Liberdades de Crença e de Expressão do Assistente Social Cristão e Conservador TCC

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1 CURSO DE SERVIÇO SOCIAL RENAN TEODORO DE SOUZA RELIGIÃO E SERVIÇO SOCIAL: LIBERDADES DE CRENÇA E DE EXPRESSÃO DO ASSISTENTE SOCIAL CRISTÃO E CONSERVADOR MARINGÁ 2018 renantheoss@gmail.com

2 RENAN TEODORO DE SOUZA RELIGIÃO E SERVIÇO SOCIAL: LIBERDADES DE CRENÇA E DE EXPRESSÃO DO ASSISTENTE SOCIAL CRISTÃO E CONSERVADOR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Metropolitano de Maringá - UNIFAMMA, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social Orientadora: Prof a. Me: Eliane Amarilha de Souza Dantas MARINGÁ 2018

3 RENAN TEODORO DE SOUZA RELIGIÃO E SERVIÇO SOCIAL: LIBERDADES DE CRENÇA E DE EXPRESSÃO DO ASSISTENTE SOCIAL CRISTÃO E CONSERVADOR Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Metropolitano de Maringá - UNIFAMMA, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. Orientadora: Prof a. Me: Eliane Amarilha de Souza Dantas BANCA EXAMINADORA Orientadora: Prof a. Me: Eliane Amarilha de Souza Dantas - UNIFAMMA Professor Dr.: José Adalberto Mourão Dantas - UNIFAMMA Professor Dr.: Edson Marques de Oliveira - UNIOESTE Data de Aprovação: 03 de dezembro de 2018.

4 Dedico este trabalho a Jesus

5 AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Jesus por ter me sustentado até aqui e permitido que mais um ciclo em minha vida se fechasse. Por não desistir de mim mesmo diante de tantas mancadas e por me direcionar desde a escolha da graduação até ao tema da monografia. Me ensinou que devemos ser inconformados com este mundo e muda-lo com o Amor. A este Centro Universitário por ter acreditado na minha capacidade e me oferecido a oportunidade de realizar este curso com uma bolsa integral. A Eliane Amarilha de Souza Dantas pela dedicação em coordenar este curso e por aceitar ser minha orientadora, você foi peça fundamental para que eu chegasse até aqui. Obrigado por acreditar no meu potencial, por estar sempre disponível e por respeitar meu ponto de vista. A cada amigo que fiz e que levarei para a vida. Deixo aqui registrado o nome da Jéssica Malavazzi, Claramila Kielblock e Mariana Reis. Mais do que estudar juntos, passamos a fazer parte da história uns dos outros. A Rejane Oliveira Vargas que me ensinou na prática o que é ser assistente social e a todos meus amigos da Casa Maternal Evangélica de Maringá (Isis Bruder) que sempre me apoiaram. Vocês contribuem a cada dia com o meu crescimento pessoal e profissional. Aos professores que fizeram parte desta importante fase da minha vida e que de um modo direto ou indireto me fizeram pensar fora da caixinha. A professora Maria José Carvalho Pombalino que foi minha supervisora acadêmica de estágio e me ensinou que ser assistente social é muito mais do que cumprir normas: é ser humano e se importar com o próximo. Ao professor Adalberto que me apresentou o conceito de visão de mundo no primeiro dia de aula. Ao professor Ruy Gustavo que me ensinou a pensar criticamente, apresentando a possibilidade de criticarmos a própria crítica estabelecida pela hegemonia.

6 Ao professor Peterson Marino que sempre se manteve plural e aberto ao diálogo em sala de aula. A todos os amigos vinculados à página do Facebook Serviço Social Libertário. Caminhar com vocês expandiu minha visão de mundo, me ensinou a defender uma profissão plural e livre, a respeitar o diferente e me provou que é possível ser um excelente profissional sem precisar defender ideologias com as quais eu não concorde. Registro aqui os nomes da professora Camila Damascena de Albertim e do professor Edson Marques Oliveira. Vocês me aconselharam e esclareceram muitas dúvidas que eu tinha, espero continuar crescendo profissionalmente ao lado de vocês. A Sonia Martins Seixas por me apresentar a luta pela legitimação do Serviço Social Clínico no Brasil e pelas ajudas com a tradução do resumo, de igual modo me ajudaram professor William S. Meyer (Duke University Medical Center), Carla Silva e Sarah Castelli. Aos amigos do Núcleo Maringaense da Sociedade Criacionista Brasileira e da Associação Brasileira de Cristãos na Ciência, seus cursos, palestras e reflexões me auxiliaram muito. A todos os irmãos da Igreja Evangélica Verbo da Vida que de alguma forma me abençoaram nesta fase. Agradeço ao pastor Sérgio Neiva pelas indicações de leituras e pelas reflexões e à tia Rô por ter me mostrado desde pequeno a buscar o Reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar (estou melhorando nisso ainda). E por último e não menos importante agradeço à minha família por ter confiado em mim e me dado o suporte necessário para que eu chegasse até aqui. Edleuza da Silva Teodoro e Larissa Teodoro de Souza, amo vocês duas e sou muito grato a Deus por vocês fazerem parte da minha vida todos os dias.

7 [...] Se servir a Ti é contra a lei dos homens Se viver a minha fé em Ti é proibido Então eu vou ficar bem diante do júri Se dizer que eu acredito é inapropriado Se eu estou sendo julgado porque eu vou dar a minha vida para mostrar ao mundo o amor que me enche Então eu quero ser culpado Culpado por associação Culpado de ser uma voz proclamando Teus caminhos, a Tua verdade, a Tua vida Eu vou pagar o preço para ser Tua luz [...] (Newsboys, 2016 em tradução livre)

8 SOUZA, Renan Teodoro de. Religião e Serviço Social: liberdades de crença e de expressão do assistente social cristão e conservador fls. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Serviço Social) Centro Universitário Metropolitano de Maringá, UNIFAMMA. Maringá, RESUMO A religião sempre foi um aspecto relevante na formação dos indivíduos e consequentemente, da sociedade. Este trabalho, de caráter bibliográfico, tem por tema a liberdade de crença e de expressão do assistente social que professa a fé cristã e que é conservador; e objetiva identificar como se dá a relação entre religião, liberdade de crença e liberdade de expressão no Serviço Social Brasileiro da atualidade. Apresenta a trajetória histórica do Serviço Social no mundo e no Brasil enquanto uma evolução do ato de ajudar; e aborda as liberdades individuais de crença e de expressão e sua relação com os órgãos representativos e a própria categoria profissional de assistentes sociais na atualidade, tendo como ponto norteador a seguinte problematização: o assistente social, frente aos desafios e demandas sociais, tem realmente liberdade dentro da categoria profissional para expressar suas ideias e escolhas, tanto em questões teóricas como religiosas mesmo que essas opções sejam contrárias as teses defendidas pela hegemonia da categoria profissional? Palavras-chave: Serviço Social Brasileiro. Religião. Cristianismo. Conservadorismo. Liberdade de Crença. Liberdade de Expressão.

