REVISTA DE MARKETING TERRITORIAL DO DISTRITO DE INHARRIME
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- Gabriella Coimbra Gama
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1 REPUBLICA DE MOÇAMBIQUE Governo Distrital de Inharrime REVISTA DE MARKETING TERRITORIAL DO DISTRITO DE INHARRIME Associação Josina Machel, produção e processamento da mandioca de Inharrime. Contacto: Ananás produzido pela Associação 1º de Maio de Ngulela Inharrime.Cont A empresa Moçambique Orgânica tem estado a exportar mensalmente para os mercados da Europa, América e África do Sul 7 de piri-piri, entre outras. José Estefano Gerente. Nhacoongo, Inharrime. Com o apoio de: 1
2 1. NOTA EDITORIAL Caros leitores, Esta é a primeira edição da Revista de Marketing Territorial de Inharrime. Na presente edição iremos contemplar os primeiros resultados da conjugação das vocações específicas dos actores que intervêm na exploração do tecido económico do distrito. Endereçamos o nosso maior agradecimento ao Programa ART-PAPDEL (Articulação de Redes Territoriais Tgemáticas Programa de Apoio ao Processo de Desenvolvimento Económico Local) da Direcção Provincial do Plano e Finanças de Inhambane, em parceria com a ADEI Agência de Desenvolvimento Económico de Inhambane, pelo apoio prestado até ao alcance dos resultados aqui apresentados. O Administrador Ficha técnica: Autores: Governo do Distrito de Inharrime Secretaria Distrital de Inharrime: Repartição de Planificação e Desenvolvimento Local Assistência técnica e maquetização: Direcção Provincial do Plano e Finanças de Inhambane Departamento de Promoção do Desenvolvimento Rural Parceiros: Agência de Desenvolvimento Económico de Inhambane 2
3 Diagnóstico da Economia do Distrito no período Pilar Jurídico No período de 2005 a 2009 o distrito beneficiou-se da entrada em vigor de instrumentos legais tendentes a tornar cada vez mais simplificada a implantação de novos negócios, quer sejam elas empresas com fins lucrativos e associações sem fins lucrativos Regulamento de Licenciamento Contratação de simplificado de Empreitada de Obras actividades económicas Públicas, Fornecimento de Bens e Prestação de Constituição, reconhecimento e Serviços ao Estado (Decreto nº 54/ 2005 de registo das associações e uniões agro-pecuárias, 13 de Dezembro) Formulários do Estatuto Orgânico do requerimento-tipo e Governo Distrital Estatuto-tipo para o (Decreto nº 6/ 2006 de reconhecimento das 12 de Abril) associações e uniões agro-pecuárias Regulamento da Lei dos Órgãos Locais do Estado (Decreto nº 11/ 2005 de 10 de Junho) Estatuto Orgânico do Serviço Distrital Actividades Económicas Regulamento das Agências de Viagens e Turismo e Profissionais de Informação Turística Mecanismos de canalização e utilização dos vinte por cento do valor das taxas, consignadas a favor das comunidades locais, cobradas ao abrigo da legislação florestal e faunística Regulamento da Lei de ordenamento territorial Transporte Turístico, Animação Turística, Regulamento do Direito de Habitação Periódica Regime dos incentivos fiscais das áreas mineiras e petrolíferas Actualização da legislação tributária relativa à actividade mineira Normas e procedimentos para a inscrição de técnicos elegíveis à elaboração de relatórios de prospecção e pesquisa e programas de trabalho em projectos minerais Segurança técnica e de saúde nas actividades geológico-mineiras Normas básicas de gestão ambiental para a actividade mineira Termos de exercício dos direitos e deveres relativos ao uso e aproveitamento de recursos minerais com respeito pelo meio ambiente Transporte Turístico Animação Turística Alojamento Turístico, Restauração e Bebidas e