INSUFICIÊNCIA RENAL SECUNDÁRIA A ERLIQUIOSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA
|
|
- Fátima Porto Caires
- 8 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CLÍNICA MÉDICA DE PEQUENOS ANIMAIS MARIA VILMA ROCHA ANDRADE CRUZ INSUFICIÊNCIA RENAL SECUNDÁRIA A ERLIQUIOSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA RECIFE-PE 2009
2 MARIA VILMA ROCHA ANDRADE CRUZ INSUFICIÊNCIA RENAL SECUNDÁRIA A ERLIQUIOSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido UFERSA, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Clínica Médica de Pequenos animais. Orientador: Prof. Dr José Haldson Coelho Tabosa. RECIFE-PE 2009
3 MARIA VILMA ROCHA ANDRADE CRUZ INSUFICIÊNCIA RENAL SECUNDÁRIA A ERLIQUIOSE CANINA: REVISÃO DE LITERATURA Monografia apresentada a Universidade Federal Rural do Semi-Árido UFERSA, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Clínica Médica de Pequenos animais. Orientador: Prof. Dr José Haldson Coelho Tabosa. APROVADA EM: / / BANCA EXAMINADORA Profº. Dr. José Haldson Coelho Tabosa Presidente Primeiro Membro Segundo Membro RECIFE-PE 2009
4 AGRADECIMENTOS A Jesus Cristo, Filho de Javé Deus Pai, presença constante a cada instante da minha vida. A Augusto César, meu querido esposo, por todos os momentos de apoio, estímulo e por acreditar em mim. Ao Professor Haldson Tabosa, pelos ensinamentos, acolhimento, delicadeza e imensurável ajuda em todos os momentos.
5 RESUMO A erliquiose é uma hemoparasitose que acomete cães de todas as raças e idades sendo endêmica em várias regiões do Brasil. Doença causada por bactérias de várias espécies do gênero Ehrlichia, encontra-se associada ao carrapato Rhipicephalus sanguineus, seu vetor biológico; infecta células mononucleares e sua gravidade varia dependendo dos fatores do microrganismo e do hospedeiro. Apresenta três fases clínicas_ aguda, subclínica e crônica dificultando sobremaneira o diagnóstico, obtido com base na sintomatologia e exames laboratoriais. Nos últimos anos ocorreram modificações no quadro clinico com a gravidade dos sinais variando em função de reações imunomediadas que diferem consideravelmente entre as raças caninas. Complicações secundárias em diversos sistemas são induzidas pela resposta aos estímulos dos imunocomplexos formados na doença; entre eles o sistema renal, caracterizando uma síndrome clínica progressiva resultando na perda de sua função. Este trabalho objetiva abordar, de forma sucinta, aspectos referentes aos fundamentos teóricos que embasam os mecanismos patogênicos das nefropatias secundárias a erliquiose para a compreensão e a possibilidade de prevenção ou controle precoce das complicações da doença. Considerando o exposto, entendeu-se que as lesões renais não podem ser corrigidas, mas as conseqüências clínicas e bioquímicas do funcionamento renal reduzido podem ser minimizadas pela terapêutica sintomática e auxiliar. Quando ocorrer suspeita de alteração da fisiologia renal, estudos a intervalos regulares pré-determinados devem ser realizados, a fim de identificar possíveis tendências de progressão dos fenômenos. Palavras-chave: erliquiose canina, imunocomplexos, nefropatia, doença infecciosa
6 ABSTRACT The hemoparasitosis ehrlichiosis is one that affects dogs of all breeds and ages to be endemic in several regions of Brazil. Disease caused by bacteria of several species of the genus Ehrlichia, is linked to the tick Rhipicephalus sanguineus, its biological vector; infects mononuclear cells and its severity varies depending on factors of the microorganism and host. Displays three clinic phases, and subclinical disease - difficult greatly diagnosis, obtained based on the symptoms and tests in laboratory. In recent years changes occurred in the clinical picture with the severity of signs ranging from an immune function that differ considerably among the canine breeds. Secondary complications in several systems are induced by response to stimulation of the immune complexes formed in the disease, including renal system, featuring a clinical syndrome resulting in progressive loss of its function. This study aims to address, briefly, the aspects related to the theoretical foundations that underlie the pathogenic mechanisms of kidney disease secondary to ehrlichiosis in understanding and possibility of prevention or early control of disease complications. Considering the above, it is understood that the renal lesions can not be corrected, but the clinical and biochemical consequences of reduced renal function can be minimized by symptomatic therapy and help. When there is suspicion of change in renal physiology studies at regular intervals pre-determined shall be performed to identify possible trends of progression of phenomena. Key words: canine ehrlichiosis, immune complexes, nephropathy, infecciosis disease
7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA HISTÓRIA ETIOLOGIA Taxonomia Ciclo de desenvolvimento Estrutura e composição química EPIDEMIOLOGIA PATOGENIA SINAIS CLÍNICOS DIAGNÓSTICO Diagnóstico Diferencial Achados Anatomopatológicos TRATAMENTO PROFILAXIA INSUFICIÊNCIA RENAL Mecanismos de injúria renal Anatomia glomerular Fisiopatologia Diagnóstico Evolução do quadro clínico Tratamento CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 29
8 8 1 INTRODUÇÃO A erliquiose é uma hemoparasitose de característica endêmica em várias regiões do Brasil (MACEDO E LEAL, 2005). Doença infecto-contagiosa que tem como agente etiológico bactérias de várias espécies do gênero Ehrlichia, família das Rickettsiaceae, ordem das Rickettsiales (BREITSCHWERDT, 1997; BROOKS et al., 1998) acometendo cães de todas as raças e idades e associada a um carrapato de grande distribuição geográfica, o Rhipicephalus sanguineus, vetor biológico da bactéria que a transmite através da saliva no ato do repasto sangüíneo no animal (BREITSCHWERDT, 1997). É uma doença clássica de células mononucleares (GREENE, 2001) caracterizada por modificações hematológicas acentuadas (NELSON E COUTO, 2001) e agravada por infecções intercorrentes por Babesia, Haemobartonella, E. platys, Hepatozoon canis, (BARR, 2002). A doença clínica pode ocorrer em qualquer cão, mas sua gravidade varia dependendo dos fatores do microrganismo e do hospedeiro. A virulência varia com as diferentes cepas de campo da E. canis (COUTO, 2003). Constatou-se por meio de vários experimentos três fases clínicas da doença aguda, subclínica e crônica dificultando sobremaneira o diagnóstico; este, obtido com base na sintomatologia e aliado a exames laboratoriais (THOMAS et al., 1989; HOSKINS, 1991; CORRÊA E CORRÊA, 1992; BREITSCHWEDT, 1997; NELSON E COUTO, 2001; GREENE, 2001; BARR, 2002). Observam-se modificações em relação ao quadro clínico da erliquiose nos últimos anos com a gravidade dos sinais variando em função de reações imunomediadas que diferem consideravelmente entre as raças caninas (ALMOSNY, 2002). Têm sido descritas complicações secundárias em diversos sistemas relativos aos imunocomplexos induzidos pela permanência crônica da E. canis no sistema linforreticular como poliartrite, problemas reprodutivos, distúrbios nervosos e cardíacos e insuficiência renal (HOSKINS, 1991); estes podem ser de baixa intensidade ou graves, de acordo com a susceptibilidade do animal (BREITSCHWEDT, 1997). Quando o sistema renal é acometido caracteriza-se uma síndrome clínica progressiva decorrente da perda lenta e irreversível da capacidade metabólica, endócrina e excretora do rim resultando na retenção de solutos nitrogenados e alterações no equilíbrio hidroeletrolítico
9 9 e ácido básico por substituição de néfrons funcionais em tecido cicatricial não funcional e infiltrados inflamatórios secundários aos danos adquiridos que lesam os glomérulos, túbulos, tecido intersticial e os vasos sanguíneos como resposta aos estímulos dos imunocomplexos formados na doença (BREITSCHWEDT, 1997; POLZIN et al, 1997). A insuficiência renal (IR) ocorre de forma aguda ou crônica quando a filtração glomerular é reduzida a 75% ou mais. A prevalência em cães varia entre 0,5 a 1%, o que torna a IR uma doença relativamente comum associada a erliquiose (POLZIN et al, 1997). Este trabalho de revisão tem por objetivo abordar, de forma sucinta, aspectos referentes aos fundamentos teóricos que embasam os mecanismos patogênicos das nefropatias secundárias a erliquiose para a compreensão e a possibilidade de prevenção ou controle precoce das complicações da doença.
10 10 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 HISTÓRIA A erliquiose canina foi descrita a primeira vez entre os anos de 1935 e 1938 na Argélia e países vizinhos por Donatien e Lestoquard (SPIECKERMANN, 1988; CORRÊA E CORRÊA, 1992; WEN et al., 1997; ALMOSNY, 2002) que observaram cães infestados por carrapatos com bactérias intracitoplasmáticas nas células mononucleares circulantes semelhantes a uma rickettsia e a denominaram de Rickettsia canis. Mais tarde, Moshkovski (1945) renomeou a bactéria como Ehrlichia canis em homenagem a Paul Ehrlich (ALMOSNY, 2002). As descrições subseqüentes foram feitas principalmente em diversos territórios tropicais e subtropicais (CORRÊA E CORRÊA, 1992). A doença alcançou destaque a partir de 1960 durante a guerra do Vietnã, quando uma grande proporção de cães militares contraiu a infecção e a disseminou através de treinamento pós-guerra. A partir de então foi dada maior importância a rickettsia Ehrlichia canis como agente etiológico da Erliquiose canina (BUHLES et al., 1974; ALMOSNY, 2002; COUTO, 2003). Segundo Corrêa e Corrêa, (1992), a doença foi relatada pela primeira vez no Brasil por Costa et al. (1973) em Belo Horizonte, Minas Gerais. Nos anos seguintes, entre 1976 e 1988, foram descritos alguns casos isolados por outros pesquisadores no Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Santa Maria, Rio Grande do Sul e Curitiba, Paraná. Atualmente a infecção vem sendo descrita em todo o território brasileiro. 2.2 ETIOLOGIA A Erliquiose tem como agente etiológico bactérias de várias espécies do gênero Ehrlichia; são bactérias Gram-negativas, cocobacilares a elipsoidais, ocorrendo isoladas ou em colônias, intracitoplasmáticas obrigatórias de leucócitos, agrupadas taxonomicamente com a família das Rickettsiaceae, ordem das Rickettsiales (THOMAS et al., 1989; HOSKINS, 1991; CORRÊA E CORRÊA, 1992; BREITSCHWERDT, 1997; BROOKS et al., 1998; ALMOSNY, 2002).
