Apresentação. Esses números são importantes, mas a pesquisa BISC não trata apenas de dimensionar os investimentos sociais das empresas

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5 Apresentação A terceira edição da pesquisa BISC traz uma importante novidade. Ela adiciona às informações sobre o comportamento dos investimentos sociais corporativos dados inéditos sobre as aplicações realizadas pelas empresas no campo social em decorrência de exigências legais, ou contratuais as aplicações compulsórias. A decisão de levantar essas informações agrega uma nova dimensão a essa pesquisa, cuja importância merece ser enfatizada. Em razão de suas características, ela permite adicionar novos temas sem perder a condição de manter uma estrutura básica que permite realizar comparações e analisar mudanças ocorridas ao longo do tempo. Dessa forma, a pesquisa BISC cumpre duas finalidades importantes: a de construir um benchmarking para o investimento social e a de acrescentar elementos que estimulem novas reflexões sobre aspectos importantes da atuação social das empresas. As obrigações que as empresas assumem com respeito à aplicação de recursos no campo social poderiam suscitar uma pergunta importante. Se as aplicações compulsórias absorvem uma parcela significativa dos recursos das empresas, elas poderiam estar limitando as possibilidades de ampliação dos investimentos sociais? Felizmente, não é isso que os números mostram. Contrariando a expectativa de que uma conjuntura econômica desfavorável pudesse reduzir os investimentos sociais em 2009, a pesquisa mostrou que isso não ocorreu. Os investimentos realizados pelo conjunto das empresas parceiras do BISC se mantiveram no patamar alcançado em Esses números são importantes, mas a pesquisa BISC não trata apenas de dimensionar os investimentos sociais das empresas

6 brasileiras. Ela explora outras dimensões dessa questão, como as prioridades adotadas, os mecanismos utilizados na gestão dos recursos, os procedimentos aplicados à avaliação dos resultados e a qualidade dos investimentos realizados, buscando comparar o desempenho das empresas no grupo, entre si, e com referência ao padrão que vem sendo observado no mundo desenvolvido. Nessa linha, a importância da parceria com o Committee Encourage Corporate Philanthropy (CECP) precisa ser ressaltada. Ela traz o conhecimento de como essas questões estão sendo abordadas em outros países e de como a experiência brasileira pode adicionar outras perspectivas úteis para o aprimoramento desse conhecimento. Num mundo em que as questões sociais se relacionam de modo cada vez mais intenso com os negócios, o BISC pode contribuir para sustentar o diálogo interno e estreitar os laços com o exterior. Novas adesões são importantes para que essa função possa ser cumprida. Mais uma novidade deste ano é que os resultados da pesquisa são apresentados em duas partes. A primeira reúne as informações relevantes para o benchmarking. A segunda analisa em maior detalhe as informações coletadas sobre o perfil da atuação social das empresas. Dessa forma a divulgação dos resultados pode alcançar um número maior de pessoas interessadas no tema, permitindo que cada leitor faça a escolha que melhor atende a seus particulares interesses. Por último, cabe registrar um agradecimento especial aos empresários que gentilmente se dispuseram a oferecer suas visões sobre o tema mediante participação em entrevistas pessoais, as quais contribuíram para enriquecer a pesquisa. Renata de Camargo Nascimento Presidente do Conselho da Comunitas

7 Sumário... parte I Padrões do investimento social privado Introdução... 9 O tamanho dos investimentos sociais Sobre os números Sobre a influência do porte das empresas Sobre a influência do setor de atividades Sobre a comparação com padrões internacionais O compromisso com a qualidade Sobre a aferição da qualidade Sobre os resultados da avaliação Sobre as diferenças captadas Perspectivas Sobre expectativas para Sobre as razões para otimismo... 46

8 ... parte II Perfil do investimento social privado Introdução Um dado inédito Sobre as aplicações sociais obrigatórias As várias faces dos investimentos sociais voluntários 60 Sobre o volume de recursos investidos Sobre as alternativas de investimento Sobre os incentivos fiscais Sobre a distribuição dos recursos Sobre as populações atendidas Os caminhos percorridos na busca de sucesso Sobre o processo de gestão Sobre estratégias de sucesso Sobre riscos de insucesso Os feitos e os efeitos dos investimentos sociais Sobre a avaliação Sobre resultados percebidos Sobre a divulgação A participação dos colaboradores Sobre as estratégias de voluntariado Sobre os números do voluntariado Conclusões Nota técnica

9 Padrões do investimento social privado

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11 Introdução Essa primeira parte reúne as informações colhidas na pesquisa BISC que geram os indicadores utilizados na construção do benchmarking dos investimentos sociais corporativos. Como essa pesquisa faz parte de uma rede internacional que busca comparar o desempenho de grandes organizações com respeito ao volume e à composição dos recursos aplicados na área social, o desenho dos indicadores se aproxima do padrão adotado nessa rede. Sua utilização, entretanto, precisa levar em conta as características e as condições particulares de cada país. Por isso, a pesquisa BISC 2010 manteve a orientação de reunir informações que permitissem comparar o retrato do investimento social das empresas parceiras com o das congêneres que integram a rede comandada pelo CECP, mas introduziu mudanças para aprimorar esse retrato. Assim, maior destaque foi atribuído a aspectos de particular interesse no debate nacional sobre esse tema, como a qualidade das aplicações efetuadas, que depende de esforços para melhorar a gestão dos recursos e dedicar maior atenção à avaliação dos resultados dos projetos selecionados. Essa preocupação fez com que o questionário utilizado para levantar as informações sobre a atuação das empresas parceiras do BISC adicionasse um espaço para tratar dos aspectos que dizem respeito à eficiência da gestão e à qualidade do gasto. Nessa linha, um primeiro exercício para aferir a qualidade dos projetos foi incluído na pesquisa na forma de um piloto a ser aperfeiçoado nas próximas pesquisas. O resultado desse exercício mostra importantes conquistas na atuação social, mas também que há muito espaço para obter ganhos adicionais expressivos. 9

