OLÁ! CARO AMIGO/ EU SOU PAULO CHAVEIRO E ESTE É O PROGRAMA O SOM DO LIVRO QUE TRÁS ATÉ SI O LIVRO MAIS LIDO EM TODO O

Transcrição

1 REFERÊNCIA: Atos 24 Data de Gravação: hora 11.35h PRODUTOR: Paulo Chaveiro Locução: Paulo Chaveiro OLÁ! CARO AMIGO/ EU SOU PAULO CHAVEIRO E ESTE É O PROGRAMA O SOM DO LIVRO QUE TRÁS ATÉ SI O LIVRO MAIS LIDO EM TODO O MUNDO. / O MEU DESEJO É QUE O SOM DESTE LIVRO CONTINUE A FALAR CONSIGO/ MESMO DEPOIS DE DESLIGAR O SEU RÁDIO. / Prezado amigo, estamos agora no capítulo 24 de Actos, onde encontramos Paulo, os apóstolos, em Cesaréia, sendo julgado pelo governador Félix. Para apreciarmos melhor este capítulo que nos mostra o grande apóstolo diante desse governador, vamos procurar antes entrar um pouco na história desse homem chamado Félix, governador romano em Cesaréia. Ele foi de humilde nascimento e galgou elevada posição mercê de seu irmão Palas. Foi um favorito influente na corte imperial, tendo sido exposto ao descrédito público numa frase cortante de Tácito: "Ele exerceu a autoridade de rei com a mentalidade de escravo." Sua esposa era Drusila, filha mais moça de Herodes Agripa I. Ambos conheciam alguma coisa do Cristianismo se bem que o interesse deles fosse estritamente académico. Vamos ler agora, ouvinte, Actos 24:1 Cinco dias depois chegava Ananias, o supremo sacerdote, acompanhado de alguns dos anciãos do povo e de um certo Tertulo, advogado, para apresentarem as suas acusações contra Paulo. 1

2 Vemos aqui o sumo sacerdote na liderança dessa mentira contra o cristianismo, acusando o apóstolo Paulo com advogado contratado. O Actos 24: 2: 2 Quando Paulo foi trazido, Tertulo expôs as acusações que eram feitas a Paulo no seguinte discurso dirigido ao governador: Excelentíssimo Felix, graças à sua pessoa e à sua sábia administração, muita coisa boa e muita paz tem tido este povo, Estas palavras desse orador medíocre que acusa Paulo, são palavras de bajulação. Tértulo é um orador medíocre, mas esperto. É medíocre porque no final de tudo ele não acusa Paulo de nenhuma falta especificamente. Continua dizendo Tértulo, procurando ganhar a simpatia do governador, dizendo: Excelentíssimo Felix, graças à sua pessoa e à sua sábia administração, muita coisa boa e muita paz tem tido este povo, 3 e tudo isto é com imensa gratidão que o reconhecemos. 4 Mas, para que o não enfade, solicito a sua atenção durante um instante enquanto exponho em resumo as nossas acusações contra este homem. 5 É que verificámos tratar-se de um agitador, um homem que constantemente incita os judeus no mundo inteiro a tumultos e rebeliões contra o governo romano. É ele o cabecilha da seita conhecida pelo nome de Nazarenos. 6/7 Além disso, tentava profanar o templo quando o prendemos. Ter-lhe-íamos dado o castigo que justamente merece se Lisias, comandante da guarnição, não tivesse aparecido, arrancando-o violentamente das nossas mãos e exigindo que fosse julgado pela lei romana. Como vemos, Tértulo não mede as palavras para acusar injustamente um apóstolo que a única coisa que realmente faz é pregar a Cristo. Pelo exemplo desse advogado, vemos como as palavras podem ser profissionalizadas, prestando-se a serviços 2