11 11 Beer (1998) já descreve as rickettsias como microrganismos muito pequenos, parasitas de artrópodes, tendo cada espécie seu hospedeiro específico; descobertas por Ricketts em 1907 na epidemia da Febre Maculosa das Montanhas Rochosas, EUA, o grupo das rickettsias não se comporta uniformemente no que diz respeito às suas propriedades biológicas. É comum a todas elas a morfologia característica, suas propriedades tintoriais e pleomorfismo mais ou menos marcado. Multiplicam por divisão binária e transversal, formam pequenos esporos, são aflagelados e imóveis Taxonomia O gênero Ehrlichia é atualmente classificado como um membro da classe Ehrlichiae, da família Rickettsiaceae, da ordem Rickettsiales. Inicialmente, eram reconhecidas no gênero sete espécies: E. canis, E. chaffeensis, E. equi, E. phagocytophila, E. risticii, E. ewingii e E. sennetsu. Posteriormente foram identificadas outras Ehrlichias: E. platys, E. bovis, E. ovina e E. ondirii. A nomenclatura foi baseada nos nomes das espécies animais em que causavam doenças ou por sua distribuição geográfica, obedecendo às formas das regras propostas pelo International Code of Nomenclature of Bacteria. Sua classificação taxonômica foi definida de acordo com as células parasitadas, suas características morfológicas, epidemiologia e características clínicas. Com os avanços das técnicas de biologia molecular surgiram informações filogenéticas que resultaram em modificações adicionais na organização dos grupos bacterianos (BROOKS et al. 1998). Posteriormente, Dumler et al. (2001), utilizando a comparação da seqüência de nucleotídeos do RNA ribossomal 16S e uma variedade de fontes biológicas, revelaram a existência de relações evolutivas entre as espécies de Ehrlichias demonstrando o conflito existente com o esquema de genogrupos; em vista disso, reorganizaram o gênero Ehrlichia e determinaram alterações em sua taxonomia publicando a nova classificação no International Journal of Systematic Evolutionary Microbiology, vol. 51, páginas , 2001, obtendo reconhecimento pelo International Committee of Systematic Bacteriology. A taxonomia do gênero Ehrlichia vem sofrendo alterações provisórias com os métodos de filogenia molecular ao longo dos anos por meio de emendas no Bergey s Manual of Systematic Bacteriology desde que o gênero foi classificado por Moshkosvski em 1945 (ALMOSNY, 2002).
12 Ciclo de desenvolvimento Todas as espécies de Ehrlichias possuem um ciclo reprodutivo relativamente comum apresentando os mesmo estágios de desenvolvimento nos cães e nos carrapatos (BROOKS et al., 1998; LEWIS Jr. et al., 1977). Lewis Jr. et al. (1977) confirmaram ainda o ciclo da E. canis em carrapatos que se alimentaram em cães infectados durante as primeiras semanas da infecção aguda sugerindo ser assim o início ou a manutenção do ciclo quando o microrganismo se multiplica nos hemócitos e nas células das glândulas salivares indo por fim infectar o epitélio do intestino médio e novamente através da saliva infectar os cães. Estudando diversos autores que determinaram o ciclo biológico da E. canis em cães, Moreira (2001) e Almosny (2002), resumiram-no em seus trabalhos: os corpúsculos elementares, formas individuais da Ehrlichia sp., geralmente com aspecto pleomórfico e medindo entre 0,2 a 1,5 µm de diâmetro penetram nos leucócitos por fagocitose ficando no interior do citoplasma em vacúolos derivados da membrana superficial da célula hospedeira. Os corpúsculos elementares aumentam de tamanho e dividem-se repetidamente por divisão binária formando estruturas compactadas pleomórficas mensuradas entre 0,4 a 5 µm de diâmetro denominadas de corpúsculos iniciais que são inclusões imaturas. Posteriormente, todo o vacúolo fica preenchido por corpúsculos elementares que crescem e se replicam adicionalmente formando uma inclusão madura em forma de mórula podendo medir de 2,5 a 6 µm de diâmetro. Cada leucócito infectado pode conter uma ou mais mórulas e cada uma das mórulas conterem vários corpúsculos. Os corpúsculos elementares recém-formados podem ser liberados da célula hospedeira por exocitose ou lise infectando novas células dando continuidade ao ciclo infeccioso. O ciclo de desenvolvimento tem duração média de 15 dias Estrutura e composição química Possuem paredes celulares constituídas de peptidoglicanos que contém ácido murâmico e ácido diaminopimético, similares, portanto, as paredes celulares das grandes bactérias Gram-negativas. Contêm tanto RNA quanto DNA e várias enzimas relacionadas com o metabolismo. Oxidam metabólitos intermediários, como os ácidos pirúvico, succínico e glutâmico (BROOKS et al., 1998), utilizando aminoácidos como fonte de energia (ALMOSNY, 2002).
13 13 Dumler et al. (2001), cita as proteínas de superfície da espécie E. canis descritas por Ristic e Huxsoll em 1984 como similares às outras espécies de Ehrlichia, por apresentarem a mesma seqüência de aminoácidos. A maior proteína antigênica expressa em sua membrana é uma molécula que varia entre 28 e 32 KDa. A seqüência para o gen 16S rrna, que determina as características de seu fenótipo, encontra-se depositada no GenBank sob o código de acesso nº. M EPIDEMIOLOGIA A erliquiose tem sido relatada na maioria das regiões tropicais e subtropicais em todo o mundo; caracteriza-se como uma doença crônica e insidiosa prevalente o ano inteiro, por se encontrar relacionada à distribuição geográfica do vetor Rhipicephalus sanguineus, o carrapato vermelho do cão, responsável por manter a bactéria E. canis no meio ambiente ao se infectar após repasto sangüíneo em cães previamente infectados na fase aguda da doença, já que o microrganismo não é transmitido por via transovariana no carrapato (LEWIS Jr. et al., 1977; BREITSCHWERDT, 1997; NELSON E COUTO, 2001; COUTO, 2003). Embora os primeiros estudos tenham sugerido a infecção de primatas por E. canis, acredita-se que o microrganismo infecte apenas os membros da família Canidae. A infecção canina ocorre quando secreções salivares do carrapato contaminam o local de fixação durante a ingestão de sangue ou por transfusões sangüíneas obtidas de cães cronicamente infectados por E. canis por até cinco anos (BREITSCHWERDT, 1997). Diversos estudos afirmam que os carrapatos representam o reservatório primário para E. canis. Lewis Jr. et al. (1977) relataram que o R. sanguineus, um carrapato heteroxeno, consegue transmitir o microrganismo em todas as três fases de desenvolvimento (larva, ninfa e adulto), com os estádios adultos mantendo a capacidade de transmitir a E. canis por pelo menos 155 dias. A sobrevivência da Ehrlichia por longos períodos pode significar que o microrganismo passe o inverno no carrapato, que ao reinfestar os cães nas estações seguintes, completariam o ciclo, mantendo a doença no ambiente devido a sua ampla distribuição, sua habilidade de sobreviver em condições adversas e sua resistência aos acaricidas. Os cães são os únicos hospedeiros de importância primária para a manutenção das populações de R. sanguineus no ambiente (LABRUNA, 2001), com isso, apresentam susceptibilidade à doença. Vários estudos descrevem diferenças na susceptibilidade à infecção por E. canis entre as raças de cães. Buhles Jr. et al. (1974) constataram em um experimento que a doença mostrou-se mais severa entre as raças Beagle e Pastor alemão. Mencionaram
14 14 que essa diferença pode afetar a duração da doença e as manifestações dos sinais clínicos, entretanto, Breitschwerdt (1997), cita que experiências clínicas mais recentes não apóiam a predileção racial específica para a gravidade da moléstia. Os animais acometidos mais frequentemente pela doença variam entre dois meses a cinco anos, sendo machos e fêmeas acometidos igualmente (BARR, 2002). No Brasil, vários estudos relatam à prevalência da erliquiose. Estudando a freqüência de infecção por hemoparasitas atendidos no Hospital da Escola de Veterinária da UFRPE, d Alencar et al. (2003), constataram um índice de 1,64% de animais positivos para Erlichia sp. Já Moreira (2001), constatou em um estudo retrospectivo em cães atendidos com suspeita de hemoparasitoses no Hospital da Escola de Veterinária da UFMG que 35,9% apresentavam infecções por Ehrlichia sp. demonstrando que a erliquiose ocorre nas diferentes regiões de Belo Horizonte, Minas Gerais. Morais et al. (2004) mencionaram um estudo relativo à prevalência da população hospitalar de cães atendidos em diversos Estados do Brasil (Paraná, Bahia, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Ceará, Alagoas, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal) baseados em informações recentemente publicadas e nas experiências pessoais; aproximadamente 20% dos cães atendidos apresentavam anticorpos contra E. canis e cães que residiam em área urbana periférica, conviviam com outros cães e tinham carrapatos ou sinais neurológicos mostraram maior chance de apresentar anticorpos contra E. canis. A erliquiose é reportada em seres humanos relacionada à saúde pública. Vários relatos de pacientes testados sorologicamente foram positivos para E. canis; pacientes com comprometimento do sistema imune apresentam infecções oportunistas por E. canis desenvolvendo quadros agudos da doença em decorrência da estreita associação entre o homem e a espécie canina, envolvendo importantes implicações de ordem sanitária (THOMAS et al., 1989). Alguns autores a consideram uma zoonose em vista do parecer da Organização Panamericana de Saúde que a inclui na lista de doenças de importância zoonótica (CORRÊA E CORRÊA, 1992; COUTO, 2003).
