A TELEDETECÇÃO EM MOÇAMBIQUE

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1 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE MINISTÉRIO DA AGRICULTURA Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção Av. Josina Machel 537 C. P MAPUTO Tel.: / Fax : A TELEDETECÇÃO EM MOÇAMBIQUE Situação Actual, Perspectivas e Constrangimentos Por: Manuel Ferrão, Director do CENACARTA Maputo, Abril de 2007

2 I. Historial O recurso a imagens satélite para o estudo dos recursos terrestres, em Moçambique, teve início nos finais da década de setenta, de uma forma isolada, em algumas instituições nacionais. Dados dos satélites americanos da série Landsat eram usados por alguns organismos do Ministério da Agricultura para a elaboração de cartas temáticas de uso da terra, pelo Instituto Nacional de Geologia para produção de cartas geológicas e por outras instituições nacionais, para outros fins. Porque os resultados da utilização dessas imagens eram encorajadores, mas não existia a devida coordenação na sua aquisição e uso, um grupo de instituições tomou a iniciativa de se reunir e traçar conjuntamente uma estratégia do desenvolvimento da Teledetecção no país. O encontro decorreu de 7 a 9 de Junho de 1979, na Biblioteca da Direcção Nacional de Geografia e Cadastro, tendo como participantes, os representantes das seguintes instituições: Comissão Nacional das Aldeias Comunais Direcção Nacional de Geografia e Cadastro Direcção Nacional de Planificação (Comissão Nacional do Plano) Direcção Nacional de Águas (Ministério das Obras Públicas e Habitação) Direcção Nacional de Habitação (Ministério das Obras Públicas e Habitação) Direcção Nacional de Estradas (Ministério das Obras Públicas e Habitação) Direcção Nacional de Florestas (Ministério da Agricultura) Direcção Nacional de Pecuária (Ministério da Agricultura) Instituto Nacional de Investigação Agronómica (Ministério da Agricultura) Instituto de Investigação Científica de Moçambique (Ministério da Educação e Cultura) Faculdade de Letras Departamento de Geografia (Universidade Eduardo Mondlane) Faculdade de Agronomia (Universidade Eduardo Mondlane) Faculdade de Matemática (Universidade Eduardo Mondlane) Direcção Nacional de Geologia e Minas (Ministério da Indústria e Energia) A este encontro, conhecido como Encontro da Teledetecção, assistiram como observadores o Conselheiro da FAO (Roma) para a Teledetecção e um Consultor da UNDP-FAO no Projecto de Planeamento do Uso da Terra e Água do INIA. Do encontro saíram, de entre outras, as seguintes conclusões e recomendações: Necessidade da criação de uma estrutura com vista a permitir a comunicação efectiva entre as instituições nacionais para a coordenação dos levantamentos territoriais; Necessidade da centralização da informação adquirida pelos satélites de observação e estudo dos recursos terrestres (em forma de imagens), incluindo os resultados dos estudos já efectuados, num único organismo de apoio aos diversos utilizadores; Formação imediata de um Grupo de Trabalho Provisório, constituído pelos representantes de cada instituição presente no encontro, para definir a melhor forma de articulação para elaborar uma proposta de implementação. 2

3 Nos anos subsequentes, as recomendações do Encontro da Teledetecção foram implementadas. Na década de oitenta, o trabalho desenvolvido pelo Grupo de Trabalho Provisório e posteriormente encaminhado ao Governo, resultou na criação do Grupo de Trabalho Interministerial de Teledetecção, por recomendação da 3ª Sessão do Conselho de Ministros da República Popular de Moçambique, em 24 de Fevereiro de O Grupo, constituído por representantes da Comissão Nacional do Plano, da Secretaria de Estado das Pescas e dos Ministérios dos Recursos Minerais, da Agricultura, dos Transportes e Comunicações, da Administração Estatal, da Construção e Águas, da Defesa Nacional, era coordenado pelo Ministro dos Recursos Minerais, coadjuvado pelo Ministro da Agricultura. Os trabalhos técnicos eram dirigidos pelo Director Nacional de Geografia e Cadastro, coadjuvado pelo Director Nacional de Geologia. A missão do Grupo era a de elaborar uma proposta de desenvolvimento equilibrado da Teledetecção em Moçambique, tendo como base uma análise completa dos recursos e meios existentes e tomando em consideração as necessidades e as perspectivas da aplicação dessa nova tecnologia no país. No âmbito de uma consultoria solicitada pelo Grupo, o Governo da França financiou um projectopiloto de capacitação intensiva de técnicos nacionais, em Teledetecção. A capacitação teve lugar em França, onde participaram cinco técnicos moçambicanos, de diversos organismos. A partir de então, começaram também a ser usadas em Moçambique dados do satélite francês SPOT, expandindo para outros domínios de aplicação o uso das imagens dos satélite de estudo dos recursos terrestres. Os resultados do trabalho do Grupo, apoiado pela consultoria francesa, foram apresentados na Comissão Mista Moçambique-França, realizada em Dezembro de A 7 de Junho de 1989, foi assinada uma Convenção Financeira entre os Governos de Moçambique e da França, para financiar o projecto da criação de um Centro de Teledetecção em Moçambique, incluindo o equipamento técnico necessário. Posteriormente, a Cooperação Francesa disponibilizou fundos suplementares para a assistência técnica e treinamento de pessoal local. O projecto culminou com a criação, pelo Conselho de Ministros, do Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção CENACARTA, através do Decreto n.º 38/90, de 28 de Dezembro. Actualmente, o uso da Teledetecção em Moçambique não se limita somente ao domínio de estudo dos recursos terrestres (Satélites de Teledetecção de Média e Alta Resolução), tendo-se alastrado para outros, tais como, o de observação e estudo da atmosfera e do mar (Satélites Meteorológicos de Média e Baixa Resolução) e o de comunicação e transmissão de dados (Satélites de Comunicação). Com a evolução tecnológica nos últimos anos, novos satélites foram colocados em órbita, uns especialmente dedicados a fins ambientais e outros (de muito alta resolução) dedicados ao mapeamento detalhado da superfície terrestre. Em consequência, as aplicações da Teledetecção aumentaram significativamente em Moçambique, impulsionando o desenvolvimento de novas técnicas de monitoramento e mapeamento terrestre. 3

