Ser a Igreja da Caridade
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- Luzia Regina Madeira Rosa
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1 Vigararia da Pastoral Sócio-Caritativa Ser a Igreja da Caridade Plano Diocesano de Pastoral Sócio-Caritativa Diocese de Aveiro 2009
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3 Índice Introdução...5 I Fundamentação...11 II Situação actual da Diocese...15 III Princípios Orientadores...19 IV Estruturas e Organização...24 V Caminhos a Percorrer...33 Conclusão...35
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5 Introdução 1. Apresento e proponho à Diocese o Plano Diocesano de Pastoral Sócio-Caritativa. A publicação deste Plano Diocesano de Pastoral Sócio- Caritativa, inicia uma série de outros textos que, em cada etapa deste quinquénio pastoral, darão voz e continuidade à vivência e ao espírito que a cada momento nos anima. Retomamos, com a consciência social dos problemas do nosso tempo e das respostas que à Igreja se pedem e exigem, o espírito conciliar a que nos vinculamos em permanência e o dinamismo do II Sínodo diocesano de Aveiro, que urge recordar e cumprir. Cumpre-se, assim, um dos objectivos expressos no nosso Plano Diocesano de Pastoral , nesta primeira etapa que agora se conclui e que tem como lema Igreja Diocesana renovada nas suas estruturas/comunidades e servidora dos mais pobres torna presente a esperança. A Etapa Pastoral vivida e concretizada ao longo deste tempo se não conduzisse a este Plano seria inconsequente e este Plano se não implicar um modo de pensar e de agir novos nas pessoas e nas comunidades será ineficaz. Diocese de Aveiro 5
6 Este Plano é um indispensável contributo para ajudar a sonhar a Igreja de Aveiro renovada na caridade e presença de esperança no mundo. Ele afirma o sonho e abre caminho a que o sonho se faça realidade. 2. O texto em que se consubstancia este Plano inscreve-se numa dinâmica nova de pedagogia social, educa-nos e forma-nos na verdade, na autenticidade e na exigência de vidas dadas na caridade. A caridade na verdade, usando a bela expressão de Bento XVI na sua recente Encíclica Caritas in veritate, é expressão do amor cristão e espelho do Amor de Deus. A caridade na verdade manifesta a beleza e testemunha a ternura da Igreja que a ninguém exclui ou rejeita e que a todos ama e acolhe. Na pedagogia social subjacente a este Plano Diocesano de Pastoral Sócio-Caritativa está presente o indeclinável serviço à justiça e realça-se a necessária primazia da caridade. Recorre o texto deste Plano ao experimentado método do ver, julgar e agir, para que saibamos olhar com objectividade a realidade humana e social do nosso tempo, para que possamos analisar com lucidez as situações e os contextos das dores dos pobres e dos silenciados pela vida e para que saibamos agir com coragem e determinação de modo solidário e fraterno no coração da sociedade do nosso tempo. 3. Pretende igualmente este Plano estruturar de modo operativo e orgânico a pastoral sócio-caritativa na nossa Diocese, conscientes de que o exercício da caridade é uma imperativa missão de todos os cristãos que jorra do 6 Diocese de Aveiro
7 baptismo, que irriga o viver das comunidades e que não se esgota nas instituições ou nos serviços de acção sóciocaritativa da Igreja. Devem estes serviços primar pela rectidão no exercício de todas as suas funções, desde as directivas às técnicas, e pelo rigor no cumprimento de todos os deveres, mas são chamados a ir mais longe movidos pelo espírito cristão que os mobiliza. Devem ser presença vigorosa do humanismo cristão, rosto da ternura eficaz da fraternidade humana e espelho onde se reflecte, através de uma generosa partilha, o amor de Deus pelo seu povo, sobretudo pelos seus membros mais frágeis. Tem particular urgência procurar que na autenticidade do viver cristão nas instituições da Igreja se manifestem a verdade do que somos e a exemplaridade do que fazemos como servidores das bem-aventuranças do Reino. É essa uma insubstituível ajuda que este Plano nos oferece. Há passos concretos a dar, neste sentido e a partir de agora, sem medo e sem demora. 4. Outra das propostas que este Plano confirma e comporta é a necessidade de formação de todos os membros da comunidade no que ao serviço da caridade concerne e não apenas dos mais sensíveis a esta vertente da acção pastoral da Igreja. A Igreja exprime-se num tríplice dever: anúncio da Palavra, celebração dos sacramentos, serviço da caridade. A caridade constrói a comunidade, a caridade realiza a Igreja. A caridade é o sinal maior do Reino de Deus no mundo (Bento XVI, Deus Caritas Est, n.º 24). Diocese de Aveiro 7
