Versão Online ISBN Cadernos PDE VOLUME I I. O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE Produção Didático-Pedagógica

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1 Versão Online ISBN Cadernos PDE VOLUME I I O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE Produção Didático-Pedagógica 2009

2 1 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS QUATIGUÁ 2010

3 2 PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO LEONICE TRISTÃO DA SILVA LOPES

4 3 NRE: JACAREZINHO MUNICÍPIO: QUATIGUÁ NOME DO PROFESSOR PDE: LEONICE TRISTÃO DA SILVA LOPES ÁREA/DISCIPLINA: HISTÓRIA PROFESSOR ORIENTADOR: ROBERTO CARLOS MASSEI 1. UNIDADE DIDÁTICA Desenvolvida por meio do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE, na área de História, com o tema de intervenção Pedagógica A Magia do Candomblé e a Umbanda.

5 4 ( INTRODUÇÃO No contexto do projeto de intervenção pedagógica: O negro, o processo de formação da cultura brasileira e o ensino de História, serão abordadas as religiões africanas, especialmente o Candomblé e a Umbanda. Este estudo também quer retratar o início de um caminho que estamos buscando percorrer: valorizar a cultura afro-brasileira, incluindo a preocupação em abordar a religiosidade afro-brasileira. O intuito vem em consonância com a implementação da lei

6 /03, a qual institui a obrigatoriedade do ensino da história da África e da cultura afrobrasileira. (DIRETRIZES CURRICULARES, ENSINO DE HISTÓRIA, P.15). Quando se fala em religiões africanas, especialmente aquelas que no passado, os antropólogos e historiadores chamavam de primitivas, uma certa tradição em associá-las num todo unitário. Entretanto, sob a aparente unidade, mal se disfarça uma extrema diversidade. Animismo, práticas mágicas e rituais só adquirem significado preciso na multiplicidade de experiência religiosa africana, quando relacionada à organização tribal. (BASTIDE, 1975, p. 36). Outra crença, igualmente difundida, é a de que os sistemas religiosos primitivos têm natureza basicamente diversa da experiência vivida pelas grandes religiões universais. Entretanto, em muitas religiões africanas encontram-se frequentemente elaboradas, construções abstratas e uma imensa espiritualidade, como o que se expressa na idéia de um deus incriado e criador. (BASTIDE, 1975, p. 38). Para pensar sobre religião no Brasil, temos que levar em conta os traços culturais que formaram o povo brasileiro e, no que se refere a nossa temática, considerar a imensidão de caracteres do branco e do negro. Já é sabido que a contribuição cultural do africano sempre foi posta sob um olhar etnocêntrico europeu, mas temos que aprender a reconhecer a criatividade e perseverança dos seus descendentes em tentar reavivar seus costumes, suas crenças. E o sincretismo com o catolicismo foi uma das formas de não deixar se apagar o seu imaginário religioso africano. Outra forma é reinterar as crenças africanas o mais próximo de suas origens, tentando hoje em dia, evitar mesclar ritos não africanos. (GOMES, 2003, p.15). O sincretismo é explicado pela necessidade do negro em resistir ao domínio religioso da igreja católica. Ele não parava por aí, pois era comum a mistura entre os cultos africanos, devido ao contato entre negros de diferentes nações africanas, cujos laços de parentesco ou de pertencer às mesmas etnias tinham se perdido estrategicamente para diminuir as resistências (CADERNOS TEMÁTICOS, 2006, p.10). O negro usava a fusão ou adaptação dos seus cultos com os da Igreja Católica como forma de resistir, de fugir das punições corporais e de, mesmo geograficamente distante, manter-se perto da África. Região que se configurava naquele momento e naquela situação como objeto de desejo de muita gente por representar riquezas diferentes: para o branco, o sentido material e para o negro no Brasil, o sentido espiritual e cultural. (SOARES, 2002, P. 45). Alguns grupos étnicos vieram para a América como escravos negros no período colonial, conseguiram manter a própria tradição cultural através da religião. Suas

7 6 manifestações religiosas eram geralmente aceitas pelos brancos que consideravam uma forma particular de assimilação do catolicismo. Assim, através do Candomblé, a religião africana primitiva pode sobreviver e mesmo se expandir, funcionando como contracultura em face da cultura dominante. (SOARES, 2002, p. 75). No Brasil colonial, o catolicismo popular, apesar da objeção dos doutores da Igreja Católica deu brecha às manifestações africanas, ainda que comedidas. Os negros não tiveram uma efetiva catequização. Além disso, a Igreja Católica permitia a presença das irmandades e confrarias de pretos, como forma de controle social, mas que para os negros contribuíram na compra de algumas alforrias e numa forma de não destruir por completo, a solidariedade étnica. (LODY, p. 28). O país convive com um catolicismo sincrético, em que, por exemplo, aquele que vai à missa, vai também ao terreiro buscar os passes para evitar os males da vida. O sincretismo religioso entre as manifestações católicas e africanas no Brasil é extremamente praticado, apesar de na teoria a igreja católica defender a sua ortodoxia. (LODY, 1987, p. 46). Busco consolidar os esforços teóricos metodológicos da oralidade tribal africana, no sentido de uma memória depositária acumulativa de valores civilizatórios e seus conteúdos teológicos e filosóficos, bem como a transmissão desse conhecimento passado de geração a geração nas diversas denominações étnicas de cultos, como o Candomblé e a Umbanda. (SILVA, 1996, P. 36). O Candomblé procura resgatar, mesmo que seja uma tarefa difícil, suas raízes africanas, enquanto cabe à Umbanda, status de religião efetivamente brasileira, por não se preocupar em preservar as marcas africanas originais.(silva, 1996, p.49). As Diretrizes Curriculares para o ensino de História, busca suscitar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos e culturais, sociais e das relações entre o ensino da disciplina e a produção o conhecimento histórico.

