços de transferência, de serviços financeiros, de fusões e aquisições e de international tax. Sua experiência abrange as seguintes indústrias: instituições financeiras e seguradoras, alimentos e bebidas, papel e celulose, química e farmacêutica, engenharia, construção e gerenciamento de imóveis, eletrônicos, agroindústria e serviços em geral. Participou de diversos cursos de especialização contábil e tributária dentro do Programa de Desenvolvimento Profissional da KPMG, bem como de seminários externos. Formado em Ciências Contábeis e em Direito tem especialização em Direito Tributário. Luiz Dardes é advogado registrado na OAB, no distrito e Estado de São Paulo. Trabalha na KPMG desde novembro de 2005 e, atualmente, é diretor da KPMG em São Paulo. Luiz tem ampla experiência, incluindo planejamento tributário internacional, adequação tributária, reorganizações corporativas, assim como outros assuntos tributários e corporativos, como imposto sobre valor agregado, alfândega, disputas judiciais, tributação de investimentos financeiros, propriedade intelectual, software e preços de transferência. Prestou assistência a uma ampla gama de empresas em uma variedade de indústrias, tanto empresas estrangeiras com negócios no Brasil como empresas brasileiras que investem no exterior. Luiz é formado em Direito pela Universidade de São Paulo (1991) e fez cursos de Direito pela Northwestern University School of Law em Chicago, (EUA). Murilo Mello é gerente sênior da área de International Corporate Tax no escritório da KPMG São Paulo. Desde 1996, Murilo trabalha com auditoria tributária, assessoria, planejamento tributário e reestruturação corporativa. Atualmente, auxilia clientes nacionais e estrangeiros, assim como aos demais escritórios da KPMG, prestando assessoria a multinacionais em transações internacionais e estratégias tributárias. Recentemente, participou de projeto global da empresa chamado Iberoamericas, trabalhando no escritório da KPMG Madrid, Espanha. Murilo é formado em Direito pela Universidade Mackenzie - São Paulo, membro da Ordem dos Advogados no Brasil - (OAB) e pósgraduado em Legislação Tributária pela Universidade de São Paulo (USP). Além disso, tem Mestrado em Direito em Legislação Tributária Internacional (LL) pela University of London (Queen Mary). Debate 11

14 Manufatura na América do Sul: desafios e oportunidades

15 ABC América do Sul retorna revigorada ao cenário internacional Estudo da KPMG demonstra maior confiança do investidor estrangeiro nas economias da Argentina, Brasil e Chile Charles Krieck, sócio líder do segmento de Industrial Markets da KPMG no Brasil Entre os atores da dinâmica das relações econômicas internacionais, parece não haver dúvidas de que a China desempenha o papel principal é o foco das atenções das grandes corporações mundiais. No entanto, os números surpreendem ao provar que um destino crescente dos investidores estrangeiros é a América do Sul, especialmente Argentina, Brasil e Chile (os chamados países ABC ). Há um ano, a KPMG International desenvolveu uma pesquisa com 131 empresas do setor automotivo dos Estados Unidos, Ásia e Europa sobre o processo de alocação de plantas, e descobriu que a América Latina, nos últimos anos, foi considerada um ponto estratégico para o estabelecimento de estruturas produtivas. Diante deste cenário promissor, a KPMG decidiu elaborar o relatório Manufatura na América do Sul: Desafios e Oportunidades Argentina, Brasil e Chile, incluindo entrevistas com importantes executivos de grandes empresas, sobre a região. Apesar de os maiores investimentos serem voltados para China, Índia e Leste Europeu, a pesquisa sobre alocação de plantas deixou claro que os executivos enfrentam sérias dificuldades em função da intensa diferença cultural. Nesse sentido, a América Latina se torna uma opção interessante, principalmente em meio à retomada pós-período de estresse econômico, afirma Charles Krieck, sócio da KPMG no Brasil e líder para o segmento de Industrial Markets. De novembro de 2005 até março deste ano, o pesquisador, Richard Walker, entrevistou 28 CFOs de grandes empresas do setor industrial de cada país ABC. Walker reuniu, também, dados divulgados por instituições públicas, como Banco Mundial, Nações Unidas e bancos centrais latinoamericanos, e os comparou com as informações cedidas pelas companhias, que vivenciam o dia-a-dia do mercado. ABC 13