Salas de Dança Fonte: Relatório do Capítulo DEL/Adenda ao PEDD II Evidências de Impacto no Período: Licenciamento simplificado actividades económicas de Concessões de licenças para o estabelecimento e exploração de instalações eléctricas Requisitos higiénicosanitários de produção, transporte, comercialização e inspecção e fiscalização de géneros alimentícios Gestão de pesticidas, Prevenção e controlo da propagação de pragas Sanidade animal Gestão pesticidas de Designação Ano de Constituição Tivikeli- Assoc. Tivikeli 2008 Área de Intervenção Responsável da Organização Contactos Desenvolv. Económico Paulito.P. Gouveia URONGA- Assoc. Uronga 2006 HIV/SIDA e COVs Adélia J. Tsambi Desenvol.Sócio USCI 2008 Económico Abel C. Mavie Fonte: PEDD II de Inharrime 3
4 Nome da Instituição Financeira Tipo de Instituição Tipo de serviços que oferece Sector (es) que financia Área Geográfica de Actuação Banco Internacional de Moçambique (BIM, SA) Banco Comercial Depósitos (a ordem e a prazo), Creditos (a particulares e Empresas) e Seguros Comércio, Comércio, Indústria e Agricultura Inharrime, Zavala, Panda e Jangamo Banco Comercial e de Investimentos (BCI SA) Banco Comercial Depósitos (a ordem e a prazo), Creditos (a particulares e Empresas) Comércio, Indústria e Agricultura Inharrime, Zavala, Panda e Jangamo Fundos Distritais de Desenvolvimento (FDD) Crédito Público Empréstimos a taxas de juro bonificadas para produtores e empreendedores das zonas rurais Agricultura, Pecuária, Pequena Indústria e Comércio Todo o distrito de Inharrime Fundo de Desenvolvimento da Mulher (FDM) Microcrédito Crédito a microempresa individual, Crédito a grupo Solidario, crédito Agrícola, Crédito Jovem, Crédito Não -produtivo Comércio, Indústria e Agricultura Inharrime, Zavala, Panda e Jangamo Fonte: PEDD II de Inharrime 4
5 3 Pilar de Assistência Técnica e Capacitação Maior parte dos serviços de assistência técnica no distrito estão voltados para a área da agricultura. O cenário projectado para os próximos anos orienta para acções de assistência técnica mais voltados para o processamento, reparações de equipamentos e comercialização, gerando capacidades para completar as cadeias de valor da maior parte das potencialidades locais. Instituições SDAE IIAM Instituto de Investigação Agrária de Moçambique- Posto agronómico de Nhacoongo Fundo de Desenvolvimento da Mulher (FDM) Escola Técnica Profissional Domingos Sávio ABIODES GTZ- Programa de Descentralização MAHLAHLE Associação Josina Machel Conselho Cristão de Moçambique - (CCM)- não residente ADEI- não residente FUR AFRICA- serração Ambito de Assistência Técnica e/capacitação Extensão Rural (Divulgação e treinamento para uso de pacotes tecnológicos, vacinações, fomento de culturas, controlo de queimadas, podas sanitárias, etc) Tratamento químico de cajueiros. Produção de mudas de cajueiros e outras fruteiras, Multiplicação local de sementes; Tratamento fitossanitário; Ensaios agronómicos; Ligações entre investigação e extensão. Formação em gestão do crédito (treinamento) Gestão de Pequenos Negócios Educação Financeira e educação para saúde Ensino de Cursos de nível básico de Agro-Pecuária, Cursos de carpintaria, informática, serralheira mecânica, electricidade e construção civil Produção e distribuição de mudas de fruteiras; Assistência Técnica. Apoio institucional para planificação descentralizada. Produção e distribuição de mudas de fruteiras; Assistência Técnica. Treinamento em técnicas de processamento da mandioca. Capacitação as associações locais e CCL em matéria de HIV, agricultura Formação e capacitação aos beneficiários dos FDD, CTD e CCD; Assistência técnica aos empresários locais; Criação e promoção das MERAs (Microempresas Rurais Associativas) no âmbito da construção civil. Promoção do marketing territorial do Distrito Formação aos trabalhadores em processamento de madeira 5