4 II. Classificação dos Satélites Um satélite é qualquer objecto que gira em torno de outro de maiores dimensões, seja ele natural ou artificial. Por exemplo, a lua é um satélite natural da terra e esta possui vários satélites artificiais. Os satélites podem ser agrupados de diversas maneiras (consoante seus objectivos, sua órbita, seu tamanho, sua finalidade, etc.). Quanto à finalidade, temos actualmente: Satélites Militares para a espionagem e alguns emitem sinais para os sistemas de posicionamento global (GPS); Satélites de Telecomunicação que permitem o estabelecimento de ligações telefónicas e transmissões televisivas; Satélites Meteorológicos para o estudo da atmosfera e previsão do tempo; Satélites Científicos e Ambientais - de pesquisa científica, incluindo o estudo das condições e mudanças climáticas e ambientais globais; Satélites de Recursos Naturais vulgo Satélites de Teledetecção. Satélites e suas órbitas 4

5 III. Principais Domínios de Aplicação A Teledetecção é, por definição clássica, a ciência, técnica ou arte de obter informações sobre a superfície terrestre, à distância. Porém, a sua evolução actual permite que ela seja considerada consoante determinados pontos de vista. De acordo com estes, temos os seguintes conceitos: Como ciência: - é a ciência de adquirir dados da superfície terrestre, sem que haja contacto directo com a mesma, através da captação e gravação da energia reflectida ou emitida pelos alvos e do processamento, análise e aplicação dos dados. Como técnica: - é um conjunto de ferramentas e técnicas que auxiliam o homem a observar, identificar e mapear alvos na superfície terrestre ou em outros planetas, à distância. Como aplicação é um sistema cujo uso pleno requer o conhecimento de todos os segmentos que o compõem, nomeadamente, fonte de radiação, meio de propagação, objecto de observação, instrumentos de captação e técnicas de processamento dos dados. A Teledetecção aplica-se, em geral, a todas os domínios que tratam da repercussão ou análise espacial dos fenómenos naturais, seja para determinar o seu estado num determinado momento, seja para seguir a sua evolução num determinado período. Em Moçambique, os potenciais domínios de aplicação são os seguintes: Climatologia e Meteorologia estuda a atmosfera e sua nebulosidade e interessa, particularmente, aos meteorologistas, ambientalistas e aos especialistas que se relacionam com os microclimas e suas influências na agricultura, segurança alimentar e desertificação. Oceanografia e Hidrologia - estuda os oceanos, mares, rios e lagos, em todos os seus aspectos (propriedades mecânicas, físicas e químicas das águas, espécies animais e vegetais que vivem nestas), com vista a melhorar, por exemplo, a gestão dos recursos. Geologia e Exploração Mineira - inclui a geomorfologia, hidrogeologia (pesquisa e captação de águas subterrâneas) e a geotecnia (prospecção mineira e petrolífera). Geodesia e Cartografia o primeiro estuda a forma e dimensões da Terra e inclui a geodesia espacial (ligada ao uso dos GPS Sistemas de Posicionamento Global); o segundo trata da elaboração de mapas e sua actualização e inclui os diferentes tipos de mapeamento e inventariação de recursos terrestres. Planeamento Territorial e Urbanismo - trata, essencialmente, do estudo da maneira como se desenvolve a disposição e a modificação do meio natural, pelo homem, e agregar o cadastro de terras, a ecologia e a arqueologia, de modo a proteger o meio-ambiente. Saúde Pública através de estudos para avaliar as condições e variáveis do habitat favorável à proliferação de vectores transmissores de doenças, de modo a determinar, por exemplo, o nível de risco de contaminação da cólera e transmissão da malária. 5