8 7 No documento (DCE) a organização do currículo para o ensino de história tem como referência os conteúdos estruturantes, entendidos como conhecimentos que aproximam e organizam os campos da História e seus objetos. (DIRETRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO DE HISTÓRIA, 2008, p. 24). Os Conteúdos Estruturantes: Relação de Trabalho, Relações de Poder, Relações Culturais podem ser identificados no processo histórico da constituição da disciplina no referencial teórico que sustenta a investigação histórica. Estes conteúdos estruturantes são carregados de significados, os quais delimitam e selecionam os conteúdos e os temas históricos. (DIRETRIZES CURRICULARES PARA O ENSINO DE HISTÓRIA, 2008, p. 25). A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) nº 9394/96, que data de 20 de dezembro de 1996, estabelece que no seu inciso III, do artigo 3º, que o ensino deverá respeitar o pluralismo das ideias e de concepções pedagógicas. A heterogeneidade cultural é o foco das escolas e do componente curricular. (LDB, 1996, p. 262). Sob uma perspectiva de inclusão social, é essencial que a influência africana na cultura brasileira tenha o mesmo valor e contribuição de outros povos, proporcionando integração e conscientização de que formamos um todo pela soma das diversidades. E conforme a demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e afirmação de direitos, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada com a promulgação da lei 10639/03, estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de História e cultura afro-brasileira e africana (LDB, 1996, p. 263). O que é preciso fazer é reconhecer a relevância cultural da religiosidade afro-brasileira. As comunidades religiosas vêm buscando valorizar suas raízes africanas para redimensionar seu papel na sociedade brasileira, porém, uma vez inseridas, essas comunidades passam a fazer parte da realidade brasileira e, portanto de grande interesse. Lembremos que são grupos sociais presentes, que partilham hábitos de comportamento, seguem crenças e que vêem nelas o sagrado. (GOMES, 2003, p.135).

9 8 A ÁFRICA COMO OBJETO DE DESEJO A África é o berço de um leque diverso de culturas humanas. Praticamente não se pode falar de algo que seja genuíno ou universalmente africano, isto é, seus sistemas sociais vão de sociedades estratificadas que praticavam a escravidão até à comunidades sem classes. (BASTIDE, 1975, p. 49). As transações comerciais envolviam os negros como produtos, se avolumavam, explicando a entrada de africanos sudaneses e bantos no Brasil colonial. Os sudaneses trouxeram o Candomblé para o Brasil e os bantos adotaram essa religião, fazendo adaptações a sua cultura. Entre as principais etnias negras que vieram para o Brasil estão: - Sudaneses: (África Ocidental), abrangendo os territórios da Nigéria; Benin (ex Daomé) e Togo. Ainda os sudaneses podem ser organizados em vários grupos subdivididos em pequenas nações como: iorubas ou nagô (subdivididos em kêto, ijexá, egbá, etc.) Jeje (subdivididos em ewe ou fon) Fanti-ashanti Nações islamizadas (haussá; tapa; peul; fula e mandinga). - Bantos: (sul africano), provenientes dos territórios do Congo; Angola (subgrupos de caçanjes, bengulas e outros) e Moçambique. (SILVA, 1996, p. 27).

10 9 (www. Fietreca.org.br/.) Outra característica cultural genericamente difundida é a religião baseada no culto aos antepassados e divindades (orixás, voduns e inquices). Este tipo de crença torna-se patente, sobretudo entre os falantes de língua níger-congo e os povos influenciados por eles. Em certos casos, como os iorubas da Nigéria, a elevação de algum antepassado de estirpe real ou de algum herói a uma categoria elevada especial conferiu à religião básica, centrada no

11 10 culto aos antepassados, a dimensão de uma espécie de politeísmo. E ainda dentro desse leque cultural há os africanos cristianizados ou islamizados. Portanto, não há como definir o culto do Candomblé, como culto de matriz africana, mas como identificação de nações étnicas africanas, a exemplo dos iorubas. (SOARES, 2002, p. 77). Culto aos orixás, de origem totêmica e familiar, é uma das religiões afro-brasileiras praticadas principalmente no Brasil, pelo chamado povo do santo. A religião que tem por base a anima (alma) da natureza, sendo portanto chamada de anímica, foi desenvolvida no Brasil com o conhecimento dos sacerdotes africanos que foram escravizados e trazidos da África para o Brasil, juntamente com seus orixás, inquices, voduns, sua cultura e seu idioma, entre 1549 e (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, p. 8). Embora confinado originalmente à população de negros escravizados, proibido pela Igreja Católica e criminalizado por alguns governos, o Candomblé prosperou nos quatro séculos e expandiu consideravelmente desde o fim da escravatura em l888. O Candomblé com suas danças e batuques é uma festa com suas divindades geniosas, é a religião afro-brasileira mais influente no país. (NUNES, 1979.p.56). OS TERREIROS DO CANDOMBLÉ No Candomblé os terreiros são antes de tudo, um espaço físico que vai além da relação transcendental e espiritual, tornavam-se também um espaço ideológico carregado de ações políticas e sócio-culturais, como por exemplos, estabelecer estratégias de sobrevivência e na época da escravidão, de projetos de liberdade. (SILVA, 1996, P.36). O terreiro ou casa-de-santo é simultaneamente templo e morada. A vida cotidiana dos mortais mistura-se com os rituais dos orixás. A família-de-santo (a mãe ou o pai e os

12 11 filhos de santo) não são necessariamente parentes de sangue e divide os cômodos com os deuses.(silva, 1996, p. 38). O templo do Candomblé é tão digno de respeito como qualquer outro, seja ela edificado ao ar livre, em contato com a natureza, ou em santuários individuais, salões públicos para festas ou locais para iniciações religiosas, podendo ser chamado de roça, terreiro, casade-santo e outros. O cômodo principal é o barracão onde os humanos e santos se encontram em festas. (MURRAY, 1007, p. 47). Por trás do barracão há várias instalações comuns a uma residência: sala de jantar e de estar, cozinha e quartos, nem todos destinados aos mortais. Há os quartos de santo, onde ficam os pejis (altares) e os assentamentos (Objetos e símbolos) dos orixás. Com exceção de certas divindades como Exu e Ogum, que colocados em altares externos, forma de proteção dos terreiros. O ronco é um quarto especial onde os abiás (noviços) ficam recolhidos durante o período de iniciação. Essa proximidade dos abiás com outros membros do terreiro é fundamental, é assim que os iniciados entram em contato com os procedimentos rituais da casa. O fiel do Candomblé aprende com os olhos e com os ouvidos. Ele deve prestar atenção a tudo e não perguntar nada. Os terreiros também têm uma área externa, onde estão as casas dos outros orixás. A de Exú, por exemplo, fica perto da porta de entrada. (MURRAY, 1997, p. 59). O assentamento é a representação viva do orixá pertencente, segundo a concepção do povo de Candomblé, por isso tem que ser nutrido com diferentes tipos de alimentos, de acordo com a preferência alimentar de cada divindade. Os sacrifícios de animais, cujo sangue fomentará o axé e fortalecerá os papéis de cada integrante do terreiro. A ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DOS TERREIROS Ao reunir em um mesmo espaço o local de moradia e de culto, pode ser genericamente uma reprodução dos padrões africanos de habitações coletivas, principalmente entre os iorubas, que são chamados de egbes ou compounds-conjunto de casas que se acumulam umas contra as outras e muitas vezes se interconectam, possuem quartos de tamanhos distintos, abertos em geral para pátios e varandas. O pátio do compound é dedicado a um deus (Exú) que garante a proteção espiritual, somado as outras divindades internas dos núcleos familiares. Os mortos eram

