António Albuquerque de Matos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "António Albuquerque de Matos"

Transcrição

1

2

3 AUTORES António Albuquerque de Matos Chefe de Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular Diretor do Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular dos Hospitais da Universidade de Coimbra, desde 1999 Ex-Presidente do Colégio de Angiologia e Cirurgia Vascular da Ordem dos Médicos Sócio-fundador e Ex-Presidente da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular Armando Mansilha Professor Convidado da Faculdade de Medicina do Porto Assistente Hospitalar de Angiologia e Cirurgia Vascular no Hospital de São João - Porto Coordenador da Unidade de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital CUF Porto Secretário-Geral da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular Secretário-Geral da Secção de Cirurgia Vascular da UEMS (União Europeia de Médicos Especialistas) Eduardo Serra Brandão Angiologista e Cirurgião Vascular Consultor de Angiologia e Cirurgia Vascular Fellow da Academic Surgical Unit do Saint Mary s Medical School-Londres Fellow do American College of Angiology Diretor do IRV - Instituto de Recuperacão Vascular - Lisboa

4 Isabel Cássio Chefe de Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular Diretora do Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital de Ponta Delgada Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular Joaquim Barbosa Coordenador do Núcleo de Cirurgia Vascular do Hospital Particular de Lisboa e Cirurgião Vascular do Hospital dos SAMS - Lisboa Ex-Cirurgião Vascular do Hospital Santa Maria - Lisboa Membro Fundador da Secção de Cirurgia Vascular da UEMS (União Europeia de Médicos Especialistas) Ex-Presidente do Colégio da Especialidade de Angiologia e Cirurgia Vascular Ex-Presidente da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular José França Chefe de Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular Diretor da Unidade de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital Dr. Nélio Mendonça - Funchal

5 AUTORES Mário Macedo Cirurgião Vascular do Hospital dos SAMS - Lisboa Cirurgião Vascular da Clinica de S. Sebastião - Ponta Delgada Ex-Cirurgião Vascular do Hospital Santa Maria - Lisboa Coordenador do Núcleo de Flebo-Linfologia da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular Ex-membro da Direção do Colégio da Especialidade de Angiologia e Cirurgia Vascular da Ordem dos Médicos Paulo Correia Médico Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular Diploma Interuniversitário Europeu de Lasers Médicos Mestrado em Lasers Médicos pela Universidade Rovira i Virgili (Reus) Membro da Comissão Científica da SPILM (Ordem dos Médicos) Diretor Clínico do Instituto Vascular do Porto Rui Almeida Chefe de Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular Diretor do Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do CHP HSA Professor Convidado do ICBAS-UP Presidente da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular

6 Recomendações no diagnóstico e tratamento da doença venosa crónica Edição, Junho 2011 Depósito Legal: /11 Produção e edição: Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular Rua de Gondarém, r/c, Porto - Portugal Telefone: Fax: spacv@sapo.pt Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada ou transmitida por qualquer forma nem por qualquer processo eletrónico, mecânico, de fotocópia, de registo ou outro tipo sem a autorização por escrito do titular do copyright. Esta publicação foi possível através do apoio, sem qualquer tipo de condições, da Servier Portugal. Obra escrita segundo o acordo ortográfico de 1990

7 ÍNDICE PREFÁCIO 2 EPIDEMIOLOGIA 3 Perspetiva nacional... 4 Perspetiva internacional 5 ANATOMIA DAS VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES 7 Veias superficiais. 9 Veias profundas. 9 Veias perfurantes. 10 FISIOLOGIA DO SISTEMA VENOSO 13 FISIOPATOLOGIA 17 Ciclo vicioso: hipertensão/inflamação venosa 18 Alterações na parede e válvulas venosas 20 Microcirculação 21 Mediadores inflamatórios 22 CLASSIFICAÇÃO 23 Perspetiva do médico Classificação CEAP 24 Perspetiva do doente Questionário CIVIQ 27 DEFINIÇÕES ESPECÍFICAS 29 Conceitos clínicos 30 Conceitos fisiológicos 31 Conceitos descritivos 32 DIAGNÓSTICO 23 Anamnese Deteção de refluxo e obstrução 34 Eco-Doppler. 34 TRATAMENTO 23 Medidas higieno-dietéticas.. 38 Compressão. 40 Fármacos venoativos 41 Ablação térmica, química e mecânica.. 46 BIBLIOGRAFIA 48 1