6 Infraestrutura Capacidade Estado de Funcionamento Localização Mercados 56 bancas Operacional Nhanombe Mercado Grossista 48 bancas Em construção Nhanombe Mercado das potencialidades 40 bancas Em construção Dongane Armazém do SDAE- insumos agrícolas 1050 m3 Em funcionamento Nhanombe Armazém Posto Agronómico 560 m3 Em funcionamento Dongane Armazém 897 m3 Dongane Armazém 647,64 m3 Dongane Armazém Secretaria Distrital 160m3 160m3 Em funcionamento Nhanombe Centro de Recursos 587m3 Não operacional Nhanombe Tanque caracicidas litros Operacional Nhapadiane- Coguno Mangas de tratamento TOTAL= 25 Sistemas de Rega TOTAL= litros Operacional Nhapadiane- Sede litros Operacional Mahalamba- Mocumbi litros Operacional Mahalamba - Mangoro litros Operacional Chacane- Sede litros Operacional Chacane- Coche litros Em construção Chacane- Calangane litros Operacional Nhanombe- Sede Operacionais 3 Não operacionais 1 Operacional 2 Operacionais 1 Operacional 4 Operacionais Nhapadiane Mahalamba Chacane Nhanombe Dongane Nhapadiane Chacane Nhanombe Dongane 6
7 Pilar 4: Infra-estruturas e Serviços de apoio à produção e comercialização (Continuação) Lojas insumos agrícolas TOTAL= 3 1 loja 2 lojas Mahalamba Nhanombe Matadouro Operacional Nhanombe Talho Operacional Nhanombe Fábrica de processamento de óleo da cozinha Fabrica de Serração de Madeira Fábrica de fertilizantes orgânicos Capacidade instalada de 20 ton de copra/ dia Em funcionamento Dongane 50 toros/ dia Operacional Dongane Producao por encomenda Operacional Dongane Cerâmica tijolos/ano Operacional Dongane Pontes 1betao 3 metálicas 1 metálica Operacionais Sobre rio Inharrime N1- Zavora Rio Inhassune Produtos 2005 Mandioca Milho miúdo Piri-Piri Maputo RSA Região Sul e Centro do país RSA Turismo Costeiro R.S.A. Fonte: PEDD II DE Inharrime. 7
8 EVENTOS DE AVALIAÇÃO E ANÁLISE DO POTENCIAL ECONÓMICO DO DISTRITO DE INHARRIME INSERÇÃO DA ABORDAGEM DEL NA PLANIFICAÇÃO LOCAL PRINCIPAIS RESULTADOS DAS SESSÕES DE TRABALHO NA ÓPTICA DA ABORDAGEM DO DEL NO DISTRITO DE INHARRIME 8
9 1 Dimensionamento das Potencialidades Locais Potencialidades Unidade de Potencial medida (Quantidades) Localidades destacáveis Milho (Ton) 110,740 Mahalamba, Chacane Arroz (Ton) 2,322 Chacane, Nhapadiane Amendoim (Ton) 31,779 Todas as Localidades Feijão Nhemba (Ton) 32,284 Chacane, Mahalamba Feijão jugo (Ton) 218 Mahalamba Hortícolas (Ton) 4,233 Chacane Mandioca Dongane, Nhanombe, (Ton) 389,083 Mahalamba Batata-doce (Ton) 207 Chacane Batata Reno (Ton) 596 Chacane, Nhapadiane Ananas (Ton) 8,930 Mahalamba, Chacane Produção de Citrinos (Ton) 64,795 Nhanombe, Dongane Castanha de Caju (Ton) 942 Todas as Localidades Manga (Ton) 64,795 Dongane, Nhanombe Gado bovino unidade 46,800 Nhapadiane, Chacane Gado caprino unidade 19,000 Nhapadiane, Chacane Galinaceos unidade 50,600 Nhanombe Suinos unidade 13,800 Nhanombe Turismo costeiro hectareas 13,500 Nhanombe, Dongane Coco (Ton) 383,000 Dongane Copra (Ton) 3,600 Dongane Banana (Ton) 653 Nhanombe, Mahalamba Milho miudo (Ton) 52,800 Dongane Piri- Piri (Ton) 32 Dongane Fonte: PEDD II de Inharrime 9