3 tão baixos, rebaixando-se a combater a própria verdade, a própria justiça. E quantas vezes homens como Tértulo não têm se entregado de corpo e alma para usar a sua capacidade de oratória para difamar, acusar, humilhar, condenar, aviltar, visando dinheiro, ou fazendo uso da palavra com fins meramente políticos e profissionais, sem visar o bem de quam quer que seja. Notemos ainda o versículo 8, onde Tértulo, continua a sua acusaão contra o apóstolo Paulo: 8 Basta interrogá-lo para comprovar a verdade das nossas acusações. 9 Logo os outros judeus fizeram coro, afirmando ser verdade tudo quanto Tertulo acabara de dizer. Notamos por estas palavras que Tértulo não gostou de o comandante Lísias ter tomado das mãos furiosas do povo o apóstolo Paulo que estava em perigo de morte. Por esta maldade desse advogado vemos bem claramente a sua qualidade. Se Tértulo não gostou da ação da autoridade no esforço juto para salvar um homem que estava sendo vítima da fúria incontida do povo, isto mostra que ele, pelo menos na prática defendia a anarquia, a ausência da lei, e a justiça, no seu modo de ver. E no caso aqui, como está claro, tratava-se de uma grande injustiça, pois estavam perseguindo um apóstolo que era o intérprete da lei. Bem, a acção deles contra Paulo, era o fanatismo em acção, a intolerância religiosa, contra a verdade, que é Cristo. Estas acusações injustas de Tértulo foram endossadas maliciosamente pelos judeus, Passemos adiante e vejamos os versículos de 10 a 13: 10 Era a vez de Paulo falar. O governador, com um gesto, mandou-lhe que falasse. Paulo começou: Sei que, 3

4 desde há muitos anos, o governador é conhecedor dos problemas desta nação; por isso com mais confiança faço a minha defesa. 11/13 Poderá facilmente averiguar que há apenas doze dias atrás cheguei a Jerusalém para adorar no templo, sem nunca ter provocado tumultos em quaisquer sinagogas ou nas ruas de qualquer cidade; e estes homens não poderão provar os actos de que me acusam. Prezado amigo, é fácil de se notar a grande defesa do apóstolo Paulo contra as acusações que foram lançadas sobre ele. Foram completamente desfeitas. Diante do que Paulo diz e a maneira comorefuta as acusações contra ele, era para o juiz soltá-lo imediamente, pondo-o em liberdade, e dando-lhe proteção contr as ameaças dos inimigos. Mas, Félix é um homem completamente desprovido daquelas qualidades retas e justas que devem caracterizar um juiz. A defesa do apóstolo mostrou que as palavras do advogado de acusação precisa de provas. Não é só chegar perante um tribunal ou juiz e acusar alguém. Os fatos que provam a acusação, são indispensáveis, para legitimar as acusações, pelo contrário elas se tornam vazias e sem sentido, sem nenhum poder condenatrório. Foi assim que procedeu Tértulo. Vemos por isto, que a defesa do crente contra acusações de inimigos deve ser feita cuidadosamente. O apóstolo Paulo aqui não deixou sem resposta, sem refutação, sem réplica, a acusação que os líderes religiosos fizeram contra ele por meiodesse advogado contratado por eles. De forma que não é questão de se deixar para ver como é que fica, ou o em que vai dar depois, ou deixar que Deus decida tudo quando quizer. Não. É de nossa própria atribuição nos defendermos com sabedoria e com a ajuda 4

