TARTARUGAS MARINHAS Maio 1999

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "TARTARUGAS MARINHAS Maio 1999"

Transcrição

1 TARTARUGAS MARINHAS Maio 1999

2 Compilado por Taisi Maria Sanches Coordenação Técnica PE-RN Banco de Dados Central de Registros Não Reprodutivos Organograma atual do Projeto TAMAR Brasil Guy Marie Fabio Guagni dei Marcovaldi Chefe do Centro Nacional de TAMAR/IBAMA Maria Ângela Marcovaldi Presidente da Fundação Pró-TAMAR Alexsandro Sant Ana dos Santos Banco de Dados Central de Registros Reprodutivos Ceará Eduardo Henrique Soares Moreira Coordenação Técnica Pernambuco - Rio Grande do Norte Claudio Bellini Coordenação Regional Sergipe - Alagoas Augusto César Coelho Dias da Silva Coordenação Regional Jaqueline Comin de Castilhos Coordenação Técnica Bahia e Rio de Janeiro Eron Paes e Lima Coordenação Técnica Espírito Santo João Carlos Alcioti Thomé Coordenação Regional Cecília Baptistotte Coordenação Técnica São Paulo Berenice Maria Gomes Gallo Coordenação Técnica 2

3 Sumário 1. Introdução...4 A importância das tartarugas no ambiente marinho Classificação, descrição, hábitos e status Caretta caretta...7 Chelonia maydas...7 Eretmochelys imbricata...8 Lepidochelys olivacea...9 Dermochelys coriacea Diagnósticos...10 Primeiros registros...10 Monitoramento atual...11 Trabalhos prévios Distribuição das espécies...14 Registros reprodutivos...14 Registros não reprodutivos Informação disponível Esforço conservacionista Uso econômico Ameaças e riscos Tendências sócio-econômicas, políticas públicas e pressõesantrópicas Campanhas educativas e conscientização pública Propostas de áreas para inventário biológico Propostas de áreas para a ação de conservação...24 Bibliografia...25 Anexo Gráficos

4 1. Introdução A importância das tartarugas no ambiente marinho Como grupo, as tartarugas marinhas representam um componente primitivo e singular da diversidade biológica, sendo um importante componente dos ecossistemas marinhos. Até os séculos XVIII e XIX, foram muito abundantes nas áreas de distribuição nos mares tropicais e subtropicais - mas com uma espécie, Dermochelys coriacea, com adaptações notáveis para sobreviver em águas mais frias. Algumas populações chegaram a ser compostas por milhões de indivíduos, porém hoje são poucas as populações que não estejam ameaçadas pela ação humana. Uma combinação de fatores como a sobrepesca comercial, a captura acidental, a destruição de habitats de reprodução, de descanso e de alimentação e, mais recentemente, a contaminação dos mares tem determinado a condição atual das tartarugas marinhas. Nos últimos 200 anos, a viabilidade destes animais de se manterem tem sido drasticamente ameaçada. A maioria das populações se encontram em declínio, freqüentemente em níveis críticos, e muitas já se extinguiram (Lutz & Musick, 1996). Atualmente entretanto, apenas sete (ou oito este número é ainda questionado por taxonomistas) espécies de tartarugas marinhas sobrevivem, a maioria distribuída através dos oceanos tropicais, sendo que 3 espécies têm distribuições restritas (Natator depressus no nordeste da Austrália, Lepidochelys kempi no Golfo do México e Atlântico Norte, e Chelonia agassizii 1 no Pacífico Oeste). A história natural destes animais é fascinante. São espécies de vida longa, atingem a idade reprodutiva entre 20 e 30 anos e são migradoras em potencial. Excelentes navegadoras, nadam centenas de milhas durante as migrações entre as áreas de alimentação e as de reprodução. Passam a maior parte da vida no mar. As fêmeas saem em terra para desovar e são raros os registros de machos em terra. Durante uma temporada reprodutiva, a mesma fêmea pode desovar várias vezes (geralmente de 2 a 8 vezes), e provavelmente retornará para a mesma praia após 2 ou 3 anos para nova temporada e assim sucessivamente. Cada ninho possui em média 120 ovos que permanecem em incubação por 50, 60 dias. Após a eclosão dos ovos, os filhotes escalam o ninho e rapidamente se orientam em direção ao mar aberto, incorporando-se às comunidades pelágicas à deriva. Os primeiros anos são denominados pelos pesquisadores como lost years pois pouco se sabe sobre este período. Até alcançarem a idade adulta entram e saem de uma variedade ampla de habitats oceânicos e costeiros, o que dificulta o estudo e o maior conhecimento destes animais. No entanto se sabe que a sobrevivência até a fase adulta é baixa (UICN, 1995). A inclusão das tartarugas marinhas nas listas de animais ameaçados de extinção é um reflexo da exploração que aconteceu no passado. São protegidas atualmente através de tratados internacionais por serem recursos compartilhados, ou seja, não reconhecem fronteiras políticas entre os países. Todas as espécies, exceto a Natator depressus, estão catalogadas como em perigo ou vulneráveis na lista da UICN - União Mundial para a Natureza. A CITES - Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Flora e da Fauna relaciona todas as espécies de tartarugas marinhas no Apêndice I que proíbe o comércio internacional de ou para os países signatários. 1 A maioria dos pesquisadores reconhecem 7 espécies de tartarugas marinhas, sendo que a classificação desta como a oitava espécie ainda é muito discutida. 4

5 Indiscutivelmente para a conservação das tartarugas marinhas os esforços devem ter escala mundial. Atualmente muitas pessoas estão envolvidas, através de instituições governamentais ou não, para a proteção das tartarugas marinhas em programas de manejo e conservação. No Brasil, o programa de conservação e manejo das tartarugas marinhas é realizado pelo Projeto TAMAR/IBAMA. Classificação Filo Chordata Subfilo Vertebrata Classe Reptilia Subclasse Eucryptodira Ordem Testudines Subordem Polycryptodira Superfamília Chelonioidea Família Cheloniidae Chelonia mydas Caretta caretta Natator depressus Eretmochelysimbricata Lepidochelys olivacea Lepidochelys kempi Superfamília Dermochelyoidea Família Dermochelyidae Dermochelys coriacea As tartarugas têm sido reconhecidas como uma ordem da classe Reptilia sendo que as tartarugas marinhas surgiram no Jurássico, provavelmente derivadas de tartarugas de água doce. O fóssil de tartaruga marinha mais antigo de que se tem registro data de, pelo menos, 180 milhões de anos. No Cretáceo 4 famílias de tartarugas marinhas (Toxochelyidae, Protostegidae, Cheloniidae e Dermochelyidae) foram estabelecidas sendo que apenas as duas últimas permaneceram até o presente. A taxonomia vigente reconhece 7 espécies: a cabeçuda ou amarela Caretta caretta, a tartaruga verde Chelonia mydas, a kikila Natator depressus, a de pente Eretmochelys imbricata, a gigante ou negra ou de couro Dermochelys coriacea, a pequena Lepidochelys olivacea e a ridley Lepidochelys kempi. Alguns especialistas consideram ainda a tartaruga negra do Pacífico Oriental, Chelonia agassizii, como uma oitava espécie. Família Cheloniidae Esta família de tartarugas é caracterizada por um crânio muito forte; presença de palato secundário; cabeça parcialmente ou não retrátil; extremidades 5

6 em forma de nadadeiras não retráteis cobertas por numerosas placas pequenas; com dedos alongados e firmemente presos por tecido conjuntivo; as garras são reduzidas a uma ou duas em cada nadadeira; a carapaça é recoberta por placas córneas, variáveis em número para cada espécie. Apesar de terem sido classificados 31 gêneros para esta família, apenas 5 possuem representantes no presente: Caretta, Chelonia, Eretmochelys, Lepidochelys e Natator, sendo que no Brasil ocorrem as seguintes espécies: Caretta caretta, Chelonia mydas, Eretmochelys imbricata e Lepidochelys olivacea. 6

7 Caretta caretta Descrição: A carapaça possui 5 pares de placas laterais, sendo que as placas são justapostas, a coloração é marrom-amarelada; o ventre é amarelo claro; a cabeça possui 2 pares de placas (ou escudos) pré-frontais e o tamanho é grande e relativamente desproporcional ao corpo (IOCARIBE, 1984). A carapaça tem medida curvilínea média de 110 cm de comprimento e o peso médio do animal é de 150 kg. Hábitos: Esta espécie é onívora, podendo se alimentar de crustáceos, principalmente camarões, moluscos, águas-vivas, hidrozoários, ovos de peixes e algas. Habitam normalmente profundidades rasas até cerca de 20 m. Existem registros de mergulhos até cerca de 230 m de profundidade. Status: Pouco procurada pela carne, e embora os ovos ainda sejam comercializados em alguns lugares no mundo, a ação humana não é o maior fator para a sobrevivência desta espécie. As populações têm declinado em alguns lugares devido à captura acidental como resultado de uma intensificação no setor pesqueiro embora em outros lugares, como na Flórida e na África do Sul estejam aumentando (Lutz & Musick, 1996). Outros fatores também ameaçam esta espécie: na Grécia e na Turquia, por exemplo, onde o turismo e a extração de areia têm crescido nas principais áreas de desova (Filiz Demirayack, com. pes. 2 ). Ocorre no norte e sudoeste do Oceano Índico, na Austrália, Japão, Estados Unidos, Mediterrâneo e no Brasil. Chelonia mydas Descrição: A carapaça possui 4 pares de placas laterais, sendo que as placas são justapostas, a coloração é verde-acinzentada; o ventre é amarelo claro; a cabeça possui 1 par de placas (ou escudos) pré-frontais (IOCARIBE, 2 Representante da DOGAL HAYATI KORUMA DERNE Organização Não Governamental pela Preservação das Tartarugas Marinhas na Turquia 7

8 1984). A carapaça tem medida curvilínea média de 120 cm de comprimento e o peso médio do animal é de 300 kg. Hábitos: Enquanto filhotes, é uma espécie onívora com tendências à carnívora, tornando-se basicamente herbívora quando juvenil e adulta, podendo alimentar-se eventualmente de salpas, águas-vivas, moluscos, esponjas e ovos de peixes. Normalmente são encontradas em profundidades rasas de até 20 m, sendo que existem registros de mergulhos até 110 m de profundidade. Status: Esta é uma espécie cosmopolita e as principais áreas de nidificação e alimentação estão nos trópicos. As maiores colônias nidificam em praias da Costa Rica e no Suriname, nos recifes da Austrália e de Nova Caledônia, e em áreas oceânicas remotas como a Ilha de Ascensão. No Brasil, as áreas oceânicas são as principais áreas de desova desta espécie, sendo a Ilha da Trindade o maior sítio do Atlântico Sul, o Atol das Rocas abriga a segunda maior colônia, e o Arquipélago de Fernando de Noronha é a área onde a população desta espécie está mais ameaçada devido a matança de fêmeas durante anos. Em muitos lugares tem sido caçada para a utilização da carne e dos ovos. Porém, está acontecendo um ligeiro aumento no número de ninhos em diversas áreas monitoradas no mundo, sendo que esta espécie encontra-se em situação mais estável em relação às outras espécies (Lutz & Musick, 1996). Eretmochelys imbricata Descrição: A carapaça possui 4 pares de placas laterais, sendo que as placas são imbricadas, a coloração é marrom; a cabeça possui 2 pares de placas (ou escudos) pré-frontais; o ventre é amarelo claro (IOCARIBE, 1984). A carapaça tem medida curvilínea média de 110 cm de comprimento e o peso médio do animal é de 120 kg. Hábitos: Esta espécie, como as outras, enquanto filhote vive em associação com bancos de algas do gênero Sargassum, alimentando-se principalmente de pequenos crustáceos. Quando juvenil e adulta, torna-se onívora, alimentando-se de algas, ovos de peixe, crustáceos, moluscos, briozoários, celenterados, ouriços, corais e, principalmente, esponjas, o que faz desta espécie um dos raros animais que podem digerí-las. No Arquipélago de Fernando de Noronha, são encontradas normalmente em profundidades rasas até cerca de 40 m. Não existem registros sobre profundidades máximas alcançadas por esta espécie. Status: O comércio intenso de produtos derivados desta espécie de tartaruga marinha como jóias e adornos entre outros, nas últimas décadas, tem sido a principal ameaça para sua sobrevivência. Embora esta tenha sido a espécie mais observada em certas áreas tropicais como as ilhas do Caribe, Austrália e nas áreas oceânicas brasileiras do Atol das Rocas e o Arquipélago de Fernando de Noronha, estas populações são compostas principalmente por 8

