Há anos se fala que a tecnologia de bancos de dados está

Transcrição

1 EXTRA Evolução constante As inovações e as possibilidades de uso dos bancos de dados comprovam que as soluções continuam progredindo. Mas o que o futuro reserva aos usuários e administradores?

2 índice Capítulo 1 O BD ao futuro pertence PRESIDENTE & PUBLISHER Silvia Bassi VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO Ademar de Abreu DIRETOR FINANCEIRO Luiz De Capua Minervino O PC World Extra é um produto da publicação PC World. Ele é realizado pela equipe da área Intelligence², que produz todos os especiais customizados, online ou impressos, do Now!Digital Business. O PC World Extra aborda temas de interesse para profissionais da área de Tecnologia da Informação que precisam atualizar informações e enriquecer o conhecimento. EDITOR-CHEFE Murilo Märtino mmartino@nowdigital.com.br EDITORA ESPECIAL Solange Calvo solange.calvo@nowdigital.com.br COLABORADORES Cláudio Ferreira (reportagem e textos) e Ricardo Alves de Souza (arte) Se você tiver interesse em patrocinar a PC World Extra ou quiser saber mais sobre a área Intelligence², consulte nossa equipe COMERCIAL GERENTE COMERCIAL Luiz Filipe Roschel lroschel@nowdigital.com.br EXECUTIVOS DE NEGÓCIOS Eduardo Benassi edubenassi@nowdigital.com.br Ellen Rotstein ellen.rotstein@nowdigital.com.br Elisabete Ribeiro elisabete.ribeiro@nowdigital.com.br Fabiana Massis fmassis@nowdigital.com.br Felipe Ponzio felipe.ponzio@nowdigital.com.br Luiz C. Faloppa lfaloppa@nowdigital.com.br Maidy Montoro maidymontoro@nowdigital.com.br Patricia Alves palves@nowdigital.com.br MARKETING E AUDIÊNCIA SUPERVISORA DE COMUNICAÇÃO E MARKETING Carolina Carvalho carolcarvalho@nowdigital.com.br SUPERVISORA DE AUDIÊNCIA Sueli Godoy sueligodoy@nowdigital.com.br NOW!DIGITAL BUSINESS LTDA Rua do Rócio, 291/1 o andar Vila Olímpia - São Paulo/SP - CEP: Telefone: (11) Para adquirir livros, guias e edições especiais do Now!Digital Business, acesse: Central de Atendimento Para assinar ou resolver dúvidas sobre assinaturas Para números atrasados e exemplares avulsos para a Grande São Paulo para demais regiões Atendimento de segunda a sexta-feira das 9h às 18h Publicidade Para anunciar na PC World, nos nossos sites e discutir a criação de uma estratégia de marketing para seu produto ou serviço, ligue para (11) ou envie um para comercial@nowdigital.com.br Redação PC World 2008 Telefone: (11) Na internet Acesse o site PC World: Capítulo 1 O BD ao futuro pertence Capítulo 2 Orientado a objeto e relacional Capítulo 3 A natureza dos dados Capítulo 4 BD livre em evolução Capítulo 5 Quanto mais automatizado melhor Capítulo 6 Casos de sucesso Capítulo 7 Glossário Capítulo 8 Para saber mais sobre banco de dados O BD ao futuro pertence As inovações e as possibilidades de utilização dos bancos de dados nos últimos tempos comprovam que as soluções ainda evoluem. Mas o que o futuro reserva aos usuários e administradores, para onde a tecnologia aponta e quais as tendências tecnológicas que estão no caminho da consolidação? Há anos se fala que a tecnologia de bancos de dados está estagnada e consolidada, mas isso deixou de ser verdade. Recentemente, surgiram as versões Express com BDs mais enxutos e gratuitos ou ainda os repositórios open source. E o que falar das ferramentas que permitem aos sistemas fazer sua própria manutenção e também da maior integração de dados não estruturados como s, mensagens instantâneas e até voz agregados a um repositório? Todas essas funcionalidades mostram que a tecnologia ainda responde dinamicamente ao mercado. No entanto, a pergunta mais freqüente é: o que um banco de dados precisa ser e ter e evoluir? É importante notar que a necessidade das corporações não mudou, apenas se tornou mais premente. Assim como o usuário ainda quer que a plataforma seja confiável, disponível e rápida porém o grau de exigência é muito maior. Além da rapidez nas respostas que visam a melhoria dos negócios, um elemento novo é o volume de dados que evoluiu de forma exponencial e não tem prazo para estabilizar. Muito pelo contrário, com a incorporação dos chamados dados não A PC World é marca registrada pelo IDG International Data Group Inc. O Now!Digital Business Ltda. possui licença exclusiva da marca no Brasil. 3

