Teorema da Mudança de Variáveis

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Teorema da Mudança de Variáveis"

Transcrição

1 Instituto Superior écnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Prof. Gabriel Pires eorema da Mudança de Variáveis 1 Mudança de Variáveis Definição 1 Seja R n um aberto. Di-se que uma função g : R n é uma Mudança ou ransformação de Variáveis em se verificar as seguintes condições: i) g é de classe C 1. ii) g é injectiva. iii) A derivada de g é injectiva, ou seja, detdg(t) ; t. Eemplo 1.1 Coordenadas Polares (r,θ) em R As coordenadas polares (r, θ) são definidas por = rcosθ = rsenθ De acordo com a figura 1, r = + designa a distância de cada ponto de coordenadas (,) à origem e θ é o ângulo formado entre o semi-eio positivo e o vector (,). (,) r θ Figura 1: Coordenadas Polares (r,θ) em R 1

2 Seja g(r,θ) = (rcosθ,rsenθ) = (,). Então, g é de classe C 1 em R e a derivada é injectiva em R \{(,)}. De facto temos [ ] cosθ rsenθ detdg(r,θ) = = r(cos θ+sen θ) = r. senθ rcosθ Dado que as funções trigonométricas são periódicas, a função g não é injectiva em R \{(,)}. Mas, se definirmos = {(r,θ) R : r > ; < θ < π} então, a função g : R é uma mudança de variáveis. A função g transforma no conjunto g() = R \{(,) : = ; } Dado que + = r, para cada r fio em obtemos, em (,), uma circunferência de raio r e centro na origem tal como se representa na figura. θ π θ r R θ r R r Figura : Por outro lado, para cada θ fio em obtemos, em (,) um segmento de recta tal como se mostra na figura. Portanto, ao círculo centrado na origem e de raio R e do qual se retire o semi-eio positivo corresponde, nas coordenadas polares (r, θ), o rectângulo ],R[ ],π[ tal como se apresenta na figura. Eemplo 1. Coordenadas Cilíndricas (ρ,θ,) em R 3 As coordenadas cilíndricas (ρ, θ, ) são definidas por = ρcosθ = ρsenθ =

3 De acordo com a figura 3, ρ = + designa a distância de cada ponto de coordenadas (,,) ao eio e θ é o ângulo formado entre o semi-eio positivo e o vector (,,). (,,) θ ρ (,,) Figura 3: Coordenadas Cilíndricas (ρ,θ,) em R 3 Seja então a função g : R 3 definida por = {(ρ,θ,) R 3 : ρ > ; < θ < π; R} g(ρ,θ,) = (ρcosθ,ρsenθ,) é de classe C 1, injectiva e a respectiva derivada é injectiva porque cosθ ρsenθ detdg(ρ,θ,) = det senθ ρcosθ = ρ > 1 Portanto a função g : R 3 é uma mudança de variáveis. Facilmente se verifica que ao cilindro com eio, de raio R e altura h e do qual se retire o plano { ; = } corresponde, em coordenadas cilíndricas, o paralelipípedo ],R[ ],π[ ],h[ tal como se mostra na figura 4. 3

4 PSfrag h h X ρ R π θ R Figura 4: Eemplo 1.3 Coordenadas Esféricas (r,θ,φ) em R 3 As coordenadas esféricas (r, θ, φ) são definidas por = rsenφcosθ = rsenφsenθ = rcosφ De acordo com a figura 5, r = + + designa a distância de cada ponto de coordenadas (,,) à origem, θ é o ângulo formado entre o semi-eio positivo e o vector (,,) e φ designa o ângulo entre o semieio positivo o vector (,,). φ r (,,) θ (,,) Figura 5: Coordenadas Esféricas (r,θ,φ) em R 3 Seja = {(r,θ,φ) R 3 : r > ; < θ < π; < φ < π} então a função g : R 3 definida por g(r,θ,φ) = (rsenφcosθ,rsenφsenθ,rcosφ) 4

5 é de classe C 1, injectiva e a respectiva derivada é injectiva porque senφcosθ rsenφsenθ rcosφcosθ detdg(r,θ,φ) = det senφsenθ rsenφcosθ rcosφsenθ = r senφ cosφ rsenφ Portanto, a função g : R 3 é uma mudança de variáveis. X φ π r R π θ Figura 6: Assim, à bola centrada na origem, de raio R e da qual se retire o plano { ; = } corresponde o paralelipípedo [, R[ ], π[ ], π[ tal como se representa na figura 6. *** Devemos notar que as coordenadas cilíndricas e as esféricas podem ser vistas no mesmo diagrama para mais facilmente as relacionarmos tal como se ilustra na figura 7. É claro que temos = rcos(φ) ; r = ρ + ; ρ = rsen(φ) e, portanto, basta ter presente o diagrama bidimensional em ρ,, representado na figura 7, para podermos descrever subconjuntos de R 3 em coordenadas cilíndricas e/ou esféricas, como veremos nos eemplos. *** 5

6 φ r (,,) φ r (ρ,) θ ρ (,,) ρ Figura 7: Coordenadas esféricas e cilíndricas Eemplo 1.4 ransformação Linear de Variáveis em R n Seja g : R n R n uma transformação linear e seja A a matri que a representa, ou seja g(v) = Av; v R n. endo em conta que uma transformação linear é de classe C 1 e que a respectiva derivada é representada pela matri A, então g é uma mudança de variáveis em R n desde que se verifique a condição deta. Na figura 8 encontra-se representada uma transformação linear em R. Se designarmos por {e 1,e } a base canónica de R, teremos g(e 1 ) = g(1,) = v 1 ; g(e ) = g(,1) = v, e, portanto, a função g transforma o quadrado no paralelogramo X, ou seja, X = g(). Note-se que a matri A que representa a transformação g é a que se obtém colocando em colunas os vectores v 1 e v. É sabido da Álgebra Linear que o módulo do determinante da matri A é precisamente a área do paralelogramo X. Assim, fica claro que temos e, portanto, vol (X) = det(a)vol () X dd = det(a) dudv. 6

7 Se notarmos que, por ser linear, a derivada de g é a matri A, ou seja, Dg(u,v) = A, teremos dd = det(dg(u, v) dudv. X É claro que esta fórmula se verifica em R n substituindo o conceito de área pelo de volume de dimensão n. Veremos adiante que, para uma transformação de variáveis qualquer, teremos a mesma fórmula de transformação do integral e constituirá a essência do teorema da mudança de variáveis. v v e v 1 X e 1 u Figura 8: ransformação linear em R Eemplo 1.5 ransformações Primitivas em R Seja φ : R R uma função de classe C 1 tal que φ (u,v), e consideremos a função u p : R R definida por p(u,v) = (φ(u,v),v). É claro que p é de classe C 1, injectiva e detdp(u,v) = φ (u,v) e, portanto é uma u mudança de variáveis em R. Seja ψ : R R uma função de classe C 1 tal que ψ (u,v), e consideremos a função v q : R R definida por q(u,v) = (u,ψ(u,v)). É também claro que q é uma mudança de variáveis em R e que detdq(u,v) = ψ (u,v) v Nas figuras 9 e 1 mostra-se como um intervalo se transforma sob a acção de p e de q, respectivamente. Note-se que p mantém as arestas horiontais e q matém as arestas verticais. Às transformações definidas deste modo chamamos transformações primitivas. Qualquer mudança de variáveis em R pode ser dada, localmente, pela composição de duas primitivas. De facto, seja g : R R uma mudança de variáveis definida por g(u,v) = (φ(u,v),ψ(u,v)). 7