9 subadultos, sendo que poucas colônias de adultos são conhecidas. No Brasil, a principal área de desovas é o litoral norte do Estado da Bahia. Lepidochelys olivacea Descrição: A carapaça possui de 5 a 9 pares de placas laterais, sendo que as placas são justapostas; a coloração é verde escuro e o ventre é amarelo claro; a cabeça possui 2 pares de placas (ou escudos) pré-frontais (IOCARIBE, 1984). A carapaça tem medida curvilínea média de 70 cm de comprimento e o peso médio do animal é de 70 kg. É a menor das tartarugas marinhas em águas brasileiras. Hábitos: Esta espécie se alimenta em profundidades mais altas que as outras, geralmente entre 80 e 100 m, porém podem se alimentar em águas mais rasas principalmente quando próxima a estuários. Onívora, esta espécie alimentase de salpas, peixes, moluscos, crustáceos, algas, briozoários, tunicados, águasvivas e ovos de peixe. Registros indicam 290 m como uma das maiores profundidades alcançadas por esta espécie durante o mergulho. Status: Esta espécie tem poucas áreas de reprodução América Central, México, Índia, Suriname, Guiana Francesa e Brasil - porém bem definidas e é considerada a com maior número de indivíduos no mundo. Parece que as arribadas 3 não são um fenômeno permanente e no México elas têm diminuído nas últimas décadas (Lutz & Musick, 1996). Particularmente no Brasil possuem hábito solitário nas emergências à praia, sendo que as desovas se concentram no Estado de Sergipe. Família Dermochelyidae Esta família é caracterizada por uma redução extrema dos ossos da carapaça e do plastrão; desenvolvimento de uma camada dorsal constituída de um mosaico de milhares de pequenos ossos poligonais; ausência de garras e placas na carapaça (as placas estão presentes até o estágio juvenil); o crânio não possui ossos nasais; a superfície da mandíbula é recoberta por queratina; um esqueleto repleto de gordura com áreas extensivas de cartilagem vascularizada nas vértebras e nas junções das nadadeiras; corpo muito grande. O único representante desta família, Dermochelys coriacea, apresenta uma modesta variação geográfica, e provavelmente não existem subespécies. É de difícil fossilização devido a disposição em mosaico das placas ósseas da carapaça, e a camada grossa de gordura entre a parte óssea e o couro de revestimento típico desta espécie. Esta espécie também ocorre no Brasil. 3 A arribada é um fenômeno natural que acontece durante alguns dias nos quais centenas de fêmeas desta espécie de tartaruga marinha sobem a praia para desovar, mesmo durante o dia. 9

10 Dermochelys coriacea Descrição: A carapaça possui 7 quilhas longitudinais, sem placas; a coloração é negra com manchas brancas, azuladas e rosadas; a cabeça e as nadadeiras são recobertas de pele sem placas ou escudos, sendo que as manchas podem ser azuladas e rosadas; a coloração do ventre é similar à carapaça porém com manchas mais claras (IOCARIBE, 1984). A carapaça pode medir 2,50 m de comprimento curvilíneo e o peso do animal pode ultrapassar 700 kg. Hábitos: Esta espécie é a de hábitos mais pelágicos entre as tartarugas marinhas, porém pode vir alimentar-se em águas muito rasas, de até 4 m de profundidade, próximas à costa. Águas-vivas, salpas, medusas, e outros organismos gelatinosos em geral são os principais itens alimentares desta espécie os quais são obtidos na coluna d água entre a superfície e grandes profundidades. Existem registros de mergulhos de cerca de 1000 m de profundidade para esta espécie, porém, normalmente são encontradas em profundidades entre 50 e 80 m. Status: Os dados e registros que se tem desta espécie são poucos ao redor do mundo, porém tudo indica que está na Guiana Francesa a maior área de nidificação. Ela não se destaca no comércio internacional. A coleta de ovos e a matança de fêmeas tem sido intensa principalmente no Pacífico e na Costa Rica, onde também a captura acidental na pesca tem sido um fator a ser considerado no declínio destas populações. As colônias no Atlântico (especialmente em Trinidad, Suriname e Guiana Francesa) estão razoavelmente protegidas, e na África do Sul e em Moçambique, embora as populações sejam pequenas, elas estão aumentando (Lutz & Musick, 1996). No Brasil é a espécie mais ameaçada, possuindo um número bem reduzido de fêmeas reproduzindo-se no litoral norte do Estado do Espírito Santo. No Sul do país também existem alguns registros de desova e nos estados mais ao Norte como Amapá, Pará e Ceará, os poucos registros que se tem conhecimento referem-se à captura acidental em artes de pesca. 2. Diagnósticos Primeiros registros Os primeiros relatos sobre a ocorrência de tartarugas marinhas na costa brasileira e nas áreas oceânicas foram realizados por expedições do século XVI que mencionavam uma notável quantidade destes animais em certas áreas visitadas e em determinados períodos. Muitos anos mais tarde o tema tartarugas marinhas foi abordado por alguns pesquisadores. Porém, foi no final da década 10

11 de 70, que iniciou-se um levantamento efetivo sobre a ocorrência de tartarugas marinhas e áreas de desova na costa do Brasil. Nascia assim o Projeto TAMAR que, em 1980, foi oficializado junto ao extinto IBDF. As principais áreas de desova de tartarugas marinhas foram identificadas e, em uma segunda etapa, foram instaladas as primeiras bases de pesquisa: Praia do Forte (BA), Comboios (ES) e Pirambu (SE). O Arquipélago dos Abrolhos (BA), o Atol das Rocas (RN), o Arquipélago de Fernando de Noronha (PE) e a Ilha da Trindade (ES) também receberam expedições esporádicas nos anos 80. Na medida em que a necessidade de maior monitoramento nas áreas adjacentes a estes pontos iniciais aumentava, foram sendo criadas novas bases e sub-bases. A presença das tartarugas marinhas reforçaram a necessidade de criação de algumas áreas protegidas pelo IBAMA Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis - como as Reservas Biológicas do Atol das Rocas (RN), de Santa Isabel (SE) e de Comboios (ES), além dos Parques Nacionais Marinhos de Fernando de Noronha (PE) e o de Abrolhos (BA). Monitoramento atual Atualmente o Projeto TAMAR é constituído por 21 bases nos estados do CE, RN, PE, SE, BA, ES, RJ e SP, atuando tanto nas principais áreas de desova como também em algumas áreas de alimentação de tartarugas marinhas, totalizando cerca de 1000 km de monitoramento, além das áreas oceânicas citadas. Além do Projeto TAMAR, existem algumas iniciativas por parte de pesquisadores de universidades, da Marinha do Brasil, de Corpos de Bombeiros, de Prefeituras e das próprias comunidades litorâneas que colaboram na realização de registros de ocorrências em áreas onde o TAMAR não atua. O Banco de Dados do Projeto TAMAR para áreas de reprodução existe há quase 20 anos e possui cerca de registros, sendo que o Banco de Dados para registros não reprodutivos, bem mais recente, possui cerca de 7000 ocorrências. São raros os registros comprovados na Região Norte do país, sendo que os registros mais ao norte confirmados pelo TAMAR são no Estado do Ceará. Na Região Sul os registros são esporádicos e confirmados pelo TAMAR podendo auxiliar na definição das espécies ocorrentes. Assim, em grande parte da costa brasileira, como também as áreas oceânicas, existem registros de tartarugas marinhas os quais podem definir um perfil de distribuição das espécies presentes. Trabalhos prévios Desta maneira, na tabela apresentada a seguir (Tabela 1), acredita-se estar listada a maioria das referências bibliográficas existentes sobre o tema tartarugas marinhas no Brasil, abordado sob diversos aspectos, tais como levantamento, manejo e metodologia, genética, monitoramento de temporadas reprodutivas, áreas de alimentação, educação ambiental, tanto nas áreas costeiras como nas áreas oceânicas, de acordo com as áreas pré-definidas. 11

12 Tabela 1. Referências bibliográficas sobre o tema tartarugas marinhas no Brasil. LOCALIDADES TRABALHOS GERAL REFERÊNCIAS Marcovaldi & Albuquerque, 1982; Marcovaldi & Marcovaldi, 1985; Marcovaldi & Marcovaldi, 1987a; Marcovaldi & Marcovaldi, 1987b; Marcovaldi & Marcovaldi, 1989; Bolten et al., 1990; Marcovaldi, 1991; Ferreira et al., 1992; Baptistotte, 1992; Swimmer, 1994; Baptistotte, 1995; Marcovaldi, Patiri & Marcovaldi, 1995; Tamar, 1995; Tamar, 1996; Marcovaldi, Godfrey & Mrosovsky, 1997; Baptistotte et al., 1997; Marcovaldi et al., 1998; Marcovaldi et al., 1998a; Marcovaldi et al., 1998b; Tamar, 1998; Tamar, 1999; Marcovaldi & Marcovaldi, np; Marcovaldi et al, npa; Marcovaldi et al., npb; Marcovaldi & Thomé, np; Matushima et al., np ÁREA NORTE Amapá Schulz, 1975; Cunha, 1975 Pará Schulz, 1975; Cunha, 1975 Maranhão Schulz, 1975 ÁREA NORDESTE Piauí Schulz, 1975 Ceará Ferreira, 1968; Costa, 1969; Schulz, 1975; Marcovaldi, 1993; Lima & Cruz, 1995a; Lima & Cruz, 1995b; Lima et al., 1997a; Lima et al., 1997b; Lima & Evangelista, 1997; Lum et al., 1998 Rio Grande do Norte Átol das Rocas Paraíba Schulz, 1975; Bellini et al., 1997a; Sanches et al., np Marcovaldi & Filippini, 1991; Bellini & Sana, 1993; Bellini et al., 1996; Grossman et al., 1996; Bellini & Sanches, 1996; Bellini et al., 1997b; Bellini & Sanches, 1998a Fernando Noronha de Bellini & Sales, 1992; Laurino, & Bethlem, 1992; Bellini, 1993; Bellini & Sanches, 1993; 12