13 12 sepultados e cultuados no interior do compound. Assim, simultaneamente nos terreiros, os orixás com seus quartos individuais, o culto aos mortos também permaneceu no quarto de balé ou de egum (espírito dos mortos) e barracão, local de festas públicas, onde reproduz o pátio interno do compound. (NUNES, 1979, 153). OS TEMPLOS ( Os templos do Candomblé são chamados de casas, roças ou terreiros. As casas podem ser de linhagem matriarcal, patriarcal ou mista. Casas pequenas, que são independentes, possuídas e administradas pelo babaloixá ou yalorixá, dono da casa e pelo orixá principal respectivamente. Em caso de falecimento do dono, a sucessão na maioria das vezes é feita por parentes consangüíneos, caso não tenha um sucessor interessado em continuar, a casa será desativada. Não há nenhuma administração central.

14 13 Casas grandes, que são organizadas, tem uma hierarquia rígida, não é de propriedade do sacerdote, nem toda casa grande é tradicional, é uma sociedade civil ou beneficiente. Casas de linhagem matriarcal (só mulheres) assumem a liderança da casa como yalorixá. Ilê Axé Iyá Nassô Oká- Casa Branca Engenho Velho- considerada a primeira casa a ser aberta em Salvador, Bahia. Ilê Maroiá Lajié mãe Olga de Alaketu, fundada em 1636 no Matatu de Brotas por Otampe Ojavô. Ilé Axé Opó Afonjá Opó Afonhá Salvador, Bahia e Coelho da Rocha, Rio de Janeiro. (SILVA, 1996, P. 40). ( Kwe Kpodaba-Axé Podaba, fundada em 1851, Rio de Janeiro. Ilé Omo Ojá Legi, Mesquita, Rio de Janeiro. Zoogodô Bogum Malê Rondó terreiro do Bogum, Salvador, Bahia. Querebentam de Zomadônu-casa das minas, fundada mais ou menos em 1796 em São Luiz do Maranhão.

15 14 Ilê Axé Iyá Atara Magbá-Santa Cruz da Serra Rio de Janeiro. Fundada e dirigida por Omindarewa de Yemanjá. Casas de linhagem patriarcal (só homens) assumem a liderança da casa como babalorixá no culto aos orixás ou babaojé noculto aos egungum. Ilê Agboulá ilha de Itaparica Sociedade Cultural e Religiosa Ilê Oxipá Ilê Oxipá, Salvador, Bahia. Casas de linhagem mista, tanto homens como mulheres podem assumir a liderança da casa. Ilê Axé Oxumaré-casa de Oxumaré, Salvador, Bahia. Ilê Axé Odó Ogé terreiro Pilão de Prata, Salvador, Bahia. Oba Ogunté terreiro Oba Oguntém Recife, Pernambuco. Kwe Ceja Houndé Roça do Ventura, Cachoeira e São Félix, Bahia. Ilê Axé Lejá Ogunté casa deyemanjá Maceió, Alagoas.(REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, p. 12). (

16 15 A lei federal nº 6292/75 protege os terreiros de Candomblé no Brasil, contra qualquer tipo de alteração de sua formação material ou imaterial. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e o Instituto Artístico Cultural da Bahia (IPAC) são os responsáveis pelo tombamento das casas. (NUNES, 1979, p. 160). No Brasil existe uma divisão nos cultos: Ifá, Egungum, Orixá, Vodum e Nkisi, são separados por tipo de iniciação do sacerdócio. Culto de Ifá só inicia Babalawos, não entram em transe. Culto aos Egungum só inicia Babaojés, não entram em transe. Candomblé Ketu inicia Iyawos, entram em transe com os orixás. Candomblé Jeje inicia voduns, entram em transe com Vodum. Candomblé Bantu inicia muzenzas, entram em transe com Nkisi. SACERDÓCIO Nas religiões afro-brasileiras o sacerdócio é dividido em: Babalorixá ou Iyalorixá sacerdotes de Orixás. Babalaxé ou Iyalaxé-sacerdote e líder da sociedade. Doté ou Dome sacerdote dos Voduns. Tatete ou Mameto sacerdotes de Inkices. Babalawo sacerdote de Orunmila- Ifá do culto de Ifá. Bokonon sacerdote de Vodum Fá Babalosaim sacerdote de Ossaim. Babaojé - sacerdote do culto aos Egungum. (REVISTA HISTÓRIA VIVA, 2007, p. 10).

17 16 A família de santo foi à forma de organização que estruturou os terreiros, onde africanos e seus descendentes se reuniam, estabelecendo vínculos entre si, baseados em laços de parentesco religioso, além de imanar os iniciados, expande para outros terreiros, parentes de uma mesma família fundadora. Cada terreiro de Candomblé é uma família hierarquizada, onde a figura central é intitulada de mãe-de-santo ou pai-de-santo. (GOMES, 2003, P. 153). A morte de uma dessas figuras abre sempre uma guerra sucessória. Na sucessão é importante o critério de senioridade dos candidatos, seu grau iniciático, seu nível de conhecimento sacerdotal. Mas isso não é suficiente. O resultado da escolha depende da tradição sucessória da casa, do jogo político entre os membros que pleiteiam o cargo, da situação jurídica do terreiro (propriedade) entre os herdeiros legais, que podem ou não querer o cargo, mas sim só a propriedade imobiliária. Em geral, as casas não sobrevivem ao seu fundador, é provável formação de novas casas pelos dissidentes. Como por exemplo, os terreiros de Gantois e do Axé Opô Afonjá, originários da Casa Branca do Engenho Velho, que é grande matriz cultural do Candomblé, fundado em meados do século passado e considerado o primeiro(gomes, 2003, p. 156). Em alguns terreiros a sucessão se faz de mulher para mulher. Em caso de morte de uma yalorixá, a sucessora é escolhida, geralmente entre suas filhas, na maioria das vezes por meio de um jogo divinatório Opelle-Ifá ou jogo de búzios. O Candomblé de Gantois sempre foi dirigido por mulheres, até recentemente a direção de Gantois era de Escolástica Maria da Conceição Nazaré-conhecida como mãe Menininha, a mais famosa e venerada mãede-santo de todos os tempos. Entretanto, a sucessão pode ser disputada ou pode não encontrar um sucessor e conduz frequentemente a rachar ou ao fechamento da casa. (GOMES, 2003, P. 159).