6 Monitoramento Ambiental através de estudos ambientais multi-temporais, para identificar e determinar a diminuição da cobertura florestal ou da vegetação em geral, a degradação dos solos, a desertificação, a qualidade do ar, etc. Gestão de Catástrofes Naturais ou Causadas pelo Homem - que pelo seu impacto necessitam de uma intervenção rápida e eficaz (queimadas e incêndios nas florestas, naufrágios ou encalhamentos de barcos, derrame de petróleo no mar, actividades vulcânicas, pragas que devastam grandes quantidades de culturas agrícolas, e outros). O potencial em produtos e serviços que o mercado mundial actual oferece para a aplicação de dados de alguns satélites nos dois últimos domínios, nomeadamente Monitoramento Ambiental e Gestão de Catástrofes Naturais ou Causadas pelo Homem, não está a ser devidamente explorado. Com a crescente variação e mudança no sistema terrestre e no seu clima, existe hoje uma maior necessidade de melhor compreender a dinâmica do meio ambiente através do estudo e investigação das forças da natureza e das actividades humanas que nele intervêm e o afectam. Para fazer face a isso, foi estabelecida recentemente uma rede ou constelação de satélites polares e geoestacionários para proporcionarem coberturas globais ao meio ambiente e aos desastres naturais. Pretende-se, assim, dotar o ser humano de mais meios e instrumentos que o permitam estabelecer políticas globais apropriadas de gestão, mitigação e adaptação às mudanças globais que o poderão ajudar a preservar a sua vida e a das gerações futuras neste planeta Terra. Esta rede de satélites científicos e ambientais fornecem-nos informações globais e contínuas sobre as condições em que se encontra o meio ambiente e dados actualizados sobre as variáveis climatéricas tais como a cobertura das nuvens, a temperatura do ar e da superfície do mar, a cobertura vegetal, entre outros. São exemplos destas redes de satélites, com algum interesse para o país, as seguintes: Terra e Aqua (americanos) - para o estudo da natureza, da dinâmica e das implicações das mudanças globais. Seus instrumentos, a bordo, observam e medem a interacção da atmosfera terrestre com a criptosfera, a terra, os oceanos e a vida em geral. Envisat (Europeu) - para a cobertura global e regional de aspectos ambientais. RADARSAT (Canadiano): O satélite RADARSAT-3 está a ser planeado para operar em constelação com o RADARSAT-2, para a captação de dados de muito alta resolução, para o monitoramento de cheias e inundações, entre outras aplicações. ALOS (Japonês) - Advanced Land Observing Satellite é um satélite concebido para contribuir no desenvolvimento das áreas de mapeamento, observação precisa da cobertura da terra, monitoramento de desastres e estudo dos recursos terrestres. EROS (Israelita) - compreende uma constelação de pelo menos um EROS A (lançado em 2000, com 1.8 m de resolução) e cinco EROS B (lançamento planeado para os próximos anos). Uma constelação destas, com cobertura global e com a característica especial de meio dia de revisita, assegurará a informação necessária para a análise de mudanças ambientais rápidas. 6

7 DMC (Disaster Monitoring Constellation): microsatélites de baixo custo para o Monitoramento dos Desastres Naturais e coordenação de acções de mitigação. Nesta constelação de microsatélites que providenciam imagens diárias de monitoramento e mitigação de desastres naturais ou provocados pelo homem e, também, para a observação da dinâmica da Terra, já foram colocados em orbita os seguintes: o AlSAT-1 (Argélia, Nov. 2002) imagens ópticas com 32 metros de resolução e com cobertura de 640 x 560 km por imagem. o NigeriaSat-1 (Nigéria, Set. de 2003)- imagens ópticas com 32 metros de resolução e com cobertura de 640 x 560 km por imagem. o BILSAT (Turquia, Set. de 2003) imagens hiperespectrais de 12 metros e 26 metros de resolução. o BEIJING-1 (China, Out. de 2005) - imagens ópticas com 4 metros (preto e branco) e 32 metros (a cor) de resolução o TopSat (Reino Unido, Out. de 2005) - imagens ópticas com 2.5 metros de resolução. COCONUDS (Europeia) - A Coordinated Constellation of User Defined Satellites está a ser projectada na União Europeia e consiste em 9 satélites de órbita baixa, com uma resolução de 30 metros e uma cobertura de 350 km. A constelação assegurará uma boa cobertura ambiental global diária e fornecerá dados de muito alta resolução temporal. COSMIC (Taiwan) - a NASA e o Taiwan estão a construir uma constelação de satélites designada por FORMOSA-3/COSMIC. A constelação consiste em seis microsatélites para captar dados atmosféricos de predição do tempo e para o estudo da ionosfera, clima e gravidade. RapidEye (Alemã) - A companhia alemã RapidEye Inc. está a construir uma constelação constituída por quatro minisatélites avançados. A constelação proporcionará dados de 6.5 metros de resolução com uma ampla cobertura multispectral e com uma capacidade de revisita diária. Com vista a melhorar o nosso conhecimento no domínio das mudanças climáticas e assim melhor fazer face às calamidades cíclicas que tem assolado o nosso país, é recomendável recorrer aos dados fornecidos por estes satélites científicos e ambientais. Até ao momento esses dados não têm sido muito utilizados por causa dos seguintes constrangimentos: Dificuldades para a sua aquisição (alguns não são gratuitos, principalmente os de alta resolução), incluindo ausência de mecanismos estabelecidos para o seu acesso; Falta de capacidade (humana e técnica nas instituições que superintendem essas áreas) para o processamento e análise dos dados (mesmo quando gratuitamente disponibilizados); Se pretendermos mudar algo neste cenário, teremos que intensificar a formação de pessoal para permitir que as instituições que dele necessitam possam levar a cabo as suas atribuições. Depois, ou paralelamente, teremos de criar condições materiais e morais (equipamento, incentivos,...) para que essas instituições possam acolher devidamente os seus técnicos. 7