9 ABSTRACT Religion has always been integral to the formation of individuals and consequently, of society. This work, of bibliographical character, advocates for freedom of belief and expression of the social worker who professes the Christian faith and who is conservative; Moreover, it aims to identify the relation between religion, freedom of belief and freedom of expression among Brazilian social workers today. We trace the historical trajectory of social work in the world and in Brazil as an evolution of the act of helping. This monograph inquires about freedoms of belief and expression and their relationship with representative bodies and contemporary social workers. Here is the key question: Do social workers, faced with social challenges and demands, really have freedom within the profession to express their theoretical and religious ideas and choices, even if these positions are contrary to the theses defended by the hegemony within the profession? Keywords: Brazilian Social Work. Religion. Christianity. Conservatism. Freedom of Belief. Freedom of Expression.

10 RESUMEN La religión siempre ha sido parte integral de la formación de los individuos y, en consecuencia, de la sociedad. Este trabajo, de carácter bibliográfico, aboga por la libertad de creencia y expresión del trabajador social que profesa la fe cristiana y que es conservador; Además, tiene como objetivo identificar la relación entre la religión, la libertad de creencia y la libertad de expresión entre los trabajadores sociales brasileños de hoy. Trazamos la trayectoria histórica del trabajo social en el mundo y en Brasil como una evolución del acto de ayudar. Esta monografía indaga sobre las libertades de creencia y expresión y su relación con los organismos representativos y los trabajadores sociales contemporáneos. Aquí está la pregunta clave: Los trabajadores sociales, frente a los desafíos y demandas sociales, tienen realmente libertad dentro de la profesión para expresar sus ideas y elecciones teóricas y religiosas, incluso si estas posiciones son contrarias a las tesis defendidas por la hegemonía dentro de la profesión? Palabras clave: Trabajo Social Brasileño. Religión. Cristianismo. Conservadurismo. Libertad de Creencias. Libertad de Expresión..

11 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABAS Associação Brasileira de Assistentes Sociais ABESS Associação Brasileira de Escolas de Serviço Social APAS Associação Profissional de Assistentes Sociais CBAS Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais CBCISS Centro Brasileiro de Cooperação e Intercâmbio de Serviços Sociais CEAS Centro de Estudos e Ação Social de São Paulo CFAS Conselho Federal de Assistentes Sociais CRAS Conselho Regional de Assistentes Sociais CRAS Centro de Referência de Assistência Social CREAS Centro de Referência Especializado de Assistência Social COS Charities Organisation Society IAPC Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários LBA Legião Brasileira de Assistência LOAS Lei Orgânica da Assistência Social MDS Ministério do Desenvolvimento Social NOB-RH/SUAS Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS SESI Serviço Social da Indústria SESC Serviço Social do Comércio SUAS Sistema único de Assistência Social UNRISD United Nations Research Institute for Social Development

12 SUMÁRIO INTRODUÇÃO METODOLOGIA A HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL NO MUNDO O SERVIÇO SOCIAL ENQUANTO EVOLUÇÃO DA AJUDA AS PRIMEIRAS PRÁTICAS DE AJUDA AOS POBRES A CARIDADE NA IDADE MÉDIA A SECULARIZAÇÃO DA CARIDADE E AS PRIMEIRAS INTERVENÇÕES ESTATAIS AS TENTATIVAS DE ORGANIZAÇÃO DA CARIDADE A Encíclica Rerum Novarum O SERVIÇO SOCIAL PÓS-PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL A HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL A PRÁTICA DA AJUDA NO PERÍODO COLONIAL O INÍCIO DA REPÚBLICA E DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL A PROFISSIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO O MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO E A TEORIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO O Documento de Araxá O Documento de Teresópolis e o estudo dos fenômenos A Intenção De Ruptura com o Serviço Social Tradicional O CONGRESSO DA VIRADA O PROJETO ÉTICO POLÍTICO DO SERVIÇO SOCIAL A CONSTITUIÇÃO DE 1988 E A ASSISTÊNCIA SOCIAL ENQUANTO POLÍTICA PÚBLICA RELIGIÃO, SERVIÇO SOCIAL E AS LIBERDADES INDIVIDUAIS A IMPORTÂNCIA DA RELIGIÃO... 47

13 3.2 CRISTIANISMO, CONSERVADORISMO, MARXISMO E O SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO LIBERDADE DE CRENÇA E DE EXPRESSÃO ENQUANTO LIBERDADES INDIVIDUAIS DE RELEVÂNCIA PÚBLICA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS... 70

14 13 INTRODUÇÃO Desde sempre a religião possui um papel fundamental na formação das civilizações e suas respectivas culturas, pois não é recente a crença do ser humano em poderes sobrenaturais. Ao longo de todo o processo histórico, o aspecto religioso tem se mostrado relevante para estruturar a sociedade e direcionar as ações de seus cidadãos, pois todo tipo de crença ou ideologia gera impactos na esfera pública. Portanto, a profissão de Serviço Social, assim como todas as demais profissões, encontra-se inserida neste contexto e está sob constante influência das subjetividades de seus agentes: os assistentes sociais. Este trabalho, de caráter bibliográfico, é fruto de muitas inquietações levantadas durante a graduação e tem por tema a liberdade de crença e de expressão do assistente social que professa a fé cristã e que é conservador, visando identificar como se dá a relação entre religião, liberdade de crença e liberdade de expressão no Serviço Social Brasileiro da atualidade. Ao considerar as influências que a religião tem no modo de vida e nas decisões dos indivíduos em seu cotidiano e durante sua formação, entende-se que se trata de um tema complexo e controverso, e que tal discussão seja necessária dentro da categoria profissional já que o Serviço Social brasileiro teve sua gênese a partir de ideais do cristianismo. No primeiro capítulo, partiremos do entendimento de que a gênese do Serviço Social ao redor do mundo se deu a partir do ato de ajudar o próximo e mostraremos de forma breve seu desenvolvimento ao longo do processo histórico, apresentando algumas influências que a religião, ou pessoas envolvidas com a religião, tiveram desde seu início até a consolidação do que veio a se tornar a profissão de assistente social. Em seguida, no segundo capítulo, abordaremos a trajetória histórica da profissão no Brasil, levando em conta seu início sob bases da doutrina social da Igreja Católica, a intervenção do Estado Brasileiro no campo social por meio de políticas públicas, o processo de teorização da prática do assistente social e sua posterior aproximação com a teoria social marxista. Por fim, no terceiro capítulo, trataremos da relevância que a religião possui na formação do indivíduo e acerca de seu impacto na esfera pública. Veremos como se deu a influência do marxismo na religião cristã no país e sua consequente influência no Serviço Social brasileiro. Também abordaremos as liberdades de crença e de expressão, enquanto

15 14 liberdades individuais que possuem grande importância no âmbito público, refletindo se na atualidade o assistente social cristão e conservador tem usufruído de tais liberdades no campo político e profissional.

