ARTE EM FORMA DE EXPRESSÃO: NOVA FAMÍLIA

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1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC CURSO DE ARTES VISUAIS CAMILE MELO BARBOSA ARTE EM FORMA DE EXPRESSÃO: NOVA FAMÍLIA CRICIÚMA, JULHO DE 2009

2 CAMILE MELO BARBOSA ARTE EM FORMA DE EXPRESSÃO: NOVA FAMÍLIA Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do grau de licenciada no curso de Artes Visuais da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC. Orientador(a): Prof. (ª) MSc. Mírian Jane Medeiros Plácido CRICIÚMA, JULHO DE 2009

3 2 CAMILE MELO BARBOSA ARTE EM FORMA DE EXPRESSÃO: NOVA FAMÍLIA Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Licenciada no Curso de Artes Visuais da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, com Linha de Pesquisa em Criciúma, 02 de julho de BANCA EXAMINADORA Prof. (ª) MSc. Mírian Jane Medeiros Plácido - UNESC - Orientador Prof.(ª) MSc. Maria Helena da Silva Meller - UNESC Prof.(ª). Maria Marlene Justi Milanez Especialista UNESC

4 3 Dedico este TCC, a todas as pessoas que acreditaram em mim, em especial, a meus filhos Ricardinho e Eduarda, por existirem, fazendo minha vida ter sentido, mamãe ama vocês mais que tudo, ao meu marido Ricardo a quem amo muito, fiel companheiro de jornada, a quem atribuo créditos por boa parte de minha evolução, tanto material quanto espiritual. Ao meu Avô Epaminondas (in memória), cujo um de seus grandes sonhos era me ver formada, esta é a segunda Vô, para você, eu consegui. Amo todos vocês, obrigado.

5 4 AGRADECIMENTOS A Deus, por me abrir caminhos, e proporcionar esta evolução, me conduzindo a todos os momentos de minha vida. A minha família, onde encontro aconchego e amor, em especial meus filhos Ricardinho e Dudu e meu marido Ricardo. A orientadora e professora Mirian, pessoa benevolente, que em sua grandeza de conhecimentos me conduziu com uma maestria por este caminho difícil, tendo paciência e sabedoria nos momentos mais críticos. A Bá e o Vini, grandes inspiradores de meu TCC, obrigado, amo vocês.

6 5 Em todas as suas manifestações, a arte é uma expressão do sentir humano transformado em símbolos, não convencionais, que necessariamente não precisarão levar o observador a significados conceituais, pois antes de mais nada, a arte deve ser sentida e não pensada. Autor: Desconhecido.

7 6 RESUMO Com as mudanças cada vez, mais rápidas e constantes no âmbito familiar, sobretudo no que diz respeito à mulher que antes era o alicerce da família e hoje em igualdade com os homens compete vagas de trabalhos cada vez mais exigentes, tanto o homem quanto a mulher dispõe de cada vez menos tempo, paciência e tolerância, para dedicar à formação de uma família, ainda menos para a formação de uma prole. Com isto as famílias tradicionais, tomam novos rumos, estes afetando direta ou indiretamente em suas proles, reflexos os quais aparecem nas produções em forma de desenhos das crianças. Esta pesquisa tem como objetivo verificar os impactos que a nova família tem sobre a criança e de que forma, a criança coloca isto através do desenho. Apresenta-se e analisa-se doze desenhos entre leituras e releituras feitas por crianças de idade media de 5 a 7 anos, as quais tinham o tema família. Foram realizadas entrevistas semi-estruturada, feitas com profissionais e pais ligados a esta realidade. Estas leituras dos elementos de significações e de produção de sentidos baseia-se nas referências que visam a identificação de aspectos gerais da representação visual nos desenhos das crianças que representam suas famílias ou novas famílias.. Palavras-chave: Criança, arte, sentimento, nova família

8 7 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 Tarsila do Amaral, A Família...26 Figura 2 Velázquez, A Família de Felipe IV...27 Figura 3 Cândido Portinari, Retirantes...28 Figura 4 Da autora. Aluna M.L., Desenho com o tema: Família, Figura 5 Da autora. Aluna A.D. Desenho com o tema: Família, Figura 6 Da autora. Aluna N. Desenho com o tema: Família, Figura 7 Da autora. Aluna M. Desenho com o tema: Família, Figura 8 Da autora. Aluno R. Desenho com o tema: Família, Figura 9 Da autora. Aluno J. Desenho com o tema: Família, Figura 10 Da autora. Aluno M.S. Desenho com o tema: Família, Releitura, Figura 11 Da autora. Aluna D.G. Desenho com o tema: Família, Figura 12 Da autora. Aluna C. Desenho com o tema: Família, Figura 13 Da autora. Aluna L. Desenho com o tema: Família Releitura, Figura 14 Da autora. Aluno J. Desenho com o tema: Família, Figura 15 Da autora. Aluno J. Desenho com o tema: Família, Figura 16 Da autora. Aluna envolvido em sua produção...45 Figura 17 Da autora. Aluno envolvido em sua produção...45 Figura 18 Da autora. Desenhos expostos para a leitura...45 Figura 19 Da autora. Desenhos expostos para a leitura...45 Figura 20 Da autora. Aluno envolvido em sua produção...45 Figura 21 Da autora. Aluna envolvido em sua produção...45 Figura 22 Da autora. Aluno envolvido em sua produção...46 Figura 23 Da autora. Aluno envolvido em sua produção...46 Figura 24 Da autora. Aluno envolvido em sua produção...46 Figura 25 Da autora. Aluna envolvido em sua produção...46 Figura 26 Da autora. Aluno envolvido em sua produção...46 Figura 27 Da autora. Aluno envolvido em sua produção...46

9 8 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO FAMÍLIA: PRIMEIRA FORMAÇÃO SOCIAL Nova familía CRIANÇA INDIVIDUO História através do tempo A ARTE E A CRIANÇA O desenho e a criança METODOLOGIA APRESENTAÇÃO E ANALISE DE DADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS...43 REFERÊNCIAS...45 APÊNDICE...48 ANEXO...55

