Everton José Helfer de Borba

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1 Everton José Helfer de Borba A NATUREZA JURÍDICA ESPECIAL DO ATO COOPERATIVO SOLIDÁRIO COMO FORMA DE REALIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO SOCIAL REALIZADORAS DE DIREITOS FUNDAMENTAIS: UM ESTUDO DE INTERSECÇÕES ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Direito Mestrado e Doutorado em Direito, Área de Concentração em Direitos Sociais e Políticas Públicas, Linha de Pesquisa em Diversidade e Políticas Públicas, Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Direito. Orientador: Prof. Dr. Jorge Renato dos Reis Santa Cruz do Sul 2013

2 Everton José Helfer de Borba A NATUREZA JURÍDICA ESPECIAL DO ATO COOPERATIVO SOLIDÁRIO COMO FORMA DE REALIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO SOCIAL REALIZADORAS DE DIREITOS FUNDAMENTAIS: UM ESTUDO DE INTERSECÇÕES ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO Esta tese foi submetida ao Programa de Pós- Graduação em Direito Mestrado e Doutorado em Direito; Área de Concentração em Direitos Sociais e Políticas Públicas; Linha de Pesquisa em Diversidade e Políticas Públicas, Universidade de Santa Cruz do Sul UNISC, como requisito parcial para obtenção do título de Doutor em Direito. Dr. Jorge Renato dos Reis Professor Orientador - UNISC Dr. Rogério Gesta Leal Professor examinador - UNISC Dr. Ricardo Hermany Professor examinador - UNISC Dr. Paulo Márcio Cruz Professor examinador - UNIVALI Dr a. Sandra Regina Martini Vial Professora examinadora - UNISINOS Santa Cruz do Sul 2013

3 À minha família, meu eterno esteio.

4 AGRADECIMENTOS Agradeço à minha família pelo apoio, aos professores e colegas do Programa de Pós-Graduação em Direito Doutorado em Direito, pelo conhecimento compartilhado e pelo companheirismo, e, em especial, ao professor orientador, Pós- Doutor Jorge Renato dos Reis, pelo apoio e constante encorajamento na realização deste trabalho.

5 A teoria econômica tradicional falha ao não ter em consideração ao fazer e gestar empresa que as pessoas non operano necessariamente tutte e solo per torna conto personale, ma possono farlo anche per passione, cioè non solo per denaro mas pinte da valori diversi. (BORZAGA, Carlo. Le cooperative sociali in Italia: storia, valori ed esperienze di imprese a misura di persona)

6 LISTA DE ABREVIATURAS ACI CASES CE CNES CMP EES INSCOOP IPSS MTE OCB ONG ONLUS ONU OS OSCIP PRONACOOP SOCIAL SCE SENAES Aliança Cooperativa Internacional Cooperativa Antonio Sérgio para Economia Social Comunidade Europeia Conselho Nacional de Economia Solidária Cooperativa de Mutualidade Prevalente Empreendimentos Econômicos Solidários Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo Instituições Particulares de Solidariedade Social Ministério do Trabalho e Emprego Organização das Cooperativas Brasileiras Organização Não-Governamental Organização Não Lucrativa de Utilidade Social Organização das Nações Unidas Organizações Sociais Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Programa Nacional de Apoio ao Cooperativismo Social Sociedade Cooperativa Europeia Secretaria Nacional de Economia Solidária

7 RESUMO A presente pesquisa tem por objetivo identificar a natureza jurídica especial do ato cooperativo solidário praticado pelas cooperativas sociais, para permitir a análise da atuação destas cooperativas, sob a percepção das intersecções público privadas, de forma a possibilitar a proposição de políticas públicas de inclusão social realizadoras de direitos fundamentais. O problema consiste em verificar se as cooperativas sociais possuem uma natureza jurídica diferenciada das demais cooperativas em razão da prática de uma espécie de ato cooperativo diferenciado do tradicional: o ato cooperativo solidário. Em primeiro lugar, foi analisada a cooperação social segundo a perspectiva do direito social condensado, proposto por Gurvitch (2005). Em razão da influência na criação das Cooperativas Sociais brasileiras, parte-se de um estudo comparado do tratamento legal dado às cooperativas sociais na Itália e em Portugal. Com isso, verificou-se que, diferentemente do que ocorre nestes países, no Brasil, as cooperativas sociais não se caracterizam como direito social condensado. Nos países europeus comparativamente estudados há um tratamento legal diferenciado para as cooperativas sociais ou de solidariedade social, enquanto no Brasil isso não ocorre. Analisou-se, ainda, a aplicação dos princípios da subsidiariedade e da solidariedade nos três ordenamentos jurídicos, onde possuem status de norma constitucional. Com relação à análise da natureza jurídica das cooperativas sociais, respondendo ao problema proposto para a presente tese, verificou-se que estas possuem uma natureza jurídica que se diferencia das demais instituições existentes, pois se tratam de instituições privadas, mas que exercem atividades de natureza pública, uma vez que relacionadas a tarefas ligadas à concretização de direitos fundamentais sociais, colocando as cooperativas sociais em uma perspectiva intermediária entre o público e o privado, manifestando uma natureza pública não estatal. Inexistem no Brasil políticas públicas de fomento à criação e à manutenção de cooperativas sociais. Utilizou-se como abordagem o método hipotético-dedutivo. Quanto ao procedimento, optou-se pelos métodos comparativo e histórico crítico. Em relação ao método de investigação, optou-se pela pesquisa qualitativa, utilizando-se a pesquisa bibliográfica, por meio do processo de documentação indireta, a fim de identificar as contribuições culturais e científicas já existentes sobre o tema, em especial, nos sistemas italiano e português. Foram utilizadas as técnicas de levantamento e de seleção de bibliografia e as técnicas de análise de conteúdo e de análise comparativa. Palavras-chave: Público/Privado; Neocooperativismo; Solidariedade; Políticas Públicas; Cooperativas Sociais.