8 A caridade, assim entendida e vivida, não é missão apenas de alguns mas de toda a comunidade e constitui uma das primeiras responsabilidades do Bispo diocesano, como pastor solícito do seu povo e atento a todos, sobretudo aos mais pobres e aos que mais sofrem. 5. Cumpre-me imprimir uma maior dinâmica de coordenação nas estruturas diocesanas e nos serviços e instituições desta vertente pastoral, assim como dar visibilidade ao bem que se faz e dar voz aos silenciados do mundo e aos famintos de vida, de pão ou de esperança. Importa que estes encontrem na Igreja diocesana e nos seus membros, estruturas e serviços, capacidade de atenção, acolhimento fraterno, coragem profética e acções criativas e inovadoras que a ninguém deixem na margem do caminho ou ao lado dos combates da justiça e do bem. Com este espírito, coloco este Plano Diocesano de Pastoral Sócio-Caritativa nas mãos de todos os diocesanos, sacerdotes, diáconos, religiosos (as), consagrados (as) e leigos (as) para que a todos ajude a viver a caridade na verdade. É fundamental que saibamos dar passos concretos para que este Plano seja concretizado, para que ele modele o nosso coração de pastores segundo o Coração de Cristo, o Bom Pastor, enforme a vida da diocese e das comunidades, inspire os Serviços diocesanos existentes e a criar e oriente quantos neles trabalham. No diálogo entre a fé e a cultura do nosso tempo parece muitas vezes que a Igreja é relegada para o espaço residual do relativismo e do silêncio, onde a sua voz não 8 Diocese de Aveiro
9 se ouve e os valores culturais religiosos não encontram direito de cidadania O exercício da caridade na autenticidade do amor cristão e na verdade do serviço solidário aos mais pobres, vítimas de antigas ou novas formas de pobreza, é esta voz nova, necessária e respeitada a estabelecer relações de diálogo entre a fé e a cultura do nosso tempo e a projectar pontes entre a Igreja e o Mundo. Anunciar o Evangelho deste modo, com novos métodos e novo ardor e entusiasmo é a nossa missão de cristãos. É esse igualmente um dos lugares contemporâneos da Igreja, de uma Igreja que não se cansa de proclamar e cumprir o mandamento novo e de ser sinal profético das bem-aventuranças. Vede como eles se amam, assim eram identificados, conhecidos e apresentados os primeiros cristãos na cidade de Antioquia. Seja assim, também hoje, em Aveiro, cidade e Diocese. Porque, se não formos âncora de esperança e farol de luz, de fraternidade e de paz e se não tivermos caridade nada somos (1Cor 13, 2). Aveiro, 27 de Setembro de 2009, dia litúrgico de S. Vicente de Paulo + António Francisco dos Santos Bispo de Aveiro Diocese de Aveiro 9
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11 I Fundamentação Deus é amor (1Jo 4, 16) é a verdade mais profunda e central que inunda toda a Revelação e consequentemente toda a história da Humanidade e da Igreja. A vida que temos nas mãos, a riqueza da nossa dignidade humana de sermos Filhos de Deus (1Jo 3, 1) criados à Sua imagem e semelhança (Gen 1, 26), a grandeza e beleza do mundo que nos rodeia e nos é dado como dom (Gen 1, 28-31), a História da Salvação a culminar no Dom do Filho de Deus, Jesus Cristo, à Humanidade (Jo 3, 16), a presença do Espírito Santo que anima a história de cada um e da Igreja revelam bem este Deus Amor, tornam evidente a centralidade do Amor enquanto imagem cristã de Deus e também a consequente imagem do ser humano e do seu caminho 1. A partir desta centralidade de que Deus é Amor emana imediatamente a centralidade do Homem no ser e existir da Igreja. A pessoa Humana é criatura de Deus, feita à Sua imagem e semelhança. Procede do Amor, fonte e origem da sua vida e realiza-se no Amor, enquanto vive e realiza a comunhão 1 Cfr. BENTO XVI, Carta Encíclica Deus Caritas Est, n.º 1. Diocese de Aveiro 11
12 fundamental com Deus através do caminho revelado em Jesus Cristo e actua os dons e carismas com que o Espírito Santo alimenta e anima o processo de construção do Reino de Deus 2. O Homem é assim a primeira e fundamental razão de ser da Igreja e da sua acção 3. Diz-nos São João: Quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus nele (1Jo 4, 16). Encontramos aqui a súmula do nosso existir em Cristo: viver no amor. O reconhecimento de que sou Filho de Deus amado em Jesus Cristo, elevado à categoria de ser divino pelo Espírito que habita em nós, impele-nos a ver no outro o nosso próximo e a fazer deste o nosso irmão e assim sentir um coração de paz 4 gerado no Amor de Deus. Concluímos que Deus é Amor e o Homem por filiação Divina é também Amor. Por isso, a realização e sonho do Homem em ser feliz 5 só pode realizar-se no Amor. O caminho do Homem é o Amor, o caminho da Igreja é o Homem, ser amado por Deus e somente realizado no e pelo Amor. Amar o Homem é o único caminho possível da Igreja. Ser rosto do Amor divino no mundo e nos caminhos dos homens é o imperativo do agir cristão e eclesial: ser a Igreja da caridade (Paulo VI). A Igreja, na sua natureza íntima, exprime-se num tríplice dever: anúncio da Palavra, celebração dos sacramentos, 2 Cfr. CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA, Instrução Pastoral A Acção Social da Igreja, n.º 8. 3 Cfr. Idem. 4 Cfr. ANTÓNIO FRANCISCO DOS SANTOS, Homilia do Dia Mundial da Paz de In Informação Pastoral, Diocese de Aveiro, n.º especial, pág Cfr. ANTÓNIO FRANCISCO DOS SANTOS, Homilia da Entrada na Diocese. In Informação Pastoral, Diocese de Aveiro, n.º especial, pág Diocese de Aveiro