12 O desenvolvimento de benchmarkings para a qualidade do investimento é um complemento importante para o esforço de gerar padrões de referência para o investimento social corporativo. O benchmarking financeiro indica o tamanho dos recursos mobilizados, em termos absolutos e relativos. O indicador de qualidade aponta para elementos que, devidamente considerados, podem fazer com que melhores resultados sejam obtidos com os recursos investidos, o que é particularmente importante em momentos nos quais o ciclo econômico é desfavorável. Tanto num quanto em outro caso, o que eles espelham são dados que precisam ser meticulosamente observados. Eles fornecem um retrato dos fatos observados em um dado momento, mas escondem as particularidades e as condições que levaram à ocorrência desses fatos. Ao observar esse retrato, cada um irá identificar em que seu caso se assemelha ou se distancia da imagem que vê e o que pode fazer para melhorar sua imagem em futuros retratos. Por isso, o benchmarking se torna mais importante quando sucessivos retratos permitem formar um painel que registra as mudanças que vão ocorrendo ao longo do tempo. 10

13 O tamanho do compromisso com os investimentos sociais Sobre os números O que falam os números? Eles falam alto. E trazem notícias importantes e animadoras. Em 2009, o valor dos investimentos sociais das empresas associadas ao BISC manteve-se em um nível elevado: o total investido pelas empresas que participaram da pesquisa ficou na faixa de 1,3 bilhão de reais. E isso num ano em que a economia brasileira ainda lutava para não ser arrastada pela crise que se abateu sobre o hemisfério norte do planeta (Figura 1). Figura 1 BISC: Qual o total dos investimentos das empresas participantes, ano a ano? 2007 Todas as empresas (16) R$ 1 bilhão 2008 Todas as empresas (19) R$ 1,3 bilhão 2009 Todas as empresas (21) R$ 1,3 bilhão (Valores ajustados pela inflação) Fonte: BISC, Comunitas 11

14 Poderia ser observado que o maior número de empresas que forneceram essas informações em 2009 distorce a comparação, mas não é isso que ocorre. Se a comparação com os investimentos realizados nos anos anteriores tomasse em consideração somente as empresas que responderam nos três anos consecutivos, a discreta redução no valor dos investimentos não é suficiente para alterar o que foi acima ressaltado. Gráfico 1 Comparando as mesmas empresas, qual a evolução dos investimentos entre 2007 e 2009? (Valores ajustados pela inflação) Fonte: BISC, Comunitas 12

15 Apenas para ter uma ideia da importância desses números, cabe comparar esses resultados com os números de duas outras pesquisas sobre o tema. O Censo ( ) realizado pelo Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) 1, que indicou investimentos, em 2009, da ordem de 2 bilhões de reais realizados pelas 134 fundações, institutos e empresas associadas. E a pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) 2 em 2006, que, com base em uma amostra representativa de todas as empresas privadas com um ou mais empregados no país, apontou para investimentos da ordem de 6 bilhões de reais, em valores de Ademais, além do montante de recursos ter se mantido em um nível elevado, a mediana dos investimentos das empresas participantes do BISC foi da ordem de 27,5 milhões de reais, portanto, maior do que a alcançada nos dois anos precedentes. O que tal resultado revela? Que o compromisso com a responsabilidade social está consolidado! E a terceira notícia importante que os números trazem reforçam essa consolidação. Mesmo empresas que tiveram resultados negativos não descuidaram dos investimentos sociais que realizam. 1. O Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE) é uma rede sem fins lucrativos que reúne organizações de origem empresarial, familiar, independente e comunitária, que investem em projetos com finalidade pública. 2. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) é um órgão do Governo Federal vinculado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. 13

16 Os números abaixo apresentados mostram que os investimentos sociais evoluíram positivamente em um contexto de maior turbulência na economia (Figura 2). De fato, os indícios colhidos na pesquisa sinalizam nessa direção, pois as mudanças observadas no período, com respeito à mediana do valor dos investimentos realizados e à relação entre os investimentos e as receitas, não são significativas. Figura 2 Como se comportaram os investimentos sociais do grupo BISC no período ? Mediana do valor dos investimentos 2007 Todas as empresas (15) R$ 25,3 milhões 2008 Todas as empresas (16) R$ 24,8 milhões 2009 Todas as empresas (16) R$ 27,5 milhões (Mediana dos valores, ajustados pela inflação) 14

17 Proporção dos investimentos na receita 2007 Todas as empresas (15) 0,29% 2008 Todas as empresas (16) 0,24% 2009 Todas as empresas (16) 0,28% (Mediana dos percentuais) Proporção dos investimentos nos lucros 2007 Todas as empresas (12) 0,62% 2008 Todas as empresas (15) 0,90% 2009 Todas as empresas (16) 1,13% (Mediana dos percentuais) Fonte: BISC, Comunitas 15

18 Mas o dado mais interessante para fins de comparação é o que indica como a relação entre investimentos e lucros se comportou nos três anos em que a pesquisa foi realizada. E o que é mais surpreendente nessa comparação? O crescimento da relação entre investimentos e lucros num período aparentemente desfavorável. Como proporção dos lucros, os investimentos realizados pelas empresas do BISC cresceram de forma contínua no triênio , pouco faltando para que o índice de 2009 fosse o dobro do índice registrado em Estes resultados mostram que, sob a ótica do compromisso com a continuidade dos investimentos, o grupo das empresas do BISC superou as expectativas mais otimistas. O aumento dos investimentos na proporção dos lucros mostra não apenas continuidade, mas também um fortalecimento desse compromisso. 3. É importante ter em conta que variações no número de empresas que prestaram informações e fusões de empresas participantes influenciam a comparação dos resultados no triênio. 16

19 Sobre a influência do porte das empresas E como devem ser interpretadas as diferenças captadas pelos números de 2009? O retrato do conjunto é animador, mas como cada um se enxerga nesse retrato? Como as atividades das empresas que participam do BISC são bastante distintas, as disparidades com respeito à situação de cada uma delas em relação à mediana do grupo são naturalmente expressivas. Tanto o maior quanto o menor valor investido estão mais de dez vezes distantes da mediana. As diferentes faces desse retrato, exibidas na Figura 3, sugerem que a principal razão para as diferenças está no porte das empresas do grupo. De forma consistente com as expectativas, diversas medidas que indicam o porte dos participantes do BISC receitas, lucros e funcionários mostram que o tamanho é um fator importante para explicar as diferenças no volume de investimentos realizados. 17