16 Segundo o pesquisador, muitas vezes, os executivos, ao analisar os dados sobre fluxos de investimento, condições trabalhistas e custos em burocracia e infra-estrutura, apresentam interpretações divergentes. Geralmente, o que o Banco Mundial vê não é o que vemos, comenta Walker, que, além de pesquisador, é autor de estudos especiais para a Economist Inteligence Unit e atua como jornalista na revista semanal The Economist e na publicação anual The World in Review. Metodologia A fim de obter uma visão equilibrada sobre as opiniões dos executivos, Walker decidiu que todas as empresas a serem entrevistadas deveriam, obrigatoriamente, ter operações em outro país ABC, possibilitando, assim, as comparações. Apesar da dificuldade comum de se obter respostas em pesquisas, a elaboração de perguntas simples e diretas agilizou o trabalho. Outro facilitador é o fato de os participantes da pesquisa ocuparem cargos de liderança: Eles (os executivos) têm menos receio em falar. Não há ninguém acima deles para chamar a atenção, explica Walker. O investimento na elaboração de pesquisas é uma das prioridades da KPMG. Com o objetivo de transformar informação em conhecimento, a empresa busca identificar temas polêmicos de mercado, a fim de fomentar a discussão e o desenvolvimento de soluções. Embora o avanço da Internet tenha contribuído para a democratização da informação, a interpretação dos dados ainda é responsabilidade das próprias pessoas. Ao compartilhar a análise dos dados, todos são beneficiados. Por isso, a KPMG valoriza o espírito de dividir conhecimento e defende fortemente a participação das empresas nas pesquisas, ressalta Krieck. Não é segredo o fato de a América do Sul ter sido cenário de algumas decepções de investidores internacionais, mas ainda é surpresa para muitos analistas a rápida emergência dos paises ABC como foco de grandes esperanças. Os números comprovam o renascimento das economias destes três países: Em 2004, o fluxo de investimento estrangeiro direto (IED) da Argentina aumentou em 125%, enquanto o do Brasil cresceu 79% e o do Chile, 73%. Embora os dados referentes a 2005 só sejam divulgados no fim de agosto, a maioria das empresas entrevistadas afirmaram que seus investimentos nesses países foram superiores ou iguais aos de E que os planos para 2006 são similares. Tal processo é justificado por taxas de câmbio mais competitivas e pelo incremento mundial na demanda de commodities exportadas pelos países ABC. Além disso, os governos adotaram novas políticas de mercado a substituição das importações e o subsídio industrial deram lugar a atitudes mais abertas para o investimento. Estamos muito otimistas sobre o Brasil. Estamos otimistas sobre o Chile. Estamos pessimistas sobre a Argentina, este é o comentário de uma grande empresa que resume a disposição das companhias entrevistadas para o relatório da KPMG. Segundo Walker, o aspecto mais importante neste processo de mudança é a grande proporção de investimentos destinada ao setor industrial da América Latina. Quando falamos de investimento em manufatura, o associamos diretamente à China. No entanto, os números mostram que tal pensamento é superficial, afirma o pesquisador. É claro que a China tem avançado rapidamente. No entanto, ao comparar o volume total de IED nos países ABC que reúnem 230 milhões de habitantes e no dragão asiático, onde a população é superior a 1.2 bilhão de cidadãos, é possível verificar que o investimento acumulado na América Latina é maior. As companhias estrangeiras na China não obtiveram lucro com o mercado doméstico, que é a principal motivação para sua migração rumo ao país. Já nas economias ABC, há uma enorme expectativa em relação à possibilidade de ganho financeiro, comenta Walker. 14 ABC

17 A qualidade está melhor devido, principalmente, ao aumento de empresas multinacionais na região e à insistência de maior transparência no mundo corporativo Brasil O Brasil é a maior e mais dinâmica economia da América do Sul. Embora o risco de investimento ainda seja alto, os investidores corporativos sentemse atraídos devido ao tamanho do país, à sua taxa de crescimento e à tendência de melhoria na maioria dos indicadores econômicos. O Brasil está cada vez mais estável e previsível, é um comentário representativo dos entrevistados. No entanto, ainda há muito o que evoluir. O crescimento da pobreza e suas conseqüências imediatas, como corrupção e aumento da economia paralela, ainda deixam os investidores apreensivos. Sem dúvida, a principal preocupação da maioria das companhias é com a complexidade e o ônus total da tributação corporativa. Muitas empresas também manifestam preocupações quanto à dificuldade de obter capital a custo competitivo no Brasil e aos atrasos na elaboração de uma estrutura reguladora para as Parcerias Público- Privadas, esclarece Krieck. Já a Argentina, uma economia de porte médio, ainda vive um vagaroso processo de recuperação da crise cambial e da dívida financeira, nas quais mergulhou em Aliado a isso, o colapso do peso argentino, em 2001, prejudicou severamente a relação entre os investidores estrangeiros e o governo local. No entanto, há sinais de que este ciclo está próximo do fim e de que o setor industrial volte a atrair investimentos. Segundo muitas das empresas entrevistadas, a Argentina representa um grande teste para a capacidade de reforma e normalização das economias da América do Sul. Alguns executivos afirmaram também que a atual retórica populista do governo argentino é mais ameaçadora do que a realidade. Entretanto, diversas das empresas ativas na região afirmam que continuarão relutantes em efetuar novos investimentos na área. O Chile continua estável, mas sofre com as oportunidades de investimento limitadas, devido ao tamanho reduzido e ao isolamento geográfico. Sempre elogiado por sua história de transparência e estabilidade econômica, o Chile preocupa o investidor estrangeiro apenas devido à política de proteção dos direitos de propriedade intelectual. Os níveis de corrupção são muito baixos, há muita mão de obra qualificada e profissionais disponíveis, enquanto, na esfera executiva, os chilenos são provavelmente os melhores da região, comenta o representante de um grupo da área de engenharia elétrica. Ceticismo residual No entanto, ainda há espaço para os céticos, que questionaram as reais conseqüências deste boom no investimento, alegando que já ocorreram momentos similares na história da América Latina. Mas a situação atual é diferente, principalmente em função de dois novos aspectos: as reformas na região, que permitiram a abertura dos mercados para o mundo e o processo de globalização, que diversificou os modelos de desenvolvimento econômico, antes reduzidos à política de substituição de importações. A qualidade dos negócios está melhor devido, principalmente, ao aumento de empresas multinacionais na região e à insistência de maior transparência no mundo corporativo, afirma uma grande empresa do setor de agronegócios. O período que se aproxima é, assim, um grande teste para as economias ABC. Muitas das empresas entrevistadas acreditam que a antiga idéia sobre a América do Sul de um continente que oferece grandes oportunidades ressurge com bastante força. Ou seja, o pessimismo passa ser uma marca do passado, principalmente para o Brasil, que está no centro de renascimento econômico latino-americano e promete gerar os benefícios esperados por muitos, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, no setor produtivo. ABC 15