8 v d d X = p() = φ(u,v) c c a b u Figura 9: ransformação Primitiva (,) = p(u,v) = (φ(u,v),v) v d = ψ(u,v) c X = q() a b u a b Figura 1: ransformação Primitiva (,) = q(u,v) = (u,ψ(u,v)) Sendo, detdg(u,v) = φ ψ u v φ ψ v u, pelo menos uma das derivadas parciais de φ ou de ψ deve ser não nula. Se tivermos φ u (u,v ), então, pelo teorema da função implícita, a equação = φ(u,v) define localmente u como função de (,v), ou seja, teremos u = u(,v) em algum intervalo que contém o ponto (u,v ) e em algum intervalo que contém = φ(u,v ). Se definirmos p(u,v) = (φ(u,v),v) e q(,v) = (,ψ(u(,v),v)), então g(u,v) = (q p)(u,v) = (φ(u,v),ψ(u,v)). Portanto, eiste um intervalo que contém o ponto (u,v ) e um intervalo que contém o ponto(, ) = g(u,v ),emqueatransformaçãog éacomposição deduastransformações primitivas. 8

9 eorema da Mudança de Variáveis Muitas vees o cálculo do integral simplifica-se bastante mudando de variáveis. O volume de conjuntos que apresentam simetria cilíndrica ou esférica pode ser calculado mais facilmente em coordenadas cilíndicas ou esféricas respectivamente, como veremos nos eemplos. eorema.1 Seja R n um conjunto aberto e limitado, g : R n uma mudança de variáveis tal que X = g() e f : X R uma função integrável em X. Então, f()d = f(g(t)) det Dg(t) dt. X A demonstração do caso geral pode ser vista na bibliografia (cf. [, 1]). No entanto, não é difícil aceitá-lo como verdadeiro bastando ter em conta o caso em que a mudança de variáveis é linear tal como foi visto no eemplo 1.4. Por ser muito instrutivo, veremos com algum detalhe o caso em R, usando a noção de transformações primitivas. Do eemplo 1.5, sabemos que uma mudança de variáveis g : R pode ser dada, localmente, pela composição de duas transformações primitivas, ou seja, em que g(u,v) = (q p)(u,v) = (φ(u,v),ψ(u,v)), p(u,v) = (φ(u,v),v) ; q(u,v) = (u,ψ(u,v)) são funções de classe C 1. Suponhamos, por simplicidade, que temos Seja e, portanto, φ u > ; ψ v >. S = p() = {(φ(u,v),v) : (u,v) } X = g() = q(p()) = q(s) = {(,ψ(,v) : (,v) S}. Seja I um intervalo tal que S I e consideremos uma partição de I dada pelos pontos j, j = 1,...,M e pelos pontos v k, k = 1,...,N. Sejam I jk os subintervalos dessa partição tal como se ilustra na figura 11. Seja R = q(i) e R jk = q(i jk ). É claro que, o conjunto R jk é limitado pelas linhas paralelas = j e = j+1 e pelas linhas = ψ(,v k ) e = ψ(,v k+1 ), tal como se ilustra na figura 1. 9

10 v v S = p() I I jk u Figura 11: Mudança de variáveis: S = p() v v k+1 I jk Rjk v k j j+1 j j+1 Figura 1: Mudança de variáveis: R jk = q(i jk ) Assim, teremos vol (R jk ) = j+1 j (ψ(,v k+1 ) ψ(,v k+1 ))d. Pelo teorema do valor médio em R, eiste um ponto j ] j, j+1 [, tal que vol (R jk ) = (ψ( j,v k+1 ) ψ( j,v k ))( j+1 j ). Pelo teorema de Lagrange em R, eiste um ponto v k ]v k,v k+1 [, tal que vol (R jk ) = ψ v ( j,v k )( j+1 j )(v k+1 v k ). Dado que f é integrável em X então a soma f( j,v k ) ψ v ( j,v k )( j+1 j )(v k+1 v k ) j,k converge para o integral de f em X. Mas, sendo vol (I jk ) = ( j+1 j )(v k+1 v k ), então f(,)dd = f(,v) ψ v (,v)ddv. X S 1

11 Argumentando da mesma forma trocando os papéis de, e de φ,ψ, respectivamente, obtemos f(,v) ψ v (,v)ddv = f(φ(u,v),ψ(φ(u,v),v)) ψ v (φ(u,v),v) φ u (u,v)dudv. S Notando que teremos então, X detdg(u,v) = ψ v (φ(u,v),v) φ u (u,v), f(,)dd = f(g(u, v)) det Dg(u, v) dudv. Dado que é limitado, então pode ser decomposto numa união finita de intervalos em que a mudança de variáveis g é a composição de transformações primitivas e, portanto, teremos a fórmula da mudança de variáveis. *** Eemplo.1 Área de um círculo em R : Seja S o círculo centrado na origem de R e de raio R S = {(,) R : + < R } Seja X o conjunto que se obtém de S retirando-lhe o semi-eio positivo X = S \{(,) : } Considerando a mudança de variáveis para coordenadas polares em R sabemos que em que g(r,θ) = (rcosθ,rsenθ) = (,) X = g() = {(r,θ) : < r < R; < θ < π} Notando que o segmento de recta {(,) : < R} tem conteúdo nulo em R e, aplicando o teorema da mudança de variáveis e o teorema de Fubini, obtemos π ( R ) vol (S) = vol (X) = rdrdθ = rdr dθ = πr. É de salientar que o conjunto é um intervalo e, portanto, a aplicação do teorema de Fubini no cálculo do integral duplo é muito simples. 11

12 Eemplo. Volume de um cilindro em R 3 : Seja S o cilindro vertical de raio R e altura h dado por S = {(,,) R 3 : + < R ; < < h} Seja X o conjunto que se obtém de S retirando-lhe o semi-plano { = ; }, ou seja, X = S \{(,,) : < R; = ; < < h} e consideremos a mudança de variáveis para coordenadas cilíndricas em R 3 g(ρ,θ,) = (ρcosθ,ρsenθ,) = (,,) Então, em que X = g() = {(ρ,θ,) : < ρ < R; < θ < π; < < h} Sabendo que o rectângulo {(,,) : < R; = ; < < h} tem contedo nulo em R 3 e, aplicando o teorema da mudança de variáveis e o teorema de Fubini, obtemos π ( h ( R ) ) vol 3 (S) = vol 3 (X) = ρdρdθd = ρdr d dθ = πr h Note-se que é um intervalo e, portanto, a aplicação do teorema de Fubini ao cálculo do integral é simples. Eemplo.3 Volume de uma bola em R 3 : Seja B a bola centrada na origem de R 3 e de raio R B = {(,,) R 3 : + + < R } Seja X o conjunto que se obtém de B retirando-lhe o semi-plano { = ; } X = S \{(,,) : = ; + < R } e consideremos a mudança de variáveis para coordenadas esféricas em R 3 g(r,θ,φ) = (rsenφcosθ,rsenφsenθ,rcosφ) = (,,) sendo Então, X = g() = {(r,θ,φ) : < r < R; < θ < π; < φ < π} 1

13 endo em conta que o semi-círculo {(,,) : = ; + < R } tem conteúdo nulo em R 3 e, aplicando o teorema da mudança de variáveis e o teorema de Fubini, obtemos π ( π ( R ) ) vol 3 (B) = vol 3 (X) = r senφdrdθdφ = r senφdr dφ dθ = 4 3 πr3. al como nos eemplos anteriores, o conjunto é um intervalo e a aplicação do teorema de Fubini ao cálculo do integral triplo é bastante simples. Eemplo.4 Volume de uma calote esférica em R 3 : Seja S a calote esférica, representada na figura 13 e definida por S = {(,,) R 3 : + + < R ; > h} e seja X o conjunto que se obtém de S retirando-lhe o semi-plano { = ; } X = S \{(,,) : = ; } R h X R h ρ + = R ρ Figura 13: Calote esférica em coordenadas esféricas e cilíndricas Sendo S uma porção de uma bola em R 3, consideremos a mudança de variáveis para coordenadas esféricas g(r,θ,φ) = (rsenφcosθ,rsenφsenθ,rcosφ) = (,,) Da condição > h, obtemos r > h cosφ e, portanto, X = g() em que = {(r,θ,φ) : < θ < π; < φ < arccos( h R ); h cosφ < r < R} 13