13 serviço da caridade. São deveres que se reclamam mutuamente, não podendo um ser separado dos outros. Para a Igreja, a caridade não é uma espécie de actividade de assistência social que se poderia mesmo deixar a outros, mas pertence à sua natureza, é expressão irrenunciável da sua própria essência 6. Este dever da caridade é antes de mais de cada um dos fieis, mas é-o também da comunidade eclesial inteira e isto a todos os seus níveis: local, particular e universal 7. A caridade não é uma obrigação só de alguns ou de grupos específicos e concretos, mas de toda a comunidade. Da comunidade enquanto tal e no seu todo. Não se pode ser Igreja sem caridade, como não se pode ser Igreja sem Palavra ou sem Sacramentos. O Espírito de Deus derramado no coração dos fieis, enche-os de caridade (Rom 5, 5), pois esta é o vínculo da perfeição, a plenitude da lei (Col 3, 14 e Rom 13, 10). À semelhança do Mestre que lavou os pés aos seus discípulos, a Igreja sabe que o seu existir em Cristo no Espírito para o Pai brota da caridade e visibiliza-se no hoje da salvação pelo serviço aos irmãos, único caminho capaz de levar os Homens ao seu destino que é Deus. A caridade constrói comunidade, a caridade realiza a Igreja. A caridade é o sinal maior do Reino de Deus no mundo 8. Há um ministério de Bondade a realizar: ser servidor das Bem-aventuranças. Sentado no monte, Jesus proclama as 6 Cfr. BENTO XVI, Ibidem, n.º Cfr. Idem, n.º Cfr. BENTO XVI, Ibidem, n.º 24. Diocese de Aveiro 13
14 bem-aventuranças. Inscreveu, assim, este sonho na alma da multidão que O seguia e imprimiu no coração dos discípulos este ideal nunca plenamente cumprido nem totalmente realizado, mas continuamente desejado e procurado. Ser Feliz é o sonho do Homem. 9. Lembrados da palavra do Senhor: «nisto reconhecerão todos que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros (Jo 13, 15), os cristãos nada podem desejar mais ardentemente do que servir sempre com maior generosidade e eficácia os homens do mundo de hoje. E assim, fiéis ao Evangelho e graças à sua força, unidos a quantos amam e promovem a justiça, têm a realizar aqui na terra uma obra imensa, da qual prestarão contas Àquele que a todos julgará no último dia. Nem todos os que dizem «Senhor, Senhor» entrarão no reino dos céus, mas aqueles que cumprem a vontade do Pai e põem seriamente mãos à obra. Ora, a vontade do Pai é que reconheçamos e amemos efectivamente em todos os homens a Cristo, por palavra e por obras, dando assim testemunho da verdade e comunicando aos outros o mistério do Amor do Pai celeste. Deste modo, em toda a terra, os homens serão estimulados à esperança viva, dom do Espírito Santo, para que finalmente sejam recebidos na paz e felicidade infinitas, na pátria que refulge com a glória do Senhor ANTÓNIO FRANCISCO DOS SANTOS, Homilia da Entrada na Diocese. In Informação Pastoral, Diocese de Aveiro, n.º especial, pág VATICANO II Gaudium et Spes, n.º Diocese de Aveiro
15 II Situação actual da Diocese Não se pretende de modo nenhum neste capítulo fazer ou apresentar o diagnóstico social da Diocese de Aveiro, nem sequer descrever de modo exaustivo as estruturas sóciocaritativas existentes e as respostas que tentam dar. O que aqui se pretende é um olhar geral sobre o que somos e o que tentamos fazer sem preocupações estatísticas ou outras. Sabemos que o espaço geográfico onde a Diocese de Aveiro se encontra tem sido lugar de grande desenvolvimento económico e social. Há muitos e dinâmicos pólos industriais geradores de muito emprego e em algumas terras, espaços agrícolas que acompanharam o desenvolvimento do sector. Temos um ensino superior muito bem implantado e dinâmico gerador de capital humano e riqueza material. O parque escolar estende-se por todos os recantos da Diocese. Há um grande dinamismo associativo, cultural e desportivo. Não podemos esquecer que a situação geográfica da Diocese a coloca no centro de eixos de comunicação estruturantes do País: porto de Aveiro, auto-estradas de ligação dentro do País e ao estrangeiro, caminho-de-ferro, incluindo a futura ligação de alta velocidade com paragem no espaço em que a Diocese se encontra. Ainda poderemos acrescer a oferta turística que Diocese de Aveiro 15