18

19 ENERGIA Petróleo brasileiro: investimentos por 25 anos O Centro de Excelência de Petróleo e Gás da KPMG no Brasil apóia empresas do setor a fim de otimizar os resultados dos negócios A não ser por uma abrupta reversão no processo de globalização, a economia mundial tende a manter um forte crescimento: por volta do ano de 2020, ela deverá ser 80% maior do que era em Já a renda per capita média no mundo será cerca de 50% maior. Uma das conseqüências diretas de tal expansão é o aumento da demanda por matérias-primas, como o petróleo. É neste contexto que o Brasil engrandece, tornando-se um dos destinos preferenciais dos investimentos estrangeiros, uma vez que boa parte dos maiores players do petróleo, como a Venezuela e o Oriente Médio, oferecem riscos econômicos e políticos. Diante deste cenário, projeções indicam que a atual capacidade da indústria petrolífera brasileira representa apenas 3% do que será daqui a 25 anos, ou seja, a cada cinco anos o setor deve dobrar de tamanho no país. Segundo relatório recentemente divulgado pela Agência Nacional de Inteligência (CIA) dos EUA, o consumo de energia no mundo deverá aumentar cerca de 50% nas próximas duas décadas quando comparado ao crescimento de 34% entre 1980 e 2000 sendo o petróleo o responsável pela maior parte deste acréscimo. De acordo com Bernardo Moreira, diretor de Auditoria da KPMG no Brasil, os principais motivos para essa perspectiva de crescimento são a demanda reprimida por exemplo, quanto maior for o setor automotivo, maior será a necessidade de petróleo o avanço da pesquisa científica e a grande quantidade de técnicos especializados no país. Esses técnicos, capacitados principalmente devido ao trabalho da Petrobras, contribuem muito para a evolução rápida da indústria. Sem esquecer o forte potencial de crescimento do setor em todo o mundo, Energia 17

20 No Brasil, um dos maiores, senão o principal obstáculo que demanda especial atenção do investidor estrangeiro, é o sistema tributário complexo. Se este elemento é um denominador comum a toda a economia nacional, o setor de petróleo é, com certeza, um dos que mais sofrem que precisa atender às exigências de paises emergentes, como China e Índia. Os planos estratégicos da Petrobras, que hoje representa 99% da indústria de petróleo brasileira, coincidem com o futuro previsto para o setor. De acordo com o plano estratégico da companhia, anunciado recentemente, a meta de investimento somente na área de Produção e Exploração entre os anos 2007 e 2011 é de US$ 40,7 bilhões. A Petrobras pretende, ainda, incrementar os esforços na área de exploração de gás no país, a fim de atender à demanda interna crescente por esse combustível, reduzindo, também, a dependência em relação às importações da Bolívia. Além da Petrobras, o Brasil deve contar com um significativo investimento estrangeiro, afirma Bernardo Moreira. Diferente de seus concorrentes no setor, o cenário político e econômico brasileiro se mantém equilibrado. A estabilidade monetária e a melhor qualidade dos negócios em função da maior preocupação com governança corporativa também são diferenciais importantes. Por fim, o custo de produção nacional é relativamente barato, se comparado com os países desenvolvidos, diz Moreira. A China, por exemplo, há mais de dez anos, tem afirmado abertamente que a produção das empresas nacionais que investem no exterior é mais segura do que as importações negociadas no mercado internacional. As companhias chinesas têm sido orientadas a investir em projetos na região do Mar Cáspio, Oriente Médio e América do Sul, com a intenção de assegurar um acesso mais confiável ao petróleo. Bilhões bbl Crescem as Reservas de Petróleo Ano Fonte: Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 18 Energia

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