15 PATOGENIA A doença clínica pode ocorrer em qualquer cão, mas sua gravidade varia dependendo dos fatores do microrganismo e do hospedeiro. A virulência varia com as diferentes cepas de campo da E. canis (COUTO, 2003). O período de incubação é variável, podendo ocorrer entre uma e três semanas. As diferentes espécies parecem ter tropismo característico por determinados tecidos que acarreta uma doença sítio específica; assim, E. canis possui predileção por células encontradas na micro-vascularização dos pulmões, rins e meninges do cão (ALMOSNY, 2002). Através de experimentos, diversos autores relataram três fases na apresentação da doença clínica: aguda, subclínica e crônica. A fase aguda da Erliquiose dura de duas a quatro semanas e a replicação da bactéria ocorre dentro das células leucocitárias circulantes e tecidos fagocitários como fígado, baço e linfonodos causando linfadenomegalia. As células leucocitárias infectadas disseminam a infecção para outros sistemas orgânicos interagindo com as células endoteliais dos vasos desses órgãos produzindo vasculite e inflamação do tecido subendotelial e alterações da função plaquetária, induzindo a uma trombocitopenia (BREITSCHWERDT, 1997; NELSON E COUTO, 2001; ALMOSNY, 2002; COUTO, 2003). A fase subclínica corresponde à persistência do microrganismo por até um período de quatro a cinco anos em cães naturalmente infectados e refletem a permanência das alterações patogênicas provocadas pelo agente na fase aguda, associados à ausência de sinais clínicos, resultando na fase crônica da infecção por incapacidade de resposta imune efetiva (COUTO, 2003). A fase crônica é decorrente das reações imunes contra o microrganismo intracelular. Ocorre hipergamaglobulinemia pela persistência da estimulação antigênica em resposta a uma reação de hipersensibilidade produzida provavelmente por mediadores ou outras substâncias do baço, da hipoplasia da medula óssea e da infiltração perivascular de muitos sistemas orgânicos (BUHLES et al., 1974; HOSKINS, 1991; BREITSCHWERDT, 1997; NELSON E COUTO, 2001; ALMOSNY, 2002; COUTO, 2003). 2.5 SINAIS CLÍNICOS Observam-se modificações em relação ao quadro clínico da Erliquiose nos últimos anos com um abrandamento dos sintomas decorrentes da adaptação parasito-hospedeiro
16 16 (ALMOSNY, 2002). No Brasil, as manifestações mais comuns da doença parecem estar mudando desde o primeiro relato em 1973 (MORAIS et al. 2004). Barr (2002), afirma que a duração média de tempo para a apresentação dos primeiros sinais clínicos desde o inicio da infecção é geralmente maior que dois meses e os achados anamnésicos em sua maioria são de letargia, depressão, anorexia e perda de peso, sangramento espontâneo (espirro e epistaxe), desconforto respiratório, ataxia e dor ocular. Durante a fase aguda aparecem sinais clínicos inespecíficos como febre, corrimento óculo-nasal, uveíte anterior, diátese hemorrágica, poliúria, polidpsia, linfadenopatia, esplenomegalia, diarréia, edema de membros ou de escroto, vômito (ALMOSNY, 2002); hiperestesia, contrações musculares e deficiências dos nervos cranianos podem ocorrer como resultado da inflamação nas meninges (BREITSCHWERDT, 1997); também dispnéia ou intolerância a exercícios devidos a pneumonite e é comum a presença de carrapatos (COUTO, 2003). A gravidade dos sinais varia entre os animais; os relatos da epizootia em cães militares no Vietnã descreveram um quadro gravíssimo onde a morte ocorria poucos dias após o início da epistaxe (ALMOSNY, 2002). A forma aguda com sangramento profuso é hoje rara em partes das Regiões Sul e Sudeste, embora seja comum em outras áreas da Região Sudeste e algumas das Regiões Norte e Nordeste do Brasil (MORAIS et al., 2004). Os sinais clínicos da fase aguda são temporários e comumente desaparecem em uma a quatro semanas sem tratamento quando os cães acometidos são imunocompetentes (BREITSCHWEDT, 1997); atualmente a maioria dos cães sobrevive à fase aguda (ALMOSNY, 2002; COUTO, 2003) e a morte acontecendo geralmente quando ocorre a infecção concomitante com organismos oportunistas como outras bactérias ou associações com hemoparasitas (GREENE, 2001). Não há sinais clínicos visíveis na fase subclínica sendo o animal assintomático (BREISCHWERDT, 1997; NELSON E COUTO, 2001; GREENE, 2001; ALMOSNY, 2002; COUTO, 2003). A fase crônica é caracterizada por complicações imunomediadas diferindo consideravelmente entre as raças caninas (ALMOSNY, 2002). As ocorrências de infecções oportunistas são descritas por diversos autores como decorrentes do quadro de imunossupressão. Têm sido descritas complicações secundárias em diversos sistemas resultantes das reações aos imunocomplexos induzidos pela permanência crônica da E. canis no sistema linforreticular como poliartrite, problemas reprodutivos, insuficiência renal, distúrbios nervosos e cardíacos estes podem ser de baixa intensidade ou
17 17 graves, de acordo com a susceptibilidade do animal (HOSKINS, 1991; BREITSCHWEDT, 1997). Mucosas pálidas, hepatomegalia, esplenomegalia e linfadenopatia resultantes da estimulação imune progressiva são detectadas mais frequentemente na fase crônica (NELSON E COUTO, 2001). Os sinais clínicos mais evidentes são os hemorrágicos tais como epistaxe, hematúria, petéquias e equimoses distribuídas pela pele, além de alterações oculares e edema de membros; também depressão, dor, ataxia, paresia, nistagmo e convulsões (HOSKINS, 1991), perda de peso grave e sensibilidade abdominal (BREITSCHWERDT, 1997). Os fatores de riscos são as infecções intercorrentes por Babesia, Haemobartonella, E. platys, Hepatozoon canis, agravando a síndrome clínica (BARR, 2002). 2.6 DIAGNÓSTICO Além dos sinais clínicos que podem ser sugestivos de Erliquiose, anormalidades laboratoriais graves podem contribuir para o aumento da suspeita da doença (BREITSCHWERDT, 1997). O diagnóstico pode ser feito pela pesquisa direta da erliquia ou de anticorpos contra a erliquia na circulação sanguínea (MORAIS et al., 2004). O método diagnóstico laboratorial mais comum para pesquisa direta de erliquia é realizado através da observação de mórulas em esfregaços de sangue periférico da ponta da orelha (primeira gota) na fase aguda da doença (ALMOSNY, 2002); é um meio diagnostico de baixo custo, que além de poder dar uma resposta rápida é uma técnica fácil (BULLA et al., 2004). Cadman et al. (1994), afirmam que a pesquisa de inclusões (mórulas) no citoplasma de leucócitos ou plaquetas em esfregaços sangüíneos só é de difícil identificação por ser a mórula visualizada apenas na fase aguda da doença já que o percentual de células infectadas raramente ultrapassa 1%; entretanto, Hoskins (1991), afirma que apesar deste método não ser muito sensível, uma vez que a mórula é visualizada por um período de tempo limitado, a ausência da bactéria em esfregaços não exclui o diagnóstico da Erliquiose. Utilizando-se deste método na Índia, Burr (1982), estabeleceu o diagnóstico de Erliquiose canina além de identificar infecções simultâneas com hemoparasitas, tais como Babesia canis e Haemobartonella canis.
18 18 Moreira (2001), afirma ser a punção de medula uma técnica que vem sendo utilizada para demonstrar uma fase medular no ciclo de parasitas em animais e que pode ser útil na identificação precoce da infecção por Ehrlichia canis na fase aguda da doença; em seu experimento foi possível visualizar inclusões citoplasmáticas compatíveis com E. canis em punção de um animal 15 dias após a infecção. Aspirados com agulha fina para amostra citológica de linfonodos, baço, pulmões, líquidos cérebro-espinhal e articular ou em leucócitos da circulação sanguínea também podem ser utilizados para identificação dos microrganismos (mórulas), é técnica confirmatória, mas é demorada e difícil (COUTO, 2003). Outros métodos de diagnósticos são atualmente citados como PCR, Western Imunobloting, Dot-Blot-Elisa, detecção de antígenos plasmáticos, contagem plaquetária e kits comerciais largamente utilizados em Israel, Estados Unidos, Europa e alguns países da América do Sul (MOREIRA, 2001). Testes sorológicos constituem métodos mais úteis e confiáveis para o diagnóstico (BARR, 2002). Anticorpos contra Ehrlichia canis podem ser detectados por imunofluorescência ou dot-elisa; o dot-elisa é um teste rápido que pode ser realizado na clínica, é prático e de baixo custo, se comparado com outros métodos e tendem a tornar-se o exame de rotina para o diagnóstico de Erliquiose. Sua sensibilidade varia de 80 a 100% enquanto sua especificidade varia de 61 a 100% (MORAIS et al., 2004). Wen et al. (1997), afirmaram que a reação de imunofluorescência indireta (RIFI), cujos antígenos são geralmente procedentes de cultivo celular, é o método mais utilizado atualmente. Essa técnica detecta anticorpos anti-e. canis a partir do sétimo dia pós-infecção. Testes que detectam anticorpos não diferenciam entre doença, exposição prévia ao microrganismo ou infecção latente. Após exposição inicial ao microrganismo os anticorpos podem normalmente ser detectados dentro de sete a vinte dias e os títulos vão elevando-se durante todo o curso da doença (MORAIS et al., 2004). Títulos altos, sem sintomas clínicos, indicam duração prolongada da infecção e persistência intracelular do agente (WANER et al., 2000), porém altos títulos não conferem imunidade protetora aos animais infectados. Esse fato é comprovado quando animais cronicamente infectados, com elevados títulos de anticorpos adoecem e morrem (BUHLES Jr. et al., 1974). Há também uma reatividade sorológica cruzada variável de anticorpos produzidos contra Ehrlichia sp. de modo que resultados sorológicos para E. canis não excluem a possibilidade de infecção por outra espécie de Ehrlichia (NELSON E COUTO, 2001).