3 Capítulo 1 O BD ao futuro pertence estruturados, a progressão segue geométrica. O usuário está ainda menos tolerante. Ninguém concebe ficar poucos segundos indisponível. Para os administradores, fica a cobrança e também a necessidade de um maior investimento em manutenção e correção dos bancos de dados, e não estou falando em prevenção em desastres, mas de algo que pode ocorrer no dia-a-dia, garante Valsoir Tronchin, gerente geral da Sybase do Brasil. É claro que, como resposta, os BDs foram mais e mais incorporando funções de autotunning (veja mais no capítulo Quanto mais automatizado melhor) ou manutenção automática. E já se incorporou até mesmo a possibilidade de manutenção sem a necessidade de retirar o sistema do ar. É para todos! A IBM chama de Autonomic Computing as funcionalidades que fazem com que os BDs realizem seu próprio gerenciamento e pretende registrar novos avanços. Eles devem ser cada vez mais automatizados, com mais níveis de alerta, possibilidades de O usuário está ainda menos tolerante. Ninguém concebe ficar poucos segundos indisponível. Para os administradores, fica a cobrança e também a necessidade de um maior investimento em manutenção e correção dos bancos de dados. E não estou falando em prevenção de desastres, mas em algo que pode ocorrer no dia-a-dia. Valsoir Tronchin, gerente geral da Sybase do Brasil realizar backups e criar índices. Tudo para que o DBA ou mesmo o administrador não necessite se debruçar sobre o sistema o tempo todo. Muitos ajustes podem ser feitos pela plataforma de modo automático, o que garante o uso de menos suporte externo, enumera Sérgio Fortuna, gerente da Área de Information Management da IBM Brasil. A companhia prevê o lançamento do DB2 9.5, ainda no primeiro semestre deste ano, com o seu equivalente Express saindo simultaneamente, mas o executivo não revela o que ele pode trazer de inovação. A premissa dos fornecedores é que todas as funcionalidades e avanços da plataforma de bancos de dados estejam à disposição de todas as empresas, independentemente do tamanho. Uma forma de proporcionar isso foi a criação dos repositórios Express versões lights, com menos funções é verdade, e normalmente gratuitas, eles servem como uma entrada que pode desembocar nos repositórios full. Escalabilidade é outro conceito presente no coração da evolução das soluções. Mas o que veio primeiro, as funcionalidades de autotunning ou a necessidade de automação por parte das corporações? Empresas que compram seu primeiro BD o fazem, normalmente, a partir da integração com um sistema de ERP e, mais recentemente, ganharam embutido nos repositórios uma série de funcionalidades de BI agregadas. Por outro lado, a idéia 4 5

