ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS POR MEIO DE INVENTÁRIO COMPORTAMENTAL
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- Sônia Ramalho Ferrão
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1 ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS POR MEIO DE INVENTÁRIO COMPORTAMENTAL Miriam Nascimento de Lima 1 - UNESP Regina Keiko Kato Miura 2 - UNESP Resumo Grupo de Trabalho - Diversidade e Inclusão Agencia Financiadora: PROEX- Reitoria/UNESP O educando que apresenta Transtorno de Comportamento (TC) necessita de ações educativas preventivas e se associa a outros transtornos frequentes no ambiente escolar como, por exemplo, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDHA) e Transtorno de Aprendizagem (TA). A escola tem como objetivo auxiliar o aluno com necessidades educacionais especiais a adquirir habilidades e conhecimentos que lhes permitam viver em sociedade de forma independente. Há necessidade de formação do professor a fim de melhorar as interações e diálogos com os alunos. Destaca-se o papel de suas habilidades sociais educativas na promoção de processos de ensino e aprendizagem efetiva. O presente trabalho teve por objetivo analisar o desenvolvimento nas áreas de socialização, cognição, linguagem, desenvolvimento motor e autocuidado após a intervenção educacional com crianças que apresentavam transtorno de conduta. Os participantes foram três alunos, faixa etária de 4 a 6 anos, da demanda dos atendimentos da fonoaudiologia que apresentavam problemas de comportamento. O estudo foi desenvolvido no Centro de Estudos da Educação e da Saúde - CEES, unidade auxiliar da Unesp/ Marília. A análise dos dados do desenvolvimento de cada criança foi realizada por meio do Inventário Operacionalizado Portage. Os resultados indicaram que os alunos, após apresentar condutas sócias mais adequadas, apresentaram uma melhora significativa ou alta frequências em objetivos educacionais das cinco áreas avaliadas pelo Inventário Portage Operacionalizado. Palavras-chave: Transtorno de comportamento. Habilidades sociais. Educação inclusiva. Introdução Atualmente a escola tem como objetivo auxiliar o aluno com necessidades educacionais especiais a adquirir habilidades e conhecimentos que lhes permitam viver em sociedade de forma independente e, talvez, com autonomia social, econômica e profissional. 1 Graduada em Pedagogia pela UNESP de Marília. mirinha_-_c2_-_@hotmail.com. 2 Departamento de educação espacial, Faculdade de Filosofia e Ciências - UNESP de Marília. rkkmiura@marilia.unesp.br. ISSN
2 39148 A Declaração de Salamanca (1994) marcou o movimento político de ampliação e democratização do ensino e favoreceu as principais diretrizes para construção de uma escola inclusiva, tais como: toda criança tem direito à educação de qualidade e deve ter a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem; toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são inerentes dela; os sistemas educacionais devem ser reorganizados e os programas educacionais devem considerar a diversidade e as necessidades específicas do aluno com necessidades especiais; os alunos com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular e devem ser acompanhados de uma pedagogia centrada na criança; as escolas regulares com orientação inclusiva é um meio para combater atitudes discriminatórias, criar comunidades acolhedoras, construir uma sociedade inclusiva para alcançar a meta de educação para todos. Neste contexto, atualmente as escolas brasileiras têm vivenciado um forte movimento de ampliação do acesso e democratização do ensino, com os desafios de se reorganizarem para que ocorra a escolarização de todos os alunos no ensino regular. Focalizam-se, também, as necessidades de formação do professor a fim de melhorar as interações e diálogos com os alunos, ou seja, destaca-se o papel de suas habilidades sociais educativas na promoção de processos de ensino e aprendizagem. O educando que apresenta Transtorno de Conduta-TC é considerado um aluno diferente, que precisa de ações educativas especiais. Nesse sentido é importante conscientizar acerca dos direitos do educando para garantia de respeito e educação de qualidade a esses alunos. Transtorno de Comportamento (TC) é caracterizado como um padrão repetitivo e