Universidade Cruzeiro do Sul. Campus Virtual Unidade I: Unidade: Analisando os Demonstrativos Financeiros I

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1 Universidade Cruzeiro do Sul Campus Virtual Unidade I: Unidade: Analisando os Demonstrativos

2 Princípios Básicos para Analisar Demonstrativos Financeiros Análise de Crédito A análise de crédito é um processo que requer profunda habilidade do analista em extrair informações inerentes ao universo do cliente, com vistas à tomada de decisões relativas ao crédito. Essa decisão deve estar respaldada em elementos de convicção consistentes. O feeling e o bom-senso, conquanto sejam virtudes apreciáveis em um analista, por si só não constituem elementos suficientes para embasar a tomada de decisão. Preliminarmente, a análise deve centrar atenção no passado do cliente. No caso das empresas (que é o nosso caso), o instrumental necessário são as demonstrações contábeis, devidamente legitimadas, bem como os indicadores de desempenho delas extraídos e outras informações que nortearam sua performance. Deve-se verificar a empresa como um todo, ou seja, como sistema, tendo em conta a relação causaefeito, visto serem os números exarados nas demonstrações nada mais que o resultado da gestão. Os números, porém, são frios, silenciosos. É preciso identificar os elementos vivos que os acompanham. Para tanto, a análise do sistema empresa deve ser feita nos diversos subsistemas que a compõem (Diretivo-Gerencial, Produção, Mercado, Econômico- Financeiro e Recursos Humanos). 80

3 Particular atenção deve ser dada à competência de a empresa produzir lucro e sua repercussão no caixa, fator determinante para aferir-se a capacidade de pagamento da organização (principal garantia do emprestador). Na análise da empresa, certamente alguns pontos irão nos chamar a atenção. Estes deverão ser melhor investigados, muitas vezes no âmbito do próprio empreendimento, pois nem sempre os relatórios contábeis são suficientemente esclarecedores. Observados estes aspectos, parte-se para elaboração de análise sobre a perspectiva do negócio, com ênfase no ambiente em que está inserida a organização, bem como sua competência para manter-se em equilíbrio neste contexto. A partir desta visão integrada, terá o profissional do crédito condições de emitir seguro parecer sobre a viabilidade do empreendimento, permitindo, assim, minimizar o risco para quem concedeu o crédito. Ajustes nas Demonstrações Financeiras De posse das demonstrações financeiras e informações complementares (notícias de jornais, análise de setores fornecidos por empresas especializadas etc), o analista deverá proceder aos ajustes, visando padronizar os demonstrativos para análise, dentre os quais destacam-se os seguintes: Duplicatas Descontadas retirar do Ativo Circulante e alocar no Passivo Circulante. O Desconto de Duplicatas é um empréstimo para capital de giro. A reclassificação possibilita analisar mais adequadamente as fontes de 81

4 recursos que a empresa vem utilizando. Esta rubrica, originalmente, reduz a conta Clientes (ou Duplicatas a Receber), pois muito embora a empresa já tenha obtido o produto financeiro (dinheiro) mediante o desconto do título, ainda possui a responsabilidade pela liquidação, ou seja, se o devedor não pagar a duplicata para o Banco, o valor do título será abatido de sua conta corrente. Empréstimos a Interligadas quando aparecem no Ativo Circulante deverão ser reclassificados para Realizável a longo prazo. Esses valores até podem retornar à empresa no curto prazo. No entanto, como os devedores exercem influência decisiva sobre a credora, normalmente esses empréstimos não têm data para serem liquidados. Aliás, a própria Lei 6.404/76 determina que os negócios realizados com partes relacionadas (empresas interligadas, diretores, sócios etc), quando não fazem parte das atividades normais da empresa, devem ser classificados no longo prazo. Empréstimos de Diretores e/ou Interligadas quando aparecer no Passivo Não Circulante, deverá ser reclassificado para o Passivo Circulante. Este caso é o oposto do anterior. Valores que a empresa toma das pessoas ou empresas ligadas, a título de empréstimo, podem ser exigidos a qualquer momento. Por isso, conservadoramente, registra-se no Passivo Circulante. 82