14 Assim, o volume de S é dado por e, tendo em conta que vol 3 (S) = vol 3 (X) ( π ( arccos( h ) ) R ) R = r senφdr dφ dθ h cosφ = π arccos( h R ) ) senφ (R 3 h3 dφ 3 cos 3 φ ( ) d 1 = sen d cos cos 3 obtemos vol 3 (S) = π ( R 3 3R h+h 3) 3 Por outro lado, a calote esférica S também apresenta simetria cilíndrica em torno do eio e, portanto, consideremos a mudança para coordenadas cilíndricas g(ρ,θ,) = (ρcosθ,ρsenθ,) = (,,) Da inequação + < R obtemos ρ < R e então em que X = g() = {(ρ,θ,) : h < < R; < θ < π; < ρ < R } Assim, o volume de S é dado por vol 3 (S) = vol 3 (X) = ρdρdθd ( π ( R ) ) R = ρdρ d dθ = π = π 3 R h h (R )d ( R 3 3R h+h 3) Eemplo.5 Volume de um cone em R 3 : Seja S o cone representado na figura 14 e definido por S = {(,,) R 3 : + < < h} 14

15 h X h = ρ h ρ Figura 14: Cone em R 3 em que h >. Para cada valor de temos um círculo de raio, ou seja, S apresenta simetria cilíndrica com eio em e, portanto, consideremos a mudança para coordenadas cilíndricas g(ρ,θ,) = (ρcosθ,ρsenθ,) = (,,) Seja X o conjunto que se obtém de S retirando-lhe o plano { = ; }. Das condições + < < h obtemos ρ < < h e, portanto, em que X = g() = {(ρ,θ,) : < θ < π; < ρ < h; ρ < < h} O volume de S é, então, dado por vol 3 (S) = vol 3 (X) π ( h ( h = = π h = π 3 h3 ρ ρ(h ρ)dρ ) ) ρd dρ dθ Eemplo.6 Consideremos o sólido V representado na figura 15 e descrito por V = {(,,) R 3 : + < 1+ ; + + < 5; > } 15

16 5 5 ρ + = 5 1 ρ = 1+ 1 ρ Figura 15: Das inequações + + < 5 e >, obtemos < < 5. Por outro lado, as superfícies dadas, respectivamente, por + = 1+ e + + = 5 intersectam-se segundo a linha dada pelas equações = ; + = 3 É claro que V apresenta simetria cilíndrica relativa ao eio. Assim, em coordenadas cilíndricas (ρ,θ,), V é descrito por i) Para < <, temos < θ < π ; < ρ < 1+ ii) Para < < 5, temos < θ < π ; < ρ < 5 Portanto, pelo teorema da mudança de variáveis, o volume de V pode ser calculado da seguinte maneira ( π ( ) ) 1+ ( π ( 5 ) ) 5 vol 3 (V) = ρdρ d dθ+ ρdρ d dθ = π (1+ )d +π = π (5 )d Eemplo.7 Consideremos o sólido limitado por um cone e uma esfera, representado na figura 16 e descrito por V = {(,,) R 3 : + + < ; + < }. 16

17 1 ρ + = ρ = 1 ρ Figura 16: É claro que este sólido apresenta simetria cilíndrica em torno do eio O. De facto, temos ρ + < ; > ρ, ou seja, < θ < π ; < ρ < 1 ; ρ < < ρ, tal como se ilustra na figura 16. Assim, o respectivo volume será dado por ( π ( 1 ρ ) ) vol 3 (V) = ρd dρ dθ = π 1 = 4π 3 ( 1). ρ ) ρ( ρ ρ dρ Da figura 16 também é claro que podemos recorrer às coordenadas esféricas para calcular o volume de V. Sendo > ρ é claro que < φ < π e, portanto, teremos 4 < θ < π ; < φ < π 4 ; < r <, e o respectivo volume será dado pelo integral ( π ( π/4 ) ) vol 3 (V) = r sen(φ)dr dφ dθ = 4π 3 ( 1). 17

18 Eemplo.8 Consideremos o toro de raios R e r que se representa na figura 17 e descrito por X = {(,,) R 3 : ( + R) + < r }. X r s φ (ρ,) R ρ N r Figura 17: oro de raios R,r É claro que este toro pode ser descrito em coordenadas cilíndricas mas iremos faê-lo nas coordenadas (s, θ, φ), chamadas coordenadas toroidais. Para isso, recorrendo à figura 17, é claro que temos ρ R = scosφ ; = ssenφ e, portanto = (R+scosφ)cosθ = (R+scosφ)senθ = ssenφ. Note-se que o toro resulta da rotação do círculo centrado no ponto (ρ,) = (R,) e raio r, em torno do eio O. Seja = {(s,θ,φ) R 3 : < θ < π ; < φ < π ; < s < r} e g : R 3 a função definida por g(s,θ,φ) = ((R+scosφ)cosθ,(R+scosφ)senθ,ssenφ). É fácil verificar que g é uma mudança de variáveis e que g() = X \N, em que N é o conjunto definido por N = {(,,)} {(,,)}, tal como se representa na figura 17. Para além disso temos detdg(s,θ,φ) = (R+scosφ)s. Assim, o volume do toro será dado pelo integral π ( π ( r vol 3 (X) = (R+scosφ)sds = π Rr. 18 ) ) dφ dθ

19 Eemplo.9 Seja S R a região representada na figura 18 e definida por S = {(,) R : π, e consideremos função f : R R definida por f(,) = sen(+)cos( ) π 4 } = v π π u S = Figura 18: Para calcular o integral f consideremos a transformação linear (u,v) = g(,) definida S por u = + v = Note-se que através desta transformação a função f passa a ser o produto de duas funções de uma variável cada. Este facto irá certamente simplificar o cálculo do integral. Sendo linear, para que g seja uma mudança de variáveis basta que a matri que a representa seja não singular. (Recorde-se que para uma transformação linear a matri que a representa e a sua derivada coincidem). Assim, g é uma mudança de variáveis porque [ ] 1 1 detdg(,) = = 3 1 É de salientar que a transformação g permite mudar das coordenadas (u,v) para as coordenadas (,) e o que se pretende é a mudança inversa. No entanto, a transformação inversa g 1 é também uma mudança de variáveis e detdg 1 (u,v) =

20 Assim, seja R tal que S = g 1 (). Da definição de S, obtemos = {(u,v) : u π ; v π } Usando o teorema da mudança de variáveis, obtemos, f(,)dd = f(g 1 (u,v)) detdg 1 (u,v) dudv S = 1 ( π π ) sen(u) cos(v)dv du 3 = 1 ( π ) ( ) π sen(u)du cos(v)dv 3 = 3 Eemplo.1 Seja S R a região representada na figura 19 e definida por S = {(,) R : 1 < < ; > ; < < 3}. e consideremos o integral em S da função definida por f(,) = (1+ ) v 3 = 3 1 S = = = 1 1 u Figura 19: Note-se que S é um conjunto limitado e que a função f é limitada e contínua em S e, portanto, o respectivo integral eiste.

21 endo em conta que S pode ser dado por S = {(,) R : 1 < < ; > ; 1 < < 3}. e a função f depende do produto e da raão, consideremos a transformação (u,v) = g(, ) definida por Então, u = v = = g(s) = {(u,v) : 1 < u < ; 1 < v < 3} ou seja, a função g transforma S no rectângulo = g(s). Vejamos que g é uma mudança de variáveis em S. É claro que g é de classe C 1. Da definição de g, obtemos u = v = uv e, portanto, g é invertível, ou seja, injectiva. A derivada de g é dada pela matri Dg(,) = e, tendo em conta que, > >, temos [ 1 ] detdg(,) = > Portanto, g é uma mudança de variáveis. Aplicando o teorema da mudança de variáveis e, tendo o cuidado de notar que a transformação a usar é a função g 1 e que obtemos S detdg 1 (u,v) = 1 v f(,)dd = f(g 1 (u,v)) detdg 1 (u,v) dudv = 1 3 ( ) u du dv = arctan() arctan(1) 1

22 Eemplo.11 Seja S o círculo centrado na origem de R e de raio R e consideremos a função definida por f(,) = e ( + ) Para calcular o integral de f em S consideremos a mudança para coordenadas polares Do eemplo 1.1 sabemos que em que Assim, temos S g(r,θ) = (rcosθ,rsenθ) g() = S = {(r,θ) : < r < R; < θ < π} f(,)dd = = π = π f(g(r,θ)) detdg(r,θ) drdθ ( R ) re r dr dθ R re r dr = π(1 e R ) Note-se que se aplicarmos o teorema de Fubini ao cálculo do integral em coordenadas (, ), obtemos ( R ) R f(,)dd = e d d S R R e e este integral não é facilmente calculável por não termos à disposição uma primitiva para a função e. Em coordendas polares este problema não eiste porque a função a integrar é dada por re r cuja primitivação é imediata. *** Referências [1] Luís. Magalhães. Integrais Múltiplos. eto Editora, [] W. Rudin. Principles of Mathematical Analsis. McGraw Hill, 1996.