persistente de comportamento no qual são violados os direitos individuais dos outros ou normas ou regras sociais importantes da própria idade (APA, 2002, p. 124). Segundo o DSM IV (2002) a predisposição ao Transtorno de Comportamento se refere aos seguintes fatores: rejeição e negligência parental, temperamento difícil desde bebê, práticas inconsistentes criação dos filhos, abuso físico ou sexual, falta de supervisão, família muito numerosa, associação com grupo de companheiros delinquentes e certos tipos de psicopatologias em parentes próximos. Os transtornos variam com a idade, à medida que o indivíduo desenvolve maior força física, capacidades cognitivas e maturidade sexual. O TC pode estar associado a outros transtornos frequentes no ambiente escolar como por exemplo, o Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDHA) e Transtorno de Aprendizagem (TA). Miura (2013) relata que alunos que apresentam: indisciplina,
3 39149 dificuldade de aprendizagem, problemas de comportamento entre outros, muitas vezes também são considerados educandos com necessidades educacionais. Parrat-Dayan (2011) relata que na escola a apresentação dos problemas de comportamento por alunos, podem também ser definidos como indisciplina e pode ser explicada por diversas razões sociais, familiares, problemas cognitivos e também por fatores situacionais e contextuais menos espetaculares. Atualmente quando se fala em indisciplina escolar muitos professores apontam a família como culpada pela falta de educação de seus filhos e acreditam que o alicerce na edificação de valores morais é papel dos pais, mas reconhecem que a escola é um espaço complementar na construção dos valores sociais e morais. Miura (2006) cita os estudos de Patterson, et al. (2002) que afirmam que os comportamentos pró-sociais e desviantes podem ser subproduto direto de intercâmbios sociais, principalmente com membros da família. Miura (2013) relata que muitas das respostas inadequadas dos filhos estavam relacionadas ao uso de habilidades de manejo inconsistente dos pais para lidar com a desobediência. Ramey e Ramey (1998) destaca que o atendimento individualizado da criança possibilita a identificação de risco, e a avaliação da família permite a contextualização e a definição de estratégias de intervenção nos valores e rotinas desta que poderiam contribuir para o êxito dos programas de intervenção. Sígolo (2000) e Linhares (2003) destacam o papel exercido pela figura materna no ambiente familiar e no desenvolvimento da criança. As autoras relatam que a interação mãefilho pode contribuir significativamente como mecanismo de proteção psicossocial aos bebês vulneráveis, atuando como facilitadora do desenvolvimento infantil. O Inventário Portage Operacionalizado-IPO é uma proposta de intervenção no ambiente natural de crianças a partir da detecção do atraso no desenvolvimento, por meio de treinamento específico dado aos pais, visa a aceleração do desempenho destas crianças durante a idade pré-escolar. O IPO é composto de 580 itens que abrangem cinco áreas do desenvolvimento (socialização, cognição, linguagem, autocuidados e desenvolvimento motor) e ainda inclui uma área de estimulação infantil, destinada a bebês na faixa etária de recémnascidos até os quatro meses de vida. O IPO é um instrumento de coleta de informação por meio da observação da criança na faixa etária de 0 a 6 anos para a análise sistemática das áreas de estimulação infantil, cognição, linguagem, autocuidado, socialização e desenvolvimento motor. Por meio da
4 39150 avaliação na área de socialização é possível observar como a criança se comporta em casa, em locais públicos, com interlocutores mais velhos, com crianças da mesma idade. Os requisitos básicos de desenvolvimento na faixa etária em que a criança se encontra mostram se a mesma se desenvolveu de acordo com a sua idade, de forma global, e não somente o aspecto cognitivo, como a maioria das escolas preconiza e pratica. O material é composto por ficha de Registro do Inventário Portage Operacionalizado - IPO (Williams e Aiello, 2001), e observam-se as seguintes áreas e itens: socialização (83itens), cognição (108 itens); linguagem (99 itens); autocuidados (105 itens); desenvolvimento motor (140 itens). Os itens foram selecionados de acordo com a faixa