Relatório 3 Óleos lubrificantes

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1 Relatório 3 Óleos lubrificantes

2 Este trabalho foi realizado com recursos do Fundo de Estruturação de Projetos do BNDES (FEP), no âmbito da Chamada Pública BNDES/FEP No. 03/2011. Disponível com mais detalhes em < O conteúdo desta publicação é de exclusiva responsabilidade dos autores, não refletindo, necessariamente, a opinião do BNDES. É permitida a reprodução total ou parcial dos artigos desta publicação, desde que citada a fonte. Autoria e Edição de Bain & Company 1ª Edição Janeiro 2014 Bain & Company Rua Olimpíadas, º andar São Paulo - SP - Brasil Fone: (11) Site: Gas Energy Av. Presidente Vargas, andar Rio de Janeiro - RJ - Brasil Fone: (21) Site:

3 Índice Óleos Lubrificantes Escopo Condições de demanda Mercado mundial Mercado brasileiro Balança comercial Fatores de produção Rotas tecnológicas Matérias-primas e infraestrutura Capital Recursos humanos e equipe de gestão Ambiente regulatório Dinâmica da indústria Estratégia de atuação dos players no mundo Estratégia de atuação dos players no Brasil Escala de plantas e investimentos Situação econômica das empresas atuantes no Brasil Rede de distribuição Acessibilidade ao mercado externo Indústrias relacionadas Diagnóstico e plano de ação Rota renovável Rerrefino Processo GTL REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 33

4 Óleos Lubrificantes 1. Escopo Os óleos lubrificantes são produtos utilizados para reduzir atritos, refrigerar e manter limpos componentes móveis de motores e equipamentos. São compostos de óleos básicos e aditivos. Cadeia de valor A cadeia de valor dos lubrificantes pode ser dividida em quatro elos, que são representados na Figura 1. A cadeia se inicia com os óleos básicos (também chamados de bases), principal matéria-prima para a produção dos diversos tipos de lubrificantes. As bases são combinadas com aditivos que conferem propriedades físicas e/ou químicas especiais aos lubrificantes, que são utilizados e descartados. Óleos usados podem ser reciclados, voltando à cadeia de valor. Figura 1: Cadeia de valor do segmento de lubrificantes Elo 1: Produção dos óleos básicos Os óleos básicos compõem o primeiro elo da cadeia e podem ter diversas origens: Óleos renováveis: de origem animal ou vegetal, procedentes da oleoquímica; Óleos minerais: derivados de petróleo, procedentes da cadeia de refino; Óleos sintéticos: produzidos a partir de óleos industrialmente sintetizados provenientes da cadeia petroquímica; Óleos compostos: constituídos pela mistura de dois ou mais tipos; Óleo usado ou contaminado (OLUC): após o uso, o óleo pode ser reciclado através de um processo de rerrefino. O rerrefino compreende a remoção de contaminantes, de 4

5 produtos de degradação e de aditivos dos OLUCs, conferindo a estes características de óleos básicos que atendam às especificações em vigor 1. Os óleos básicos são usualmente classificados em cinco grupos, denominados Grupos API, de acordo com o American Petroleum Institute (API) 2. A classificação nestes grupos é ditada pela qualidade e pela composição química dos óleos básicos. Os cinco grupos são: Grupo I: óleos básicos provenientes da destilação fracionada do petróleo na refinaria, seguida de um processo de extração por solvente, destinado a melhorar propriedades como a estabilidade à oxidação e para remoção de ceras; Grupo II: óleos básicos provenientes da destilação fracionada do petróleo, seguida de um processo de hidro tratamento (hidrogenação e remoção de impurezas); Grupo III: óleos básicos do Grupo II submetidos a um processo adicional de hidro tratamento, visando obtenção de melhores índices de viscosidade; Grupo IV: óleos compostos por polialfaolefinas (PAO) obtidas normalmente pela trimerização catalítica do deceno-1; Grupo V: todos os demais óleos básicos não inclusos nos grupos de I a IV. São exemplos deste grupo os óleos naftênicos e os ésteres. Os óleos dos Grupos I e II são conhecidos como minerais e os óleos dos grupos IV e V como sintéticos. Os óleos do Grupo III são designados como sintéticos na maioria dos países, mas como minerais em outros por derivarem do refino do petróleo. No Estudo, os óleos do grupo III são tratados como minerais. A qualidade do óleo básico determina a qualidade final do lubrificante. Óleos básicos do Grupo IV normalmente geram os lubrificantes de melhor qualidade, seguidos, respectivamente, dos Grupos III, II e I. O Grupo V, de forma geral, possui qualidade superior, porém há exceções devido à grande diversidade de óleos contida no grupo. Apesar disso, o uso de aditivos pode conferir propriedades semelhantes a lubrificantes de diferentes bases. Elo 2: Aditivação Os aditivos são compostos químicos que, quando adicionados aos óleos básicos, reforçam algumas qualidades ou eliminam propriedades indesejáveis destes. É possível classificá-los segundo as propriedades adicionadas aos óleos base: aditivos detergentes, dispersantes, anti-desgaste etc. Elo 3: Formulação dos lubrificantes Lubrificantes acabados contêm, em volume, aproximadamente 10% de aditivos e 90% de óleos básicos, de acordo com especialistas. Os lubrificantes possuem uma ampla gama de classificações segundo sua qualidade e suas propriedades, sendo uma delas a classificação 1 Agência Nacional do Petróleo (ANP) 2 Existem classificações definidas por outras agências. 5