20 Figura 3 Como variam os valores dos investimentos sociais corporativos? BISC Receita > R$ 5 bi (13) R$ 37,5 milhões BISC Receita < R$ 5 bi (3) R$ 22 milhões BISC Lucro > R$ 3 bi (4) R$ 262,7 milhões BISC Todas as empresas (16) R$ 27,5 milhões BISC Lucro < R$ 3 bi (12) R$ 22,4 milhões BISC Funcionários > (8) R$ 68,3 milhões BISC Funcionários < (8) R$ 22,4 milhões O maior valor investido individualmente foi da ordem de 390 milhões de reais (Mediana dos valores) Fonte: BISC, Comunitas 18

21 Outros elementos importantes são percebidos quando novas imagens são acrescentadas ao fundo desse retrato. Essas novas imagens exibem a mediana dos valores em termos relativos e não absolutos. Isto é, permitem observar diferenças na relação entre investimentos, receitas e lucros. Figura 4 Como varia a participação dos investimentos sociais nas receitas das empresas? BISC Receita > R$ 5 bi (13) 0,22% BISC Receita < R$ 5 bi (3) 0,71% BISC Todas as empresas (16) 0,28% BISC Funcionários > (8) 0,24% BISC Funcionários < (8) 0,29% (Mediana dos valores) Fonte: BISC, Comunitas 19

22 As múltiplas faces desse novo retrato permitem que cada um que o observa veja nele coisas distintas. Isto porque a relação dos investimentos com as receitas de cada empresa depende do setor em que atua, dos mercados em que opera, do valor que agrega aos insumos que utiliza e de como o ciclo econômico afeta sua situação, dentre outras particularidades. Por isso, o que pode surpreender um observador desatento pode ser visto com naturalidade por quem enxerga nele razões específicas para as diferenças. Por exemplo, os dados reunidos na Figura 4 mostram que, em relação às receitas, os investimentos realizados pelas empresas de menor porte são mais expressivos: a mediana para o grupo de empresas com receitas menores do que 5 bilhões de reais é maior do que a do grupo cuja receita supera esse limite, invertendo a relação entre porte e investimentos que se observa no caso de tomarmos o valor absoluto dos investimentos. É uma surpresa, ou o olhar daqueles que conhecem as particularidades de seu próprio negócio pode encontrar várias razões além das acima mencionadas para explicar essas diferenças? 20

23 Figura 5 Como varia a participação dos investimentos sociais nos lucros das empresas? BISC Lucro > R$ 3 bi (4) 1,20% BISC Lucro < R$ 3 bi (12) 1,13% BISC Todas as empresas (16) 1,13% BISC Funcionários > (8) 0,74% BISC Funcionários < (8) 1,29% (Mediana dos valores) Fonte: BISC, Comunitas Mais coerente com as expectativas são os elementos que se extraem quando o foco do olhar se dirige para a relação entre os investimentos e os lucros auferidos no mesmo período, reunidos na Figura 5. O que de novo se observa agora? A relação entre investimentos e lucros não varia significativamente para empresas de tamanhos distintos. 21

24 E por que deveria variar? Há razões específicas para isso? Uma mesma proporção indica que o compromisso com a responsabilidade social está disseminado nas empresas do grupo, e isso é um fator positivo. Indica, também, que o valor absoluto dos investimentos cresce à medida que o lucro cresce, e que os investimentos sociais têm mantido um espaço importante nas decisões relativas à maneira como os lucros são utilizados. É importante frisar, portanto, que o lucro é um indicador mais apropriado para comparar o esforço de mobilização de recursos para a realização de investimentos sociais do que a receita. 22

25 Sobre a influência do setor de atividades Dividindo o grupo das empresas parceiras do BISC com base na natureza principal das atividades que desempenham, e tomando duas fotos distintas, como os retratos se comparam? As imagens ficam menos nítidas. E, portanto, a leitura não é conclusiva. No grupo que reúne as empresas do setor de prestação de serviços, a mediana dos investimentos realizados em 2009 supera a mesma medida exibida pelos investimentos do grupo que congrega o setor industrial (Figura 6). Figura 6 Por setor de atividade econômica, como variam os investimentos sociais corporativos? BISC Setor Serviços (7) R$ 37,6 milhões BISC Setor Indústria (9) R$ 22,7 milhões (Mediana dos valores) Fonte: BISC, Comunitas 23

26 É provável que a principal explicação para este fato esteja na forma como os diferentes grupos de empresas foram afetados pelo clima econômico que predominou em Mas também há que levar em conta que ao dividir o grupo em duas fotos, o número de participantes fica reduzido e, portanto, um que se sobressaia em cada grupo por sua altura (muito grande ou muito pequeno) influencie a percepção do resultado. O impacto diferenciado da conjuntura econômica se revela nas diferenças de comportamento dos investimentos sociais no triênio Em 2007, a mediana dos investimentos de cada grupo era praticamente a mesma, mas tanto em relação às receitas quanto em relação ao lucro os índices das empresas do setor de serviços eram menores do que os do setor industrial (Figura 7). 24

27 Figura 7 Indústria e Serviços: o que ocorreu com os seus investimentos sociais no período ? Valor dos investimentos 2007 Prestação de serviços (8) R$ 24,9 milhões 2008 Prestação de serviços (8) R$ 22,7 milhões 2009 Prestação de serviços (7) R$ 37,6 milhões 2007 Indústria de transformação (7) R$ 25,2 milhões 2008 Indústria de transformação (8) R$ 32,2 milhões 2009 Indústria de transformação (9) R$ 22,7 milhões (Mediana dos valores, ajustados pela inflação) Fonte: BISC, Comunitas 25

28 Proporção dos investimentos na receita 2007 Prestação de serviços (8) 0,28% 2008 Prestação de serviços (8) 0,22% 2009 Prestação de serviços (7) 0,33% 2007 Indústria de transformação (7) 0,46% 2008 Indústria de transformação (8) 0,26% 2009 Indústria de transformação (9) 0,21% (Mediana dos percentuais) 26