16 15 METODOLOGIA O presente trabalho é resultado de uma pesquisa desenvolvida a partir de materiais já elaborados, como livros e artigos, sendo, portanto, caracterizada como pesquisa bibliográfica. Com base em seus objetivos, esta pesquisa é classificada como pesquisa exploratória por ter [...] como objetivo principal o aprimoramento de ideias ou a descoberta de intuições. (GIL, 2002, p.41) Como procedimento metodológico, seguiu-se as etapas apresentadas por Gil (2002, pp ) para uma pesquisa bibliográfica, são elas: a) escolha do tema; b) levantamento bibliográfico preliminar; c) formulação do problema; d) elaboração do plano provisório de assunto; e) busca das fontes; f) leitura do material; g) fichamento; h) organização lógica do assunto; e i) redação do texto. Quanto a escolha do tema, [...] deve estar relacionada tanto quanto for possível com o interesse do estudante. (GIL, 2002, p. 60) Desta forma, partindo do fato de o pesquisador estar inserido na religião cristã desde sua infância e das inquietações levantadas por este durante a graduação quanto a conciliação entre o Serviço Social hegemônico marxista e o cristianismo, além de que o Serviço Social brasileiro teve sua gênese a partir de ideais do cristianismo, escolheu-se Religião e Serviço Social por tema. O levantamento bibliográfico preliminar foi realizado ainda durante a elaboração do projeto de pesquisa, nesta fase foi possível identificar controvérsias dos autores quanto ao tema escolhido, de modo que a abordagem do Serviço Social chamada por Montaño (2009) de Endogenista foi a escolhida, pois trata-se de uma abordagem capaz de fundamentar o trabalho. Considerando os princípios e valores contidos no Código de Ética Profissional e na ideologia hegemônica do Serviço Social que influenciam tanto na formação como no exercício profissional frente às liberdades de expressão e escolhas pessoais nas áreas vitais tal como a liberdade religiosa nos deparamos com a seguinte questão: o assistente social, frente aos desafios e demandas sociais, tem realmente liberdade dentro da categoria

17 16 profissional para expressar suas ideias e escolhas, tanto em questões teóricas como religiosas? Mesmo que essas opções sejam contrárias as teses defendidas pela hegemonia da categoria profissional? Foi acerca destes pontos que o presente trabalho foi construído. Em conjunto com a orientadora, o pesquisador elaborou o plano provisório de assunto [...] que consiste na organização sistemática das diversas partes que compõem o objeto de estudo e que, posteriormente foi reelaborado. Em seguida, identificou-se que as fontes de pesquisa seriam livros de leitura corrente, obras de referência, periódicos científicos e vídeos localizados em websites, em bibliotecas convencionais e livrarias. Foi realizada a leitura dos materiais coletados concomitantemente com a elaboração de fichamentos. Posteriormente, organizou-se os assuntos logicamente, de forma que se reelaborou o plano de assuntos, possibilitando a redação do texto final.

18 17 1 A HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL NO MUNDO 1.1 O SERVIÇO SOCIAL ENQUANTO EVOLUÇÃO DA AJUDA No que diz respeito ao surgimento do Serviço Social, há divergências entre os autores, os quais dividem-se em duas teses antagônicas. (Montaño, 2009) Há aqueles que defendem o surgimento da profissão enquanto uma exigência do contexto econômico capitalista monopolista e aqueles que defendem uma gênese a partir da noção de ajuda e que foi se desenvolvendo diante dos fatores imediatos como os sociais, econômicos e políticos e, também por fatores técnicos que é o caso do desenvolvimento tecnológico e científico. (Vieira, 1978) Obriga-se, então, ao reconhecimento de que a concepção aqui apresentada é, principalmente, a segunda e decorre da leitura de clássicos como Balbina Ottoni Vieira e Ezequiel Ander-Egg. Na pesquisa de Simões (2005) com assistentes sociais brasileiros e ingleses entre 2001 e 2003, demonstrou-se que a ideia de ajuda social é uma característica essencial à própria prática profissional. Entre os brasileiros, a ajuda está ligada à dicotomia entre aqueles que proveem a ajuda, de um lado, e aqueles que são ajudados, de outro. Já para os assistentes sociais ingleses, ajuda tem relação com a garantia de autonomia individual do beneficiado, em que cada um deve ser capaz de resolver seus próprios problemas. A prática da assistência possui um caráter plural e sincrético, portanto, não incorpora uma teoria de maneira exclusiva, logo, [...] o ideário da ajuda é referência, tanto para aqueles que brigam contra o sistema e por direitos, quanto para aqueles que associam a prática assistencial a poderem estar perto do outro, ouvi-lo, entendê-lo, além de poderem expressar carinho, dedicação, afeto pelo usuário, através do contato pessoa-pessoa. (SIMÕES, 2005, p.105) O Serviço Social só ficou conhecido com esta nomenclatura no século XX. Com outros nomes, seu exercício existe desde que os homens apareceram sobre a Terra por meio do ato de ajudar o próximo, corrigindo e/ou prevenindo os males sociais e permitindo que o homem construísse seu próprio bem-estar. (ANDER-EGG, 1995; VIEIRA, 1978) Não atende apenas ao indivíduo, nem é realizado por uma só pessoa; existe para uma coletividade e é desempenhado por um corpo de agentes. Esta definição aplica-se perfeitamente à ajuda aos outros em qualquer de suas dimensões, seja caracterizada como caridade, filantropia ou serviço social. (VIEIRA, 1978, p. 14)