8 PREFÁCIO A doença venosa é, hoje em dia, considerada uma patologia crónica e evolutiva que afeta uma grande parte da população mundial. Portugal, pela sua localização e clima, não é exceção, estimando-se que cerca de um terço da nossa população sofra de alterações da macro e microcirculação dos membros inferiores. Consequentemente, estes doentes apresentam diversos graus de incapacidade física, psicológica e social, que nas fases mais graves da doença implicam elevados custos para o sistema de saúde português. Face a todo este cenário e à missão que esteve na base da criação da Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular, há cerca de 11 anos, promover a investigação e a atualização do conhecimento e da prática clínica diária, para melhor servir os doentes, a comunidade médica e a opinião pública em geral, acreditamos ser esta a altura certa para publicar as primeiras recomendações portuguesas na área da doença venosa crónica. Esta obra cumpre o objetivo de ser um apoio a todos os colegas e contribuir para estabelecer um melhor diagnóstico e tratamento da doença venosa crónica, com base numa visão atualizada da patologia. Ao folhear este livro, poderá encontrar recomendações importantes e informações práticas sobre os doentes que padecem desta patologia. Resta-nos saudar todos os colegas que, através do seu trabalho e dedicação, tornaram possível esta publicação. No futuro, procuraremos implementar novos projetos, estudos e outras iniciativas para, deste modo, despertar espíritos e criar hábitos de crítica científica. O grupo de trabalho 2

9 EPIDEMIOLOGIA 3

10 EPIDEMIOLOGIA Perspetiva nacional Dados epidemiológicos: 1 2 milhões de mulheres com mais de 30 anos sofrem de doença venosa crónica (DVC); 7 em cada 10 mulheres com mais de 30 anos sofrem de problemas de circulação venosa e metade ainda não está tratada; 1/3 da população portuguesa, no geral, sofre de DVC. Dados socioeconómicos, relativos à doença venosa: 2 8% dos doentes reformam-se antecipadamente devido à patologia; a úlcera venosa apresenta elevadas repercussões sociais, principalmente ao nível da suspensão temporária da atividade profissional (55,4%), tendendo a agravar-se com a idade. 4 Qualidade de vida: 3 48% da população portuguesa sofre regularmente de dor nos tornozelos e/ou pernas; 58% da população feminina, com mais de 40 anos de idade, sente a sua qualidade de vida significativamente afetada pela DVC; 64% da população feminina, com mais de 50 anos de idade, sente a sua qualidade de vida significativamente afetada pela DVC. A FIGURA 1. Diminuição da qualidade de vida da população portuguesa total (A) e da população portuguesa feminina e masculina (B), à medida que a idade aumenta. B

11 EPIDEMIOLOGIA Perspetiva internacional Tendo em conta os principais dados epidemiológicos estima-se que: 4,5 a incidência anual de varizes é de 2,6% nas mulheres e 1,9% nos homens; 25 a 33% das mulheres e 10 a 20% dos homens adultos apresentam varizes; 3 a 11% da população apresenta edema e/ou alterações tróficas (hiperpigmentação e eczema); 0,3 a 1% da população adulta nos países ocidentais apresenta úlceras venosas; a DVC tem um custo anual entre os 600 e os 900 milhões de euros, o que representa cerca de 1-2% do orçamento total para a saúde. 5

12 6

13 ANATOMIA DAS VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES 7

14 ANATOMIA DAS VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES As veias dos membros inferiores estão divididas em três sistemas superficial, profundo e perfurante localizados em dois compartimentos principais: o compartimento superficial e o compartimento profundo. O compartimento profundo é limitado superficialmente pela fáscia muscular e contém as veias profundas. O compartimento superficial é limitado profundamente pela fáscia muscular e superficialmente pela derme. 6 FIGURA 2. Esquema do sistema venoso dos membros inferiores (segundo Cid dos Santos), representando as redes superficial (s) e profunda (p), separadas pela aponevrose superficial (a) e apenas em comunicação através das veias perfurantes (c). Imagem gentilmente cedida pelo Professor Teixeira Diniz, Doutor Salvador Marques e seus colaboradores, do livro A doença venosa dos membros inferiores 8