29 Proporção dos investimentos nos lucros 2007 Prestação de serviços (6) 0,55% 2008 Prestação de serviços (7) 0,75% 2009 Prestação de serviços (7) 1,41% 2007 Indústria de transformação (6) 1,59% 2008 Indústria de transformação (8) 1,03% 2009 Indústria de transformação (9) 1,09% (Mediana dos percentuais) Fonte: BISC, Comunitas As mudanças ocorridas no triênio mostram uma inversão nessas relações, com as empresas de prestação de serviços apresentando um aumento expressivo da relação entre os investimentos sociais e os lucros, que superou a mesma relação exibida pelo grupo de empresas do setor industrial. Vale a pena notar, entretanto, que apesar de ter sentido em maior intensidade o impacto da crise econômica, o setor industrial manteve o patamar de 2008, indicando que um cenário menos favorável não comprometeu a manutenção de seu compromisso com os investimentos sociais. 27

30 Sobre a comparação com padrões internacionais Comparadas com suas congêneres norte-americanas, as empresas brasileiras mostraram bom desempenho. Figura 8 A importância que a responsabilidade social assumiu nas empresas parceiras do BISC pode ser aferida por meio da comparação dos números extraídos da pesquisa com os apurados pelo Committee Encourage Corporate Philanthropy (CECP) 4 para as corporações sediadas nos Estados Unidos. As Figuras 8 e 9 exibem os resultados dessa comparação para o período BISC e CECP: Quais as diferenças nos valores dos investimentos das empresas? BISC (2007/2009) 2007 Todas as empresas (15) U$ 12,7 milhões 2008 Todas as empresas (16) U$ 12,4 milhões 2009 Todas as empresas (21) U$ 11 milhões Fonte: BISC, Comunitas O Committee Encourage Corporate Philanthropy (CECP), parceiro da Comunitas, é o mais expressivo Fórum Internacional de CEOs, com a missão exclusivamente focada nos investimentos sociais corporativos.

31 CECP (2007/2009) 2007 Todas as empresas (155) U$ 24,4 milhões 2008 Todas as empresas (137) U$ 25,9 milhões 2009 Todas as empresas (170) U$ 19,3 milhões (Mediana dos valores, ajustados pela inflação) Fonte: BISC, CECP & Comunitas Em valores absolutos, a mediana dos investimentos sociais das empresas parceiras do BISC foi bem inferior à mediana dos investimentos das empresas pesquisadas pelo CECP, com exceção ao ano de 2009, em que o Brasil absorveu melhor o impacto da crise econômica. Mas as diferenças econômicas entre os dois países não permitem atribuir muito significado a esses números. A relação dos investimentos com o lucro das empresas permite uma comparação mais apropriada. Nesse caso, a diferença entre os índices exibidos pelas empresas brasileiras e os de suas congêneres americanas diminui significativamente, com a relação investimentos/lucros das empresas brasileiras chegando a igualar à das americanas em

32 Figura 9 BISC e CECP: Quais as diferenças na proporção dos investimentos nos lucros das empresas? BISC (2007/2009) 2007 Todas as empresas (12) 0,62% 2008 Todas as empresas (15) 0,90% 2009 Todas as empresas (16) 1,13 % Fonte: BISC, Comunitas CECP (2007/2009) 2007 Todas as empresas (155) 0,92% 2008 Todas as empresas (137) 1,23 % 2009 Todas as empresas (170) 1,12% (Mediana dos percentuais) Fonte: BISC, CECP & Comunitas 30

33 Que resumo pode estar no catálogo dessa exposição? Como os retratos tratam apenas de informações orçamentárias captadas em fotos instantâneas, elas não refletem em sua plenitude as diferenças com respeito aos compromissos das empresas brasileiras com o enfrentamento dos problemas sociais. Tão importante quanto o dinheiro aplicado é a qualidade dessas aplicações, uma vez que disso depende o retorno dos investimentos para a sociedade. Ademais, a construção de benchmarkings também se beneficia de um esforço continuado de aprimoramento que resulta da comparação de resultados ao longo de um tempo mais longo. Esses dois aspectos qualidade e continuidade são tratados em seguida. 31

34 O compromisso com a qualidade Sobre a aferição da qualidade Como se apresenta o compromisso com a qualidade? Cinco requisitos foram selecionados para expressar o grau em que a condução dos investimentos sociais reflete o compromisso com a qualidade das ações realizadas. O compromisso com resultados expresso em metas a serem atingidas. A construção de um diálogo permanente com a comunidade para definir estratégias de intervenção e envolvê-la no acompanhamento e na avaliação dos projetos. A profissionalização da gestão dos investimentos sociais. A avaliação sistemática e recorrente dos resultados alcançados. A transparência na escolha e na execução dos projetos. Para cada um desses aspectos, a pesquisa BISC 2010 buscou aferir em que medida eles fazem parte dos procedimentos e das rotinas adotadas na escolha e na execução dos investimentos realizados. Para isso, os responsáveis por esses investimentos foram solicitados a assinalar, dentre os 25 requisitos comumente associados a boas práticas sociais, aqueles que são integralmente atendidos, os que o são apenas parcialmente, e os que não são considerados. 32

35 Foi recomendado que as respostas se ativessem aos projetos estruturados, para os quais é possível reunir as informações solicitadas. O Quadro 1, adiante apresentado, indica os elementos considerados na avaliação do grau em que esses cinco requisitos são preenchidos. QUADRO 1: INDICADORES BISC DE QUALIDADE Os Indicadores Qualitativos de Benchmarking em Investimentos Sociais, instituídos nessa edição da pesquisa BISC, reúne um elenco de indicadores que permitem analisar o mérito dos projetos sociais privados em cinco dimensões relevantes: Estabelecimento de metas sociais e compromissos com o seu alcance, que leva em consideração os seguintes procedimentos: (a) as metas são estabelecidas a partir de um diagnóstico da situação sobre a qual se quer atuar; (b) refletem compromissos com uma transformação social; (c) a definição das metas é associada ao estabelecimento de recursos para sua consecução; (d) a evolução no cumprimento das metas é objeto de verificação periódica; e (e) eventuais problemas para o cumprimento das metas são prontamente corrigidos. Diálogo com a comunidade centrado no cumprimento dos seguintes requisitos: (a) a estratégia é estabelecida a partir de consultas à comunidade e da incorporação de suas demandas 33