19 18 Antes da institucionalização da profissão de Serviço Social, quase todos se dedicavam ao trabalho de caridade e os valores associados à essa prática estavam profundamente enraizados na religião. (LOEWENBERG, 1988) Conforme Balbina Ottoni Vieira (1978), para entender a operacionalização da ajuda aos outros é necessário vê-la em sua estrutura, composta: pelo contexto social, econômico, cultural e político que demanda tal ajuda; pela ideia que se tem de ajuda; por quem a recebe e quais as causas que levam a sua procura; e, por fim, por quem a executa, seja a família, a religião, ou o poder civil/estatal. 1.2 AS PRIMEIRAS PRÁTICAS DE AJUDA AOS POBRES A existência de pobres e miseráveis nos remete desde os primórdios na Antiguidade, em que o sistema socioeconômico era baseado na pecuária e agricultura de subsistência, em que ofertava-se trabalho para todos os membros da tribo ou clã. (ANDER-EGG, 1995; VIEIRA, 1978) A pobreza era o estado daqueles que não contavam com meios de subsistência, ou porque eram velhos ou doentes ou porque não tinham arrimos para sustenta-los, como as viúvas e as crianças órfãs ou abandonadas. [...] A miséria só aparecia em época de crise econômica, causada pelas invasões, guerras, catástrofes, que, destruindo cidades, habitações e lavouras, provocam a falta de alimento e de trabalho. (VIEIRA, 1978, pp ) Por se tratar de uma sociedade mítica, acreditava-se que a natureza e todos os seus elementos eram sacralizados como divinos ou semidivinos e que tudo era ordenado, comandado e decidido pelas divindades, inclusive a miséria, doenças etc. (VIEIRA, 1978) Foi o entendimento hebraico, presente na Bíblia, que contribuiu, ainda que de maneira lenta, para a dessacralização dos elementos naturais. Pois estabelece a separação entre Deus e a natureza, tornando-a criação dele e instrumento de Sua vontade. Os seres humanos, nesta visão de mundo, também são criaturas de Deus, portando se diferenciam da natureza pois seus atos possuem autonomia, de modo que são movidos por sua motivação humana e pessoal. (VIEIRA, 1978) A assistência aos pobres, velhos e abandonados fazia parte da responsabilidade da família ou do clã. A ideia de prevenção ou reabilitação era praticamente desconhecida e não havia intervenção dos governos nessas questões, exceto para exibição de poder ou em casos de calamidade pública, como, por exemplo na narrativa bíblica de Gênesis 41, em que [...] no

20 19 Egito, durante os anos de fome, José distribuiu, em nome do Faraó, alimentos armazenados nos anos de abundância. (VIEIRA, 1978, p.29) Acredita-se que o Império Romano foi o único governo que sistematizou um plano de distribuição de gêneros alimentares ou dinheiro na Antiguidade. No entanto, a política do pão e circo, como ficou conhecida, acabava sendo utilizada para abusos de poder enquanto conservava a ordem estabelecida com o apoio da população em geral. (VIEIRA, 1978) 1.3 A CARIDADE NA IDADE MÉDIA Em 313 d.c., o Imperador Romano Constantino estabeleceu o Cristianismo como religião oficial do Império, o que acabou transformando o conceito de caridade. A pobreza e a doença deixaram de ser entendidas como castigo de Deus, e passaram a ser compreendidas como consequência de descuidos individuais ou das circunstâncias. A caridade era entendida pela Igreja como algo que é consequência do amor a Deus e [...] representava um meio de santificação para aquele que a praticava. (VIEIRA, 1978, p.33) No contexto da Idade Média, a instável economia rural e artesanal resultou em crises, guerras e catástrofes em que os males sociais atingiram enormes proporções. Por mais que a família continuasse a cuidar dos seus e a Igreja auxiliasse com o ato de ajudar ao próximo, a demanda se tornou tão expressiva que devido à conjuntura, a Igreja criou os diáconos para serem responsáveis pela administração dos auxílios. (ANDER-EGG, 1995; VIEIRA, 1978) Quando o serviço assistencial deixou de ser uma tarefa exclusiva das famílias e das comunidades e se tornou parte da responsabilidade da Igreja e do Estado, foi requerido dos executores de tais serviços certo nível de preparo. (SIMÕES, 2005) Neste período, eram as instituições religiosas que mais atuavam no cenário social, dedicando-se à assistência social, auxílios materiais, visitação domiciliar e assistência hospitalar sendo responsáveis pelos dispensários, hospitais, leprosários, orfanatos e escolas junto aos mosteiros. Enquanto isso, os governos [...] limitavam-se à defesa do território a à manutenção da ordem interna. (VIEIRA, 1978, p. 32) 1.4 A SECULARIZAÇÃO DA CARIDADE E AS PRIMEIRAS INTERVENÇÕES ESTATAIS Até os meados do século XVI, no Renascimento, as mudanças na estrutura da ajuda foram lentas e pouco perceptíveis. Foi um período marcado pelo início do desenvolvimento

21 20 científico e pelo enfraquecimento do sistema feudal, o que promoveu o êxodo rural e consequentemente o desenvolvimento urbano. (VIEIRA, 1978) Com a Reforma Protestante, a unidade religiosa católica romana foi rompida e iniciouse a era da secularização e do humanismo. A pobreza deixou de ser encarada como uma provação e passa a ser entendida como um fenômeno social normal, cabendo à sociedade o dever de ajudar os pobres. Aos homens, cabia a distribuição de esmolas e às mulheres a realização de visitas domiciliares e assistência material como alimentos, vestuário e dinheiro, além de conselhos e exortações. (VIEIRA, 1978) Ainda neste contexto de questionamento às imposições católicas, até então existentes, surgiu a filantropia enquanto caridade secularizada, sob a influência de escritores como Jean Jacques Rousseau. (VIEIRA, 1978) Nos países conquistados pela Reforma Protestante, vários governos confiscaram os bens da Igreja Católica e das grandes ordens religiosas, de modo que a assistência se viu estagnada. Diante da expressiva demanda deste trabalho, os governos consideraram dar continuidade a essas obras, no entanto, com caráter de serviço público ou estimulando empreendimentos filantrópicos entre particulares. O campo da caridade, que antes era considerado da esfera privada e religiosa, foi aos poucos sendo incorporadas e regulamentadas pelo Estado. (VIEIRA, 1978) A partir do século XVII, em toda a Europa, os governos estavam atuando nos espaços sociais com atitudes assistencialistas e repressivas. Aqueles que eram considerados merecedores e necessitados de ajuda como os idosos, doentes, órfãos etc. conheciam o lado assistencialista do Estado, mesmo que de forma indireta; E os não merecedores como os desempregados, preguiçosos, criminosos etc. conheciam a força e função repressiva estatal. (VIEIRA, 1978) Aos poucos, a função repressiva e autoritária do Estado foi lentamente dando espaço à ideia de prevenção dos males sociais, por meio de legislações e políticas sociais. Uma das primeiras legislações que visaram a assistência social e tiveram grande alcance foi a Poor s Law, ou Lei dos Pobres, que foi promulgada pela Rainha Elizabeth I da Inglaterra em (VIEIRA, 1978) A mendicância estava se tornando uma espécie de profissão, em que os mendigos vagavam de cidades em cidades vivendo apenas com a assistência que recebiam. Diante disso, a Lei dos Pobres responsabilizava os municípios pela assistência com seus pobres de modo a diminuir a andança dos mendigos profissionais. (VIEIRA, 1978)