13 Bellini et al., 1995; Bellini & Sanches,1995a; Bellini & Sanches, 1995b; Maida et al., 1995; Bellini & Sanches,1996; Bellini & Sanches, 1997; Bellini et al., 1997c; Sanches et al., 1997; Bellini & Sanches, 1998b; Sanches & Bellini, 1998a; Sanches & Bellini, 1998b, Sanches & Bellini, 1999; Bellini et al., np Alagoas Schulz, 1975 Sergipe Castilhos & Rocha, 1993; Silva & Silva, 1993; Castilhos & Rocha, 1995; Araújo & Silva, 1995; Buzin & Panhoca, 1996; Riederer, 1996, Alves & Castilhos, 1996; Castilhos et al, 1997; Araújo et al., 1997; Castilhos & Silva, 1998; Silva & Fraga, 1998a; Silva & Fraga, 1998b; Silva et al., 1998a; Santos et al., 1998; Silva et al., 1998b Bahia Conceição et al., 1990; D'Amato & Marczwski, 1993; Gonchorosky et al., 1995; Silveira, 1995; Marcovaldi & Laurent, 1996; Marcovaldi & D'Amato, 1996; Naro et al., 1996; Marcovaldi, 1996; Barata, 1996; Silveira & Patiri, 1997; D Amato & Marcovaldi, 1997; D Amato et al., 1997; Vieitas et al., 1997; Solari et al., 1997, Vieitas & Marcovaldi, 1997; Marcovaldi & D'Amato, 1998; Silveira et al., 1998; Barata, 1998; Moreira et al., 1998; Vieitas et al., 1998; Marcovaldi, Vieitas & Godfrey, 1999; Marcovaldi & Barata, np; Naro- Maciel et al., np; Vieitas et al., np; Godfrey et al, np ÁREA CENTRAL Espírito Santo Thomé et al., 1988; Bellini & Almeida, 1989; Bellini et al., 1990a; Bellini et al., 1990b; Moreira & Bellini, 1990; Almeida & Bellini, 1991; Bellini & Almeida, 1991; Bellini, 1991a; Bellini, 1991b; Rieth et al., 1994; Moreira & Santos, 1995; Thomé et al., 1995; Thomé et al., 1995; Rieth et al., 1996; Rieth, 1998; Schneider et al., 1999; Mrosovsky et al., np Trindade Barth, 1962; Filippini, 1988; Filippini. & Bulhões, 1988; Moreira et al.,

14 ÁREA SUL Rio de Janeiro Marcovaldi et al., 1995; Lima et al., 1996 São Paulo Sazima & Sazima, 1983; Rego et al., 1995; Barata et al., 1998; Gelli et al., 1998; Giffoni et al., 1998 Paraná D Amato, 1991; D Amato, 1992 Santa Catarina Rio Grande do Sul Lima & Angeloni, 1996; Soto et al., 1997; Soto & Beheregaray, 1997a; Soto & Beheregaray, 1997b Lima & Angeloni, 1996; Soto et al., 1997; Soto & Beheregaray, 1997a; Soto & Beheregaray, 1997b 3. Distribuição das espécies Registros reprodutivos A Tabela 2 foi elaborada de acordo com os dados do Projeto TAMAR (dados até e inclusive 1998) e segundo bibliografia consultada. Mostra única e exclusivamente ocorrências reprodutivas, ou seja, registros de desova, nas referidas áreas, das respectivas espécies de tartarugas marinhas. Portanto, quanto à reprodução das tartarugas marinhas no litoral do Brasil, observa-se que o maior número de ninhos é de Caretta caretta. Foram registrados ninhos na Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A espécie Chelonia mydas se reproduz preferencialmente nas áreas oceânicas brasileiras, embora existam registros esporádicos de desovas em alguns pontos no litoral dos estados do Rio Grande do Norte, Bahia, Sergipe e Espírito Santo. Na Ilha da Trindade, no Estado do Espírito Santo, está o maior número de registros, constituindo-se o maior sítio de reprodução desta espécie no Brasil. O Atol das Rocas abriga a segunda maior colônia e, em Fernando de Noronha está a população mais ameaçada, com um número anual de desovas muito inferior ao registrado nas outras áreas. Este fato reflete a exploração local da carne e ovos desta tartaruga marinha ao longo de centenas de anos, desde o descobrimento do arquipélago, confrontando com as outras áreas de ocorrência as quais nunca foram povoadas. Embora também tenham sido registrados ninhos da espécie Eretmochelys imbricata, nos estados do Rio Grande do Norte, Sergipe e Espírito Santo, a área de maior ocorrência é o norte do Estado da Bahia, entre Salvador e Mangue Seco, sendo a maior concentração de desovas na Praia do Forte. A área onde existe maior número de registros reprodutivos da espécie Dermochelys coriacea está ao norte do Estado do Espírito Santo, entre Barra do Riacho e Guriri. Foram registrados alguns ninhos desta espécie também no sul do país. 14

15 Para a espécie Lepidochelys olivacea, a área de reprodução de maior destaque está no Estado de Sergipe, sendo a Praia de Pirambu, dentro dos limites da Reserva Biológica de Santa Isabel, uma das principais áreas de desova desta espécie na região. Tabela 2. Ocorrência de tartarugas marinhas em reprodução segundo dados do Projeto TAMAR e bibliografia consultada (CC = Caretta caretta; CM = Chelonia mydas; DC = Dermochelys coriacea; EI = Eretmochelys imbricata; LO = Lepidochelys olivacea x = ocorrência; z = principais espécies) Espécie CC CM DC EI LO Área Norte Amapá Pará Maranhão Área Nordeste Piauí Ceará Rio Grande do Norte x z Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe x x x z Bahia z x z x São Pedro São Paulo Atol das Rocas z Fernando de Noronha z Abrolhos x Área Central Espírito Santo z x z x x Ilha da Trindade z Área Sul Rio de Janeiro z São Paulo Paraná Santa Catarina x x Rio Grande do Sul x Registros não reprodutivos Os registros denominados não reprodutivos referem-se a ocorrências de tartarugas marinhas (indivíduos juvenis, sub-adultos e adultos) que não sejam relacionadas a temporadas reprodutivas. Entre outros casos, são, em geral, registros de tartarugas marinhas encontradas mortas nas praias, tartarugas capturadas em artes de pesca, tartarugas apreendidas, tartarugas em cativeiro, tanto nas áreas de alimentação como também nas áreas de reprodução. Nesta 15

16 categoria também inclui-se aqueles registros realizados em áreas de alimentação onde o monitoramento, através de mergulho livre 4, tem o objetivo de coletar dados sobre taxas de crescimento de indivíduos, além de outros aspectos da ecologia das tartarugas marinhas. A Tabela 3 foi elaborada a partir dos registros não reprodutivos do Projeto TAMAR (dados até e inclusive 1998) e segundo bibliografia consultada. Deste modo, a espécie com maior número de registros é a espécie Chelonia mydas. Em quase todo o litoral brasileiro existem registros de indivíduos desta espécie, como também nas áreas oceânicas. Destacam-se Almofala, no Estado do Ceará e Ubatuba, no Estado de São Paulo, onde a maioria das ocorrências refere-se a esta espécie porém tratam-se de indivíduos capturados em artes de pesca, como curral-de-pesca e cerco flutuante, respectivamente, e liberados com vida. Também destacam-se o Atol das Rocas e o Arquipélago de Fernando de Noronha onde muitas tartarugas desta espécie, e de Eretmochelys imbricata, têm sido capturadas para marcação e coleta de dados biométricos para estudo do crescimento, sendo imediatamente liberadas. As espécies Caretta caretta e Eretmochelys imbricata também se destacam em número de registros não reprodutivos no litoral, sendo que a maioria refere-se a indivíduos mortos. Os registros menos freqüentes são de Dermochelys coriacea e Lepidochelys olivacea. Este fato pode estar refletindo o habitat destas espécies que preferem águas mais afastadas da costa para se alimentar, sendo portanto, registros mais raros visto que o Projeto TAMAR atua mais na região costeira. Tabela 3. Registros não reprodutivos de tartarugas marinhas, segundo dados do Projeto TAMAR e bibliografia consultada (CC = Caretta caretta; CM = Chelonia mydas; DC = Dermochelys coriacea; EI = Eretmochelys imbricata; LO = Lepidochelys olivacea - x = ocorrência; z = principais espécies, w = único registro) Área Norte Espécie CC CM DC EI LO Amapá Pará Maranhão x x x Área Nordeste Piauí x Ceará x z w x w Rio Grande do Norte w z w z x Paraíba Pernambuco x x Alagoas z x x 4 Poucos registros foram realizados através de mergulho autônomo (com o uso de cilindros de ar). 16

17 Sergipe x z x z Bahia x z w 5 x x São Pedro São Paulo x x Atol das Rocas z z Fernando de Noronha w z w z w Abrolhos x w w Área Central Espírito Santo z z x x z Ilha da Trindade x x Área Sul Rio de Janeiro z z w São Paulo x z x x Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul x x x x De acordo com os registros do Projeto TAMAR (dados até e inclusive 1998) os gráficos apresentados em anexo (Anexo 1), evidenciam a ocorrência das espécies de tartarugas marinhas nas áreas pré-definidas para este trabalho. Para os registros reprodutivos de tartarugas marinhas foram considerados apenas as ocorrências com desova, sendo que as ocorrências que não puderam ser relacionadas a nenhuma espécie não foram consideradas. Os registros não reprodutivos incluem tanto tartarugas encontradas vivas como também tartarugas encontradas mortas, nas áreas de reprodução e alimentação. Porém, para facilitar a diferenciação dos registros reprodutivos, são simplesmente relacionados a áreas de alimentação. 4. Informação disponível Ao longo de quase 20 anos de trabalho o Projeto TAMAR pode reunir muitas informações sobre as tartarugas marinhas. Ainda assim são insuficientes para determinação precisa do status populacional em todo o litoral brasileiro. As principais áreas de reprodução e algumas áreas de alimentação no litoral e nas áreas oceânicas estão sendo monitoradas, protegidas e estudadas. No entanto, as tartarugas marinhas têm ampla distribuição no país e as informações em alguns pontos ainda são preliminares. O objetivo principal do Projeto Tamar é manter as bases atualmente existentes e orientar trabalhos que possam contribuir com o maior conhecimento da situação das tartarugas marinhas em outros pontos. 5 Comunicação pessoal de Juçara Wanderlinde (Executora da Base TAMAR Arembepe/BA). Refere-se a tartaruga encontrada com ferimentos e liberada após alguns dias Ano do registro: 1999 (não foi incluído no respectivo gráfico) 17

18 A reduzida disponibilidade de recursos financeiros é o fator determinante para a implantação de novas frentes de trabalho. Deste modo, o TAMAR vem ampliando as parcerias com as instituições de pesquisa que tenham interesse em auxiliar no levantamento de informações sobre as tartarugas marinhas nas áreas onde o TAMAR ainda não atua. 5. Esforço conservacionista No Brasil não havia, até 1979, nenhum programa de conservação na área marinha, apenas uma legislação da SUDEPE - Superintendência de Desenvolvimento de Pesca proibia a pesca de tartarugas marinhas no período da desova. Em Novembro de 1979, em Washington, foi realizada a I Conferência Mundial para a Conservação das Tartarugas Marinhas. Após este evento foi redigido por um grupo de oceanógrafos, biólogos, zoólogos e conservacionistas em geral, um documento sugerindo o estabelecimento de uma estratégia de conservação destes animais, além da criação de outros projetos conservacionistas. Ficou estabelecido que deveria se proteger os habitats das tartarugas marinhas; criar um manejo adequado dos ovos até a idade adulta; controlar a exploração e a captura acidental; realizar uma avaliação do status das populações; criar um programa de educação ambiental e criar legislação adequada. Em 1980 o WWF - Fundo Mundial para a Natureza e a UICN - União Mundial para a Natureza apoiaram a criação de um secretariado. No Brasil, em Janeiro deste mesmo ano, o antigo IBDF Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, incorporado ao atual IBAMA, criou o Projeto TAMAR Tartaruga Marinha, em convênio com a FBCN - Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza. Quando as atividades do Projeto se iniciaram, a grande extensão do litoral e a ínfima quantidade de informações a respeito de tartarugas marinhas foram as maiores dificuldades encontradas. Em uma primeira etapa foi realizado um levantamento das espécies presentes e, então, foram delimitadas as principais áreas de desova. Assim, o Atol das Rocas (RN), o litoral norte do Estado de Sergipe, a Ilha da Trindade (ES), a Praia do Forte e Arembepe (BA) e a região de Comboios, ao norte do Estado do Espírito Santo foram consideradas as áreas primordiais para o início da proteção e do manejo. Exceto a Praia do Forte e a Ilha da Trindade (sob jurisdição da Marinha), as outras áreas foram transformadas nas primeiras Unidades de Conservação Marinhas do Brasil. A criação destas Unidades de Conservação são instrumentos legais importantes para a proteção dos ecossistemas marinhos e, conseqüentemente, para a conservação das tartarugas marinhas. A legislação atual reconhece as 5 espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil como ameaçadas de extinção e, de acordo com estas leis, é proibido abater e/ou comercializar tartarugas marinhas, bem como coletar os ovos dos ninhos e produzir artigos derivados de tartarugas marinhas. Nestas áreas decretadas como Unidades de Conservação, as tartarugas marinhas estão efetivamente protegidas. Embora em algumas delas o Projeto Tamar esteja atuando esporadicamente, as equipes das próprias Unidades de Conservação têm realizado as atividades de acordo com metodologia indicada e aplicada pelo Projeto Tamar. Este é o caso do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, por exemplo. 18