15 ANATOMIA DAS VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES Designação atualmente aceite Veia grande safena Confluência das veias inguinais superficiais Veia grande safena acessória anterior Veia grande safena acessória posterior Veia grande safena acessória superficial Extensão cranial da veia pequena safena Veia pequena safena Veia pequena safena acessória superficial Veia circunflexa anterior da coxa Veia circunflexa posterior da coxa Veias intersafenas Sistema venoso lateral Veias do pé Veias Superficiais Antiga designação Veia safena interna, veia safena longa, veia safena maior Crossa da veia safena interna Veia safena acessória Veia safena acessória (o seu segmento da perna foi muitas vezes chamado de veia de Leonardo ou veia do arco posterior) Veia safena acessória Veia de Giacomini (se comunicação desta extensão com a veia grande safena através da veia circunflexa posterior da coxa) Veia safena externa, veia safena curta, veia menor TABELA 1. Designação das veias superficiais dos membros inferiores. 7 Veias Profundas Designação atualmente aceite Antiga designação Veia femoral comum Veia femoral comum Veia femoral Veia femoral superficial Veia femoral profunda Veia profunda da coxa Veia femoral circunflexa medial Veia femoral circunflexa medial Veia femoral circunflexa lateral Veia femoral circunflexa lateral Veias femorais comunicantes profundas Veias perfurantes Veia ciática Veia ciática Veia poplítea Veia poplítea Veias surais Veias soleares Veias surais Veias gastrocnémias Gastrocnémia medial Gastrocnémia lateral Intergemelar 9

16 Veias Profundas Designação atualmente aceite (continuação) Plexo venoso genicular Veias tibiais anteriores Veias tibiais posteriores Veias peroniais Veias plantares mediais Veias plantares laterais Arco venoso plantar profundo Veias metatársicas profundas (plantar e dorsal) Veias digitais profundas (plantar e dorsal) Veia pediosa Veias geniculares Veias tibiais anteriores Veias tibiais posteriores Veias perionais Antiga designação TABELA 2. Designação das veias profundas dos membros inferiores Veias Perfurantes Designação atualmente aceite Antiga designação Perfurantes do pé Perfurante dorsal do pé Perfurante medial do pé Perfurante lateral do pé Perfurante plantar do pé Perfurantes do tornozelo Medial do tornozelo Anterior do tornozelo Lateral do tornozelo Perfurantes da perna Mediais da perna Paratibiais Perfurante de Boyd e perfurante de Sherman Tibiais posteriores Perfurantes Superior de Cockett Média Inferior Anteriores da perna Laterais da perna Posteriores da perna Gastrocnémia medial Gastrocnémia lateral

17 ANATOMIA DAS VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES Veias Perfurantes Designação atualmente aceite TABELA 3. Designação das veias perfurantes dos membros inferiores. 7 Antiga designação (continuação) Intergemelar Para-aquiliana Perfurante de Bassi Perfurantes do joelho Medial do joelho Lateral do joelho Suprarrotuliana Infrarrotuliana Fossa poplítea Perfurantes da coxa Medial da coxa Do canal femoral Perfurante de Dodd Perfurante de Hunter Inguinal Anterior da coxa Lateral da coxa Posterior da coxa Posteromedial Posterolateral Perfurante de Hach Ciática Pudenda Perfurantes Glúteas Glútea superior Glútea inferior Glútea média 11