5 Deduções do Patrimônio Líquido é a contrapartida dos valores deduzidos do Ativo por representarem valores não realizáveis ou de realização duvidosa. A cada valor consignado em Deduções do PL, corresponde à exclusão de parcela equivalente no Ativo. Principais Deduções do Patrimônio Líquido Bens Obsoletos: bens que ainda constam na contabilidade da empresa, mas não possuem valor de venda ou condições de utilização; Débitos de Diretores, Cotistas e Solidários: normalmente esses valores constituem retiradas feitas pelos sócios, não contabilizadas como despesa; Débitos de empresa do mesmo grupo econômico: quando a situação assim o recomendar. Não se incluem neste item os débitos por fornecimento de mercadorias ou serviços (atividade normal da empresa). A dedução somente deve ser feita quando os débitos forem considerados de realização duvidosa; Depósitos Judiciais: valores depositados em juízo enquanto a empresa discute uma dívida fiscal, trabalhista ou outras; Excesso na reavaliação de bens do imobilizado: quando for identificado que a empresa reavaliou seus bens em níveis superiores ao seu real valor de mercado; Provisão para Devedores Duvidosos (no caso de inexistência ou se insuficiente): a 83

6 partir de 1997 foi revogada a sistemática de provisão para devedores duvidosos, passando a ser considerado como despesas as perdas efetivamente ocorridas no seu recebimento. Recomenda-se, por conservadorismo, que os balanços analisados sejam ajustados de forma a apresentar uma provisão de, pelo menos, 3% da conta clientes/duplicatas a receber, ou superior, se o segmento de atuação do cliente possuir elevados índices de inadimplência; Outros valores de difícil realização ou incobráveis: outros valores registrados no Balanço que efetivamente não representem bens ou direitos realizáveis (ex: cheques sem fundos, duplicatas incobráveis, estoques invendáveis). Reclassificação do Balanço Além dos ajustes anteriores, as contas do Ativo e Passivo Circulante são classificadas em dois grupos: Financeiro e Cíclico. O Ativo Circulante Financeiro engloba as contas que representam dinheiro e aplicações financeiras em títulos e ouro. O Passivo Circulante Financeiro engloba as contas representativas de dívidas a curto prazo que não fazem parte das atividades diárias da empresa. Normalmente estão sujeitas a juros (empréstimos bancários, duplicatas descontadas, impostos renegociados, imposto de renda a recolher etc). O Ativo Circulante Cíclico compreende as aplicações de recursos em contas que estejam 84

7 relacionadas com a atividade de compra, transformação e venda. Está relacionado com o ciclo operacional da empresa (clientes/duplicatas a receber, estoques, adiantamento a fornecedores etc.) O Passivo Circulante Cíclico compreende as contas que identificam os financiadores normais da atividade da empresa, constituindo fontes espontâneas de recursos (fornecedores, salários e encargos a pagar, impostos sobre vendas a recolher etc), ou seja, sem a incidência de juros. O Ativo Realizável a longo prazo é composto por direitos não circulantes, ou seja, recebíveis num prazo superior a um ano. O Ativo Permanente compreende os ativos não circulantes necessários para a operacionalização da empresa e que a mesma não tenha intenção de vender a curto prazo (Veículos, Máquinas, Prédios, Marcas e Patentes, Ações negociáveis na Bolsa de Valores etc). O Passivo Exigível a longo prazo são obrigações não circulantes, ou seja, exigíveis em prazo superior a um ano. Considerando tais conceitos, o Balanço Patrimonial na forma em que será publicado aos usuários externos ficará como a seguir: 85

8 AC BALANÇO TRADICIONAL PC AÑC PÑC (PELP) ARLP AÑC (AP) AINV PL AIMOB AINT AC = Ativo Circulante; AÑC = Ativo Não Circulante; ARLP = Ativo Realizável a longo prazo; AP = Ativo Permanente; AINV = Ativo Investimento; AIMOB = Ativo Imobilizado; AINT = Ativo Intangível; PC = Passivo Circulante; PÑC = Passivo Não Circulante; PL = Patrimônio Líquido. Já balanço reclassificado ficará assim: BALANÇO RECLASSIFICADO ACF (Caixa, Bancos e Aplicações PCF (juros de empréstimos, Financeiras) Imposto de renda a recolher, duplicatas descontadas ACC (Estoques, Clientes, PCC (fornecedores, Impostos Adiantamentos) sobre Vendas a Recolher, Salários a Pagar) ARLP PELP (ou PÑC) AP PL ACF = Ativo Circulante Financeiro; ACC = Ativo Circulante Cíclico; ARLP = Ativo Realizável a longo prazo; AP = Ativo Permanente; PCC = Passivo Circulante Cíclico; 86

