DIAGNÓSTICO NACIONAL UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E IMPACTOS DE EMPREENDIMENTOS LINEARES

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1 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E IMPACTOS DE EMPREENDIMENTOS LINEARES DIAGNÓSTICO NACIONAL 1 Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas - Universidade Federal de Lavras

2 SUMÁRIO SUMÁRIO EXECUTIVO 3 PESSOAL 4 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 5 IMPACTOS AMBIENTAIS 8 MANEJO 2 17

3 SUMÁRIO EXECUTIVO DIAGNÓSTICO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS DE EMPREENDIMENTOS LINEARES EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO BRASILEIRAS O diagnóstico aqui apresentado foi elaborado a partir de um questionário encaminhado para 122 unidades de conservação brasileiras, abrangendo unidades de todas as esferas administrativas, sendo que recebemos respostas de 262 Unidades, contudo algumas enviaram mais de um questionário. Estão inclusas no diagnóstico 243 unidades, tendo nos surpreendido a pouca participação de RPPNs, tendo em vista serem as de maior número. Os dados aqui apresentados são uma análise preliminar, que será ampliada para que haja um amplo processo de discussão do cenário aqui observado. Haverá dois caminhos distintos que pretendemos seguir com base nestes resultados, um acadêmico, com a publicação dos dados em alguma revista científica internacional, e outro, mais importante segundo a ótica do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas, é a utilização destes dados no estabelecimento de ações de curto, médio e longo prazos. Propomos que sejam criados grupos de trabalho vinculados às instituições gestoras das UCs em diferentes esferas governamentais para que possamos discutir estratégias de pesquisa, manejo, planejamento e desenvolvimento de políticas públicas de mitigação dos impactos de empreendimentos lineares à biodiversidade brasileira e, mais especificamente, às unidades de conservação que são impactadas por esses empreendimentos. O Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas desde já coloca-se à disposição para contribuir com essa discussão. Nossos resultados são extremamente focados em rodovias, devendo ser realizado um novo diagnóstico identificando os impactos de outros empreendimentos lineares. A estrutura do diagnóstico seguirá o questionário respondido pelas UCs: Pessoal; Unidade de Conservação; Impactos e Manejo. Como seria de se esperar, desenvolveremos mais os dois últimos aspectos. Novamente agradecemos a todos que participaram deste diagnóstico. o Centro optou por deixar o link da pesquisa ainda acessível a novos colaboradores, e desta forma ampliar ainda mais a abrangência desta pesquisa nos próximos dois meses. Se você não respondeu o questionário até o momento, entre em contato com o Centro que teremos o maior prazer em reenviar o link para sua colaboração. Prof. Dr. Alex Bager Coordenador do Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas CENTRO BRASILEIRO DE ESTUDOS EM ECOLOGIA DE ESTRADAS Universidade Federal de Lavras - Departamento de Biologia Campus Universitário, s/n - Lavras - MG cbee@dbi.ufla.br Web: (em construção) Telefone: /

4 PESSOAL TEMPO DE ATUAÇÃO Quase 9% dos questionários foram respondidos por pessoas que atuam na Unidade a mais de um ano, contribuindo para que as respostas apresentadas considerem o aspecto temporal, o que é fundamental para o processo de discussão em Ecologia de Estradas. Menos que 1 ano Entre 1 e 5 anos Entre 6 e 1 anos Acima de 1 anos 6% 11% 1% 19% NÍVEL FORMAÇÃO Da mesma forma, mais de 9% possuem formação superior, com elevada incidência de pessoas com pós graduação (> 5%). Pós-graduação (completo) Pós-graduação (cursando) Superior (completo) Superior (cursando) Tempo de Atuação na UC Ensino Médio 46% 6% 39% 3% 2% 3% 4

5 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESFERA ADMINISTRATIVA O maior percentual de unidades federais provavelmente está relacionado a termos obtido a listagem completa de UCs vinculadas ao ICMBio, enquanto que muitas das estaduais e particulares não possuírem cadastro e fomos obrigados a encaminhar o para uma instituição que se encarregaria de reencaminhar. Entre as estaduais houve grande diferença na participação dos estados, tendo Minas Gerais o de maior participação (Ver tabela abaixo). Estadual Federal Municipal Particular 42% 53% 4% 2% CATEGORIAS Houve uma grande desigualdade no número de unidades de cada categoria, algumas em função do número de unidades existentes, mas outras (p.ex. RPPNs) por motivo ainda desconhecido. Parque Área de Proteção Ambiental Floresta Estação Ecológica Reserva Extrativista Reserva Biológica Reserva Particular do Patrimônio Natural Monumento Natural Reserva de Desenvolvimento Sustentável Área de Relevante Interesse Ecológico Refúgio de Vida Silvestre Floresta Estadual Corredor Ecológico Mosaico Reserva de Fauna N de UCs Categorias das UCs 5