4 Capítulo 1 O BD ao futuro pertence de incorporar os dados não estruturados ganhou força com o barateamento do custo do armazenamento, compara João Nunes, gerente de Marketing de Aplicações e Bancos de Dados para Pequenas e Médias empresas da Microsoft. A idéia do storage mais barato é uma solução que pode se tornar um problema. Com mais dados guardados, sejam eles estruturados ou não (veja mais no capítulo Salve a natureza dos dados), os repositórios precisam suportar uma massa crescente de dados. Uma saída é o estudo e a definição daquilo que é transacional do que será utilizado apenas em consultas esporádicas. Temas quentes Outra funcionalidade que ganha espaço é a de trabalho do BD em cluster. Essa possibilidade permite o compartilhamento de uma massa de discos e se uma máquina cai outra assume a operação. Além de garantir o balanceamento de carga, a função de cluster traz para os BDs uma forma de suportar alta disponibilidade e a garantia de um tempo mínimo fora do ar para a manutenção, backup em partição, assim como diminui o custo de manutenção ao mesmo tempo em que aumenta a escalabilidade. Mas apenas Sybase e Oracle oferecem a funcionalidade, explica Valsoir. O MySQL, da Sun, empresa que agora pertence a Oracle, também avançou e mostrou a força do open source (tema que pode ser visto no capítulo BD livre em evolução). A versão 5.1 alcançou mais de 800 mil downloads em todo o mundo rapidamente e a empresa já pensa nas versões 6 e 7 da solução. Estamos evoluindo no geral, com engines diferentes para tabelas e abordagens de acordo com o aplicativo, queremos Rota do futuro ser a melhor opção para o negócio online das empresas, independentemente da atuação da empresa, garante Eramir Fernandes, diretor de Prática de Software da Sun. Ele garante que o mercado não deseja trocar os seus BDs, mas sim buscar complementos e diversificação com outras soluções. O MySQL é uma grande alternativa para quem pretende evoluir suas aplicações online. A solução é confiável, garante performance e tem seu uso facilitado. O DBA terá uma experiência positiva conosco. Além disso, não fica fora do ar, o downtime é extremamente baixo, garante Fernandes. Confira a seguir outros temas que mostram a continuidade da evolução das soluções de bancos de dados e como eles devem progredir. Começando com a continuidade da discussão eterna sobre o uso das plataformas orientadas a objetos e relacionais no segmento dos BDs e chegando até o exemplo de cases que vislumbram o uso evolutivo da plataforma. O seu banco de dados no ano de 2011 deve: Possuir acesso mais rápido às informações em milissegundos Apoiar a diversificação de padrões com um BD lendo mais facilmente a linguagem dos outros Trazer maior integração dos dados não estruturados, incluindo voz Aumentar a capacidade de autotunning ou gerenciamento Acompanhar a velocidade das máquinas, assim como o aumento de cores de 8 para até 32 Incorporar recursos de BI Utilizar funções de grid computing, assim como possibilidades de virtualização 6 7

5 Capítulo 2 Orientado a objeto e relacional Orientado a objeto e relacional Uma antiga discussão na seara dos fornecedores de bancos de dados promete não cessar tão cedo: quando o usuário deve usar um repositório que trabalhe orientado a objeto ou relacional? Parece, entretanto, que o primeiro deve ficar confinado ainda mais em nichos ou utilizações bem pontuais Banco de dados orientado a objeto (OO) e relacional. Qual é o melhor? Falar em OO é ver algo restrito a um uso pontual e de nicho. Não andou. É como a tecnologia de vídeo Betamax, que poderia até ser melhor e mais explorado, mas não teve apoio e perdeu presença no mercado até morrer. Com o OO é quase isto, compara Sérgio Fortuna, gerente da Área de Information Management da IBM Brasil. A adoção do OO, garantem os executivos relacionais, ficou marcada pela utilização em nichos bem específicos como o setor científico Falar em banco de dados orientado e telecom. O conceito a objeto (OO) é ver algo restrito a um do relacional está muito uso pontual e de nicho. Não andou. É forte, a diferença entre como a tecnologia de vídeo Betamax, plataformas não morre, que poderia até ser melhor e mais mas não é tão relevante explorado, mas não teve apoio e perdeu para o cliente hoje. Com presença no mercado até morrer. Com o o aumento de velocidade dos processadores e OO é quase isto. Sérgio Fortuna, gerente da Área de o armazenamento com Information Management da IBM Brasil menor custo essa discussão ficou marginalizada, aponta Eramir Fernandes, diretor da prática de software da Sun. Minimizando os efeitos das críticas, a InterSystems segue acreditando no diferencial do OO integrado ao mundo SQL por meio do Cachê. Na definição da solução, ele é um banco de dados pós-relacional que oferece três opções integradas de acessos: um repositório robusto orientado a objetos, alta performance SQL e rico acesso multidimensional. E segue na argumentação: o Caché permite desenvolvimento Web rápido, extraordinária velocidade no processamento de transações, escalabilidade máxima e consultas em tempo-real contra dados transacionais com o mínimo de requerimento de manutenção. Já a Sybase quer sair da discussão comum e fazer valer o discurso de que o modelo de dados tem pouco a ver com o seu acesso. Um arquivo em PDF, por exemplo, não opera diretamente em um BD relacional, porém é possível manipulá-lo por meio de camadas de software. O custo da administração do BD OO ou orientado a serviço é mais barato, por sua possibilidade de reutilização. Criamos uma linha de soluções que transforma a lógica em serviço. E a aplicação os consome de forma disciplinada, garante Valsoir Tronchin, gerente geral da Sybase do Brasil. 8 9