6 API 3. Uma categoria de especial interesse no Estudo é a dos biolubrificantes (derivados de insumos renováveis), devido principalmente à vantagem competitiva que o Brasil apresenta no setor agrícola e às perspectivas de crescimento desse mercado no Brasil e no mundo. Elo 4: Consumo Por fim, o lubrificante é utilizado em diversas aplicações. O setor automotivo, por exemplo, é o maior consumidor de lubrificantes, sendo responsável por 60% do consumo total de lubrificantes no Brasil em Em seguida vem o setor industrial, que representou 30% do mercado brasileiro de lubrificantes no mesmo ano. Os demais setores como o naval, ferroviário e aéreo somaram os 10% restantes. 2. Condições de demanda 2.1. Mercado mundial A demanda global de lubrificantes foi de 39,2 milhões de toneladas em 2012 e cresceu a uma taxa aproximada de 1,0% ao ano entre 2007 e 2012, como mostra a Figura 2. Para o período de 2012 a 2017 espera-se um crescimento mais acelerado em função, principalmente, de um reaquecimento das economias da América do Norte e da Europa. Espera-se que as demais regiões do mundo mantenham para o período de 2012 a 2017 um ritmo de crescimento semelhante ao apresentado entre 2007 a Nota-se que a projeção de crescimento da demanda global por lubrificantes de 2,3% ao ano para o período de 2012 a 2017 é inferior à projeção de crescimento do PIB mundial para o mesmo período, que é de 3,9% 5 ao ano. Dentre os motivos para tal diferença destacam-se o aumento da eficácia dos lubrificantes, que proporcionam maiores períodos entre as trocas, e a utilização de motores mais modernos e cada vez menores, exigindo quantidades cada vez menores de lubrificantes e evitando perdas em uso. 3 A Society of Automotive Engineers (SAE) também classifica os lubrificantes automotivos, além de algumas montadoras de automóveis que possuem classificações próprias. 4 Entrevista com Sindicom 5 LCA Consultores,

7 Figura 2: Demanda de lubrificantes no mundo Há outras duas tendências relevantes no mercado de lubrificantes que merecem destaque: o aumento da demanda por lubrificantes obtidos a partir de fontes renováveis, os biolubrificantes, e a maior exigência do mercado por lubrificantes de maior qualidade. De acordo com uma empresa que atua também no segmento de biolubrificantes, os produtos desse segmento atualmente já representam aproximadamente 1% da demanda global de lubrificantes e o segmento possui boas perspectivas de crescimento. A empresa acredita que em 2017 este percentual aumente para aproximadamente 3%. Um dos principais fatores que suportam esta tendência é a política ambiental europeia EN13432, que criou exigências para o descarte de lubrificantes. O descarte de biolubrificantes tende a ter um menor custo, tornando o produto mais competitivo sob a ótica de custo total. A tendência por lubrificantes de maior qualidade é resultado, principalmente, do desenvolvimento tecnológico. Novos equipamentos demandam lubrificantes de maior qualidade para garantir a proteção dos equipamentos contra, por exemplo, superaquecimento e desgaste excessivo das peças, em novas condições de operação. 7

8 As tendências observadas no mercado de lubrificantes afetam diretamente o mercado de óleos básicos. Para produção de lubrificantes de maior qualidade é necessária à utilização de óleos básicos também de melhor qualidade. Com isso, espera-se uma mudança no mix de consumo dos diferentes Grupos API de óleos básicos de origem mineral (Grupos I, II e III). Os óleos do Grupo I, de menor qualidade, tendem a perder participação no consumo total de óleos básicos para os óleos dos Grupos II e III, de maior qualidade. Estima-se que o share dos óleos do Grupo I caia de 53% em 2012 para 30% em 2018, enquanto o Share dos Grupos II e III aumente de 37% em 2012 para 59% em Os desbalanceamentos entre a oferta e a demanda e, consequentemente, de preços, também tendem a influenciar o intercâmbio entre os grupos de óleos básicos. Mesmo sendo mais sofisticados, alguns dos óleos pertencentes ao Grupo II podem ser mais baratos que os do Grupo I, principalmente devido ao excesso de oferta de óleo do Grupo II 7. Em 2013, os preços de óleos básicos do Grupo I, no mercado brasileiro, por exemplo, variaram entre aproximadamente e dólares por tonelada, enquanto óleos do Grupo II estavam precificados entre aproximadamente e dólares por tonelada 8,9. Outra mudança esperada no share de óleos básicos diz respeito ao aumento da participação de óleos sintéticos (Grupos IV e V, incluindo os biolubrificantes), que passou de 10% em 2012 para 11% em Apesar de possuírem maior qualidade e de haver uma tendência de aumento no consumo de biolubrificantes, o elevado custo dos óleos sintéticos em comparação com os minerais impede um crescimento mais acelerado. Dados sobre a rentabilidade das empresas nesse segmento são de difícil acesso. As maiores empresas do setor atuam, em geral, em diversos segmentos, dentre os quais o segmento de lubrificantes não é o mais relevante. Normalmente as produtoras de óleos básicos ou de lubrificantes também atuam no segmento de combustíveis, que representa a maior parte de suas operações. As empresas produtoras de aditivos para lubrificantes possuem capital fechado e não disponibilizam suas informações financeiras ao mercado. Especialistas afirmam que no segmento de lubrificantes as maiores margens são aproveitadas pelos detentores das tecnologias mais avançadas, como os produtores de aditivos para lubrificantes. 6 Agência Virtual e consórcio Bain / Gas Energy. 7 Agência Virtual. 8 Referentes aos óleos básicos com índice de viscosidade igual a Revista Lubes N Greases 8

9 2.2. Mercado brasileiro O mercado brasileiro de lubrificantes foi de 1,26 milhões de toneladas em segundo o Sindicom (o mesmo mercado é estimado em 1,24 milhões de toneladas pela Freedonia, fonte do histórico e das projeções de crescimento utilizadas na Figura 3). Estima-se que esse mercado tenha atingido um valor de 4,5 bilhões de dólares no mesmo ano 11. Este mercado é avaliado a seguir sob três aspectos: crescimento dos volumes físicos, demanda por lubrificantes de maior qualidade e regulamentação. Crescimento dos volumes físicos O mercado brasileiro de lubrificantes apresentou uma taxa média de crescimento de 2,6% ao ano entre 2002 e 2012 (Figura 3). Para o período de 2012 a 2022, projeta-se para esse mercado um crescimento de 2,8% ao ano. Figura 3: Demanda de lubrificantes no Brasil A expansão do mercado automotivo nacional e o crescimento da indústria brasileira tendem a impulsionar o consumo brasileiro de lubrificantes, enquanto motores mais modernos e maior eficiência dos lubrificantes atuais tendem a segurar o aumento do volume de lubrificantes consumidos. 10 Especialistas consideram que este volume é composto por 90% (1,13 milhões de toneladas) de óleos básicos e 10% (0,13 milhões de toneladas) de aditivos. 11 Valor estimado a partir do preço médio de venda dos lubrificantes e óleos básicos (Relatório de resultados 4T13 da Cosan), do volume de venda de lubrificantes (Sindicom) e pela relação dos preços médios de importação de lubrificantes e óleos básicos (Aliceweb). 9