8 SINTESI La presente ricerca ha lo scopo di identificare la natura giuridica speciale degli atti cooperativi di solidarietà praticati per le cooperative sociali, da consentirne un'analisi delle prestazioni dei queste cooperative, sotto la percezione pubblica privata di intersezioni, al fine di consentire la proposizione di politiche pubbliche per l'inclusione sociale che soddisfano i diritti sociale fondamentali. Il problema è verificare se la cooperative sociali hanno una natura giuridica diversa dalle altre cooperative a causa di una sorta di atto cooperativo diverso da quello tradizionale: l atto cooperativo solidario. In primo posto, è stata analizzata la cooperazione sociale secondo la prospettiva del diritto sociale condensato, proposto da Gurvitch (2005). A causa della influenza sulla creazione dei brasiliani Cooperative Sociali, fa parte di uno studio comparato del trattamento giuridico dato alle cooperative sociali in Italia e in Portogallo. Così, si è constatato che, diverso di quello che succede ai due primi, in Brasile, le cooperative sociali non si caratterizzano come un diritto sociale condensato. Nei paesi europei studiati comparativamente, c è un trattamento diverso per le cooperative sociali o di solidarietà, mentre in Brasile questo non succede. È stata analizzata anche l applicazione dei principi di sussidiarietà e di solidarietà nei tre ordinamenti giuridici, avendo status di norma costituzionale. Per quanto riguarda l analisi della natura giuridica delle cooperative sociali, rispondendo al problema proposto per questa tesi, si è verificato che esse possiedono una natura giuridica diversa dalle altre istituzioni esistenti, poiché sono istituzioni private, ma che svolgono attività di natura pubblica, una volta che relazionate a compiti legati alla concretizzazione di diritti sociali fondamentali, collocando le cooperative sociali in una prospettiva intermediaria tra il pubblico ed il privato, manifestando una natura pubblica non statale. Inesistono in Brasile politiche pubbliche che promuovano la creazione e la manutenzione di cooperative sociali. È stato utilizzato come approccio il metodo ipotetico-deduttivo. Per quanto riguarda la procedura, è stato scelto il metodo comparativo e storico-critico. Relativo al metodo investigativo, è stata scelta la ricerca qualitativa, utilizzando la ricerca bibliografica, attraverso il processo di documentazione indiretta, al fine di individuare i contributi culturali e scientifici già esistenti sul tema, in speciale, nel sistema italiano e portoghese. Sono state utilizzate le tecniche di selezione bibliografica ed analisi di contenuto e analisi comparativa. Parole Chiave: Pubblico/Privato; Neocooperativismo; Solidarietà; Politiche Pubbliche; Cooperative Sociali.

9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO REFLEXOS DAS RELAÇÕES ENTRE O ESTADO SUBSIDIÁRIO E O COOPERATIVISMO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS Cooperativismo solidário a partir da perspectiva do Direito Social Condensado Subsidiariedade e cooperativismo solidário: entre o público e o privado Políticas públicas de inclusão social COOPERATIVISMO SOCIAL NA ITÁLIA: ONLUS Relação entre o cooperativismo social e o Estado italiano Tratamento jurídico dispensado às cooperativas sociais na Itália Cooperativas sociais como instituições de interesse público e políticas públicas: ONLUS Consórcios de cooperativas sociais COOPERATIVISMO SOLIDÁRIO EM PORTUGAL: IPSS Relação entre o cooperativismo solidário e o Estado português Sociedade Cooperativa Europeia e as cooperativas de interesse público Reconhecimento das cooperativas de solidariedade social como Instituições Particulares de Solidariedade Social COOPERATIVISMO SOLIDÁRIO NO BRASIL: OSCIP? Natureza jurídica do ato cooperativo tradicional Tratamento jurídico dispensado ao cooperativismo solidário no Brasil A (in)existência de Políticas Públicas de fomento ao Cooperativismo Solidário no Brasil e o Programa Nacional de Apoio ao Cooperativismo Social CONTRIBUIÇÕES À FORMULAÇÃO DE UM MARCO JURÍDICO ESPECIAL E FOMENTADOR DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO SOCIAL REALIZADORA DE DIREITOS FUNDAMENTAIS SOCIAIS Natureza jurídica especial do cooperativismo solidário no Brasil Peculiaridades do cooperativismo solidário no Brasil O cooperativismo solidário no Brasil como realização de direitos sociais fundamentais de inclusão social CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXO A Legge 8 novembre 1991, n ANEXO B Regime Jurídico das Cooperativas de Solidariedade Social Decreto- Lei n.º 7/98 de 15 de Janeiro ANEXO C Lei n o 9.867, de 10 de novembro de

10 10 1 INTRODUÇÃO As sociedades cooperativas sociais foram criadas pela legislação brasileira, em 1999, a fim de representar uma alternativa de inclusão social. Esse tipo de entidade estabelece uma interface entre a sociedade e o Estado na busca de solução de problemas públicos, de modo a permitir a assunção de uma postura ativa e transformadora por parte do cidadão, a qual caracteriza uma governança solidária dentro de uma perspectiva de direito social condensado. Nesse sentido, a presente pesquisa tem por objetivo identificar a natureza jurídica dos atos cooperativos praticados por essas sociedades para verificar se estas possuem uma natureza jurídica especial que as diferencia das demais cooperativas, em razão da prática de um ato cooperativo solidário. Dessa maneira, é necessário demonstrar que essas sociedades se encontram em um espaço intermediário entre o público e o privado, caracterizando-se como uma manifestação do princípio da solidariedade. Desse modo, considerando também que o cooperativismo solidário se situa no interior do conceito de direito social, é analisada a relação existente entre as experiências de cooperação social e o Estado, de modo a identificar os reflexos dessa relação na sociedade, principalmente no que se refere às alternativas de inclusão social e de desenvolvimento da cidadania por meio da governança solidária. Assim, identifica-se a existência de um ato cooperativo solidário, a partir da natureza jurídica especial das cooperativas sociais, que gera efeitos capazes de possibilitar a inclusão social e a participação cidadã ativa, que concretizam o princípio da solidariedade. Portanto, pretende-se verificar a possibilidade de definição e de reconhecimento de um novo conceito de ato cooperativo, subdividindo-o em ato cooperativo tradicional e ato cooperativo solidário, a partir da natureza jurídica especial das cooperativas sociais, o que torna possível um tratamento diferenciado dentro do sistema econômico estatal, de modo a favorecer o desenvolvimento de cooperativas sociais, com a consequente inclusão social e a participação ativa da cidadania. Além disso, também se verifica se as cooperativas sociais possuem uma natureza híbrida, aproximando o modelo cooperativo solidário do modelo das