36 e sugestões; (b) a empresa mantém canais abertos para um diálogo permanente com a comunidade; (c) envolve a comunidade no acompanhamento e avaliação de seus projetos sociais; (d) estimula e apoia o trabalho voluntário de seus colaboradores na comunidade; e (e) participa da vida associativa da comunidade e apoia organizações locais atuantes. Profissionalização da gestão, em que são considerados os seguintes requisitos: (a) os projetos são conduzidos por profissionais que dedicam tempo necessário à gestão e possuem qualificação específica para a área; (b) a equipe técnica desenvolve e registra as metodologias e procedimentos aplicados à gestão dos projetos sociais; (c) a empresa dispõe de informações detalhadas sobre os custos incorridos na execução de seus projetos sociais; (d) utiliza os resultados do monitoramento e avaliação para aumentar a eficiência da gestão; e (e) dispõe de uma estratégia que garante estabilidade do financiamento dos seus projetos sociais. Avaliação e comprovação dos resultados. Nessa dimensão são considerados os seguintes aspectos de atuação da empresa: (a) monitora permanentemente a execução dos seus projetos socais; (b) avalia sistematicamente o cumprimento das metas estabelecidas; (c) dispõe de informações quantificadas sobre os produtos decorrentes da execução de seus projetos; (d) dispõe de informações mensuradas sobre melhorias na qualidade de vida das comunidades atendidas; e (e) utiliza avaliadores externos para aumentar a credibilidade das avaliações. 34

37 Transparência da gestão, que reflete a observância dos seguintes requisitos: (a) na definição das metodologias e procedimentos de gestão a empresa envolve os diferentes atores afetados pelos seus projetos; (b) as metas são divulgadas para as partes interessadas; (c) existem procedimentos definidos e conhecidos para orientar a distribuição dos recursos; (d) as informações sobre fontes de recursos e custos são de conhecimento público; e (e) a empresa divulga os resultados das avaliações de seus projetos. O objetivo da instituição desses Indicadores de Benchmarking em Investimentos Sociais foi oferecer às empresas e fundações associadas ao BISC uma ferramenta de avaliação da qualidade de suas práticas de investimentos sociais corporativos, e que pode também ser utilizada para comparações com o conjunto dos parceiros do BISC. 35

38 Sobre os resultados da avaliação O que dizem os indicadores de qualidade BISC? O autorretrato da qualidade gerado por todos os participantes do BISC é favorável, mas indica que há bastante espaço para avançar: a nota média foi de 7,79. Numa primeira mirada, ele nos diz que os pontos que assinalam as notas atribuídas à profissionalização da gestão e aos compromissos com resultados se aproximam do nível ótimo, enquanto aqueles que indicam as notas para a avaliação de resultados, o relacionamento com a comunidade e a transparência da gestão ficam mais distantes do ponto desejado (Figura 10). Esses resultados sinalizam o cuidado com que a autoavaliação foi executada, revelando uma disposição para exercer a autocritica, o que valoriza a aplicação desse instrumento. Os índices apurados indicam, portanto, que as providências adotadas no interior das organizações foram aquelas que produziram resultados melhores na percepção dos entrevistados. A profissionalização da gestão se beneficiou de uma maior dedicação das equipes aos projetos sociais, de um maior controle sobre a execução física e financeira dos projetos, e do uso de avaliações para aumentar a eficiência da gestão. Numa escala de 1 a 10, a nota média atribuída a esse requisito foi a melhor de todas: 8,68. 36

39 Figura 10 Benchmarking qualitativo: que notas foram atribuídas aos cinco aspectos de gestão dos investimentos sociais? Todas as empresas e institutos independente Estabelecimento de metas e compromissos com o seu alcance Transparência na gestão 7,14 8,41 7,36 Diálogo com a comunidade 7,36 8,68 Avaliação de resultados Profissionalismo na gestão nota média: 7,79 Fonte: BISC, Comunitas De forma coerente, o maior cuidado com a profissionalização da gestão se reflete no quesito que trata do compromisso com resultados traduzidos em metas para os projetos sociais. Gestão profissionalizada significa maior atenção aos diagnósticos, dos quais derivam a melhor compreensão dos problemas, a identificação da melhor forma de enfrentá-los, e o estabelecimento das metas possíveis de serem alcançadas com os recursos disponíveis. Por isso, a média das notas atribuídas a esse item ficou próxima da atribuída ao anterior: 8,41. 37

40 As demais notas ficaram um pouco acima do limite de 7 adotado para a aprovação em cursos universitários. Tal resultado é satisfatório, mas sugere a necessidade de avanços em aspectos que dependem de um maior relacionamento com o ambiente externo às empresas. O reconhecimento desse fato se reflete no resultado obtido para o quesito que trata do relacionamento das comunidades, cuja nota média ficou igual ou um pouco acima dos demais: 7,36. Nesse caso, a percepção de que o diálogo com a comunidade é importante e que há o que melhorar com respeito ao envolvimento da comunidade nas diversas etapas de implementação dos projetos sociais merece destaque. E aponta para questões que deveriam estar presentes na agenda das providências necessárias para melhorar o resultado com respeito aos requisitos que demandam maior atenção aos fatores externos às empresas. A nota atribuída ao item avaliação e comprovação dos resultados, que também ficou em 7,36, indica que os gestores têm consciência clara de que apesar do que vem sendo feito nessa área é preciso dedicar atenção a essa questão. Não por acaso, portanto, o resultado pouco satisfatório foi atribuído ao quesito transparência da gestão, que passou raspando na autoavaliação dos entrevistados: nota de 7,14. O retrato é bom, mas é parcial. Os resultados apontados se referem a uma parcela pequena dos investimentos sociais, pois os indicadores de qualidade foram aplicados apenas ao conjunto dos projetos estruturados. Em média, foram avaliados 5 projetos 38

