ESTUDO 11 A TORRE DE BABEL :O pesadelo de viver sem Deus Gênesis 10:

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1 ESTUDO 11 A TORRE DE BABEL :O pesadelo de viver sem Deus Gênesis 10: : Os capítulos 10 e 11 de Gênesis formam um bloco só dentro da narrativa do livro de Gênesis. O capítulo 10 é formado por uma lista de nações e povos com o intuito de ligar a história de Noé e do Dilúvio (que compõem os capítulos 6 a 9), com a história de Abraão e os seus descendentes (que preenchem o restante do livro, capítulos 12 a 50). OS PARÊNTESES Neste bloco formado por Gn 10 e 11, a narrativa, ou melhor, a lista dos nomes e nações, é interrompida em dois momentos. O que chamamos de parênteses. a) Em Gn , o primeiro parêntese o objetivo é dar um breve relato da história do primeiro homem poderoso de que temos registro. Aquele cuja descendência atormentaria a vida de Israel por muitos anos, o pai da Babilônia e da Assíria: Ninrode. b) Em Gn está o segundo parêntese. Nele nós encontramos a narrativa da Torre de Babel. Numa leitura superficial parece não haver qualquer relação entre esses dois parênteses, mas estudando com mais profundidade perceberemos que há. I. A TABELA DAS NAÇÕES - 10:1-32. tra e s dos tre s i hos de oe, a terra foi repovoada. Aqui temos este relato deixado para posteridade: A. Os Descendentes de a e oi o ancestra dos re os e das a rias naço es urope ias. e era o mais e ho e o de menor importa ncia no re ato ico ote que no mundo anti o, os i hos de a o oram os primeiros a constru ram as randes cidades e impe rios ers cu os -. os ers cu os -, no s temos um re e re ato de um homem que ta e tenha sido um dos mais in uentes mortais que a i eram so re a terra: inrode. e oi o pai da o a i aça o po tica e o undador da a sa re i ia o. Cuxe, seu pai, parece ter sido um homem que odia a a eus. a e e e tenha icado ressentido com a repreensa o eita ao pecado de seu pai, e a ma diça o imposta so re anaa. C. Os Descendentes de em si ni ica nome e oi aque e de quem o po o udeu, e ina mente o essias ieram ao mundo. os ers cu os e, encontramos o isneto de em, er. er oi o pai da naça o e raica e nesis :. a o podemos a irmar, mas ima inamos que todos os po os antes de a e a a am na n ua he raica. este 1

2 caso, apo s eus con undir as n uas, somente os descendentes de er teriam a ado na n ua ori ina. er deu o nome a um de seus i hos de e e ue di isa o, pro a e mente pe o ato do rapa ter nascido nos dias pro imos aos eventos da Torre de Babel [vers. 25]. II. A TORRE DE BABEL - 11: 1-9. sta parte das scrituras a um comenta rio de e nesis : -. a mesma orma e nesis 10 explica quem rea mente era o der em a e. amos o ser ar mais de perto a inrode, e depois enta o aremos uma e posiça o dos ers cu os 1-9. A. Ninrode.. O nome inrode si ni ica re e de. e oi o primeiro homem que rea mente organizou uma re e ia o contra eus. Ele aparentemente foi influenciado por seu pai (Cuxe), que lhe deu este nome.. inrode oi um homem poderoso ou der na terra e nesis 10:8].. e parece ter utado para dominar, or ani ando a e terminaça o dos animais peri osos. Os animais se reprodu em mais ra pido do que o homem, e de em ter sido rea mente um pro ema apo s o di u io. inrode se tornou uma enda e um pro e r io em seus dias e nesis 10:9].. inrode or ani ou uma re e ia o po tica contra eus. oi ordenado ao homem que repo oasse a terra e nesis :. es de eriam se espa har e po oar a terra. or outro ado, inrode dese a a manter todos untos. e queria construir um o erno centra i ado e mundia, para conso idar assim os es orços dos homens. di isa o de o ernos e n uas impede os propo sitos ma i nos dos homens. ote que tem sido sempre os homens maus que promo em um sistema de o erno mundia e centra i ado o a i aça o). Nisto vemos em Ninrode um tipo do anticristo. 5. Ninrode tam e m or ani ou uma re e ia o re i iosa contra o enhor. orre de a e era um temp o re i ioso. sta re i ia o permeou o mundo anti o e permanece em i o ho e em dia. uando estudamos as re i io es pa a s, icamos impressionados com as a rias caracter sticas comuns entre e as.. rase diante do enhor em e nesis :, tem uma imp icaça o que denota o mal. Isto parece indicar que Ninrode ousadamente e reconhecidamente desafiou ao Senhor. - 11:1-9. po s estudarmos a respeito de e nesis 11:1-9. inrode, podemos entender me hor a posiça o de 2