etária em que os alunos do estudo se encontravam, totalizando assim 535 itens. Nessa pesquisa não se utilizará os itens da área de estimulação infantil (45 itens) devido a faixa etária dos participantes. O inventário foi adaptado por duas psicólogas brasileiras, Williams e Aiello (2001), que traduziram o instrumento para o português e operacionalizaram cada um dos itens, propôs-lhes definições, critérios, especificação das condições de avaliação e descrição do material a ser utilizado. Entretanto, o guia apresenta limitações, pois deve ser usado em combinação com escalas de desenvolvimento padronizadas, porque serve apenas como estratégia de avaliação não padronizado e informal. Portanto, deve ser usado com cautela e criteriosamente em estudos e realizar a verificação da fidedignidade para implementação. Rossit (1997) utilizou os itens do Inventário Portage destinados à faixa etária de 0 a 2 anos num estudo com bebês Síndrome de Down. A amostra foi dividida em dois grupos em função de oferecer ou não treinamento; com sessões quinzenais, sendo que para o grupo sem treinamento não havia intervenção e só comparecia ao serviço para avaliações mensais. Os dados mostraram que os bebês do grupo intervenção tiveram um desenvolvimento global nas áreas avaliadas pelo IPO: socialização, cognição, desenvolvimento motor, linguagem, autocuidado, em relação aos do grupo controle, especialmente nos primeiros meses de intervenção. Utilizou-se a análise funcional e estratégias de gestão de comportamento (MIURA, 2006) e analisou os dados do desenvolvimento nas áreas do Inventário Operacionalizado Portage (WILLIAMS; AIELLO, 2001): socialização, cognição, linguagem, desenvolvimento motor e autocuidado. O Inventário Portage Operacionalizado IPO oferece uma avaliação informal, porém sistemática, da área de socialização cujos dados permite uma comparação antes e depois da intervenção em gestão de comportamento.
5 39151 Esse trabalho teve por objetivo analisar o desenvolvimento nas áreas de socialização, cognição, linguagem, desenvolvimento motor e autocuidado após a intervenção educacional com crianças, faixa etária de 4 a 6 anos que apresentam transtorno de conduta. O foco desse trabalho foi diminuir comportamentos inadequados para promoção de habilidades sociais, acadêmicas, motoras, linguagem e autocuidado analisados por meio do uso de inventário Portage operacionalizado - IPO Metodologia Para obtenção dos dados dessa pesquisa foram selecionadas crianças com problemas comportamentais, oriundos dos atendimentos da fonoaudiologia para o projeto de extensão Ensino de habilidades de manejo de comportamento para graduandos de Pedagogia e fonoaudiologia, após seleção dos participantes foi realizado uma avaliação inicial com o IPO em cinco áreas do desenvolvimento infantil, após a primeira avaliação foi implementado um programa para o ensino de habilidades sociais (Miura, 2006) e uma nova avaliação, com intuito de analisar se os participantes tiveram evolução no seu desenvolvimento, nas cinco áreas do IPO. Para desenvolvimento de trabalho foi realizada inicialmente uma pesquisa bibliográfica acerca do tema em: Banco de dados, artigos, revistas, internet, livros e teses. Participantes Os sujeitos são três crianças que frequentam escola regular que apresentam transtorno de comportamento e necessidades educacionais especiais. Todos os participantes (P1GU, P2RA e P3AR) apresentam dificuldade na linguagem; P2RA e P3AR são irmãos adotivos e apresentam hipótese diagnóstica de Espectro do Alcoolismo Fetal; como segue no quadro abaixo:
6 39152 Quadro 1. Caracterização dos participantes. Participante Gênero Idade Instrução Histórico, Hipótese Diagnóstico P1GU Masculino 4 anos EMEI Atraso na linguagem, nervosismo, birras, resistência as atividades e apego excessivo à mãe. P2RA Feminino 5 anos EMEI Adotivo, dificuldade na fala, histórico de uso de álcool e droga pela mãe na gestação, falta de concentração, birras, choro excessivo, desinteresse pelas atividades propostas e condutas inadequadas. P3AR Masculino 6 anos EMEF Adotivo, dificuldade na fala, histórico de uso de álcool e droga pela mãe na gestação, falta de concentração, desinteresse pelas atividades propostas e condutas inadequadas. Fonte: Elaborado pelos autores. Local e material Esse estudo foi