11 11 Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público e das Organizações Sociais (OS), necessitando, assim, da formulação de uma teoria própria ao atendimento de suas necessidades e peculiaridades. Dessa forma, visa-se caracterizar a existência de um ato cooperativo solidário paralelo ao ato cooperativo tradicional, a partir da análise da natureza jurídica especial das cooperativas sociais, como instrumento de inclusão social e de modificação da realidade frente à transformação do Estado Contemporâneo, inserida em um espaço intermediário entre o público e o privado, conforme o princípio da solidariedade. Parte-se da ideia de que a inclusão social deve ser fruto da assunção de responsabilidades por parte de todos os indivíduos, por meio de uma nova postura frente ao Estado, caracterizada por uma transformação sociocultural, bem como pela inserção do cidadão no espaço existente entre as esferas pública e privada, como materialização do princípio da solidariedade. Desse modo, analisa-se o cooperativismo solidário como instrumento de inclusão social e de transformação da sociedade, em um contexto de múltiplas crises do Estado, por meio de estratégias para a concretização de direitos sociais fundamentais, não se restringindo apenas aos mecanismos tradicionais. Dentre as possibilidades que se apresentam, partindo do entendimento de que deve o cidadão substituir a ideia de cliente do Estado pela ideia de ser cooperante com o Estado e com a sociedade, identificou-se a necessidade de se tomar uma terceira via, alternativa, entre o público e o privado, entre o Estado, o mercado e a sociedade, em que um deve cooperar com o outro, e o indivíduo deve assumir responsabilidades para com o grupo em que está inserido. Contudo, existem pontos que necessitam de um maior aprofundamento no estudo do cooperativismo solidário no Brasil e que podem, com sua clarificação, incentivar o desenvolvimento da prática cooperativista solidária. Entre eles, está a questão da pouca, ou quase inexistente, quantidade de cooperativas de solidariedade social. Observa-se que o cooperativismo tradicional possui não só proteção constitucional, mas também incentivos legais de várias espécies, como o tributário, por exemplo, em que o ato cooperativo em regra não sofre tributação. Todavia, não se identifica um tratamento específico para as práticas ligadas ao cooperativismo social. Sendo assim, a partir da definição de um conceito de ato cooperativo solidário, partindo da análise da natureza jurídica especial das

12 12 cooperativas sociais, será possível justificar a necessidade do referido tratamento diferenciado em relação ao tratamento destinado ao cooperativismo tradicional. Por esses motivos, a presente pesquisa busca apresentar sugestões de políticas públicas para os problemas da inclusão social e da efetividade dos direitos sociais, com o consequente respeito à dignidade da pessoa humana, a partir do cooperativismo solidário ou neocooperativismo, bem como da ampliação dos espaços de participação do cidadão. Busca-se, ainda, identificar a posição das cooperativas sociais no espaço jurídico localizado entre as esferas pública e privada, à medida que problematiza a dicotomia público/privado, no atual contexto sócio-jurídico-político. Vale dizer que o objeto pesquisado encontra-se em uma das ambiências em que essa dicotomia se insere, entrelaçando essas esferas em função, de um lado, de apresentar sua natureza privada, de outro, de realizar fim de interesse público, observando o instituto no contexto tutelado pela norma infraconstitucional, porém, sempre interpretada à luz da Constituição. Dessa forma, considerando o contexto do constitucionalismo contemporâneo, bem como a discussão sobre a existência de limites entre o direito público e o direito privado, objetiva-se contribuir no questionamento sobre a formulação de políticas públicas a estabelecer os limites da inserção do direito privado no âmbito do direito público e na problematização da inter-relação entre público e privado no atual contexto sócio-jurídico-político, a partir de um estudo sobre a natureza jurídica das cooperativas sociais e sobre os reflexos de suas atividades em um espaço intermediário entre o público e o privado. Para que os objetivos da presente pesquisa fossem atingidos, utilizou-se como abordagem o método hipotético-dedutivo. Quanto ao procedimento utilizado, considerando os objetivos da pesquisa, optou-se pelos métodos comparativo e histórico crítico, à medida que se busca, por um lado, entender as cooperativas sociais no Brasil a partir do estudo das cooperativas sociais e de solidariedade social existentes na Itália e em Portugal, as quais serviram de inspiração para a legislação brasileira, por outro, analisar criticamente a evolução das três espécies de cooperativas a partir do estudo comparativo entre os instrumentos pátrios e alienígenas. Em relação ao método de investigação, optou-se pela pesquisa qualitativa utilizando-se a pesquisa bibliográfica, por meio do processo de documentação