6 NÚMERO DE UNIDADES POR ESTADO EM RELAÇÃO A ESFERA ADMINISTRATIVA O estado com maior participação de Unidades foi Minas Gerais, tanto quando consideramos o número total e entre as unidades estaduais. Na esfera federal os estados do norte (Pará e Amazonas) foram os de maior representatividade. Federal Estadual Municipal Particular TOTAL Minas Gerais Amazonas Pará 2 2 São Paulo Bahia Paraná Rio de Janeiro Santa Catarina Rio Grande do Sul Ceará Mato Grosso do Sul Rondônia 9 9 Espírito Santo Goiás 5 5 Pernambuco Acre 3 3 Amapá 3 3 Mato Grosso 3 3 Piauí 3 3 Rio Grande do Norte Distrito Federal 2 2 Maranhão 2 2 Paraíba Roraima 2 2 Tocantins Alagoas 1 1 Sergipe 1 1 TOTAL

7 NÚMERO DE UNIDADES POR BIOMA Cremos que unidades de conservação que não se enquadravam diretamente na pesquisa optaram por não responder o diagnóstico. Assim, biomas com maior número de estradas (p. ex. Mata Atlântica) tiveram uma maior representatividade em relação a outros N de UCs 6 Mata Atlântica Amazônia Cerrado Caatinga Costeiro Marinho Manguezal Pampa Pantanal

8 IMPACTOS AMBIENTAIS EXTENSÃO DA MALHA VIÁRIA NA UC E NO SEU ENTORNO A maioria das UCs (~7%) informou existir de a 5km de malha viária na Unidade e/ou seu entorno. Esta informação precisa ser melhor detalhada para avaliarmos a relação área da UC e quilometragem de rodovias. 21% 18% 17% 22% 11% 8% 3% Não existem estradas de 1 a 3km de 51 a 7Km Acima de 9Km Menos de 1km de 31 a 5Km de 71 a 9Km NÚMERO DE RODOVIAS EXISTENTES NA UC E/OU ÁREA DE ENTORNO Mais da metade das UCs é cortada por até duas rodovias, mas chamou a atenção o elevado percentual de UCs com mais de 5 rodovias em sua área (23%). Novamente as APAs são responsáveis por grande parte deste percentual > 5 25% 26% 12% 8% 5% 23% 8

9 CONSTRUÇÃO DE RODOVIAS NA ÁREA DA UC OU SEU ENTORNO Observa-se uma mudança no cenário de presença de rodovias em UCs. Nos últimos 5 anos apenas 14% das UCs tiveram construção de rodovias cortando sua poligonal e/ou sua área de entorno, enquanto que 24% das UCs afirma que haverá ampliação da sua malha nos próximos 5 anos. A diferença na categoria Não sei / Não tenho certeza também é significativa entre as questões, demonstrando a possibilidade do percentual de novas rodovias ser muito maior. Não Não sei / Não tenho certeza Sim NOS ÚLTIMOS 5 ANOS 81% 14% 6% NOS PRÓXIMOS 5 ANOS Não Não sei / Não tenho certeza Sim 56% 19% 24% 9

10 VELOCIDADE MÉDIA DAS RODOVIAS NA ÁREA DA UC E/OU SEU ENTORNO Conforme esperado um grande número de UCs informou que menos de 2% das suas rodovias tem velocidades inferiores a 1km/h e um elevado percentual tem mais de 8% das rodovias com velocidades superiores a 8km/h. N Ucs até 2% de 2 a 4% de 4 a 6% de 6 a 8% acima de 8% 12 8% Número de UCs (linha cont.) % 4% 2% Percentual (Barras) < 1Km/h 1 a 4km/h 4 a 6km/h 6 a 8km/h Acima de 8km/h % FLUXO DE VEÍCULOS DAS RODOVIAS NA ÁREA DA UC E/OU SEU ENTORNO Aparentemente o fluxo de veículos é baixo na maioria das Unidades, tendo a maior ocorrência de rodovias com até 1 veículos/dia, seguido pela classe de 1 a 2 veículos/dia. Contudo, mais de 4 Unidades informaram ter fluxo maior que 4 veículos disso e deste total 3% (~12 UCs) tem mais de 8% das rodovias com esse fluxo. N Ucs até 2% de 2 a 4% de 4 a 6% de 6 a 8% acima de 8% 16 4% Número de UCs (linha cont.) % 2% 1% Percentual (Barras) 1 v./dia 1-2 v./dia 2-4 v./dia > 4 v./dia % 1