19 19 A reação em cadeia de polimerase (PCR) pode ser usada para detectar o DNA específico do microrganismo em leucócitos de sangue periférico está provando ser mais sensível que os RIFIs, mas não se encontra disponível comercialmente (BARR, 2002; COUTO, 2003). A E. canis também pode ser identificada em cães infectados inoculando-se sangue em cães suscetíveis ou por cultura celular, mas esses procedimentos não são clinicamente práticos (NELSON E COUTO, 2001). No Brasil, a limitação na produção de antígenos em larga escala através da infecção experimental, somada às dificuldades na implantação de um cultivo in vitro e o alto custo dos testes comerciais, faz com que, na prática, o diagnóstico seja realizado através de esfregaços sanguíneos ou, de forma subjetiva, por meio da sintomatologia clínica e das alterações hematológicas (MOREIRA, 2001). Vários autores descrevem diversas alterações hematológicas presentes na fase aguda da doença; Bulla et al. (2004), afirmaram a partir de um estudo retrospectivo de 10 anos em Botucatu São Paulo que na fase aguda da erliquiose as principais alterações hematológicas encontradas foram anemia não-regenerativa de grau moderado, hipoproteinemia, trombocitopenia e leucopenia com linfopenia absoluta. Alterações estas semelhantes às observadas nos mais variados estudos. Os achados hematológicos e de bioquímica sérica consistem principalmente de citopenias e hiperproteinemia provocada pela hiperglobulinemia. Durante a fase aguda, trombocitopenia causada pela destruição periférica de plaquetas (presumivelmente imunomediada), podem ser encontradas antes do início dos sinais clínicos; anemia regenerativa (causada por hemólise imune), leucocitose com monocitose e medula óssea hipercelular constituem as anormalidades hematológicas comuns: a hiperproteinemia está presente em porcentagem variável de casos e geralmente piora com o tempo. A hiperglobulinemia e as atividades enzimáticas hepáticas (com ou sem hiperbilirrubinemia) são as principais anormalidades bioquímicas durante esta fase (BREITSHWERDT, 1997; BARR, 2002). Durante a fase crônica, as mudanças laboratoriais são dominadas por pancitopenia (com a medula óssea hipocelular), linfocitose (até aproximadamente linfócitos por microlitro) e monocitose, anemia normocítica e normocrômica, hiperglobulinemia e hipoalbuminemia causadas por uma gamopatia policlonal (ou, mais raramente, monoclonal), e proteinúria geralmente decorrentes de perda renal por nefrite intersticial; além da hipercelularidade, os aspirados de medula óssea geralmente revelam números aumentados de
20 20 plasmócitos, os quais também podem ser encontrados em aspirados esplênicos podendo também haver aumento nas concentrações de proteínas do LCR (NELSON E COUTO, 2001). A trombocitopenia ocorre de dez a vinte dias pós-infecção e tende a persistir ao longo de todas as fases da doença (BUHLES Jr. et al., 1974); sendo então a anormalidade hematológica mais consistente, tanto na fase aguda quanto na fase crônica da Erliquiose documentada em estudos clínicos retrospectivos (BREITSHWERDT, 1997), contudo Morais et al. (2004) sugerem ser a trombocitopenia menos comum no Brasil que em outros países, embora, haja variação regional. Em cães com formas intraleucocitárias do gênero Ehrlichia em células mononucleares sangüíneas atendidas no Rio de Janeiro, a trombocitopenia foi um achado infrequente e não foi um fator de risco para a Erliquiose em uma população hospitalar no Norte do Paraná. A inoculação experimental de cepas brasileiras de E. canis provoca anemia e pode ou não causar trombocitopenia. A anemia, mas não a trombocitopenia, foi considerada fator de risco para a erliquiose. Waner et al. (2000), identificaram anticorpos ligados às plaquetas, demonstrando que a participação de um componente imunológico e a exposição ao agente infeccioso, no caso, E. canis, podem ativar um mecanismo auto-imune, além de outros mecanismos envolvidos na patogênese da trombocitopenia. A ausência de trombocitopenia não exclui a Erliquiose e o sangramento pode ocorrer mesmo em cães sem trombocitopenia (MORAIS et al., 2004) Diagnóstico Diferencial A erliquiose canina pode mimetizar uma variedade de distúrbios. Quase sempre que um cão apresentar uma história clínica de perda de peso, esplenomegalia, linfadenopatia, pancitopenia, plasmocitose de medula óssea e gamopatia monoclonal, o único meio de diferenciar entre Erliquiose canina, Mieloma Múltiplo e Trombocitopenia Imunomediada é obter uma sorologia positiva para a E. canis; quando houver edema escrotal, fazer sorologia também para Brucelose (NELSON E COUTO, 2001) Achados Anatomopatológicos São observados edema e enfisema pulmonar, ascite, gastroenterite, glomerulonefrite, assim como aumento de volume do baço, fígado e gânglios linfáticos. No córtex renal e na mucosa da bexiga urinária e intestino são encontradas, ocasionalmente, hemorragias
21 21 petequiais. Os gânglios linfáticos aparecem úmidos na superfície do corte, podendo apresentar pigmentações. Na mucosa das bochechas existem erosões e úlceras. Em cortes histológicos dos pulmões aparecem Rickettsias (SPIECKERMANN, 1988). 2.7 TRATAMENTO O agente é sensível às Tetraciclinas, ao Cloranfenicol e ao Dipropionato de Imidocarb. O tratamento atualmente preconizado e mais utilizado com sucesso para cães com Erliquiose é feito com Tetraciclinas associadas ao Dipropionato de Imidocarb (CORRÊA E CORRÊA, 1992; BREITSHWERDT, 1997; NELSON E COUTO, 2001; BARR, 2002; COUTO, 2003; MORAIS et al., 2004). A Doxiciclina é a Tetraciclina mais usada pela praticidade de administração e baixa toxicidade; a Doxiciclina não é eliminada pelos mesmos meios das outras Tetraciclinas e não se acumula no sangue se houver insuficiência renal; se houver disfunção renal, as doses devem ser reduzidas para se evitar acúmulo sistêmico excessivo. Não provoca manchas amarelas permanentes nos dentes dos filhotes. É excretada nas fezes como conjugado inativo ou quelato, portanto, exerce pouco efeito sobre a microbiota gastrointestinal. A presença de alimento não interfere com a absorção da Doxiciclina. É uma das Tetraciclinas mais seguras para se utilizar. 10mg/kg, duas vezes ao dia, via oral, durante 28 dias, é o tratamento de eleição; se o cão estiver com sinais clínicos graves e vomitando, deve-se administrá-la por via intravenosa durante cinco dias; Alternativamente pode-se usar a Oxitetraciclina ou Tetraciclina na dose de 22mg/kg, três vezes ao dia, via oral por 21 dias; são mais baratas e também efetivas (CORRÊA E CORRÊA, 1992; BREITSHWERDT, 1997; NELSON E COUTO, 2001; BARR, 2002; COUTO, 2003; MORAIS et al., 2004). Nos estudos de Matthewman et al. (1994), o Dipropionato de Imidocarb, um parassimpatomimético anticolinesterásico, administrado em uma dosagem de 5mg/kg, via subcutânea, em duas aplicações com intervalo de 15 dias se mostrou efetivo em cães com Erliquiose refratária e cães com infecções mistas com E. canis e Babesia canis. Tem o inconveniente de apresentar em alguns animais vômito, diarréia, tremores, tosse transitória, dor no local da injeção, salivação corrimento oculonasal e dispnéia que se resolvem dentro de minutos a horas da administração. Não existe contra-indicação para o uso associado de Doxiciclina.
22 22 O Cloranfenicol também pode ser usado na dose de 20mg/kg, três vezes ao dia, por 14 dias em filhotes de cães menores de seis meses de idade para se evitar a descoloração do esmalte dos dentes em fase de erupção causada pela Tetraciclina; todavia, dado seu potencial para toxicidade hematológica acentuada, não é a droga de escolha para um cão com citopenia e trombocitopenia (NELSON E COUTO, 2001; BARR, 2002). O prognóstico para a erliquiose canina é geralmente bom. Ocorre melhora clínica dramática dentro de horas após o início da Tetraciclina em cães com a moléstia na fase aguda ou crônica. Uma melhora clínica rápida é frequentemente observada em cães cronicamente infectados; entretanto, pode levar até um ano para a recuperação hematológica completa. Terapia de apoio internação, monitoração ambulatorial freqüente, líquidos, transfusão de sangue, vitaminas, e esteróides anabólicos se faz necessária para alguns cães. (CORRÊA E CORRÊA, 1992; BREITSCHWERDT, 1997; NELSON E COUTO, 2001; BARR, 2002; COUTO, 2003). Cães que foram tratados não têm imunidade persistente contra a erliquiose, e são susceptíveis a reinfecções tanto por cepas homólogas quanto por cepas heterólogas. (MORAIS et al., 2004). 2.8 PROFILAXIA A prevenção é potencializada através do controle de carrapatos e uso de doadores sanguíneos negativos. A Tetraciclina (6,6 mg/kg, VO, diariamente) constitui um preventivo efetivo nos canis onde a Erliquiose é endêmica. O tratamento deve ser estendido por muitos meses, durante pelo menos uma estação de carrapatos, para eliminar de modo promissor o ciclo endêmico (GREENE, 2001), já que a E. canis não é transmitida de forma transovariana de modo que os cães infectados não podem infectar novos carrapatos e os carrapatos previamente infectados perdem a capacidade de transmitir o microorganismo (NELSON E COUTO, 2001). Devido ao intenso transporte de cães e à infecção assintomática crônica por E. canis, há sempre o perigo de que novos focos endêmicos sejam estabelecidos em regiões anteriormente não afetadas. O controle dos carrapatos fica encorajado, mas nem sempre tal medida proporcionará meio efetivo de evitar a moléstia. Atualmente, não existe qualquer vacina (BREITSCHWERDT, 1997).