13 13 indireta, buscando identificar as contribuições culturais e científicas já existentes sobre o tema, em especial nos sistemas italiano e português. Dessa forma, foram utilizadas, basicamente, as técnicas de levantamento, seleção de bibliografia e, principalmente, as técnicas de análise de conteúdo e de análise comparativa pertinentes. Diante disso, visando alcançar os objetivos propostos, a tese foi estruturada em cinco capítulos. O primeiro capítulo busca fornecer as informações de base para a compreensão do objeto de estudo de que perpassarão os demais capítulos, como o direito social condensado, os princípios da solidariedade e da subsidiariedade, além da análise de formação de políticas públicas. No segundo capítulo, analisa-se o sistema adotado na Itália, identificando-se a natureza das cooperativas sociais, bem como sua relação com os princípios referidos e, em especial, a natureza da relação existente entre o Estado italiano e o cooperativismo social. No terceiro capítulo, analisa-se o sistema de cooperativismo solidário existente em Portugal, buscando identificar também a natureza jurídica das cooperativas de solidariedade social, bem como sua relação com os princípios da subsidiariedade e da solidariedade, assim como sua relação com o Estado português. No quarto capítulo, caberá a análise do sistema brasileiro segundo os mesmos aspectos, identificando as peculiaridades e as diferenças em relação aos demais institutos alienígenas. Por fim, apresentam-se contribuições para a formulação de um marco jurídico das cooperativas sociais em face do reconhecimento do ato cooperativo solidário, onde serão apresentados os reflexos e as peculiaridades da aplicação dos princípios cooperativos nos dois tipos de cooperativas, tradicionais e sociais, uma vez que é essencial o reconhecimento das cooperativas sociais como cooperativas, mas com natureza jurídica própria.

14 14 2 REFLEXOS DAS RELAÇÕES ENTRE O ESTADO SUBSIDIÁRIO E O COOPERATIVISMO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS O presente capítulo busca analisar os aspectos constitucionais relevantes para o cooperativismo solidário, bem como a relação participativa entre Estado e sociedade civil, tendo por base a construção de um paralelo entre o pensamento de Georges Gurvitch acerca da teoria do direito social condensado e a relação com o modelo cooperativo. Além disso, são analisados os princípios da subsidiariedade e da solidariedade aplicados ao cooperativismo social, uma vez que se entende que as cooperativas sociais podem ser consideradas exemplo de concretização desses princípios, à medida que tem por fim possibilitar a inclusão social por meio de ações que envolvem voluntariado, Estado e comunidade. Por fim, apresenta-se o ciclo das políticas públicas, visando identificar a fase em que se encontra o desenvolvimento das mesmas, nos países analisados, de modo a constatar a influência destas em seu êxito ou em seu fracasso. 2.1 Cooperativismo solidário a partir da perspectiva do Direito Social Condensado Inicialmente, será abordado o direito social condensado de Georges Gurvitch, por tratar-se de um modelo que enquadra a perspectiva cooperativista, uma vez que se posiciona de forma intermediária entre o Estado e a sociedade civil, permitindo que o cidadão saia da posição de cliente e passe para a posição de participante. Para realizar essa abordagem, é essencial que se analisem, inicialmente, a ideia de direito social de Gurvitch, suas características gerais e cada uma de suas espécies, detendo-se especificamente no direito social condensado. Em seguida, analisar-se-ão os pontos de contato existentes entre o direito social condensado e o sistema cooperativo, de modo a esclarecer se este se enquadra dentro da espécie daquele. Nesse sentido, Schneider afirma que o cooperativismo surge num contexto de afirmação extremada do predomínio do interesse privado sobre o coletivo e o

15 15 comunitário, com todas as consequências em termos de concentração de poder e de renda, como é próprio do capitalismo industrial nascente. Para o autor, ao tentar superar a absolutização do interesse privado e suas consequências, a cooperação institucional e sistemática então emergentes se empenharm por resgatar e reforçar o interesse coletivo e comunitário. 1 O cooperativismo, como sistema organizado, tem seu marco histórico em , quando 28 tecelões que, assim como seus conterrâneos ingleses, sofriam as consequências e os rigores do fenômeno histórico excludente representado pela revolução industrial, se organizaram em uma sociedade de consumo que tinha como finalidade reformar o conjunto do ambiente social, mediante o auxílio mútuo, lançando mão dos meios que estavam ao seu alcance para melhorar a sua situação social e econômica. O cooperativismo surge como uma manifestação do direito social puro e independente 3, nos moldes do pensamento de Gurvitch 4, uma vez que o sistema tem como proposta a organização de uma estrutura independente do Estado, já que o sonho dos fundadores da Sociedade dos Probos Pioneiros de Rochdale, mais que a simples melhoria de sua situação econômica, representava, como refere Holyoake, a transformação do mundo por meio da cooperação. 5 Referida afirmação é de possível constatação a partir dos projetos enunciados pela sociedade, como abrir um armazém para venda de alimentos e roupas a preços mais baixos que os do mercado para os associados; comprar ou construir casas para os membros, melhorando, assim, seu estado doméstico e social; fabricar artigos para a venda, não com o intuito de lucro, mas para proporcionar trabalho SCHNEIDER, José Odelso. Democracia, participação e autonomia cooperativa. 2. ed. São Leopoldo: UNISINOS, Considerado marco inicial do cooperativismo como movimento organizado, em razão da criação, na Inglaterra, da Cooperativa dos Probos Pioneiros. Antes dessa data, encontram-se manifestações cooperativas na Mesopotâmia, no segundo milênio antes de Cristo, nos colégios da civilização romana, entre os incas pré-colombianos como as ayllus e com as reduções jesuíticas entre os índios guaranis do Brasil, do Paraguai e da Argentina. Contudo, foram organizações de pequena abrangência geográfica e que tiveram curta duração. CRACOGNA, Dante. El acto cooperativo: concepto y problemas. Conferência. In: Regime tributário das sociedades cooperativas. Porto Alegre: FESDT, El derecho social es puro cuando cumple la función de integrar los miembros en el todo sin recurrir a una coacción incondicionada. El derecho social puro es independiente cuando en caso de conflicto con el orden del derecho estatal se muestra equivalente a él o superior. GURVITCH, Georges. La idea del derecho social: noción y sistema del derecho social. Historia doctrinal desde el siglo XVII hasta el fin del siglo XIX. Granada. Editorial Comares, S.L., p. 60. GURVITCH, op. cit. HOLYOAKE, George Jacob. Os 28 tecelões de Rochdale. 7. ed. Porto Alegre: WS Editor, p. 24.