Teorema da Mudança de Coordenadas

Teorema da Mudança de Coordenadas Instituto uperior écnico Departamento de Matemática ecção de Álgebra e Análise Prof. Gabriel Pires eorema da Mudança de Coordenadas 1 Mudança de Coordenadas Definição 1 eja n um aberto. Diz-se que uma

Leia mais

Cálculo III-A Módulo 5

Cálculo III-A Módulo 5 Universidade Federal Fluminense Instituto de Matemática e Estatística Departamento de Matemática Aplicada Cálculo III-A Módulo 5 Aula 9 Mudança de Variáveis na Integral Tripla Objetivo Aprender a faer

Leia mais

Resolução dos Exercícios sobre Derivadas

Resolução dos Exercícios sobre Derivadas Resolução dos Eercícios sobre Derivadas Eercício Utilizando a idéia do eemplo anterior, encontre a reta tangente à curva nos pontos onde e Vamos determinar a reta tangente à curva nos pontos de abscissas

Leia mais

CDI-II. Trabalho. Teorema Fundamental do Cálculo

CDI-II. Trabalho. Teorema Fundamental do Cálculo Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Prof. Gabriel Pires CDI-II Trabalho. Teorema Fundamental do Cálculo 1 Trabalho. Potencial Escalar Uma das noções mais importantes

Leia mais

FICHA DE TRABALHO 6 - RESOLUÇÃO

FICHA DE TRABALHO 6 - RESOLUÇÃO ecção de Álgebra e Análise, Departamento de Matemática, Instituto uperior Técnico Análise Matemática III A - 1 o semestre de 23/4 FIHA DE TRABALHO 6 - REOLUÇÃO 1) Indique se as formas diferenciais seguintes

Leia mais

Notas sobre a Fórmula de Taylor e o estudo de extremos

Notas sobre a Fórmula de Taylor e o estudo de extremos Notas sobre a Fórmula de Taylor e o estudo de etremos O Teorema de Taylor estabelece que sob certas condições) uma função pode ser aproimada na proimidade de algum ponto dado) por um polinómio, de modo

Leia mais

I. Cálculo Diferencial em R n

I. Cálculo Diferencial em R n Análise Matemática II Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Ano Lectivo 2010/2011 2 o Semestre Exercícios propostos para as aulas práticas I. Cálculo Diferencial em R n Departamento

Leia mais

Equações Diferenciais Ordinárias

Equações Diferenciais Ordinárias Equações Diferenciais Ordinárias Uma equação diferencial é uma equação que relaciona uma ou mais funções (desconhecidas com uma ou mais das suas derivadas. Eemplos: ( t dt ( t, u t d u ( cos( ( t d u +

Leia mais

Exercícios Resolvidos Integrais de Linha. Teorema de Green

Exercícios Resolvidos Integrais de Linha. Teorema de Green Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Exercícios Resolvidos Integrais de Linha. Teorema de Green Exercício 1 Um aro circular de raio 1 rola sem deslizar ao longo

Leia mais

Exercícios Resolvidos Integral de Linha de um Campo Vectorial

Exercícios Resolvidos Integral de Linha de um Campo Vectorial Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise ercícios Resolvidos Integral de inha de um ampo Vectorial ercício onsidere o campo vectorial F,, z =,, z. alcule o integral

Leia mais

Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z

Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z Rua Oto de Alencar nº 5-9, Maracanã/RJ - tel. 04-98/4-98 Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z Podemos epressar o produto de quatro fatores iguais a.... por meio de uma potência de base e epoente

Leia mais

Prof. Rossini Bezerra Faculdade Boa Viagem

Prof. Rossini Bezerra Faculdade Boa Viagem Sistemas de Coordenadas Polares Prof. Rossini Bezerra Faculdade Boa Viagem Coordenadas Polares Dado um ponto P do plano, utilizando coordenadas cartesianas (retangulares), descrevemos sua localização no

Leia mais

3.4 Movimento ao longo de uma curva no espaço (terça parte)

3.4 Movimento ao longo de uma curva no espaço (terça parte) 3.4-41 3.4 Movimento ao longo de uma curva no espaço (terça parte) Antes de começar com a nova matéria, vamos considerar um problema sobre o material recentemente visto. Problema: (Projeção de uma trajetória

Leia mais

Cálculo em Computadores - 2007 - trajectórias 1. Trajectórias Planas. 1 Trajectórias. 4.3 exercícios... 6. 4 Coordenadas polares 5

Cálculo em Computadores - 2007 - trajectórias 1. Trajectórias Planas. 1 Trajectórias. 4.3 exercícios... 6. 4 Coordenadas polares 5 Cálculo em Computadores - 2007 - trajectórias Trajectórias Planas Índice Trajectórias. exercícios............................................... 2 2 Velocidade, pontos regulares e singulares 2 2. exercícios...............................................

Leia mais

Teorema de Green no Plano

Teorema de Green no Plano Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Prof. Gabriel Pires Teorema de Green no Plano O teorema de Green permite relacionar o integral de linha ao longo de uma

Leia mais

Curvas em coordenadas polares

Curvas em coordenadas polares 1 Curvas em coordenadas polares As coordenadas polares nos dão uma maneira alternativa de localizar pontos no plano e são especialmente adequadas para expressar certas situações, como veremos a seguir.

Leia mais

MAT 2455 - Cálculo Diferencial e Integral III para Engenharia 1 ā Prova - 1o semestre de 2005

MAT 2455 - Cálculo Diferencial e Integral III para Engenharia 1 ā Prova - 1o semestre de 2005 MAT 4 - Cálculo iferencial e Integral III para Engenharia ā Prova - o semestre de Questão. Calcule: (,- ). (a) (. pontos) (b) (. pontos) x e + d dx (x + ) (x ) dx d, onde é o triângulo de vértices (,),

Leia mais

7 AULA. Curvas Polares LIVRO. META Estudar as curvas planas em coordenadas polares (Curvas Polares).

7 AULA. Curvas Polares LIVRO. META Estudar as curvas planas em coordenadas polares (Curvas Polares). 1 LIVRO Curvas Polares 7 AULA META Estudar as curvas planas em coordenadas polares (Curvas Polares). OBJETIVOS Estudar movimentos de partículas no plano. Cálculos com curvas planas em coordenadas polares.

Leia mais

Cap. 7 - Fontes de Campo Magnético

Cap. 7 - Fontes de Campo Magnético Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Física Física III 2014/2 Cap. 7 - Fontes de Campo Magnético Prof. Elvis Soares Nesse capítulo, exploramos a origem do campo magnético - cargas em movimento.