10 O mercado automotivo avançou de forma expressiva nos últimos anos. O número de automóveis em circulação no Brasil cresceu de 30 milhões, em janeiro de 2008, para 42,6 milhões, em dezembro de Além disso, especialistas afirmam que a distância média percorrida pelos automóveis também tem crescido e essa tendência deve ser mantida. A produção industrial brasileira, indicada pelo PIB industrial, possui perspectiva de crescimento. Com previsão de crescimento médio anual de 3,6% 1 até 2025, o aumento do PIB industrial brasileiro deve estimular a demanda local por lubrificantes industriais. Já o aumento da eficácia dos lubrificantes e a utilização de motores mais modernos, duas tendências esperadas também para o mercado brasileiro, tendem a reduzir a demanda local por lubrificantes. Demanda por lubrificantes de maior qualidade Em comparação com os países desenvolvidos, os lubrificantes consumidos localmente possuem qualidade inferior, tanto no mercado automotivo quanto no industrial. Especialistas afirmam que a defasagem tecnológica dos veículos que circulam no Brasil em relação àqueles dos países desenvolvidos é o principal fator que explica a utilização de lubrificantes com qualidade inferior no subsegmento dos lubrificantes automotivos no Brasil. Entretanto, a baixa sofisticação do consumo brasileiro é percebida por especialistas como temporária. Acredita-se em uma evolução no perfil da demanda no médio prazo, principalmente no segmento automotivo, conforme tendência global. Com o programa Inovar-Auto 13, diversas montadoras anunciaram a instalação de unidades produtivas no Brasil com início de operação a partir de Espera-se que a maior presença de fábricas de automóveis estimule o desenvolvimento local do segmento, melhorando a qualidade dos veículos em circulação no território nacional. Além disso, existem também novas regulações sobre emissões de poluentes veiculares que podem aumentar a demanda por lubrificantes de melhor qualidade 14. Espera-se, portanto, uma redução no consumo nacional de óleos básicos do Grupo I, óleos de menor qualidade. Regulamentação Regulações mais rígidas nos campos ambiental e de saúde têm impactado a demanda de lubrificantes no mundo e no Brasil. Dentre os maiores impactos provenientes destas regulamentações no mundo estão: adoção de lubrificantes de grau alimentício 15 em maquinários da indústria alimentícia e utilização de lubrificantes biodegradáveis em transformadores. 12 Anfavea. 13 Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores 14 A regulação está detalhada no tópico referente ao Ambiente regulatório. 15 Lubrificantes classificados como de grau alimentício não podem possuir substâncias tóxicas aos seres humanos. Esta restrição é importante no caso de contato com algum alimento durante o processo produtivo da indústria alimentícia. 10

11 Segundo especialistas, a exigência do uso de lubrificantes de grau alimentício para aplicação na indústria alimentícia, observada em alguns países desenvolvidos, gerou um aumento da demanda global por biolubrificantes para este fim. O Brasil ainda não possui uma regulamentação específica para lubrificantes de grau alimentício. Os óleos vegetais para transformadores de potência já estão ganhando mercado no exterior. Segundo uma empresa do setor, aproximadamente 20% dos óleos utilizados em transformadores nos Estados Unidos em 2012 foram óleos vegetais, enquanto no Brasil os óleos vegetais corresponderam a apenas 3% do total de óleo utilizado em transformadores. Esta tendência de aumento da utilização de óleos vegetais em transformadores decorre, dentre outros fatos, do alto custo para remediação de áreas onde ocorre vazamento de óleo mineral dos transformadores. Com o desenvolvimento destas e de outras aplicações baseadas em biolubrificantes, especialistas acreditam que o mercado local de óleos com origem renovável, apesar de ainda pequeno, deva crescer nos próximos anos. Em 2012, o consumo de biolubrificantes no Brasil foi de 1,4 mil toneladas. Este valor representa apenas 0,1% do volume total de lubrificantes do mercado local, enquanto a parcela dos biolubrificantes no mercado global já é de 1% Balança comercial O crescimento da demanda brasileira por lubrificantes tem se convertido em aumento das importações desse segmento. De 2008 a 2012 houve um crescimento de 30% do volume de importações (Figura 4), levando o déficit do segmento a quase 1 bilhão de dólares em 2012 (importações de milhões de dólares e exportações de 209 milhões de dólares). Os óleos básicos foram responsáveis por aproximadamente 60% desse déficit, enquanto os lubrificantes acabados representaram 23% e os aditivos, 17%. 16 Entrevista com especialistas do setor. 11

12 Figura 4: Balança comercial de lubrificantes do Brasil As importações líquidas de 437 mil toneladas de óleos básicos (importações de 502 mil toneladas e exportações de 65 mil toneladas) representaram aproximadamente 36% do consumo local em O restante do mercado local foi atendido pela produção das refinarias brasileiras (45%) e pelo rerrefino local 17 (19%), como explicitado na Figura 5. Apesar do crescimento da demanda brasileira por lubrificantes, a produção local de óleos básicos manteve-se constante nos últimos cinco anos Os dados fornecidos em volume foram convertidos para toneladas usando-se uma densidade média de 0,9 kg/l, sugerida por especialistas do segmento. 18 Devido à estratégia da Petrobras, fora do escopo do Estudo. 12

13 Figura 5: Oferta de óleos básicos no Brasil No mercado de lubrificantes acabados, o saldo do comércio exterior brasileiro foi, em 2012, de 95 mil toneladas (importações de 136 mil toneladas e exportações de 41 mil toneladas). Esse saldo representou, em volume, aproximadamente 8% da demanda local em Já, para atender a demanda local de lubrificantes, foram utilizados principalmente aditivos importados. Apesar de 2 dos 4 principais players globais de aditivos para lubrificantes possuírem plantas no Brasil, a importação de aditivos para lubrificantes entre 2008 e 2012 cresceu a uma taxa de 14% ao ano. Em 2008, as importações líquidas desses aditivos supriram, em volume, 16% da demanda local. Em 2012, essa parcela passou para 40%. 13