19 6. Uso econômico As tartarugas marinhas são espécies ameaçadas de extinção e protegidas por diversas leis e tratados nacionais e internacionais, portanto não existe nenhum plano de avaliação para a exploração econômica destes animais no país. 7. Ameaças e riscos Ocupação irregular do litoral A construção de empreendimentos próximos a praia é um dos principais fatores preocupantes relativos à potencialização de impactos sobre sítios reprodutivos das tartarugas marinhas no Brasil. O país foi ocupado do litoral para o interior, o que comprometeu em 5 séculos vários ecossistemas litorâneos bem como a flora e fauna originais. Não foi diferente para as tartarugas marinhas que habitavam uma enorme faixa litorânea do sul ao nordeste do Brasil. Apenas alguns sítios reprodutivos resistiram. Atualmente o processo de parcelamento de novas áreas em busca de lugares para instalação de novos balneários, em que não haja medidas mitigadoras de impactos sobre as populações de tartarugas marinhas podem comprometê-las e extingui-las a médio e longo prazos. A sinergia causada pela ocupação irregular como trânsito de veículos, iluminação artificial, presença humana (predação de fêmeas e coleta de ovos de tartarugas marinhas, interferência no processo de reprodução, etc.), além do desenvolvimento de áreas suburbanas no entorno, é um dos maiores problemas e que, conseqüentemente, cria nova sinergia e impactos negativos sobre as tartarugas marinhas. Como exemplos há a criação do Loteamento do Pontal do Ypiranga, município de Linhares no litoral norte do Estado do Espírito Santo, em 1990; o empreendimento hoteleiro em Porto Sauipe, litoral norte do Estado da Bahia, e praticamente todo o litoral do Estado de Sergipe, principal área de desova da Lepidochelys olivacea no Brasil, irregularmente ocupado. Abate de fêmeas e coleta de ovos O abate das tartarugas marinhas foi um dos principais motivos para que estes animais entrassem em processo de extinção. Tanto a carne como os ovos geravam não só recurso alimentar, mas também um implemento na renda familiar de muitos pescadores quando eram comercializados. Com o início das atividades do Projeto TAMAR o número de fêmeas abatidas foi decrescendo, sendo que hoje o abate apenas acontece em algumas comunidades remotas, principalmente aquelas indígenas em que há tradição em utilizar a carne ou os ovos das tartarugas marinhas para alimentação. Este é o caso de algumas comunidades no Ceará, por exemplo, onde o trabalho de conscientização tem sido, apesar de dificultoso, muito bem recebido. Apesar do quadro de matança indiscriminada de tartarugas marinhas, principalmente de fêmeas que subiam as praias para desovar, e da coleta dos ovos, ter sido revertido, estes animais ainda estão sob ameaça de extinção. Os 19

20 aspectos naturais da seleção natural, que é incisiva principalmente sobre os filhotes (de 1000 filhotes, 1 ou 2 atingem a idade adulta), e do início da reprodução (entre 20 e 30 anos de idade) acentuam uma recuperação mais lenta das populações das tartarugas marinhas. De maneira geral, a sociedade está bastante conscientizada sobre este perigo e, sobre as medidas legais cabíveis para abate e/ou utilização e comercialização de artigos derivados de tartarugas marinhas. Em 1986, a Portaria da SUDEPE N o N-005, proíbe a captura de qualquer espécie de tartaruga marinha e proíbe molestar estes animais nas áreas de reprodução, bem como a coleta dos ovos. E, em 1989, através da Portaria N o 1.522, o IBAMA e a IUCN reconhecem as cinco espécies de tartarugas marinhas existentes no Brasil como pertencentes à lista oficial de espécies vulneráveis e/ou ameaçadas de extinção tanto da fauna brasileira como da mundial. Trânsito nas praias de desova A compactação da areia, causada pelo trânsito de veículos sobre os ninhos das tartarugas, dificulta a saída dos filhotes recém-nascidos. Os veículos também podem causar o atropelamento tanto de filhotes no caminho ninho-mar como de fêmeas em terra. A Portaria do IBAMA N o 10, de 1995, proíbe o trânsito de qualquer veículo na faixa de praia compreendida entre a linha de maré mais baixa até 50 m acima da maré mais alta do ano, nas praias de desova de tartarugas marinhas. Esta Portaria inclui as praias desde Farol de São Tomé, no Rio de Janeiro, até o Estado do Espírito Santo; norte do Espírito Santo; sul da Bahia; praias do Farol de Itapuan, em Salvador, até Ponta dos Mangues, no Estado de Sergipe; de Pirambu (Sergipe) até Penedo, no Estado de Alagoas; praias de Fernando de Noronha e a Praia da Pipa, no Rio Grande do Norte. O TAMAR e prefeituras, polícia militar e a Marinha do Brasil devem identificar e bloquear os acessos às praias, fiscalizá-las e deliberar aspectos técnicos não especificados nesta Portaria. Iluminação artificial nas áreas de desova A iluminação artificial nas ruas, avenidas, estradas, casa e bares próximos às praias de desova, ou até mesmo nas próprias praias, é uma das atuais ameaças às tartarugas marinhas. É geralmente durante a noite, com a temperatura da areia mais baixa, que as fêmeas sobem à praia para desovar. E é também quando os filhotes entram em maior atividade e saem dos ninhos. As fêmeas evitam sair do mar para desovar nestas praias iluminadas pois a iluminação artificial interfere na orientação para o retorno ao mar. Para os filhotes, recém saídos do ninho, a ameaça é ainda maior: eles se desorientam e seguem as luzes artificiais, mais fortes que a luz natural refletida no mar, e não conseguem alcançar o mar. Ofuscados, atravessam as estradas com o risco de serem atropelados ou se perderem e podem ficar girando por horas em torno dos postes, até que sejam predados ou morram com os raios intensos do Sol ao amanhecer. O Projeto TAMAR vem desenvolvendo e testando anteparos para postes de luz que possam amenizar a incidência de luz com as companhias de eletricidade de alguns estados. Qualquer fonte de iluminação que ocasione intensidade luminosa superior a Zero Lux, em uma faixa de praia da maré mais baixa até 50 m acima da linha da maré mais alta do ano, nas regiões de desova, está proibida pela Portaria do 20

21 IBAMA N o 11, de 1995, e pela Lei Estadual (Bahia) N o 7034, de A Portaria do IBAMA inclui as praias desde Farol de São Tomé, no Rio de Janeiro, até o Estado do Espírito Santo; norte do Espírito Santo; sul da Bahia; praias do Farol de Itapuan, em Salvador, até Ponta dos Mangues, no Estado de Sergipe; de Pirambu (Sergipe) até Penedo, no Estado de Alagoas; praias de Fernando de Noronha e a Praia da Pipa, no Rio Grande do Norte. A lei estadual cobre desde a divisa com o Espírito Santo até o Rio Corumbau e do farol de Itapuan até a divisa com Sergipe. As áreas que necessitam de iluminação adequada, o Projeto TAMAR, em conjunto com as companhias de eletricidade, estabelece os critérios técnicos para anular as interferências à reprodução das tartarugas marinhas, bem como fiscaliza e acompanha os projetos e adequação da iluminação nas praias. Visando intensificar a atuação, o Projeto TAMAR está lançando a uma campanha sobre a relação fotopoluição e tartarugas marinhas. Captura acidental em artes de pesca As tartarugas marinhas que, como répteis, são pulmonadas, são capazes de tolerar situações de hipoxia, e até de anoxia, principalmente quando aprisionadas em redes de pesca, podendo ficar sem trocar o ar por muitas horas, porém, ainda assim, correm o risco de afogamento. O Projeto TAMAR possui muitos registros de tartarugas marinhas capturadas em algum tipo de arte de pesca e vem desenvolvendo, a quase 9 anos, a Campanha Nem tudo que cai na rede é peixe através da qual orienta os pescadores a usar as técnicas de reanimação no caso de encontrarem tartarugas desmaiadas nas redes de pesca. Os resultados desta campanha têm sido evidentes, principalmente em Ubatuba (SP) e Almofala (CE) onde é grande a incidência de tartarugas capturadas acidentalmente nos cercos-flutuantes e nos currais-de-pesca, respectivamente. Outras artes de pesca como a rede de deriva e a rede de arrasto de camarão também têm sido ameaças constantes às tartarugas marinhas. A grande maioria das tartarugas socorridas são liberadas com vida, porém é grande o número de registros de tartarugas mortas cuja causa mortis pode estar relacionada a algum tipo de arte de pesca. Existe uma campanha mundial para o uso de dispositivos excluidores de tartarugas marinhas específicos nas redes de barcos camaroneiros, conhecidos como TED s - Turtle Excluder Device - e o Projeto TAMAR vem participando de todas as reuniões e debates sobre esta ameaça. No Brasil, a Portaria do IBAMA N o 5, de 1997, obriga a utilização do Dispositivo de Escape de Tartarugas Marinhas em redes de pesca de arrasto de camarão em todo o litoral, para embarcações maiores de 11 m de comprimento e que não utilizem métodos de recolhimento manuais das redes. Criação de animais domésticos nas praias de desova Da mesma maneira que o trânsito de veículos provoca a compactação da areia dos ninhos, a passagem de animais de pequeno, médio e grande porte sobre os ninhos interfere na saída dos filhotes recém-nascidos. As pegadas fundas deixadas por estes animais também podem ser grandes obstáculos para os filhotes quando no caminho ninho-mar, que uma vez dentro da pegada, dificilmente conseguem escapar, sendo facilmente predados ou mortos pela ação do sol. Outro problema que a criação de animais causa nas áreas de desova, naquelas monitoradas pelo Projeto TAMAR, é a grande perda de estacas 21