16 temos, seja de belíssimas praias como também de rios e serras tão presentes na memória colectiva de todos nós. Se por um lado temos todo este manancial de potencialidades geradoras de desenvolvimento económico e social, temos por outro, um mundo imenso de desafios e até de consequências, às vezes nefastas, deste desenvolvimento. É claro para todos que o desenvolvimento social e económico não está a atingir a população em igualdade de oportunidades. Há bolsas de pobreza marcadas por degradação de costumes e famílias, lares desfeitos, habitações degradadas e sem condições, trabalho precário, abandono escolar precoce, toxicodependência, alcoolismo, prostituição, desemprego, comunidades migrantes desintegradas da sociedade em geral, uma sociedade que consome acima das suas capacidades e por isso sobre-endividada, comodismo, indiferença, grupos e camadas da sociedade a viverem em absoluto a sociedade e homem light. Muito há a dizer de bom e de menos bom. É neste contexto que a Igreja Diocesana nas suas estruturas e Paróquias tem desenvolvido a sua actividade, profundamente marcada pelo II Sínodo de Aveiro, projecto ainda por cumprir. Num rápido olhar pela Diocese encontramos a funcionar a Vigararia da Pastoral Social com o seu Secretariado diocesano de pastoral social que vai procurando sensibilizar e dinamizar a Diocese neste sector da acção da Igreja e de que é exemplo estes dois anos dedicados à pastoral social. Temos ainda a funcionar a Cáritas diocesana e os seus grupos paroquiais, Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) de âmbito diocesano e local, nas quais se destacam os Centros Paroquiais, Fundações, Misericórdias, Patronatos, ainda 16 Diocese de Aveiro
17 os grupos vicentinos, grupos de visitadores de doentes, a Comissão diocesana Justiça e Paz, Comunidades Religiosas e outros grupos informais que têm sido uma lufada de ar fresco em muitas situações de carência social e humana. Contudo, algumas lacunas na acção da Igreja diocesana são facilmente constatadas às quais urge dar uma resposta. Apesar do caminho feito, não se sente que a Igreja diocesana nas suas estruturas e comunidades sinta a pastoral social como um dever de toda a comunidade cristã. Sinal disto mesmo é o facto de haver paróquias sem grupos de acção sócio-caritativa e de em muitas delas esta acção estar exclusivamente entregue a IPSS e/ou grupos sócio-caritativos, ficando o resto da comunidade de consciência tranquila e de braços cruzados. Constatamos ainda a insensibilidade cristã para muitas situações sociais que carecem do agir cristão e para as quais estamos adormecidos ou nas quais não temos intervenção ou se temos é claramente abaixo das nossas potencialidades e obrigações e em muitos casos é desarticulada. Sentimos a partilha de bens das comunidades e cristãos individualmente com um caminho ainda muito longo a percorrer e ao mesmo tempo a dificuldade em perceber que os bens da Igreja devem estar claramente ao serviço da construção de uma sociedade mais justa, fraterna e humana. As IPSS da Igreja, em muitos casos, devem dar passos concretos para se tornarem no rosto humano do Amor de Deus por cada um de nós. Os critérios economicistas, a burocracia e a insensibilidade ofuscam e impedem muitas vezes este objectivo tão específico das IPSS nascidas no foro canónico. Diocese de Aveiro 17
18 Por outro lado urge generalizar o facto de as IPSS ligadas à Igreja serem exemplares cumpridoras das suas obrigações canónicas, civis e sociais. Por fim, importa dizer que todos os dias novos desafios de grave carência social são colocados à Igreja Diocesana. Precisamos de lhes responder. Mas a nossa acção sóciocaritativa não pode exercer-se ou intensificar-se só porque as solicitações são maiores ou mais prementes, mas sim porque a caridade é a essência do agir e ser da Igreja de Jesus Cristo. Há um ministério de esperança e bondade a realizar Cfr. ANTÓNIO FRANCISCO DOS SANTOS, Homilia da Entrada na Diocese. In Informação Pastoral, Diocese de Aveiro, n.º especial, pág. 14 e Diocese de Aveiro