18 17 ( Cada um deles tem seu símbolo, o seu dia da semana, sua vestimenta e cores próprias e como os homens, são temperamentais. EXÚ (

19 18 Orixá mensageiro entre os homens e os deuses, guardião da porta da rua e das encruzilhadas. Só através dele é possível invocar os orixás. Elemento: fogo. Personalidade: atrevido e agressivo. Símbolo: ogó (um bastão adornado com cabaças e búzios). Dia da semana: segunda-feira. Colar: vermelho e preto. Roupa: vermelha e preta. Sacrifício: bode e galo preto. Oferendas: farofa com dendê, feijão, inhame, água, mel e aguardente. Santo católico: demônio. Características: mensageiro, comunicação, fecundidade, zombaria e vingança. Local de culto: encruzilhada e cemitério. (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, p. 12). OGUM (

20 19 deus da guerra, do fogo e da tecnologia. No Brasil é conhecido como deus guerreiro. Sabe trabalhar com metal e sem a sua proteção, o trabalho não pode ser proveitoso. Elemento: ferro. Símbolo: espada. Personalidade: impaciente e obstinado. Dia da semana: terça-feira. Colar: azul marinho. Roupa: azul, verde escuro, vermelho ou amarelo. Sacrifício: galo e bode avermelhados. Oferendas: feijoada, xinxim, inhame. Santos católicos: Santo Antonio (Bahia) e São Jorge (Rio de Janeiro). Características: metalurgia, guerra, vidência. Local de culto: estrada e caminhos. (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, P. 15). OXÓSSI (

21 20 deus da caça. É o grande patrono do Candomblé brasileiro. Elemento: florestas. Personalidade: intuitivo e emotivo. Características: agilidade e virilidade. Símbolo: rabo de cavalo e chifre de boi. Dia da semana: quinta-feira. Colar: azul claro. Roupa: azul ou verde claro. Sacrifícios: galo e bode avermelhados e porco. Oferendas: milho branco e amarelo, peixe de escamas, arroz, feijão e abóbora. Santos católicos: São Miguel (Pernambuco), São Jorge (Bahia), São Sebastião (Rio de Janeiro). Local de culto: mata. (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, P. 17). OBALUAIÊ (

22 21 Deus da peste, das doenças de pele e atualmente da aids. É o médico dos pobres. Elemento: terra. Personalidade: tímido e vingativo. Características: medicina, saúde, epidemia, morte. Símbolo: xaxará (feixe de palha e búzios). Dia da semana: segunda-feira. Colar: preto e vermelho ou vermelho, branco e preto. Roupa: vermelha e preta, coberta de palha. Sacrifício: galo, pato, bode e porco. Oferendas: pipoca, feijão preto, farofa e milho, com muito dendê. Santos católicos: São Roque e São Lázaro. Local de culto: cemitérios. (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, P. 19). OXUM (

23 22 deusa das águas doces, (rios, fontes e lagos). É também deusa do ouro, da fecundidade, do jogo de búzios e do amor. Elemento: água Personalidade: maternal e tranqüila. Características: criação, riqueza, feminilidade e fertilidade. Símbolo: abebê (leque espelhado). Dia da semana: sábado. Colar: amarelo ouro. Roupa: amarelo ouro Sacrifício: cabra, galinha, pomba. Oferendas: milho branco, xinxim de galinha, ovos, peixe de água doce. Santos católicos: Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora Aparecida. Local de culto: rios, lagos e cachoeiras. (REVISTA CANDOMBLÉ, P. 21). IANSÃ ( deusa dos ventos e das tempestades. É senhora dos raios e dona da alma dos mortos.

24 23 Elemento: fogo. Personalidade: impulsiva e imprevisível. Características: metalurgia, guerra, ritos fúnebres, sensualidade, domínio sobre os mortos. Símbolo: espada e rabo de cavalo (representando a realeza). Dia da semana: quarta-feira. Colar: vermelho, marrom escuro. Roupa: vermelha. Sacrifício: galinha e cabra. Oferenda: milho branco, arroz, feijão e acarajé. Santos católicos: Santa Bárbara. Local de culto: cemitério. (REVISTA CANDOMBLÉ, P. 24). OSSAIM ( Deus das folhas e das ervas medicinais. Conhece seus usos e palavras mágicas (ofós), que despertam seus poderes. Elemento: matas. Personalidade: instável e emotivo. Características: medicina, saúde, doença. Símbolos: lança com pássaros na forma de leque e feixe de folhas.

25 24 Dia da semana: quinta-feira. Colar: branco rajado de verde. Roupa: branco e verde claro. Sacrifício: galo e carneiro. Oferendas: arroz, feijão, milho vermelho e farofa de dendê. Santos católicos: São Benedito, São Roque e São Jorge. Local de culto: mata. (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, p. 26). NANÃ ( deusa da lama e do fundo dos rios, associada a fertilidade, à doença e à morte. É a orixá mais velha de todas, e por isso muito respeitada. Elemento: terra. Personalidade: vingativa e mascarada. Características: procriação, comunicação, ancestralidade e ritos fúnebres. Símbolo: ibiri ( cetro de palha e búzios ). Dia da semana: sábado.

26 25 Colar: branco, azul e vermelho. Roupa: branca e azul. Sacrifício: cabra e galinha. Oferendas: milho branco, arroz, feijão, mel e dendê. Santos católicos: Santa Ana. Local de culto: lama (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, p. 27) OXUMARÉ ( deus da chuva e do arco-íris. É ao mesmo tempo de natureza masculina e feminina. Transporta a água entre o céu e a terra. Elemento: água. Personalidade: sensível e tranqüilo. Características: mensageiro, comunicação, transformação, crescimento. Símbolo: cobra de metal.

27 26 Dia da semana: quinta-feira Colar: amarelo e verde. Roupa: azul claro e verde claro Sacrifício: bode, galo e tatu. Oferendas: milho branco, acarajé, coco, mel, inhame e feijão com ovos. Santo católico: São Bartolomeu Local de culto: poço. (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, P. 29). YEMANJÁ Considerada a deusa dos mares e oceanos. É a mãe de todos os orixás e representada com seios volumosos, simbolizado a maternidade, a fecundidade. Elemento: água. Personalidade: maternal e tranqüila. Símbolos: leque e espada. Dia da semana: sábado Colar: transparente, verde ou azul claro. Roupa: branco e azul. Sacrifício: porco, cabra e galinha. Oferendas: peixes do mar, arroz, milho, camarão com côco. Santos católicos: Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora dos Navegantes. Local de culto: mar e praia. (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, p. 30). A seguir a figura da rainha do mar: Yemanjá.