16 16 para os cooperadores desempregados; adquirir ou arrendar campos para que os desocupados e aqueles mal-remunerados possam cultivar; e por fim, a organização das forças da produção, da distribuição, da educação e do seu próprio governo; ou, em outros termos, estabelecerá uma colônia indígena 6, na qual os interesses serão unidos e comuns. 7 Assim, esses pioneiros foram os primeiros a definir as regras de funcionamento de um sistema cooperativo, as quais foram confirmadas e acabaram sendo disseminadas por todo o mundo. Nesse sentido, Schneider, no que tange ao ideal dos pioneiros de Rochdale, característicos de um direito social puro e independente, refere que: O ideal dos pioneiros de Rochdale, discutido e amadurecido ao longo de muitas reuniões e debates desde 1843, quando os companheiros que se reuniam eram conhecidos como um círculo owenista círculo owenista Nº 24 ou também como um grupo socialista e como membros de uma friendly society, não era apenas para constituir cooperativas de consumo como forma de superação da grave situação do proletariado, mas, sim, chegar a constituir colônias cooperativas autônomas, democráticas e autosuficientes, onde reinasse a ajuda mútua, a igualdade social e a fraternidade. 8 Por seu turno, referida exposição sobre a origem do cooperativismo tem o intuito de demonstrar que o cooperativismo representava mais do que uma atividade econômica, representava um projeto de modificação da sociedade, um verdadeiro projeto de transformação social 9, independente do Estado, caracterizando um direito social puro e independente. Nesse ponto, importa ressaltar a evolução do sistema cooperativista, de modo que a partir da primeira cooperativa de Rochdale, composta por 28 indivíduos, se alcancem hoje números consideráveis, conforme informa o presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), Ivano Barberini: Temos 180 anos de história, o movimento cooperativo conta com 800 milhões de sócios, 100 milhões de adeptos, há 400 milhões de agricultores Entende-se que a referência a uma colônia indígena está ligada à construção de uma sociedade alternativa baseada em valores de igualdade e solidariedade, com um sistema econômico de posição intermediária entre o socialismo e o capitalismo. HOLYOAKE, George Jacob. Os 28 tecelões de Rochdale. 7. ed. Porto Alegre: WS Editor, p. 25. SCHNEIDER, José Odelso. Democracia, participação e autonomia cooperativa. 2. ed. São Leopoldo: UNISINOS, p Assim como, na atualidade, a globalização representa um fenômeno excludente, também acontecia, naquela época, com a revolução industrial.

17 17 associados em cooperativas, aliás, 50 por cento da produção agrícola mundial passa pela actividade das cooperativas. O movimento cooperativo está presente em mais de 100 países e em todos os sectores econômicos. 10 Por fim, realizada essa análise inicial sobre a evolução do cooperativismo como instrumento de defesa e de mudança social, cabe analisar o papel do Cooperativismo na sociedade contemporânea, com transformações da economia, do Estado e de suas constituições, onde, a partir do espaço local, ampliou seu campo de atuação na medida em que foram ganhando destaque os Direitos Sociais, pois: O objecto fundamental do cooperativismo, que surgiu como resposta às condições degradantes da situação humana, em conseqüência da revolução industrial, repousa na determinação de um grupo subjugado de fazer face ao poder de um outro, que o dominava; de situar-se nessas transformações e identificar os agentes sócio-económicos em presença. Os actores que estão na origem desta organização vão experimentar adoptar e explicar o princípio da formação dos objectivos e regras comuns, que irão pôr em acção (...) e desenvolver um projecto de mudança com a participação responsável de todos os membros. 11 Assim, o contexto histórico atual exige uma mudança de postura do ator social frente ao Estado 12. Desse modo, suas necessidades ampliam-se a cada momento, em nível global. Assim, trata-se, no fundo, de promover e apreciar criticamente experiências que sejam seguidoras dos princípios cooperativos, numa ambição de BARBERINI, Ivano. Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo (INSCOOP). Cooperativa & Desenvolvimento. Lisboa: Cooperativa de Artes Gráficas, p. 17. COUVANEIRO, Maria da Conceição Henriques Serrenho. As práticas cooperativas: mudanças pessoais e sociais. Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo (INSCOOP). Pensamento Cooperativo. O Terceiro Sector em Portugal. In: Revista de Estudos Cooperativos, n. 2, Lisboa, p. 35. Rodrigues (2001, p. 52) refere que em democracia, o principal responsável é o cidadão. Ele é o depositário da única soberania legítima. Sem os cooperantes, a cooperativa também não funciona. Sem democratas não há democracia. Dentro dessa ótica, o autor entende que as cooperativas são associações livres e solidárias, exercendo quatro funções democráticas e sociais de relevância: (I) são escolas do trabalho e espaços de coesão social, em que impera a solidariedade; (II) a actividade associativa responde a diferentes problemáticas e sucenidades que não são assumidas pelo sector público nem pelo privado ; (III) são pontos de encontro e de formação de opinião, além de escolas de formação permanente; e (IV) realizam obras benéficas para os cooperantes através da solidariedade social, servindo a produção, prestando assistência a crianças, enfermos e idosos, constituindo, alojando, transportando, instruindo e educando, animando a cultura, a arte e o artesanato. RODRIGUES, Adriano Vasco. Economia Social: aprender a cooperar. Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo (INSCOOP). Pensamento Cooperativo. O Terceiro Sector em Portugal. In: Revista de Estudos Cooperativos, n. 2, Lisboa, 2001.