22 sinalizadoras de ninhos o que pode comprometer seriamente o controle de dados da temporada reprodutiva, além do gasto imprevisto que se tem para fazer novas estacas. Os animais, ao passarem pelos ninhos, ou mesmo ao se coçarem nas estacas, as derrubam e/ou quebram, prejudicando o monitoramento dos ninhos. A presença de rebanhos nas praias de desova também interferem no trabalho de campo do Projeto TAMAR durante as rondas noturnas realizadas com a finalidade de se flagrar as fêmeas de tartarugas marinhas em terra. Muitas vezes os animais assustados, com filhotes, sentem-se acuados e avançam sobre os pesquisadores que precisam recuar e encerrar o trabalho daquela noite. Além do que, o esterco liberado pelos animais compromete seriamente a qualidade da areia para uso público, inclusive, como área de lazer. Outros animais também são considerados um risco, principalmente para os ovos e filhotes, tais como porcos e cachorros, além dos silvestres raposa-do-mato e o cachorro-do-mato que, originalmente, predavam tartarugas marinhas em baixa escala. Isto acontece principalmente em algumas áreas de desova próximas a grandes desmatamentos. O lagarto tejú, introduzido em Fernando de Noronha para combater os ratos, também tem sido uma ameaça. Em relação a estes riscos, o Projeto TAMAR protege as desovas com telas especiais que evitam o ataque dos animais. Poluição dos mares É de conhecimento geral os efeitos e riscos que a poluição dos mares exercem sobre os organismos marinhos. Para as tartarugas marinhas são vários os registros de morte devido a sufocamento por ingestão de material plástico, principalmente. São sacos de lixo, cordas de nylon, barbantes, tampas de garrafa e tantos outros resíduos plásticos que podem ser confundidos com alimento e ingeridos pelas tartarugas, principalmente naquelas áreas onde as águas são mais turvas, menos transparentes. Além da ingestão de materiais que naturalmente não compõe a dieta alimentar das tartarugas marinhas, outros aspectos da poluição podem interferir na sobrevivência destes animais, como derramamento de petróleo, contaminação inorgânica e também orgânica, os quais podem interferir diretamente na saúde das tartarugas marinhas, causando doenças fatais. Por exemplo, é alta a incidência de tartarugas marinhas com fibropapilomatoses, que se trata de uma virose do tipo herpes atualmente muito estudada e a qual alguns pesquisadores estão associando à poluição. Trânsito de embarcações rápidas Em várias regiões do mundo a alta velocidade com que as embarcações transitam em águas habitadas por tartarugas marinhas, ou mesmo em épocas de acasalamento quando os adultos de tartarugas marinhas ficam mais próximos das praias, tem sido uma ameaça constante. No Brasil, ainda não existe uma alta incidência de registros de tartarugas feridas e mortas por embarcações, mas vale mencionar esta ameaça. Extração mineral em praias A exploração de minerais em beira de praias também se constitui num dos grandes problemas à conservação das tartarugas marinhas. Particularmente no 22

23 Brasil, existe a sobreposição de depósitos minerais em planícies costeiras com sítios reprodutivos. Estes depósitos chamados de placers marinhos muitas vezes são economicamente viáveis se extraídos na beira da praia e não é difícil concluir que a extração modifica perfis do litoral onde as tartarugas colocam os seus ovos. Como exemplos podemos citar a Planície Costeira do Rio Doce, principalmente ao norte da foz do rio, local rico em depósitos de ilmenita, monazita e sal gema, ainda não explorados. A extração de petróleo nesta mesma planície costeira criou impactos negativos, com o favorecimento à ocupação irregular. Foram construídos acessos aos bolsões de desova de tartarugas marinhas, devido a necessidade de construção de estradas (desvios e revestimento em argila) para tráfego de veículos de carga na instalação e manutenção de equipamentos pesados. Como conseqüência à construção dos acessos, vieram especuladores imobiliários (parcelamento e construção de loteamentos clandestinos), turistas, etc., que culminaram na potencialização de impactos discutidos acima. 8. Tendências sócio-econômicas, políticas públicas e pressões antrópicas A proteção das tartarugas marinhas nas Bases que estão situadas dentro, ou próximas, de Unidades de Conservação está, teoricamente, menos ameaçada que nas áreas onde ainda não foram definidas como áreas protegidas. No entanto, isto não exime, direta ou indiretamente, as tartarugas marinhas de ameaças. Criação de animais de pequeno, médio e grande porte em áreas de desova por exemplo, apesar de combatida, ainda acontece em algumas Unidades de Conservação, bem como a falta de estrutura de apoio do IBAMA às implantações efetivas destas unidades. 9. Campanhas educativas e conscientização pública Um dos importantes instrumentos que o Projeto TAMAR vem usando desde o início das atividades é o envolvimento direto da comunidade nas atividades de proteção das tartarugas marinhas. Outro instrumento é o turismo participativo nas Bases onde é alto o índice de visitantes. Além do desenvolvimento das atividades consideradas básicas para a efetiva educação ambiental e conscientização ecológica (palestras didático-expositivas, reuniões com os diversos segmentos da comunidade, exibição de filmes temáticos, cursos para guias, aulas práticas e gincanas), o Projeto TAMAR cria e estimula alternativas econômicas (fabricação de artesanatos, confecção de camisetas e outras atividades) que possam gerar recursos para a própria comunidade evitando assim que as pessoas voltem a consumir derivados de tartarugas marinhas, como a carne e os ovos, por exemplo. Para incrementar estas atividades educativas mencionadas acima, o Projeto TAMAR tem produzido um vasto material como painéis explicativos para exposições peramnentes e itinerantes, pelo Brasil e exterior, cartazes, folders, CD-Rom e vídeos em que o tema principal abordado é a conservação das tartarugas marinhas. O trabalho de educação do Projeto TAMAR também acontece fora das Bases apoiando Feiras de Ciências e outros eventos escolares. 23

24 A Campanha Nem tudo que cai na rede é peixe, que iniciou em 1991 com a finalidade de orientar os pescadores a reanimar tartarugas em estado de afogamento causado por redes de pesca, tem material específico como o vídeo de mesmo nome da campanha e panfletos, à prova de água, para serem fixados nas embarcações. Também é o caso de vídeo e cartaz produzidos para a Campanha Projeto TAMAR: Fotopoluição que apresenta a ameaça e sugere soluções para a instalação de luzes artificiais nas praias de desova. Além destas campanhas educativas, o Projeto TAMAR criou a campanha Adote uma tartaruga marinha que, além de ser mais uma alternativa de recursos para a manutenção das atividades, é também uma maneira da sociedade participar do programa e responsabilizar-se também pela preservação da natureza. Através de diversos meios de comunicação, como TV, rádio, jornais e revistas, o Projeto TAMAR tem mostrado as atividades realizadas nas diversas frentes de trabalho e os resultados obtidos, além de apresentações em reuniões e encontros científicos e participações em debates junto à sociedade. Deste modo, pode se dizer que, atualmente, o trabalho de proteção das tartarugas marinhas realizado pelo Projeto TAMAR é amplamente divulgado e razoavelmente bem conhecido pela sociedade brasileira o que auxilia muito na obtenção de bons resultados. 10. Propostas de áreas para inventário biológico A região Norte do país, desde o Estado do Rio Grande do Norte até o Amapá, é uma imensa área de ocorrência de tartarugas marinhas sobre a qual se tem menos conhecimento. Levantamentos de informações através de questionários a pesquisadores locais e posteriores expedições às áreas mencionadas nos levantamentos poderiam ser de grande valia para o maior conhecimento sobre as tartarugas marinhas no Brasil. As águas pelágicas, atualmente alvo de intensa pesca comercial, também poderiam ser alvo de maior detalhamento visto que existem registros de tartarugas marinhas capturadas acidentalmente em artes de pesca de grande porte, tais como espinhel e redes de deriva, principalmente nas regiões Nordeste e Sul do país. 11. Propostas de áreas para a ação de conservação A região entre a foz do Rio Doce até a área conhecida como Degredo, no litoral norte do Estado do Espírito Santo, é um dos sítios remanescentes de desova da tartaruga marinha Dermochelys coriacea no Brasil e a principal área de desova de Caretta caretta no Estado. Possui bons atributos paisagísticos, razoável preservação ambiental (restingas, lagoas) além de cobertura vegetal primária e secundária. Por estas razões, um estudo para a criação de uma Unidade de Conservação de uso indireto que abrangesse a referida área deve ser considerado. 24

TARTARUGAS MARINHAS: PROJETO TAMAR

TARTARUGAS MARINHAS: PROJETO TAMAR TARTARUGAS MARINHAS: PROJETO TAMAR Dados: Projeto TAMAR compilados por Cecília Baptistotte* As Tartarugas Marinhas são répteis que surgiram há 150 milhões de anos, resistindo a drásticas mudanças na Terra,

Leia mais

No caminho certo... Meio Ambiente

No caminho certo... Meio Ambiente 46 No caminho certo... Interdisciplinaridade, pesquisas científicas, envolvimento da comunidade, parcerias e monitoramento constante fazem de projeto brasileiro de proteção às tartarugas marinhas modelo

Leia mais

Até quando uma população pode crescer?

Até quando uma população pode crescer? A U A UL LA Até quando uma população pode crescer? Seu José é dono de um sítio. Cultiva milho em suas terras, além de frutas e legumes que servem para a subsistência da família. Certa vez, a colheita do

Leia mais

Unidade 8. Ciclos Biogeoquímicos e Interferências Humanas

Unidade 8. Ciclos Biogeoquímicos e Interferências Humanas Unidade 8 Ciclos Biogeoquímicos e Interferências Humanas Ciclos Biogeoquímicos Os elementos químicos constituem todas as substâncias encontradas em nosso planeta. Existem mais de 100 elementos químicos,

Leia mais

Conservação de tubarões e raias do Brasil EDITAL 01/2016

Conservação de tubarões e raias do Brasil EDITAL 01/2016 Conservação de tubarões e raias do Brasil EDITAL 01/2016 A sobrepesca e a degradação de habitats por fontes diversas têm alterado profundamente as populações de animais marinhos, trazendo consequências

Leia mais

FILO CHORDATA CEPHALOCHORDATA VERTEBRATA CYCLOSTOMATA P. CARTILAGINOSOS P. ÓSSEOS AMPHIBIA REPTILIA AVES MAMMALIA

FILO CHORDATA CEPHALOCHORDATA VERTEBRATA CYCLOSTOMATA P. CARTILAGINOSOS P. ÓSSEOS AMPHIBIA REPTILIA AVES MAMMALIA CLASSE REPTILIA FILO CHORDATA SUBFILOS: UROCHORDATA CEPHALOCHORDATA VERTEBRATA CYCLOSTOMATA P. CARTILAGINOSOS P. ÓSSEOS AMPHIBIA REPTILIA AVES MAMMALIA PRIMEIROS RÉPTEIS SURGIRAM HÁ: 300 MILHÕES DE ANOS

Leia mais

Secretaria do Meio Ambiente

Secretaria do Meio Ambiente Secretaria do Meio Ambiente PORTARIA SEMA n 79 de 31 de outubro de 2013. Reconhece a Lista de Espécies Exóticas Invasoras do Estado do Rio Grande do Sul e demais classificações, estabelece normas de controle

Leia mais

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO lei 9.985/00. 1. Conceitos Básicos

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO lei 9.985/00. 1. Conceitos Básicos UNIDADES DE CONSERVAÇÃO lei 9.985/00 1. Conceitos Básicos a) unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes,

Leia mais

Fernando de Noronha foi descoberta em 1503, pelo navegador Américo Vespúcio.

Fernando de Noronha foi descoberta em 1503, pelo navegador Américo Vespúcio. Fernando de Noronha foi descoberta em 1503, pelo navegador Américo Vespúcio. Durante a ocupação holandesa no Nordeste brasileiro (1624-1654), os batavos permaneceram por 25 anos em Fernando de Noronha.

Leia mais

Eretmochelys imbricata Chelonia mydas

Eretmochelys imbricata Chelonia mydas RÉPTEIS MARINHOS Ordem Chelonia 7 sp. Família - Espécie Cheloniidae Caretta caretta Eretmochelys imbricata Chelonia mydas Lepidochelys olivacea Natator depressus Lepidochelys kempii Dermochelyidae Dermochelys

Leia mais

VULNERABILIDADE À EXTINÇÃO. Algumas espécies são mais vulneráveis à extinção e se enquadram em uma ou mais das seguintes categorias:

VULNERABILIDADE À EXTINÇÃO. Algumas espécies são mais vulneráveis à extinção e se enquadram em uma ou mais das seguintes categorias: VULNERABILIDADE À EXTINÇÃO Algumas espécies são mais vulneráveis à extinção e se enquadram em uma ou mais das seguintes categorias: 1) Espécies com área de ocorrência limitada; 2) Espécies com apenas uma

Leia mais

O que é? Onde se localiza a sua sede? Quando foi fundada? Quem foram os fundadores? Quantos países fazem parte desta organização?