10 9 1 INTRODUÇÃO A primeira formação social de uma pessoa é a família. A partir da hora que esta formação a qual se tem a base inicial da personalidade edificada é dissolvida, se não tomado os cuidados necessários este individuo pode perder suas referencias perdendo sua estabilidade e sua estrutura. O que desejamos para as nossas crianças é uma infância sadia e sem traumas, para que se tornem adultos bem resolvidos e em harmonia. Mas nem tudo é perfeito, e quando acontecer desta criança entrar em desarmonia, sua identificação pode se dar por intermédio da arte em forma de produções como o desenho, depois de ter sido tanto tempo desconsiderada, ou mal compreendida, a criança e seu desenho passam a ter grande importância no que se refere à expressão do lado intelectual e emocional do ser humano. Por intermédio desta produção procuramos identificar problemas relacionados ao tema família ou a nova família, esta última conseqüência de uma evolução de uma sociedade mais focada no desenvolvimento profissional e da procura incessante da felicidade. Esta pesquisa visa verificar os impactos que a nova família tem sobre a criança e de que forma, a criança coloca isto através do desenho. Relacionar teorias acerca do desenho e da nova família. O enfoque deste estudo é a representação do desenho de uma criança e de que forma podemos identificar através dele sua realidade familiar. A analise compreende verificar como se da esta representação na prática, ao fazer as crianças produzirem leituras e releituras, com o tema da nova família, e ao entrevistar pessoas que fazem parte da vida destas crianças. A pesquisa divide-se formalmente em quatro capítulos são eles: No capitulo I a introdução, no capitulo II, Família: Primeira Formação Social, sendo que este capitulo apresenta o conceito de família e sua evolução até a nova família, conseqüências, efeitos, implicações, e resultados desta evolução tão rápida e muitas vezes inconseqüente no que se refere à criança. No terceiro capitulo, chamado, Criança - Individuo temos o conceito atual da criança e sua historia através do tempo, a forma que esta inserida perante a lei e a sociedade, e como lhe é apresentada a nova família. No quarto capitulo, A Arte e a Criança, aborda-se a criança e seu desenho, é neste momento, que é especificado a relação da criança com a sua produção a

11 10 forma que ela coloca seus sentimentos seus signos, e de que forma podemos identificar, seus anseios e sinais, mais especificamente referentes à nova família, como se da as rupturas e novas formações familiares, ao passar as informações para o papel em forma de desenho. A metodologia utilizada está presente no quinto capítulo, sendo que a apresentação dos dados e a análise encontram-se no sexto capitulo e por fim as considerações finais que acreditamos não finalizar a pesquisa, mas sim, que contribuam para suscitar discussões e reflexões a respeito do desenho está no sétimo capitulo.

12 11 2 FAMÍLIA : PRIMEIRA FORMAÇÃO SOCIAL Nova família. A família é a primeira formação social de um ser humano, é ela que dá a base em vários segmentos. Segundo Barreto, (1997 p.25) aos olhos da justiça. Família em um primeiro conceito é a instituição jurídica social resultante das justas núpcias, contraídas por duas pessoas de sexo diferente. Abrangem necessariamente os cônjuges, mas para a sua configuração, não é essencial a existência de prole. Após as núpcias, o casal passa a estar oficialmente casado, perante a sociedade passa a ter três vínculos, muito importante na formação de uma criança e de seu convívio familiar. Estes vínculos são; o vínculo conjugal, que une os cônjuges; o vínculo de parentesco, que une os integrantes da sociedade, descendendo um do outro, o que estão ligados no mesmo tronco; e o vinculo de afinidade, estabelecido entre um cônjuge e os parentes do outro. Do ponto de vista social, nos centros urbanos, a tendência é da família nuclear, cônjuges, mais um ou dois filhos. Este é o perfil traçado pela sociedade, onde a falta de tempo dispensa do na criação dos filhos antes atribuídos a mulher se tornou inacessível, pois nos tempos contemporâneos, filhos durante o casamento passaram de essências e obrigatórios para caprichos e luxos. Com a inclusão da mulher no mercado de trabalho e sua independência cada vez maior, a vida familiar começou a tomar uma variedade de novos rumos. Tanto a mulher quanto o homem estão cada vez mais colocando a vida profissional em primeiro lugar, sendo que o mundo está cada vez mais competitivo e forçando a mulher, que antes era o pilar do lar, agora tendo que trabalhar, estudar, e se aperfeiçoar, em uma velocidade vertiginosa, para um mercado de trabalho estreito, exigente e saturado. Isto acontece não apenas com as mulheres, mas também com os homens, tornando bem mais difícil a existência de famílias numerosas como era antigamente, agora as famílias são em sua grande maioria nucleares com um ou dois filhos, ou até em muitos casos a inexistência da prole.

13 12 Se antes as grandes proles se tornavam até necessárias para o cultivo das terras e cuidados no campo em áreas rurais, hoje em áreas urbanas, ter filhos se tornou caro e requer muitos cuidados, o tempo também diminuiu, os pais estão cada vez mais ocupados e com pouco tempo ou quase nenhum para criação dos filhos. Com a nova situação da família, as leis também se adaptaram, dando situação de igualdade em direitos e deveres a todos os tipos de filhos legítimos, legitimados, naturais, adulterinos ou incestuosos. Há só filhos, em tudo e por tudo equalizados. A situação do cônjuge também é de igualdade em direitos e deveres, cabe aos pais o dever de assistir, criar e educar os filhos menores. Pode-se observar esse fato no art caput, da constituição de È dever da família, da sociedade e do estado assegurar a criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito á vida, a alimentação, á educação ao lazer, á profissionalização, á cultura, á dignidade, ao respeito, á liberdade e á convivência familiar e comunitária, alem coloca-los a salvo de toda a forma de descriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. O quadro de intensas modificações ocorridas nas últimas décadas no âmbito familiar revela, inegável transformação da estrutura familiar. Os casamentos começam e terminam em grandes velocidades, a lei do concubinato, onde a convivência é o que conta, os parceiros homossexuais, as famílias onde há apenas mãe, as famílias que apenas tem pai, e as famílias que separadas se unem a outras famílias separadas e dão inicio a uma nova família, com tudo isto onde fica a criança? O fruto desta união entra na confusão, no meio de um furacão emocional de tempestades de conflitos, a criança é a principal atingida em separações precoces e inconseqüentes, onde havia uma segurança uma estabilidade, sem mais nem menos, há uma ruptura, e uma nova situação, e se esta nova situação não der certo, mudara novamente e novamente e assim até que este encontre sua realização e seu bem estar pessoal. Egoísta, egocentrismo, em relação à criança é bem provável que sim, mas se falarmos de felicidade, amor próprio e realização pessoal, não será pois a maior procura do homem historicamente, a busca pela felicidade, viver em um casamento infeliz, torna não só os cônjuges infelizes mas também todos os envolvidos nesta família, e ai sim a separação seria para a criança benéfica.