Leia mais

II Cálculo Integral em R n

II Cálculo Integral em R n Análise Matemática II Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de omputadores Ano Lectivo 2/22 2 o emestre Exercícios propostos para as aulas práticas II álculo Integral em R n Departamento de

Leia mais

x As VpULHVGHSRWrQFLDV são um caso particularmente importante das séries de funções, com inúmeras aplicações tanto teóricas como práticas.

x As VpULHVGHSRWrQFLDV são um caso particularmente importante das séries de funções, com inúmeras aplicações tanto teóricas como práticas. Å 6pULHV GH SRWrQFLDV As VpULHVGHSRWrQFLDV são um caso particularmente importante das séries de funções, com inúmeras aplicações tanto teóricas como práticas. Um eemplo típico é a série, O cálculo do valor

Leia mais

Coordenadas Polares. Prof. Márcio Nascimento. marcio@matematicauva.org

Coordenadas Polares. Prof. Márcio Nascimento. marcio@matematicauva.org Coordenadas Polares Prof. Márcio Nascimento marcio@matematicauva.org Universidade Estadual Vale do Acaraú Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Curso de Licenciatura em Matemática Disciplina: Matemática

Leia mais

MATEMÁTICA A - 12o Ano N o s Complexos - Equações e problemas

MATEMÁTICA A - 12o Ano N o s Complexos - Equações e problemas MATEMÁTICA A - 1o Ano N o s Complexos - Equações e problemas Exercícios de exames e testes intermédios 1. Em C, conjunto dos números complexos, considere z = + i19 cis θ Determine os valores de θ pertencentes

Leia mais

Comprimentos de Curvas e Coordenadas Polares Aula 38

Comprimentos de Curvas e Coordenadas Polares Aula 38 Comprimentos de Curvas e Coordenadas Polares Aula 38 Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil 12 de Junho de 2014 Primeiro Semestre de 2014 Turma 2014106 - Engenharia

Leia mais

4. Tangentes e normais; orientabilidade

4. Tangentes e normais; orientabilidade 4. TANGENTES E NORMAIS; ORIENTABILIDADE 91 4. Tangentes e normais; orientabilidade Uma maneira natural de estudar uma superfície S consiste em considerar curvas γ cujas imagens estão contidas em S. Se

Leia mais

MATEMÁTICA I ECONOMIA (5598) Ficha de exercícios 1 (2012/2013)

MATEMÁTICA I ECONOMIA (5598) Ficha de exercícios 1 (2012/2013) Universidade da Beira Interior - Departamento de Matemática MATEMÁTICA I ECONOMIA (5598) Ficha de eercícios (0/03). Determine o conjunto dos pontos interiores, eteriores e fronteiros dos seguintes conjuntos:

Leia mais

1 Módulo ou norma de um vetor

1 Módulo ou norma de um vetor Álgebra Linear I - Aula 3-2005.2 Roteiro 1 Módulo ou norma de um vetor A norma ou módulo do vetor ū = (u 1, u 2, u 3 ) de R 3 é ū = u 2 1 + u2 2 + u2 3. Geometricamente a fórmula significa que o módulo

Leia mais

Manual de Laboratório Física Experimental I- Hatsumi Mukai e Paulo R.G. Fernandes

Manual de Laboratório Física Experimental I- Hatsumi Mukai e Paulo R.G. Fernandes Pêndulo Simples 6.1 Introdução: Capítulo 6 Um pêndulo simples se define como uma massa m suspensa por um fio inextensível, de comprimento com massa desprezível em relação ao valor de m. Se a massa se desloca

Leia mais

(Exames Nacionais 2000)

(Exames Nacionais 2000) (Eames Nacionais 000) 1.a) Seja [ABC] um triângulo O ângulo, assinalado na figura, tem o seu vértice no centro isósceles em que BA = BC. Seja α da Terra; o seu lado origem passa no perigeu, o seu lado

Leia mais

Coordenadas Polares Mauri C. Nascimento Dep. De Matemática FC Unesp/Bauru

Coordenadas Polares Mauri C. Nascimento Dep. De Matemática FC Unesp/Bauru Coordenadas Polares Mauri C. Nascimento Dep. De Matemática FC Unesp/Bauru Dado um ponto P do plano, utilizando coordenadas cartesianas (retangulares), descrevemos sua localização no plano escrevendo P

Leia mais

por séries de potências

por séries de potências Seção 23: Resolução de equações diferenciais por séries de potências Até este ponto, quando resolvemos equações diferenciais ordinárias, nosso objetivo foi sempre encontrar as soluções expressas por meio

Leia mais

4 Aplicações I. 4.6 Exercícios. partícula numa caixa. 4.6.1 A probabilidade de transição de uma 2 L 4-1

4 Aplicações I. 4.6 Exercícios. partícula numa caixa. 4.6.1 A probabilidade de transição de uma 2 L 4-1 4-1 4 Aplicações I 4.6 Exercícios 4.6.1 A probabilidade de transição de uma partícula numa caixa A seguir iremos calcular a probabilidade de transição para uma partícula de massa m e de carga e numa caixa

Leia mais

Exercícios Resolvidos Mudança de Coordenadas

Exercícios Resolvidos Mudança de Coordenadas Instituto uperior écnico Departamento de Matemática ecção de Álgebra e Análise Eercícios Resolvidos Mudança de Coordenadas Eercício Considere o conjunto {(, R : < < ; < < + } e a função g : R R definida

Leia mais

FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Cursos de Engenharia. Prof. Álvaro Fernandes Serafim

FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Cursos de Engenharia. Prof. Álvaro Fernandes Serafim FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Cursos de Engenharia Prof. Álvaro Fernandes Serafim Última atualização: //7. Esta apostila de Álgebra Linear foi elaborada pela Professora Ilka Rebouças Freire. A formatação

Leia mais

ITA - 2004 3º DIA MATEMÁTICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR

ITA - 2004 3º DIA MATEMÁTICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR ITA - 2004 3º DIA MATEMÁTICA BERNOULLI COLÉGIO E PRÉ-VESTIBULAR Matemática Questão 01 Considere as seguintes afirmações sobre o conjunto U = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9} I. U e n(u) = 10 III. 5 U e {5}

Leia mais

FICHA DE TRABALHO DERIVADAS I PARTE. 1. Uma função f tem derivadas finitas à direita e à esquerda de x = 0. Então:

FICHA DE TRABALHO DERIVADAS I PARTE. 1. Uma função f tem derivadas finitas à direita e à esquerda de x = 0. Então: FICHA DE TRABALHO DERIVADAS I PARTE. Uma função f tem derivadas finitas à direita e à esquerda de = 0. Então: (A) f tem necessariamente derivada finita em = 0; (B) f não tem com certeza derivada finita

Leia mais

Introdução ao estudo de equações diferenciais

Introdução ao estudo de equações diferenciais Matemática (AP) - 2008/09 - Introdução ao estudo de equações diferenciais 77 Introdução ao estudo de equações diferenciais Introdução e de nição de equação diferencial Existe uma grande variedade de situações

Leia mais

Capítulo 5: Aplicações da Derivada

Capítulo 5: Aplicações da Derivada Instituto de Ciências Exatas - Departamento de Matemática Cálculo I Profª Maria Julieta Ventura Carvalho de Araujo Capítulo 5: Aplicações da Derivada 5- Acréscimos e Diferenciais - Acréscimos Seja y f

Leia mais

Eletricidade e Magnetismo - Lista de Exercícios I CEFET-BA / UE - VITÓRIA DA CONQUISTA COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA

Eletricidade e Magnetismo - Lista de Exercícios I CEFET-BA / UE - VITÓRIA DA CONQUISTA COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Eletricidade e Magnetismo - Lista de Exercícios I CEFET-BA / UE - VITÓRIA DA CONQUISTA COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA ELÉTRICA Carga Elétrica e Lei de Coulomb 1. Consideremos o ponto P no centro de um quadrado

Leia mais

Instituto Superior de Engenharia do Porto Departamento de Engenharia Electrotécnica. Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores

Instituto Superior de Engenharia do Porto Departamento de Engenharia Electrotécnica. Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Instituto Superior de Engenharia do Porto Departamento de Engenharia Electrotécnica Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores SISEL - Sistemas Electromecânicos Eercícios de 006 . Considere

Leia mais

Capítulo 9 INTEGRAÇÃO DUPLA. 9.1 Integração Dupla sobre Retângulos. Denotemos por: R = [a, b] [c, d] = {(x, y) R 2 /a x b, c y d} um retângulo em R 2.