6 Capítulo 3 A natureza dos dados A natureza dos dados A tendência é que os administradores de bancos de dados incorporem cada vez mais a vertente de dados não estruturados como forma de garantir a pluralidade de diferentes fontes de informação Em um mundo que troca s e mensagens instantâneas de forma massiva e em crescimento vertiginoso, é indispensável aos repositórios de dados trabalhar com esse tipo de dado. Não basta analisar essa ou aquela fonte de dados, é preciso estabelecer conexões com todas as possibilidades, do a tão utilizada planilha Excel. E todas as soluções do mercado já incorporaram essas idéias. Incorporar os dados não estruturados dispersos nas corporações, como , mensagens instantâneas e até mesmo recados telefônicos não é algo novo, porém se tornou imprescindível a sua oferta pelos fornecedores e a sua evolução é contínua, sempre aprimorando as formas de captura e manipulação. Temos investido fortemente em extensões com tratamentos específicos para determinados dados, mas, claro, focados no que chamamos de dados textuais. A próxima fronteira é voz, que chega em grandes volumes e o BD não foi desenhado para isto, assim como é necessário um investimento ainda maior em armazenamento, revela Sérgio Fortuna, gerente da Área de Information Management da IBM Brasil. O conceito ou a nomenclatura de dado não estruturado se confunde com os documentos que trafegam na web, chegando até vídeos e voz. Algo que carrega consigo a incapacidade de colocação em tabelas, tornando difícil o seu particionamento semântico. Em resumo, gerenciar e explorar essa massa de dados é algo extremamente complexo. É até possível gerenciar esse volume, porém as ferramentas de administração ainda se voltam para tarefas mais simples, exigindo uma outra camada administrativa. No entanto, se o tratamento dos dados não estruturados for um diferencial a empresa vai precisar investir, alerta Valsoir Tronchin, gerente geral da Sybase do Brasil. O gerente de Marketing de Aplicações e Bancos de Dados para PMEs da Microsoft, João Nunes, assegura que o SQL da Microsoft está preparado para as novas demandas que surgem com os dados não estruturados. Já a Oracle aposta na versão 11g do seu banco de dados que possui funcionalidades como tratamento de imagens, em especial de dados médicos e visualização de mapas com GPS. Outra inovação é a colocação desses arquivos nos BDs com uma melhor performance usando o Secure File, que traz políticas de restrição de acesso aos arquivos. E isso é só o começo

7 Capítulo 4 BD livre em evolução BD livre em evolução O modelo de bancos de dados com características de software livre se tornou mais que uma realidade, chegando a ser alternativa para muitas empresas, mas qual o futuro da plataforma? Não é raro encontrar empresas que entre os diversos repositórios de dados tenha um com opção de software livre, como o mais conhecido e disseminado deles, o MySQL, comprado no ano passado pela Sun e que agora ganha a chancela da Oracle, a nova dona do Sol. Mas ficam algumas dúvidas: a plataforma atingiu um bom grau de maturidade e será que o modelo vai perdurar e garantir uma base de evolução? Olhando por um prisma crítico, Valsoir Tronchin, gerente geral da Sybase do Brasil, concorda que muita gente utiliza o MySQL, entretanto aponta que eles têm uso restrito. O mundo já absorveu a idéia do software livre, porém está longe das aplicações de missão crítica. Um banco, por exemplo, nem cogita isso. E o custo é alto, as aplicações que rodam neles carregam nomes como IBM, Red Hat e Oracle por trás, o que tem seu preço. É livre, mas está longe de ser grátis, critica. Como resposta mais comum, os fornecedores de bancos de dados criaram versões lights, os chamados Express, para lidar com a concorrência do software livre. E quem possui os bancos de dados open source trata de expor que a diferença entre as duas modalidades de BDs, como a Sun. O Express não é completo O Express não é completo e acarreta em problemas de administração. A premissa dele é a limitação de processamento por máquina e outras restrições. O MySQL é o mesmo para todas as corporações. Eramir Fernandes, diretor de Prática de Software da Sun e acarreta em problemas de administração. A premissa dele é a limitação de processamento por máquina e outras restrições. O MySQL é o mesmo para todas as corporações, e se ele não quiser contratar serviços adicionais não tem problema. A barreira de entrada é o custo zero, admite Eramir Fernandes, diretor de Prática de Software da Sun. Do outro lado do oceano de negócios, a Microsoft admite que software livre já é um modelo de negócios, mas quer fazer valer a sua visão, especialmente no onipresente termo Express para quem não quer gastar com BDs. O Express Edition é free também e pode ser o passo inicial para muitas empresas, aponta João Nunes, gerente de Marketing de Aplicações e Bancos de Dados para PMEs da Microsoft. Para ele, o que define se a corporação usa o Express no lugar do software livre é o conjunto de funcionalidades de administração, o fato de trazer recursos de BI embutidos e a integração com os demais sistemas da companhia de uso em larga escala, como Word e Excel. Agora dona da Sun, a Oracle vai intensificar o seu investimento no mundo do software livre e do Linux. Não por acaso a companhia já tinha uma alternativa nesse mundo que convivia com o seu Express. Eles não concorrem, se complementam. O cliente tem essa possibilidade de escolha e nós podemos ajudar nessa tarefa, conclui Elisabeth Faria, gerente Sênior de Consultoria de Vendas da Oracle. A simples associação do MySQL com o novo dono ou o investimento da IBM na plataforma garantem que ainda veremos uma maior aproximação, quem sabe até chegando à missão crítica, por parte do mundo aberto