23 INSUFICIÊNCIA RENAL Mecanismos de injúria renal Os estudos do tecido renal de cães com insuficiência renal são raros e, em sua maioria, estão relacionados aos quadros de doença renal familiar ou de doenças específicas. Contudo, muitas afecções generalizadas dos rins, que se originam em vasos, glomérulos ou túbulos estão associadas a um grau considerável de inflamação e fibrose intersticiais, e o diagnóstico morfológico sugere que o distúrbio subjacente se caracteriza, predominantemente, por anormalidades morfológicas e funcionais do tecido intersticial e que, se progressivas, podem induzir a alteração nos túbulos, glomérulos, e vasos renais (POLZIN et al., 1997). Um estudo brasileiro realizado por Bueno de Camargo et al. (2006), caracteriza as alterações renais de cães com insuficiência renal crônica e classifica-as de acordo com os padrões indicados pela Organização Mundial de Saúde para seres humanos, afirmando ser o cão um bom modelo de estudo para doença renal por apresentar lesões e comprometimento renal semelhantes aos observados no homem; conclui então que a doença renal é de origem glomerular, embora o tempo de evolução não possa ser precisado. Autores sugerem que algumas manifestações clínicas na eliquiose são mediadas por imunocomplexos. Harrus et al, (2001), relata detecção de imunocomplexos 45 dias após a infecção em um cão do grupo de seis infectados experimentalmente com E. canis e Breitschwerdt, (1997), descreve que a erliquiose provoca grande diversidade de alterações clínicas e condições patológicas suspeitas de serem relacionadas à formação de imunocomplexos citando como exemplos alterações como glomerulonefrites, uveíte e poliartrite Anatomia glomerular As literaturas de Thomson, 1990; Viero e Franco, 1998; Carvalho e Soares; 1999, descrevem anatomicamente o glomérulo constituído por um enovelado capilar que não se anastomosam entre si, originando-se na arteríola e só se reunindo para formar a arteríola aferente. Estes capilares possuem uma membrana basal glomerular, recoberta internamente por células endoteliais que se dispõem de tal maneira que entre elas haja um espaço maior que
24 24 em outros capilares, as chamadas fendas que facilitam a filtração glomerular, constituem o primeiro tipo de células glomerular. O segundo tipo celular é a mesangial que está por entre os capilares, funcionando como elemento de ligação entre os capilares. Possui várias propriedades. Faz o papel de estroma suportando o enovelado capilar; possui a capacidade de emitir prolongamentos, fagocitar e digerir substâncias retidas abaixo do endotélio; produz uma matriz, colágeno tipo IV, na qual fica imersa e que pode ser produzida de forma exagerada, influindo desta maneira no mecanismo e cronificação de doença glomerular; produz substâncias semelhante a interleucina 2; possui microfilamentos que podem distender-se ou contrair-se, influenciando, portanto, no fluxo sanguïneo glomerular; é capaz de produzir prostaglandinas e outras substâncias vaso-ativas. O terceiro tipo de célula que compõe o glomérulo é a célula epitelial, que se subdivide em dois tipos: um que reveste internamente a cápsula de Bowman, constituíndo o folheto parietal, e outro tipo que se diferencia pela emissão de prolongamentos citoplasmáticos designados podócitos. Os prolongamentos iniciais são mais volumosos e designados pés de primeira ordem, estes por sua vez emitem prolongamentos menores designados como pés de segunda ordem ou pedicelas dos podócitos, que repousam sobre a face externa da membrana basal glomerular sem fundir-se a ela. Por entre as pedicelas dos podócitos existem espaços protegidos por delgada membrana denominada diafragma, através do qual vai passar o filtrado glomerular. Os podócitos constituem o folheto visceral. Da inter-relação entre os componentes celulares e a membrana basal glomerular, formam-se o que didaticamente denomina-se espaços, que normalmente são virtuais, mas que se tornam reais sempre que alguma coisa ai se deposite. O espaço localizado entre a face interna da membrana basal glomerular e a célula endotelial é denominado espaço subendotelial. A própria membrana basal glomerular pode funcionar como espaço, o espaço intra-membranoso. O que fica localizado entre as pedicelas dos podócitos e a face externa da membrana basal glomerular é designado espaço sub-epitelial. O local onde se encontra a célula mesangial e sua matriz é o espaço mesangial Fisiopatologia Sempre que se tem um estado de antigenemia crônica se tem formação de imunocomplexos a nível glomerular, despertando resposta glomerular de longa duração como a
25 25 proliferação mesangial ou resposta crônica glomerular, com formação ativa de matriz mesangial e/ou formação exagerada de membrana basal glomerular traduzindo-se clinicamente por Síndrome Nefrótica (RUBIN, 1997). As glomerulonefrites são mediadas por anticorpos endógenos ou exógenos não específicos para o rim e são chamadas de glomerulonefrites mediadas por imuno-complexos (POLZIN et al., 1997). Os imuno-complexos podem ser detectados a microscopia ótica, eletrônica e de imunofluorescência. Localizam-se predominantemente no espaço sub-epitelial com formação de saliências a este nível, circundadas por pedicelas de podócitos fusionadas, formando o chamado hump ou corcova. Em menor intensidade, localizam-se no espaço mesangial (CARVALHO E SOARES; 1999). Existem várias teorias para procurar explicar a formação de imuno-complexos no glomérulo. A mais antiga defende a formação de imuno-complexos solúveis, portanto, não fagocitados, que chega ao rim pelo fluxo sanguíneo glomerular, permanecendo encarcerados em um ou mais espaços, sendo, portanto, o glomérulo, vítima de sua própria função que é filtrar. Esta teoria não é mais aceita e atualmente acredita-se que os imuno-complexos se formam in situ, isto é, no glomérulo. Uma das teorias é que antígeno e anticorpo chegariam separados no glomérulo, indo unir-se ali para a formação de imuno-complexos. A outra mais aceita atualmente é a do antígeno plantado. Este antígeno permaneceria fixo no glomérulo e a ele viria unir-se o anticorpo circulante (CARVALHO E SOARES; 1999). Somente o imuno-complexo não causa lesão glomerular. É necessário que ele ative o sistema de complemento sérico, que através de suas propriedades de quimiotactismo de neutrófilos e lise celular despertem a resposta glomerular (CARVALHO E SOARES; 1999). Independente do tipo de glomerulonefrite, as que não evoluem para a cura, entram em uma fase tardia de cronificação e a resposta glomerular é uma só; produção exagerada de matriz mesangial que comprime as estruturas glomerulares que sofrem atrofia de tipo compressivo, até que o glomérulo seja substituído por matriz mesangial, assumindo aspecto acelular e hialino. Secundariamente os túbulos se atrofiam e o interstício mostra fibrose. É a Glomerulonefrite crônica, causadora de insuficiência renal crônica irreversível (THOMSON, 1990). O início e o conjunto dos eventos clínicos e bioquímicos, que ocorrem em pacientes com insuficiência renal podem variar de acordo com a natureza, gravidade, duração e progressão da afecção subjacente. Freqüentemente, a uremia é o estado clínico em direção ao qual todas as afecções renais progressivas generalizadas convergem, sendo caracterizada por
26 26 achados clínicos e laboratoriais diversos, que destacam a natureza polissistêmica da doença (POLZIN et al., 1997). A história natural da doença compreende, segundo Thomson (1990), as fases de normoalbuminúria com hiperfiltração até a doença renal terminal, passando por estágios intermediários de nefropatia incipiente, caracterizada por um aumento na excreção urinária de albumina e, posteriormente, por proteinúria persistente. Em humanos, observa-se aumento no ritmo de filtração glomerular (RFG) e no fluxo plasmático renal (FPR) em fases iniciais, tendo sido sugerido que essas alterações são responsáveis pela proteinúria e pelas lesões histopatológicas renais. Mesmo com pressão arterial sistêmica normal, a pressão hidráulica do capilar glomerular aumenta devido à maior redução no tônus da arteríola aferente, comparado com a eferente. Esse aumento na pressão intraglomerular pode danificar o endotélio, alterar a estrutura normal da barreira glomerular e, eventualmente, levar a maior produção de matriz extracelular. Há evidências de que essas alterações na hemodinâmica glomerular contribuem para o desenvolvimento e a progressão da nefropatia (MELO, 2004). Conforme citado por Hoskins (1991), os possíveis caminhos através dos quais a erliquiose afeta a função endotelial aumentando a resistência vascular renal incluem a vasculite e a anemia aliada à produção de endotelina, causando diminuição da produção de óxido nítrico, agente regulador da hemodinâmica renal Diagnóstico O diagnóstico é realizado através da observação dos sinais clínicos, do histórico do animal e dos achados laboratoriais como a bioquímica renal, que mensura a uréia sanguínea e a creatinina sérica, dosagem de eletrólitos, urinálise e hemograma. Também pode ser realizado exame radiográfico abdominal simples ou contrastado, como a urografia excretora (CARVALHO E SOARES; 1999). Alterações laboratoriais normalmente encontradas na insuficiência renal incluem hiperazotemia, hiperfosfatemia, aumento sérico de PTH, acidose metabólica e anemia não regenerativa, isostenúria, hipopotassemia, hipercolesterolemia, hipercalcemia ou hipocalcemia, hiperamilasemia e proteinúria (POLZIN et al., 1997).
27 Evolução do quadro clínico A presença de poliúria e polidipsia compensatória estão entre as primeiras manifestações clínicas da insuficiência renal em cães, observadas pelo proprietário. A desidratação é freqüente e pode ser identificada pelo ressecamento das mucosas, perda da elasticidade cutânea e enoftalmia. Os sinais clínicos característicos incluem oligúria ou anúria, polidipsia, desidratação, vômito, odor de hálito urêmico, úlceras, necroses linguais, palatinas e gengivais; convulsões, fasciculações e diarréia (POLZIN et al., 1997; ANDRADE, 2002). As alterações neurológicas podem estar presentes na forma de apatia, tremores, ataxia, mioclonias, excitação, convulsão e coma, sendo que muitas destas manifestações neurológicas podem ser decorrentes da uremia ou do hiperparatiroidismo renal secundário (POLZIN et al., 1997; RUBIN, 1997). A utilização de tetraciclina, droga potencialmente nefrotóxica, possivelmente contribui, segundo Nelson e Couto (2001), para o agravamento de lesões provocadas pela E. canis piorando o quadro funcional ou mesmo mascarando a sua melhora Tratamento A estratégica terapêutica é dividida e direcionada em dois aspectos: o primeiro, que pode ser chamado de terapia específica, visa o tratamento da causa primária da lesão renal e o segundo, denominado de terapia conservativa, consiste no tratamento sintomático do paciente. Assim sendo, o tratamento específico pode ser resumido na utilização de antibióticos, na remoção cirúrgica dependendo da gravidade da doença administração de inibidores da enzima de conversão da angiotensina e os bloqueadores dos canais de cálcio, entre outros medicamentos (RUBIN, 1997; ANDRADE, 2002).