28 27 YEMANJÁ ( XANGÕ deus do fogo e do trovão.diz a tradição que foi o rei de Oyó, cidade da Nigéria. É viril, violento e justiceiro. Castiga os mentirosos, e protege os advogados e juízes. Elemento: fogo. Personalidade: atrevido e prepotente. Características: chefia realeza, justiça, virilidade. Símbolo: machado duplo (oxé). Dia da semana: quarta-feira. Colar: branco e vermelho. Roupa: branca e vermelha, com coroa de latão.

29 28 Sacrifício: galo, pato, carneiro e cágado. Oferendas: amalá ( quiabo com camarão seco e dendê ). Santos católicos: São Jerônimo e São Pedro. Local de culto: pedreira. (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, p. 31). ( OXALÁ deus da criação. É o orixá que criou os homens. Obstinado e independente, é representado de duas maneiras: oxaguiã, jovem e oxalufã, o velho. Elemento: ar Personalidade: equilibrado e tolerante. Características: criação, paciência, sabedoria. Símbolo: oparoxó (cajado de alumínio, com adornos). Dia da semana: sexta-feira. Colar: branco. Roupa: branca. Sacrifício: cabra, galinha, pomba, pata e caracol. Oferendas: arroz, milho branco e massa de inhame. Santos católicos: Jesus Cristo e Nosso Senhor do Bonfim. Local de culto: todos os lugares. (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, P. 32).

30 29 ( E ainda temos: ERÊ/IBEJI Características: espíritos infantis. Santos católicos: São Cosme e São Damião. (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, p. 33).

31 30 ( O Candomblé é uma religião iniciática e de possessão, extremamente ritualizada. Para a sustentação social e religiosa do Candomblé, torna-se imprescindível a adesão de novos fiéis, jovens, para garantir a continuidade do axé. O noviço passa pelos ritos iniciáticos, é confinado ao ronco, onde permanecerá isolado do mundo externo e aprendendo uma série de ritos litúrgicos.

32 31 O iniciado é conhecido como abiã e deverá revelar se possui aptidão para o estado de santo, ou seja, qual orixá deseja ser feito e então receberá suas primeiras insígnias, formadas de fios de contas nas cores dos seus deuses tutelados. (SILVA, 1996, P. 50). Um recém iniciado passa de um a seis meses vivendo dentro de severas restrições. É o tempo de quelê, o período em que o abiã usa um colar de contas junto ao pescoço. Enquanto usar o quelê, ele deve vestir branco, comer com as mãos e sentar-se só no chão. Estão proibidas as relações sexuais e os pratos que não sejam o de seu orixá. Outro momento do abiã no axé é o ritual do bori, que consiste no oferecimento de comida a sua cabeça (ao ori), com o objetivo de fortificá-lo para receber o orixá, inúmeros banhos, rituais também são realizados para a purificação do abiã. (SILVA, 1996, P. 51). O oro é a cerimônia de assentamento do orixá, quando o iniciado tem sua cabeça raspada e são sacrificados os animais, correspondentes ao orixá que está sendo assentado. A cabeça do iniciado recebe sangue dos animais sacrificados, relacionando o corpo do iniciado com o símbolo dos orixás. (SILVA, 1996, p. 52). A saída do iaô marca a apresentação do iniciado à comunidade com a realização de uma grande festa pública, que termina com o ajeum (degustação ritual), quando as comidas feitas com as carnes dos animais sacrificados são servidas aos presentes. As obrigações não terminam por aí, o iniciado que agora se chama iaô, terá ainda de cumprir três rituais, depois de um ano, três anos e sete anos, com sacrifícios, toques e oferendas. Só depois ele pode se candidatar a ebômi, o degrau seguinte da hierarquia. (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, P. 55). (

33 32 O TOQUE É o mesmo que festa e se refere a batida dos atabaques, que convoca os orixás. A estrutura da cerimônia chamada ordem de xirê (brincadeira na língua ioruba), dividida a festa em três partes: a primeira acontece à tarde, com o sacrifício, a oferenda e o padê de Exu; a segunda é a festa em si, a noite, na presença do público, quando os filhos de santo incorporam os orixás. E a terceira fase, o encerramento, com a roda de Oxalá, o deus criador do homem. (SOARES, 2002, P. 77). O SACRIFÍCIO Acontece apenas diante dos membros da comunidade de santo e envolve no mínimo dois animais: um, de duas patas, para Exu e outro de quatro patas, macho ou fêmea, dependendo do sexo do orixá a ser homenageado. Quem realiza o sacrifício é o ogã oxogum, um iniciado no Candomblé especialmente preparado para isso. Os bichos são mortos com um golpe na nuca. Depois, a cabeça e os membros são cortados fora e o animal, sacrificado vai sangrar até a última gota até ser destinado à oferenda.(soares, 2002, p. 79). A OFERENDA Depois do sacrifício, a moela, o fígado, o coração, os pés, as asas e a cabeça são separadas e oferecidas aos orixás, homenageado num vaso de barro, chamado alguidar; O sangue recolhido numa espécie de moringa, é derramado sobre o assentamento do santo, ou seja, o local onde ficam seus objetos e símbolos. As partes restantes são destinadas ao jantar oferecido aos orixás, ainda a tarde, e aos participantes, ao final da festa pública, à noite. (SOARES, 2002, p. 81). O PADÊ DE EXÚ

34 33 Este também é um ritual fechado ao público, significa despacho de Exu. É ele quem faz a ponte entre o mundo natural e o sobrenatural. Portanto, é ele quem convoca os orixás para a festa dos humanos. Para isso, é preciso agradá-lo oferecendo comida (farofa com dendê, feijão ou inhame) e bebida (água, cachaça e mel). As oferendas são levadas para fora do barracão e a porta da entrada é batizada com a bebida. Já que é Exu o guardião da entrada e das encruzilhadas ( por isso é comum ver oferendas em esquinas, nas ruas e em encruzilhadas, nas estradas. O tempo decorrido depois da feitura é um fator que permitirá ao iniciado ascender na hierarquia do terreiro, podendo mesmo chegar ao cargo de pai-de-santo ou mãe-de-santo. (LODY, 1987, p.67). ( CANDOMBLÉ KETU É a maior e a mais popular nação do Candomblé. O Candomblé Ketu ficou concentrado em Salvador, passou a se chamar Ilê Iyá Nassô mais conhecido como Casa Branca do Engenho Velho, sendo a primeira nação Ketu no Brasil, de onde saíram os Iyalorixás que fundaram o Ilê Axé Opô Afonjá e o terreiro de Gantois. (NUNES, 1979, p. 183).