14 13 O grande problema é que em tempos modernos e contemporâneos a separação é uma coisa corriqueira, não há mais tolerância em um casamento e a família se faz e desfaz com uma facilidade impressionante e sem limites. Segundo Andrée Michel socióloga, no livro A Nova Família: Problemas e perspectivas, O modelo que prevalece na cultura atual é o da concepção que a socióloga, chamou de eudemonista. Ou seja, cada um procura na família a sua própria realização, seu próprio bem estar. A criança nascida da nova família requer uma atenção especial de pais, familiares e de todos que a rodeiam, é nesta época que se criam traumas muitas vezes irreversíveis, é muita informação e sentimentos envolvidos, rompimentos e novas adaptações entre tudo isso ela é a que mais senti. Em alguns casos a criança deixa transparecer em outros guarda para si e torna-se um adulto frustrado, infeliz e inseguro que passa a desacreditar na instituição família. Desta maneira, muitas vezes, a criança sem escolha sai de uma posição confortável e estável para uma situação que a seu ver é estranha de risco. Temos também que ressaltar as qualidades da nova família, hoje ao contrário do que foi no passado, á família expressa, por assim dizer, um espaço em que cada um busca a realização de si mesmo, através do outro ou dos outros, e não mais uma estrutura em que indivíduos estão submetidos a fins do entorno social que os envolvia, particularmente o estado e a igreja. Os laços entre pais e filhos se apertaram, tornando-os mais companheiros e camaradas, com isto a autoridade dos pais com filhos se torna mais á vontade, até onde isto será benéfico ou não só o tempo dirá as crianças de hoje serão os pais de amanhã e farão suas novas famílias.

15 14 3 _ CRIANÇA - INDIVIDUO. 3.1_ Historia através do tempo. Uma criança é um ser humano no início de seu desenvolvimento. São chamadas recém-nascidas do nascimento até um mês de idade; bebê, entre o segundo e o décimo-oitavo mês, e criança quando têm entre dezoito meses até doze anos de idade. (site) O período que vai desde o nascimento até aproximadamente o décimoprimeiro ano de vida de uma pessoa é denominado como infância. Sendo este um período de grande desenvolvimento físico, marcado pelo gradual crescimento da altura e do peso da criança - especialmente nos primeiros três anos de vida e durante a puberdade. Mais do que isto, é ainda um período onde o ser humano desenvolve-se psicologicamente, envolvendo graduais mudanças no comportamento da pessoa e na adquisição das bases de sua personalidade. Este foi o conceito que escolhi para definir criança e infância, nos tempos modernos e contemporânios. Sendo que este não era o conceito de uma criança nos primeiro tempos Áries (1981) nos passa que, durante muito tempo a criança era de responsabilidade da mãe era ela que cabia tarefas como alfabetizar e introduzir na religião, o período da infância era considerado um momento de transição sem muita personalidade e importância. Na antiguidade as crianças ao lado das mulheres e dos negros eram consideradas inferiores. Até os sete anos as crianças eram consideradas indivíduos neutros, e assim a criança passava sua primeira infância ao lado da mãe e sem grandes atenções. A partir do sete anos, ai sim a criança passava a ter importância e entrava para o mundo dos adultos, e com a mesma idade ingressava na escola, era nesta época que desprendia da mãe e estudava muitas vezes muito longe de casa, segundo Áries (1981, p.114), isto acontecia nesta idade por ser considerado o momento em que a criança começa a se cuidar sozinha e era nesta idade também que a criança passava a frequentar a sociedade acompanhada de seus pais, vestidos como pequenos adultos, deixando de ser criança e sendo preparado para futuramente tomar lugar dos pais, herdando o financeiro e a posição social da família.

16 15 Com o tempo a família foi passando por transformações e o seu modo de ver as crianças também, laços afetivos mais estreitos, novos padrões hierárquicos familiares, e novíssimas formações familiares, em nossos tempos crianças por mais tempo, porém tem que lidar com situações de mudanças continuas tendo sua estabilidades emocional ameaçada. Por outro lado à criança é vista como um ser social, com historia e cultura própria. De acordo com Muniz (1999, p. 243 ). Falar em uma natureza infantil significa considerar a criança como o ser social que ela é, sujeito a sua historia e também produtora de cultura. Não podemos esquecer que a criança é um ser humano em desenvolvimento, está construindo as estruturas de sua personalidade, e que precisamos tomar cuidados e polpa-los de traumas desnecessários para, mais tarde, não haver lacunas em seus sentimentos que possa se refletir em doenças corporais, mentais ou até de alma. O primeiro principio necessário como base teórica a quem trabalha com criança que sofreram privações é que a doença não resulta da própria perda, mas da ocorrência da perda num estagio de desenvolvimento emocional em que a criança ou bebê ainda não são capazes de uma reação madura a ela. O ego imaturo não pode lamentar a perda, não pode sentir o luto. (D.W.WINNICOTT, ano p. 28) Hoje a responsabilidade de criar uma criança é imensa, existem várias leis que as protegem e que interferem diretamente em seu desenvolvimento, leis estas que garantem seus direitos e estabelecem seus deveres. A responsabilidade não se acaba quando, se decide terminar um casamento, a família deve continuar para uma criança, o pai continua sendo pai, e a mãe continua sendo mãe, e o filho continua sendo filho. Pesquisas de Barretto (1997, p.87), mostram que metade dos casais entre 24 e 34 anos viram a se divorciar, isto quer dizer 50% dos filhos destas famílias, irão provar o divórcio na primeira infância. Mas o que mais preocupa na separação é o desentendimento e a hostilidade entre os pais após o divórcio, este fato esta cada vez mais ligado a dificuldade de ajustamento das crianças no âmbito sociedade. Um dos fatos que mais acontece é o fato do pai se afastar, pois para a justiça a guarda está vinculada ao parente mais próximo de uma criança, no caso a mãe, salvo raras exceções, com isto muitos pais se sentem desvalorizados e se afastam não apenas da esposa, mas também da prole.

