AMBIENTE E ECONOMIA. Antagonismo ou Simbiose. Francisco Nunes Correia. Conferências de Ambiente no Técnico. Conferências de Ambiente no Técnico
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1 AMBIENTE E ECONOMIA Antagonismo ou Simbiose Francisco Nunes Correia Professor Catedrático do IST IST, 10 de Outubro de 2006
2 ECONOMIA ECOLOGIA
3 ECO OIKOS NOMIA LOGIA
4 ECO - LOGIA Conhecimento da Casa! ECO - NOMIA Administração da Casa! Quem conhece a casa? Quem administra a casa?
5 Quem conhece a casa? Quem administra a casa? A Sociedade... e eis os três pilares da sustentabilidade! A Ecologia e o ambiente A Economia e as actividades A Sociedade os valores e as instituições
6 Representações dos três pilares da sustentabilidade Sociedade Ambiente Economia (1)
7 Representações dos três pilares da sustentabilidade (2) Ambiente 0 Sociedade Economia
8 Representações dos três pilares da sustentabilidade (3) Ambiente Desenvolvimento Sustentável Sociedade Economia
9 Representações dos três pilares da sustentabilidade (4) Fonte: SaeR 2006
10 Representações dos três pilares da sustentabilidade (5) Fonte: SaeR 2006
11 Algumas observações sobre os 3 pilares: 1. O sub-sistema sociedade é o verdadeiro intermediário da relação entre ambiente e economia: Daí a importância da GOVERNAÇÃO 2. O ambiente constitui em si mesmo (desde sempre) um estímulo para a nossa organização em sociedade: Acesso a RECURSOS, mitigação de RISCOS naturais 3. A economia só pode existir neste duplo enquadramento: ambiente, isto é, recursos e sociedade, isto é, organização social e governação que assegurem SUSTENTABILIDADE
12 1972 Conferência de Estocolmo 1987 O Nosso Futuro Comum 1992 Conferência do Rio Espectro de Valores Ambiente Crescimento Económico Ecologia Profunda Desenvolvimentismo Puro Salvaguardas Ambientais Gestão dos Recursos Ambientais Desenvolvimento Sustentável Anos 60 Anos 70 Anos 80 Anos 90 Período Histórico
13 Conferência de Estocolmo 1972 A importância das políticas públicas de ambiente Relatório Brundtland 1987 O conceito de desenvolvimento sustentável Conferência do Rio 1992 O configurador do desenvolvimento sustentável Conferência de Joanesburgo 2002 O configurador geopolítico da sustentabilidade
14 A temática ambiental em geral, e o conceito de desenvolvimento sustentável em particular, tornaram-se configuradores das sociedades contemporâneas Integração do factor ambiente na economia e na política Gerador de um mercado em expansão Factor de racionalização dos comportamentos colectivos Gerador global de valor económico
15 O paradoxo ou a armadilha da sustentabilidade: A ESCALA!...think globally, act locally... Aqueles que pensam globalmente nem sempre (quase nunca!) são os que actuam localmente. Tendência para políticas top-down com fortes insubordinações locais: O CASO DAS EMPRESAS
16 A mão invisível do mercado não conduz necesariamente à solução mais racional em termos globais. Porquê esta falha do mercado? As empresas não transacionam um, mas sim dois tipos de produtos: O resultado positivo da sua actividade produtiva (os seus produtos propriamente ditos) As externalidades negativas associadas associadas aos seus processos produtivos (poluição e impactes negativos em geral)
17 Como podem as empresas responder ao configurador da sustentabilidade? Fonte: SaeR 2006
18 Fonte: SaeR 2006 Estratégias Empresariais: Passivas Reactivas Pró-activas
19 As empresas precisam integrar o ambiente na sua cadeia de valor: Domínios ambientais Ar e clima Água Solo Biodiversidade Outros recursos Posição na cadeia de valor Gestão dos recursos Gestão da poluição
20 Fonte: SaeR 2006
21 E a economia portuguesa? Muito heterogénea, mas com um tecido industrial ainda fortemente centrado numa grande intensidade energética e de materiais. À medida que o tecido empresarial avança na cadeia de valor, transitando para actividades de maior valor acrescentado, melhora a relação entre a economia e o ambiente. Uma tendência irreversível de terciarização da economia fará Portugal saír do espectro competitivo dos países em desenvolvimento.
22 - Visão estratégica + Capacidade de realização Fonte: SaeR 2006
23 Em conclusão O ambiente e a sustentabilidade tornaram-se importantes configuradores das sociedades contemporâneas. A percepção crescente dos problemas a uma escala global e transgeracional (...think globally) coloca constrangimentos incontornáveis a uma escala local (...act locally) A sociedade (a governação) são o verdadeiro mediador das relações entre ambiente e economia A sustentabilidade só é possível com base numa relação harmoniosa (simbiótica!) entre o ambiente e a economia
24 O ambiente precisa casar com a economia três vezes: 1. O ambiente como área específica de actividade económica (crescimento muito rápido) 2. O ambiente como factor de inovação (contributo para a competitividade) 3. O ambiente como suporte de outras actividades (turismo, energia)
25 O Homem molda-se a si próprio através das decisões com que molda o seu ambiente René Dubos
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