COORDENAÇÃO ACADÊMICA NÚCLEO DE GESTÃO DE ATIVIDADES DE PESQUISA COORDENAÇÃO ACADÊMICA. Projeto de Pesquisa Registrado Informações Gerais
COORDENAÇÃO ACADÊMICA Projeto de Pesquisa Registrado Informações Gerais 1. Coordenador (a): ANA KARINA DA SILVA CAVALCANTE (KARINA@UFRB.EDU.BR) Vice- Coordenador (a): 2. Título do projeto: Ocorrência de
Leia maisVÍRUS (complementar o estudo com as páginas 211-213 do livro texto)
COLÉGIO E CURSO INTELECTUS APOSTILA NOME: MAT.: Biologia I PROFº: EDUARDO SÉRIE: TURMA: DATA: VÍRUS (complementar o estudo com as páginas 211-213 do livro texto) Os vírus são os únicos organismos acelulares,
Leia maisERLIQUIOSE CANINA: RELATO DE CASO
ERLIQUIOSE CANINA: RELATO DE CASO Sérgio Pinter GARCIA FILHO Mestrando do programa de Cirurgia Veterinária, Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Universidade Estadual Paulista UNESP, Jaboticabal,
Leia maisDiagnóstico Microbiológico
Diagnóstico Microbiológico Identificação e Tipagem Bacteriana Prof. Vânia Lúcia Diagnóstico clínico Sinais (mensuráveis) e sintomas (subjetivos) Origem Etiologia Natureza Diagnóstico laboratorial Identificação
Leia maisDOENÇAS AUTO-IMUNES EM CÃES
DOENÇAS AUTO-IMUNES EM CÃES Acadêmicas da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED/ ACEG TRENTIN, Thays de Campos CAMPOS, Daniele Ferrari DABUS, Daniela Marques Maciel LÉO, Vivian Fazolaro
Leia maiswww.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro
www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Artrite de lyme Versão de 2016 1. O QUE É ARTRITE DE LYME 1.1 O que é? A artrite de Lyme é uma das doenças causadas pela bactéria Borrelia burgdorferi (borreliose
Leia maisTeste seus conhecimentos: Caça-Palavras
Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Batizada pelos médicos de diabetes mellitus, a doença ocorre quando há um aumento do açúcar no sangue. Dependendo dos motivos desse disparo, pode ser de dois tipos.
Leia mais42º Congresso Bras. de Medicina Veterinária e 1º Congresso Sul-Brasileiro da ANCLIVEPA - 31/10 a 02/11 de 2015 - Curitiba - PR 1
1 FREQUÊNCIA DE HEMOPARASITOSES EM CÃES NA REGIÃO SUL FLUMINENSE RJ PEDRO HENRIQUE EVANGELISTA GUEDES 1, ANA PAULA MARTINEZ DE ABREU 2, THIAGO LUIZ PEREIRA MARQUES 2, PATRÍCIA DA COSTA 1 1 Alunos de curso
Leia maisBIOFÍSICA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES
BIOFÍSICA DAS RADIAÇÕES IONIZANTES DANOS RADIOINDUZIDOS NA MOLÉCULA DE DNA Por ser responsável pela codificação da estrutura molecular de todas as enzimas da células, o DNA passa a ser a molécula chave
Leia mais2. Nesse sistema, ocorre uma relação de protocooperação entre algas e bactérias.
PROVA DE BIOLOGIA QUESTÃO 01 Entre os vários sistemas de tratamento de esgoto, o mais econômico são as lagoas de oxidação. Essas lagoas são reservatórios especiais de esgoto, que propiciam às bactérias
Leia maisDOBEVEN. dobesilato de cálcio. APRESENTAÇÕES Cápsula gelatinosa dura contendo 500 mg de dobesilato de cálcio: Caixas com 5 e 30 cápsulas.
DOBEVEN dobesilato de cálcio APSEN FORMA FARMACÊUTICA Cápsula gelatinosa dura APRESENTAÇÕES Cápsula gelatinosa dura contendo 500 mg de dobesilato de cálcio: Caixas com 5 e 30 cápsulas. USO ORAL USO ADULTO
Leia maisPré-imunização e Tratamento de Tristeza Parasitária em Bovinos Leiteiros
Pré-imunização e Tratamento de Tristeza Parasitária em Bovinos Leiteiros Laboratório de Imunovirologia Molecular DBG UFV Prof. Sérgio Oliveira de Paula Tristeza Parasitária Bovina (TPB) Enfermidade hemoparasita
Leia maisADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO
ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO Atualizado em 11/01/2016 MOTIVAÇÃO Estar motivado é visto como uma condição necessária para que um trabalhador entregue um desempenho superior. Naturalmente, como a motivação
Leia maisCiências E Programa de Saúde
Governo do Estado de São Paulo Secretaria de Estado da Educação Ciências E Programa de Saúde 13 CEEJA MAX DADÁ GALLIZZI PRAIA GRANDE SP Vai e avisa a todo mundo que encontrar que ainda existe um sonho
Leia maisGráficos: experimento clássico de Gause, 1934 (Princípio de Gause ou princípio da exclusão competitiva).
1 Gráficos: experimento clássico de Gause, 1934 (Princípio de Gause ou princípio da exclusão competitiva). 2 O câncer surge de uma única célula que sofreu mutação, multiplicou-se por mitoses e suas descendentes
Leia maisDOBEVEN. dobesilato de cálcio. APRESENTAÇÕES Cápsula gelatinosa dura contendo 500 mg de dobesilato de cálcio: Caixas com 5 e 30 cápsulas.
DOBEVEN dobesilato de cálcio APRESENTAÇÕES Cápsula gelatinosa dura contendo 500 mg de dobesilato de cálcio: Caixas com 5 e 30 cápsulas. USO ORAL USO ADULTO COMPOSIÇÃO Cada cápsula gelatinosa dura contém:
Leia maisDOBEVEN. Apsen Farmacêutica S.A. Cápsula gelatinosa dura 500 mg
DOBEVEN Apsen Farmacêutica S.A. Cápsula gelatinosa dura 500 mg DOBEVEN dobesilato de cálcio APSEN FORMA FARMACÊUTICA Cápsula gelatinosa dura APRESENTAÇÕES Cápsula gelatinosa dura contendo 500 mg de dobesilato
Leia maisDistúrbios do Coração e dos Vasos Sangüíneos Capítulo14 - Biologia do Coração e dos Vasos Sangüíneos (Manual Merck)
Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Distúrbios do Coração e dos Vasos Sangüíneos Capítulo14 - Biologia do Coração e dos Vasos Sangüíneos
Leia maisEste manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune.
MANUAL DO PACIENTE - ANEMIA HEMOLÍTICA AUTO-IMUNE EDIÇÃO REVISADA 02/2004 Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune.
Leia maisFerrarezi News. Setembro/2015. News. Ferrarezi. Onda de virose? Tudo é Virose? Programa - PRO Mamãe & Bebê. Depressão
Setembro/2015 3 Onda de virose? 6 Tudo é Virose? 10 Programa - PRO Mamãe & Bebê 11 Depressão Setembro/2015 Onda de virose? O virologista Celso Granato esclarece Ouço muita gente falar em virose. Procurei
Leia maisSIMPÓSIO INTERNACIONAL ZOETIS. Doenças Infecciosas e Parasitárias
SIMPÓSIO INTERNACIONAL ZOETIS Doenças Infecciosas e Parasitárias 22 e 23 de julho de 2014 para os animais. pela saúde. por você. 1 O presente material corresponde ao conteúdo das palestras ministradas
Leia maisPatologia por imagem Abdome. ProfºClaudio Souza
Patologia por imagem Abdome ProfºClaudio Souza Esplenomegalia Esplenomegalia ou megalosplenia é o aumento do volume do baço. O baço possui duas polpas que são constituídas por tecido mole, polpa branca
Leia maisSISTEMA EXCRETOR P R O F E S S O R A N A I A N E
SISTEMA EXCRETOR P R O F E S S O R A N A I A N E O que não é assimilado pelo organismo O que o organismo não assimila, isto é, os materiais inúteis ou prejudiciais ao seu funcionamento, deve ser eliminado.
Leia mais4. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO MIELOIDE CRÔNICA (LMC)? E MONITORAMENTO DE LMC? É uma doença relativamente rara, que ocorre
ÍNDICE 1. O que é Leucemia Mieloide Crônica (LMC)?... pág 4 2. Quais são os sinais e sintomas?... pág 4 3. Como a LMC evolui?... pág 5 4. Quais são os tratamentos disponíveis para a LMC?... pág 5 5. Como
Leia maisDengue uma grande ameaça. Mudanças climáticas, chuvas e lixo fazem doença avançar.
Dengue uma grande ameaça. Mudanças climáticas, chuvas e lixo fazem doença avançar. O verão chega para agravar o pesadelo da dengue. As mortes pela doença aumentaram na estação passada e vem preocupando
Leia maisUROVIT (cloridrato de fenazopiridina)
UROVIT (cloridrato de fenazopiridina) União Química Farmacêutica Nacional S.A 100 mg e 200 mg UROVIT cloridrato de fenazopiridina IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÕES 100 mg: embalagem
Leia maisde elite podem apresentar essas manifestações clínicas. ATIVIDADES FÍSICAS E ALERGIA ATIVIDADES FÍSICAS E ALERGIA ATIVIDADES FÍSICAS E ALERGIA
É inquestionável que a melhora na aptidão física, com os conseqüentes benefícios físicos e fisiológicos, permite as pessoas portadoras de reações alérgicas suportar com mais tranqüilidade os seus agravos
Leia maisBULA DE NALDECON DOR COMPRIMIDOS
BULA DE NALDECON DOR COMPRIMIDOS BRISTOL-MYERS SQUIBB NALDECON DOR paracetamol Dores em geral Febre Uma dose = 2 comprimidos FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO NALDECON DOR é apresentado em displays com
Leia maisHipotireoidismo. O que é Tireóide?
Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Hipotireoidismo O que é Tireóide? É uma glândula localizada na parte anterior do pescoço, bem abaixo
Leia maisDengue NS1 Antígeno: Uma Nova Abordagem Diagnóstica
Dengue NS1 Antígeno: Uma Nova Abordagem Diagnóstica Dengue é uma doença endêmica que afeta mais de 100 países, incluindo as regiões de clima tropical e subtropical da África, Américas, Leste do Mediterrâneo,
Leia maisVisão Geral. Tecido conjuntivo líquido. Circula pelo sistema cardiovascular. Produzido na medula óssea, volume total de 5,5 a 6 litros (homem adulto)
Tecido Sanguíneo Visão Geral Tecido conjuntivo líquido Circula pelo sistema cardiovascular Produzido na medula óssea, volume total de 5,5 a 6 litros (homem adulto) Defesa imunológica (Leucócitos) Trocas
Leia maisTREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016. Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda
TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016 Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda DENGUE O Brasil têm registrado grandes epidemias de dengue nos últimos 10 anos com aumento
Leia mais[175] a. CONSIDERAÇÕES GERAIS DE AVALIAÇÃO. Parte III P R O T O C O L O S D E D O E N Ç A S I N F E C C I O S A S
[175] Geralmente ocorre leucocitose com neutrofilia. A urina contém bile, proteína hemácias e cilindros. Ocorre elevação de CK que não é comum em pacientes com hepatite. Oligúria é comum e pode ocorrer
Leia maisCONTROLE E INTEGRAÇÂO
CONTROLE E INTEGRAÇÂO A homeostase é atingida através de uma série de mecanismos reguladores que envolve todos os órgãos do corpo. Dois sistemas, entretanto, são destinados exclusivamente para a regulação
Leia maisTrabalho do sistema excretor
GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA Trabalho do sistema excretor
Leia maisPropil* propiltiouracila
Propil* propiltiouracila PARTE I IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO Nome: Propil* Nome genérico: propiltiouracila Forma farmacêutica e apresentação: Propil* 100 mg em embalagem contendo 30 comprimidos. USO ADULTO
Leia maisESTUDO DA FARMACOLOGIA Introdução - Parte II
NESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO UNESP ESTUDO DA FARMACOLOGIA Introdução - Parte II A Terapêutica é um torrencial de Drogas das quais não se sabe nada em um paciente de que
Leia maisQual é o objeto de estudo da Fisiologia Humana? Por que a Fisiologia Humana é ensinada em um curso de licenciatura em Educação Física?
Fisiologia Humana QUESTÕES INICIAIS 1 2 3 Qual é o objeto de estudo da Fisiologia Humana? Por que a Fisiologia Humana é ensinada em um curso de licenciatura em Educação Física? Qual a importância dos conhecimentos
Leia maisHANSENÍASE Diagnósticos e prescrições de enfermagem
HANSENÍASE Diagnósticos e prescrições de enfermagem HANSENÍASE Causada pela Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, que é um parasita intracelular obrigatório, com afinidade por células cutâneas e por
Leia maisLembrete: Antes de começar a copiar cada unidade, coloque o cabeçalho da escola e a data!
Lembrete: Antes de começar a copiar cada unidade, coloque o cabeçalho da escola e a data! Use canetas coloridas ou escreva palavras destacadas, para facilitar na hora de estudar. E capriche! Não se esqueça
Leia maisCOLÉGIO JOÃO PAULO I LABORATÓRIO DE BIOLOGIA - 2º ANO PROF. ANDRÉ FRANCO FRANCESCHINI MALÁRIA
COLÉGIO JOÃO PAULO I LABORATÓRIO DE BIOLOGIA - 2º ANO PROF. ANDRÉ FRANCO FRANCESCHINI MALÁRIA AGENTE CAUSADOR: Plasmodium falciparum, P. vivax e P. malariae. protozoário esporozoário parasita da hemáceas.
Leia maisNOTA TÉCNICA N o 014/2012
NOTA TÉCNICA N o 014/2012 Brasília, 28 de agosto de 2012. ÁREA: Área Técnica em Saúde TÍTULO: Alerta sobre o vírus H1N1 REFERÊNCIA(S): Protocolo de Vigilância Epidemiológica da Influenza Pandêmica (H1N1)
Leia maisFIBROSE PULMONAR. O que é a fibrose pulmonar?
O que é a fibrose pulmonar? FIBROSE PULMONAR Fibrose pulmonar envolve a cicatrização do pulmão. Gradualmente, os sacos de ar (alvéolos) dos pulmões tornam-se substituídos por fibrose. Quando a cicatriz
Leia maisO CICLO DO ERITRÓCITO
O CICLO DO ERITRÓCITO Rassan Dyego Romão Silva Faculdade Alfredo Nasser Aparecida de Goiânia GO Brasil rassandyego@hotmail.com Orientador: Amarildo Lemos Dias de Moura RESUMO: Os eritrócitos são discos
Leia maisCAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL
CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode
Leia maisINDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária
INDICAÇÕES BIOEASY Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária 1- ANIGEN RAPID CPV AG TEST BIOEASY PARVOVIROSE Vendas de Filhotes:
Leia maisResistência de Bactérias a Antibióticos Catarina Pimenta, Patrícia Rosendo Departamento de Biologia, Colégio Valsassina
Resistência de Bactérias a Antibióticos Catarina Pimenta, Patrícia Rosendo Departamento de Biologia, Colégio Valsassina Resumo O propósito deste trabalho é testar a resistência de bactérias (Escherichia
Leia maisPortuguese Summary. Resumo
Portuguese Summary Resumo 176 Resumo Cerca de 1 em 100 indivíduos não podem comer pão, macarrão ou biscoitos, pois eles têm uma condição chamada de doença celíaca (DC). DC é causada por uma das intolerâncias
Leia maisCalcium Sandoz F. Calcium Sandoz FF NOVARTIS BIOCIÊNCIAS S.A. Comprimido Efervescente. 500mg de cálcio. 1.000mg de cálcio
Calcium Sandoz F Calcium Sandoz FF NOVARTIS BIOCIÊNCIAS S.A. Comprimido Efervescente 500mg de cálcio 1.000mg de cálcio Calcium Sandoz F Calcium Sandoz FF carbonato de cálcio + lactogliconato de cálcio
Leia maisSaúde Integral na Produção de Bovinos de Corte
Saúde Integral na Produção de Bovinos de Corte Prof. Adil Knackfuss Vaz PhD CEDIMA - Centro de Diagnóstico Microbiológico Animal Departamento de Medicina Veterinária CAV/UDESC - Av. Luiz de Camões 2090,
Leia maisNome do medicamento: OSTEOPREVIX D Forma farmacêutica: Comprimido revestido Concentração: cálcio 500 mg/com rev + colecalciferol 200 UI/com rev.
Nome do medicamento: OSTEOPREVIX D Forma farmacêutica: Comprimido revestido Concentração: cálcio 500 mg/com rev + colecalciferol 200 UI/com rev. OSTEOPREVIX D carbonato de cálcio colecalciferol APRESENTAÇÕES
Leia maiswww.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro
www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Doença de Behçet Versão de 2016 2. DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO 2.1 Como é diagnosticada? O diagnóstico é principalmente clínico. Pode demorar entre um a cinco
Leia maisLISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE
Questionamento a alta direção: 1. Quais os objetivos e metas da organização? 2. quais os principais Produtos e/ou serviços da organização? 3. Qual o escopo da certificação? 4. qual é a Visão e Missão?
Leia maisLembrete: Antes de começar a copiar cada unidade, coloque o cabeçalho da escola e a data! CIÊNCIAS - UNIDADE 4 RESPIRAÇÃO E EXCREÇÃO
Lembrete: Antes de começar a copiar cada unidade, coloque o cabeçalho da escola e a data! Use canetas coloridas ou escreva palavras destacadas, para facilitar na hora de estudar. E capriche! Não se esqueça
Leia maisDrenol hidroclorotiazida. Drenol 50 mg em embalagem contendo 30 comprimidos. Cada comprimido de Drenol contém 50 mg de hidroclorotiazida.
Drenol hidroclorotiazida PARTE I IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO Nome: Drenol Nome genérico: hidroclorotiazida Forma farmacêutica e apresentações: Drenol 50 mg em embalagem contendo 30 comprimidos. USO ADULTO
Leia maisA GRIPE SAZONAL Porque deve ser vacinado
A GRIPE SAZONAL Porque deve ser vacinado A Gripe. Proteja-se a si e aos outros. A GRIPE SAZONAL: PORQUE DEVE SER VACINADO É possível que, recentemente, tenha ouvido falar bastante sobre diversos tipos
Leia maisTESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
TESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA Unidade de Assistência, Unidade de Laboratório e Rede de Direitos Humanos
Leia maisLESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS
LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS INTRODUÇÃO Um grande grupo muscular, que se situa na parte posterior da coxa é chamado de isquiotibiais (IQT), o grupo dos IQT é formado pelos músculos bíceps femoral, semitendíneo
Leia maisa) A diversidade de anticorpos é derivada da recombinação das regiões, e.
Questão 1 Preencha as lacunas a) A diversidade de anticorpos é derivada da recombinação das regiões, e. Verdadeiro ou falso. Se falso, altere a declaração de modo a torná-la verdadeira. b) A exposição
Leia maisAula 11: Infecções e antibióticos
Aula 11: Infecções e antibióticos Infecção Infecção é a colonização de um organismo hospedeiro por uma espécie estranha patogênica. Em uma infecção, o organismo infectante procura utilizar os recursos
Leia maisDiagnóstico diferencial da trombocitopenia em cães e gatos. Leonardo P. Brandão, MV, Msc, PhD
Diagnóstico diferencial da trombocitopenia em cães e gatos Leonardo P. Brandão, MV, Msc, PhD Gerente de Produto 0peração Animais de Companhia- MERIAL Saúde Animal 2011 Trombopoiese Plaquetas são fragmentos
Leia maisDOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA E ALIMENTAR RESPONSÁVEIS: Jaqueline Ourique L. A. Picoli Simone Dias Rodrigues Solange Aparecida C.
ESQUISTOSSOMOSE CID 10: B 65 a B 65.9 DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA E ALIMENTAR RESPONSÁVEIS: Jaqueline Ourique L. A. Picoli Simone Dias Rodrigues Solange Aparecida C. Marcon CARACTERÍSTICAS GERAIS DESCRIÇÃO
Leia maisINFORME TÉCNICO SEMANAL: DENGUE, CHIKUNGUNYA, ZIKA E MICROCEFALIA RELACIONADA À INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA
1. DENGUE Em 2015, até a 52ª semana epidemiológica (SE) foram notificados 79.095 casos, com incidência de 5.600,2/100.000 habitantes. Quando comparado ao mesmo período do ano anterior observa-se um aumento
Leia maisTylemax Gotas. Natulab Laboratório SA. Solução Oral. 200 mg/ml
Tylemax Gotas Natulab Laboratório SA. Solução Oral 200 mg/ml TYLEMAX paracetamol APRESENTAÇÕES Solução oral em frasco plástico opaco gotejador com 10, 15 e 20ml, contendo 200mg/mL de paracetamol. USO ADULTO
Leia maisPROVA DE BIOLOGIA. Observe o esquema, que representa o transporte de lipoproteína LDL para dentro da célula. Receptores de LDL.