22 21 A Poor s Law teve grande influência nos sistemas assistenciais ingleses e estadunidenses, onde para que alguém usufruísse determinados benefícios, era necessário que residisse na comunidade durante determinado número de anos. (VIEIRA, 1978) 1.5 AS TENTATIVAS DE ORGANIZAÇÃO DA CARIDADE O espanhol Juan Luis Vives já defendia a insuficiência do trabalho da Igreja e declarava que a participação estatal na assistência era necessária, de modo que lançou as primeiras bases teóricas para um trabalho social organizado por meio do tratado do Socorro dos Pobres. Para ele, não era certo dar esmolas indiscriminadamente, defendia a necessidade de se estudar cada situação; de ensinar as mães a cuidarem e educarem seus filhos; e de ajudar o pobre a encontrar um trabalho ou ensinar-lhe um ofício, para que não se tornasse dependente da caridade. Falava sobre a necessidade de organizar as obras sociais para combater os males existentes na sociedade. Uma das preocupações fundamentais da sua vida foi a do agir bem que, segundo ele dizia, devia estar alicerçado em motivações religiosas e no conhecimento racional. No entanto, Vives morreu incompreendido por seus contemporâneos. (ANDER-EGG, 1995, p. 72; VIEIRA, 1978) No sul da França, em 1617, o sacerdote católico Vicente de Paulo e Luísa de Marillac instituíram as Damas de Caridade, tratava-se de senhoras da sociedade que visitavam os doentes nos hospitais e os pobres em suas casas para prestarem os socorros necessários. No entanto, por virem de uma realidade diferente, [...] As Damas, nem sempre, sabiam, podiam ou mesmo queriam limpar os barracos, lavar os doentes, as crianças ou os velhos. Ensinar cuidados caseiros a uma mulher morando num barracão era impossível a que possuía numerosos serviçais. (VIEIRA, 1978, p. 38) Diante disso, em 1633, os fundadores resolveram recrutar e formar moças camponesas para o trabalho, eram essas as Filhas da Caridade, representando o primeiro passo para a profissionalização do exercício caritativo. Em geral, as mulheres eram afastadas do convívio social, logo, a inovação de Vicente de Paulo causou espanto ao mundo da época. (VIEIRA, 1978) A Revolução Francesa e a Revolução Industrial no final do século XIII marcam a passagem da Idade Média para a Idade Moderna. Com a industrialização, no século XIX, o cenário econômico e familiar foi modificado completamente. A mão-de-obra deixou de ser exclusivamente masculina e passou a ser também feminina e até infantil. Com uma política

23 econômica focada em lucros cada vez maiores. Gerou-se [...] uma nova classe 1 de pobres: os assalariados que não ganham o suficiente para viver. (VIEIRA, 1978, p.40-41) Na Europa, os princípios de Vives e Vicente de Paulo foram se consolidando por meio das inúmeras fundações religiosas e leigas, expressando, então, a necessidade de organizar a ajuda aos pobres. (VIEIRA, 1978) A primeira tentativa de organização se deu, em 1788, com a criação do Bureau Central em Nuremberg na Alemanha. Criou-se um Bureau Central e dividiu-se a cidade em distritos, designandose, para cada, um supervisor, ajudado por voluntários. Estes não somente visitavam as famílias pobres para prestar-lhes assistência, mas também estudavam as causas de sua pobreza. [...] (VIEIRA, 1978, p. 41) Em 1852, o mesmo sistema também foi instaurado na cidade Elberfield. O Bureau de Elberfield recebia subsídios governamentais e também se sustentava por doações coletadas de porta em porta, em campanhas anuais etc. Este sistema se tornou popular e serviu de modelo para planos assistenciais de várias cidades europeias. (VIEIRA, 1978) Em 1833, na França, surgiu outro tipo de organização privada. Tendo como patrono Vicente de Paulo, um grupo de estudantes católicos rapazes e homens de qualquer profissão ou classe eram treinados por palestras e leituras para visitarem os pobres em suas residências levando-lhes socorros materiais e aconselhamento cristão. Tal atividade era até então realizada exclusivamente por mulheres. (VIEIRA, 1978) Cada caso era objeto de um estudo, o qual deveria ser realizado por uma comissão e transcrito posteriormente. As providências a serem tomadas eram decididas por essa comissão e confiava ao assistido a capacidade de ser agente de seu reajustamento. Os socorros prestados não eram temporários, mas suficientes até que houvesse o reajuste do indivíduo ou da família. (VIEIRA, 1978) Nas Sociedades Vicentinas, tinha-se um fichário central, realizado a partir do intercâmbio das listas de assistidos entre as Instituições, para evitar a exploração e a duplicação da assistência prestada. As obras sociais também eram catalogadas com o objetivo de evitar a duplicidade de serviços, orientar as intervenções e identificar as falhas. (VIEIRA, 1978) Em todos os países as obras privadas estiveram presentes, no entanto, a falta de articulação entre elas ocasionava uma assistência dúplice e os mais variados tipos de abuso Por classe entende-se o sentido teórico clássico de classe social enquanto um conceito sociológico a partir da compreensão que os indivíduos são diferentes e que ocupam lugares distintos na sociedade; e não no sentido dicotômico, político, ideológico e partidário do conceito marxista de classe burguesa e classe operária.