17 16 Tem que se ter em mente que a separação é do cônjuge e não dos filhos, pois este tem o seu direito assegurado para sempre de ter uma família seja sobre o mesmo teto ou não. Os filhos da dita nova família, não precisam de pai nem mãe juntos em conflito sobre o mesmo teto e sim de dois adultos responsáveis e em harmonia no que diz respeito a criação da criança, é desta harmonia que depende sua saúde física, emocional e mental. As crianças são concebidas da mesma forma no que diz respeito ao dado biológico, mas nem todas vivem a infância da mesma forma no que diz respeito a condições sociais, culturais, econômicas e emocionais. Prestemos atenção em nossas crianças de hoje, pelos seus vários sinais, pois elas serão os adultos de amanhã e varias delas formarão a suas famílias, ou seja, suas novas famílias.

18 17 4 A ARTE E A CRIANÇA 4.1 O desenho e a criança Antes eu desenhava como Rafael, mas precisei de toda uma existência para aprender a desenhar como as crianças. (Picasso) Neste capitulo abordo sobre a criança e a arte dada a sua importância nesta pesquisa. Segundo Rioux, (1951), o desenho das crianças durante muito tempo, foi de caráter sem importância, e só no final do século passado começou os primeiros estudos sobre a produção gráfica das crianças, estas fundamentadas nas concepções psicológicas e estéticas de então. As concepções de artes que se empenhavam nos primeiros estudos estavam baseadas em uma produção estética idealista e naturalista de representação da realidade. Sendo a habilidade técnica, um fator prioritário. Foram poucos os pesquisadores que se ocuparam dos aspectos estéticos dos desenhos infantis. No final do século passado alguns psicólogos descobrem a originalidade dos desenhos infantis e publicam as primeiras notas e observações sobre o tema, desta forma transpondo a barreira do grafismo descoberta feita por Jean Jacques Rousseau, sobre a maneira própria de ver e de pensar da criança. As concepções relativas à infância modificaram-se progressivamente. A descoberta de leis próprias da psique infantil, a demonstração da originalidade de seu desenvolvimento, levou a admitir a especificidade desse universo. Para a psicanálise e a psicologia infantil o desenho é uma importante forma de expressão do lado intelectual e emocional do ser humano, principalmente da criança. O desenho faz parte de um modo próprio da criança se expressar, uma linguagem que tem sintaxe e vocabulário pessoal. Ao deixar a sua marca nota-se que a criança faz uma relação muito próxima do desenho e a percepção pelo adulto, isto tudo ligado a uma satisfação da inscrição, o prazer de ser entendido. Muitas vezes o seu descontentamento traduz-se não por palavras, mas por atos : risca, rasga ou deita fora a folha de papel com o seu desenho. A criança sabe eliminar. Luquet,(1969, p.18)

19 18 Ainda de acordo com Luquet, 1969, p. 23) Contudo pode enunciar-se esta formula geral: o desenho é uma intima ligação do psíquico e do moral. A intenção de desenhar tal objeto não é senão o prolongamento e a manifestação da sua representação mental; o objeto representado é o que neste momento ocupava no espírito do desenhador um lugar exclusivo ou preponderante. Entende-se assim que, por trás de todo desenho da criança, existe uma ampliação e a manifestação da sua representação mental. Desta forma este texto tem a intenção de discorrer sobre a evolução do desenho infantil. A evolução do desenho infantil acontece gradativamente, cada fase tem seus objetivos gráficos e emocionais, os primeiros rabiscos são quase sempre efetuados sobre livros e folhas aparentemente estimados pelo adulto, possessão simbólica do universo adulto tão estimado pela criança pequena. Ao final do seu primeiro ano de vida, a criança já é capaz de manter ritmos regulares e produzir seus primeiros traços gráficos, fase conhecida como dos rabiscos ou garatujas. No inicio o prazer do desenho esta na realização do grafismo visual, mas conforme a criança vai crescendo o seu desenho vai evoluindo e progredindo no campo dos sentimentos e expressão. O desenho como possibilidade de brincar, como possibilidade de falar de registrar, marca como um importante ícone o desenvolvimento da infância, mas tem que se levar em conta que cada estágio, o desenho assume um caráter próprio. Estágios estes que definem maneiras de desenhar que são bastante peculiares em todas as crianças, mesmo levando em consideração as diferenças individuais de temperamento e sensibilidade. Esta maneira de desenhar própria de cada idade varia, muito pouco de cultura para cultura. Luquet (1969) distingue quatro estágios : 1- Realismo fortuito: começa por volta dos 2 anos e põe fim ao período chamado rabisco. A criança que começou por traçar signos sem desejo de representação descobre por acaso uma analogia com um objeto e passa a nomear seu desenho.

20 19 2- Realismo fracassado: Geralmente entre 3 e 4 anos tendo descoberto a identidade forma-objeto, a criança procura reproduzir esta forma. 3- Realismo intelectual: estendendo-se dos 4 aos anos, caracteriza-se pelo fato que a criança desenha do objeto não aquilo que vê, mas aquilo que sabe. Nesta fase ela mistura diversos pontos de vista ( perspectivas ). 4- Realismo visual: É geralmente por volta dos 12 anos, marcado pela descoberta da perspectiva e a submissa às suas leis, daí um empobrecimento, um enxugamento progressivo do grafismo que tende a se juntar as produções adultas. Como este trabalho tem como fundamento uma pesquisa baseada na interpretação do desenho infantil e sua forma de expressão, é importante que se leve em consideração à forma que Alguns psicólogos e pedagogos, sentem estas evoluções, recorrendo a uma linguagem mais coloquial, utilizam as seguintes referências para mostrar a evolução do desenho infantil: (site) Entre um e três anos. É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controlo motor, a criança ignora os limites do papel e mexe todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão. As primeiras garatujas são linhas longitudinais que, com o tempo, vão se tornando circulares e, por fim, se fecham em formas independentes, que ficam soltas na página. No final dessa fase, é possível que surjam os primeiros indícios de figuras humanas, como cabeças com olhos. Entre três e quatro anos. Já conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo. A criança também respeita melhor os limites do papel. Mas o grande salto é ser capaz de desenhar um ser humano reconhecível, com pernas, braços, pescoço e tronco. Entre quatro e cinco anos. É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, variando no uso das cores e buscando um certo realismo. As figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedece a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha. Aparece ainda a tendência para a antropomorfização, ou seja, a emprestar características humanas a