9 PCF = Passivo Circulante Financeiro; PELP = Passivo Exigível a longo prazo; PL = Patrimônio Líquido. Indicadores Econômico-Financeiros Para o exame da situação econômico-financeira de uma empresa, com vistas à avaliação da sua capacidade, em termos de SEGURANÇA, LIQUIDEZ e RENTABILIDADE, o analista deve valer-se de Demonstrativos Financeiros de pelo menos três exercícios sucessivos e deles extrair os diversos indicadores que lhe forneçam as informações desejadas. O objetivo da análise definirá não só o tipo de indicadores a serem utilizados, mas também a postura do analista. Ao proprietário da empresa importa, fundamentalmente, detectar problemas e pontos fortes existentes para, a partir daí, traçar estratégia no sentido de corrigir as falhas ou aproveitar as oportunidades. Já ao analista externo interessa saber da viabilidade ou não da aplicação de recursos na empresa. Numa operação de curto prazo, o analista deverá privilegiar os aspectos de LIQUIDEZ e SEGURANÇA. Já se tratando de operações de longo prazo, observar, também, a capacidade de geração de lucro. O principal instrumento utilizado para a análise da situação econômico-financeira de uma empresa é o índice, ou seja, o resultado da comparação entre grandezas. Os índices estabelecem a relação entre contas ou grupo de contas dos Demonstrativos Financeiros, visando evidenciar determinado aspecto da situação econômico- 87

10 financeira de uma empresa. Os índices, portanto, servem como termômetro na avaliação da saúde financeira da empresa. Porém, o índice não deve ser considerado isoladamente, mas sim sob o aspecto dinâmico e dentro de contexto mais amplo, em que outros indicadores e variáveis devem ser conjugadamente ponderados. Exemplificando, um elevado grau de endividamento não significa, necessariamente, que a empresa esteja à beira da insolvência. Há empresas que convivem com níveis altos de endividamento, sem comprometer sua solvência, já que há outros fatores que podem atenuar essa condição. Para melhor compreensão da influência de cada indicador na análise, faremos seu estudo em cinco grupos. Índices de Estrutura: avaliam a segurança oferecida pela empresa aos capitais alheios e revelam sua política de obtenção de recursos, bem como a sua alocação nos diversos itens do Ativo; Índices de Liquidez: medem a posição financeira da empresa, em termos de capacidade de pagamento; Índices de Rentabilidade: avaliam o desempenho global da empresa, em termos de capacidade de gerar lucros; Indicadores de Prazos Médios: revelam a política de compra, estocagem e venda da empresa; 88

11 Necessidade de Capital de Giro (NCG): mostra a carência ou não de capital de giro da empresa. Nesta aula veremos os dois primeiros Índices (Estrutura e Liquidez respectivamente), os outros indicadores serão apresentados na próxima unidade. Nesta aula veremos os dois primeiros Índices (Estrutura e Liquidez respectivamente), os outros indicadores serão apresentados na próxima unidade. Apresentamos a seguir um exemplo de Balanço Patrimonial reclassificado e Demonstração do Resultado do Exercício, cujos dados servirão de base para o estudo dos índices econômicofinanceiros, já reclassificados em conformidade com o descrito anteriormente:empresa: EXEMPLO S.A. BALANÇO PATRIMONIAL (em R$ mil) ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Passivo Circulante Financeiro 500 Financeiro 500 Caixa e bancos 500 Empréstimos 500 Cíclico Cíclico Clientes Fornecedores Estoques Salários a Pagar 300 Impostos a Recolher 200 Ativo Não Circulante Passivo Exigível a Longo prazo Ativo Realizável L.P Financiamentos Clientes L.P Ativo Permanente Patrimônio Líquido Imobilizado Capital Reservas EMPRESA: EXEMPLO S.A. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (em R$ mil) Receita Operacional Bruta (ROB) Impostos sobre Faturamento (3.100) Receita Operacional Líquida (ROL) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (5.700) Lucro Operacional Bruto (LOB) Despesas Comerciais (2.100) Despesas Administrativas (1.100) Despesas Gerais (600) Outras Receitas Operacionais 250 Despesas Financeiras (1.450) Receitas Financeiras 50 Resultado da Correção Monetária (220) 89