19 III Princípios Orientadores Antes de definir os princípios orientadores da pastoral sóciocaritativa, importa sonhar a Igreja Diocesana que queremos ser neste âmbito da caridade. Para isso socorremo-nos dos textos do nosso II Sínodo. Poderemos assim afirmar o sonho deste modo: a) A Igreja diocesana educa e forma os seus membros na verdade de que a caridade brota do ser cristão, criado à imagem e semelhança de Deus salvo em Jesus Cristo, agraciado pelo Espírito. Que só no exercício da caridade, expressão do amor cristão, e possuídos por ele, poderemos viver uma relação libertadora e exaltante com as pessoas de quem todos somos irmãos e servos e com os bens criados e produzidos, dos quais somos senhores e usufrutuários por dom de Deus. Assim, libertos e solidários como ninguém viveremos conscientes de que todos os homens são igualmente convidados a participar no banquete da vida 12 e faremos com que todos os bens, quaisquer 12 Cfr. JOÃO PAULO II, Carta Encíclica Sollicitudo Rei Socialis n.º 39. Diocese de Aveiro 19
20 que eles sejam se destinem sempre e unicamente, ao crescimento da pessoa e de toda a humanidade 13. b) A Igreja diocesana vive consciente de que a caridade é obra de toda a comunidade no seu todo e assume a pastoral da caridade em pé de igualdade com a pastoral profética e litúrgica, pois a Igreja exprimese harmonicamente na tríplice acção eclesial, que se inspira em Jesus Cristo Profeta, Sacerdote e Rei. Assim, a Igreja Diocesana, porque é a Igreja da caridade no meio do povo, entende a sua missão como um serviço à justiça, à promoção da civilização do amor e da cultura da solidariedade e proclama o destino universal dos bens da terra 14. c) A Igreja diocesana está atenta à situação concreta do homem que é chamada a servir e conhece as suas dificuldades e aspirações e ao qual anuncia a proposta do Reino de Deus e assume com ele a denúncia das situações que impedem a justa realização da dignidade de cada ser humano. d) A Igreja diocesana estrutura de modo operativo e orgânico a pastoral sócio-caritativa nos seus diversos níveis e âmbitos. e) A Igreja diocesana cria e dinamiza os serviços e meios necessários à realização da caridade e promoção social. f) A Igreja diocesana colabora em parceria com todas as instituições, grupos e pessoas que trabalham para 13 Cfr. II Sínodo Diocesano de Aveiro Diocese de Aveiro ª Ed., pág Cfr. Ibidem, pág Diocese de Aveiro
21 a promoção das pessoas e erradicação das situações de pobreza e factores que as promovem. Este é o sonho da Igreja diocesana que somos chamados por Deus a realizar no aqui e agora da nossa história. Na realização deste sonho, deveremos ter em conta alguns princípios fundamentais e estruturantes do nosso agir eclesial. 1. A dignidade original da pessoa humana é um valor inalienável e inviolável, no qual se fundamenta a igualdade essencial de todos os seres humanos 15. A pastoral social assenta as suas bases no princípio de que sendo Deus Amor, a vida dos homens, entre si e com Deus, deve ser presidida pela caridade A Igreja é mistério de comunhão nascido da comunhão Trinitária. No insondável desígnio o Pai chama-nos à participação na vida Divina 17, que se realiza historicamente de modo singular em Jesus Cristo 18 e que o Espírito Santo actua 19 difundindo-o universalmente 20. Esta comunhão é participação da e na vida Trinitária 21. Assim esta Igreja é uma Igreja de serviço que exprime o amor de Deus na acção sócio- 15 CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA, Princípios e Orientações da Acção Social e Caritativa da Igreja, n.º Cfr. CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA, Instrução Pastoral A Acção Social da Igreja, n.º VATICANO II Lumen Gentium, n.º Ibidem. 19 Idem, n.º VATICANO II Ad Gentes, n.º VATICANO II Lumen Gentium, n.º 4 e Unitatis Redintegratio, n.º 2. Diocese de Aveiro 21
22 caritativa com a primazia da pessoa humana e da caridade A primazia da caridade é o valor absoluto que molda e enforma o agir da Igreja no âmbito da pastoral sócio-caritativa 23. A caridade é a identidade que nos marca 24, pois mesmo possuidores do dom da profecia, com fé capaz de transpor montanhas, sem caridade nada somos. 4. Daqui brota a consequência natural: a caridade é obra de cada cristão e de toda a comunidade cristã em todos os níveis e perpassa necessariamente toda a acção da Igreja, devendo envolver de modo particular os Diáconos. 5. A acção sócio-caritativa encontra-se em pé de igualdade com as outras acções eclesiais. Nenhuma se exclui. Todas são igualmente necessárias ao ser e agir da Igreja A metodologia a assumir é a de sempre: ver, isto é, conhecer bem o homem de hoje e a sua circunstância; julgar, isto é, iluminar com o Evangelho toda a vida do homem e da sociedade e procurar os caminhos que façam Cristo ser tudo em todos; agir, isto é, toda 22 CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA, Princípios e Orientações da Acção Social e Caritativa da Igreja, n.º Cfr. CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA, Instrução Pastoral A Acção Social da Igreja, n.º Cfr. COMISSÃO EPISCOPAL DA PASTORAL SOCIAL, Mensagem para o Dia Cáritas Cfr. II Sínodo Diocesano de Aveiro Diocese de Aveiro ª Ed., pág Diocese de Aveiro