14 3. Fatores de produção A fim de identificar as principais causas do elevado déficit comercial no segmento, foram avaliadas as condições dos fatores de produção local das principais rotas tecnológicas para a obtenção dos óleos básicos 19. Esses fatores foram organizados em cinco blocos: Rotas tecnológicas Matéria-prima e infraestrutura; Capital para financiamento; Disponibilidade de recursos humanos e qualificação dos profissionais; Ambiente regulatório Rotas tecnológicas As quatro principais rotas para obtenção dos óleos básicos são a rota convencional (refino), o rerrefino, a rota renovável e a rota XTL (conversão de carvão, gás ou biomassa em óleo básico). Estas rotas são abordadas a seguir. Rota convencional (refino) Essa é a rota que parte do refino do petróleo e é responsável por quase a totalidade da produção global de óleos básicos. Dependendo do Grupo API 20 desejado, o petróleo passa por um processo de destilação fracionada e até dois processos de hidro tratamento. Óleos do Grupo I são produzidos a partir da destilação fracionada. O processo de hidro refino produz óleos do Grupo II, enquanto aplicando-se também o hidro craqueamento são fabricados óleos do Grupo III. Rerrefino É o processo através do qual se obtém óleos básicos por meio do refino de lubrificantes usados ou contaminados (OLUC). O óleo básico obtido através do rerrefino pode ter diferentes graus de qualidade de acordo com a tecnologia empregada. A tecnologia empregada também está associada à eficiência do processo (% de óleo básico obtido a partir do OLUC). A principal tecnologia empregada no Brasil é o processo Meiken melhorado (ou ácido/argila), que contempla a neutralização da borra ácida produzida no processo convencional. Se comparada a outras tecnologias disponíveis 21, o processo Meiken melhorado requer menor investimento e possui menor custo de manutenção 22. No entanto, 19 As rotas para obtenção dos aditivos não serão abordadas por haver consenso entre os especialistas consultados sobre a falta de oportunidade neste subsegmento e pelo fato dos aditivos possuírem pequena relevância na balança comercial de lubrificantes. 20 Classificação dos óleos básicos em cinco grupos, de acordo com a qualidade e com a estrutura química. 21 Destilação/evaporação pelicular, extração a propano e hidrogenação. 22 Segundo especialistas do setor. 14

15 este processo possui uma menor eficiência e obtém produtos finais com qualidades inferiores. Rota renovável As matérias primas básicas utilizadas na rota renovável provem de plantas oleaginosas. As oleaginosas são processadas em biorrefinarias, onde são obtidos produtos intermediários, dentre os quais, aqueles utilizados na produção de óleos básicos (ex.: as polialfaolefinas e os ésteres). Por fim, cada um destes produtos intermediários passa por um processo químico específico para a obtenção dos óleos básicos. Os lubrificantes obtidos por esta rota (biolubrificantes), ainda são pouco competitivos em custo quando comparados aos lubrificantes obtidos pela rota convencional. Porém, com a expectativa de crescimento da demanda por biolubrificantes, observam-se muitos investimentos direcionados para a rota renovável, além do efeito do ganho de produtividade através do aumento da experiência acumulada (curva de experiência) 23. Com isso, o custo de produção através desta rota tende a diminuir nos próximos anos. Rota XTL A rota XTL é constituída por processos que transformam o gás (por meio do processo gas-toliquids GTL), o carvão (por meio do coal-to-liquids CTL) e a biomassa (por meio do biomass-to-liquids BTL) em óleos básicos. GTL e o CTL são tecnologias já comprovadas e utilizadas em larga escala em diferentes partes do mundo. O CTL é amplamente empregado na China, onde há grande oferta de carvão. No Qatar há uma planta de escala mundial que utiliza a rota GTL. Já pode ser observada nos Estados Unidos uma mobilização das companhias de petróleo na direção do GTL 24. Este movimento pode ser explicado, em parte, devido à disponibilidade de gás não convencional de baixo custo (shale gas). Já o BTL, segundo especialistas do setor, ainda não é economicamente viável. A dificuldade tecnológica do BTL consiste na separação eficiente e econômica do óleo complexo produzido durante a gaseificação da biomassa Matérias-primas e infraestrutura Rota convencional (refino) A rota convencional gera óleo básico a partir do refino do Petróleo. No Brasil a produção de óleo básico por esta rota está concentrada na Petrobras. Este Estudo não aborda a estratégia de refino do petróleo brasileiro, atribuição da Petrobras no âmbito do Governo Federal. 23 Segundo especialistas do setor. 24 Segundo especialistas do setor. 15

16 Rerrefino A matéria-prima do rerrefino são os óleos lubrificantes usados ou contaminados (OLUCs), gerados a partir do consumo de lubrificantes a uma taxa de aproximadamente 45% (Figura 6). A disponibilidade de matéria-prima para o rerrefino depende, portanto, do consumo de lubrificantes e da eficiência de coleta destes OLUCs (percentual da geração de OLUCs que é coletado e direcionado ao rerrefino). Figura 6: Divisão da coleta de óleo no Brasil 25 Apesar do elevado percentual de lubrificantes não aproveitados (199 de 573 mil toneladas), o indicador de coleta de 2012, calculado a partir da base de cálculo (consumo de lubrificantes menos atividades dispensadas da coleta) está em linha com a meta definida pelo Ministério do Meio Ambiente através da Portaria Interministerial MMA/MME nº 59 de 2012, conforme demonstra a Figura Dispensados de coleta: o CONAMA, pela resolução 362, admite que alguns tipos de óleos lubrificantes estejam dispensados de coleta, dependendo da sua aplicação; Perdas: perdas inerentes aos processos industriais e à evaporação. 16