Capítulo 9 INTEGRAÇÃO DUPLA. 9.1 Integração Dupla sobre Retângulos. Denotemos por: R = [a, b] [c, d] = {(x, y) R 2 /a x b, c y d} um retângulo em R 2. Capítulo 9 INTEGAÇÃO UPLA 9. Integração upla sobre etângulos enotemos por: um retângulo em. = [a, b [c, d = {(x, y) /a x b, c y d} Consideremos P = {x, x,..., x n } e P = {y, y,..., y n } partições de

Leia mais

Aula 16 Mudança de Variável em Integrais Múltiplas

Aula 16 Mudança de Variável em Integrais Múltiplas Aula 16 Mudança de Variável em Integrais Múltiplas MA211 - Cálculo II Marcos Eduardo Valle Departamento de Matemática Aplicada Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica Universidade

Leia mais

Introdução às equações diferenciais

Introdução às equações diferenciais Introdução às equações diferenciais Professor Leonardo Crochik Notas de aula 1 O que é 1. é uma equação:... =... 2. a incógnita não é um número x R, mas uma função x(t) : R R 3. na equação estão presentes,

Leia mais

Texto 07 - Sistemas de Partículas. A figura ao lado mostra uma bola lançada por um malabarista, descrevendo uma trajetória parabólica.

Texto 07 - Sistemas de Partículas. A figura ao lado mostra uma bola lançada por um malabarista, descrevendo uma trajetória parabólica. Texto 07 - Sistemas de Partículas Um ponto especial A figura ao lado mostra uma bola lançada por um malabarista, descrevendo uma trajetória parabólica. Porém objetos que apresentam uma geometria, diferenciada,

Leia mais

1 A Integral por Partes

1 A Integral por Partes Métodos de Integração Notas de aula relativas aos dias 14 e 16/01/2004 Já conhecemos as regras de derivação e o Teorema Fundamental do Cálculo. Este diz essencialmente que se f for uma função bem comportada,

Leia mais

Resumo de Aulas Teóricas de Análise Matemática II. Rui Albuquerque Universidade de Évora 2011/2012

Resumo de Aulas Teóricas de Análise Matemática II. Rui Albuquerque Universidade de Évora 2011/2012 1 Resumo de Aulas Teóricas de Análise Matemática II Rui Albuquerque Universidade de Évora 2011/2012 Aula 1 O espaço euclideano R n : Espaço vectorial, espaço de pontos, vectores a = (a 1,..., a n ), x

Leia mais

Seu pé direito nas melhores faculdades

Seu pé direito nas melhores faculdades Seu pé direito nas melhores faculdades IM - maio 006 MTMÁTI 0. a) atore a epressão 3 3 + 6. b) Resolva, em, a inequação 3 3 + 6 +. a) 3 3 + 6 = (3 ) 6(3 ) = ( 6)(3 ) = ( + 6 )( 6 )(3 ) é a forma fatorada

Leia mais

[ \ x Recordemos o caso mais simples de um VLVWHPD de duas HTXDo}HVOLQHDUHV nas duas LQFyJQLWDV [ e \.

[ \ x Recordemos o caso mais simples de um VLVWHPD de duas HTXDo}HVOLQHDUHV nas duas LQFyJQLWDV [ e \. &DStWXOR±6LVWHPDVGH(TXDo}HV/LQHDUHV1 &DStWXOR±6LVWHPDVGH(TXDo}HV/LQHDUHV Å 1Ro}HV *HUDLV Recordemos o caso mais simples de um VLVWHPD de duas HTXDo}HVOLQHDUHV nas duas LQFyJQLWDV [ e \. [\ [\ É fácil verificar

Leia mais

UFPB PRG X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA

UFPB PRG X ENCONTRO DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA 4CCENDMMT03 ABELHA: GEOMETRIA DOS ALVÉOLOS Thiago Pereira Rique (1), Jorge Costa Duarte Filho (3) Centro de Ciências Exatas e da Natureza/Departamento de Matemática/Monitoria Resumo Este trabalho tem por

Leia mais

9. Derivadas de ordem superior

9. Derivadas de ordem superior 9. Derivadas de ordem superior Se uma função f for derivável, então f é chamada a derivada primeira de f (ou de ordem 1). Se a derivada de f eistir, então ela será chamada derivada segunda de f (ou de

Leia mais

Imagem e Gráficos. vetorial ou raster?

Imagem e Gráficos. vetorial ou raster? http://computacaografica.ic.uff.br/conteudocap1.html Imagem e Gráficos vetorial ou raster? UFF Computação Visual tem pelo menos 3 grades divisões: CG ou SI, AI e OI Diferença entre as áreas relacionadas

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA

UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA CURSO BIETÁPICO EM ENGENHARIA CIVIL º ciclo Regime Diurno/Nocturno Disciplina de COMPLEMENTOS DE MATEMÁTICA Ano lectivo de 7/8 - º Semestre Etremos

Leia mais

Paulo J. S. Gil. Cadeira de Satélites, Lic. Eng. Aeroespacial

Paulo J. S. Gil. Cadeira de Satélites, Lic. Eng. Aeroespacial Mecânica de Partículas (Revisão) Paulo J. S. Gil Departamento de Engenharia Mecânica, Secção de Mecânica Aeroespacial Instituto Superior Técnico Cadeira de Satélites, Lic. Eng. Aeroespacial Paulo J. S.

Leia mais

Capítulo 2. Funções complexas. 2.1. Introdução

Capítulo 2. Funções complexas. 2.1. Introdução Capítulo Funções complexas 1 Introdução Neste capítulo consideram-se vários exemplos de funções complexas e ilustram-se formas de representação geométrica destas funções que contribuem para a apreensão

Leia mais

4. Curvas planas. T = κn, N = κt, B = 0.

4. Curvas planas. T = κn, N = κt, B = 0. 4. CURVAS PLANAS 35 4. Curvas planas Nesta secção veremos que no caso planar é possível refinar a definição de curvatura, de modo a dar-lhe uma interpretação geométrica interessante. Provaremos ainda o

Leia mais

6 SINGULARIDADES E RESÍDUOS

6 SINGULARIDADES E RESÍDUOS 6 SINGULARIDADES E RESÍDUOS Quando uma função f (z) não é diferenciável num complexo z 0 ; diremos que z 0 é uma singularidade de f (z) ; z 0 dir-se-á uma singularidade isolada de f (z) se, contudo, f

Leia mais

(Testes intermédios e exames 2005/2006)

(Testes intermédios e exames 2005/2006) 158. Indique o conjunto dos números reais que são soluções da inequação log 3 (1 ) 1 (A) [,1[ (B) [ 1,[ (C) ], ] (D) [, [ 159. Na figura abaio estão representadas, em referencial o. n. Oy: parte do gráfico

Leia mais

Retas e Planos. Equação Paramétrica da Reta no Espaço

Retas e Planos. Equação Paramétrica da Reta no Espaço Retas e lanos Equações de Retas Equação aramétrica da Reta no Espaço Considere o espaço ambiente como o espaço tridimensional Um vetor v = (a, b, c) determina uma direção no espaço Dado um ponto 0 = (x

Leia mais

Teorema de Taylor. Prof. Doherty Andrade. 1 Fórmula de Taylor com Resto de Lagrange. 2 Exemplos 2. 3 Exercícios 3. 4 A Fórmula de Taylor 4

Teorema de Taylor. Prof. Doherty Andrade. 1 Fórmula de Taylor com Resto de Lagrange. 2 Exemplos 2. 3 Exercícios 3. 4 A Fórmula de Taylor 4 Teorema de Taylor Prof. Doherty Andrade Sumário 1 Fórmula de Taylor com Resto de Lagrange 1 2 Exemplos 2 3 Exercícios 3 4 A Fórmula de Taylor 4 5 Observação 5 1 Fórmula de Taylor com Resto de Lagrange