35 34 Olorum também chamado Oludumaré é o deus supremo, que criou as divindades dos orixás (orisã) em ioruba. As centenas de orixás ainda são cultuados na África, mas ficou reduzido num pequeno número que são invocados em cerimônias. Na África cada orixá estava ligado originalmente a uma cidade ou a um país inteiro. Tratava-se de uma série de cultos regionais. No Brasil em cada templo religioso são cultuados todos os orixás, a diferença está no idioma, no toque dos ilus (atabaque no ketu), nas cantigas, nas cores usadas pelos orixás, os rituais mais importantes são: padê, sacrifício, oferendas, iniciação, axexê, águas de Oxalá, peté de Oxum. (NUNES, 1985, p. 185). A língua sagrada usada em rituais do ketu é o ioruba ou nagô, é derivado da língua ioruba. O povo do ketu procura manter-se fiel aos ensinamentos dos africanos que fundaram as primeiras casas, reproduzem os rituais, rezas. Lendas, cantigas, comidas, festas, e os ensinamentos são passados oralmente. As posições principais do ketu são chamadas de cargo ou posto, em Iyoruba Oloyes, Ogãns e Ayoés em termos de autoridade. (NUNES, 1979, p. 190). (

36 35 São momentos fundamentais e de extrema reverência aos orixás, são, portanto, momentos esperados com ansiedade pelo povo-de-santo, isto é, simboliza o período no quais os orixás descem a Terra, no corpo de seus filhos tutelados para danças, representando mitos e distribuir o seu axé, por meio de movimentos, sons, sabores, palavras e gestos, que são as várias formas de seu conteúdo. (SILVA, 1996, p. 203). As festas funcionam também como uma vitrine pública da religião-ao som da música vocal e instrumental, o povo-de-santo se orgulha de suas roupas da dança, de seus orixás, do sabor da comida que serve da execução perfeita dos tambores. Para os que assistem, elas são um verdadeiro espetáculo musical, como: A música ritual (cantiga), ela dá forma a conteúdos que não podem ser expressos em outras linguagens e tem funções ordenadoras, das palmas em seqüência rítmica (paó) ao toque (xiró). A dança caracteriza o momento do transe, em que os adeptos sutilmente incorporam gestos, passos, movimentos e linguagens, traduzindo a personalidade do deus tutelar (Ogum guerreando, Oxóssi caçando, Iansã espantando os eguns, Ogum com sensualidade e suavidade feminina, Oiá e os passos rápidos, fluidez do vento), etc. (SILVA, 1996, p.208). A orquestra do Candomblé é formada por três atabaques: o maior, rum; o médio, rumpi e o pequeno, lê. Os atabaques percutidos com os aguidavis (varetas) identificamos terreiros ketu e jêje, e percutir com as mãos identificam os terreiros angola-congo caboclo. Os atabaques são utilizados para enviar e receber mensagens espirituais, sua utilização é reservada aos alabês, considerado um orador e um comunicador das mensagens sagradas. Findo o toque, os atabaques são cobertos por um pano branco, indicando o fim da música e também o fim da festa, permanecendo assim sob a proteção de Oxalá. ( SILVA, 1996, p. 210). ( As festas também marcam a passagem do tempo para o povo-santo. O ano litúrgico do Candomblé é organizado de acordo com a realização das festas dos orixás e estes

37 36 comemorados paralelamente aos santos católicos. Sendo assim, a vida nos terreiros é uma permanente produção de festas, das horas de xiré e de muito axé. (SILVA, 1996, p. 211). ( Muitas festas não tem dia certo para acontecer. As festas são normalmente associadas aos dias santos do catolicismo. As datas podem variar de terreiro para terreiro, de acordo com a disponibilidade e a possibilidade da comunidade. (CADERNOS TEMÁTICOS, 2006, p. 7).

38 37 ( As principais festas ao longo do ano são: Abril- feijoada para Ogum e festa de Oxóssi (associado a São Sebastião), em qualquer dia. Junho: fogueira de Xangô (associados a São João e São Pedro), dias 24 e 29. Agosto: festa para Obuluaiê (associado a São Lázaro e São Roque) e festa de Oxumaré (associado a São Bartolomeu), em qualquer dia. Setembro: começa o ciclo das festas chamado águas de Oxalá, que pode seguir até dezembro. Festa de Erê, em homenagem aos espíritos infantis (associados a São Cosme e Damião). Festa das iabás (esposas dos orixás) e festa de Xangô (associado a São Jerônimo), em qualquer dia. Dezembro: festa das iabás, Iansã (Santa Bárbara), dia 4; Oxum e Yemanjá (associadas a Nossa Senhora da Conceição) dia 8. Yemanjá é também homenageada na passagem do ano. Janeiro: festa de Oxalá (coincide com a festa do Senhor do Bonfim), em Salvador, no segundo domingo, depois do Dia de Reis, 6 de janeiro. Quaresma: o encerramento do ano litúrgico acontece durante os quarenta dias que antecederam a Páscoa, com o Lorogun, em homenagem a Oxalá. (CADERNOS TEMÁTICOS, 2006, p. 8). Nas festas, os homens na fileira à direita da porta. As mulheres do lado esquerdo, separados para evitar um eventual namoro. O barracão é decorado à tarde. O teto de telha-vã foi escondido por bandeirolas brancas e vermelhas, as cores de Xangô. As paredes enfeitadas com flores, e folhas de palmeira de dendê desfiadas. Na madrugada, os filhos de santo fizeram os sacrifícios para o orixá homenageado. Nas primeiras horas da manhã, as filhas de santo