17 Figura 7: Percentual de coleta de óleo no Brasil Rota renovável A viabilidade da rota renovável depende da segurança de suprimento de sua principal matéria-prima básica, as plantas oleaginosas, e de sua matéria-prima direta, os óleos vegetais. No elo de produção de oleaginosas, o Brasil possui vantagem competitiva em diferentes dimensões: clima favorável, grande extensão de terras cultiváveis, variada disponibilidade de oleaginosas e detenção de tecnologia empregada à lavoura. A infraestrutura logística local pode representar um obstáculo, mas este obstáculo pode ser minimizado ao aproximar a produção do óleo e as áreas de cultivo. A competitividade das oleaginosas no País é abordada com maior detalhe no Relatório sobre oleoquímicos. Rota XTL O Brasil possui diferentes cenários de competitividade para os insumos base das rotas BTL, CTL e GTL. A matéria-prima da rota BTL é biomassa. A disponibilidade desta matéria-prima e a alta produtividade da agricultura brasileira colocam o Brasil em uma posição privilegiada de competitividade nesta rota. 17

18 O País não apresenta um cenário muito favorável para o desenvolvimento da rota CTL. As principais limitações estão na baixa disponibilidade e qualidade da matéria-prima local. A disponibilidade de carvão no território brasileiro é limitada. Em 2008, o País possuía apenas 0,1% das reservas mundiais de carvão 26. Além disso, a qualidade do carvão nacional é baixa: apresenta baixo conteúdo energético e elevado teor de impurezas 27. Apesar de não ser viável no curto prazo devido à deficiência no fornecimento de gás natural, a rota GTL pode ser uma alternativa possível no longo prazo. A partir de 2020 é esperado um aumento na oferta brasileira de gás natural 28, o qual poderia ser utilizado para abastecer uma planta de GTL. A rota GTL requer uma infraestrutura de gasodutos que permita o suprimento da planta a partir dos locais de produção do gás natural. É esperado que, com o aumento da produção de gás, previsto para 2020, a estrutura atual de gasodutos não atenda o maior volume e capilaridade da produção. A correta localização da planta de GTL é fundamental para minimizar a necessidade de investimentos em gasodutos. Ao localizar uma planta GTL próximo à produção de gás natural é possível minimizar a necessidade de dutos para escoar a produção de gás. Este benefício não se aplica apenas ao segmento de lubrificantes, mas também a todas as demais utilizações do gás natural Capital Rota convencional (refino) A avaliação do custo e disponibilidade de capital assim como o perfil de risco associado aos investimentos não é abordado para a rota do refino por se tratar de uma atribuição da Petrobras no âmbito do Governo Federal. Rerrefino Recentemente o Grupo Lwart recebeu financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a produção de uma unidade de rerrefino. Cobrindo 60% do investimento de 230 milhões de reais, este investimento demonstra a economicidade desse negócio e abre um leque de possibilidades para novos investimentos em rerrefino. Rota renovável A rota renovável ainda é incipiente no Brasil e depende de investimentos em P&D. Isto caracteriza a necessidade de capital de risco. Rota XTL Não foram obtidas informações sobre custo e disponibilidade de capital para a rota XTL no Brasil. 26 Aneel. 27 Aneel. 28 Ministério de Minas e Energias; Plano Decenal de Expansão de Energia

19 3.4. Recursos humanos e equipe de gestão Outro ponto relevante é a disponibilidade de recursos humanos e a capacitação da equipe de gestão. No Brasil, a oferta de profissionais qualificados não foi identificada pelos especialistas do setor como uma ameaça ao crescimento do mercado local de lubrificantes. Porém, alguns especialistas do setor ressaltaram que há deficiência de recursos humanos em áreas técnicas voltadas para testes de qualidade e P&D Ambiente regulatório Rota convencional (refino) O ambiente regulatório relacionado ao refino não é abordado neste Estudo. Rerrefino Atualmente, apesar da pouco fiscalizado, o segmento do rerrefino já possui regulação bem definida. A Portaria Interministerial nº 59/2012, por exemplo, define que um dos requisitos para se registrar como produtor ou importador de lubrificantes é ter contrato com uma empresa coletora de OLUC cadastrada na ANP 29. Além disso, tal norma também define percentuais mínimos de rerrefino para cada Estado conforme o grau de dificuldade de coletar os óleos usados. Em 2012, o índice de rerrefino teve média de 36,9% 30 no Brasil. Já para 2015, a exigência mínima será de 38,5%. Além da norma citada anteriormente, a Resolução 362 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), indica o rerrefino como destino prioritário de todo o óleo usado ou contaminado que tenha sido coletado. Devido à falta de fiscalização, ainda existem desvios dos óleos lubrificantes usados. Segundo especialista, isso ocorre, principalmente, porque o valor que os rerrefinadores oferecem pelos OLUCs é inferior ao preço pago nos usos alternativos, como por exemplo: queima, reutilização fora das normas, etc. Rota renovável A regulamentação do uso de lubrificantes a partir de rotas renováveis no Brasil ainda é pouco desenvolvida. Existem lacunas de regulamentação, por exemplo, no subsegmento de lubrificantes de grau alimentício 31. No Brasil não existem regras específicas para estes lubrificantes e os dois agentes envolvidos parecem não possuir condições suficientes para fiscalizar esse setor. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) define apenas que as indústrias alimentícias devem seguir boas práticas. Já a Agência Nacional do Petróleo (ANP), para registrar um lubrificante de grau alimentício, solicita o registro do 29 A exigência consta na Portaria Interministerial nº 59/2012, que envolve o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Ministério de Minas e Energia (MME). 30 Sindirrefino. 31 Lubrificantes food grade, utilizados na indústria alimentícia, que podem entrar em contato acidental com alimentos. 19