10 2 Análise do comportamento da economia distrital Evolução da Produção de 2005 a 2009 Unidade de Produção Produtos Medida (2005) (2006) (2007) (2008) (2009) Milho (Ton) 13, , , , ,728.6 Arroz (Ton) 1, , Amendoim (Ton) 1, , , ,641.5 Feijão Nhemba (Ton) 1, , , , ,511.3 Feijão jugo (Ton) Hortícolas (Ton) ,561.0 Mandioca (Ton) 43, , , , ,001.6 Batata-doce (Ton) Batata Reno (Ton) Ananas (Ton) 1, , , , ,938.0 Produção de Citrinos (Ton) 24, , , , ,360.0 Castanha de Caju (Ton) Manga (Ton) 27, , , , ,261.0 Gado bovino unidade 7, , , , ,999.0 Gado caprino unidade 1, , , , ,136.0 Galinaceos unidade 7, , , , ,384.0 Suinos unidade 1, ,018 2,263 2,266.0 Turismo costeiro hectares Coco (Ton) 30, , , , Copra (Ton) 2, , , , Banana (Ton) Milho miudo (Ton) ,800.0 Piri- Piri (Ton) Fonte: PEDD II de Inharrime 10
11 Cálculo das Taxas de Crescimento para análise do comportamento da economia distrital % Crescimento % Produtos (2006/2005) (2007/2006) (2008/2007) (2009/2008) Média Milho 7.1% -52.3% 92.7% 7.1% 13.7% Arroz 6.8% -82.8% -61.3% 149.6% 3.1% Amendoim 4.6% -59.9% 218.3% 12.6% 43.9% Feijão Nhemba 5.2% -12.5% 157.9% -45.2% 26.3% Feijão jugo 4.0% 73.1% -72.2% 191.8% 49.2% Hortícolas 19.8% 138.4% 19.7% 248.4% 106.6% Mandioca 46.1% 35.4% 10.3% 151.6% 60.8% Batata-doce 84.0% -13.0% -28.0% 14.3% Batata Reno 5.6% 2.2% 3.9% Ananas 36.2% 16.0% -3.8% 36.9% 21.3% Produção de Citrinos 2.0% 0.6% -6.5% 3.1% -0.2% Castanha de Caju 98.7% 142.5% 95.2% -27.0% 77.3% Manga 1.3% -1.2% 1.8% 3.3% 1.3% Gado bovino 29.7% 28.0% 3.0% 22.8% 20.9% Gado caprino 2.8% 70.1% -15.3% 48.3% 26.5% Galinaceos % -86.1% 257.6% -70.6% 334.0% Suinos -40.4% 147.9% 12.1% 0.1% 30.0% Turismo costeiro 2.7% 120.5% -11.3% -49.7% 15.6% Coco 3.9% 0.1% -0.4% -98.1% -23.6% Copra 31.4% -48.8% 21.1% -49.4% -11.4% Banana 12.6% 1.8% 6.3% 0.0% 5.2% Milho miudo sd sd sd sd sd Piri- Piri sd sd sd sd sd Fonte: PEDD II de Inharrime 11
12 Gráficos do Diagnóstico 12
13 Os quadros e gráficos acima mostram uma série de dados da produção caracterizada por um comportamento irregular. A irregularidade dos dados nem sempre espelha a real capacidade produtiva do distrito sendo ela justificada por: limitada capacidade de recolha de dados que por sua vez se deve a exiguidade de meios, falta de chuvas, entre outros factores. Observando a série nota-se que as culturas de milho, arroz, amendoim, feijão nhemba e copra caíram drasticamente em 2007 quebrando o ritmo de crescimento dos anos anteriores, tendo apenas o milho e amendoim, conseguido recuperar nos anos seguintes. As razões apontadas para esta variação foram: A queda irregular das chuvas; Ocorrência de estiagem na primeira época de campanha agrícola; No caso das culturas que recuperaram dentro deste conjunto aponta-se como possíveis factores favoráveis: As condições climáticas favoreceram as culturas da segunda época de campanha agrícola; Distribuição de semente para a cultura de milho. A banana, batata-doce, batata-reno e feijão-jugo não apresentam uma variação assinalável durante o período, tendo volumes de produção estáticos e muito baixos (abaixo de 500 toneladas) As razões apontadas para esta situação foram: Falta de cobertura geográfica das campanhas de monitoria da produção; Ausência da cultura de registos por parte dos produtores e comerciantes destas culturas Os factores que favoreceram: Alocação dos fundos de FDD na sua componente de produção de comida; Distribuição da semente de batata Reno. O peixe, Pedra, e Abacate não apresentam nenhum dado, transparecendo a não exploração no distrito. Contudo na realidade e tal como foi abordado no seio dos membros do Grupo de Trabalho Distrital do DEL, estas potencialidades são exploradas, tendo-se alertado sobre o perigo de insustentabilidade e risco de erosão, que a extração de pedra e areia grossa provocam no distrito. As razões apontadas para esta situação foram: Ausência de informação registada sobre a exploração Exiguidade de Recursos humanos no SDAE para lidar com a gestão destes recursos. 13