8 Capítulo 5 Quanto mais automatizado melhor Quanto mais automatizado melhor De olho na otimização e enxugamento das equipes, principalmente em empresas de menor porte, os fornecedores oferecem e tendem a investir ainda mais em bancos de dados com gerenciamento intuitivo A premissa de oferecer gerenciamento de repositórios que necessitem de uma menor interferência humana pode garantir economia e dividendos na administração dos dados, porém gera muitas perguntas. Uma delas é: será que essa automatização é para todos? Ou ainda, quais as funções que os sistemas atuais conseguem abranger? E, no futuro bem próximo, a figura do profissional dedicado a administrar os sistemas de bancos de dados vai morrer? Vamos por partes. Sim, os sistemas trazem funcionalidades para todos os tamanhos de empresas, mas, claro, as PMEs, que não contam com equipes dedicadas aos BDs, são as grandes beneficiadas. No entanto, isto não significa que o profissional será devidamente enterrado, sempre existirão oportunidades para o administrador, principalmente nas companhias de maior porte. Já em relação às funcionalidades automatizadas...com a palavra os fornecedores. A Oracle tem como filosofia a oferta de soluções que consigam autocorrigir ou autoadministrar, o que é chamado de autotunning. Mesmo que a empresa possua um profissional, a nossa meta é que ele administre sem que fique meses fazendo cursos. Com a versão 11g do Oracle Database, é possível gerenciar todo o ambiente de TI em um mesmo ponto, baseado em browser e sendo acessado de qualquer lugar, com autoconfiguração e gerenciamento. Fomos uma das primeiras empresas que vislumbraram a idéia de uma ferramenta única que veja todo o ambiente e seja intuitiva e autogestora, garante Elisabeth Faria, gerente Sênior de Consultoria de Vendas da Oracle. Já a Sybase, com a versão 15 do ASE (Adaptive Server Enterprise) agregada ao seu BD, de acordo com a empresa, conseguiu diminuir pela metade a interferência dos administradores em seu controle. A solução possui, por exemplo, um gatilho de logs que gera avisos para o profissional sem a necessidade de paralisar o sistema. O SQL Anywhere não requer a presença de um DBA e traz um custo bem acessível, garante Valsoir Tronchin, gerente geral da Sybase Brasil. Com o recente lançamento do SQL Server 2008, a Microsoft pretende conquistar o contingente das PMEs apesar de o produto ser indicado para qualquer tamanho de empresa. Associado a ele está a ferramenta Management Studio, que 14 15