24 Com a finalidade de coordenar o trabalho das obras particulares e agilizar a resolução dos casos, criaram-se, no ano de 1869 em Londres e em 1877 nos Estados Unidos, as Charities Organisation Society 2 (COS). (VIEIRA, 1978) As COS possuíam investigadores remunerados, geralmente alunos das escolas de ciências sociais, e estimulavam bastante o voluntariado da sociedade. A família que aceitasse receber ajuda era confiada a um visitador voluntário, tanto homem quanto mulher, para realização da visitação amigável, ou friendly visiting, visando a conciliação entre ricos e pobres e evitando os conflitos de classes sociais. (VIEIRA, 1978) Com o tempo, verificou-se a necessidade de uma melhor preparação aos investigadores e voluntários o que resultou em 1898 na criação do primeiro curso de Serviço Social em Nova York, junto à Universidade de Columbia. (VIEIRA, 1978) [...] Estas organizações federadas não se limitaram à distribuição de auxílios econômicos. Infiltraram-se, com entusiasmo, no campo da ação social, estendendo-se aos problemas de habitação, de higiene, de crianças abandonadas ou maltratadas e de luta contra a tuberculose. (VIEIRA, 1978, p. 44) No Serviço Social norte-americano, a religião também se fez presente: primeiramente à medida em que a atividade caritativa passou a ter status de profissão, com a criação da primeira escola em filantropia em 1898, vinculada ao trabalho das Charity Organizations Societies, sob a liderança de Mary Richmond e também com o Settlement Houses originário do trabalho voluntário e sob a liderança de Jane Addams. Segundo Bastos (1988 apud SIMÕES, 2005, p.46), estes dois movimentos [...] embora expressos de forma diferente vinculam-se a três ideias e crenças importantes, na cultura norte-americana: a ética protestante, o liberalismo e o positivismo. A partir disso, surgiram divergências quanto à finalidade das obras sociais. Haviam aqueles que advogavam a necessidade de se ajudar o indivíduo a se ajustar à sociedade em que vivia e aqueles que defendiam que era o ambiente que deveria ser modificado ou reformado. Ambos estavam corretos e contribuíram para o desenvolvimento do Serviço Social, pois é necessário que haja intervenções voltadas para o indivíduo e, também, para transformação do ambiente. (VIEIRA, 1978) O contexto racionalista e de avanço dos ideais socialistas no mundo, exigiu a reorganização da Igreja Católica, resultando na convocação do Concílio Vaticano, em 1869, e na promulgação da primeira das grandes encíclicas sociais: a Rerum Novarum. Escrita pelo papa Leão XIII em 1891, a encíclica teve grande impacto no mundo em geral e principalmente nos 23 2 Sociedades de Caridade, em tradução livre.

25 24 trabalhos sociais. O Concílio Vaticano lançou [...] as bases teóricas para uma doutrina social na Igreja [...] na tentativa de representar tanto o liberalismo quanto o socialismo. A encíclica Rerum Novarum sugere a reconciliação de classes, tendo como fundamento de seus trabalhos a filosofia de São Tomás de Aquino. (PINHEIRO, 2010, p.19; VIEIRA, 1978) A Encíclica Rerum Novarum A Rerum Novarum foi uma carta encíclica do papa Leão XIII publicada em 1891 acerca da condição dos operários. Teve grande relevância para a ação social cristã e opunhase diretamente à ação socialista. Segundo a carta, a solução socialista distorce o sentido da relação entre capital e o trabalho e excita as multidões, instigando nos pobres o ódio invejoso contra os que possuem propriedades de bens particulares. Para resolução dos problemas sociais, no socialismo, propõe-se a igual repartição das riquezas e comodidades proporcionadas pelas propriedades privadas, na mesma medida em que interfere e suprime as liberdades individuais dos cidadãos. (LEÃO XIII, 1891, p.11) Durante o processo de secularização do século anterior, acabaram-se com os princípios e com o sentimento religioso das leis e das instituições públicas, de maneira que nada impediu a exploração desumana dos trabalhadores em prol de lucratividade para os senhores, [...] que impõem assim um jugo quase servil à imensa multidão dos proletários e sendo, portanto, necessária a restauração dos costumes cristãos na sociedade. (LEÃO XIII, 1891, p.11) O documento papal não nega as desigualdades sociais intensificadas pelo liberalismo econômico e também propõe medidas em auxílio dos homens das classes inferiores que se encontram em uma miséria imerecida. Ao contrário da solução socialista, propõe-se a conciliação entre as classes sociais diante da impossibilidade de que todos sejam elevados no mesmo nível em uma sociedade civil. (LEÃO XIII, 1891) Tal conciliação se dá segundo padrões bíblicos em que o trabalhador deve dar o seu melhor e se submeter a liderança do empregador, e a este cabe-lhe o respeito com o empregado, sem trata-lo como escravo e dando-lhe um salário digno. (LEÃO XIII, 1891) Para Leão XIII (1891), o fim visado pelo trabalhador diz respeito ao direito natural à propriedade privada, de modo que não há apenas o direito de receber um salário mas, também, de fazer o uso deste como bem entender, por tratar-se de uma propriedade particular e pessoal, adquirindo bens para prover seu sustento e as necessidades da vida.

26 Em consonância com este pensamento, o filósofo político inglês Roger Scruton (2015) defende que a propriedade privada e as trocas voluntárias são fundamentais para qualquer economia de grande escala. Segundo o autor, para que haja uma composição econômica numa sociedade em que pessoas dependam das atividades de desconhecidos para sobreviverem e prosperarem, como é o caso do capitalismo, é essencial que tais pessoas tenham direito à propriedade privada, para produzirem e poderem trocar livremente o que possuem por aquilo de que necessitam. Este fato é tradicionalmente negado pelo socialismo, pois os socialistas Veem a sociedade como um mecanismo de distribuição de recursos para aqueles que os exigem, como se todos os recursos existissem antes das atividades que os criaram e como se houvesse uma maneira de determinar exatamente quem tem direito a que, sem relação com a longa história de cooperação. (SCRUTON, 2015, p.90) A solução socialista, portanto, exclui a possibilidade de aumentar o patrimônio e a melhora da situação do trabalhador quando impõe igualdade material a todos. Segundo o documento, não se deve submeter ao Estado todas as necessidades humanas, pois o Estado foi algo criado pelo homem e é posterior ao direito recebido pela natureza de viver e proteger a sua existência. A sociedade civil é formada por famílias (sociedades domésticas) e não o oposto disso. Logo, é a família quem atribui a sociedade civil certos direitos e deveres, já que é anterior a ela, como é exemplo, a forma de utilização de sua propriedade privada ou também, a hierarquização e a divisão de responsabilidades entre pais e filhos. A atribuição de tais direitos e deveres não depende da influência do Estado. (LEÃO XIII, 1891) Querer, pois, que o poder civil invada arbitrariamente o santuário da família, é um erro grave e funesto. Certamente, se existe algures uma família que se encontre numa situação desesperada, e que faça esforços vãos para sair dela, é justo que, em tais extremos, o poder público venha em seu auxílio, porque cada família é um membro da sociedade. (LEÃO XIII, 1891, p.18) O poder civil não deve invadir o campo das decisões familiares. No entanto, a encíclica não se posiciona radicalmente contra todo tipo de intervenção estatal no âmbito familiar. Em momentos que hajam violações de direitos mútuos, cabe ao poder público a intervenção para restituir a cada um os seus direitos, de forma que os fortaleça, proteja-os e defenda-os. Os socialistas, ao defenderem uma total intervenção estatal, quebram os laços da família, pois na medida em que trocam a providência familiar pela providência do Estado, o edifício social fica subvertido e as atribuições dos cidadãos enquanto indivíduos são usurpados em prol de uma igualdade material. (LEÃO XIII, 1891) Em suma, a encíclica de Leão XIII (1981) defende que somente a religião, mais especificamente as ações da Igreja, é capaz de fornecer uma solução eficaz para os problemas 25