desenvolvido no Centro de Estudos da Educação e da Saúde - CEES, unidade auxiliar da Unesp/ Marília, junto ao projeto de extensão Ensino de habilidades de manejo de comportamento para graduandos de Pedagogia e Fonoaudiologia (MIURA 2006), observados graduandos no cumprimento do seu papel frente aos educandos com transtorno de comportamento e analisados os repertórios comportamentais individuais a partir da identificação de habilidades de manejo de comportamento. Os equipamentos utilizados foram: Câmera fotográfica, notebook, mesa, cadeira, lousa, giz de lousa, caderno, lápis de lição, lápis de cor, giz de cera, borracha e brinquedos. Os instrumentos para coleta de dados foram: termo de consentimento livre e esclarecido, roteiro de entrevista semi-estruturada, Inventário Portage Operacionalizado (Williams e Aiello, 2001). Procedimento Realizou-se uma entrevista para coletar informações sobre os problemas de comportamento apresentados pelos participantes deste estudo. A entrevista para análise
7 39153 funcional consistiu em quatro etapas de perguntas: 1) descrição do comportamento-problema e definição operacional, 2) História do comportamento, 3) Análise dos eventos antecedentes e 4) Análise das consequências. A coleta de dados foi realizada por meio de observação do desenvolvimento nas áreas (cognição, linguagem, autocuidados, socialização e desenvolvimento motor) do inventário Portage Operacionalizado-IPO (Williams e Aiello, 2001), no segundo momento foram implementadas as habilidades de gestão de comportamento (MIURA, 2006) e no terceiro momento se realizou-novas avaliações para analisar os dados obtidos nas áreas avaliadas pelo Inventário Portage Operacionalizado - IPO. Após a primeira avaliação, decorrido o período de seis meses de intervenção, os alunos foram reavaliados. Todas as sessões seguiram esta sequência, para verificar a evolução do desenvolvimento da criança por meio da ficha de avaliação do IPO. Resultados O foco desse trabalho foi diminuir a apresentação de comportamentos inadequados para promoção de habilidades sociais, para isso foi realizada uma entrevista semiestruturada, na qual os pais indicaram suas principais queixas deles e dos professores em relação aos comportamentos inadequados dos seus filhos, como mostra o quadro abaixo: Quadro 2- Queixa dos pais e professores. QUEIXAS P1GU P2RA P3AR PAIS Não fica sem a mãe, Não sabe se comportar Não obedece os pais, não fica no colo da mãe o em ambiente público: respeita os irmãos, não tempo todo, chora por corre, grita, ri alto, sabe andar direito corre e qualquer coisa, não briga com os irmãos o pula o tempo todo, em gosta de ter contato tempo todo, não para ambiente público piora o com adultos e nem com sentada, não obedece comportamento, faz birras crianças da sua idade, ninguém. e da gargalhadas para não brinca e nem dividi pirraçar os pais. brinquedos com outras crianças.
8 39154 PROFESSORE Os professores relatam A professora relata que A professora relata que S que não conseguem é muito difícil o trabalho P3AR tem bastante comunicar com P1GU, com a P2RA, pois a dificuldade na realização pois fica no canto da mesma não obedece e ri de atividades acadêmicas, sala sozinho e chora se das ordens dada pela é também bastante qualquer pessoa (adulto professora, não para um resistente em realizá-las. ou criança) se minuto sentada e o Não obedece os aproximar dele. Não tempo todo quer ir tomar professores e briga com realiza nenhuma das água e ir ao banheiro. os amigos por causa dos atividades propostas. Tem dificuldade de brinquedos. concentração e memorização, além de ser resistente as atividades acadêmicas. Fonte: Elaborado pela autora. Os dados sobre análise do desenvolvimento de crianças com transtorno de comportamento por meio do inventário Portage operacionalizado - IPO comprova que todos os participantes apresentaram grandes avanços na área de socialização, com isso avanços em outras áreas como: cognitiva, linguagem, desenvolvimento motor e autocuidado, como mostra os resultados da avaliação 1 (A1) e avaliação 2 (A2) nas cinco áreas do IPO. Figura 1: Desenvolvimento do participante P1GU nas cinco áreas do IPO
9 39155 Fonte: Elaborado pelos autores. Figura 2: Desenvolvimento do participante P2RA nas cinco áreas do IPO Fonte: Elaborado pelos autores.