23 a comunidade sentir-se envolvida e participante na prática da caridade. 7. A pastoral sócio-caritativa tem como horizonte as bem-aventuranças e como meta final os «novos céus e a nova terra». O caminho das bem-aventuranças concretiza-se no agir de cada dia pela prática das obras de misericórdia em resposta ao anúncio evangélico da salvação e à denúncia profética do mal 26. O mundo pós-moderno precisa de encontrar na Igreja palavras, gestos, atitudes e vidas inteiras que anunciem e revelem que ser cristão é ser feliz, coerente, compreensivo, verdadeiro, desprendido, puro de coração, livre, construtor da paz, justo e irmão CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA, Princípios e Orientações da Acção Social e Caritativa da Igreja, n.º ANTÓNIO FRANCISCO DOS SANTOS, Homilia da Entrada na Diocese. In Informação Pastoral, Diocese de Aveiro, n.º especial, pág. 15. Diocese de Aveiro 23
24 IV Estruturas e Organização Definiu o nosso II Sínodo Diocesano a necessidade de estruturar de modo operativo e orgânico a pastoral sóciocaritativa. É isso mesmo que agora se pretende fazer ao elaborar esta proposta de estruturação e organização da pastoral sócio-caritativa na diocese de Aveiro. A primeira responsabilidade é do Bispo diocesano. Ele tem o dever da caridade como tarefa intrínseca da Igreja inteira e do Bispo na sua diocese, sendo que a prática da caridade é um acto da Igreja enquanto tal e que também aquela, tal como o serviço da Palavra e dos Sacramentos, faz parte da essência da sua missão originária de Bispo 28. A nossa diocese tem um Vigário Episcopal para a pastoral sócio-caritativa. Ele representa o Bispo Diocesano neste sector e ajuda e explicita o seu exercício em toda a diocese, deixando sempre transparecer que o Bispo preside à caridade, ao mesmo nível que à Palavra e aos Sacramentos. Temos depois o Secretariado Diocesano da Pastoral Sócio- Caritativa (SDPSC). Este é o organismo abrangente de toda 28 Cfr. BENTO XVI, Carta Encíclica Deus Caritas Est, n.º Diocese de Aveiro
25 a pastoral sócio-caritativa nos seus diversos âmbitos ao nível diocesano e local. O SDPSC tem como objectivos: a) Coordenar em comunhão com o Bispo diocesano, o Vigário Episcopal para a pastoral sócio-caritativa e a diocese nas suas diversas instâncias toda a pastoral sócio-caritativa da diocese nos seus diversos âmbitos e níveis; b) Dinamizar acções de sensibilização junto dos cristãos da diocese e suas comunidades no sentido de viverem a caridade como essência do seu agir cristão e de despertar consciências e formar mentalidades; c) Em colaboração e coordenação com o Instituto Superior de Ciências Religiosas de Aveiro (ISCRA) e a Comissão diocesana Justiça e Paz dinamizar acções de formação na área da pastoral sócio-caritativa para os cristãos em geral e comunidades locais e ainda para os agentes da pastoral sócio-caritativa e fazer propostas concretas de inclusão desta temática na formação teológico pastoral dos nossos seminaristas e ainda nos processos catequéticos; d) Identificar as situações de carência social e humana nas suas diversas manifestações, nomeadamente implementando e dinamizando um observatório social que actualize a informação sobre situações de carência e exclusão social; e) Estudar, organizar, implementar, dinamizar e avaliar acções inovadoras e de excelência que envolvam vários ou todos os organismos da pastoral sócio Diocese de Aveiro 25
26 caritativa ou outros no sentido de responder às situações de carência social e humana; f) Potenciar os diversos meios que a Diocese dispõe ou venha a dispôr como resposta às situações de carência social e humana e ainda de exclusão social; g) Procurar criar dinâmicas de prevenção das situações de carência social e humana e de exclusão social; h) Procurar gerar dinâmicas de parceria entre as instituições da Igreja e também com as de fora do âmbito da Igreja no sentido da resolução dos problemas identificados; i) Promover o espírito de gratuidade e voluntariado e coordenar as várias iniciativas de voluntariado; j) Divulgar dentro e fora da Igreja, pelos meios considerados possíveis as carências e as situações que atentam contra a dignidade humana bem como as respostas tentadas, os resultados obtidos, nomeadamente através da comunicação social da Igreja e fora da Igreja e ainda na página da Net no sentido de fazer circular a informação. k) Criar, manter e aplicar um Fundo Diocesano de Emergência Social, para o qual cria regulamento específico e que seja símbolo da partilha permanente no espírito de caridade que o Bispo anima. O SDPSC tem um director nomeado pelo Bispo que pode ser ou não o Vigário Episcopal. O SDPSC é presidido e coordenado pelo Director e integra em si um representante de cada departamento e serviço desta 26 Diocese de Aveiro