27 26 sociais. Tal solução deveria dar-se: por meio do resgate dos princípios bíblicos, praticados desde a Igreja Primitiva, de caridade e amor ao próximo; e pela conciliação entre as classes para que todos entendessem sua importância na sociedade. 1.6 O SERVIÇO SOCIAL PÓS-PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL O início do século XX foi marcado pela Primeira Guerra Mundial, que transformou a sociedade tecnológica, social e politicamente, de modo que se viu a transformação da ajuda na profissão de Serviço Social e uma constante evolução ocorrendo dentro dela. (VIEIRA, 1978) O papel da família deixou de ser patriarcal, onde se tinha uma numerosa família na qual incluía-se os criados, parentes, agregados etc., e tornou-se conjugal, composta pelo núcleo conjugal e seus filhos. Sendo a família, ainda, considerada a célula básica da sociedade responsável pelas funções de procriação, educação moral e afetiva e de manutenção as funções como instrução, assistência e recreação foram delegadas à Igreja, Comunidade e/ou ao Estado. O Serviço Social, tinha, como clientes da assistência social, toda a família atendida, pois entendia que para ajudar um dos membros era necessário que todos eles cooperassem e fossem amparados. (VIEIRA, 1978) A Igreja, mesmo diante dos impasses que vivia, continuou sustentando e administrando numerosas obras sociais. As encíclicas papais Rerum Novarum, de 1891, e a Quadragesimo Anno, promulgada em 1931 pelo papa Pio XI em comemoração aos 40 anos da encíclica de Leão XIII, tiveram grande influência na ação das elites da sociedade em vários países. O Serviço Social se apresentava por meio de serviços confessionais 3, fundamentados em valores espirituais, e leigos 4, apoiados em valores de solidariedade, em todos os países, atendendo públicos específicos, por nacionalidade ou crença, e também haviam aqueles serviços abertos a todos. (VIEIRA, 1978) Com o processo de secularização no denominado Iluminismo, iniciado após o período da Idade Média, a fé religiosa deixou de estar no centro da esfera política, sendo relegada ao âmbito privado, se reduzindo [...] a uma espécie de passatempo pessoal, como criar hamsters ou colecionar porcelanas [...] e instaurando um período de guerra entre fé e Razão. (EAGLETON, 2016, p.11) 3 O termo confessional diz respeito a algo/alguém que atua condicionado a determinada orientação religiosa. 4 Por leigo, entende-se algo/alguém que não atua condicionado por alguma orientação religiosa.

28 A principal preocupação [do Iluminismo] no primeiro século e meio, o tema com o qual mais se mostrava preocupado na literatura impressa, era sua incansável guerra contra a autoridade eclesiástica, as visões de mundo teológicas e a religião vista como instrumento de organização e opressão social e política. (ISRAEL apud EAGLETON, 2016, p.13) Foi neste contexto de secularização que os monarcas passaram a aderirem ideais iluministas em sua forma de governo, logo, o Estado passou a intervir cada vez mais no campo da assistência social. A inicial atitude repressiva foi aos poucos recebendo características preventivas, conscientizando o Poder Público de sua responsabilidade na promoção do bem-estar das populações. A intervenção estatal dava-se por meio da legislação e da atuação. Foi a partir da noção de Previdência Social, com a implantação de sistemas de seguro social na maioria dos países do mundo que a legislação preventiva foi desenvolvendose durante o século XX. (VIEIRA, 1978) Após a Primeira Guerra, a França, por exemplo, criou uma política social de Proteção à Maternidade e à Infância incentivando a natalidade e a proteção às famílias numerosas. Foi também neste país, que se promulgou leis para otimizar a sistematização da coordenação das obras sociais. Foi criada, em 1936, a União Nacional das Instituições Privadas para assessorar e assistir tecnicamente tais obras, e para receberem subvenções estatais era requerido a filiação nesta. (VIEIRA, 1978) O Ensino do Serviço Social foi regulamentado na maioria dos países com caráter de nível médio ou técnico, e, posteriormente, passou para o nível superior. Consequentemente, os governos reconheceram e regulamentaram a profissão. A legislação se diferenciava bastante entre os países, já que a intervenção do trabalhador social passou a ser parte da política social dos governos com suas particularidades. (VIEIRA, 1978) Na intervenção estatal por meio da atuação, destacam-se os serviços assistenciais ligados às administrações municipais. Devido ao sucesso do sistema de Elberfield na Alemanha, vários países como a Àustria e o Japão, adotaram tal modelo. (VIEIRA, 1978) Tinha-se também as organizações internacionais [...] que procuravam levar os diferentes países a um consenso sobre a noção de ajuda, agora denominada Serviço Social (VIEIRA, 1978, p.51) 27