39 38 preparam a comida. Durante a tarde, foi feita a oferenda aos deuses, e Exu, o mensageiro dos homens e os orixás, foi despachado. (CADERNOS TEMÁTICOS, 2006, p. 10). Os orixás são invocados com cantigas próprias e os filhos de santo entram na roda, um por um, na chamada ordem do xire, o filho de Ogum, seguido pelos filhos de Oxóssi, Obaluaiê e assim por diante. Ao som do atabaque, cada integrante da roda entra em transe, agora os filhos incorporam os orixás e dançam até que o pai-de-santo autorize, com um aceno, sua saída, para serem arrumados pelas camareiras chamadas equedes. Logo depois, eles voltam ao barracão, vestindo roupas, colares e enfeites típicos dos seus santos. Ao ouvir seu cântico, cada um começa a dançar sozinho com uma coreografia que conta a origem de cada incorporado. (REVISTA HISTÓRIA VIVA, 2007, p. 12). É quase meia-noite quando os atabaques tocam as cantigas de Oxalá. Saudado Oxalá, é hora da comunhão com os deuses e os pratos são servidos. As divindades têm defeitos humanos. Em qualquer terreiro, a entrada dos orixás na festa segue sempre a mesma seqüência da ordem do xiré. Depois de despachar Exu, o primeiro a entrar na roda é Ogum, seguido de Oxóssi, Obaluaiê, Ossaim, Xangô, Oxum, Iansã, Nana, Yemanjá e Oxalá. (REVISTA HISTÓRIA VIVA, 2007, p. 13). Segundo a tradição, os deuses do Candomblé tem origem nos ancestriais dos clãs africanos, divinizados há mais de 5000 anos. Acredita-se que tenham sido homens e mulheres capazes de manipular as forças da natureza, ou que trouxeram para o grupo, conhecimentos básicos para a sobrevivência, como a caça, o plantio, o uso das ervas na cura de doenças e a fabricação de ferramentas. (SOARES, 2002, p. 81). Os orixás estão longe de se parecer com os santos cristãos. Ao contrário, as divindades do Candomblé têm características muito humanas, são vaidosos, temperamentais, briguentos, fortes, maternais ou ciumentos. Enfim, tem personalidade própria. Cada traço da personalidade é associado a um elemento da natureza e da sua cultura: o fogo, o ar, as águas, a terra, as florestas e os instrumentos de ferro. Na África, existem mais de 200 orixás. Na vinda de escravos para o Brasil, grande parte dessa tradição se perdeu. Hoje, o número de orixás conhecido no país está

40 39 reduzido a dezesseis. E mesmo desse pequeno grupo, apenas doze ainda são cultuados. (SOARES, 2002, p. 83). ( A SABEDORIA DA MORTE E DA ADIVINHAÇÃO Como toda religião, o Candomblé tem sua maneira própria de encarar a morte. Segundo a crença, a alma vive o Orum, que corresponde mais ou menos, ao céu dos católicos. Ela é imortal e faz várias passagens do Orum para a vida terrena. Cada um tem um controle sobre essas viagens, quem tem uma boa experiência em vida, pode escolher um destino melhor, na vida seguinte. (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, p. 14). Aqui na Terra nada que se refira aos deuses e ao futuro pode ser dito sem a consulta ao Ifá, ou seja, o jogo de búzios, conchas usadas como oráculo. O Ifá revela o orixá de cada um e orienta na solução de problemas. O jogo usa dois caminhos: a aritmética e a intuição. Pela aritmética é contado o número de conchas, abertas ou fechadas, combinadas duas a duas. Para interpretar todas as combinações possíveis dos búzios, o pai-de-santo conhece de cor 250 lendas que traduzem as

41 40 mensagens dos deuses, isso não é nada raro no Candomblé, onde nada é escrito. Toda sabedoria é transmitida oralmente. (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, p.15). No outro sistema de adivinhação, o intuitivo, o pai-de-santo estuda a posição dos búzios em relação a outros elementos na mesa, com uma moeda ou um copo de água. Se o búzio cai perto da moeda, por exemplo, pode indicar que não há problema com dinheiro. Mas é preciso estar preparado: os orixás cobram pela consulta, uma obrigação, uma reza para o santo católico e vela para o orixá. (LODY, 1987, p. 68). Abiã freqüentador ou simpatizante do terreiro, que ainda não foi iniciado. Adés coroas de contas com franjas que cobrem o rosto, simboliza o poder teocrático dos descendentes dos iorubas. Assentamento conjunto de objetos (pratos, ferro, búzio, pedra), que representa o orixá. Atabaque instrumento de percussão usado na orquestra das cerimônias dos orixás. Axé energia vital, força mágica espiritual, elemento dinâmico da natureza. Todos os indivíduos têm um axé individual e cada terreiro também tem um axé especial. Axexê cerimônia fúnebre do Candomblé de rito nagô. Babalaô adivinho; praticante dos jogos adivinhatórios. Babalorixá sacerdote, o mesmo que pai-de-santo. Bori ritos para o fortalecimento espiritual da cabeça (ori) de uma pessoa. Candomblé termo de origem banta que significa culto ou invocação. Cauris conchas, usadas no processo de adivinhação no jogo de búzios. Descarrego ritos (banhos, passes, etc.) que visam afastar as energias negativas e abrir os caminhos de uma pessoa. Despacho oferenda alimentar ou sacrifício de animal feitos em homenagem a divindades para obter sua ajuda e proteção na solução do problema.

42 41 Egum morto; ancestral; pessoa que atingiu o status de pertencer ao elenco de divindades cultuadas. O egum distingue-se do orixá por ser um tipo de retorno ao mundo da natureza, enquanto o orixá é a própria natureza, significando basicamente a vida. O egum é cultuado em um local especial, como no quarto de balé no terreiro de Candomblé ou em terreiro dedicado especialmente ao culto dos antepassados, chamados de egungum. Ilê Ifé - Terra, o que é vasto, o que se alarga, segundo a concepção ioruba, foi criada por Oludumaré ou Olorum. Inquice divindade, categoria de ser divino; termo empregado nos Candomblés das nações angola e angola-congo. Iaô iniciado no Candomblé até o sétimo ano. Ialorixá mãe-de-santo. Nagô proveniente da nação ioruba. Oduduá chefe político, fundador do reino ioruba. Ogã homem que não entra em transe e ocupa cargos honoríficos. Ogã Alabê tocador de atabaques no Candomblé. Ogã axogum pessoa encarregada do sacrifício ritual de animais no Candomblé; Ogã Pejigã pessoa encarregada dos altares do terreiro. Peji lugar ou altar onde são colocados e cultuados objetos sagrados das divindades do Candomblé. Quelê colar de contas usado rente ao pescoço, durante algum tempo, como símbolo da recente iniciação. Ronco quarto onde são realizados os rituais da iniciação. Vodu nome pelo qual são conhecidas as religiões de origem africana no Haiti. Popularmente designa feitiço, trabalho, magia feita para prejudicar alguém. Vodum nome genérico das divindades no terreiro de rito jeje. (REVISTA CANDOMBLÉ, 2008, p. 19).