8 IV. Instituições Envolvidas A - Autoridades Oficiais nos Diversos Domínios de Aplicação 1. Instituto Nacional de Meteorologia (Decreto 30/89, de 10 de Outubro) Ao INAM compete coordenar a actividade meteorológica a nível nacional em todos os seus domínios, nomeadamente nos da exploração e das aplicações da Meteorologia, com particular ênfase para a climatologia, agrometeorologia, aeronáutica, marinha e na monitorização da qualidade do ar. Compete-lhe também dar parecer, no domínio da Meteorologia, sobre relações internacionais, nomeadamente no que diz respeito a acordos de cooperação e convenções internacionais. São atribuições do INAM: a. Planear, instalar e assegurar o funcionamento das estações meteorológicas; b. Planear, instalar e assegurar o funcionamento de estações de monitorização da qualidade do ar, em colaboração com a entidade governamental responsável pela gestão do ambiente; c. Promover a realização de observações a bordo de aeronaves e navios e planear o intercâmbio dos respectivos comunicados com a comunidade meteorológica internacional; d. Promover a aquisição, aferição, calibração, construção e reparação de instrumentos meteorológicos; e. Registar, recolher, arquivar, tratar e publicar o resultado das observações; f. Promover e assegurar o funcionamento dos Centros de Análise e Previsão do Tempo para fins gerais e específicos; g. Executar estudos e investigação no domínio da meteorologia e da climatologia; h. Participar em estudos de impacto ambiental que envolvam o ramo atmosférico do sistema climático, em coordenação com a entidade governamental responsável pela gestão do ambiente; i. Apoiar tecnicamente os estudos no âmbito da meteorologia efectuados por outros organismos; j. Colaborar no ensino da meteorologia a cargo de outros organismos; k. Promover a aplicação das normas e terminologia de acordo com o estabelecido pela Organização Meteorológica Mundial Produtos e Serviços do INAM (em Teledetecção) Boletim Meteorológico para a Agricultura (inclui dados sobre previsão da precipitação, estimativa das quantidades de precipitação, temperatura média do ar, insolação total, Índice de Diferença Normalizada de Vegetação, outros parâmetros agro-meteorológicos). Publicações científicas Boletins de precipitação diária Previsão do tempo e informação climática nacional Sistema de Aviso Prévio de Ciclones (alertas e informações) 8

9 Desafios e Perspectivas no INAM (em Teledetecção) Teledetecção: desenvolver capacidades orientadas no sentido da detecção de tempestades severas. Sistema de telecomunicações: desenvolver, por fases, uma rede de telecomunicações, desde o uso de rádios digitais HF e linhas telefónicas dedicadas, até linhas digitais de alta velocidade e transmissões via satélite. Em cada fase, servirá de back-up o acesso via Internet entre as capitais provinciais e os centros regionais e o centro nacional. Sistemas de informação: desenvolver capacidades nos centros regionais e nacional para a previsão do tempo a nível da mesoscala, com enfoque em actividades nas áreas da meteorologia e da climatologia, envolvendo outras entidades para tomarem a seu cargo a manutenção das infra-estruturas e equipamento. Principais Constrangimentos no INAM Problema 1 - Qualidade insuficiente do planeamento e falta de capacidade humana e técnica; 2 - Falta de capacidade para analisar a informação meteorológica e climatológica; 3 - Capacidade insuficiente para detectar e prever alterações climáticas. 4 - Escassez de dados meteorológicos em tempo real e de informação climatológica; 5 - Falta de qualidade e de prontidão das previsões meteorológicas. Estratégia Aperfeiçoar a qualidade técnica do pessoal. Promover o recrutamento e formação de meteorologistas. Restabelecer a rede de observação meteorológica que operava em 1975 e completá-la nas áreas sem informação ou com informação escassa. Desenvolver capacidades orientadas no sentido da detecção de tempestades severas, através do uso de dados de satélites. Desenvolver, por fases, um sistema de telecomunicações, que envolva o uso de rádios digitais HF e linhas telefónicas dedicadas, até linhas digitais de alta velocidade e transmissões via satélite. Em cada fase, servirá de back-up o acesso via Internet entre as capitais provinciais e os centros regionais e o centro nacional. Concentrar esforços na área de meteorologia e da climatologia a fim de desenvolver capacidades dos centros regionais e nacional para a previsão do tempo a nível da mesoscala, através de sistemas de informação adequados. Nota: O INAM usa dados dos Satélites Meteorológicos da série Meteosat e NOAA. 9