12 Lucro Operacional Líquido (LOL) Receitas/Despesas não Operacionais (280) Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) Provisão para IR e Contribuição Social 690 Lucro Líquido do Exercício (LL) Montante de Compras: R$ MIL NÃO SE ESQUEÇA!!! www. Porcelannachic.blogspot.com O analista deverá sempre observar se o ATIVO TOTAL = PASSIVO TOTAL. (Equação Fundamental da Contabilidade) Índices de Estrutura Patrimonial Os índices de estrutura patrimonial avaliam a SEGURANÇA que a empresa oferece aos capitais alheios e revelam sua política de obtenção de recursos e de alocação dos mesmos nos diversos itens do Ativo. O Ativo de uma empresa é financiado pelos capitais próprios (PL) e por capitais de terceiros (obrigações). Quanto maior for a empresa, maior será o risco a que eles (terceiros) estão expostos. Os seguintes índices poderão ser utilizados: Relação entre as Fontes de Recursos RFR Endividamento Geral EG Composição das exigibilidades CE Imobilização do patrimônio Líquido IPL Passivo Oneroso sobre Ativo Total POSA www. darkeventos.com.br Todos os índices acima são interpretados como: Quanto maior, pior 90

13 Relação entre as Fontes de Recursos (RFR) PC + PELP X 100 PL Também conhecido como PCT (Participação de Capitais de terceiros), esse índice estabelece a relação percentual entre os recursos de terceiros (PC+PELP) e os recursos próprios (PL) aplicados na empresa. Quando esse índice for igual a 100%, estará indicando que os capitais de terceiros são iguais aos capitais próprios; se o resultado for maior que 100%, indicará a predominância de capitais de terceiros e, quando o índice for menor que 100%, mostrará que os capitais próprios superam as obrigações com terceiros. Assim, pode-se concluir que, quanto MENOR for a RFR, mais capitalizada e, consequentemente, mais tranquila é a situação da empresa. A análise desse indicador por diversos exercícios mostra a política de obtenção de recursos da empresa: está mantendo uma maior dependência de capitais de terceiros ou está utilizando-se predominantemente capitais próprios? Endividamento Geral (EG): PC+PÑC X 100 ATIVO Este índice revela o grau de endividamento total da empresa. 91

14 Expressa a proporção de recursos de terceiros financiando o Ativo e, complementarmente, a fração do Ativo que está sendo financiada pelos recursos próprios. O Resultado de Exercícios Futuros, embora na definição legal não represente uma exigibilidade, deve ser incluído como se o fosse porque algumas empresas, principalmente construtoras e incorporadoras, mantêm elevados valores nestas contas amparadas pela Legislação do Imposto de Renda. Esses valores referemse, geralmente, a adiantamento de clientes (obrigações, portanto) que deveriam estar classificados no Passivo Circulante ou Não Circulante. A análise desse indicador por diversos exercícios mostra a política de obtenção de recursos da empresa. Isto é, se a empresa vem financiando o seu Ativo predominantemente com recursos próprios ou de terceiros e em que proporção. O endividamento de uma empresa pode apresentar as seguintes situações: EG < 50%: o endividamento é menor que o PL. Há predominância de capitais próprios investidos na empresa. EG = 50%: O Ativo é financiado em igual proporção por recursos de terceiros e próprios. O PL é igual às exigibilidades. EG > 50%: Há predominância de capitais de terceiros investidos na empresa. EG = 100%: A empresa não tem PL. Todo o Ativo é financiado por recursos de terceiros. EG > 100 %: Passivo a descoberto. Insolvente. As obrigações perante terceiros superam o total de Ativo. 92

15 Quanto menor for o endividamento, menor o risco que a empresa oferece aos capitais de terceiros. Entretanto, deve-se considerar que determinadas empresas convivem muito bem com endividamento relativamente elevado, principalmente quando o endividamento tiver um perfil de longo prazo, ou quando o Passivo de Curto Prazo (Circulante) não for oneroso, mas fruto de uma adequada administração de prazos de fornecedores. A Exemplo S.A. apresenta um EG de 57,29% [ ( )/9600 x 100]. De que se pode concluir: A empresa deve, a curto prazo, o correspondente a 57,29% de seu Ativo; Há predominância de capitais de terceiros na empresa; Dos recursos investidos no Ativo, 57,29% provêm de terceiros (fornecedores, bancos etc.) e o restante (42,71%) são recursos próprios (Patrimônio Líquido). A análise da adequação deste índice para a empresa dependerá, entre outros aspectos, de comparações com os índices apresentados por outras empresas de mesmo setor econômico, da tendência demonstrada na análise de diversos exercícios, da composição do endividamento (curto ou longo prazo) e, ainda, do custo financeiro dessas dívidas. Composição das Exigibilidades (CE) PC PC+ PELP X