14 5 Análise dos cenários de Crescimento da economia Preservada a sustentabilidade na exploração dos recursos potenciais do distrito de Inharrime, é notável a existência de muitas oportunidades de negócio no cenário 1. As culturas de milho miúdo e piri-piri apesar de aparecerem com um valor nulo, devem ser tomadas em consideração como oportunidades de negócio uma vez que o único produtor desta cultura tem recorrido ao fomento desta cultura e posteriormente adquire o produto para a exportação. No caso do milho miúdo, trata-se duma oportunidade aberta para os exploradores da cultura de milho que apresenta oportunidade de negócio de ton, dado que estes produtores podem adoptar o milho miúdo nos seus campos de cultivo. 14
15 6 Selecção dos Vectores de Desenvolvimento Económico Local Critérios de seleção: Número de potenciais beneficiários no distrito; Existência de Mercado para a potencialidade; Dimensão de Mercado para a potencialidade; Preços compensatórios; Potencial para criar renda e; Potencial para criar postos de emprego. A Mandioca, com maior número de beneficiários, mercado maior e mais abrangente bem como maior capacidade de geração de emprego, embora não apresente preços compensatórios e tenha ainda pouco potencial para criar renda; O Feijão jugo, que beneficia de vantagens no mercado, renda e emprego, embora sem muitos beneficiários no distrito; As Hortícolas, cuja exploração beneficia a muitas pessoas, tem mercado, embora com preços não compensatórios; Ananás, que tem mais mercado, preços compensatórios, bom rendimento e emprego, embora seja explorado por poucas pessoas; O Turismo Costeiro, com um mercado considerável, preços compensatórios, rendimento e empregabilidade aceitáveis no distrito, embora a sua exploração venha a beneficiar a poucas pessoas; O Milho miúdo, e Piri-piri, com um mercado interno e externo identificado, preços compensatórios, rendimento e emprego consideráveis, embora com poucos beneficiários no distrito. 15
16 7 Desenho das Cadeias de Valor e Planos de Acção CADEIA DE VALORES PARA FEIJÃO JUGO Problemas Produz-se apenas 73 ton/ano em 2009 O distrito forneceu apenas 2.7 ton de semente não certificada e de safras anteriores, destinada ao consumo das famílias; Apenas é explorada uma área de há/ano em 2009, com uso de enxada cabo curto e mão de obra familiar (crianças e velhos); Não existe nenhum tractor na localidade de Mahalamba O descasque do feijão jugo é feito manualmente; O feijão jugo é cozido e consumido fresco; Perdas da semente devido ao uso do produto fresco e difícil descasque quando seco; Falta de Produtos químicos para a conservação Falta de acesso a informação sobre preços e condições de Venda favoráveis para o produtor; O feijão jugo é vendido com casca, ainda fresco; Falta de embalagens padronizadas para a venda do feijão jugo; Insuficiência de compradores seguros da produção da safra seguinte, deixando incertezas quanto a possível venda ou escoamento da produção pós colheita. Elevado custo da publicidade via rádio; Componentes da Cadeia de Valores PRODUÇÃO: Aumento da produção para 218 ton/ano Deverá se atingir uma capacidade de fornecimento local de semente seleccionada de 8.2 ton/ano em 2014 Aumento da área cultivada até 272.5ha Soluções/Oportunidades de Negócio Incrementar a produção em 145 ton até Incentivar a aquisição e venda pelos comerciantes locais de 5.5 ton de semente até 2014 Aumentar a área cultivada do feijão jugo em hectares. Incentivar o alargamento das áreas de cultivo com alfaias agrícolas; Venda de pelo menos 1 tractor agrícola até 2014 TRANSFORMAÇÃO: Incentivar a aquisição e venda de maquinetas de descasque pelas famílias; Introduzir técnicas e novos processos de