10 2. Centro Nacional de Cartografia e Teledetecção (Decreto 38/90, de 27 de Dezembro e decreto n.º 48/2004, de 17 de Novembro) São atribuições do CENACARTA a direcção, planificação, coordenação e execução das actividades geo-cartográficas e de teledetecção, em todo o território nacional. Compete especificamente ao CENACARTA: a) Executar e coordenar tecnicamente as actividades nos domínios da cartografia, geodesia, nivelamento, teledetecção, fotogrametria e fotografia aérea; b) Produzir, conservar, actualizar e difundir informação geográfica e cartográfica relativa ao território nacional; c) Adquirir e processar imagens dos satélite de teledetecção, solicitadas pelos utentes; d) Organizar, manter e actualizar os arquivos e bases de dados de informação georeferenciada; e) Realizar estudos e prestar assessoria técnica e serviços, no domínio da sua competência, a entidades públicas e privadas; f) Promover e conduzir estudos e investigações de natureza técnica e científica relativos ao melhoramento de metodologias e tecnologias a serem empregues nos diversos domínios das suas atribuições; g) Cobrir o território nacional com redes geodésicas e plano-altimétricas de densidade e precisão adequadas; h) Realizar, em escalas adequadas, fotografias aéreas, mosaicos fotográficos, ortofotoplanos, cartas topográficas, temáticas e outras cartas especiais; i) Participar nos organismos técnico-científicos internacionais em assuntos relacionados com a sua área de actuação; j) Estabelecer padrões técnicos relativos a trabalhos topo-geodésicos e cartográficos; k) Garantir que os filmes relativos à cobertura aerofotográfica feita por empresas nacionais ou estrangeiras sobre o território nacional sejam processados no País; l) Coordenar o processo de coberturas aerofotográficas a serem efectuadas em território nacional, devendo para o efeito obter das autoridades competentes todas as permissões e observar os demais procedimentos legalmente estabelecidos. Produtos e Serviços do CENACARTA (em Teledetecção) Imagens satélite corrigidas e seus derivados Mapas temáticos e cartas espaciais Modelos Numéricos de Terreno Análise e fornecimento de dados para ajuda à decisão Concepção e desenho de laboratórios de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) Formação em Teledetecção e SIG. 10

11 Desafios e Perspectivas do CENACARTA (em Teledetecção) 1. Aplicação de novas tecnologias nos trabalhos de apoio e no processamento da cartografia sistemática nacional: o processo de produção e actualização da cartografia sistemática emprega, até ao momento, técnicas tradicionais baseadas em fotografias aéreas e respectiva restituição fotogramétrica. Pretende-se formar e capacitar o pessoal com vista a poder recorrer aos dados dos Satélites de Teledetecção e às facilidades dadas pelas tecnologias modernas existentes no domínio dos Sistemas de Informação Geográfica para levar a cabo as seguintes acções concretas:. Actualização de mapas topográficos (escalas 1: e 1: ), incluindo a inserção dos novos limites administrativos e toponímia actualizada. Produção de novas cartas topográficas à escala 1: (todo o país) e 1: (zonas ainda não cobertas, partes do Niassa e Cabo Delgado). Adensamento da Rede Geodésica Nacional, de modo a facilitar e apoiar os levantamentos topográficos e aerofotogramétricos. Intensificação do uso de Sistemas de Posicionamento Global (GPS) para a reafirmação física da fronteira de Moçambique com os países vizinhos (em coordenação com o IMAF). 2. Ampliar o leque de produtos e serviços inerentes à Teledetecção, a serem disponibilizados ao público, de modo a satisfazer as crescentes exigências deste (imagens satélite de maior resolução espacial, mapas temáticos mais diversificados,...). Principais Constrangimentos no CENACARTA (em Teledetecção) Problema Insuficiência de pessoal técnico qualificado para atender a crescente demanda de informação cartográfica fiável e actualizada, por parte dos diversos utilizadores (públicos e privados). Falta de directrizes básicas e normas técnicas de padronização da produção em ambiente computacional/digital. Falta de mecanismos de controle de qualidade dos produtos gerados pelos diversos órgãos públicos e privados. Carência de recursos financeiros para o acesso aos dados e imagens satélite maios adequados para apoiar o desenvolvimento do país. Estratégia Formação e capacitação Institucionalização de um Conselho Nacional de Informação geográfica Maior cooperação e assistência técnica Elaboração de um Plano Estratégico de Desenvolvimento Nota: O CENACARTA usa dados dos Satélites de Recursos Naturais, de entre eles o Landsat, Spot, Radarsat, ERS, IKONOS e Quickbird, bem como alguns dados dos Satélites Ambientais tais como o Aqua e o Terra. 11