21 20 elementos da Natureza, como o famoso sol com olhos e boca. Esta tendência costuma prolongar-se até aos sete ou oito anos. Entre cinco e seis anos. Os desenhos baseiam-se sempre em roteiros com começo, meio e fim. As figuras humanas aparecem vestidas e a criança dá grande atenção a detalhes como as cores. Os temas variam e o facto de não terem nada a ver com a vida dela são um indício de desprendimento e capacidade de contar histórias sobre o mundo. Entre 7 e 8 anos. O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já transmitem uma impressão de profundidade e distância. Extremamente exigentes, muitas crianças deixam de desenhar se acharem que seus trabalhos não estão bonitos. E assim por meio do desenho, a criança cria e recria individualmente formas expressivas, integrando percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade, que podem então possam então ser apropriadas pelas leituras simbólicas de outras crianças e adultos. Logo compreender o processo do desenho com base nas idéias da criança sobre o sistema de representação é abordá-lo desde um outro ponto de vista, ou seja, o sujeito que simboliza, pensa, problematiza e cria soluções, buscando compreender o desenho como objeto de conhecimento. É pesquisar o processo de diferenciação entre formas, espaço e cor de integração dos elementos representados, de abstração e de generalização, as contradições e as regulações envolvidas na aquisição do sistema do desenho. Pillar, 1996,p.22 Quando uma criança desenha, ela expressa seu mundo interior de uma maneira única, espontânea e sem preconceitos. O que ela desenha tem muito mais haver como ela vê ou senti o objeto do seu interesse. Grandes artistas buscaram neste ar infantil e inocente o caminho para a sua expressão artística, entre eles o inigualável Picasso, que dizia ser muito mais fácil desenhar como um mestres das artes do que como uma criança, segundo ele desenhar como uma criança era o crescimento pela busca de um retorno a essência humana, a espontaneidade e liberdade do ser. Estes traços soltos e cheios de sentimentos e emoção aliado a inocência sem conceitos e pré-conceitos pré estabelecidos de beleza, padrões e clichês, são até hoje um desafio e uma busca incessante para muitos artistas.

22 21 Para se fazer a leitura de um desenho infantil, e que este tenha significados para um observador intencional, é necessário que este desenho seja com tema dirigido, e na hora da interpretação do desenho levar em conta a oralidade da criança a questionando sobre tal desenho pedindo uma leitura do mesmo. A interpretação de um desenho isolado fora de um contexto, não faz sentido.

23 22 5 METODOLOGIA: Não é de interesse desta pesquisa fazer um levantamento numérico da produção, porque é impossível limitarmos a criação artística a números. A intenção é perceber as especificidades de algumas produções das crianças, para assim compreender o desenvolvimento emocional das mesmas. Como diz Goldenberg, (2002, p. 53) Os dados qualitativos consistem em descrições detalhadas de situações com o objetivo de compreender os indivíduos em seus próprios termos. Portanto, trata-se de uma pesquisa de caráter qualitativo, deste modo o importante aqui é o como e não o quanto. Num primeiro momento foi feita uma pesquisa em um colégio da rede Particular de Ensino e em um colégio da rede Estadual de Ensino, em busca de imagens produzida pelas crianças e relatos durante as leituras de suas produções artísticas, sobre suas experiências ou experiências de conhecidos a respeito do tema Família. Entrevistei duas professoras e duas diretoras que fazem parte da convivência destas crianças, pessoas que fizeram parte e fazem parte desta história para tentar compreender o contexto de sua produção. Essas entrevistas realizadas foram entrevistas semi-estruturadas, que segundo Selltiz, (1987 p.75), torna-se mais pessoal e intima sendo que o entrevistador aproveita as respostas para se aprofundar no tema, além disso, a interação entre entrevistador e entrevistado favorece a resposta espontânea, fazendo a pessoa se sentir mais à vontade para falar sobre assuntos que não falaria em um questionário. São analisadas as características da imagem quanto ao formato, estilo, efeitos, manipulações que aparecem nas produções contempladas na pesquisa. Fundamentar a pesquisa com um corpo teórico que fala da história da arte e sua expressão como sentimento, conceito de família, identidade, cultura e arte. Para fundamentar a pesquisa, proponho um corpo teórico que passa pelos conceitos de arte, cultura, identidade, história entre outros. Apresento na análise dos dados, os desenhos feitos pelas crianças durante o estágio supervisionado e ainda as falas ou leituras de imagem das crianças sobre suas produções artísticas.

24 23 6 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS Ao ler uma obra de arte, o observador a interpretará de acordo com o contexto, com as informações que possui, com as suas vivencias. De acordo com Pillar (1999, p.16) [...] nosso olhar não é ingênuo, ele esta comprometido com o passado, com nossas experiências, com nossa época e lugar, com os nossos referenciais. Pude observar esse acontecimento, ao realizar o estágio supervisionado na Educação Infantil, quando pedi às crianças que colocassem suas famílias no lugar dos personagens, elas colocaram não apenas seus componentes, mas também seus sentimentos quanto a elas, pedi duas situações em forma de desenho a primeira que retratassem suas famílias e a segunda que colocassem os componentes de suas famílias no lugar dos personagens das obras em questão, Tarsila do Amaral A Família, Figura 01, Velázquez A Família de Felipe IV, figura 02, e Cândido Portinari Retirantes, Figura 03. Optei por utilizar estas obras por terem o tema família, em segundo instante, é que apesar do tema são de maneiras diferentes que mostram a família. Fig Tarsila do Amaral A Família Fonte:

25 24 Tarsila, mostra em sua obra, uma família numerosa, porém em harmonia a qual mostra nas cores, onde se utiliza os tons de azul, rosa, ocre e branco em quase iguais proporções, uma família típica, onde temos menina com sua boneca, gato, cachorro, pai com uma enxada representando o trabalho, mãe amamentando, criança comendo fruta, imagino ser bananas, fruta tipicamente brasileira, família unida e tradicional. Na seqüência apresento a família de Felipe IV, na figura 02. Fig. 02 _Velázquez A Família de Felipe IV. Fonte: Velázquez com a Família de Felipe IV, temos uma família real, onde temos a filha ao centro, sendo cortejada por todos, e ao fundo em um espelho temos a imagem dos pais da criança, no momento em que estão zelando pela filha. Este quadro familiar mostra toda uma preocupação a cerca desta criança, logo que a vi me levou a meditar sobre o mundo das crianças únicas, que tem todos os seus desejos realizados. Desta maneira levamos esta imagem as crianças para que elas pudessem conhecer, refletir e quem sabe até se envolver neste contexto que não é o delas.

26 25 Gostaria de acrescentar que a pintura barroca é realista, mas a realidade expressada não se refere só aos reis e rainhas: também o povo era representado nesse período. As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência, isto é, as obras renascentistas, os artistas procuravam realizar, de forma mais consciente, usando mais a razão, enquanto que, na arte barroca, o que prevalecia eram as emoções. Fig. 03 _ Cândido Portinari Retirantes Fonte: Na obra de Portinari, reconheci uma família pobre, porém unida, com cores mais frias, e personagens feios e mal tratados pela vida e pela pobreza, logo se vê pela aparência dos mesmos que há muita fome e sofrimento, pelo chão vimos a seca, mas ainda assim uma família, em mudança atrás de condições de vida melhores.

27 26 Percebi que os alunos entenderam qual era o objetivo, identificar através do ato de desenhar as suas famílias demonstrando de que forma eram compostas e como era a sua estrutura tanto na leitura quanto na releitura, porém o que obtive foi bem mais do que esperava, eram expressões de sentimentos puros, os quais me levaram a realizar este trabalho de conclusão de curso, onde pude aprofundar e fundamentar teoricamente melhor dando continuidade ao meu projeto que, até então, era sobre Família e passou a se chamar Nova Família. Quando entrei nos colégios e deparei com aquelas crianças que tinham em média a idade entre 5 e 7 anos, não esperava encontrar tantas novas famílias e o quanto estas novas formações influenciavam estas crianças, tendo formado uma família tradicional e vinda de uma família pouco estruturada mais ainda tradicional, não havia ainda me dado conta como nos adultos influenciamos de forma muitas vezes nociva, na formação da criança. O desenho de uma criança é o elo entre a realidade exterior e o seu intimo, o caminho onde percorre a verdade e sua realidade, para Luquet (1969, p.23) A intenção de desenhar tal objeto não é se não o prolongamento e a manifestação da sua representação mental. Após terminarem os desenhos de suas família, pedi a eles que fizessem à leitura de suas obras e o resultado foi para mim de uma grande surpresa, pois vi e escutei crianças pequenas me descreverem suas vidas familiares, muitas delas com detalhes bem particulares, sem pudor, sem medo a criança e seu desenho, é como se ali estivesse impressa a sua vida, a criança não descreve só o que está vendo, mas muito além, é como se ela a criança estivesse fazendo uma analise de sua família, vendo muito além do papel, e de certa forma estavam, a concentração e o semblante modificavam e era clara a manifestação de sentimentos quanto a sua obra. Segundo Luquet (1969, p.27), o desenho não substitui a pessoa ou objeto, mas lhe proporciona o mesmo prazer. Um desenho não é nunca um substituto do objeto correspondente, de menor valor, e que tornaria inútil a presença do objeto; é obra da criança, produto e manifestação da sua atividade criadora, e o exercício desta mesma faculdade é o mesmo e acompanha-se de igual prazer, quer o desenho reproduza um objeto presente ou ausente.

28 27 Foram selecionados doze desenhos, para fazer a análise, o critério de seleção, foi à forma como as crianças se referenciaram e expuseram as suas Famílias e sentimentos através do desenho e da leitura de suas obras, de forma a enriquecer este trabalho. Foram feitos cinco encontros onde trabalhamos o tema família, tanto no colégio estadual quanto no colégio particular, obtive total participação das crianças. Mas de uma das professoras a do colégio estadual encontrei uma grande barreira e preconceitos a respeito do tema, em uma de minhas visitas ela disse que gostaria de deixar claro que era contra a minha pesquisa. Fiquei tão atônita que ao chegar a minha casa registrei o comentário da colega, que apesar de formada em artes plásticas, quer ver na arte apenas a produção e a beleza conceitual. Palavras da colega, professora de artes. Gostaria de deixar claro que sou contra a mexer com a intimidade e a cabecinha das crianças, arte é feita para esquecer os problemas e não para aumentá-los, entre todas as matérias esta é a que deve deixar a criança mais a vontade, mesmo quando a arte é usada em outras matérias é para ajudar a embelezar e tornar as outras mais agradáveis e fáceis, como por exemplo: quando é pedido para fazer um desenho em outras matérias só ajuda a relaxar, e ensina mais fácil para a criança. É uma pena que uma profissional da área de artes, se atenha apenas a uma das pequenas ramificações que a arte propõe, e não se encontra aberta a infinitas manifestações de sentimentos que a arte proporciona, provoca, amplifica e cria no ser humano. Quanto a dar suporte a outras matérias, a arte é sim uma das mais utilizadas, assim só mostrando a sua grande importância, em contra partida todas as matérias dão suporte à arte, como nos fala Parsons, (1998, p.8) A visão contemporânea oferece a oportunidade para integrar a arte com outras disciplinas escolares de modo importante. Esta maneira não reduz a arte a um instrumento para ilustração ou suporte para outros conteúdos escolares; ao invés disso, essas outras matérias torna-se suporte para a arte porque elas providenciam o contexto necessário para interpretação. É importante ressaltar que apesar da imposição esta professora nada fez para impedir minha pesquisa, acabou por contribuir bastante e tudo transcorreu até melhor que o planejado.