11 PROVA DE BIOLOGIA Q U E S T Ã O 1 6 Observe o esquema, que representa o transporte de lipoproteína LDL para dentro da célula. Partícula de LDL (Lipoproteína de baixa densidade) Receptores de LDL Endossomo
Leia maisREGIONAL DE SAÚDE SUDOESTE 1 RIO VERDE
ORDEM CASOS DE DENGUE DA REGIONAL DE SAÚDE SUDOESTE 1 EM 2015 (Período: 10/08/2015 à 10/11/2015) MUNICÍPIO ABERTO SOROLOGIA EXAME NS1 ISOLAMENTO VIRAL CLASSIFICAÇÃO EVOLUÇÃO REALIZADO NÃO REALIZADO NÃO
Leia maisCopyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos
NOÇÕES DE OHSAS 18001:2007 CONCEITOS ELEMENTARES SISTEMA DE GESTÃO DE SSO OHSAS 18001:2007? FERRAMENTA ELEMENTAR CICLO DE PDCA (OHSAS 18001:2007) 4.6 ANÁLISE CRÍTICA 4.3 PLANEJAMENTO A P C D 4.5 VERIFICAÇÃO
Leia maisGENÉTICA DE POPULAÇÕES:
Genética Animal Fatores Evolutivos 1 GENÉTICA DE POPULAÇÕES: A genética de populações lida com populações naturais. Estas consistem em todos os indivíduos que, ao se reproduzir uns com os outros, compartilham
Leia maisA SEGUIR ALGUMAS DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO CIENTÍFICO
A SEGUIR ALGUMAS DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO CIENTÍFICO DESENVOLVENDO UM PROJETO 1. Pense em um tema de seu interesse ou um problema que você gostaria de resolver. 2. Obtenha um caderno
Leia maisunidade básica da vida
unidade básica da vida Na hierarquia de organização da vida, a célula ocupa um lugar particular, pois constitui a mais pequena unidade estrutural e funcional em que as propriedades da vida se manifestam.
Leia maisBROCHURA para o DOENTE com ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL POLIARTICULAR (AIJp) em TRATAMENTO com RoACTEMRA
BROCHURA para o DOENTE com ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL POLIARTICULAR (AIJp) em TRATAMENTO com RoACTEMRA Esta brochura fornece informação de segurança importante para o doente com AIJp e para os seus pais/responsáveis
Leia maisA situação do câncer no Brasil 1
A situação do câncer no Brasil 1 Fisiopatologia do câncer 23 Introdução O câncer é responsável por cerca de 13% de todas as causas de óbito no mundo: mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente da
Leia maisANADOR PRT paracetamol 750 mg. Forma farmacêutica e apresentação Comprimidos 750 mg: embalagem com 20 e 256 comprimidos.
ANADOR PRT paracetamol 750 mg Antitérmico e analgésico Forma farmacêutica e apresentação Comprimidos 750 mg: embalagem com 20 e 256 comprimidos. Outra forma farmacêutica e apresentação Solução oral: frasco
Leia maisReologia e Mecanismos de Edema
Conceitos Reologia é o estudo do fluxo. Um aspecto importante a ser considerado é a viscosidade sanguínea, que diz respeito à maior ou menor facilidade de fluxo, maior ou menor atrito durante o fluxo sanguíneo.
Leia maisFINASTIL (finasterida)
FINASTIL (finasterida) EMS SIGMA PHARMA LTDA Comprimido Revestido 5 mg IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO FINASTIL finasterida APRESENTAÇÕES Comprimidos revestidos de 5 mg de finasterida acondicionados em embalagem
Leia maisMARCADORES CARDÍACOS
Maria Alice Vieira Willrich, MSc Farmacêutica Bioquímica Mestre em Análises Clínicas pela Universidade de São Paulo Diretora técnica do A Síndrome Coronariana Aguda MARCADORES CARDÍACOS A síndrome coronariana
Leia maisMulheres grávidas ou a amamentar*
Doença pelo novo vírus da gripe A(H1N1) Fase Pandémica 6 OMS Mulheres grávidas ou a amamentar* Destaques: A análise dos casos ocorridos, a nível global, confirma que as grávidas constituem um grupo de
Leia maisRefração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente
Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente Introdução Você já deve ter reparado que, quando colocamos
Leia maisProf. Rita Martins rita.martins@ibmr.br
Prof. Rita Martins rita.martins@ibmr.br Classificação: A. Tecidos conjuntivos embrionários: 1- Tecido Conjuntivo Mesenquimal (mesênquima) 2- Tecido Conjuntivo Mucoso B. Tecidos conjuntivos propriamente
Leia maisFACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS HIV/AIDS
FACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS HIV/AIDS Descrição Doença que representa um dos maiores problemas de saúde da atualidade, em função de seu
Leia maisProposta de redação - O Ebola não pertence à África, mas a África pertence ao mundo
Proposta de redação - O Ebola não pertence à África, mas a África pertence ao mundo PRODUÇÃO DE TEXTO Ebola Se contraído, o Ebola é uma das doenças mais mortais que existem. É um vírus altamente infeccioso
Leia maisAPOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES
APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES 1 Copyright 2014 por Publicado por: Diabetes & Você Autora: Primeira edição: Maio de 2014 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta apostila pode
Leia maisFORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES - ALDACTONE
ALDACTONE Espironolactona FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES - ALDACTONE Comprimidos de 25 mg - caixas contendo 20 unidades. Comprimidos de 100 mg - caixas contendo 16 unidades. USO PEDIÁTRICO E ADULTO
Leia maisOs Atletas e os Medicamentos Perguntas e Respostas
Os Atletas e os Medicamentos Perguntas e Respostas O que posso fazer para evitar um caso positivo motivado pela utilização de um medicamento? Existem duas formas de obter um medicamento: através de uma
Leia maisAteroembolismo renal
Ateroembolismo renal Samuel Shiraishi Rollemberg Albuquerque 1 Introdução O ateroembolismo é uma condição clínica muito comum em pacientes idosos com ateroesclerose erosiva difusa. Ocorre após a ruptura
Leia maisLESÕES MUSCULARES. Ft. Esp. Marina Medeiros
LESÕES MUSCULARES Ft. Esp. Marina Medeiros EPIDEMIOLOGIA Os músculos são os únicos geradores de força capazes de produzir movimento articular. São 434 músculos, representando 40% do peso corporal; dentre
Leia maisALTERAÇÕES A INCLUIR NAS SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM NIMESULIDA (FORMULAÇÕES SISTÉMICAS)
ANEXO III 58 ALTERAÇÕES A INCLUIR NAS SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM NIMESULIDA (FORMULAÇÕES SISTÉMICAS) Adições aparecem em itálico e sublinhado; rasuras
Leia maisCólera e Escarlatina
Cólera e Escarlatina Nome do Aluno Daiane, Lisandra e Sandra Número da Turma 316 Disciplina Higiene e Profilaxia Data 30 de Maio de 2005 Nome da Professora Simone Introdução O presente trabalho irá apresentar
Leia maisCENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA EM JOINVILLE PRÓ-REITORIA ACADÊMICA CURSO DE BIOMEDICINA. Matriz Curricular vigente a partir de 2012/1
CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA EM JOINVILLE PRÓ-REITORIA ACADÊMICA CURSO DE BIOMEDICINA Matriz Curricular vigente a partir de 2012/1 Fase Cod. Disciplina P.R Carga Horária Teórica Prática
Leia maisDiretrizes e Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da Audição em Trabalhadores Expostos a Níveis de Pressão Sonora Elevados
MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO PORTARIA 3214 - NR 7 - ANEXO I - QUADRO II Diretrizes e Parâmetros Mínimos para Avaliação e Acompanhamento da Audição em Trabalhadores Expostos a Níveis de Pressão Sonora
Leia maisCâncer. Claudia witzel
Câncer Claudia witzel Célula Tecido O que é câncer? Agente cancerígeno Órgão Célula cancerosa Tecido infiltrado Ozana de Campos 3 ESTÁGIOS de evolução da célula até chegar ao tumor 1 Célula 2 Tecido alterado
Leia maisImagem da Semana: Radiografia de tórax
Imagem da Semana: Radiografia de tórax Figura: Radiografia de tórax em PA. Enunciado Paciente masculino, 30 anos, natural e procedente de Belo Horizonte, foi internado no Pronto Atendimento do HC-UFMG
Leia mais6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro
TÍTULO : PLANO CONTÁBIL DAS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - COSIF 1 6. Pronunciamento Técnico CPC 23 Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro 1. Aplicação 1- As instituições
Leia maisGripe H1N1 ou Influenza A
Gripe H1N1 ou Influenza A A gripe H1N1 é uma doença causada por vírus, que é uma combinação dos vírus da gripe normal, da aviária e da suína. Essa gripe é diferente da gripe normal por ser altamente contagiosa
Leia maisHemodiálise. Uma breve introdução. Avitum
Hemodiálise Uma breve introdução Avitum O que é hemodiálise? Na hemodiálise, um rim artificial (hemodialisador) é usado para remover resíduos, substâncias químicas extras e fluido de seu sangue. Para colocar
Leia maisINFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO
MATERNIDADEESCOLAASSISCHATEAUBRIAND Diretrizesassistenciais INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO Gilberto Gomes Ribeiro Francisco Edson de Lucena Feitosa IMPORTÂNCIA A infecção do trato
Leia maisHEMORIO INSTITUTO ESTADUAL DE HEMATOLOGIA ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI
MANUAL DO PACIENTE - LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA EDIÇÃO REVISADA 02/2009 HEMORIO INSTITUTO ESTADUAL DE HEMATOLOGIA ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes
Leia maisTYNEO. (paracetamol)
TYNEO (paracetamol) Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A. Solução Oral 200mg/mL I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO: TYNEO paracetamol APRESENTAÇÃO Solução oral gotas 200mg/mL: Embalagem com 1
Leia maisSAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE?
SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? Ana Amélia Camarano* Solange Kanso** Daniele Fernandes** 1 INTRODUÇÃO Assume-se que idade avançada e invalidez resultam em perda da capacidade laboral, o que
Leia maisSistema Imunitário. Estado especifico de protecção do organismo permitindo-lhe reconhecer agentes infecciosos ou estranhos neutralizando-os
O que é a Imunidade? Estado especifico de protecção do organismo permitindo-lhe reconhecer agentes infecciosos ou estranhos neutralizando-os e eliminando-os Funções: Eliminação de agentes estranhos no
Leia mais