12 3. Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (Decreto 32/2001, de 6 de Novembro e Lei n.º 8/2004, de 21 de Julho) 0 INCM é a Autoridade Reguladora dos Sectores Postal e de Telecomunicações e tem por finalidade regular e fiscalizar o sector das comunicações, bem como gerir do espectro de frequências radioeléctricas. Compete ao INCM, No âmbito das especificações técnicas das telecomunicações: Planear, controlar e gerir espectro radioeléctrico e posições orbitais; Proceder a normalização, aprovação e homologação dos materiais e equipamentos de telecomunicações e definir as condições da sua ligação à rede, de acordo com a legislação aplicável; Elaborar e gerir o plano de numeração e distribuir aos operadores de uma forma objectiva, transparente e não discriminatória; Coordenar a utilização do espectro de frequências radioeléctricas a nível regional e internacional. No âmbito da fiscalização dos sectores postal e de telecomunicações: Fiscalizar o cumprimento dos termos e obrigações das licenças, dos contratos de concessão, das disposições constantes nos cadernos de encargos e respectivos estatutos, dos operadores de serviços postal e de telecomunicações, bem como a observância das disposições legais regulamentares aplicáveis; Fiscalizar e superintender a actividade dos operadores e prestadores de serviços postal e de telecomunicações no cumprimento das respectivas disposições legais e reguladoras, bem como a aplicação das correspondentes sanções; Fiscalizar as condições de utilização do espectro radioeléctrico, bem como controlar e fiscalizar utilizações abusivas que possam causar interferências radioeléctricas. No âmbito da representação dos sectores postal e de telecomunicações: Coordenar, no âmbito nacional, tudo quanto respeite a execução de tratados, convenções e acordos internacionais, relacionados com os sectores postal e de telecomunicações, bem como a representação do Estado Moçambicano nos correspondentes organismos internacionais, quando de outro modo não for determinado; Representar o Governo e/ou participar em reuniões e negociações internacionais em assuntos relacionados com os sectores postal e de telecomunicações, bem como com 0 espectro radioeléctrico e as posições orbitais; Promover a cooperação com administrações dos sectores postal e de telecomunicações dos países da região, com vista a prossecução dos objectivos de interesse comum. 12

13 Produtos e Serviços do INCM (relacionados com a teledetecção) Regulamento de Licenciamento, Dec. n.º 33/2001, 6 de Novembro; Regulamento de Interligação, Dec. n.º 34/2001, 6 de Novembro; Regulamento de Numeração, Dec. n.º 35/2003, 24 de Setembro; Regulamento de Infracção e Multas Aplicáveis ao Regime de Interligação, Dec. n.º 43/2004, 26 de Setembro; Regulamento de Infracção e Multas Aplicáveis ao Regime de Licenciamento, Dec. n.º 44/2004, de 26 de Setembro; Regulamento de Taxas Radioeléctricas, Dec. n.º 63/2004, de 29 de Dezembro; Regulamento de Taxas de Telecomunicações, Dec. n.º 64/2004, de 29 de Dezembro; Lei Base das Telecomunicações, Lei n.º 8/2004, de 21 de Julho. Nota: O INCM usa Satélites de Telecomunicação (redes da INTELSAT e INMARSAT) para a transmissão e recepção de dados. B Utilizadores da Teledetecção em Moçambique Em Moçambique existem vários tipos de utilizadores em número significativo, nos vários domínios de aplicação. Nesta abordagem não mencionaremos os utentes dos Satélites Militares nem os dos Satélites de Telecomunicação. Os primeiros, por razões óbvias e, os segundos, porque não utilizam dados em forma de imagens. Também não nos referiremos às Autoridades Oficiais nacionais que fornecem os dados aos utilizadores, pois já foram anteriormente mencionadas. De um modo geral, podem-se resumir os utilizadores (de Satélites Meteorológicos, Ambientais e de Recursos Terrestres) nas seguintes classes: Instituições nacionais públicas Instituições de ensino superior Empresas privadas Organizações internacionais Organizações Não Governamentais Singulares Dentre estes, alguns possuem capacidade própria (especialistas, equipamento e software) para a análise e exploração dos dados (imagens semi-brutas ou já tratadas) e outros são consumidores de produtos derivados ou finais. 13

14 De entre os maiores utilizadores e potenciais utilizadores de imagens satélite, encontramos: o Ministério dos Recursos Minerais (em especial a Direcção Nacional de Minas e Direcção Nacional de Geologia ) usa imagens de média e alta resolução para trabalhos relacionados com o Cadastro Mineiro, prospecção geológica, petrolífera e mineira e, ainda, para a elaboração ou actualização de cartas temáticas. o Ministério da Agricultura (em especial a Direcção Nacional de Terras e Florestas - incluindo o Centro de Experimentação Florestal, o Instituto de Investigação Agrária de Moçambique e a Direcção dos Serviços Agrários) A DINATEF usa imagens de média, alta e muito alta resolução para a elaboração de inventários florestais, actualização do Cadastro de Terras e produção ou actualização de cartas temáticas (cadastrais e florestais). Também utiliza dados dos satélites ambientais (Aqua e Terra) para o monitoramento de queimadas. O IIAM usa as imagens para estudos relacionados com a pedologia, incluindo análise de solos e águas superficiais. A Direcção dos Serviços Agrários, usa imagens de alta e muito alta resolução para a identificação de áreas para irrigação ou planeamento de construção ou reparação de diques de protecção. Também usa imagens de média resolução para estimativa e previsão de colheitas agrícolas. É grande potencial do uso de imagens para o monitoramento de culturas, pragas agrícolas, pastagens e, em geral, do uso e cobertura da terra. o Ministério da Coordenação da Acção Ambiental (Direcção Nacional de Planeamento e Ordenamento Territorial, Direcção Nacional de Gestão Ambiental, Centros Regionais de Desenvolvimento Sustentável e Direcções Provinciais) utiliza imagens de média, alta e muito alta resolução para o planeamento e ordenamento territorial (zoneamento e planos de uso da terra, expansão de centros urbanos,...), gestão ambiental (identificação de zonas áridas ou zonas de seca cíclica, zonas com poluição marinha ou do ar,...) e estudos de desenvolvimento sustentável das zonas costeiras. Em tempos, foi instalado no MICOA um Centro de Promoção e Transferência de Tecnologias, que esteve apetrechado de equipamento, incluindo uma Estação de Comunicações "UnepNet Mercure" ligada a Nairobi (Quénia) através de um sistema VSAT de 16Kbps. Ao que parece, esta estação nunca funcionou convenientemente... o Ministério dos Transportes e Comunicações (principalmente o Instituto Nac. Hidrografia e Balizagem) Este Ministério usa mais os satélites de Telecomunicação. Porém, o HINAHINA usa imagens de média, alta e muito alta resolução para o estudo da batimetria da costa e mapeamento temático correspondente. o Ministério da Saúde (em especial o Centro de Investigação em Saúde da Manhiça e o Instituto Nacional de Saúde) usa imagens de alta e muito alta resolução para pesquisa em saúde pública, principalmente para investigação e avaliação do habitat favorável à proliferação de vectores transmissores de doenças, de modo a determinar, por exemplo, o nível de risco de contaminação da cólera e transmissão da malária. 14