18 18 globalização solidária que sirva de contraponto à globalização liberal, ideologicamente individualista. 13 Em consequência da transformação da sociedade, iniciou-se um movimento renovador não só na Europa, mas no resto do mundo, que culminou, em 1995, com o Congresso da ACI, realizado em Manchester, onde foram definidos os seus princípios, que vieram a influenciar a revisão da Constituição da República Portuguesa. 14 Com isso, atualmente, nota-se uma profunda mudança na orientação do ideal cooperativo em relação à face tradicional do movimento cooperativo, cujo objetivo era predominantemente econômico, adotando-se a proposta de usar a economia na valorização do social e da solidariedade. No entendimento de Rodrigues, atualmente a finalidade das cooperativas é privilegiar a solidariedade humana e reforçar ou alargar a intercooperação, reagindo contra a exclusão social e auxiliando no sucesso de uma sociedade verdadeiramente democrática, em que as cooperativas podem, dentro da sua actividade, integrar os excluídos da produção em domínios socialmente úteis. 15 A cooperativa possibilita, assim, que o cidadão, dentro de seu ambiente local, consiga cooperar com influência global, 16 sentindo-se valorizado e agente de mudança, por meio da equidade na repartição dos ganhos e da inclusão no mercado de trabalho, com independência suficiente para sair da posição de cliente do Estado, passando para uma posição de copartícipe. Além disso, esclarecido o conceito de direito social e sua abrangência, torna-se indispensável que sejam então caracterizados os tipos de direito social segundo a abordagem de Georges Gurvitch. Assim, afirma o autor: El derecho social es un derecho autónomo de comunión, que integra de forma objetiva cada totalidad activa real, que encarna un valor positivo extratemporal. Este derecho se deriva diretamente del todo en cuestión MOREIRA, Manuel Belo. O movimento cooperativo no contexto da globalização. Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo-INSCOOP. Pensamento Cooperativo. O Terceiro Sector em Portugal. In: Revista de Estudos Cooperativos, n. 2, Lisboa, p. 23. RODRIGUES, Adriano Vasco. Economia Social: aprender a cooperar. Instituto António Sérgio do Sector Cooperativo-INSCOOP. Pensamento Cooperativo. O Terceiro Sector em Portugal. In: Revista de Estudos Cooperativos, n. 2, Lisboa, p. 47. Ibidem, p. 47. Cabe ressaltar que as transformações globais se aceleram de tal forma que, inclusive, no momento é possível a criação de cooperativas comunitárias, como a Sociedade Cooperativa Européia (Regulamento CE n /2001, do Conselho, de 08 de outubro de 2001 JO L 294, 10 de Novembro de 2001).

19 19 para regular su vida interior, independentemente del hecho de que este todo esté organizado o in-organizado. El derecho de comunión hace participar al todo de forma inmediata em la relación jurídica que emana de él, sin transformar este todo en un sujeto separado de sus membros. 17 Nesse sentido, para Hermany o direito social proposto por Gurvitch diz respeito a um direito que se apresenta como fato social e encontra legitimidade no meio social. Dessa forma, dispõe: Gurvitch propõe, portanto um direito como fato social, que encontra sua legitimidade a partir da própria sociedade, estabelecendo-se nitidamente uma lógica reflexiva, segundo a categoria habermasiana, pois os atores sociais são simultaneamente autores e destinatários do direito. 18 Portanto, para que se compreenda a proposta de direito social de Georges Gurvitch, torna-se necessário explicitar as principais características do direito social, podendo-se destacar sete características fundamentais. 19 A primeira delas é a integração, que objetiva criar uma totalidade, o que significa dizer que o integrante de uma determinada ordem não teria uma superposição desta ao impor obrigações sobre seus membros, mas sim uma adaptação que permita a aplicação paralela e integrada de modo a se complementarem. A segunda característica é a força obrigatória do direito social, que vem do próprio grupo que se autorregula, desse modo vinculando seus integrantes na medida em que legitimaram o estabelecimento das obrigações criadas, na condição de colaboradores na sua criação. Em terceiro lugar, vem a característica que está ligada ao objeto do direito social que se evidencia pela regulação interna da totalidade do grupo que ele compõe, pois possibilita aos destinatários das obrigações a atuarem como criadores do sistema ao qual se sujeitarão de forma livre O direito social é um direito autônomo de comunhão, que integra de forma objetiva cada totalidade ativa real, que encarna um valor positivo extratemporal. Este direito se deriva diretamente do todo em questão para regular sua vida interior, independentemente do fato de que este todo esteja organizado ou inorganizado. O direito de comunhão faz participar ao todo de forma imediata em relação jurídica que emana dele, sem transformar este todo em um sukeito separado de seus membros. (tradução livre) GURVITCH, Georges. La idea del derecho social: noción y sistema del derecho social. Historia doctrinal desde el siglo XVII hasta el fin del siglo XIX. Granada. Editorial Comares, S.L., p. 19. HERMANY, Ricardo. (Re) Discutindo o espaço local: uma abordagem a partir do direito social de Gurvitch. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, p. 30. MORAIS, Jose Luis Bolzan de. A idéia de direito social: o pluralismo jurídico de Georges Gurvitch. Porto Alegre: Livraria do Advogado, p. 38.

20 20 Em seguida, a estrutura da relação jurídica de direito social é dada pela participação do todo como não exterior aos membros do grupo. Desse modo, o sistema vai se autoalimentar, ao passo que as deliberações são tomadas dentro do grupo pelos próprios pares. A quinta característica está na manifestação externa em que se apresenta como um poder social do todo sobre seus membros, porém, sem possibilidade de sanção incondicionada, uma vez que o indivíduo poderá retirar-se do grupo independentemente de autorização. Ou seja, na medida em que participa das deliberações, o indivíduo as legitima, vinculando-se ao que for decidido, obrigandose com base em um princípio democrático, a respeitar as decisões tomadas pelo grupo. Contudo, ainda assim, em caso de discordância, terá como possibilidade a sua retirada do grupo ou do sistema. Essa opção não ocorre no caso do direito estatal, pois este atua com base na possibilidade de aplicação de sanção incondicionada, já que não é dada ao indivíduo a possibilidade de retirar-se do Estado. A sexta característica refere-se à primazia no interior do grupo ao direito social inorganizado em relação ao direito social organizado. Por fim, a sétima e última característica se destaca pelo fato de que os sujeitos do direito social são as pessoas coletivas complexas, diferentemente do direito individual. A proposta de Georges Gurvitch acerca de uma nova ideia de direito social leva para além do processo legislativo oficial a regulação e o controle das decisões, em função da estreita relação do direito com a vida social. Em sua obra Tratado de Sociologia, o autor esclarece que a vida do direito encontra-se ligada à vida social por laços ainda mais estreitos e íntimos do que aqueles que unem esta última à vida moral e mesmo à vida religiosa. 20 Nesse aspecto, importa referir que: El Derecho social es el Derecho autónomo de comunión por el cual se integra de una forma objetiva cada totalidad activa, concreta y real encarnando um valor positivo, Derecho de integración (o si se prefere de inordinación), distinto del derecho de coordinación (orden de Derecho individual) y del Derecho de subordinación, solo reconocido por los sistemas del individualismo jurídico y del universalismo unilateral. Frente al 20 GURVITCH, Georges. Tratado de sociología. v. 2. Lisboa, Portugal: Iniciativas Editoriais, p. 239.