10 39156 Figura 3: Desenvolvimento do participante P3AR nas cinco áreas do IPO Fonte: Elaborado pelos autores. O comportamento inadequado influencia no ensino-aprendizagem dos alunos e a dificuldade de aprendizagem de alunos indisciplinados no ambiente escolar podem se relacionar ao comportamento. Conforme o aumento de comportamentos adequados e desejáveis houve aumento de novas aprendizagens, tanto em áreas sociais, como cognitivas, motoras, linguagem e autocuidado, nas áreas avaliadas pelo IPO. Entende-se que a criança pode aumentar as habilidades em outras áreas não avaliadas pelo IPO, como por exemplo: aumento da criatividade, desenvolvimento emocional, autoestima, entre outros. Algumas estratégias adotadas foram efetivas na promoção de comportamentos adequados e aquisição de habilidades sociais e isso parece refletir em um processo de ensino aprendizagem eficaz. Essas ações pedagógicas podem ser replicadas em ambiente escolar,
11 39157 visto que esse trabalho foi realizado em ambiente clínico e generalizado pela criança para outros ambientes, como relatado por pais e professores. Considerações Finais Observou-se a importância de ter conhecimento sobre TC e habilidades sociais para desenvolvimento de boas relações entre professores e alunos, para estabelecer harmonia e equilíbrio no ato de ensinar e aprender com eficiência. Dessa forma, a necessidade do professor saber o conceito TC para que o professor consiga identificar o aluno e intervir de forma adequada. O planejamento de atividades em sala de aula, principalmente quando se trata de alunos com transtorno de comportamento, exige do professor conhecimentos sobre o aluno e variáveis que podem interferir nas condições ambientais na sala de aula, analisar aspectos que podem levar ao sucesso ou ao fracasso da atividade. A fim de aumentar a participação efetiva de alunos com TC de modo que a criança tenha acesso a novos conhecimentos acadêmicos e sociais, lembrando que o professor deve ter uma boa relação com o aluno e o aluno com todos da sala, favorece a participação dele em todas as atividades principalmente naquelas que envolve a interação interpessoal com os amigos da sala. Para que a criança consiga alcançar esse desenvolvimento no âmbito escolar, o professor deve ter conhecimentos mínimos de análise de comportamento e estar disposto a enfrentar os problemas de comportamento de seus alunos. Ao longo deste estudo procurou-se a entender o transtorno de comportamento no ambiente escolar e a importância que o mesmo tem na prática pedagógica e, consequentemente, no processo educacional. Este é um estudo inicial sobre gestão de sala de aula e habilidades sociais de professores com crianças que apresentam transtorno de comportamento, que deverá ter continuidade com novos estudos que possam contribuir na formação de professores. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO PSIQUIÁTRICA AMERICA (APA). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtorno mentais. 4 ed. Revista (DSM-IV-TR). Porto Alegre: Artmed (2002). DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Necessidades educativas especiais- NEE. In: Conferência Mundial sobre NEE: Acesso em: Qualidade- UNESCO. Salamanca/Espanha: UNESCO, 1994.
12 39158 LINHARES, M. B. M.; CARVALHO, A. E. V.; MACHADO, C.; & MARTINEZ, F. E. Desenvolvimento de bebês nascidos pré-termo no primeiro ano de vida. Cadernos de Psicologia e Educação Paidéia MIURA, R.K.K. Comportamento de obedecer em pessoas com necessidades educacionais especiais: efeito do ensino de habilidades para mães. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista UNESP, Campus de Marília, MIURA, R. K. K.; LIMA, M. N.; YASSUDA, A. S. K. Habilidades sociais e manejo de comportamento na formação inicial em Pedagogia. VI Congresso Multidisciplinar em Educação Especial, UEL/Londrina-PR, PARRAT-DAYAN, S. Como enfrentar a indiscipline na escolar. 2.ed. São Paulo: Contexto RAMEY, C. T. & RAMEY, S. L.Early Intervention and early experience. American Psychologist, ROSSIT, R. A. S. Análise do desenvolvimento de bebês com Síndrome de Down em função da capacitação da mãe: uma proposta de intervenção. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Educação Especial, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos SÍGOLO, S. R. R. L. Diretividade materna e socialização de crianças com atraso no desenvolvimento. Cadernos de Psicologia e Educação Paidéia WILLIAMS, L. C. A., AIELLO, A. L. R. O Inventário Operacionalizado: Intervenção com famílias. São Paulo: Editora Memnon
3 a 6 de novembro de 2009 - Londrina Pr - ISSN 2175-960X
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