9 Capítulo 5 Quanto mais automatizado melhor Capítulo 6 Casos de sucesso facilita a administração do BD por meio de wizards e telas passo-a-passo, com a emissão de relatórios de desempenho do servidor, das querries e indicadores de performance. Ele traz ferramentas de autotunning e o gerenciamento é todo baseado em políticas, com muitas delas predefinidas. E possui ainda o Resource Governor, que destina os recursos das máquinas para o job específico de uma aplicação, criando prioridades, explica João Nunes, gerente de Marketing de Aplicações e Bancos de Dados para PMEs da Microsoft. Já a Sun aposta na funcionalidade Monitor, do MySQL, que apresenta a idéia do DBA virtual, que pode inclusive ser utilizada por profissionais que não O SQL Server 2008 traz conhecem previamente ferramentas de autotunning e o a solução de banco de gerenciamento é todo baseado dados da companhia. Entre as funcionalidades em políticas, com muitas delas estão o autodiscovery, predefinidas. Possui recursos para a replicação automática o job específico de uma aplicação. que pode ser João Nunes, gerente de Marketing de baseada em regras Aplicações de Bancos de Dados para pré-customizadas e a PMEs da Microsoft análise de querries. O próprio backup pode ser feito automaticamente pelo sistema, o que auxilia os administradores sem experiência e tempo para a função, garante Eramir Fernandes, diretor de Prática de Software da Sun. O desafio de propiciar aplicações de administração préconfiguradas é que elas devem integrar diferentes bancos de dados, o que nem sempre é simples ou fácil. Por outro lado, as PMEs, que não têm essa necessidade de integração tão forte, se beneficiam ao comprar soluções com funcionalidades predefinidas, assegura Sérgio Fortuna, gerente da Área de Information Management da IBM Brasil. De olho no futuro A necessidade de evolução nos campos da logística e de capilaridade da Leo Madeiras exigia um banco de dados capaz de atender essa dinâmica com maior escalabilidade. Crescer. Esta é a palavra de ordem para a Leo Madeiras quando estudou a aquisição de um novo banco de dados. Para manter seus clientes, parceiros e funcionários satisfeitos, a empresa decidiu dar um novo passo e adquirir a versão web do banco de dados orientado a objetos de alta performance Caché, da InterSystems. A migração do banco de dados deve-se ao plano de expansão da Leo Madeiras, denominado Projeto Brasil Sob Medida. A companhia, que mantinha uma rede composta por 37 lojas, prevê a abertura de filiais em todo o País nos próximos anos. Nos últimos 15 anos, a Leo Madeiras foi usuária da tecnologia M e esse upgrade foi fundamental para reduzir o TCO (custo total de propriedade) e permitir a preservação de todo o sistema legado, inclusive os investimentos feitos em uma solução de ERP que integra todos os sistemas administrativos e financeiros. O tamanho da rede, bem como a logística e a capilaridade, exige uma integração total das informações por meio de um software único. Visualizamos na tecnologia Caché o facilitador técnico desse processo, explica Marcos Gimenes, responsável pela área de Tecnologia da Leo Madeiras. Com o novo BD, a empresa pode 16 17

10 Capítulo 6 Casos de sucesso colocar em prática processos de supply chain, como no repasse dos pedidos das filiais para o sistema central da Leo Madeiras, responsável pela distribuição. Antes, as necessidades de compras eram calculadas para cada loja e a ordem de compra era impressa e enviada via fax aos fornecedores. A solução No entanto, a partir da abertura das novas lojas, esse processo tornou-se muito complexo. Agora, o sistema consolida todas as necessidades para o departamento de abastecimento que negocia o pedido e, após confirmação O tamanho da rede, bem como a da negociação, logística e a capilaridade, exige automaticamente integração total das informações envia um aos por meio de um software único. fornecedores. Eles têm Visualizamos o Cachê como acesso direto ao Portal e facilitador de processos técnicos. podem consultar todas as ordens de compras Marcos Gimenes, responsável pela liberadas e imprimi-las Área de Tecnologia da Leo Madeiras a qualquer momento. O sistema efetua followup automático enviando s para os fornecedores e posicionando simultaneamente o comprador, afirma Gimenes. Ele revela que antes da aquisição do Caché, a empresa realizou testes com vários produtos do mercado. Todas as melhorias alcançadas são o resultado de uma revisão de processos que tornaram os sistemas aderentes às regras do negócio da companhia. Desde o início da produção, o Caché ofereceu vantagens como: aumento da capacidade de armazenamento, maior número de licenças e ainda melhoria da performance e disponibilidade por meio da utilização de ferramentas de journaling. A corporação constatou ainda aumento de 50 % na performance do sistema, principalmente quando consideradas as diversas consultas online transacionais. Outro ganho importante foi o aumento da capacidade do banco de dados, que passou a disponibilizar informações históricas de mais de cinco anos algo muito utilizado para estatísticas de vendas. Gimenes também lembra que o backup passou a ser executado sem a necessidade de tirar o banco de dados do ar. Com isso, os usuários ganharam mais duas horas de disponibilidade do sistema, comemora o gerente