11 PERCENTUAL DE RODOVIAS SOB CONCESSÃO Menos de 15% das rodovias em UCs estão sob responsabilidade de empresas. O valor, apesar de aparentar um pequeno percentual, está fortemente representado em estados da região sul e sudeste do Brasil. Não Não sei / Não tenho certeza Sim 84% 13% 3% TIPO DE PAVIMENTO NAS RODOVIAS NA ÁREA DA UC E/OU SEU ENTORNO O número de Unidades com estradas pavimentadas com asfalto ou terra é semelhante, tanto em número quanto na distribuição percentual. N Ucs até 2% de 2 a 4% de 4 a 6% de 6 a 8% Acima de 8% 16 45% Número de UCs (linha cont.) % 15% Percentual (barras) Asfalto Terra Ambos % 11

12 NÚMERO DE PISTAS NAS RODOVIAS NA ÁREA DA UC E/OU SEU ENTORNO Os resultados refletiram o padrão brasileiro, onde essencialmente as rodovias são compostas por duas pistas (uma em cada sentido). Naquelas com 4 ou mais pistas a maioria das UCs (~8%) afirmou que menos de 2% das rodovias possuem essa característica. N Ucs até 2% de 2 a 4% de 4 a 6% de 6 a 8% Acima de 8% 18 8% Número de UCs (linha cont.) % 4% 2% Percentual (Barras) 2 pistas 4 pistas Mais de 4 pistas % LICENCIAMENTO AMBIENTAL DAS RODOVIAS EXISTENTES NA UNIDADE E/OU SEU ENTORNO Ficou demonstrado dois aspectos, primeiro que o número de rodovias que efetivamente são licenciadas é baixo em relação ao todo, mas mais importante é a demonstração do baixo grau de informação dos gestores sobre este fato, que pode ser uma importante ferramenta de gestão e manejo da Unidade. Não Não sei / Não tenho certeza Sim Algumas 2% 41% 3% 36% 12

13 PRESENÇA DE RODOVIAS DESTINADAS A VISITAÇÃO PÚBLICA A maioria das Unidades afirmam possuir rodovias utilizadas para visitação pública. Não Não sei / Não tenho certeza Sim 1% 39% 6% QUILOMETRAGEM DE RODOVIAS DESTINADAS A VISITAÇÃO NA ÁREA DA UNIDADE E/OU SEU ENTORNO Das Unidades que afirmam possuir rodovias para visitação pública, a maioria afirma possuir menos de 1km. Este dado deverá ser analisado posteriormente correlacionando com a presença e intensidade de atropelamento, assim como o tamanho da Unidade. Menos de 1km de 1 a 3km de 31 a 5Km de 51 a 7Km de 71 a 9Km Acima de 9Km Não existem estradas 27% 18% 9% 5% 2% 7% 33% 13

14 TIPOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS RELACIONADOS A RODOVIAS NA ÁREA DA UNIDADE E/OU SEU ENTORNO Se constata que os gestores acreditam em uma proporcionalidade dos impactos ambientais de rodovias na Unidade. A maioria da UCs afirmou que até 2% dos impactos eram ocasionados por cada impacto. N Ucs até 2% de 2 a 4% de 4 a 6% de 6 a 8% Acima de 8% 2 6% Número de UCs (linha cont.) % 3% 15% Percentual (Barras) Fragm. Atrop. Afugent. Sp. exótica Caça/Extração % PRESENÇA DE ATROPELAMENTOS DE FAUNA SELVAGEM NA ÁREA DA UC E/OU SEU ENTORNO Mais de 8% das UCs que possuem rodovias na sua área afirmaram já ter verificado atropelamento de fauna selvagem. Entre os 18% que afirmam não ter atropelamentos, quase a totalidade (92%) são de Unidades que afirmam não possuir rodovias e estradas no seu interior. Não Não sei / Não tenho certeza Sim 8% 74% 18% 14