21 21 individualismo jurídico que informa el Derecho individual, el Derecho social de integración se construye sobre el principio da solidaridad social. 21 A ideia do direito social de Gurvitch, segundo Morais, surgiu para ir de encontro ao pensamento individualista existente no meio jurídico, e seu objetivo era reformular a ideia de direito para aproximá-la da realidade social da época, ou seja, construir um pensamento que dissesse respeito a outro direito não mais vinculado ao indivíduo isolado, mas ao grupo social 22 em que está inserido. Dessa forma, passaria o Estado a ser o responsável somente pela regulação e promoção do bemestar social caracterizando a ideia do welfare state. 23 Em verdade, essa nova ideia de direito social busca superar os limites próprios do Estado Social, concebendo a autorregulação a partir da atuação dos sujeitos sociais, transformando as regras em normas interiores ao conjunto social e não mais impostas pelo Estado, causando a desnecessidade de sancionamento. Ainda nesse sentido, segundo Hermany, a concepção do direito social como resultado de um processo de autorregulação por parte dos agentes da sociedade, que se traduz por um sujeito complexo, acaba por superar o formalismo do direito oficial pela construção de regras efetivamente legitimadas, produto da evolução e da articulação social por si mesma, inexistindo, desse modo, qualquer relação causal ou de precedência. 24 Ainda conforme Hermany, direito social é aquele direito que é produzido pela própria sociedade, sendo assim uma regulação autônoma de cada grupo social, O Direito social é o Direito autônomo de comunhão pelo qual se integra de uma forma objetiva cada totalidade ativa, concreta e real encarnando um valor positivo, Direito de integração (ou se se prefere de inordenação), distinto do direito de coordenação (ordem de Direito individual), e do Direito de subordinação, somente reconhecido pelos sistemas de individualismo jurídico e do universalismo unilateral. Frente ao sistema jurídico que informa o Direito individual, o Direito social de integração se constrói sobre o princípio da solidariedade social. (tradução livre) GURVITCH, Georges. La idea del derecho social: noción y sistema del derecho social. Historia doctrinal desde el siglo XVII hasta el fin del siglo XIX. Granada. Editorial Comares, S.L., p. XXIV. Cada grupo y cada conjunto posee, en efecto, la capacidade de engendrar su própio orden jurídico autonómico reglamentando su vida interior. Los grupos y sus conjuntos no atienden a la intervención del Estado para participar, en tanto que fuerzas autónomas de reglamentación jurídica, en la trama compleja de la vida del Derecho, donde los diferentes órdenes de Derecho se confrontan, se combaten, se interpenetran, se equilibran y se situán jerárquicamente de la forma más variada. GURVITCH, op. cit., p. XXVII. MORAIS, Jose Luis Bolzan de. A idéia de direito social: o pluralismo jurídico de Georges Gurvitch. Porto Alegre: Livraria do Advogado, HERMANY, Ricardo. Direito Social e Poder Local: possibilidades e perspectivas para a construção de um novo paradigma de integração entre sociedade e espaço público estatal. Tese (Doutorado em Direito). Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, São Leopoldo, 2003.

22 22 permanecendo alheio ao direito posto pelo Estado, e tem como característica o fato de que cada grupo e cada conjunto possui a capacidade de produzir a sua própria ordem jurídica autônoma capaz de regular sua vida interna. Desse modo, o direito social permite que os sujeitos participem diretamente na elaboração de regras jurídicas. Com isso, é substancialmente democrático e contribui para realizar o princípio da democracia constitucional, pois esta forma de direito está fundada na confiança e na participação, de modo que o direito social não pode ser imposto e favorece a autonomia jurídica dos interessados e lhes permite governar-se a si mesmos. 25 Na perspectiva exposta, esse direito social é como um direito de comunhão, um direito de coletividades, um direito interior, onde não há separação entre produtores e consumidores e cuja efetividade não está atrelada à ideia de sanção incondicionada, como repressão ao comportamento desviante. 26 Assim, o direito social, ao permitir que os agentes sociais sejam emissores e receptores do direito, ao mesmo tempo, aceita que se estabeleça uma lógica reflexiva com a teoria habermasiana. Segundo Hermany, a proposta de Gurvitch, ao apontar o direito social como sendo um produto da articulação das organizações complexas, acaba assemelhando-se ao processo discursivo de ação comunicativa proposto por Habermas, pois a participação do cidadão na construção de normas e decisões públicas são condicionantes de legitimidade destas e este processo se dá a partir de uma ação comunicativa, em que os atores sociais têm seus papéis fortalecidos. 27 Desse modo, conforme ensina o autor, o consenso obtido pela sociedade mediante um agir comunicativo vincula o reconhecimento social ao direito de base reflexiva. Assim, pode-se constatar que o direito encontra sua legitimidade na articulação reflexiva dos atores sociais, mantendo uma relação muito próxima à sociedade devido às manifestações de vontade e opinião desses atores. Por isso, os destinatários das regras e das decisões públicas são também autores, cabendo à GURVITCH, Georges. La idea del derecho social: noción y sistema del derecho social. Historia doctrinal desde el siglo XVII hasta el fin del siglo XIX. Granada. Editorial Comares, S.L., p. XXVIII. MORAIS, Jose Luis Bolzan de. A idéia de direito social: o pluralismo jurídico de Georges Gurvitch. Porto Alegre: Livraria do Advogado, p. 39. HERMANY, Ricardo. Direito Social e Poder Local: possibilidades e perspectivas para a construção de um novo paradigma de integração entre sociedade e espaço público estatal. Tese (Doutorado em Direito). Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, São Leopoldo, 2003.