processamento do feijão jugo para o uso doméstico e industrial do feijão jugo; Pesquisa e venda de mais derivados do feijão jugo no distrito; Operacionalizar armazéns existentes Unidade de venda de produtos químicos COMERCIALIZAÇÃO: Mercado grossista em construção; Necessidade de incentivo à compra antecipada, a preços compensatórios do feijão jugo da safra seguinte e fixação de metas a cumprir; Pesquisa de mercado do feijão jugo dentro e fora do distrito; Necessidade de melhorar a transitabilidade da estrada Necessidade de potenciar a localidade de Mahalamba com uma unidade de compra a grosso junto dos camponeses, a preços compensatórios; Necessidade de incentivar o uso da rota Nharrime-sede a Nhatave e Inharrime-sede a Mahalamba, pelos transportadores locais durante a fase de colheita (entre os meses de Junho e Julho), subsidiando o custo da carga deste produto para o mercado; Necessidade de lançamento de pelo menos 10 anúncios publicitários via rádio comunitária e provincial sobre a disponibilidade da produção e seus respectivos preços. 16
17 PLANO DE ACÇÃO PARA FEIJÃO JUGO Acções Ano Responsabilização total Governo S. Privado S. Civil Identificar parceiro para fornecer semente de qualidade Contratação de mais mão de obra Promover o tratamento químico Aquisição e montagem dum sistema de regadio Identificar parceiro para fornecer as máquinas de descasque Encontrar outras aplicações comerciais para do produto Identificar mercado externo para o produto Operacionalizar armazéns existentes Unidade de venda de produtos químicos Finalizar da construção do Mercado grossista e previlegiar a venda da produção local Monitorar os preços internos e externos X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X X ILUSTRAÇÃO DAS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO COM FEIJÃO JUGO 17
18 CADEIA DE VALORES PARA MANDIOCA Problemas A produção actual é de apenas ton, em 2009 Apenas m3 de estaca plantada em 2009 Explora-se apenas hectares de mandioca no distrito, com recurso a tracção animal e enxada. Não existe um tractor ao serviço da cultura da mandioca no distrito Tendência de atraso na campanha pelos camponeses Reduzida capacidade de assistência a Doenças que afectam a cultura da mandioca (podridão radicular, mosaico) Apenas 1 Associação opera regularmente no processamento da farinha de mandioca Apenas se processa e vende-se 1 produto com a mandioca no mercado (farinha de tapioca) Falta de energia eléctrica para uso de equipamentos menos onerosos de processamento Não aproveitamento dos Disperdícios de mandioca no distrito Fraco acesso ao crédito financeiro para aquisição de pequenas maquinetas Fraca capacidade técnica do manuseamento do equipamento Componentes da Cadeia de Valores Insumos Produção potencial de ton/ano Assegurado o plantio das m3 de estacas de mandioca no distrito Exploração de ha de terra pela mandioca Início do plantio em Junho de cada ano Mais extensionistas e empresas ao serviço da produção da Mandioca TRANSFORMAÇÃO: Expansão da pequena industria local de processamento para 5 agentes regulares. Equipamentos adequados às necessidades do mercado da farinha de mandioca Redução de custos de processamento da mandioca Aproveitamento dos subprodutos da mandioca Facilidade de financiamento à pequena indústria de processamento da mandioca Domínio de técnicas de processamento COMERCIALIZAÇÃO: Soluções/Oportunidades de Negócio Garantir que até 2014 sejam adicionalmente produzidas mais ,4 ton. Incrementar a disseminação e o plantio de mais ,5 m3 de estacas de mandioca até 2014 Necessidade de alocar-se mais 1 tractor na produção da mandioca; Sensibilização dos camponeses em relação