29 28 Quando cheguei à sala de aula e falei ás crianças o tema, ficaram me olhando desconfiadas e logo uma delas uma menina, me falou: O professora a minha mãe e o meu pai não vão vir aqui, a minha mãe tem que trabalhar e o meu pai mora com a mulher dele, numa cidade bem longe... Aluna C.W. Logo em seguida, antes que eu pudesse me justificar, outros começaram a falar, frases do tipo: Eu moro com meus avós, pode ser eles? Aluno E. L Eu não tenho pai, é minha mãe que cuida de mim... Aluna G.O. Eu moro com meu pai e a mulher dele, minha mãe morreu, eu não tenho família? Aluna L.G Esta ultima pergunta deu inicio, a minhas pesquisas em sala de aula, dei vários conceitos de família entre eles, Áries 1973, p.145 ) Na realidade família é o primeiro refugio em que o individuo ameaçado se protege durante os períodos de enfraquecimento do estado. Mas assim que a instituição política lhe oferecem garantias suficientes, ele se esquiva da opressão da Família e os laços de sangue se afrouxam. A historia da linhagem é uma sucessão de contradições da ordem política. È claro dentro da linguagem deles, infantil, após as minhas colocações perguntei a eles, o que era família para eles? Algumas das respostas foram: A família é aquela que cuida da criança..aluna E.M. É aquela que tem pai, mãe e irmãos... Aluno R.B. São as pessoas que amam a gente e moram com agente...aluna A.D. É pai e mãe da onde a gente nasce... Aluna M.L. A minha família é bem grande porque eu tenho um monte de tios e primos... Aluna G.O. A minha família é a do meu pai... aluna L.G.

30 29 Alguns não deram muitos detalhes então pedi para desenhassem, a sua família, passando entre eles percebi que havia alguns desenhos com a família em formações diferentes, a maioria das crianças se dedicaram a fazer suas obras, entre elas notei duas que não estavam desenhando, uma delas com o olhar longe e a outra apenas rabiscando, um menino e uma menina, fiquei preocupada e curiosa e fui até a professora perguntar o porquê da atitude daquelas crianças, a resposta foi seca e clara, me disse que o menino, aluno R. havia perdido o pai com HIV e a mãe já estava nas últimas e só tinha um irmão, e que a mãe não havia morrido ainda porque tinha que cuidar das crianças, pois não sabia ainda o destino deles após sua morte. E a outra menina, a professora não soube me explicar, mas disse que já tinha uns dias que ela estava assim mais quieta, não fazia mais nada, estava mais agressiva, e chorona que deveria estar ficando como seu irmão, que já era assim. Foi durante a leitura da sua obra que descobri o que está acontecendo, seus pais estavam se separando e a menina sofria com isto, não sabia como desenhar a nova família, na realidade ela não aceitava a nova família, a separação estava sendo traumática, onde mãe havia traído. Começo minha análise por esta aluna M.L. Este desenho faz parte da primeira atividade onde pedi para representar a sua família em uma folha A4 branca, na figura 04, a aluna M.L esta criança demorou três encontros para terminar a sua produção artística o resultado foi um desenho pintado com predominância de marrom e preto, com detalhes como o sol em laranja e o telhadino da casa em vermelho e preto. O que mais me chamou a atenção foi a mãe ter o rosto apagado e no lugar da face ter um circulo e só, as mãos também foram refeitas estão na cabeça, mas já esteve no pai e foi apagada, as cores não são apropriadas para uma criança de 6 anos, durante a produção cheguei a perguntar porque não usava outra cor, a resposta foi rápida mais em voz bem baixa, não, quero esta, ficou quieta durante todos os encontros. Durante a leitura da sua produção figura 4 a aluna de 6 anos M.L. colégio estadual, atribuiu o seguinte significado: Esta é aminha família, meu pai, minha mãe, minha irmã mais velha L. minha irmã antes de mim L., e eu, estamos voltando para a nossa casa, depois que

31 30 ficamos um tempão na casa da vovó, todo mundo junto, eu foi a primeira a chegar. Figura 04 - Aluna M.L. 6 anos Desenho com o tema: Família Fonte: Pesquisadora A arte na educação é um importante instrumento para a identificação cultural e o desenvolvimento criador individual. Através da arte, é possível desenvolver a capacidade crítica, permitindo analisar a realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada. Barbosa (2005, p.23) Insisti, perguntando o porquê das cores, a resposta foi defensiva, porque sim, e não é tudo marrom minha casa tem cor feliz, então perguntei sobre o rosto da mãe, a menina disse, eu faço depois acho que me esqueci. Não quis falar mais nada a respeito da sua família. Na Produção figura 5, a aluna A.D. de 6 anos, colégio estadual, se referiu a família com as seguintes palavras. Esta é a minha família, ela é bem grande, porque o meu pai e minha mãe, não moram juntos e tem outros filhos, essa no meio sou eu, eles sempre querem que eu esteja com eles, do meu lado esta a mãe e o G. marido da minha mãe ele é bem legal, sempre me da presentes, do outro lado é o meu pai que tem a mulher dele que é a tia A., o Pai e a tia A., tem duas filhas a N. e a J. que é bebezinha, a mãe teve dois meninos que são filhos também do G. há esta aqui

32 31 é a A. filha do G. com a outra que era mulher dele, ela já é bem grande, esse aqui é o Piti, meu cachorro, mas aqui parece um gato. (Risos) Fig Aluna A.D. 6 anos Desenho com o tema: Família Fonte: Pesquisadora Esta é a Nova família, de uma forma que deu certo, esta menina é querida e amada por todos, diz ela que todos a querem, também disse que fica com a mãe e passa os finais de semana quase todos com o pai, e que a mãe e o pai são amigos, mas o marido da mãe tem muito ciúme de seu pai, já a tia A., ela também é amiga da minha mãe e não tem ciúmes. Na produção da aluna N de 7 anos, colégio estadual. figura 6, temos mais um exemplo de que uma separação, pode não ser traumática, pois a menininha N. não se sente rejeitada muito pelo contrario se sente muito amada, e é desta forma que ela descreve sua família. A minha família não mora na mesma casa, tenho pai a mãe e dois quartos, nas casas das minhas avós, eles me amam muito e eu amo eles, ganho bastante presente, do pai e da mãe, eles até brigam para ficar comigo, meu

33 32 pai disse que sou uma princesa. Figura 06 - Aluna N. 7 anos Desenho com o tema: Família Fonte: Pesquisadora A Produção da Aluna M. de 6 anos Figura 07, nos traz uma família considerada tradicional, mãe, pai, e filha morando sobre o mesmo teto. Leitura de imagem da aluna M.