20 produto na organização sanitária dos Estados Unidos, a National Sanitization Foundation (NSF). O resultado desta lacuna regulatória é, de acordo com especialistas, que muitas fábricas brasileiras de alimentos não obedecem à determinação internacional de utilizar lubrificantes específicos food grade. Com regras mais claras e fiscalização mais rigorosa, as empresas que operam no ramo alimentício teriam de se adequar, abrindo oportunidade, por exemplo, para os fabricantes de biolubrificantes de grau alimentício. Rota XTL O ambiente regulatório é de grande relevância também no uso da tecnologia XTL. As normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) seguem uma tendência de redução na emissão de gases poluentes nos veículos, principalmente de enxofre. Os produtos (combustíveis e lubrificantes) derivados do XTL são livres de enxofre e podem ser misturados com produtos das rotas convencionais. Com isso, o teor de enxofre nos produtos finais é reduzido, atendendo às metas exigidas. 4. Dinâmica da indústria Este capítulo aborda a estrutura da indústria de óleos lubrificantes por meio da análise dos principais participantes globais e locais. São avaliados os diferentes posicionamentos e as estratégias de distribuição desses players para atendimento aos mercados Estratégia de atuação dos players no mundo Os players, tanto no mundo quanto no Brasil, podem ser divididos de acordo com a cadeia de valor da indústria. Esta divisão será utilizada para descrever a estratégia de atuação dos mesmos. Óleos Básicos O ambiente competitivo é bastante heterogêneo nos diferentes segmentos de óleos básicos. A concentração do mercado de óleos básicos sintéticos (Grupos IV e V), por exemplo, é maior do que a do mercado de óleos minerais (Grupos I, II e III), conforme demonstrado na Figura 8. No mercado dos Grupos IV (polialfaolefinas) e V (naftênicos 32 ) os três maiores produtores dominam aproximadamente 80% e 55% do mercado global, respectivamente. Para os Grupos II e III, esta concentração é de 43%, e analisando o mercado de óleos básicos de forma holística, o valor cai para aproximadamente 27%. 32 Naftênicos são um subsegmento dos óleos básicos do Grupo V. 20

21 Figura 8: Principais players globais de óleos básicos Dentre os fatores que explicam as diferentes concentrações de mercado observadas nos subsegmentos de óleos básicos, três merecem destaque: tecnologia empregada, acesso à matéria-prima e tamanho do mercado. O fato de o mercado ser menos fragmentado no subsegmento dos Grupos II e III do que no subsegmento do Grupo I pode ser justificado, por exemplo, pela crescente necessidade de investimentos nas plantas de refino para a obtenção dos óleos de maior qualidade (Grupos II e III). A menor dimensão dos mercados e a maior dificuldade de acesso à matéria-prima contribuem para a menor fragmentação observada nos mercados dos Grupos IV e V (naftênicos). O grupo IV atualmente representa 1% do mercado global 33 de óleos básicos em volume enquanto os naftênicos possuem participação inferior a 5%. De acordo com especialista do setor, as alfaoleofinas, principal insumo dos óleos do grupo IV, são pouco abundantes no mercado mundial, assim como o tipo de petróleo necessário para a produção dos básicos naftênicos. Outra característica interessante dos players globais de óleos básicos é a frequente integração vertical a jusante. Muitos desses produtores fabricam também os lubrificantes, adquirindo de terceiros os aditivos necessários para sua formulação. Esta integração vertical não ocorre com o elo de produção de aditivos para lubrificantes. Aditivos O subsegmento de aditivos para lubrificantes é dominado por quatro produtores globais: Lubrizol, Infineum, Chevron Oronite e Afton Chemicals. De acordo com especialistas do setor, essas empresas detêm praticamente todo o ativo tecnológico existente para produção de aditivos e dominam aproximadamente 90% das vendas globais para o mercado de lubrificantes. 33 Agência Virtual. 21

22 A produção desses aditivos está migrando para países asiáticos em busca de melhores posições de custo. A Afton Chemicals, por exemplo, anunciou em 2013 a abertura de uma nova planta na Ilha de Jurong, em Cingapura, um dos maiores polos químicos do mundo. O anúncio aconteceu após as concorrentes Chevron Oronite e Infineum terem anunciado, em 2012, planos de expansão de suas unidades no mesmo polo. Em 2013, a Lubrizol também apresentou planos de instalação de uma planta de aditivos na Ásia, neste caso na província de Guangdong, na China. O subsegmento dos aditivos para lubrificantes apresenta uma série de barreiras tecnológicas para o desenvolvimento de produtos, limitando, assim, a entrada de novos players. Isto ocorre devido à complexidade das exigências para o atendimento do mercado automotivo, além da alta variabilidade da qualidade dos óleos básicos produzidos no mundo. A indústria automobilística é caracterizada pelo rigor no controle das especificações dos lubrificantes. Para atingir o desempenho anunciado e assegurar a garantia aos usuários dos veículos, os lubrificantes utilizados devem estar de acordo com a classificação exigida pela montadora. De acordo com especialistas, estas classificações costumam valer por aproximadamente cinco anos. Ao fim deste prazo, os novos veículos fabricados passam a exigir lubrificantes de qualidade superior, limitando os lubrificantes do nível anterior ao mercado de automóveis já em circulação. Este ciclo de vida relativamente curto exige altos investimentos em P&D e grande escala de venda para diluir estes investimentos, como ocorre neste mercado com apenas quatro players globais. Lubrificantes No mercado dos lubrificantes acabados, as empresas normalmente possuem atuação global, seguindo a tendência do mercado de seus insumos (óleos básicos e aditivos) e do principal mercado consumidor (automotivo). Segundo especialistas, o fornecimento de lubrificantes é regionalizado. A produção do lubrificante é um processo simples, no qual apenas se misturam os óleos básicos e os aditivos, portanto não exigem equipamentos avançados. Com isso, as empresas de lubrificantes tendem a aproximar a produção do mercado consumidor, porém sem abrir mão das economias de escala. As empresas, portanto, possuem uma ou poucas fábricas para cada região. O mercado de lubrificantes industriais apresenta algumas particularidades dependendo da tecnologia envolvida nos equipamentos industriais. Os equipamentos mais especializados normalmente exigem lubrificantes especiais. Muitas vezes, para atender às especificações exatas exigidas pelas máquinas, os próprios fabricantes dos equipamentos produzem lubrificantes com suas marcas. Nestes casos, tanto a produção das máquinas industriais quanto a produção de seus lubrificantes são centralizadas em plantas globais. Por outro lado, equipamentos industriais genéricos aceitam lubrificantes menos específicos sem comprometer seu funcionamento. Isso contribui para a criação de mercados locais em que pequenos produtores desenvolvem seus lubrificantes e fornecem para as empresas próximas, sem incorrer em custos elevados de distribuição. 22