a preparação antecipada dos campos Alocação de mais 4 extensionistas no SDAE; Contratação de serviços de assistência aos produtores da mandioca no distrito Incentivo a pelo menos mais 4 agentes processadores de farinha Alocação de 4 maquinetas de processamento no distrito Aquisição e venda no distrito de equipamentos e maquinetas de processamento da mandioca em farináceos e pão Produção de farinha para fabrico de pão Pelo menos 1 PT instalado próximo da unidade de processamento de mandioca através da parceria entre produtores e serviços da EDM Promover a instalação duma empresa de reciclagem e aproveitamento dos resíduos da mandioca Facilitar o acesso ao crédito aos produtores Formação, capacitação e treinamento dos recursos humanos sobre as técnicas de manuseamento. 18
19 As embalagens são produzidas e adquiridas fora do distrito e possuem único tamanho Fraca aplicação da farinha de mandioca na produção do pão Baixo preço pago pelos compradores de maior volume Rápida Perda de qualidade e valor de mercado devido a venda da mandioca no estado fresco Fabrico local e Diversificação de tamanho das embalagens Venda da farinha de mandioca para padarias e pastelarias Associativismo na comercialização da mandioca. Incentivar a produção local da embalagem, em tamanhos diversificados Publicitar e adequar a farinha da mandioca às exigências das panificadoras Criar uma Associação dos produtores da mandioca para discutir o preço no mercado Montar um posto de recolha, tratamento e armazenamento da mandioca para a sua posterior colocação no mercado. PLANO DE ACÇÃO PARA MANDIOCA Acções Ano Responsabilização total Governo S. Privado S. Civil Garantir que até 2014 sejam X X X adicionalmente produzidas mais ,4 ton. Incrementar a disseminação e o X X X plantio de mais ,5 m3 de estacas de mandioca até 2014 Necessidade de alocar-se mais 1 1 X X tractor na produção da mandioca; Sensibilização dos camponeses X X X X X X em relação a preparação antecipada dos campos Alocação de mais 4 extensionistas X no SDAE; Contratação de serviços de assistência aos produtores da mandioca no distrito Incentivar a implantação de mais X X 4 agentes processadores de farinha Adquirir e alocar 4 maquinetas de X X processamento no distrito Adquirir e vender-se no distrito x x x x X equipamentos e maquinetas de processamento da mandioca em farináceos e pão Produção de farinha para fabrico x x x x X de pão Pelo menos 1 PT instalado 1 X X próximo da unidade de processamento de mandioca através da parceria entre produtores e serviços da EDM Promover a instalação duma 1 X empresa de reciclagem e aproveitamento dos resíduos da mandioca Facilitar o acesso ao crédito aos produtores x x x x X 19
20 Acções Ano Responsabilização total Governo S. Privado S. Civil Formação, capacitação e x x X X treinamento dos recursos humanos sobre as técnicas de manuseamento. Incentivar a produção local da x x x x X embalagem, em tamanhos diversificados Publicitar e adequar a farinha da x x x x X mandioca às exigências das panificadoras Criar uma Associação dos 1 X X produtores da mandioca para discutir o preço no mercado Montar um posto de recolha, tratamento e armazenamento da mandioca para a sua posterior colocação no mercado. 1 X ILUSTRAÇÃO DAS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO DA MANDIOCA 20