15 INTENSIDADE DE ATROPELAMENTO NA ÁREA DA UC E/OU SEU ENTORNO Um total de 5% dos questionários informam haver atropelamentos constantes em diferentes intensidades, e apenas 1% informa ser um problema extremo. Cremos que esta percepção possa ser alterada se o monitoramento deste impacto for incluído na rotina das Unidades. Inexistente Eventual Constante, mas de baixa intensidade Constante, e com identificação de animais praticamente todos os dias Extrema, com vários animais atropelados diariamente 41% 8% 14% 1% 36% CLASSES FAUNÍSTICAS MAIS AFETADAS POR ATROPELAMENTO NA UNIDADE E NO SEU ENTORNO A percepção dos gestores é de que a mortalidade de animais de pequeno porte é aproximadamente semelhante entre as classes. Já animais de maior porte (mamíferos de grande porte) são menos afetados. Não deve ser entendido que isto implique em menor impacto populacional a este grupo, já que sua biologia e ecologia são diferenciadas. N Ucs até 2% de 2 a 4% de 4 a 6% de 6 a 8% Acima de 8% 2 8% Número de UCs (linha cont.) % 4% 2% Percentual (barras) Anfíbio Réptil Aves Mamíf. (P) Mamíf. (G) % 15

16 EFEITO DA SAZONALIDADE NA OCORRÊNCIA DE ATROPELAMENTOS NA UC E/OU SEU ENTORNO Apesar de ser uma questão bastante subjetiva, tendo em vista que a maioria das UCs não possuem monitoramento de atropelamento de fauna, identificamos que 27% das unidades indicaram a sazonalidade climática relacionada a temperatura e ou precipitação como influenciadores do atropelamento. Não Não sei / Não tenho certeza Sim 38% 36% 27% 16

17 MANEJO ATIVIDADES DE PESQUISA DE ATROPELAMENTO DE FAUNA NAS RODOVIAS DA ÁREA DA UC E/ OU SEU ENTORNO Apesar do elevado número de Unidades que afirmam ter impactos de atropelamento de fauna na sua área, estão sendo ou foram realizados baixíssimos esforços em avaliar esses efeitos. Outro ponto é a efetividade deste retorno ao planejamento, manejo e gestão da Unidade, inclusive considerando o grande número de gestores que desconhecem se houveram pesquisas deste tema Número de UCs Sendo realizada Foi realizada Não Não sei / Não tenho certeza Sim PRESENÇA DE MEDIDAS DE MITIGAÇÃO NAS RODOVIAS NA ÁREA DA UC E/OU SEU ENTORNO Neste item foram considerados a presença de placas de sinalização, redutores de velocidade, telas, passagens de fauna,... entre outros, e mesmo assim o percentual de medidas foi de apenas 32%. Não Não sei / Não tenho certeza Sim 61% 7% 32% 17

18 AS MEDIDAS DE MITIGAÇÃO FORAM OU ESTÃO SENDO AVALIADAS QUANTO A SUA EFICIÊNCIA? Os dados demonstram que praticamente não existem estudos que validam a tomada de decisão sobre a eficiência das medidas de mitigação implantadas. Isto possui implicações locais, por inviabilizar a avaliação da redução do impacto, e em nível nacional por não contribuir na definição da tomada de decisão em ações semelhantes em outras áreas, determinando investimentos elevados em soluções não efetivas. Não Não sei / Não tenho certeza Sim 84% 4% 12% RELAÇÃO ENTRE A PRESENÇA DE ESPÉCIES AMEAÇADAS EXISTENTES NA UNIDADE E O ATROPELAMENTO DESTAS ESPÉCIES Esta tabela apresenta dados que merecem ser reavaliados no futuro. Várias espécies possuem maior ocorrência como atropeladas do que descritas na área da Unidade. Se considerarmos que estes dados estão corretos, podemos hipotetizar que foram inclusas ocorrências de atropelamento na área de entorno, o que indica a presença destes espécie associadas à Unidade e, muito provavelmente, dentro da UC, faltando apenas levantamentos mais aprofundados. Também é esperado que as espécies arborícolas, principalmente primatas, fossem menos impactados por atropelamento, mas os processos de fragmentação, afugentamento, caça e introdução de espécies exóticas associados a estas espécies podem ser tão ou mais impactantes que o próprio atropelamento. Finalmente, carnívoros terrestres com grande área de vida são nitidamente as espécies com maior ocorrência de impactos. Espécies Existentes Atropeladas Gato-do-mato.- Leopardus tigrinus Jaguatirica.- Leopardus pardalis mitis Gato-maracajá.- Leopardus wiedii Onça-parda.- Puma concolor Lobo-guará.- Chrysocyon brachyurus Tamanduá-bandeira.- Myrmecophaga tridactyla