23 Em suma, a estratégia de atuação das empresas do segmento dos lubrificantes é planejada de forma global para o segmento dos lubrificantes automotivos e de forma global ou local, dependendo do grau de sofisticação, para o segmento de lubrificantes industriais. A relação entre formuladores de lubrificantes e produtores de aditivos é regida pelos altos investimentos em P&D e qualificação, que geram grandes custos de troca de fornecedores. Assim, essa parceria costuma valer durante um ciclo de vida completo de um produto, em torno de cinco anos. Com isso, formuladores de lubrificantes podem possuir contratos de aquisição com diversos fornecedores de aditivos, de acordo com sua linha de produtos. Óleos básicos 4.2. Estratégia de atuação dos players no Brasil No elo de produção de óleos básicos, somente a Petrobras atua a partir da rota do refino no Brasil 34. Além dela, também existem as empresas que produzem óleos básicos a partir do rerrefino. Existem no Brasil 19 rerrefinadores em operação. O líder do segmento é a Lwart, que detém cerca de 50% do mercado de rerrefino em território nacional (2012), de acordo com pesquisa realizada pela Agência Virtual 35. O restante do mercado está dividido entre as pequenas empresas. A atuação no mercado de rerrefino depende de uma operação eficiente de logística reversa de coleta dos OLUCs que garanta o fornecimento da matéria-prima do rerrefino a custos competitivos. Segundo especialistas do setor, a maior parte dos rerrefinadores está localizada na região Sudeste. Esta concentração ocorre devido ao maior consumo de lubrificantes nesta região (54% do consumo nacional), conforme demonstrado na Figura 9. Apesar disso, alguns players preferem ambientes menos competitivos, como é o caso da Eternal. É a única empresa de rerrefino que atua no Norte do Brasil, conforme publicado em seu website. 34 Apenas a Petrobras possui refinarias para processar o petróleo bruto, e somente três das onze refinarias são produzem óleos básicos: a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, a Refinaria Duque de Caxias (REDUC), no Rio de Janeiro, (somente óleos do Grupo I) e a Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (LUBNOR), no Ceará. 35 Agência Virtual é composta por um grupo de especialistas do segmento de lubrificantes e aditivos, editora da revista Lubes em Foco e com um membro do Instituto Brasileiro de Petróleo. 23

24 Figura 9: Coleta para o rerrefino no Brasil Aditivos Especialistas afirmam que a produção local de aditivos para lubrificantes não é bem desenvolvida no Brasil. As poucas plantas existentes, como a da Lubrizol, no Rio de Janeiro, e a da Chevron Oronite, em São Paulo, costumam ter atuação limitada e em nichos do mercado local. Em geral, após o desenvolvimento de um produto, as empresas de aditivos atendem o mercado brasileiro com importações de suas matrizes. Quando estes produtos se consolidam no mercado local, as empresas verificam a possibilidade de produzir localmente de forma econômica. Caso a viabilidade se confirme, o produto específico passa a ser produzido localmente para atender a demanda interna. Lubrificantes O mercado nacional de lubrificantes é bem distribuído entre os players sem ampla vantagem de qualquer um deles, como mostra a Figura 10Figura 10. A Petrobras Distribuidora (BR), líder de mercado, possuía pouco mais de 20% do volume de lubrificantes vendidos no país em Apesar da forte presença de multinacionais que alavancam sua marca e operação globais para entrar no mercado brasileiro de lubrificantes, esse mercado está equilibrado entre empresas nacionais e internacionais. Vale destacar que apesar deste equilíbrio, as líderes em market share de volume são três empresas nacionais: Petrobras, Ipiranga e Cosan. 24

25 Figura 10: Participação das empresas ligadas ao Sindicom no Brasil A Cosan obteve esta posição de relevância através da aquisição dos direitos de comercialização da marca Mobil no mercado interno. Desta forma a Cosan se beneficia da escala mundial das operações da ExxonMobil, principalmente no que diz respeito à marca e P&D. Ipiranga e Petrobras se beneficiam da grande rede de distribuição de seus postos de gasolina para manter a liderança neste mercado. A Petrobras também possui a vantagem de ser a única empresa com integração vertical no mercado interno. Isto ocorre pelo fato da Petrobras ser a única produtora de óleos básicos provenientes do refino. As empresas de menor porte representam aproximadamente 15% do mercado brasileiro. Elas atuam, normalmente, no mercado de lubrificantes industriais, que inclui também os biolubrificantes. As fábricas brasileiras, de forma geral, utilizam equipamentos pouco sofisticados que aceitam lubrificantes com especificações menos restritivas. Isso resulta em uma menor barreira de entrada para os pequenos produtores locais de lubrificantes, uma vez que há uma menor necessidade de investimento em P&D. Desta maneira, os pequenos produtores conquistam pequenas fatias do mercado local. No caso dos biolubrificantes, existem poucos players atuando no Brasil. Apesar das incertezas técnicas e econômicas, algumas empresas estão se estabelecendo no País apostando nesse potencial. Por enquanto, porém, são plantas de escala pequena, sendo utilizadas para testar o mercado. Como exemplos, destacam-se a empresa nacional VGBio e as norte-americanas Amyres, Elevance e Solazyme. Em 2012 a VGBio informou possuir capacidade de produção de aproximadamente 150 toneladas de lubrificantes de origem vegetal por ano e que pretendia investir cerca de 5 milhões de dólares na construção de uma nova unidade de produção. 25

26 A Amyris, que fez uma previsão de multiplicar de cinco a sete vezes sua produção mundial de biolubrificantes no prazo de três anos, está associada à Cosan e vem realizando investimentos no Brasil, sem detalhar suas operações. A Elevance, que em 2013 investiu cerca de 30 milhões de dólares em uma biorrefinaria no estado americano do Mississipi, tem demonstrado interesse em novos investimentos ao redor do mundo, inclusive no Brasil. Por fim, a Solazyme, que fabrica óleos renováveis a partir de açúcar, anunciou em 2012 investimentos da ordem de 100 milhões de dólares em uma joint venture com a Bungee Brasil (empresa do setor sucroalcooleiro) para a construção de uma planta de óleos renováveis no Brasil. A planta terá capacidade de 100 mil toneladas anuais, das quais parte será destinada à produção de biolubrificantes Escala de plantas e investimentos Rota convencional (refino) As características do investimento em refino não são abordadas neste Estudo. Rerrefino O investimento necessário para se construir uma planta de rerrefino de porte médio depende da tecnologia empregada. O investimento em uma unidade de porte médio (16 mil toneladas de capacidade) para produção de óleos básicos do Grupo I, por exemplo, varia de 5 milhões de dólares, se a tecnologia empregada for a Meiken melhorado, a até 20 milhões de dólares, se forem empregadas as tecnologias de evaporação pelicular ou de extração a propano (Figura 11). É importante destacar que o volume de OLUCs não coletados em 2012 foi de 199 mil toneladas, equivalente a aproximadamente 12 plantas com capacidade de 16 mil toneladas. Figura 11: Estimativa de investimento para rerrefino Recentemente o Grupo Lwart investiu aproximadamente 230 milhões de reais para ampliar a capacidade da empresa em 45 mil toneladas de óleos rerrefinados por ano. O investimento inclui também um processo de hidrogenação que produz óleos básicos do Grupo II. Rota renovável Não foram obtidas estimativas do investimento necessário para a rota renovável. 26