11 Capítulo 6 Casos de sucesso Dados bem geridos A Prefeitura da Cidade de Santos optou pela aquisição dos bancos de dados da família Oracle como forma de melhor gerenciar informações estratégicas. Cidade que abriga o principal porto da América Latina, Santos comemora 170 anos de emancipação em Com pouco mais de 418 mil habitantes e 11 mil servidores públicos, a Prefeitura local precisa lidar com orçamento de US$ 440 milhões e todo um conjunto de demandas inerentes ao seu porte. Recentemente, a Prefeitura se viu com alguns desafios que implicavam em um melhor investimento em sua infraestrutura de TI, especialmente como forma de suportar o gerenciamento de dados estratégicos. O primeiro passo era implementar uma plataforma confiável e segura, pois as informações armazenadas pela Prefeitura são consideradas de missão crítica. Isto exigia um banco de dados mais robusto que conseguisse atender as necessidades de repositório das informações, tanto da área de geoprocessamento quanto dos demais setores atendidos por TI. Em paralelo, era necessário transformar o antigo Centro de Processamento de Dados da Prefeitura da Cidade de Santos em um data center com maior capacidade e confiabilidade para implementar a nova infraestrutura de TI. Um investimento que deveria trazer como conseqüência a eliminação do downtime dos sistemas de informação, principalmente nas épocas de pico especialmente no começo e fim de ano. Além disso, era preciso que o projeto fosse viável financeiramente, pois os recursos disponíveis eram limitados. A melhor resposta Ao escolher a Oracle como fornecedora, a Prefeitura considerou as resposta aos desafios, e ainda a dinâmica na migração para o novo sistema. Afinal, em apenas nove meses, algo como 90% de todos os dados do município estavam disponibilizados na plataforma, proporcionando uma visão geral de todas as informações referenciais da cidade (Gestão de Contratos, Gestão Escolar e Geoprocessamento) em um único local. A implementação contou com o apoio da Oracle Consulting e também de um parceiro do fornecedor, a GPTI Engenharia de Software, o que garantiu maior velocidade ao processo. Junto com os databases, como forma de garantir alta disponibilidade e segurança, também foi contratado o Oracle Real Application Cluster. A Oracle participou conosco de todo o projeto, do estudo de viabilidade à implantação do novo sistema da Prefeitura. Precisávamos de uma solução que protegesse informações extremamente estratégicas e críticas, e o Oracle Database atendeu nossas necessidades. Já estamos pensando em novos projetos, agregando áreas como Saúde e Assistência Social a esse banco de dados, admite Roberto Cruz, coordenador de Engenharia de Software da Prefeitura da Cidade de Santos. Entre os resultados obtidos está a melhor distribuição dos dados durante os picos do sistema, eliminando as quedas sofridas anteriormente devido à quantidade de acessos por parte de clientes internos e externos. E ainda a redução significativa de dez horas para duas horas na quantidade de downtime anual do sistema após a implementação das soluções Oracle