5 do próprio Espirito Santo que nos ajudará na nossa defessa. Paulo se defendeu logo e em várias das acusações do mundo e dos homens, e nem podemos dispender o emprego da lei e da justiça par nos defendermos, quando formos acusados de fora. Agora, não é justo um crente levar outro crente à barra do tribunal humano, quando tudo pode ser decidido entre eles ou no meio da sua comunidade cristã. Aliás o apóstolo Paulo fala muito bem sobre isto numa de suas bênçãos. Qualquer litígio entre irmãos que podemos resolver por nós mesmos, não devemos ocupar os tribunais humanos. Mas voltando a Actos 24: 14 e 15: 14/15 Mas uma coisa confesso: é que conforme o Caminho a que eles chamam seita, sirvo o Deus dos nossos antepassados, acredito em tudo o que está escrito na lei e nos profetas, e, tal como eles, acredito na ressurreição de justos e injustos. O apóstolo aqui mostra a sua posição clara com respeito ao cristianismo tão desprezado pelo judaismo e pelos grandes do mundo. O cristianismo era conhecido como sendo uma seita, ou então: Os do Caminho. Paulo não vacila nem um instante em dizer que pertence aquela seite, que segue O Caminho, que é a verdade, que é o fundamento da fé para a salvação, tudo de acordo com os ensinos dos profetas antigos, conforme encontramos nas Escrituras do Velho Testamento. Quando descobrimos a verdade de Deus, que é Cristo, perdemos o medo ou o temor de testemunhar do nosso Salvador na presença de quem quer que seja. Paulo aproveita a oportuniade para pregar a mensagem clara do evangelho. E o coração mesmo do evangelho é a 5

6 ressurreição de Cristo. E esta verdade importante não pode faltar no testemunho de Paulo, A Bíblia fala de ressurreição para todos, para justos e para injustos. Aqui no versículo que lemos encontramos esta referência a ressurreição dos justos e dos injustos, e lendo-o sem comarar com outras passagens tem-se a impressão de que a ressurreição tanto para os justos como para os injustos, se dará simultaneamente, se dará na mesma ocasião. Porém, lendo outras passagens vamos encontrar que se dará em ocasiões bem diferentes. A ressurreição dos salvos se dará por ocasião da vinda de Cristo nas nuvens, enquanto que a ressurreição dos ímpios, se dará depois do milênio. Os que não aceitaram Cristo ressuscitarão para a perdição eterna, pois rejeitaram a salvação que Cristo oferece por meio da fé. Os que aceitaram Cristo ressuscitaram para a eternidade perto de Deus. Mas, a grande verdade aqui é a ressurreição para todos, para crentes e descrentes: uns para perdição eterna, outros para vida eterna. No Actos 24:16 diz: 16 Por isso procuro sempre ter uma consciência limpa perante Deus e os homens. E aqui está o verdadeiro cristão com a sua consciência pura diante de Deus e dos homens. Mesmo depois de ser atacado severamente pelo advogado de acusação dos judeus, permanece com a sua consciência limpa e pura, diante dos homens e de Deus, E aqueles sacerdotes e religiosos que estavam ali presentes apoiando o acusador? E o sumo sacerdote que levou o apóstolo Paulo ao tribunal de Félix? Como estava a consciênci 6

7 dele? Podeiam dizer o apóstolo que tinham a consciência pura diante de Deus e dos homens? A religião judaica estava naquela época em pela decadência. Bem, basta dizer que os fariseus eram o grupo judaico mais ortodoxa. Porém, Jesus achou que eles estavam mais preocupados com a letra da lei e não com o espírito. Quer dizer, eles ficaram muito apegados com as formas externas, com cerimônias, liturgias, deixando de viverem as verdades ensinadas na lei. Então, o homem assim destrona moral e espiritualmente. Falta-lhe vida espiritual e poder espiritual. Foi isto que Jesus viu nos fariseus que estavam procurando defender a sua religião por todos os meios, quando eles pessoalmente não tinham vida reta, de pureza, de santidade. O Mestre divino não poupou a esses fariseus, e contra eles, falou rigorosamente mostrando-lhes a hipocrisia, a falsidade, chamando-os até de paredes branqueadas, de sepulcros caiados por fora mas cheios de ossos dentro. De forma que devem ter pensando muito em si mesmos quando ouviram o apóstolo Paulo falar sobre a sua consciência pura diante de Deus e dos homens. Agora notamos o versículo 17: 17 Depois de diversos anos de ausência, voltei a Jerusalém com dinheiro para auxiliar os judeus, e para oferecer um sacrifício a Deus. 18 Os meus acusadores viram-me no templo fazendo isso. Tinha terminado o ritual da santificação, e não havia nenhuma multidão à minha volta, nenhum motim! 19 Estavam lá, porém, alguns judeus da província da Ásia, que deveriam também estar aqui se têm alguma coisa de que me acusar. Prezado amigo, notamos que o apóstolo defende-se com uma felicidade rara das acusações feitas contra ele. A maneira como 7