34 33 Figura 07 - Aluna M. 6 anos Desenho com o tema: Família Fonte: Pesquisadora Eu, meu pai e minha mãe, passeando em um dia de verão, bem quente, nos íamos à praia, porque o céu estava bem azul, e não ia chover. Notamos nesta leitura que a preocupação maior da aluna M. esta centrada, mais na atmosfera do passeio do que na família em si, ela não esta preocupada se o pai e a mãe há ama pois se sente muito segura, com a harmonia que encontra em seu lar. A produção do aluno R. 6 anos figura 08, não nos traz muita informação visual, mas a sua leitura é muito rica, já foi mencionado nesta pesquisa, perdeu o pai e a mãe sempre esta doente, mas cuida bem dos filhos. Sua leitura é muito comovente.

35 34 Figura 08 - Aluno R. 6 anos Desenho com o tema: Família Fonte; Pesquisadora Esta é a casa que todos nos vamos morar um dia, meu pai já foi, minha mãe disse que um dia todos nos vamos, é uma casa bem grande, depois do céu. Não tive coragem de perguntar a ele muita coisa, apenas quem eram as pessoas, os dois do caminho a mãe e o pai, os dois do canto ele e o irmão. Ele me falou isto e voltou para o seu lugar. A produção da aluno J. de 6 anos figura 09, mostra uma família tradicional e que vem a confirmar com as palavras do aluno.

36 35 Figura 09 - Aluno J. 6 anos Desenho com o tema: Família Fonte: Pesquisadora A minha família é bem legal, tem pai tem mãe, três irmãos, quatro comigo, é bom ter um monte de irmão porque a gente joga bola, brinca de carrinho, a gente mora em uma casa que não é pintada, mas quando pintar quero que tenha a cor do flamengo. Com o tema família apresentei alguns pintores e suas obras, como Tarsila do Amaral A Família, Velázquez A Família de Felipe IV. Cândido Portinari Retirantes, teve um aluno o M.S. de 7 anos, me disse ter já visto estas obras pois sua mãe também fazia faculdade de artes, e com este conhecimento adquirido com a mãe fez uma bela releitura da obra de Cândido Portinari Retirantes.

37 36 Figura 10 - Aluno M.S. 7 anos Desenho com o tema: Família Releitura. Fonte: Pesquisadora Esta é uma obra de Que minha mãe já fez um trabalho para a faculdade, e eu já sei fazer também, não é minha família é a família do Pintor. Depois deste depoimento voltei a explicar sobre a obra, e disse que não era a família do pintor, e sim uma família retratada por ele. Como já disse Luquet, a criança faz e representa o que esta a sua mente no momento e o que estava na cabecinha desta criança, não era a família e sim, a releitura que sua mãe já havia feito. A figura 11, mostra uma família que se formou após a morte da mãe, a aluna de 6 anos demonstra muito carinho, pela sua família, é uma criança bem alegre e ativa.

38 37 Fig Aluna D.G. 6 anos Desenho com o tema: Família. Fonte: Pesquisadora A minha família tem a minha mãe que esta no céu, a minha mãe que esta aqui, meu pai e meus irmãos, a gente mora em uma casa rosa e tem um monte de flor. Esperei ela terminar a sua leitura e perguntei quem era aquela pessoa depois da árvore? E a aluna me respondeu que era a filha do seu pai antes de conhecer a sua mãe, mas que ela, morava com a avó dela, só via ela de vez em quando, ai foi à vez de ela me perguntar, ela também é da minha família né? Respondi que sim é claro. A figura 12, traz a produção da aluna C., 7 anos, mostra as duas casas onde mora, com a mãe e com seu pai e avó, na leitura de sua obra ela deixa ainda mais clara esta realidade.

39 38 Figura 12 - Aluna C. 7 anos Desenho com o tema: Família Fonte: Pesquisadora Eu tenho uma família que é assim, meu pai, minha mãe, e eles moram com as mães deles, minhas avós, eu fico com a minha mãe 15 dias ai meu pai vem me buscar, e fico com ele final de semana, ai eu volto para a minha mãe, minha mãe tem namorado e o meu pai também tem as namoradas dele, eles não brigam acho que são amigos. Após ter terminado de fazer a sua leitura de obra, perguntei a aluna C., se fazia tempo que seus pais haviam se separado, e ela me disse que sim, que sempre morou com a avó, por que a mãe era bem novinha quando teve ela, depois a professora supervisora me informou que a mãe da aluna C, teve ela na adolescência e que nunca casou. A aluna L. fez uma releitura figura 13 da obra de Velázquez A Família de Felipe IV, onde expôs em detalhes tudo que pode na leitura obra relatou.

40 39 Figura13 - Aluna L. 6 anos Desenho com o tema: Família Releitura. Fonte: Pesquisadora Eu coloquei a minha família toda, no lugar da família da princesa, só que a minha tem menos gente ai eu também coloquei menos, eu sou a princesa, meu gato, meu pai, minha mãe, meu irmão, minha tia, e minha melhor amiga a N. É uma aluna, que se demonstrou caprichosa e interessada, não se ateve apenas á família, para preenche mais espaços, colocou a tia a melhor amiga. O aluno J. traz em sua obra Figura 14, um detalhe que já havia acontecido com a obra da aluna D.G. figura 11, os dois separaram os filhos que não conviviam com eles na mesma casa, neste caso dois irmão filhos por parte de pai, filhos do primeiro casamento, ele coloca as crianças depois da casinha, separado do resto da família, em sua leitura ele diz:

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