Leia mais

Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 ō Semestre 2015/2016

Análise Complexa e Equações Diferenciais 1 ō Semestre 2015/2016 Análise Complexa e Equações Diferenciais ō Semestre 205/206 ō Teste, versão A (Cursos: LEIC-A, MEAmbi, MEBiol, MEQ). Considere a função u : R 2 R dada por onde a e b são duas constantes reais. 09 de Abril

Leia mais

2) A área da parte mostarda dos 100 padrões é 6. 9. 2. 3) A área total bordada com a cor mostarda é (5400 + 3700) cm 2 = 9100 cm 2

2) A área da parte mostarda dos 100 padrões é 6. 9. 2. 3) A área total bordada com a cor mostarda é (5400 + 3700) cm 2 = 9100 cm 2 MATEMÁTICA 1 Um tapete deve ser bordado sobre uma tela de m por m, com as cores marrom, mostarda, verde e laranja, da seguinte forma: o padrão quadrado de 18 cm por 18 cm, mostrado abaio, será repetido

Leia mais

PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO

PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO (Tóp. Teto Complementar) PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO 1 PROBLEMAS DE OTIMIZAÇÃO Este teto estuda um grupo de problemas, conhecido como problemas de otimização, em tais problemas, quando possuem soluções, é

Leia mais

MATEMÁTICA GEOMETRIA ANALÍTICA I PROF. Diomedes. E2) Sabendo que a distância entre os pontos A e B é igual a 6, calcule a abscissa m do ponto B.

MATEMÁTICA GEOMETRIA ANALÍTICA I PROF. Diomedes. E2) Sabendo que a distância entre os pontos A e B é igual a 6, calcule a abscissa m do ponto B. I- CONCEITOS INICIAIS - Distância entre dois pontos na reta E) Sabendo que a distância entre os pontos A e B é igual a 6, calcule a abscissa m do ponto B. d(a,b) = b a E: Dados os pontos A e B de coordenadas

Leia mais

x d z θ i Figura 2.1: Geometria das placas paralelas (Vista Superior).

x d z θ i Figura 2.1: Geometria das placas paralelas (Vista Superior). 2 Lentes Metálicas Este capítulo destina-se a apresentar os princípios básicos de funcionamento e dimensionamento de lentes metálicas. Apresenta, ainda, comparações com as lentes dielétricas, cujas técnicas

Leia mais

ponto P terá as projecções P 1 e P 2. E o eixo X passa para X. Vamos ver o que acontece no plano do

ponto P terá as projecções P 1 e P 2. E o eixo X passa para X. Vamos ver o que acontece no plano do Mudança de planos 1- Introdução As projecções de uma figura só representam as suas verdadeiras grandezas se essa figura está contida num plano paralelo aos planos de projecção. Caso contrário as projecções

Leia mais

1.5 O oscilador harmónico unidimensional

1.5 O oscilador harmónico unidimensional 1.5 O oscilador harmónico unidimensional A energia potencial do oscilador harmónico é da forma U = 2 2, (1.29) onde é a constante de elasticidade e a deformação da mola. Substituindo (1.29) em (1.24) obtemos

Leia mais

Matemática A. Versão 2. Na sua folha de respostas, indique de forma legível a versão do teste. Teste Intermédio de Matemática A.

Matemática A. Versão 2. Na sua folha de respostas, indique de forma legível a versão do teste. Teste Intermédio de Matemática A. Teste Intermédio de Matemática Versão 2 Teste Intermédio Matemática Versão 2 Duração do Teste: 90 minutos 06.05.2011 10.º no de Escolaridade Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março Na sua folha de respostas,

Leia mais

4.1 MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL COM FORÇAS CONSTANTES

4.1 MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL COM FORÇAS CONSTANTES CAPÍTULO 4 67 4. MOVIMENTO UNIDIMENSIONAL COM FORÇAS CONSTANTES Consideremos um bloco em contato com uma superfície horizontal, conforme mostra a figura 4.. Vamos determinar o trabalho efetuado por uma

Leia mais

ficha 3 espaços lineares

ficha 3 espaços lineares Exercícios de Álgebra Linear ficha 3 espaços lineares Exercícios coligidos por Jorge Almeida e Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico 2 o semestre 2011/12 3 Notação Sendo

Leia mais

Análise de Regressão Linear Simples e Múltipla

Análise de Regressão Linear Simples e Múltipla Análise de Regressão Linear Simples e Múltipla Carla Henriques Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu Carla Henriques (DepMAT ESTV) Análise de Regres. Linear Simples e Múltipla

Leia mais

Exercícios 1. Determinar x de modo que a matriz

Exercícios 1. Determinar x de modo que a matriz setor 08 080509 080509-SP Aula 35 MATRIZ INVERSA Uma matriz quadrada A de ordem n diz-se invertível, ou não singular, se, e somente se, existir uma matriz que indicamos por A, tal que: A A = A A = I n

Leia mais

36ª Olimpíada Brasileira de Matemática GABARITO Segunda Fase

36ª Olimpíada Brasileira de Matemática GABARITO Segunda Fase 36ª Olimpíada Brasileira de Matemática GABARITO Segunda Fase Soluções Nível 1 Segunda Fase Parte A CRITÉRIO DE CORREÇÃO: PARTE A Na parte A serão atribuídos 5 pontos para cada resposta correta e a pontuação

Leia mais

Faculdade Sagrada Família

Faculdade Sagrada Família AULA 12 - AJUSTAMENTO DE CURVAS E O MÉTODO DOS MÍNIMOS QUADRADOS Ajustamento de Curvas Sempre que desejamos estudar determinada variável em função de outra, fazemos uma análise de regressão. Podemos dizer

Leia mais

Vibrações Mecânicas. Vibração Livre Sistemas com 1 GL. Ramiro Brito Willmersdorf ramiro@willmersdorf.net

Vibrações Mecânicas. Vibração Livre Sistemas com 1 GL. Ramiro Brito Willmersdorf ramiro@willmersdorf.net Vibrações Mecânicas Vibração Livre Sistemas com 1 GL Ramiro Brito Willmersdorf ramiro@willmersdorf.net Departamento de Engenharia Mecânica Universidade Federal de Pernambuco 2015.1 Introdução Modelo 1

Leia mais

Problemas de Valor Inicial para Equações Diferenciais Ordinárias

Problemas de Valor Inicial para Equações Diferenciais Ordinárias Problemas de Valor Inicial para Equações Diferenciais Ordinárias Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança Matemática Aplicada - Mestrados

Leia mais

Análise e Processamento de Bio-Sinais. Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica. Sinais e Sistemas. Licenciatura em Engenharia Física

Análise e Processamento de Bio-Sinais. Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica. Sinais e Sistemas. Licenciatura em Engenharia Física Análise e Processamento de Bio-Sinais Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica Licenciatura em Engenharia Física Faculdade de Ciências e Tecnologia Slide Slide 1 1 Tópicos: Representação de Sinais por

Leia mais

1.1 Domínios e Regiões

1.1 Domínios e Regiões 1.1 Domínios e Regiões 1.1A Esboce a região R do plano R 2 dada abaixo e determine sua fronteira. Classi que R em: aberto (A), fechado (F), limitado (L), compacto (K), ou conexo (C). (a) R = (x; y) 2 R

Leia mais

Exercícios Adicionais

Exercícios Adicionais Exercícios Adicionais Observação: Estes exercícios são um complemento àqueles apresentados no livro. Eles foram elaborados com o objetivo de oferecer aos alunos exercícios de cunho mais teórico. Nós recomendamos

Leia mais

Sistema de equações lineares

Sistema de equações lineares Sistema de equações lineares Sistema de m equações lineares em n incógnitas sobre um corpo ( S) a x + a x + + a x = b a x + a x + + a x = b a x + a x + + a x = b 11 1 12 2 1n n 1 21 1 22 2 2n n 2 m1 1

Leia mais

MATEMÁTICA PROVA DO VESTIBULAR ESAMC-2003-2 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIO DA PROFA. MARIA ANTÔNIA GOUVEIA. 26. A expressão numérica ( ) RESOLUÇÃO:

MATEMÁTICA PROVA DO VESTIBULAR ESAMC-2003-2 RESOLUÇÃO E COMENTÁRIO DA PROFA. MARIA ANTÔNIA GOUVEIA. 26. A expressão numérica ( ) RESOLUÇÃO: PROVA DO VESTIULAR ESAMC-003- RESOLUÇÃO E COMENTÁRIO DA PROFA. MARIA ANTÔNIA GOUVEIA MATEMÁTICA 3 3 3 6. A epressão numérica ( ) 3.( ).( ).( ) equivale a: A) 9 ) - 9 C) D) - E) 6 3 3 3 3 ( ).( ).( ).(

Leia mais

Complementos de Cálculo Diferencial

Complementos de Cálculo Diferencial MTDI I - 7/8 - Comlementos de Cálculo Diferencial 34 Comlementos de Cálculo Diferencial A noção de derivada foi introduzida no ensino secundário. Neste caítulo retende-se relembrar algumas de nições e

Leia mais

Conceito de Tensão. Índice

Conceito de Tensão. Índice Conceito de Tensão Índice Breve Revisão dos Métodos da Estática 1 Tensões em Elementos Estruturais 2 nálise e Dimensionamento 3 Esforço xial; Tensão Normal 4 rincípio de Saint-Venant 5 Tensão Tangencial

Leia mais

Aula 29. Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil

Aula 29. Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil A integral de Riemann - Mais aplicações Aula 29 Alexandre Nolasco de Carvalho Universidade de São Paulo São Carlos SP, Brazil 20 de Maio de 2014 Primeiro Semestre de 2014 Turma 2014106 - Engenharia Mecânica

Leia mais

Torção Deformação por torção de um eixo circular

Torção Deformação por torção de um eixo circular Torção Deformação por torção de um eixo irular Torque é um momento que tende a torer um elemento em torno de seu eixo longitudinal. Se o ângulo de rotação for pequeno, o omprimento e o raio do eixo permaneerão

Leia mais

Mudança de Coordenadas

Mudança de Coordenadas Mudança de Coordenadas Reginaldo J. Santos Departamento de Matemática-ICE Universidade Federal de Minas Gerais http://www.mat.ufmg.br/~regi regi@mat.ufmg.br 13 de deembro de 2001 1 Rotação e Translação

Leia mais

Equações Diferenciais Ordinárias

Equações Diferenciais Ordinárias Capítulo 8 Equações Diferenciais Ordinárias Vários modelos utilizados nas ciências naturais e exatas envolvem equações diferenciais. Essas equações descrevem a relação entre uma função, o seu argumento

Leia mais

Distribuição de probabilidades

Distribuição de probabilidades Luiz Carlos Terra Para que você possa compreender a parte da estatística que trata de estimação de valores, é necessário que tenha uma boa noção sobre o conceito de distribuição de probabilidades e curva

Leia mais

Só Matemática O seu portal matemático http://www.somatematica.com.br FUNÇÕES

Só Matemática O seu portal matemático http://www.somatematica.com.br FUNÇÕES FUNÇÕES O conceito de função é um dos mais importantes em toda a matemática. O conceito básico de função é o seguinte: toda vez que temos dois conjuntos e algum tipo de associação entre eles, que faça

Leia mais

2ª fase. 19 de Julho de 2010

2ª fase. 19 de Julho de 2010 Proposta de resolução da Prova de Matemática A (código 635) ª fase 19 de Julho de 010 Grupo I 1. Como só existem bolas de dois tipos na caixa e a probabilidade de sair bola azul é 1, existem tantas bolas

Leia mais

Este procedimento gera contribuições não só a φ 2 e φ 4, mas também a ordens superiores. O termo por exemplo:

Este procedimento gera contribuições não só a φ 2 e φ 4, mas também a ordens superiores. O termo por exemplo: Teoria Quântica de Campos II 168 Este procedimento gera contribuições não só a φ 2 e φ 4, mas também a ordens superiores. O termo por exemplo: Obtemos acoplamentos com derivadas também. Para o diagrama

Leia mais

Máximos, mínimos e pontos de sela Multiplicadores de Lagrange

Máximos, mínimos e pontos de sela Multiplicadores de Lagrange Máximos, mínimos e pontos de sela Multiplicadores de Lagrange Anderson Luiz B. de Souza Livro texto - Capítulo 14 - Seção 14.7 Encontrando extremos absolutos Determine o máximo e mínimo absolutos das funções

Leia mais

XXVI Olimpíada de Matemática da Unicamp. Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica Universidade Estadual de Campinas

XXVI Olimpíada de Matemática da Unicamp. Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica Universidade Estadual de Campinas Gabarito da Prova da Primeira Fase 15 de Maio de 010 1 Questão 1 Um tanque de combustível, cuja capacidade é de 000 litros, tinha 600 litros de uma mistura homogênea formada por 5 % de álcool e 75 % de

Leia mais

ENERGIA CINÉTICA E TRABALHO

ENERGIA CINÉTICA E TRABALHO ENERGIA CINÉTICA E TRABALHO O que é energia? O termo energia é tão amplo que é diícil pensar numa deinição concisa. Teoricamente, a energia é uma grandeza escalar associada ao estado de um ou mais objetos;

Leia mais

9 é MATEMÁTICA. 26. O algarismo das unidades de (A) 0. (B) 1. (C) 3. (D) 6. (E) 9.

9 é MATEMÁTICA. 26. O algarismo das unidades de (A) 0. (B) 1. (C) 3. (D) 6. (E) 9. MATEMÁTICA 6. O algarismo das unidades de (A) 0. (B) 1. (C) 3. (D) 6. (E) 9. 10 9 é 7. A atmosfera terrestre contém 1.900 quilômetros cúbicos de água. Esse valor corresponde, em litros, a (A) (B) (C) (D)

Leia mais

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocaba.unesp.

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocaba.unesp. Álgebra Linear AL Luiza Amalia Pinto Cantão Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocaba.unesp.br Transformações Lineares 1 Definição e Exemplos 2 Núcleo e Imagem

Leia mais

QUESTÃO 16 Na figura, temos os gráficos das funções f e g, de em. O valor de gof(4) + fog(1) é:

QUESTÃO 16 Na figura, temos os gráficos das funções f e g, de em. O valor de gof(4) + fog(1) é: Nome: N.º: endereço: data: Telefone: E-mail: Colégio PARA QUEM CURSA A ạ SÉRIE DO ENSINO MÉDIO EM 4 Disciplina: MaTeMÁTiCa Prova: desafio nota: QUESTÃO 6 Na figura, temos os gráficos das funções f e g,

Leia mais

A otimização é o processo de

A otimização é o processo de A otimização é o processo de encontrar a melhor solução (ou solução ótima) para um problema. Eiste um conjunto particular de problemas nos quais é decisivo a aplicação de um procedimento de otimização.

Leia mais

36 a Olimpíada Brasileira de Matemática Nível Universitário Primeira Fase

36 a Olimpíada Brasileira de Matemática Nível Universitário Primeira Fase 36 a Olimpíada Brasileira de Matemática Nível Universitário Primeira Fase Problema 1 Turbo, o caracol, está participando de uma corrida Nos últimos 1000 mm, Turbo, que está a 1 mm por hora, se motiva e

Leia mais

Não é permitido o uso de corrector. Em caso de engano, deve riscar, de forma inequívoca, aquilo que pretende que não seja classificado.

Não é permitido o uso de corrector. Em caso de engano, deve riscar, de forma inequívoca, aquilo que pretende que não seja classificado. Teste Intermédio de Matemática B 2010 Teste Intermédio Matemática B Duração do Teste: 90 minutos 13.04.2010 10.º Ano de Escolaridade Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março Utilize apenas caneta ou esferográfica

Leia mais

6. Erosão. Início do transporte sólido por arrastamento

6. Erosão. Início do transporte sólido por arrastamento 6. Erosão. Início do transporte sólido por arrastamento 6.1. Introdução A erosão consiste na remoção do material do leito pelas forças de arrastamento que o escoamento provoca. O oposto designa-se por

Leia mais