23 23 sociedade o duplo papel no processo decisório, em que são os destinatários simultaneamente os autores de seus direitos. 28 O mesmo ocorre no interior das cooperativas, em especial, se analisadas a partir de sua origem, uma vez que se cria no interior da sociedade uma espécie de direito da qual seus componentes são, ao mesmo tempo, autores e destinatários das regras e decisões tomadas em coletividade. Quanto aos modelos de direito social, cabe observar as diferenças entre o direito social considerado puro e a segunda modalidade, que se interliga com o Estado por meio do aparato jurídico positivo. Tais distinções são fundamentais para a compreensão das características que o direito social deve agregar a fim de evitar uma redução ao modelo de direito liberal, viabilizando a caracterização da posição intermediária, que amplia a participação da sociedade no processo de formação e de controle das decisões públicas, sem que isso implique a superação dos institutos representativos estatais. 29 Para Georges Gurvitch, o direito social puro e independente é aquele que, em situação de conflito, se coloca em posição de igualdade ao direito estatal e não recorre à sanção incondicionada do Estado. Ainda nessa perspectiva, a definição de direito social puro e independente é a de que essa forma de direito é pura na medida em que não busca recurso em uma sanção incondicionada, e é independente quando, em caso de conflito com o direito estatal, se coloca em igualdade com este. Entretanto, no momento em que o direito social apresenta uma relação de subordinação ao direito estatal, ele passa a ser um direito social puro, mas sujeito à tutela do Estado. 30 Quanto às demais formas de direito social, essas se apresentam em oposição ao direito social puro, pois, conforme Morais, o direito social anexado é, na verdade, o direito autônomo de um grupo posto a serviço da ordem estatal, e que, em razão de sua colocação a serviço da ordem jurídica estatal, perde a sua pureza. Nesse HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade I. Tradução de Flávio Beno Siebeneichler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, p HERMANY, Ricardo. Direito Social e Poder Local: possibilidades e perspectivas para a construção de um novo paradigma de integração entre sociedade e espaço público estatal. Tese (Doutorado em Direito). Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS, São Leopoldo, p. 40. MORAIS, Jose Luis Bolzan de. A idéia de direito social: o pluralismo jurídico de Georges Gurvitch. Porto Alegre: Livraria do Advogado, p. 50.

24 24 caso, a autonomia dessa forma de direito social apresenta uma relação de dependência ao regime de Estado ao qual está vinculado. 31 Nesse aspecto, Gurvitch explica que: El derecho social anexionado es el derecho de integración autónomo de una agrupación, puesto al servicio del orden del derecho estatal, em cual es incorporado con vistas a este objetivo. Esta incorporación del derecho social anexionado en el derecho del Estado no es idêntica a su disolución en este orden ni a la transformación de la agrupación en cuestión en um órgano directo del Estado. El derecho social anexionado conserva una cierta autonomía y su fuerza obligatoria no se fundamenta apenas en una delegación del Estado; el grupo que aquel rige se afirma como una personalidad jurídica distinta de la organización del Estado. Sin embargo, la anexión del derecho social autónomo por el orden del derecho del Estado es muy diferente de una simple sumisión em caso de conflito, como es caso del derecho social puro encuadrado en el derecho privado. 32 Assim, no caso do direito social anexado, a sua autonomia tem sua eficácia dependente do regime do Estado ao qual é incorporado. Dessa forma, ela será efetiva na razão direta do conteúdo democrático deste, mas o direito social anexado permanece sempre adstrito à característica sancionadora do ordenamento jurídico normativo estatal. 33 O direito social condensado, por sua vez, trata-se de uma forma muito especial de direito social, à medida que se liga à ordem normativa estatal, transformando-se em produto de uma organização igualitária de colaboração, sem perder sua característica de ordem normativa social, mesmo sendo uma ordem estatal. Dessa forma, Gurvitch esclarece que: El orden del derecho estatal, como lo hemos indicado ya, sólo en un caso constituye una espécie del derecho de integración social, a saber, cuando se trata de um Estado netamente democrático. Si el derecho constitucional MORAIS, Jose Luis Bolzan de. A idéia de direito social: o pluralismo jurídico de Georges Gurvitch. Porto Alegre: Livraria do Advogado, p. 50. O direito social anexado é o direito de integração autônomo de uma agrupação, posto ao serviço da ordem estatal, na qual é incorporado com vistas a este objetivo. Esta incorporação do direito social anexado no direito do Estado não é idêntica a sua dissolução nesta ordem nem a transformação da agrupação em questão em um órgão direto do Estado. O direito social anexado conserva certa autonomia, e sua força obrigatória não se fundamenta apenas em uma delegação do Estado; o grupo que aquele rege se afirma como uma delegação do Estado; o grupo que aquele rege se afirma como uma personalidade jurídica distinta da organização do Estado. Sem embrago, a anexação do direito social autônomo pela ordem de direito do Estado é muito diferente de uma simples submissão em caso de conflito, como é o caso do direito social puro enquadrado no direito privado. (tradução livre) GURVITCH, Georges. La idea del derecho social: noción y sistema del derecho social. Historia doctrinal desde el siglo XVII hasta el fin del siglo XIX. Granada. Editorial Comares, S.L., p. 77. MORAIS, op. cit., p. 51.

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