16 O índice de CE é uma medida da qualidade do passivo da empresa, em termos de prazos. Compara o montante de dívidas no curto prazo com o endividamento total. Admite-se que, quanto mais curto o vencimento das parcelas exigíveis, maior será o risco oferecido pela empresa. De outra forma, empresas com endividamento concentrado no longo prazo, principalmente decorrentes de investimentos efetuados, oferecem uma situação mais tranquila no curto prazo. A exemplo S.A. apresenta uma CE = 36,36% [2.000 / ( ) X 100]. Ou seja, 36,36% do endividamento da empresa concentra-se no curto prazo. Ou, ainda, de cada $100 de dívidas totais, $36 estão no Passivo Circulante. Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL) AP PL X 100 O índice exprime o quanto do Ativo Permanente da empresa é financiado pelo seu Patrimônio Líquido, evidenciando, dessa forma, a maior ou menor dependência de aporte de recursos de terceiros para manutenção de seus negócios. A correta administração dos recursos de uma empresa pressupõe um adequado casamento dos prazos das aplicações dos recursos com os prazos das fontes. Assim, convencionou-se dizer que o Ativo permanente é financiado pelo Patrimônio Líquido (pois 94

17 são recursos próprios que, também, estão permanentes na empresa) ou por Financiamentos de Longo Prazo. Em princípio, o ideal é que as empresas imobilizem a menor parte possível de seus recursos próprios. Assim, não ficarão na dependência de capitais alheios para a movimentação normal de seus negócios. O analista deve atentar para os casos em que a empresa possui financiamentos de longo prazo para novos investimentos, www. administradores.com.br como, por exemplo, expansão, relocalização ou modernização de seu parque. Nesses casos, o índice IPL poderá apresentar-se em níveis muito elevados. A política de obtenção de fontes de longo prazo, porém, revela decisão administrativa correta dos empresários. Tal fato deverá merecer comentários do analista para melhor subsidiar decisão de crédito. A Exemplo S.A. apresenta uma IPL de 73,17% [3.000/4.100 X100]. Isto indica que a empresa está imobilizando 73,17% de seu Patrimônio Líquido. Sobram, portanto, 26,83% de recursos próprios para aplicação no Ativo Circulante/Longo Prazo da empresa. Admitindo-se que o índice de 73,17% seja elevado para esse tipo de empresa, deve-se observar, então, se os financiamentos de longo prazo (3.500) estão financiando o Permanente a um custo compatível com sua capacidade de gerar lucros. 95

18 Passivo Oneroso Sobre Ativo (POSA) PCF + PELP AT Este índice mostra a participação das fontes onerosas de capital no financiamento dos investimentos totais da empresa, revelando sua dependência a instituições financeiras. Deve-se observar que, quanto maior for esse índice, maiores serão as despesas financeiras incorridas, influenciando o resultado do exercício. A Exemplo S.A. apresentou um POSA de 41,66% [( ) / X 100]. Isto significa que 41,66% do Ativo está sendo financiado por recursos onerosos de terceiros. Em princípio, é um índice bastante elevado. Entretanto, deve-se ponderar o custo financeiro incidente sobre os $ de financiamentos a longo prazo, bem como sua finalidade. É oportuno lembrar, também, que o analista sempre deve tomar um padrão como referência para análise. Esses padrões são divulgados periodicamente por meio dos normativos do Banco. Índices de Liquidez Os índices de Liquidez são medidas de avaliação da capacidade financeira da empresa em satisfazer os compromissos para com terceiros. Evidenciam quanto a empresa dispõe de bens e direitos em relação às obrigações assumidas no mesmo período. Os índices de Liquidez mais conhecidos estão na tabela a seguir: 96

19 Índice de Liquidez Corrente Índice de Liquidez Seca Índice de Liquidez Geral ILC ILS ILG Cada um fornece informações diferentes sobre a situação da empresa. De maneira geral, define-se que QUANTO MAIOR a liquidez, MELHOR será a situação financeira da empresa. www. darkeventos.com.br Devemos ter em mente, no entanto, que um alto índice de liquidez não representa boa saúde financeira. O cumprimento das obrigações nas datas previstas depende de uma adequada administração dos prazos de recebimento e de pagamento. Assim, uma empresa que possui altos índices de liquidez, mas mantém mercadorias estocadas por períodos elevados, recebe com atraso suas vendas a prazo ou mantém duplicatas incobráveis na conta Clientes poderá ter problemas de liquidez, ou seja, poderá ter dificuldades para honrar seus compromissos em seus vencimentos. Liquidez Corrente ( LC) AC PC A liquidez corrente é um dos índices mais conhecidos e utilizados na análise de balanços. Indica quanto a empresa PODERÁ dispor em recursos de curto prazo (disponibilidades, clientes, estoques etc.) para pagar suas dívidas circulantes (fornecedores, 97