27 área da pastoral e ainda as pessoas que o Director entender necessárias para a prossecução dos objectivos estabelecidos. O SDPSC engloba em si os seguintes departamentos e serviços: a) Comissão Diocesana Justiça e Paz Esta comissão é nomeada pelo Bispo e dos seus membros escolhe um representante para o SDPSC. Tem como função à luz da Doutrina Social da Igreja alertar para os problemas sociais e humanos nos mais diversos âmbitos, como sejam a educação, trabalho, etc. Procura dar a conhecer a Doutrina Social da Igreja (DSI) e enformar a acção sócio-caritativa da diocese com o seu espírito, ensinamentos e propostas. Tem a especial função de não só anunciar a proposta do Reino de Deus através da DSI como também de denunciar todas as situações degradantes da dignidade humana e sua realização e ainda que nos afastam de uma sociedade justa, inclusiva, fraterna e de paz. b) Serviço Diocesano da Cáritas Tem os órgãos normais de uma Instituição Particular de Solidariedade Social, os quais são nomeados pelo Bispo diocesano. Tem como objectivos: Promover a acção sócio-caritativa como parte essencial da acção evangelizadora e celebrativa da fé, colaborando na consciencialização de todos os membros da diocese para a coerência evangélica. Promover a consequente partilha de bens. Diocese de Aveiro 27
28 Criar, dinamizar, apoiar e acompanhar grupos paroquiais de acção sócio-caritativa, os quais procurem: suscitar e fazer crescer, na paróquia, a dimensão social e caritativa como exigência da vida da própria comunidade; assegurar o conhecimento e o atendimento dos problemas sócio-familiares e humanos da paróquia, sem qualquer discriminação; promover o espírito de partilha de bens; cumprir a decisão sinodal de cada comunidade paroquial procurar cuidar dos seus pobres e tome a peito a defesa dos mais débeis. Desenvolver as actividades e acções necessárias para o conhecimento real e actualizado das carências sociais e humanas da diocese assumindo lugar preponderante no Observatório Social. Colaborar na procura de respostas adequadas, inovadoras e rápidas para os problemas identificados. Participar activamente nas soluções propostas para a resolução dos problemas. Atender à fraternidade universal traduzida em prontidão de real partilha de proximidade. Em suma, poderemos concluir que a Caritas deve ser tendencialmente o serviço da acção sóciocaritativa da diocese e procurar lentamente entregar as suas valências a outras IPSS e assumir-se como dinamizador do serviço diocesano de pastoral sóciocaritativa não só ao nível diocesano como também ao das comunidades locais. 28 Diocese de Aveiro
29 c) Departamento da Pastoral da Saúde Este serviço é dinamizado e coordenado por um responsável, nomeado pelo Bispo diocesano. O responsável deve constituir a sua equipa de trabalho. Tem como objectivos os seguintes: Criar na diocese atenção à problemática da saúde, seja na prevenção da doença, seja na presença e acompanhamento de doentes e seus familiares, visitadores de doentes e associações de profissionais de saúde. Sensibilizar as comunidades cristãs para a dimensão da pastoral da saúde, apoiando a criação de serviços a nível paroquial, nomeadamente de visitadores de doentes. Promover e coordenar o voluntariado nesta área da pastoral da saúde. Em colaboração com o ISCRA promover a formação dos voluntários e outros agentes da pastoral da saúde. Promover a ligação entre paróquia e internados nos serviços de saúde. Se se entender por bem este departamento pode autonomizar dentro de si o serviço diocesano de visitadores de doentes, entre outros. d) Departamento da Pastoral Penitenciária/Prisional Este serviço é dinamizado e coordenado por um responsável, nomeado pelo Bispo diocesano. O responsável deve constituir a sua equipa de trabalho. Diocese de Aveiro 29
30 Tem como objectivos os seguintes: Integrar a pastoral penitenciária na dimensão da pastoral social, fazendo com que ela não reduza a sua dinâmica de actuação apenas aos estabelecimentos prisionais, mas seja assumida como um processo de toda a comunidade para toda a comunidade sob a responsabilidade do Bispo. Mobilizar as comunidades para o tríplice campo de actuação da pastoral penitenciária: prevenção, prisão e inserção, de modo que todos se assumam responsabilizados. Promover e coordenar o voluntariado nesta área da pastoral penitenciária, sempre em colaboração com o capelão do estabelecimento prisional. Em colaboração com o ISCRA promover a formação dos voluntários e outros agentes da pastoral penitenciária. Promover acções de sensibilização da comunidade em geral e sociedade para as problemáticas das prisões nas três áreas estruturantes: social, jurídica e teológica. e) Departamento da Pastoral da Mobilidade Humana Este serviço é dinamizado e coordenado por um responsável, nomeado pelo Bispo diocesano. O responsável deve constituir a sua equipa de trabalho. Tem como objectivos os seguintes: Fomentar o acolhimento, por parte das 30 Diocese de Aveiro