3 ers cu os 1-2. in ue ncia de inrode uniu o po o e o preser ou de ser espa hado pe a terra. esta e poca em ainda esta a i o e de e ter icado espantado com esta re e ia o, e por e a ter ocorrido o o apo s o di u io. a o ha du idas de que e e se recusou em tomar parte deste mo imento. ers cu os 3-4. Sem, que significa `nome,` era para ori icar o nome de eus, tra endo atra e s de seus descendentes o essias ao mundo. stes po os no entanto, se re e aram contra eus quando dese aram a er um nome para e es mesmos. indo a p an cie de inar e es constru ram uma rande e onita cidade. sta cidade oi conhecida mais tarde como a i o nia. Nesta cidade eles começaram a construir uma rande orre, que seria um temp o re i ioso e um u ar de adoraça o. intença o era que a i osse o centro da po tica e da unia o re i iosa. stes temp os torres sa o chamados de i urats e oram requ entemente constru dos nas e pocas anti as. o redor da a i o nia e istem a rios destes temp os torres, sendo que dois de es sa o ta o anti os que os homens te m especu ado se um de es na o poderia ter sido a torre ori ina. ers cu os 5-6. Deus notou o progresso e a intença o destes homens maus. O pronome no p ura no ers cu o, re ere-se a nature a triunita ria de eus. ers cu os 7-9. e a sua miserico rdia, eus se recusou a permitir que este esquema ma i no ti esse e ito. uantas e es na histo ria, eus interceptou os homens que queriam or ani ar o mundo atra e s de um o erno centra apo ea o e it er sa o e emp os disto). Isto oi rea i ado com e ica cia a endo com que di erentes am ias a assem di erentes idiomas, e desta orma se espa hassem pe a terra. nta o o p ano ori ina de eus de repo oar a terra oi realizado. Mesmo hoje, a variedade de idiomas impede os ditadores de a cançarem o contro e do mundo. O po o queria ter um rande nome. o u amento de eus, a cidade oi chamada de a e, que si ni ica con usa o. amenta e mente o esp rito destas pessoas permanece ainda conosco. COMO NÓS PODEMOS APLICAR TODAS ESSAS INFORMAÇÕES ÀS NOSSAS VIDAS, AO NOSSO DIA A DIA? e todos iemos de um mesmo tronco e, portanto, somos irmãos, por que vivermos tão separados (países e fronteiras) e em tão grande animosidade (guerras)? As histórias de Ninrode e da Torre de Babel nos explicam a razão. Ninrode tipifica aqueles que fazem suas histórias : 1- Rebelando-se contra Deus (ferindo princípios) 2-Subjugando o próximo (ferindo pessoas) 3- Alimentando o ego (ferindo possibilidades) A Torre de babel, por sua vez, nos mostra como é i er em comunhão com aqueles que têm o mesmo projeto de vida de Ninrode (de certa forma, os nossos). 3