15 o Ministério das Pescas (incluindo o Instituto Nacional de Investigação Pesqueira) O IIP, em particular, usa imagens de baixa, média e alta resolução para estudos de localização e concentração de recursos pesqueiros, para a sua correcta gestão. Está munido de um receptor de imagens NOAA a partir da quais leva a cabo acções de inventariação e mapeamento dos recursos pesqueiros, bem como estudos do impacto ambiental resultante da exploração destes. O Ministério das Pescas, em geral, está a implementar o Sistema Regional (SADC) de Monitoria, Controle e Vigilância das actividades de pesca que prevê, para além dos instrumentos actualmente em uso (barcos de patrulha e aeronaves), o uso de informação via satélite, para a detecção de embarcações de pesca ilegal, por exemplo. o Ministério da Obras Públicas e Habitação (especialmente a Direcção Nacional de Águas, Ara Sul e FIPAG) usa imagens de média, alta e muito alta resolução para estudos de análise da água dos lagos e rios, bem como para o planeamento da redes de abastecimento de água potável. Também utiliza outros dados de satélite para o monitoramento do caudal dos rios e previsão de cheias. o Ministério da Energia usa imagens de satélite para o estudo e planeamento da implantação de novas barragens hidroeléctricas. o Instituições de Ensino Superior - em particular a Universidade Eduardo Mondlane, em várias áreas (Agronomia e Engenharia Florestal, Geologia, Geografia, Arquitectura, Biologia, Física, Historia Natural,...), a Universidade Católica e a Universidade Pedagógica (Departamento de Geografia): usam imagens de todos os tipos de resolução para fins educacionais e de pesquisa. o Instituto Nacional de Estatística usa imagens de alta e muito alta resolução para apoiar as actividades do censo populacional. o Instituto Nacional de Desminagem usa produtos derivados de imagens satélite para a pesquisa sobre a localização das áreas minadas com vista à sua identificação e planeamento da sua eventual remoção ou eliminação. Para tal recorre ao mapeamento cartográfico e aos bancos de dados georeferenciados para a demarcação das áreas e divulgação da informação sobre as áreas de risco. o Instituto Nacional de Gestão das Calamidades potencial utilizador de dados de satélite para apoiar a mitigação das calamidades naturais ou causadas pelo homem. o Instituto do Mar e Fronteiras potencial utilizador de imagens satélite para estudos de delimitação ou actualização da plataforma continental e marítima. Também pode recorrer aos dados de satélites (sinais GPS) para apoiar na afirmação física da fronteira terrestre com os países vizinhos. o Conselhos Municipais alguns municípios (Maputo, Manhiça, Beira, Nacala, Chimoio, Tete, Matola, Vilankulo, Quelimane, Mocuba, Inhambane) utilizam imagens de muito alta resolução para o planeamento urbanístico e gestão de terras urbanas. 15

16 o Electricidade de Moçambique usa imagens de satélite para o planeamento da extensão da rede eléctrica. o Impacto (Empresa de Consultoria e Serviços) usa imagens satélite para estudos de impacto ambiental. o IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) - usa imagens satélite de várias resoluções para promover estudos de conservação dos ecossistemas marinhos e terrestres. o Cruzeiro do Sul (Instituto de Investigação para o Desenvolvimento) usa imagens satélite para estudos sociais e económicos de combate contra a pobreza, desenvolvimento rural, distribuição e uso da terra). o Companhia Vale do Rio Doce e Rio Tinto Mining Exploration usa imagens satélite para a identificação e exploração de recursos minerais, principalmente o carvão. o Scott Wilson, Lda usa imagens satélite para estudos da conservação da natureza. o OLAM, Moçambique (Quelimane e Nampula) - usa imagens satélite para a gestão e exploração florestal. o Outros - Para além dos utilizadores anteriores, existem outros (Agências e Organizações Internacionais, ONG s, Empresas privadas e Singulares) que usam imagens satélite de diversas resoluções para variados fins. V. Cooperação Internacional 1. Cooperação já em marcha Na área de cooperação internacional, Moçambique possui, através das respectivas autoridades oficiais no domínio da Teledetecção, acordos assinados com vários países, para o acesso a dados provenientes de diversos satélites, nomeadamente Meteorológicos, de Teledetecção e de Telecomunicação. O INAM possui, entre outros, acordos com a Organização Europeia de Exploração dos Satélites Meteorológicos (EUMETSAT) para o acesso aos dados da primeira e segunda geração dos satélites da série Meteosat, incluindo produtos e serviços. Para além dos dados da série Meteosat, o INAM também tem acesso aos dados dos satélites da série NOAA (americana). O CENACARTA possui, entre outros, acordos para o acesso e comercialização dos dados dos satélites de teledetecção das séries Landsat e SPOT, rubricados com o CSIR-SAC da África do Sul e com a SPOT IMAGE da França, respectivamente. Para além dos dados destes satélites, o CENACARTA tem mais acesso a dados das seguintes séries de satélites: RADARSAT, ERS, IKONOS, e QUICKBIRD. 16