21 CADEIA DE VALORES PARA PIRI-PIRI Problemas Actualmente apenas produz-se 32 ton/ano Apenas 1 único produtor no distrito (Monopólio) Apenas conserva-se e semea-se 480kg de semente de piri-piri A área cultivada do piri-piri cobre apenas 32 hectares A cultura não é muito aderida devido à prática duma variedade mais dependente da irrigação Elevados custos de conservação dos insumos auxiliares no piri-piri processado por parte do fabricante do piri-piri Falta de instalações ou unidades de processamento Produção caseira do piri-piri Preço não compensador dos custos com a conservação e embalagem do piri-piri Uso de embalagem maior por falta de embalagens menores no mercado; Custo de produção elevados devido ao tipo de embalagem Falta de equipamentos para a selagem do produto Falta de laboratório para a determinação de elementos qualitativos e ensaio do produto Componentes da Cadeia de Valores Insumos Produção potencial 1024 ton/ano Fornecedores de piri-piri fresco aumentado para 100 produtores Disponíveis cerca de 15.4 toneladas de semente/ano até 2014 Área de cultivo do piri-piri no distrito atingindo 1024 hectares Produção duma Diversa gama de piri-piri TRANSFORMAÇÃO: Mais operadores ocupados no fabrico do piri-piri Capacidade de processamento fortalecida e equipada COMERCIALIZAÇÃO: Novas embalagens no mercado Embalagens de vários tamanhos e tipo Maquinetas de selagem do produto Laboratório e garantia de qualidade Soluções/Oportunidades de Negócio Duplicar anualmente o volume de produção até 2014 Promover e incentivar a produção comercial do piri-piri para obter mais 992 ton até 2014 Promover e incentivar a entrada de mais 99 pequenos produtores de piri-piri no distrito Criar capacidade para atingir 14.9 toneladas de semente de piri-piri até 2014 Duplicar anualmente a área de cultivo do piripiri até 2014, por forma a incrementá-la em mais 992 hectares Diferenciação de culturas; Montagem sistemas de irrigação Promover a produção comercial do piri-piri pelos privados; Pesquisa de semente de piri-piri mais adaptado ao solo local Entrada de pelo menos 4 operadores comerciais que se ocupem com o tratamento e venda de insumos auxiliares do piri-piri processado, nomeadamente: a manga, limão, lima e óleo Construção de 1 unidade de processamento do piri-piri Incentivar a venda de equipamentos apropriados para o processamento do piri-piri Produzir e vender-se embalagens em tamanho menos (300 a 350ml) Negociar com as fábricas de embalagens para moldes menores e padronizados para o piripiri Implementar duma embalagem em plástico, ao invés de garafa Adquirir e vender Maquinetas para a selagem das embalagens Instalar serviços laboratoriais e químicos para a certificação e aprovação do produto 21
22 PLANO DE ACÇÃO PARA PIRI-PIRI Acções Ano Responsabilização total Governo S. S. Civil Privado Duplicar anualmente o volume de produção até ton X X Promover e incentivar a produção comercial do piri-piri para obter mais 992 ton até 2014 Promover e incentivar a entrada de mais 99 pequenos produtores de piri-piri no distrito Criar capacidade para atingir 14.9 toneladas de semente de piri-piri até 2014 Entrada de pelo menos 4 operadores comerciais que se ocupem com o tratamento e venda de insumos auxiliares do piri-piri processado, nomeadamente: a manga, limão, lima e óleo Construção de 1 unidade de processamento do piri-piri Incentivar a venda de equipamentos apropriados para o processamento do piri-piri Produzir e vender-se embalagens em tamanho menos (300 a 350ml) Negociar com as fábricas de embalagens para moldes menores e padronizados para o piri-piri Implementar uma embalagem em plástico, ao invés de garafa Adquirir e vender Maquinetas para a selagem das embalagens Instalar serviços laboratoriais e químicos para a certificação e aprovação do produto ha X X X X X X X X X 1 X X x x X X x x x x X x x X X x x x x X x 1 X X ILUSTRAÇÃO DAS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIO DO PIRI-PIRI X 22
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