O que é? Onde se localiza a sua sede? Quando foi fundada? Quem foram os fundadores? Quantos países fazem parte desta organização? O que é? É uma organização assinada entre países lusófonos, que instiga a aliança e a amizade entre os signatários. Onde se localiza a sua sede? A sua sede fica em Lisboa. Quando foi fundada? Foi fundada

Leia mais

Ecologia Geral (ECG33AM) Estrutura populacional (crescimento e dinâmica populacional)

Ecologia Geral (ECG33AM) Estrutura populacional (crescimento e dinâmica populacional) Ecologia Geral (ECG33AM) Estrutura populacional (crescimento e dinâmica populacional) A dinâmica populacional crescimento e regulação do tamanho populacional Quando se menciona um aumento do tamanho populacional,

Leia mais

PIRACEMA. Contra a corrente

PIRACEMA. Contra a corrente PIRACEMA A piracema é um fenômeno que ocorre com diversas espécies de peixes ao redor do mundo. A palavra vem do tupi e significa subida do peixe. A piracema é o período em que os peixes sobem para a cabeceira

Leia mais

ECOSSISTEMAS HUMANOS CLASSES GERAIS

ECOSSISTEMAS HUMANOS CLASSES GERAIS ECOSSISTEMAS HUMANOS CLASSES GERAIS CLASSIFICAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS HUMANOS Classe 1 - ECOSSISTEMA NATURAL MADURO ( Floresta Amazônica ); Classe 2 - ECOSSISTEMA NATURAL CONTROLADO (SNUC); Classe 3 - ECOSSISTEMA

Leia mais

Eixo Temático ET-10-002 - Direito Ambiental OS IMPASSES DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA ATIVIDADE OLEIRA EM IRANDUBA (AM): ENTRE A LEI E OS DANOS

Eixo Temático ET-10-002 - Direito Ambiental OS IMPASSES DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA ATIVIDADE OLEIRA EM IRANDUBA (AM): ENTRE A LEI E OS DANOS 434 Eixo Temático ET-10-002 - Direito Ambiental OS IMPASSES DA LEGISLAÇÃO AMBIENTAL PARA ATIVIDADE OLEIRA EM IRANDUBA (AM): ENTRE A LEI E OS DANOS Neyla Marinho Marques Pinto¹; Hamida Assunção Pinheiro²

Leia mais

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2016 Institui a Política de Desenvolvimento Sustentável da Caatinga. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º Esta Lei institui a Política de Desenvolvimento Sustentável da

Leia mais

Tecnologia sociais entrevista com Larissa Barros (RTS)

Tecnologia sociais entrevista com Larissa Barros (RTS) Tecnologia sociais entrevista com Larissa Barros (RTS) A capacidade de gerar tecnologia e inovação é um dos fatores que distinguem os países ricos dos países pobres. Em sua maioria, essas novas tecnologias

Leia mais

Modos de vida no município de Paraty - Ponta Negra

Modos de vida no município de Paraty - Ponta Negra Modos de vida no município de Paraty - Ponta Negra Resultados gerais Dezembro 2010 Projeto Community-based resource management and food security in coastal Brazil (Universidade Estadual de Campinas/UNICAMP)

Leia mais

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE SEMA DEPARTAMENTO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E GESTAO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DEMUC

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE SEMA DEPARTAMENTO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E GESTAO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DEMUC SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE SEMA DEPARTAMENTO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E GESTAO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DEMUC DOCUMENTO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DE PROPOSTA RELACIONADA NO ÂMBITO DOS TEMAS

Leia mais

REQUERIMENTO DE INDICAÇÃO Nº, DE 2011 (Da Sra. Deputada Fátima Bezerra e outros)

REQUERIMENTO DE INDICAÇÃO Nº, DE 2011 (Da Sra. Deputada Fátima Bezerra e outros) REQUERIMENTO DE INDICAÇÃO Nº, DE 2011 (Da Sra. Deputada Fátima Bezerra e outros) Requer o envio de Indicação a Sra. Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, sugerindo a criação da Unidade de Conservação

Leia mais

Que ambiente é esse?

Que ambiente é esse? A U A UL LA Que ambiente é esse? Atenção Leia o texto abaixo: (...) Florestas bem verdes, cortadas por rios, lagos e corixos. Planícies extensas, que se unem ao horizonte amplo, cenário para revoadas de

Leia mais

EXTINÇÃO DA FAUNA BRASILEIRA. Djenicer Alves Guilherme 1, Douglas Luiz 2

EXTINÇÃO DA FAUNA BRASILEIRA. Djenicer Alves Guilherme 1, Douglas Luiz 2 37 EXTINÇÃO DA FAUNA BRASILEIRA Djenicer Alves Guilherme 1, Douglas Luiz 2 Resumo: Com a urbanização, o tráfico nacional e internacional de espécies e exploração dos recursos naturais de maneira mal planejada

Leia mais

A Vida do Cagarro. durante 1 ano

A Vida do Cagarro. durante 1 ano A Vida do Cagarro durante 1 ano Outubro-Novembro A grande viagem para Sul Em Outubro, os cagarros juvenis, já com o tamanho e a plumagem de cagarros adultos, são abandonados no ninho pelos seus progenitores,

Leia mais

Art. 6 o O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas atribuições:

Art. 6 o O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas atribuições: SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO CF/88 art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS

CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS Introdução Os oceanos ocupam cerca de 71% da superfície da Terra As partes mais profundas atingem quase 11000 metros Profundidade média dos oceanos é 3800 m. Volume

Leia mais

CENTRO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL DOS TRABALHADORES ESCOLA DE TURISMO E HOTELARIA CANTO DA IULHA

CENTRO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL DOS TRABALHADORES ESCOLA DE TURISMO E HOTELARIA CANTO DA IULHA CENTRO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL DOS TRABALHADORES ESCOLA DE TURISMO E HOTELARIA CANTO DA IULHA APRESENTA TRABALHO COLETIVO DOS EDUCANDOS (AS) ELABORADO NOS PERCURSOS FORMATIVOS EQUIPE PEDAGÓGICA E TURMAS DE

Leia mais

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de Recomendada Por quê? A coleção apresenta eficiência e adequação metodológica, com os principais temas relacionados a Ciências adequados a cada faixa etária, além de conceitos em geral corretos. Constitui

Leia mais

Classificação dos processos sucessionais

Classificação dos processos sucessionais SUCESSÃO ECOLÓGICA A SUCESSÃO ECOLÓGICA PODE SER DEFINIDA COMO UM GRADUAL PROCESSO NO QUAL AS COMUNIDADE VÃO SE ALTERANDO ATÉ SE ESTABELECER UM EQUILÍBRIO. AS FASES DISTINTAS DA SUCESSÃO ECOLÓGICA SÃO:

Leia mais

Justificativa para a criação da Unidade de Conservação. - Ponta de Pirangi

Justificativa para a criação da Unidade de Conservação. - Ponta de Pirangi Justificativa para a criação da Unidade de Conservação - Ponta de Pirangi Os recifes de corais são ecossistemas que abrigam grande biodiversidade marinha, tendo, portanto uma grande relevância ecológica,

Leia mais

Torezani1, E.; Baptistotte1, C.; Coelho1, B. B.; Santos2, M.R.D.; Bussotti2, U.G.; Fadini2, L.S.; Thomé1, J.C.A.; Almeida1, A.P.

Torezani1, E.; Baptistotte1, C.; Coelho1, B. B.; Santos2, M.R.D.; Bussotti2, U.G.; Fadini2, L.S.; Thomé1, J.C.A.; Almeida1, A.P. ABUNDÂNCIA, TAMANHO E CONDIÇÃO CORPORAL EM CHELONIA MYDAS (LINNAEUS 1758) NA ÁREA DO EFLUENTE DA CST (COMPANHIA SIDERÚRGICA DE TUBARÃO), ESPÍRITO SANTO BRASIL, 2000-2004. Torezani1, E.; Baptistotte1, C.;

Leia mais

CP 013/14 Sistemas Subterrâneos. Questões para as distribuidoras

CP 013/14 Sistemas Subterrâneos. Questões para as distribuidoras CP 013/14 Sistemas Subterrâneos Questões para as distribuidoras 1) Observa-se a necessidade de planejamento/operacionalização de atividades entre diversos agentes (distribuidoras, concessionárias de outros

Leia mais

Ensino Fundamental II

Ensino Fundamental II Ensino Fundamental II Valor da prova: 2.0 Nota: Data: / /2015 Professora: Angela Disciplina: Geografia Nome: n o : Ano: 9º 3º bimestre Trabalho de Recuperação de Geografia Orientações: - Leia atentamente

Leia mais

CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HALIÊUTICOS

CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HALIÊUTICOS CONSERVAÇÃO DOS RECURSOS HALIÊUTICOS A conservação dos recursos haliêuticos envolve a necessidade de assegurar uma exploração sustentável desses mesmos recursos e a viabilidade a longo prazo do setor.

Leia mais

MÓDULO 1 CLASSES GERAIS. Professora: Andréa Carla Lima Rodrigues Monitora: Laís Leal

MÓDULO 1 CLASSES GERAIS. Professora: Andréa Carla Lima Rodrigues Monitora: Laís Leal MÓDULO 1 ECOSSISTEMAS HUMANOS CLASSES GERAIS Professora: Andréa Carla Lima Rodrigues Monitora: Laís Leal ECOSSISTEMAS HUMANOS As necessidades e desejos da população humana em expansão têm requerido um

Leia mais

José Eduardo do Couto Barbosa. Biólogo e Mestrando em Ecologia pela UFJF

José Eduardo do Couto Barbosa. Biólogo e Mestrando em Ecologia pela UFJF José Eduardo do Couto Barbosa Biólogo e Mestrando em Ecologia pela UFJF CONCEITO DE BIODIVERSIDADE Pode ser definida como a variedade e a variabilidade existente entre os organismos vivos e as complexidades

Leia mais

Considerando, ainda, a necessidade de serem designadas Autoridades Administrativas e Científicas nos países signatários da Convenção; e

Considerando, ainda, a necessidade de serem designadas Autoridades Administrativas e Científicas nos países signatários da Convenção; e DECRETO N o 3.607, DE 21 DE SETEMBRO DE 2000. Dispõe sobre a implementação da Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção - CITES, e dá outras providências.

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015. (Do Sr. Fausto Pinato)

PROJETO DE LEI Nº, DE 2015. (Do Sr. Fausto Pinato) PROJETO DE LEI Nº, DE 2015. (Do Sr. Fausto Pinato) Dispõe sobre a recuperação e conservação de mananciais por empresas nacionais ou estrangeiras especializadas em recursos hídricos ou que oferecem serviços

Leia mais

CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA E POLINIZAÇÃO DE PLANTAS DO BIOMA CAATINGA: A UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIAS DIFERENCIADAS EM SALA DE AULA.

CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA E POLINIZAÇÃO DE PLANTAS DO BIOMA CAATINGA: A UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIAS DIFERENCIADAS EM SALA DE AULA. CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA E POLINIZAÇÃO DE PLANTAS DO BIOMA CAATINGA: A UTILIZAÇÃO DE METODOLOGIAS DIFERENCIADAS EM SALA DE AULA. Iara Késia Alves dos Santos (1); Tamires Araújo Fortunato (2); Jorgeana de

Leia mais

ATIVIDADE INTERAÇÕES DA VIDA. CAPÍTULOS 1, 2, 3 e 4

ATIVIDADE INTERAÇÕES DA VIDA. CAPÍTULOS 1, 2, 3 e 4 ATIVIDADE INTERAÇÕES DA VIDA CAPÍTULOS 1, 2, 3 e 4 Questão 1) Abaixo representa uma experiência com crisântemo, em que a planta foi iluminada, conforme mostra o esquema. Com base no esquema e seus conhecimentos,

Leia mais

MÓDULO DA AULA TEMÁTICA / BIOLOGIA E FÍSICA / ENERGIA

MÓDULO DA AULA TEMÁTICA / BIOLOGIA E FÍSICA / ENERGIA MÓDULO DA AULA TEMÁTICA / BIOLOGIA E FÍSICA / ENERGIA FÍSICA 01. Três especialistas fizeram afirmações sobre a produção de biocombustíveis. Para eles, sua utilização é importante, pois estes combustíveis.

Leia mais

SUPERINTENDÊNCIA DE ACOMPANHAMENTO DOS PROGRAMAS INSTITUCIONAIS NÚCLEO DE ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR

SUPERINTENDÊNCIA DE ACOMPANHAMENTO DOS PROGRAMAS INSTITUCIONAIS NÚCLEO DE ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR SUPERINTENDÊNCIA DE ACOMPANHAMENTO DOS PROGRAMAS INSTITUCIONAIS NÚCLEO DE ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA GERÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO CURRICULAR 2ª AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL 2012 CIÊNCIAS

Leia mais

Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações de Pesca por Satélite

Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações de Pesca por Satélite Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações de Pesca por Satélite O programa foi instituído por meio da Instrução Normativa Interministerial n.º 02, de 04 de setembro de 2006 e criado em virtude do

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Page 1 of 5 Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos DECRETO Nº 5.377 DE 23 DE FEVEREIRO DE 2005. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos

Leia mais

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS

A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros. Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS A Sustentabilidade e a Inovação na formação dos Engenheiros Brasileiros Prof.Dr. Marco Antônio Dias CEETEPS O PAPEL DA FORMAÇÃO ACADÊMICA Segundo diversos autores que dominam e escrevem a respeito do tema,

Leia mais

A Era dos Mosquitos Transgênicos

A Era dos Mosquitos Transgênicos A Era dos Mosquitos Transgênicos Depois das plantas geneticamente modificadas, a ciência dá o passo seguinte - e cria um animal transgênico. Seus inventores querem liberá-lo no Brasil. Será que isso é

Leia mais

Bairro Colégio é o sexto núcleo a participar da Capacitação

Bairro Colégio é o sexto núcleo a participar da Capacitação Bairro Colégio é o sexto núcleo a participar da Capacitação As oficinas do programa de Capacitação de Produtores Rurais de Ibiúna, projeto da SOS Itupararanga, chegaram ao Bairro Colégio. O objetivo é

Leia mais

AVALIAÇÃO DA ÁREA DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE ANÁPOLIS: um estudo de caso PIBIC/2010-2011

AVALIAÇÃO DA ÁREA DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE ANÁPOLIS: um estudo de caso PIBIC/2010-2011 AVALIAÇÃO DA ÁREA DE DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DE ANÁPOLIS: um estudo de caso PIBIC/2010-2011 Walleska Alves De Aquino Ferreira 1 Escola de Engenharia Civil / UFG walleskaaquino@gmail.com

Leia mais

SISTEMA DE AUTOMONITORAMENTO INDIVIDUALIZADO DE TI s E MÉTODO DE DIAGNÓSTICO PARA SISTEMAS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

SISTEMA DE AUTOMONITORAMENTO INDIVIDUALIZADO DE TI s E MÉTODO DE DIAGNÓSTICO PARA SISTEMAS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA SISTEMA DE AUTOMONITORAMENTO INDIVIDUALIZADO DE TI s E MÉTODO DE DIAGNÓSTICO PARA SISTEMAS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Luiz Carlos Grillo de Brito Julio César Reis dos Santos CENTRO DE PESQUISAS DE

Leia mais

GRUPO VIII 3 o BIMESTRE PROVA A

GRUPO VIII 3 o BIMESTRE PROVA A A GERAÇÃO DO CONHECIMENTO Transformando conhecimentos em valores www.geracaococ.com.br Unidade Portugal Série: 6 o ano (5 a série) Período: TARDE Data: 15/9/2010 PROVA GRUPO GRUPO VIII 3 o BIMESTRE PROVA

Leia mais

Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves

Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal. Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves Posição da SPEA sobre a Energia Eólica em Portugal Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves 1. Introdução A energia eólica é a fonte de energia que regista maior crescimento em todo o mundo. A percentagem

Leia mais

Gabriela Rocha 1 ; Magda Queiroz 2 ; Jamille Teraoka 3 INTRODUÇÃO

Gabriela Rocha 1 ; Magda Queiroz 2 ; Jamille Teraoka 3 INTRODUÇÃO O TRANSPORTE MARÍTIMO E SUA VIABILIDADE PARA QUE O TURISMO OCORRA SATISFATORIAMENTE EM UMA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL, NO LITORAL SUL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO BRASIL INTRODUÇÃO Gabriela Rocha

Leia mais

O Estado da Biodiversidade Brasileira: Genes, Espécies e Biomas

O Estado da Biodiversidade Brasileira: Genes, Espécies e Biomas O Estado da Biodiversidade Brasileira: Genes, Espécies e Biomas Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada IPEA Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais DIRUR Eixo Temático: Sustentabilidade

Leia mais

muito gás carbônico, gás de enxofre e monóxido de carbono. extremamente perigoso, pois ocupa o lugar do oxigênio no corpo. Conforme a concentração

muito gás carbônico, gás de enxofre e monóxido de carbono. extremamente perigoso, pois ocupa o lugar do oxigênio no corpo. Conforme a concentração A UU L AL A Respiração A poluição do ar é um dos problemas ambientais que mais preocupam os governos de vários países e a população em geral. A queima intensiva de combustíveis gasolina, óleo e carvão,

Leia mais

PLANO DE AÇÃO NACIONAL DO PATO MERGULHÃO

PLANO DE AÇÃO NACIONAL DO PATO MERGULHÃO OBJETIVO GERAL O objetivo deste plano de ação é assegurar permanentemente a manutenção das populações e da distribuição geográfica de Mergus octosetaceus, no médio e longo prazo; promover o aumento do

Leia mais

Segurança e Saúde dos Trabalhadores

Segurança e Saúde dos Trabalhadores Segurança e Saúde dos Trabalhadores [1]CONVENÇÃO N. 155 I Aprovada na 67ª reunião da Conferência Internacional do Trabalho (Genebra 1981), entrou em vigor no plano internacional em 11.8.83. II Dados referentes

Leia mais

Introdução. Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira. Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA

Introdução. Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira. Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA Gestão Ambiental Prof. Carlos Henrique A. de Oliveira Introdução à Legislação Ambiental e Política Nacional de Meio Ambiente - PNMA O mar humildemente coloca-se abaixo do nível dos rios para receber, eternamente,

Leia mais

Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente

Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente Refração da Luz Índice de refração absoluto Índice de refração relativo Leis da refração Reflexão total da luz Lentes Esféricas Vergência de uma lente Introdução Você já deve ter reparado que, quando colocamos

Leia mais

ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO COMPARADA SOBRE CONSERVAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS MARINHOS

ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO COMPARADA SOBRE CONSERVAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS MARINHOS ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO COMPARADA SOBRE CONSERVAÇÃO DOS ECOSSISTEMAS MARINHOS Canadá, União Européia (Espanha, França), Austrália, Nova Zelândia, EUA André Lima OAB/DF 17878 11 de abril de 2013 1) Canadá

Leia mais

SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO Previsão Legal Objetivos Categorias Finalidades Gestão do Sistema Quantitativos Outros Espaços Protegidos Distribuição Espacial Relevância O Brasil possui alguns

Leia mais

ENDEMISMO, PROVINCIALISMO E DISJUNÇÃO

ENDEMISMO, PROVINCIALISMO E DISJUNÇÃO ENDEMISMO, PROVINCIALISMO E DISJUNÇÃO Disciplina: Fundamentos de Ecologia e de Modelagem Ambiental Aplicados à conservação da biodiversidade Aluna: Luciane Yumie Sato ENDEMISMO O que é? significa simplesmente

Leia mais

A discussão resultou nos pontos sintetizados abaixo:

A discussão resultou nos pontos sintetizados abaixo: Oficina em Ilhabela Relatoria da Plenária Final Esta oficina, realizada no dia 28 de março de 2012, no Hotel Ilhabela, na sede do município, faz parte do processo de escuta comunitária no âmbito do projeto

Leia mais

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE PRODUÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE PRODUÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ SECRETARIA DE ESTADO DE PRODUÇÃO SECRETARIA EXECUTIVA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE. CONSELHO ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE-COEMA Câmara Técnica Especial PROCESSO

Leia mais

Manejo Sustentável da Floresta

Manejo Sustentável da Floresta Manejo Sustentável da Floresta 1) Objetivo Geral Mudança de paradigmas quanto ao uso da madeira da floresta, assim como a percepção dos prejuízos advindos das queimadas e do extrativismo vegetal. 2) Objetivo

Leia mais

ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ELABORAÇÃO DE PROJETOS Unidade II ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE PESQUISA Profa. Eliane Gomes Rocha Pesquisa em Serviço Social As metodologias qualitativas de pesquisa são utilizadas nas Ciências Sociais e também no Serviço Social,

Leia mais

4 o ano Ensino Fundamental Data: / / Atividades de Ciências Nome:

4 o ano Ensino Fundamental Data: / / Atividades de Ciências Nome: 4 o ano Ensino Fundamental Data: / / Atividades de Ciências Nome: 1) Observe esta figura e identifique as partes do vegetal representadas nela. Posteriormente, associe as regiões identificadas às funções

Leia mais

Legislação Pesqueira e Ambiental. Prof.: Thiago Pereira Alves

Legislação Pesqueira e Ambiental. Prof.: Thiago Pereira Alves Técnico em Aquicultura Legislação Pesqueira e Ambiental Prof.: Thiago Pereira Alves SNUC Conceito É o conjunto organizado de unidades de conservação protegidas (federais, estaduais, municipais) que, planejado,

Leia mais

sociais (7,6%a.a.); já os segmentos que empregaram maiores contingentes foram o comércio de mercadorias, prestação de serviços e serviços sociais.

sociais (7,6%a.a.); já os segmentos que empregaram maiores contingentes foram o comércio de mercadorias, prestação de serviços e serviços sociais. CONCLUSÃO O Amapá tem uma das menores densidades populacionais, de cerca de 2,6 habitantes por km 2. Em 1996, apenas três de seus 15 municípios possuíam população superior a 20 mil habitantes e totalizavam

Leia mais

Atropelamentos. Não seja mais uma vítima! Gestão Ambiental da nova BR-135

Atropelamentos. Não seja mais uma vítima! Gestão Ambiental da nova BR-135 Atropelamentos Não seja mais uma vítima! Gestão Ambiental da nova BR-135 2 Atropelamentos 3 Cartilha de Educação Ambiental Tema: Atropelamentos Ano II, número 1, III trimestre de 2011 Redação, Diagramação

Leia mais

Decreto nº 58.054, de 23 de março de 1966. Convenção para a proteção da flora, da fauna e das belezas cênicas naturais dos países da América.