29 28 2 A HISTÓRIA DO SERVIÇO SOCIAL NO BRASIL A profissão de Serviço Social possui um campo próprio de atividades em cada país onde é executado. Na América Latina o Serviço Social emergiu da ação da Igreja Católica, a principal promotora de obras de caridade no local. As Encíclicas Papais Rerum Novarum (1891) e Quadragesimo Anno (1931) impactaram de forma significativa a ação católica, pois garantiram um fundamento religioso na ação profissional de modo que fornecia uma alternativa cristã tanto ao socialismo, quanto ao capitalismo. (SIMÕES, 2005) A fundação do primeiro espaço de formação profissional latino-americano ocorreu em 1925, no Chile, pelo médico Alejandro Del Rio sob influência da experiência católica belga. Neste mesmo sentido, instituíram-se as outras escolas de Serviço Social na América Latina, em que [...] a ideia de ajuda ao ser humano e os valores religiosos e afetivos eram parte integrante do agir assistencial profissionalizado. (SIMÕES, 2005, p.48) 2.1 A PRÁTICA DA AJUDA NO PERÍODO COLONIAL O que se sabe do período anterior à chegada dos colonizadores portugueses ao Brasil, é que os habitantes daqui eram uma sociedade mítica, que sacralizava os elementos da natureza e os acontecimentos, em um modelo tribal, patriarcal e autossuficiente. (VIEIRA, 1978) Após Portugal descer em solo brasileiro, não se tinha interesse de colonizar a região, mas apenas explorá-la, principalmente o pau-brasil que era uma árvore já conhecida na Europa. Foi diante do interesse demonstrado por outras potências, como a França, na exploração e comércio de pau-brasil, que o governo português decidiu colonizar o território que considerava seu. (AZEVEDO; SERIACOPI, 2005) A sociedade colonial não se utilizou da cultura dos nativos brasileiros, mas importou os costumes europeus, principalmente de Portugal. Tinha-se um regime de trabalho escravo e o modelo familiar patriarcal, de modo que além de pais e filhos, abrangiam-se os [...] avós, tios, filhos casados, parentes solteiros ou sem meios de subsistência. Assim, crianças órfãs, velhos sem arrimo, agregados, etc. encontravam na família, proteção e sustento. A Igreja católica portuguesa teve grande participação na colonização do Brasil, no entanto, ocupou-se mais na defesa e assistência das populações indígenas, enquanto o Estado se ausentava de quaisquer empreendimentos que não estivessem relacionados à administração política e econômica da Colônia. (VIEIRA, 1978, pp )

30 29 Com a predominância de fazendas monocultoras tendo em vistas à exportação, toda a sociedade organizava-se nesses engenhos, que contavam com capelas para rezarem as missas, escolas de primeiras letras, plantações, criações de animais, serrarias etc. A economia era basicamente de subsistência, em que se produzia o que lhes era necessário. Durante os primeiros séculos, verifica-se a ausência de obras assistenciais e de instituições educacionais, já que a família era o lugar onde se encontrava ajuda. (VIEIRA, 1978) Com a vinda da família real portuguesa ao Brasil, no início do século XIX, surgiram as primeiras legislações e realizações do governo no campo social, mais especificamente na área da educação. Em 1822, o Brasil tornou-se independente de Portugal e em 1888 foi abolida a escravidão por meio da Lei Áurea. Durante este primeiro período, Vieira (1978) aponta a existência de quatro tipos de ajuda: a ajuda realizada pela família, já citada anteriormente; a ajuda mútua; a ajuda coletiva; e a ajuda aos desamparados. A ajuda mútua, influenciada pelo ideário português, é caracterizada pela mobilização realizada entre os trabalhadores do campo ou entre os escravos, com as terras doadas pelos senhores de engenho, em que vizinhos prestavam auxílios em prol de outro. Com as Irmandades e Confrarias, a ajuda mútua adquiriu caráter organizado. (VIEIRA, 1978) Nas irmandades, várias classes da sociedade se associavam com finalidades religiosas e também formavam caixas de socorro para os irmãos necessitados como, por exemplo, para o financiamento de serviços assistenciais. Várias [irmandades] foram criadas por escravos, as quais, além da função religiosa, culto e instrução, procuravam também resgatálos e ajuda-los nos primeiros passos na vida liberta. (VIEIRA, 1978, p. 133) As confrarias consistiam na reunião de artesãs do mesmo ofício que [...] ainda com finalidade religiosa, procuraram, aos poucos, a defesa e a melhoria da profissão [...] constituindo as primeiras tentativas de associativismo profissional e de sindicalização. (VIEIRA, 1978, p.133) A ajuda coletiva, diz respeito aos trabalhos realizados pelo povo em prol da comunidade, trabalhos necessários, mas que não eram responsabilidades dos governos municipais naquela época. (VIEIRA, 1978) Já a ajuda aos desamparados era voltada àqueles que não tinham ninguém por si, composta por esmolas; recolhimento para os idosos, doentes, órfãos e abandonados; além dos trabalhos das Santas Casas de Misericórdia, ou Irmandades da Misericórdia; etc. (VIEIRA, 1978)

31 O INÍCIO DA REPÚBLICA E DAS POLÍTICAS SOCIAIS NO BRASIL Com a instauração da República no Brasil, pós 1889, a estrutura familiar passou a ser conjugal e as suas funções educativas e assistenciais foram delegadas ao Estado e à Igreja. Com o advento do secularismo e consequente separação entre Igreja e Estado, a Igreja teve maior atuação no campo social por meio de obras sociais como creches, colégios, orfanatos, asilos, etc. (VIEIRA, 1978) A implantação do Serviço Social no Brasil se deu neste processo histórico, não por iniciativa estatal, mas de grupos e frações da sociedade que se manifestaram, principalmente por intermédio da Igreja Católica. (IAMAMOTO; CARVALHO, 2014) A partir do século XX, mudanças ocorreram rapidamente de modo que se viu a transformação da ajuda na profissão de Serviço Social e uma constante evolução ocorrendo dentro dela. (VIEIRA, 1978) O entendimento de assistência social na forma de políticas sociais, e sua vinculação com o Serviço Social brasileiro, deu-se com o aumento da intervenção estatal a partir de As políticas sociais visavam o enfrentamento dos problemas sociais e acompanharam o processo de profissionalização do Serviço Social no país. (BEHRING; BOSCHETTI, 2011) Há uma diversidade de pontos de vista, até contraditórios entre si, que podem definir o que é política social, pois [...] ora são vistas como mecanismos de manutenção da força de trabalho, ora como conquistas dos trabalhadores, ora como arranjos do bloco no poder ou bloco governante, ora como doações das elites dominantes, ora como instrumento de garantia do aumento da riqueza ou dos direitos do cidadão. (FALEIROS, 2004, p.8) As precárias situações em que os brasileiros se encontravam com o advento da industrialização, desenvolvimento tecnológico e do sistema capitalista, fizeram com que o governo promulgasse leis trabalhistas e criasse a Previdência Social. A instauração de tais políticas no Brasil representou um progresso para a classe trabalhadora, no entanto, não possuiu caráter reivindicatório como ocorreu na Europa, sendo caracterizado como iniciativa governamental. Quando se tratava de ajuda ao próximo, o entendimento predominante na época era de ações curativas e paternalistas, raramente voltadas à prevenção, e que, ainda, demonstrava vestígios da sociedade colonial. Com o trabalho assalariado, o espírito de cooperação e de ajuda-mútua foi enfraquecendo-se e contribuindo cada vez mais para o individualismo. Os que procuravam ajuda, se viam desorientados diante da mistura entre a mentalidade colonialista e escravocrata com as novas ideias trazidas pelo capitalismo. (VIEIRA, 1978)

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