27 Rota XTL Na rota GTL, uma planta modular pode se tornar economicamente viável com volume de produção a partir de aproximadamente 50 mil toneladas por ano de derivados de GTL 36,37. O investimento em uma planta deste porte é da ordem de 2 mil dólares para cada tonelada por ano de capacidade. Ou seja, uma unidade que produz 50 mil toneladas por ano terá um custo de aproximadamente 100 milhões de dólares. De acordo com especialistas, o Brasil poderia comportar uma planta com volumes superiores a 600 mil toneladas por ano de derivados de GTL. Já o tempo de implementação pode durar até cinco anos, dependendo do porte do projeto 38. Não foram obtidos dados sobre as rotas CTL e BTL Situação econômica das empresas atuantes no Brasil As informações sobre a situação econômica das grandes empresas no Brasil são de difícil acesso, tanto nas empresas de capital fechado quanto nas listadas em bolsas de valores. As empresas de capital fechado, principalmente no segmento dos aditivos, não possuem dados abertos sobre sua situação financeira. No caso das empresas listadas em bolsas de valores, os dados disponíveis não são exclusivos para o segmento de lubrificantes. O resultado costuma compreender outros segmentos de atuação com maior representatividade no resultado da empresa como, por exemplo, combustíveis. A única exceção é a Cosan, que separou o resultado da operação de lubrificantes do resultado da operação de combustíveis. Recentemente a empresa passou a disponibilizar os dados da sua operação de lubrificantes junto com outras divisões 39 de menor relevância. De acordo com o relatório do quarto trimestre de 2013 da empresa, o EBITDA deste grupo, em que lubrificantes é predominante, foi de 6,5% para o ano fiscal de 2013 (concluído em março de 2013) e 4,6% em Rede de distribuição A distribuição de lubrificantes automotivos é feita tanto por canais diretos como indiretos. Uma parte da produção é vendida direto às montadoras, que os insere nos veículos que produzem. No entanto, a maior parte da produção alcança o consumidor final através, principalmente, concessionárias autorizadas, oficinas mecânicas e postos de gasolina. Devido à alta pulverização desta rede de distribuição é comum a utilização de revendedores. 36 Os principais derivados de GTL são nafta, combustíveis, parafinas e óleos básicos para lubrificantes. 37 Estudos realizados pelas empresas inglesas Oxford Catalysts Group e Compact GTL. 38 A Shell Pearl, maior planta de GTL do mundo, demorou cinco anos para ser construída, de acordo com o site da empresa. 39 A unidade de negócio inclui lubrificantes, especialidades e estrutura corporativa, com predominância dos lubrificantes. 27

28 Nos mercados de lubrificantes industriais (produtores de lubrificantes industriais vendendo às indústrias consumidoras) e de aditivos (produtores de aditivos vendendo a fabricantes de lubrificantes), a rede de distribuição varia de acordo com o porte do consumidor e também o porte do produtor. Transações com compradores de grande porte são realizadas sem intermediários, assim como aquelas entre produtores e empresas de pequeno porte. Por outro lado, o fornecimento dos grandes produtores de lubrificantes para as pequenas fábricas é feito por distribuidores. Estes distribuidores adquirem grandes lotes dos fabricantes e os disponibilizam em lotes menores às empresas de pequeno porte cobrando uma margem de prêmio. De acordo com especialistas, esse prêmio proporciona, em muitos casos, margens superiores às dos produtores Acessibilidade ao mercado externo O principal entrave para a exportação a partir da produção local é a estrutura do mercado. Os grandes players globais de lubrificantes presentes no Brasil atendem, por meio de suas plantas de escala global, países onde não possuem produção local. Essas plantas de escala global costumam ser localizadas em países cujos fatores de produção são mais competitivos do que aqueles encontrados no Brasil, por exemplo, países do sudeste asiático. Não existe interesse primário em exportar globalmente a partir do Brasil, uma vez que a disponibilidade de matéria-prima local, seja de óleos básicos ou de aditivos, é insuficiente inclusive para suprir a demanda brasileira, situação sem perspectiva de mudança no curto prazo. A baixa competitividade do Brasil na produção de lubrificantes também inibe o interesse dos produtores nacionais, como Cosan, Ipiranga e Petrobras Distribuidora em acessar o mercado externo. No caso da Cosan, existe também a limitação dos mercados onde ela pode utilizar a marca Mobil, marca sob a qual comercializa seus lubrificantes no mercado interno, uma vez que sua licença de utilização é válida apenas na América Latina. Além da baixa competitividade do país em função da insuficiência de matéria-prima local (óleos básicos e aditivos), Ipiranga e Petrobras também enfrentam desafios tecnológicos para atender mercados com demanda mais sofisticada. Como a demanda local é pouco sofisticada, os produtores nacionais não consolidaram sua capacidade de desenvolver produtos mais especializados. Especificamente para a produção de lubrificantes de origem renovável, o Brasil apresenta maior competitividade das matérias-primas locais. Apesar disso, a rota tecnológica ainda está no início de seu desenvolvimento, de forma que alguns elos da cadeia produtiva não se provaram economicamente viáveis. Através de entrevista com empresas do setor foi constatado que diversos players demonstraram interesse na realização de parcerias de longo prazo, a fim de viabilizar a produção local de biolubrificantes. 28

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