4 A Torre de Babel explica o que há de errado com as nossas relações interpessoais, familiares, sociais, diplomáticas, etc. Portanto, o que há de errado conosco e como resolver? O projeto de vida que os súditos de Ninrode queriam construir para si pode ser observado a partir do movimento e dos convites que eles faziam entre si. 1. FUGA DA PRESENÇA DE DEUS ORIENTE Saindo os homens do Oriente, (Gn 11.2) E, expulso o homem, colocou querubins ao oriente do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida. (Gn 3.24) Mover-se nessa direção oposta ao oriente (para leste) é sempre sinal de sair da presença de Deus. É mover-se para longe da bênção de Deus. 2-DESOBEDIÊNCIA À PALAVRA DE DEUS FIXARAM Saindo os homens do Oriente, encontraram uma planície em Sinar e ali se fixaram (Gn 11.2) À medida que eles se moviam do Oriente, de Ararate (Armênia), para a Mesopotâmia, na asta e p ana re ião do inar o a mude chama esse u ar de a e do mundo, algo interessante aconteceu... oisés nos dá conta de que e es a i se i aram. Esta atitude está em direta oposição à orientação de Deus, entregue à Noé e seus descendentes logo após o Dilúvio: Deus abençoou Noé e seus filhos, dizendo-lhes: Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra. (Gn 9.1) Fixar-se na planície do Sinar é uma desobediência explícita à vontade de Deus. 3- OPOSIÇÃO AOS PLANOS DE DEUS NOME. Vamos construir uma cidade, (...) Assim nosso nome será famoso e não seremos espalhados pela face da terra. (Gn 11.4) Esses homens fogem da presença de Deus e desobedecem a Palavra de Deus por um único motivo, que está claramente expresso aqui em Gn 11.4: eles não querem os planos de Deus para a vida deles; eles não querem se conformar ao projeto de Deus para eles. Está muito claro no texto. Eles dizem: Assim... não seremos espalhados pela face da terra. Mas, há algo mais sendo dito aqui. Algo até mais profundo. Eles não só não queriam os planos de Deus para as suas vidas, como também não queriam a transformação de Deus acontecendo em seus corações. o di erem: amos construir uma cidade,... ssim nosso nome será famoso e es estão demonstrando muito mais do que o or u ho e o dese o por reputação, e es estão di endo não para a o ra de eus no coração deles! 4. CRIAÇÃO DE UM NOVO deus TORRE Mas, como não se vive sem Deus, os homens de Babel fazem para si um novo deus e elaboram uma nova religião. epois disseram: Vamos construir uma cidade, com uma torre que alcance os céus. (Gn 11.4) 4

5 Na tentativa de construir um império, Ninrode se convenceu de que o povo precisava de uma motivação religiosa, forte o suficiente, para calar a sua consciência ciente da existência de Deus e de seu mandamento de se espalhar e povoar toda a terra. (Babel: o portal dos deuses) João Calvino di ia que no coração do homem jaz gravado o senso de divindade. A própria idolatria é a ampla evidência dessa noção. Pois, de outra forma, o que levaria o homem a viver na idolatria ou, no caso do ateísmo, lutando para se convencer de que não há Deus? Ninrode e o povo de Babel estão, na verdade, prefigurando a humanidade que quer viver sem Deus, mas não consegue e acaba criando as suas formas de espiritualidade; acaba construindo as suas torres na esperança de tocar o céu. Podemos concluir que a Torre de Babel foi um projeto de autonomia em relação a Deus. Afirmação da identidade auto-suficiente do ser humano. O resultado é catastrófico. Deus não se deixa desafiar nem enquadrar. As pessoas são confundidas e dispersas. Somos sempre exortados na Palavra de Deus a termos um coração quebrantado. Deus já ensinava através dos profetas que Deus não se agradava de sacrifícios, mas de um coração quebrantado, isto é demonstrado claramente no Sl A religiosidade mecânica em torno de ritos não é o que Deus deseja de seu povo, e sim um coração sensí e. O caminho passa pe a rendição. Deus resiste aos soberbos, contudo aos humildes concede a sua graça. Babel é o oposto do Evangelho. Babel é auto-afirmação, controle, domínio, supremacia, arrogância e orgulho. Evangelho é rendição, quebrantamento, retorno a Deus, dependência. Transfiro meus direitos, destrono meu eu. Jesus foi enfático ao afirmar: Se o grão de trigo não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muitos frutos. O modelo de Jesus é sua entrega a nosso favor. Olhando para Jesus vemos sua humildade, sua dependência do Pai, e seu desejo de servir. Tudo isto é oposto a Babel. 5