19 Espécies Existentes Atropeladas Tatu-bola.- Tolypeutes tricinctus Cachorro-do-mato-vinagre.- Speothos venaticus 9 1 Onça-pintada.- Panthera onca 17 8 Macaco-prego.- Cebus xanthosternos 1 7 Preguiça de coleira.- Bradypus torquatus 9 6 Bugio-marrom-do-norte.- Alouatta guariba guariba 6 4 Mico-leão-preto.- Leontopithecus chrysopygus 1 4 Guariba.- Alouatta belzebul ululata 11 3 Ouriço-preto.- Chaetomys subspinosus 2 3 Sagüi-da-serra-escuro.- Callithrix aurita 4 3 Sauim-de-coleira.- Saguinus bicolor 4 3 Tatu-canastra.- Priodontes maximus 11 3 Veado-mão-curta.- Mazama nana 3 3 Cervo-do-pantanal.- Blastocerus dichotomus 2 2 Gato-palheiro.- Leopardus braccatus 3 2 Macaco-prego-de-crista.- Cebus robustus 3 2 Mico-leão-da-cara-dourada.- Leontopithecus chrysomelas 1 2 Mico-leão-dourado.- Leontopithecus rosalia 2 2 Ariranha.- Pteronura brasiliensis 1 1 Cuíca-de-colete.- Caluromysiops irrupta 2 1 Macaco-de-cheiro-de-cabeça-preta.- Saimiri vanzolinii 3 1 Mono-carvoeiro.- Brachyteles arachnoides 2 1 Sauá.- Callicebus personatus 4 1 Coatá-da-testa-branca.- Ateles marginatus 1 19

20 Espécies Existentes Atropeladas Cuxiú-de-uta-hick.- Chiropotes utahicki 1 Cuxiú-preto.- Chiropotes satanas 2 Macaco-aranha.- Ateles belzebuth 4 Mico-leão-da-cara-preta.- Leontopithecus caissara 2 Muriqui.- Brachyteles hypoxanthus 1 Nenhuma das listadas 7 94 TOTAL RELAÇÃO ENTRE O NÚMERO DE OCORRÊNCIAS DE ESPÉCIES AMEAÇADAS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO E O NÚMERO DE OCORRÊNCIAS DE ATROPELAMENTOS Conforme esperado, existe uma relação direta entre a presença da espécie em um maior número de Unidades e o impacto do atropelamento sobre a espécie. Conforme afirmado na questão anterior, primatas e carnívoros fortemente ligado a água (p. ex. Ariranha) possuem características diferenciadas. Ocorrência de Atropelamentos R² = Presença na UC 2

21 IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DE ESTUDOS DE IMPACTOS DE EMPREENDIMENTOS LINEARES NO MANEJO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO Um total de 44% do total de Unidades que participaram do diagnóstico acreditam ser fundamental a realização de estudos de impactos de empreendimentos lineares para o efetivo manejo da UC, e aproximadamente 7% deram nota superior a 5 para este tipo de estudo. Os 13% que não acreditam ser necessários estudos desta natureza estão apenas as UCs sem rodovias N de UCs Importância de estudos INTERESSE EM FORMALIZAR UMA PARCERIA COM O CENTRO BRASILEIRO DE ESTUDOS EM ECOLOGIA DE ESTRADAS Independente da esfera administrativa, o percentual de UCs interessadas em estabelecer uma parceria de trabalho com o CBEE foi maior que 8% N de UCs Federal Estadual Municipal Particular Sim Não sei / Não tenho certeza Não 21

22 DISPONIBILIDADE DE INFRAESTRUTURA E PESSOAL PARA ESTABELECER UMA PARCERIA COM O CENTRO BRASILEIRO DE ESTUDOS EM ECOLOGIA DE ESTRADAS O principal limitador para o estabelecimento de uma parceria entre as diferentes UCs e o CBEE está na disponibilidade de recursos, infraestrutura e pessoal. Na esfera federal, apenas 5% das UCs acreditam possuir capacidade para formalizar uma parceria sem aporte externo de investimentos, enquanto na esfera estadual esse percentual é de aproximadamente 3% Estadual Federal Sim 22 Particular Municipal Não sei / Não tenho certeza Não N de UCs 9