43 42 ( No Candomblé, as vestimentas e as chamadas ferramentas, são signos essenciais da entidade divina, o Orixá, mas é no movimento que se expressa sua natureza fundamental. Assim, a dança da forma como ocorre no toque e nas cerimônias públicas, serve de apoio à incorporação dos orixás e seus médiuns, quando se apresentam aos devotos. (REVISTA HISTÓRIA VIVA, 2007, p. 14). A dança africana expressa muitas coisas, muitos sentidos. No momento que uma filhade-santo dança para Oxumk ela está criando a água doce, não só através do movimento, mas através da memória da estética africana. É a memória da tradição, da ancestralidade e do antigo equilíbrio da natureza, da época na qual não existiam diferenças, nem separação entre o mundo dos seres humanos e dos deuses. A beleza da dança é dada pela transmissão da harmonia, que liga algo dentro e algo fora, o corpo e o espírito, a natureza e o homem. A dança e a música são associadas à história das etnias africanas, a visão do mundo, a organização da sociedade e as crenças religiosas e várias funções como aquela de fortificar o grupo e o conhecimento a comunidade sobre ela mesmo, além de expressar a identidade individual e espiritual da dançarina. (REVISTA HISTÓRIA VIVA, 2007, P. 15). A dança sagrada contempla dois aspectos: um lado exterior e um lado interior. O primeiro é transmitido por meio de movimentos, as roupas litúrgicas e os objetos sagrados. O segundo é a transformação interna em algo diferente da identidade cotidiana, é o duplo espiritual que encontra-se no Orum e vem ao mundo dos homens através do som produzido

44 43 pelos atabaques(são três, de tamanhos diferentes, que são tocados em conjunto: o rum, o rumpi e o lê). O aspecto exterior são as roupas litúrgicas, os materiais com os quais são costurados, que nos contam as fontes de subsistência, como por exemplo, uma roupa de conchas mostra que a comunidade vive da pesca e nos indica qual seja sua posição na hierarquia social (através da posição de algumas partes do vestido percebe-se que são mulheres iniciadas ou não e há quanto tempo são filhas de uma divindade feminina ou não); as ferramentas, objetos sagrados do orixá revelam a qualidade do orixá, a sua ligação metodológica e a sua função, como por exemplo, o abebê, um leque e espada de Yemanjá relatam o lado guerreiro da deusa, a sua ligação com o mundo feminino representado por meio da forma redonda do abebê e da cor de prata, do mesmo que lembra a lua, elemento feminino por excelência. A presença do ritmo no barracão rememora os atributos místicos das divindades. Desse modo, um deus guerreiro, como Ogum, estabelece uma coreografia, na qual, os movimentos serão ágeis, rápidos e vigorosos, adequando-se ao ritmo executado, diferente dos passos lentos, ondulantes de Oxum, uma deusa das águas, de música de Oyá, e é caracterizada por grande rapidez, agressividade, determinação. Percebe-se assim, a personalidade da deusa que expressa o elemento ar em movimento, enquanto a música de Yemanjá é caracterizada por movimentos lentos e amplos, que expressam o movimento das ondas do mar. (REVISTA HISTÓRIA VIVA, 2007, p. 16). ( Cada divindade possui seu próprio repertório de danças e um repertório próprio de cantigas nas quais são relatados os fatos místicos da vida. O adarum é o ritmo mais citado como característica de Ogum. É um ritmo quente, rápido e contínuo, que pode ser executado sem canto, ou seja, apenas pelos atabaques. (

45 44 O aguerê é o ritmo de Oxóssi. É acelerado, cadenciado, e exige agilidade na dança. O ritmo do obaluaê é o opanijé, um ritmo pesado, por pausas e lento. O barrum é frequentemente escolhido para saudar oxumaré, ewá e oxalá. É um ritmo relativamente rápido, dobrado e repicado. A dança preferida de Xangô se faz ao som do alujá, um ritmo quente, rápido, que expressa força e realeza, recordando através do dobrar rigoroso do rum, os trovões dos quais Xangô é o senhor. (REVISTA HISTÓRIA VIVA, 2007, p. 17). Na festa pública do Candomblé são reconhecíveis dois tipos de danças: Um primeiro tipo, no começo da festa, o xerê (literalmente brincar), onde se canta para todos os orixás, no mínimo três cantigas acompanhadas pelas danças. Essas danças são precisas, porque são executadas ainda em estado consciente e seguem um padrão fixo, a depender do orixá dono da festa. São danças de invocação e de preparação. Os movimentos são de dimensão pequena e chamam-se dançar pequenino. Servem para concentrar energias, mas também para as pessoas entrarem e prepararem-se para receber os orixás. Um segundo tipo, são danças realizadas durante o transe, e é o próprio orixá que dança nesse momento, seguindo o rítmo sagrado dos tambores. Nessa segunda parte, o andamento da festa não é fixo, porque apesar se existir um padrão, não se pode saber exatamente quais serão as coreografias que os orixás vão dançar, pois o andamento depende de várias causas visíveis ou não. A dança dos orixás são todas diferentes. Como por exemplo, as danças de Oyá ou Iansã, ligada aos ventos e às tempestades. Nas coreografias de Oyá, os passos são pequenos e rápidos, ela é o elemento ar em movimento, enquanto os braços movimentam-se com força afastando qualquer um de sua frente. Todos esses aspectos e mais outros são expressados nas suas danças, nas quais existem os seguintes aspectos gerais: Um movimento circular, no começo para libertar o espaço sagrado. Essa rotação é feita também com movimentos dos braços, que viram com o corpo todo e simbolizam o ar em movimento. Um movimento com linhas quebradas e continuamente mutante de direção. Um movimento nervoso, com impulsos súbitos e rápidos, que descreve a eletricidade e a impaciência dessa energia. Um movimento fluído e leve, que expressa o ar leve e a doçura do orixá. Oyá Iansã ocupa muito espaço enquanto dança, às vezes abre os braços, puxa a cabeça para trás e roda sobre si mesma, desenhando uma espiral com o próprio corpo. (REVISTA HISTÓRIA VIVA, 2007, p. 20).

46 45 A dança de Yemanjá representa a onda do mar, e expressa o nível feminino da fecundidade, da reprodução, do interno e por isso, é mais chegado ao nível baixo, aos órgãos sexuais e da reprodução, ao útero. As danças dos orixás são estruturadas em coreografias executadas no xirê, ou durante a incorporação. São muitas e diferentes e ainda muito mais complexas. (REVISTA HISTÓRIA VIVA, 2007, p. 21). ( Afirmar que na essência dos rituais religiosos do Candomblé existe um sincretismo total, seria descaracterizar as matrizes originais das nações étnicas africanas, o que se pode ser afirmado, é que existe paralelismo entre os orixás e santos católicos, e que também existe mistura de certos rituais da missa com os cultos, pelo povo-de-santo. (NUNES, 1979, p. 57). Na verdade, quando analisamos os ritos religiosos percebemos que todos os sistemas religiosos baseiam-se em categorias de pensamento mágico que fascina os fiéis, como, por exemplo, a celebração da missa, que é carregada de atos simbólicos ou mágicos (as bênçãos, a transubstanciação, aspergir água benta, a purificação dos incensos, as velas acesas, preces para afastar maus espíritos e as missas fúnebres), tanto quanto o ritual de Candomblé ou Umbanda.

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