12 Capítulo 7 Glossário Autotunning: o mesmo que self tune. Base relacional: o modelo é baseado no conceito matemático de relação. Os matemáticos definem como relação um subconjunto de um produto cartesiano de uma lista de domínios. Uma tabela é uma relação e suas linhas representam relacionamentos entre um conjunto de valores. BD as a service: é a definição para o modelo de banco de dados cuja aplicação fica hospedada em forma de serviço na internet. BI: Business Intelligence ou inteligência de negócios, sistemas de apoio à decisão que analisam informações e dados das empresas. OO: object oriented ou orientação a objeto é um modelo baseado no conceito de classes, que possui atributos e métodos. Os objetos são as ocorrências de uma classe. Cada objeto possui um estado, definido pelo valor de seus atributos, e um comportamento, definido por seus métodos. Open source: são os softwares que têm seu código-fonte aberto. Particionamento semântico: forma de conferir significados aos diferentes formatos aos dados. Querry: comando ou definição de comando. Repositório de dados: sinônimo de banco de dados. Cluster: é a realocação de recursos computacionais que atendem necessidades do sistema na hora em que eles realmente precisam. Atuando como uma forma de compartilhar recursos e necessidades por meio dos diversos equipamentos da corporação. Self tune: quando o próprio banco de dados faz a sua manutenção. Tunning: manutenção. Dados não estruturados: informações que estão dispersas em s e apresentações, por exemplo. Data warehouse: é um conjunto de dados orientado por assunto, integrado, variável com o tempo e não-volátil, ou seja, os dados armazenados não mudam, exatamente por serem dados históricos. DBA: database administrator ou administrador de banco de dados. Escalabilidade: capacidade do banco de dados de aumentar o tamanho de seu repositório ou o número de usuários. ILM: Information Lifecycle Management ou gerenciamento do ciclo de vida da informação, processo que filtra e confere valor às informações

13 Capítulo 8 PARA SABER mais sobre banco de dados.netraptors Comunidade de desenvolvedores sem fins lucrativos que hospeda uma solução de compartilhamento de informação com mais de 200 GB. Possui mais de 10 mil usuários cadastrados e utiliza o SQL Server como base da solução. Comunidade Microsoft sql-server-2008-chega-ao-mercado-microsoft-anuncia-vers-o-rtmfinal-do-produto.aspx Site da Microsoft voltado para a criação da Comunidade do SQL, a página é o registro do lançamento do SQL 2008 para o mercado. Mas existem também vários vídeos e demos de apresentação da solução e muito debate e dicas interessantes sobre implementação e melhores práticas. Comunidade Oracle id=524 A idéia dessa comunidade, estampada em suas páginas: é trocar informações técnicas e comerciais sobre o banco de dados Oracle e seu agregados. Traz dicas, formas de utilização do BD e acesso à troca de idéias com outros participantes da comunidade. IBM Página do DB2 para Linux, com White Papers específicos (em inglês), tabelas com ambientes recomendados e validados para sua implementação, comparativos e listagem de capacidades técnicas. Intersystems ap9fPh000000g9OOS6frL$neEuhWw2Sj7g-- Não se assuste com o link gigante, ele dá acesso à página inicial do Caché, o BD da companhia. Nela, o internauta pode fazer o download do banco de dados free, pode ver um guia de tecnologia, conhecer as vantagens e benefícios de utilização da solução, assistir a demos online e acessar White Papers e relatórios, além de ter acesso a um fórum da comunidade de usuários da marca. Linha de código O site Linha de Código e feito por e para profissionais de Tecnologia da Informação e traz comentários e artigos de quem conhece bem as mais distintas plataformas de bancos de dados. O artigo no link, por exemplo, fala do uso do XML na integração de bancos de dados relacionais. Microsoft Página do SQL Server com informações sobre o produto e soluções associadas, uma série de artigos sobre o melhor uso do banco de dados, vídeos de treinamento, White Papers e até links para fazer o download da versão free, a Express. MySQL Comunidade brasileira do MySQL. Além da vantagem de todas as informações e discussões estarem em português, traz pessoas mais próximas dos problemas reais enfrentados pelos brasileiros, sem contar em soluções mais adequadas à nossa realidade. Deve ganhar mais impulso com a compra do MySQL pela Sun

14 Capítulo 8 Para saber mais sobre banco de dados Oracle O acesso à página de bancos de dados da Oracle traz desde pesquisas de mercado até comparativos de preço com o DB2, da IBM, e o SQL, da Microsoft. E ainda White Papers e podcasts, com muito material em inglês, e as capacidades técnicas de toda a linha de BDs da empresa. Sybase Todos os tipos de bancos de dados do fornecedor são detalhados em suas minúcias. A página conta ainda com informações de soluções adicionais ao BD. Destaque para a possibilidade de comparar as versões com uma navegação facilitada. The Database Answers Community Comunidade que aborda e possui componentes dedicados a diferentes bancos de dados. Traz links para BDs gratuitos, tutoriais e melhores práticas, com informações desde a melhor modelagem de dados, a desenho de repositórios e melhoria de performance. 26