41 por empresa, que respondem por cerca de um terço dos recursos investidos. Vale a pena reunir um grupo maior de projetos e tirar uma nova foto para comparação. Em resumo: o primeiro exercício de construção de um benchmarking de qualidade para as empresas do BISC mostra bons resultados no front interno, mas há necessidade de avanços naquilo que depende de aprimorar o relacionamento das empresas com as comunidades atendidas e com a sociedade. Quadro 2 - Uma nota de cautela: As respostas a esse primeiro exercício de aferição da qualidade dos projetos refletem não só diferentes percepções com respeito aos fatores envolvidos na apreciação de cada um dos requisitos contemplados, como também um maior ou menor rigor aplicado à valoração de cada um deles; portanto, recomenda-se cautela no uso dos resultados aqui apresentados. A cautela deve ser redobrada quando a avaliação divide o grupo em razão da natureza das instituições e de suas atividades, pois um número reduzido de organizações por setor amplia a influência dos fatores acima mencionados na aferição dos resultados. Não obstante, tendo em vista a crescente preocupação com a qualidade dos investimentos sociais, o exercício realizado chama atenção para a necessidade de submeter um maior número de projetos ao teste de avaliação da sua qualidade, tendo em vista sua importância para o objetivo de aumentar a eficácia da atuação social das empresas. 39

42 Sobre as diferenças captadas Na perspectiva da qualidade, a divisão do grupo mostra retratos muito distintos? As imagens não revelam diferenças significativas. A média da avaliação para os cinco quesitos considerados é praticamente igual, com o grupo que representa as empresas do setor de serviços apresentando um resultado ligeiramente superior aos demais: 7,98, contra 7,58 do grupo das indústrias e 7,70 do grupo que reúne as fundações independentes (Figuras 11, 12 e 13). As empresas do setor de serviços e as do setor industrial se assemelham com respeito ao quesito que obteve melhor avaliação: a preocupação com a qualidade da gestão. Já no caso das fundações independentes, o que se destaca no retrato é o item que trata do diálogo com as comunidades, exatamente aquele que mereceu a nota menos satisfatória no grupo das empresas de prestação de serviços. Apenas sob um aspecto há unanimidade. Todos pecam sob a ótica da transparência. Diferenças de cultura organizacional devem explicar por que o diálogo com as comunidades é melhor avaliado no caso das fundações, mas não explica por que, nesse caso, esse diálogo não se traduz em melhores resultados à luz do quesito transparência. 40

43 Figura 11 Benchmarking qualitativo: que notas foram atribuídas às empresas do setor de indústrias? Setor de indústrias Estabelecimento de metas sociais Transparência na gestão 6,78 8,00 7,44 Diálogo com a comunidade 7,11 8,56 Avaliação de resultados Profissionalismo na gestão nota média: 7,58 Fonte: BISC, Comunitas 41

44 Figura 12 Benchmarking qualitativo: que notas foram atribuídas às empresas do setor de serviços? Prestação de serviços Estabelecimento de metas sociais Transparência na gestão 7,45 8,91 7,09 Diálogo com a comunidade 7,55 8,91 Avaliação de resultados Profissionalismo na gestão nota média: 7,98 Fonte: BISC, Comunitas 42

45 Figura 13 Benchmarking qualitativo: que notas foram atribuídas aos institutos? Institutos independentes Estabelecimento de metas sociais Transparência na gestão 7,00 7,50 8,50 Diálogo com a comunidade 7,50 8,00 Avaliação de resultados Profissionalismo na gestão nota média: 7,70 Fonte: BISC, Comunitas 43

46 Perspectivas Sobre expectativas para 2010 E o que pode ser dito com respeito à continuidade Resultados melhores do que as expectativas Em resposta a uma pergunta contida na pesquisa CEOS - Investimento Social e Crise, conduzida pela McKinsey junto a um grupo de associados do BISC no final de 2008, a maioria (57%) dos entrevistados declarou que pretendia manter o mesmo patamar de investimento em 2009, e os demais, que intentavam reduzi-los. E, no entanto, o que de fato ocorreu? Aproximadamente um terço das empresas que informaram os investimentos realizados nesses dois últimos anos contrariou as expectativas e aumentou os investimentos de forma expressiva: mais de 25% de acréscimo no volume investido em termos reais. No outro grupo, as que diminuíram os investimentos, a maioria acusou quedas inferiores a este nível (Gráfico 2). Novamente, na comparação com as empresas parceiras do CECP, os resultados se mostram favoráveis para as empresas brasileiras, pois a parcela de cada grupo que reduziu ou aumentou os investimentos sociais em 2009, na comparação com o ano anterior, é semelhante, mas nas que aumentaram os investimentos, os ganhos registrados pelas empresas do BISC foram mais expressivos. 44

47 Gráfico 2 Como evoluíram, entre 2008 e 2009, os investimentos sociais das empresas participantes do BISC e do CECP? (em %) Evolução por empresa Fonte: BISC, Comunitas 45

48 Sobre as razões para otimismo Isso irá se repetir em 2010? As respostas fornecidas à indagação feita pela pesquisa BISC com respeito a previsões de investimento 2010 não são otimistas. A maior parte das empresas (76%) informou sobre seus planos futuros e, no entanto, a soma dos valores para 2010 supera 4% dos investimentos de Na hipótese de que as empresas que não fizeram previsões mantenham os seus investimentos nos mesmos patamares, o valor dos investimentos deste grupo BISC ficará na casa do 1,3 bilhão de reais. Esta previsão é coerente com as respostas dadas a uma outra pergunta da pesquisa, que indagava sobre os critérios adotados para a tomada de decisões com respeito à alocação de recursos em investimentos sociais. O orçamento dos anos anteriores concentrou quase a metade das respostas. Somada com demandas externas e outros fatores não identificados, as respostas colhidas na pesquisa indicam que o cenário econômico e as condições do negócio explicam apenas 20% das decisões de investimento social (Gráfico 3). 46

49 Gráfico 3 Quais os critérios utilizados para a definição do valor dos investimentos sociais? (em%) Critérios para alocação de recursos (n=20) Fonte: BISC, Comunitas 47