20 empréstimos e financiamentos de curto prazo, contas a pagar etc.). A Exemplo S.A. apresenta uma liquidez corrente de 2,5 (5.000/2.000). Isto é, a empresa poderá dispor de $ 250 de AC (bens e direitos de curto prazo) para cada $100 de PC (obrigações de curto prazo). Liquidez Seca (LS) AC ESTOQUES PC Este índice é uma medida mais rigorosa para avaliação da liquidez da empresa. Indica o quanto PODERÁ dispor de recursos circulantes, sem vender seus estoques, para fazer frente a suas obrigações de curto prazo. A Exemplo S.A. apresenta uma liquidez seca de 2 (4.000/2.000). Mesmo sem vender seus estoques, ela poderá dispor de $200 para cada $100 de obrigação de curto prazo. Assim, não depende da venda de estoques para liquidar seus compromissos. Se a liquidez seca for igual ou maior que 1, podese dizer que a empresa não depende da venda de estoques para saldar seus compromissos de curto prazo. Por outro lado, quanto mais abaixo da unidade, maior será a dependência de vendas para honrar suas dívidas. Existem autores que propõem outras fórmulas para o cálculo da liquidez seca. Uns recomendam comparar somente disponibilidades e clientes com as obrigações de curto prazo. Outros usam excluir, além de estoques, todas as contas que não representam entrada efetiva de 98

21 recursos na empresa (despesas antecipadas, impostos a compensar, adiantamentos a funcionários entre outros). Qualquer que seja a fórmula utilizada, o importante é que o analista tenha consciência dos valores envolvidos e da relação expressa pelo índice Liquidez Geral (LG) AC+ ARLP PC + PELP A LG é uma medida da capacidade de pagamento de todo o passivo exigível da empresa. O índice indica o quanto a empresa PODERÁ dispor de recursos circulantes e de longo prazo para honrar todos os seus compromissos. A Exemplo S.A. apresenta uma Liquidez Geral de 1,20 [( )/ ( )], ou seja, para cada $100 de dívidas totais a empresa poderá dispor de $ 120 de recursos de curto e longo prazo. Na próxima unidade daremos continuidade ao estudo sobre Indicadores Econômico- Financeiros. Conheceremos os Índices de Rentabilidade, os Indicadores de Prazos Médios e os indicadores de Necessidade de Capital de Giro da empresa. Até lá!!! 99

22 Referências ARAÚJO, I. da P. S. Introdução à Contabilidade. São Paulo: Saraiva BRASIL. Lei Federal n.º 6.404, de 15 de dezembro de Disponível em Acesso em setembro de Lei Federal n , de 28 de dezembro de Disponível em Acesso em setembro de Medida Provisória n. 449, de 03 de dezembro de Disponível em < Acesso em setembro de Lei Federal n , de 27 de maio de Disponível em Acesso em setembro de CHING, H. Y.; MARQUES, F.; PRADO, L. Contabilidade & finanças para não especialistas. 2. ed. São Paulo: Prentice Hall, CPC. Comitê de Pronunciamentos Contábeis: Pronunciamento Conceitual Disponível em Acesso em Setembro de CVM. Comissão de Valores Mobiliários. Disponível em Acesso em Setembro de FASB. Financial Accounting Standard Board. Disponível em Acesso em Setembro de IASB. International Accounting Standard Board. Disponível em Acesso em Setembro de

23 IUDICIBUS, S. Análise de Balanços: A Análise da Liquidez e do Endividamento, a Análise do Giro. 7 Ed. São Paulo: Atlas, 1999., S.; MARION, J. C. Curso de Contabilidade Para não Contadores. 4ª Ed. São Paulo: Atlas, PADOVEZE, C. L. Introdução à Contabilidade: Uma abordagem para não-contadores. São Paulo: Thomson Learning,

24 Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Jorge Pereira Otero Revisão Textual: Prof. Dr. Manoel Guaranha Campus Liberdade Rua Galvão Bueno, São Paulo SP Brasil Tel: (55 11)

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