8 o apóstolo Paulo fala, não deixa a menor dúvida diante das autoridades ali presentes, que tudo não passava de uma acusação falsa dos inimigos do cristianismo contra o apóstolo. Fala melhor e com poder de persuasão, quem fala com justiça, quem diz a verdade. É certo que em muitas ocasiões a mentira e a injustiça vencem. Vence, pelo menos temporariamente. Mas, o poder que tem a verdade, o poder da verdade e da justiça, é invencível. Não pensemos que a justiça seja estabelecida aqui na terra de um modo completo e final. Não. A justiça que é feita aqui na terra é sempre parcial. Ela será feita de um modo pleno e final depois quando os homens comparecerem perante o tribunal divino. O apóstolo Paulo aqui está sendo acusado de haver profanado o templo, de haver promovido sedição entre os judeus, de ser agitador, quando na verdade estava no templo depois de haver se purificado e cumprir todas as exigências dos rituais judaicos. E estava ali para levar esmolas, dinheiro que arrecadou em outras partes para os necessitados em Jerusalém, assim bem como fazendo as suas oferrendas, conforme a lei exigia. Passemos adiante e vamos ler os Actos 24: 20 e 21: 20/21 Pergunte-se aos homens que estão presentes de que maus actos o seu tribunal me considera réu, a não ser estas palavras que ali proferi: Estou aqui perante o conselho para me defender por acreditar na ressurreição dos mortos! O Apostolo chega ao final de sua defesa magistral diante de Félix e dos seus acusadores. Mostrou que o único crime pelo qual estava sofrendo era o de pregar a doutrina da ressurreição 8

9 dos mortos, doutrina pregada por Cristo, e por todos os demais apóstolos. E qual foi a atitude do juiz, o governador Félix? Eis o que lemos no versículo 22: 22/23 Félix, que estava bem informado acerca do Caminho, suspendeu a audiência e disse aos judeus que aguardassem a chegada de Lisias, comandante da guarnição, e que então daria solução ao caso. Mandou Paulo para a prisão, mas deu ordens aos guardas para que o tratassem com bondade e não impedissem qualquer dos seus amigos de o visitar ou de lhe levar ajuda. 24/25 Alguns dias decorridos, veio Félix com Drusila, sua esposa, que era judia. Mandando chamar Paulo, escutaram-no enquanto lhes falava na sua fé em Jesus Cristo. E enquanto Paulo discutia com eles acerca da justiça, da temperança e do julgamento futuro, Félix, aterrorizado, respondeu: Pode-se ir embora, por agora; tornarei a ouvi-lo numa altura mais conveniente. Vemos aqui que o governador Félix mandou chamar Paulo para ouvi-lo com um interesse meramente académico. Paulo apresenta a verdade e lhes fala sobre verdades realmente sérias e solenes como justiça, juízo, e a fé em Cristo. E foi quando Paulo falou sobre justiça, e sobre o julgamento divino no futuro, que Félix não suportando mais, pois sua consciência o acusava e temendo disse a Paulo que por enquanto estava satisfeito, e podia se retirar, para voltar quando ele, o governador, tivesse tempo de sobra. É assim que o homem sem Deus age diante da Palavra de Deus. Quando a palavra lhe magoa as feridas do coração impuro, então procura examinar melhor depois quando tiver um tempinho vago. E é assim que muitos fazem hoje. Espero, ouvinte, que este não seja o seu caso. No 9

10 próximo programa continuaremos a ver a caminhada de Paulo. ATÉ LÁ FIQUE SEMPRE NA NOSSA COMPANHIA E QUE DEUS O ACOMPANHE E GUARDE! E QUE O SOM DO LIVRO CONTINUE A FALAR CONSIGO MESMO DEPOIS DE DESLIGAR O SEU RÁDIO. TERMINOU.12.09H 10