50 O dado positivo é que tais respostas apontam para uma boa estabilidade dos investimentos sociais, e o negativo é que ele sugere mesmo padrão nos procedimentos adotados para decidir sobre o volume de recursos a ser investido. Mas a importância da demanda externa e de outros fatores não identificados pode sugerir também que há um espaço razoável para que a mudança no padrão seja abandonada em face de condições favoráveis. Um aspecto que ajuda a ter maior otimismo é a percepção que vem crescendo a respeito do fato de que os investimentos sociais, à medida que contribuem para a melhoria da qualidade de vida das comunidades e para credibilidade das empresas, traz retornos efetivos para os próprios negócios, como tem sido enfatizado nos debates e publicações do CECP. O reconhecimento de que os investimentos sociais constroem uma avenida de mão dupla cresce também nas empresas sediadas no Brasil. Cada vez mais, uma atitude individual e filantrópica cede lugar a uma postura de compromissos públicos com o enfrentamento dos problemas sociais do país e com a busca de melhorias no ambiente dos negócios. Os motivos que levam as empresas a investir no social, segundo dados levantados na pesquisa BISC, refletem essa nova visão. Portanto, novas surpresas podem ser esperadas quando os números de 2010 vierem à tona (Gráfico 4). 48

51 Gráfico 4 O que move os investimentos sociais? (em%) Motivações (n=76 citações) Fonte: BISC, Comunitas Resumindo: A expectativa de que a conjuntura econômica desfavorável de 2009 derrubasse os investimentos sociais das empresas do BISC não se concretizou. As que não sentiram o impacto da crise mais do que compensaram a queda dos investimentos nas que foram mais prejudicadas. Como em qualquer conjuntura adversa, o impacto é diferenciado, as características do grupo de empresas que participam do BISC permitem que essas diferenças sejam compensadas. 49

52 O que ficaremos sabendo quando os resultados de 2010 vierem à luz? Assim como conjunturas adversas geram impactos diferenciados conforme as atividades que o grupo de empresas desempenham, ciclos econômicos favoráveis também produzem impactos distintos. Portanto, visto a expectativa de uma conjuntura econômica favorável, os números de 2010 deveriam indicar um aumento em todos os indicadores do investimento social. No entanto, as respostas dadas indicam, a priori, outro cenário. Se os investimentos se mantiverem no mesmo patamar deve-se atentar que, mais importante do que grandes saltos, é manter uma trajetória ascendente. A consolidação do compromisso com a responsabilidade social deve ser avaliada à luz da continuidade dos investimentos e de uma atenção cada vez maior com a qualidade das ações realizadas. 50

53 Perfil do investimento social privado

54

55 Introdução Nesta edição da pesquisa BISC, buscou-se ampliar o escopo da investigação, de modo a alcançar todas as aplicações feitas pelas empresas com finalidades sociais. O propósito dessa ampliação é reunir informações inéditas sobre uma questão que vem ganhando importância nos últimos anos em razão das crescentes exigências de compensações por danos socioambientais. Com o crescimento dos recursos compulsoriamente aplicados pelas empresas para satisfazer essas exigências, torna-se importante dimensionar o volume de recursos aplicados, analisar como eles são gerenciados e avaliar os resultados que produzem. O fato de serem obrigatórias não significa que não é importante aprofundar o conhecimento a respeito e tratar essa questão no âmbito dos estudos sobre a responsabilidade social corporativa. Cabe ressaltar que o governo não dispõe de informações consolidadas a esse respeito. Na mesma linha de computar todas as aplicações sociais realizadas pelas empresas, a pesquisa procurou também reunir informações sobre as doações, em dinheiro ou em bens e serviços, a associações comunitárias ou grupos não formalmente constituídos em benefício das comunidades carentes. Tradicionalmente vistas no Brasil como ações de caráter meramente filantrópico, as doações têm papel importante em outras partes do mundo e merecem ser também objeto de atenção. Essas duas categorias de aplicações com finalidades sociais não integram o conceito de investimentos sociais que é objeto desta e da maioria das pesquisas sobre o tema. Convencionou-se limitar o conceito de investimentos sociais a ações de caráter voluntário que contemplam o direcionamento de recursos financeiros, 53

56 bens e serviços para: o financiamento e apoio a projetos sociais estruturados; a construção voluntária de infraestrutura social, inclusive aquelas realizadas em razão da instalação e funcionamento da empresa; e a concessão de apoios permanentes ou eventuais a organizações formalmente constituídas. Nesta segunda parte da pesquisa, o foco se amplia para oferecer um panorama mais amplo do montante e do perfil dos recursos aplicados pelas empresas, levantando indagações importantes a serem exploradas em futuras pesquisas. Destaca-se, em primeiro lugar, a análise de informações inéditas sobre as aplicações compulsórias que são feitas em obediência a exigências legais e contratuais. Na sequência, o documento avança na caracterização do perfil dos investimentos sociais voluntários, focalizando o volume de recursos e os meios utilizados na sua aplicação; para onde esses investimentos se dirigem e qual o uso que se faz dos incentivos fiscais ao investimento social; e as características das populações atendidas. As seções seguintes abordam três aspectos que estão a merecer maior atenção: a busca de caminhos para melhorar a eficiência e a qualidade dos recursos aplicados; os métodos aplicados e os resultados das iniciativas de avaliação; e o envolvimento dos colaboradores nas estratégias e na gestão dos investimentos sociais. Assim, no novo formato, a pesquisa BISC 2010 vai além de reunir dados sobre o volume de recursos aplicados e informações gerenciais sobre a atuação social das empresas. Ela ampliou o 54

57 leque de temas tratados visando obter elementos que fundamentem respostas a questões mais amplas e de interesse para todos aqueles que se dedicam a analisar, ou implementar, iniciativas sociais de sucesso. Ao adicionar aspectos que estimulem a reflexão sobre o tema, espera-se contribuir para aprimorar os investimentos sociais privados no Brasil, preencher lacunas no conhecimento a respeito e subsidiar debates futuros. 55