17 O INCM possui, entre outros, acordos para a recepção e transmissão de dados nos satélites de telecomunicação das redes INTELSAT e INMARSAT. A INTELSAT é uma rede de satélites comerciais de telecomunicação destinada a providenciar serviços de rádio difusão e difusão televisiva, operada e gerida pela Organização Internacional de Satélites de Telecomunicação (ITSO), com sede em Washington DC, nos Estados Unidos da América. A INMARSAT, por sua vez, é uma rede de satélites para a telefonia móvel global, fax e transmissão de dados (via Internet, por exemplo). A sede desta rede está em Londres, na Inglaterra. Moçambique assinou acordos com o Brasil, que envolvem o domínio da Teledetecção. Por exemplo, no âmbito dos Acordo de Cooperação Científica, Técnica e Tecnológica assinado em 1989, entre a República de Moçambique e a República Federativa do Brasil, foi estabelecido, em Novembro de 2003, um Memorando de Entendimento entre o Ministério do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia de Moçambique e o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, sobre a Instalação de um sistema de monitoração hidrológica e ambiental em Moçambique, utilizando satélites brasileiros. Para a implementação deste e de outros memorandos estabelecidos com o Brasil foi, em 2004, criado um Programa de Cooperação Temática em Matéria de Ciência e Tecnologia (PROÁFRICA) e nomeado o seu respectivo Comité Gestor do Programa, no Brasil. De 4 a 6 de Abril de 2005 realizou-se, no Ministério da Ciência e Tecnologia de Moçambique, a primeira Missão Prospectiva do Programa de Cooperação Temática, envolvendo técnicos brasileiros e moçambicanos, com o objectivo de examinar as actividades acordadas e com vista ao início da sua implementação, num futuro breve. Nesta primeira missão foram propostas, para além daquelas que já estão em andamento, várias outras actividades, entre as quais destacamos as identificadas pelo Grupo Espacial e de Ciências Básicas: Monitoramento nas áreas ambiental, pescas, agricultura e fauna bravia; Acesso às imagens dos satélites de Teledetecção da série CBERS Formação em áreas de Meteorologia, aplicações da teledetecção e geo-ciências Os satélites brasileiros da série CBERS (nascidos de uma parceria entre Brasil e China) contemplam dois satélites de Teledetecção, CBERS-1 e 2. Outros dois da mesma categoria, CBERS-3 e 4, estão em testes para o seu breve lançamento. De entre as diversas aplicações das imagens destes satélites, são de destacar: o monitoramento ambiental: o monitoramento das bacias hidrográficas; a previsão de tempo e estudos climáticos, estudos sobre correntes oceânicas, marés, química da atmosfera; planeamento e monitoramento da agricultura. A se efectivar o acesso gratuito dos dados dos satélites brasileiros, Moçambique poderá garantir o incremento da sustentabilidade do meio ambiente. 17

18 2. Cooperação potencial De entre os países potenciais com que Moçambique pode estabelecer laços de cooperação no domínio da Teledetecção, é de destacar a Índia. A ISRO (Indian Space Research Organization) desenvolveu duas redes de satélites, para variados fins. Para além dos satélites geoestacionários multi-propósito (telecomunicação, meteorologia, radio difusão e difusão televisiva) da série INSAT (Indian National Satellite System), que só cobrem o seu próprio país e alguns vizinhos, a ISRO possui uma rede de satélites polares de Teledetecção da série IRS (Indian Remote Sensing Satellite), que cobrem todo o planeta. Os dois últimos desta série, conhecidos por RESOURCESAT-1 e CARTOSAT-1 são, principalmente, dedicados a aplicações cartográficas. As suas interessantes imagens pancromáticas (preto e branco) possuem 5 e 2,5 metros de resolução, respectivamente. As principais aplicações dos dados destes satélites são: Acompanhamento do uso agrícola das terras; Apoio ao monitoramento de áreas de preservação; Cartografia e actualização de mapas; Estudos da dinâmica de urbanização; Monitoramento da cobertura vegetal; Outros. Por causa da potencialidades oferecidas pelas imagens destes satélites, a cooperação com a Índia seria muito vantajosa para Moçambique. 18

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