31 comunidades, aos migrantes, ajudando na sua integração social e humana, mesmo que pensem e ajam de modo diferente. Promover, coordenar e dinamizar acções pastorais para pessoas e grupos considerados população móvel (migrantes, ciganos, turistas, veraneantes, etc). Valorizar e integrar acções nacionais, interdiocesanas, associativas e outras que se orientem para grupos considerados dentro da mobilidade humana. Acolher, valorizar e integrar as culturas, hábitos e tradições de comunidades e pessoas que chegam ao nosso território diocesano. Fomentar nas comunidades migrantes um verdadeiro espírito de colaboração e integração nas comunidades residentes. f) Departamento de Apoio às IPSS Este serviço é dinamizado e coordenado por um responsável e uma equipa de trabalho, nomeados pelo Bispo diocesano. Este departamento subdivide-se em duas equipas de trabalho. Uma é a equipa de apoio e acompanhamento às IPSS de erecção canónica. Tem como objectivos os seguintes: Zelar para que o espírito evangélico seja a matriz da actuação das IPSS. Ser apoio de proximidade e competência técnica na implementação dos serviços prestados pelas IPSS. Diocese de Aveiro 31
32 Colaborar e participar na avaliação dos serviços prestados pelas IPSS. Participar na decisão dos grandes investimentos por parte das IPSS, nomeadamente todos os que ultrapassem os euros por cada opção e um conjunto de euros por ano civil. Zelar pelo cumprimento das orientações técnicas, administrativas e contabilísticas emanadas pelos serviços da tutela das IPSS e ainda pelo cumprimento das obrigações canónicas. Analisar e acompanhar in loco os procedimentos técnicos, administrativos e contabilísticos das IPSS. Analisar os orçamentos, relatórios e contabilidade enviados pelas IPSS ao Bispo diocesano e emitir parecer sobre os mesmos junto do Bispo Diocesano. Promover uma avaliação permanente da acção social da Igreja na diocese. Outra equipa a constituir é a de bens e serviços para as IPSS. Tem como objectivos os seguintes: Iniciar o estudo sobre a possibilidade de a diocese criar uma central de compras, bens e serviços. Auscultar as IPSS sobre esta medida. Avaliar o impacto desta medida e apresentar propostas concretas da exequibilidade desta proposta. 32 Diocese de Aveiro
33 V Caminhos a Percorrer Há passos concretos a dar para que este plano seja concretizado e enforme a vida da diocese e suas comunidades. 1º Estruturar o sector da pastoral sócio-caritativa de acordo com a proposta aqui feita. 2º Assumir o SDPSC como coordenador de toda a pastoral sócio-caritativa da diocese e que o seu director exerça de facto esta missão de coordenação. 3º Dinamizar acções de sensibilização para a diocese no seu todo e suas comunidades no sentido de assumirem a prática da caridade como essência da vida cristã e responsabilidade de cada cristão e da comunidade no seu todo. Para isto muito pode contribuir a dinâmica a criar na celebração do jubileu de restauração da diocese. 4º A Cáritas precisa de implementar com mais vigor a proposta que aqui é feita para ela e as comunidades cristãs locais precisam de acolher esta instituição como dinamizadora da pastoral sócio-caritativa na comunidade local. Diocese de Aveiro 33
34 5º É urgente dinamizar o sector de apoio às IPSS e gerar a dinâmica de união e caminho conjunto das IPSS da Igreja na nossa Diocese. 6º Envolver cada vez mais os Diáconos na pastoral sócio-caritativa de modo a serem rosto e expressão desta Igreja da caridade. 34 Diocese de Aveiro
35 Conclusão Para terminar, que palavra melhor que a do nosso Bispo para nos animar e alentar. Que esta Igreja de Aveiro continue a ser ousada na caridade e criativa nas razões e nos conteúdos da nossa alegria cristã, procurando sempre amar a Deus é servir, contribuindo, assim, para a santidade de todos nós, para o bem da humanidade e para a beleza do mundo, onde o religioso reencontre lugar e cidadania. 29. Assim a Igreja de Aveiro será âncora de esperança e de comunhão e farol de luz, de fraternidade e de paz para crentes e não crentes Cfr. ANTÓNIO FRANCISCO DOS SANTOS, Homilia da Entrada na Diocese. In Informação Pastoral, Diocese de Aveiro, n.º especial, pág Cfr. ANTÓNIO FRANCISCO DOS SANTOS, Homilia do Dia Mundial da Paz de In Informação Pastoral, Diocese de Aveir, n.º especial, pág. 23. Diocese de Aveiro 35
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