58 Um dado inédito Sobre as aplicações sociais obrigatórias Um dado pouco conhecido refere-se ao vulto dos recursos que as empresas são obrigadas a investir em ações sociais devido a exigências legais e contratuais. Por isso, a pesquisa BISC 2010 tratou de reunir informações até então inéditas sobre esse tipo de investimento, que não é considerado em nenhum dos estudos sobre a atuação social das empresas e nem sequer é entendido como investimento social, visto que não sendo voluntário, não se enquadra no conceito já estabelecido do que é investimento social. Nem todas as empresas pesquisadas são obrigadas a fazer esse tipo de investimento e nem todas que fazem responderam a essa nova indagação. No entanto, o volume de recursos aplicados pelas empresas que prestaram essa informação é quase o mesmo daqueles investidos voluntariamente (Figura 1). E esses valores podem estar subestimados, pois, em geral, as empresas ainda não dispõem de informações sistematizadas a esse respeito. 56

59 Figura1 Quanto o obrigatório representa do total das aplicações sociais das empresas? Aplicações sociais obrigatórias x voluntárias 35% das empresas informaram sobre aplicações obrigatórias Fonte: BISC, Comunitas Há menções ao fato de que essas ações são, em boa parte, realizadas de forma paralela aos investimentos voluntários, como formalidades contratuais e burocráticas impostas aos investimentos econômicos. Daí a importância de aprofundar esse tema buscando informações mais precisas sobre o volume dessas aplicações, as formas como os recursos são utilizados e os resultados obtidos, com vistas a provocar a reflexão e o debate sobre as alternativas de aprimorar as características dessas aplicações e expandir seus benefícios. 57

60 As aplicações compulsórias se concentram na área ambiental. Esse é um dado que merece ser destacado, pois cada vez mais são reconhecidos os benefícios de melhorias nessa área para as comunidades mais vulneráveis. Com quase um quinto dos recursos, as aplicações em atividades de desenvolvimento comunitário representam o segundo item de importância (Gráfico 1). Gráfico 1 Como se distribuem as aplicações sociais obrigatórias? (em %) Distribuição das aplicações obrigatórias (n=7) Fonte: BISC, Comunitas 58

61 Os dois principais destinos das aplicações obrigatórias sugerem que a integração e a articulação entre os investimentos obrigatórios e voluntários podem ampliar o alcance dessas ações e seus impactos nas comunidades atendidas. Por que não conduzir o processo de definição das ações a serem desenvolvidas, de execução, de controle e acompanhamento dessas exigências governamentais como uma estratégia para fortalecer as parcerias com os órgãos governamentais e contribuir para introduzir novas formas de gestão nas políticas públicas? 59

62 As várias faces dos investimentos sociais voluntários Sobre o volume dos recursos investidos Conforme exposto na primeira parte do relatório, em 2009 as empresas e institutos do grupo participante do BISC investiram em atividades sociais um volume de recursos da ordem de 1,3 bilhão de reais. A mediana dos investimentos do grupo pesquisado foi da ordem de 27 milhões de reais. No entanto, o volume de recursos investidos não é suficiente para retratar a participação do setor privado no campo social. Os motivos que movem as empresas e a forma como se dá essa participação ajudam a compreender esse fenômeno que ainda é relativamente recente no país: o envolvimento empresarial nas questões sociais, em caráter voluntário. As motivações empresariais explicam os valores investidos no âmbito social? Muitos afirmam que a sustentação dos investimentos privados depende da percepção de que eles trazem um duplo benefício para as empresas: avanços sociais e credibilidade. O que se extrai da pesquisa BISC a respeito? Os dados confirmam essa visão. Engajamento político na busca de soluções para os problemas sociais e fortalecimento da corporação se apresentam como os dois motores desses investimentos (Gráfico 2). 60

63 Gráfico 2 O que move os investimentos sociais voluntários? (em %) Motivações (n=76 citações) Fonte: BISC, Comunitas Assim é que, representadas pelo interesse em participar de forma proativa na solução dos problemas sociais e pela disposição de contribuir com políticas públicas, as motivações coletivas foram as mais citadas pelas empresas, refletindo a preocupação em participar da vida e dos problemas do país. 61

64 No mesmo patamar desse grupo de motivações se encontra aquele voltado para o ambiente dos negócios, que agrega, por exemplo, a intenção de internalizar valores éticos e sociais, de melhorar o diálogo com stakeholders, de reduzir impactos decorrentes das atividades da empresa, e de promover a diferenciação da marca. Em último lugar encontram-se as motivações filantrópicas associadas a princípios humanitários individuais, que nem sempre são bem vistas no Brasil. No entanto, se o envolvimento das empresas é estimulado por princípios humanitários, isso não significa necessariamente que se voltem para atendimentos pontuais e emergenciais, que, embora necessários, não contribuem para as desejadas transformações sociais. Enfim, a análise dessa e de outras pesquisas a respeito evidenciam que as motivações que levam os empresários a investir no social são complexas. Nelas se entrelaçam e convivem questões humanitárias, engajamento político e estratégias de negócios. Trata-se de uma nova combinação, que alçou o envolvimento das empresas a outro patamar em termos de recursos e formas de agir. No entanto, se a análise das motivações nos ajuda a entender o porquê do crescimento dos investimentos sociais das empresas nos anos recentes, ela não é suficiente para analisar a participação do setor privado no campo social. Para isso é necessário observar o perfil e a qualidade desses investimentos. 62

65 Sobre as alternativas de investimento A grande maioria das empresas (85%) criou institutos ou fundações para desenvolver atividades de cunho social. Tal atitude, que cresceu substancialmente a partir da década de 1990, tem sido atribuída a estratégias das empresas para sinalizar o compromisso com a atuação social, profissionalizar a condução dessas atividades e fortalecer os laços entre empresas, ONGs, órgãos públicos e comunidades. Em 2009, a mediana dos repasses feitos pelas empresas para essas organizações foi da ordem de 3,8 milhões de reais. Não obstante, os institutos ou fundações respondem por apenas uma parcela dos investimentos financeiros das empresas. Enquanto a mediana dos investimentos realizados diretamente pelas empresas foi de 17 milhões de reais, a dos efetuados via institutos foi de 3,5 milhões de reais. Do total dos recursos investidos 61% são aplicados pelas próprias empresas (Figura 2). O tipo de atividades realizadas por um e por outro grupo, conforme apresentado mais adiante, pode explicar essas diferenças, uma vez que a atuação das empresas abrange um leque mais amplo de atividades. 63

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