Decreto nº 58.054, de 23 de março de 1966. Convenção para a proteção da flora, da fauna e das belezas cênicas naturais dos países da América. Decreto nº 58.054, de 23 de março de 1966. Promulga a Convenção para a proteção da flora, fauna e das belezas cênicas dos países da América. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Havendo o Congresso Nacional aprovado

Leia mais

Objetivo Conteúdos Habilidades

Objetivo Conteúdos Habilidades Tema 9 A Vida nos Oceanos Objetivo reconhecer as principais formas de vida que habitam os oceanos e suas características distintivas. Conteúdos ciências da natureza, física, arte. Habilidades interpretação

Leia mais

EMENDA DE Nº 4-PLEN (SUBSTITUTIVO AO PLC 42/2013 - PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 42 DE 2013)

EMENDA DE Nº 4-PLEN (SUBSTITUTIVO AO PLC 42/2013 - PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 42 DE 2013) EMENDA DE Nº 4-PLEN (SUBSTITUTIVO AO PLC 42/2013 - PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 42 DE 2013) Dispõe sobre o exercício da atividade profissional de guarda-vidas dá outras providências. O CONGRESSO NACIONAL

Leia mais

Peixes-boi retornam à natureza no interior do Amazonas Projeto patrocinado pela Petrobras recebe e trata filhotes de peixes-boi há quatro anos

Peixes-boi retornam à natureza no interior do Amazonas Projeto patrocinado pela Petrobras recebe e trata filhotes de peixes-boi há quatro anos Page 1 of 5 notícias esportes entretenimento vídeos rede globo e-mail central globo.com assine já Macapá editorias cultura especiais rede amazônica rádios 34 24 Portal Amazônia» Amazônia» Matéria 31 de

Leia mais

A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA

A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA 1 A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA Dayane Pricila Rausisse Ruon Sandra Mara Volpi* RESUMO O brincar é um tema bastante discutido e de muita importância no desenvolvimento infantil. Esse

Leia mais

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 20 ECOLOGIA

BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 20 ECOLOGIA BIOLOGIA - 2 o ANO MÓDULO 20 ECOLOGIA Como pode cair no enem (ENEM) Várias estratégias estão sendo consideradas para a recuperação da diversidade biológica de um ambiente degradado, dentre elas, a criação

Leia mais

PROJETO QUALIFEIRAS QUALIDADE NAS FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA - ES

PROJETO QUALIFEIRAS QUALIDADE NAS FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA - ES PROJETO QUALIFEIRAS QUALIDADE NAS FEIRAS LIVRES DO MUNICÍPIO DE VITÓRIA - ES Rosimeri Galimberti Martins (1)* Diretora do Departamento de Abastecimento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vitória.

Leia mais

A água nossa de cada dia

A água nossa de cada dia A água nossa de cada dia Marco Antonio Ferreira Gomes* Foto: Eliana Lima Considerações gerais A água é o constituinte mais característico e peculiar do Planeta Terra. Ingrediente essencial à vida, a água

Leia mais

1. Observa a figura 1, onde estão representados exemplos de recursos naturais.

1. Observa a figura 1, onde estão representados exemplos de recursos naturais. FICHA DE AVALIAÇÃO 8.º ANO AGRUPAMENTO / ESCOLA: NOME: N.º: TURMA: ANO LETIVO: / AVALIAÇÃO: PROFESSOR: ENC. EDUCAÇÃO: GESTÃO SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS: RECURSOS NATURAIS 1. Observa a figura 1, onde estão

Leia mais

Aula5 LEGISLAÇÃO PATRIMONIAL. Verônica Maria Meneses Nunes Luís Eduardo Pina Lima

Aula5 LEGISLAÇÃO PATRIMONIAL. Verônica Maria Meneses Nunes Luís Eduardo Pina Lima Aula5 LEGISLAÇÃO PATRIMONIAL META Indicar as leis preservacionistas que recomendam a proteção do patrimônio. OBJETIVOS Ao final desta aula, o aluno deverá: detectar as principais referências internacionais

Leia mais

Marco legal, definições e tipos

Marco legal, definições e tipos Unidades de conservação Marco legal, definições e tipos Prof. Me. Mauricio Salgado " Quando vier a Primavera, Se eu já estiver morto, As flores florirão da mesma maneira E as árvores não serão menos verdes

Leia mais

41 Por que não bebemos água do mar?

41 Por que não bebemos água do mar? A U A UL LA Por que não bebemos água do mar? Férias no verão! Que maravilha! Ir à praia, tomar um solzinho, nadar e descansar um pouco do trabalho. Enquanto estamos na praia nos divertindo, não devemos

Leia mais

GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL

GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL GEOGRAFIA DO RIO GRANDE DO SUL 1. Posição e situação geográfica. O Rio Grande do Sul é o estado mais meridional do Brasil, localiza-se no extremo sul do país. Tem um território de 282.062 km 2, ou seja,

Leia mais

Carta Influência do Clima no Cotidiano Juvenil. Prezados representantes brasileiros da Conferencia Juvenil de Copenhague,

Carta Influência do Clima no Cotidiano Juvenil. Prezados representantes brasileiros da Conferencia Juvenil de Copenhague, Rio de Janeiro 03 de dezembro de 2009 Carta Influência do Clima no Cotidiano Juvenil Prezados representantes brasileiros da Conferencia Juvenil de Copenhague, Tendo em vista a confecção coletiva de uma

Leia mais

A SEGUIR ALGUMAS DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO CIENTÍFICO

A SEGUIR ALGUMAS DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO CIENTÍFICO A SEGUIR ALGUMAS DICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PROJETO CIENTÍFICO DESENVOLVENDO UM PROJETO 1. Pense em um tema de seu interesse ou um problema que você gostaria de resolver. 2. Obtenha um caderno

Leia mais

Problemas na Utilização da Água (poluição )

Problemas na Utilização da Água (poluição ) Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa Problemas na Utilização da Água (poluição ) Disciplina: Geografia (módulo 3) Docente: Sandra Mendes Discente: Mariana Alfaiate 2007 2008 Índice Introdução

Leia mais

MATERIAL DE APOIO PARA INSÍGINIA MUNDIAL DE CONSERVACIONISMO

MATERIAL DE APOIO PARA INSÍGINIA MUNDIAL DE CONSERVACIONISMO MATERIAL DE APOIO PARA INSÍGINIA MUNDIAL DE CONSERVACIONISMO 03 DE JULHO DE 2009 ÍTENS DA ETAPA MARROM 1. TOMAR PARTE, DE PREFERÊNCIA EM UM GRUPO, EM DOIS PROJETOS, TAIS COMO: Limpar um arroio, valo ou

Leia mais

IMPACTO AMBIENTAL: A BASE DO GESTOR AMBIENTAL

IMPACTO AMBIENTAL: A BASE DO GESTOR AMBIENTAL IMPACTO AMBIENTAL: A BASE DO GESTOR AMBIENTAL MICHEL EPELBAUM Nesta edição, discutiremos a avaliação de impacto ambiental, como ponto de partida do gestor ambiental, de modo a priorizar investimentos e

Leia mais

Monitoramento do comportamento territorialista e reprodutivo de capivaras: evitando eventos de superpopulações

Monitoramento do comportamento territorialista e reprodutivo de capivaras: evitando eventos de superpopulações Monitoramento do comportamento territorialista e reprodutivo de capivaras: evitando eventos de superpopulações Tiago Garcia PEREIRA 1 ; Eriks Tobias VARGAS 2 Cássia Maria Silva Noronha 2 Sylmara Silva

Leia mais

Não é tarde demais para combater as mudanças climáticas O sumário do IPCC diz:

Não é tarde demais para combater as mudanças climáticas O sumário do IPCC diz: Sumário dos resultados-chave do Quarto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, Grupo de Trabalho III de Mitigação de Mudanças Climáticas Bangkok, Maio de 2007 Não é

Leia mais

DESCRITORES DAS PROVAS DO 1º BIMESTRE

DESCRITORES DAS PROVAS DO 1º BIMESTRE PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUBSECRETARIA DE ENSINO COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO DESCRITORES DAS PROVAS DO 1º BIMESTRE CIENTISTAS DO AMANHÃ Descritores 1º Bimestre

Leia mais

FORTALECENDO SABERES APRENDER A APRENDER CONTEÚDO E HABILIDADES GEOGRAFIA DESAFIO DO DIA. Conteúdo:

FORTALECENDO SABERES APRENDER A APRENDER CONTEÚDO E HABILIDADES GEOGRAFIA DESAFIO DO DIA. Conteúdo: CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA A Conteúdo: O gás carbônico se acumula na atmosfera; O buraco na camada de ozônio. A crescente escassez de água potável no mundo; A relação sociedade-natureza.

Leia mais

Categorias Temas Significados Propostos

Categorias Temas Significados Propostos 91 5. Conclusão O objetivo do presente trabalho foi descrever a essência do significado da experiência consultiva para profissionais de TI que prestam de serviços de consultoria na área de TI. Para atingir

Leia mais

O PAPEL DOS AQUÁRIOS NA SENSIBILIZAÇÃO QUANTO À PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

O PAPEL DOS AQUÁRIOS NA SENSIBILIZAÇÃO QUANTO À PRESERVAÇÃO AMBIENTAL O PAPEL DOS AQUÁRIOS NA SENSIBILIZAÇÃO QUANTO À PRESERVAÇÃO AMBIENTAL 1 Gallo, H.; 1 Barbosa, C. B.; 1 Panza, A. B. 1- Aquário de Ubatuba biologia@aquariodeubatuba.com.br Rua Guarani, 859 Itaguá 11680-000

Leia mais

FUENTE DE VIDA PROJETO AGUA VIDA NATURALEZA [ PROJETO ÁGUA VIDA NATUREZA ] RELATÓRIO CHOCOLATERA INTRODUÇÃO.

FUENTE DE VIDA PROJETO AGUA VIDA NATURALEZA [ PROJETO ÁGUA VIDA NATUREZA ] RELATÓRIO CHOCOLATERA INTRODUÇÃO. FUENTE DE VIDA PROJETO AGUA VIDA NATURALEZA [ PROJETO ÁGUA VIDA NATUREZA ] RELATÓRIO CHOCOLATERA INTRODUÇÃO. Este teste foi feito para descobrir se poderíamos plantar no lugar mais difícil da Terra com

Leia mais

Cadeias e Teias Alimentares

Cadeias e Teias Alimentares Cadeias e Teias Alimentares O termo cadeia alimentar refere-se à seqüência em que se alimentam os seres de uma comunidade. Autotróficos x Heterotróficos Seres que transformam substâncias minerais ou inorgânicas

Leia mais

O Sr. DANIEL ALMEIDA (PCdoB-BA) pronuncia o. seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores

O Sr. DANIEL ALMEIDA (PCdoB-BA) pronuncia o. seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores O Sr. DANIEL ALMEIDA (PCdoB-BA) pronuncia o seguinte discurso: Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, o dia 5 de junho é lembrado em todos os países como o Dia Mundial do Meio Ambiente. Em 1972,

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DO ECOTURISMO NO ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA - PERNAMBUCO

DESENVOLVIMENTO DO ECOTURISMO NO ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA - PERNAMBUCO DESENVOLVIMENTO DO ECOTURISMO NO ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA - PERNAMBUCO Maria do Carmo Sobral (1) Engenheira Civil (UFPE). Especialização em Planejamento Urbano e Regional (Univ. de Dortmund,

Leia mais

INVESTIGAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA VISÃO DOS TRABALHADORES DO ATERRO SANITÁRIO DE AGUAZINHA

INVESTIGAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA VISÃO DOS TRABALHADORES DO ATERRO SANITÁRIO DE AGUAZINHA INVESTIGAÇÃO DA RELAÇÃO ENTRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NA VISÃO DOS TRABALHADORES DO ATERRO SANITÁRIO DE AGUAZINHA RODRIGUES, Ângela, Cristina, Lins; SILVA, Isabel, Gomes da; CUNHA,

Leia mais