18 12

19 FISIOLOGIA DO SISTEMA VENOSO 13

20 FISIOLOGIA DO SISTEMA VENOSO O principal objetivo da circulação venosa é fazer regressar o sangue ao coração para que ocorra a reoxigenação e a respetiva recirculação. 8 B* A 14 FIGURA 3. (A) Rede venosa dos membros inferiores; (B) Esquema do sistema venoso dos membros inferiores (segundo Cid dos Santos), em corte transversal, representando as redes superficial (s) e profunda (p), separadas pela aponevrose superficial (a) e apenas em comunicação através das veias perfurantes (c). *Imagem gentilmente cedida pelo Professor Teixeira Diniz, Doutor Salvador Marques e seus colaboradores, do livro A doença venosa dos membros inferiores Dependendo do nível de atividade e postura, 60-80% da totalidade do nosso sangue reside no sistema venoso, sendo que 25-50% deste volume se encontra nas pequenas vénulas pós-capilares e respetivos sistemas coletores. 7 Para que o sangue retorne ao coração são necessárias várias estruturas, das quais se destacam: 8 Bomba central (coração); Bomba venosa periférica (músculos da região gemelar); Plexo venoso plantar; Válvulas venosas.

21 FISIOLOGIA DO SISTEMA VENOSO A* B* C* D* E FIGURA 4. Esquema evidenciando os fenómenos fisiológicos sucedidos durante: a contração muscular (A) com expulsão do sangue para os coletores venosos profundos e durante a descontração (B) em que não há refluxos para a rede venosa do músculo, porque as válvulas, cerrando, a isso se opõem; (C) a contração muscular (m) com compressão das veias profundas (v) e (D) descontração muscular (m) com descompressão das mesmas veias (v). Evidencia-se a função das válvulas situadas distalmente na veia profunda (v) e na veia perfurante (c). Evidencia-se a aponevrose superficial (a) e o sistema venoso superficial (s); (E) Representação do plexo venoso plantar. *Imagem gentilmente cedida pelo Professor Teixeira Diniz, Doutor Salvador Marques e seus colaboradores, do livro A doença venosa dos membros inferiores Todas estas estruturas contribuem para a criação de um gradiente de pressão que permite que o sangue chegue ao coração contrariando a força da gravidade. 8 O sangue venoso proveniente da pele e dos tecidos subcutâneos é recolhido através de várias vénulas e veias superficiais, as quais drenam o sangue para o sistema venoso profundo através de três vias principais: 9 (1) Veias grande e pequena safena, que drenam no sistema venoso profundo ao nível das junções safeno-femoral e safeno-poplítea; (2) Veias perfurantes originárias nas veias grande e pequena safena e suas tributárias; (3) Diretamente no sistema venoso profundo ou no sistema pélvico. 15

22 16

23 FISIOPATOLOGIA 17

24 FISIOPATOLOGIA A doença venosa é, hoje em dia, considerada uma patologia crónica e evolutiva, à qual está associado um processo fisiopatológico complexo, que tem na sua origem um ciclo vicioso entre a hipertensão e a inflamação venosa crónica. 10,11 Ciclo vicioso: hipertensão/inflamação venosa A hipertensão venosa e a reação inflamatória são dois processos indissociáveis da degradação das paredes e válvulas venosas A FIGURA 5. (A) Válvula venosa normal, perfeitamente adaptada à sua função de possibilitar o transporte do sangue no sentido ascendente, impedindo o refluxo venoso no sentido descendente. (B) A hipertensão venosa é responsável pelo início da reação inflamatória, resultando no enfraquecimento, distensão e dilatação da parede venosa. Hoje, considera-se que a hipertensão venosa é, na sua maioria, o resultado da incompetência valvular e do refluxo venoso que, uma vez iniciado, leva a uma alteração no fluxo sanguíneo venoso. Esta alteração do fluxo desencadeia a libertação de mediadores da inflamação ao nível das células endoteliais. A cascata B

25 FISIOPATOLOGIA inflamatória inicia-se com a ativação, adesão e migração dos leucócitos através do endotélio venoso, com posterior produção de citoquinas e fatores de crescimento, que levam à alteração da matriz extracelular. 12,13 FIGURA 6. Representação da inflamação venosa: uma etapa crucial da progressão da DVC. Os processos inflamatórios resultantes da interação leucócito-endotélio desempenham um papel importante na génese da disfunção venosa. Consequentemente, a lesão contínua das válvulas, induzida pelos leucócitos, origina a incompetência valvular e o refluxo venoso. O refluxo venoso leva, por sua vez, ao aumento da pressão venosa, completando-se assim o ciclo vicioso que está na base da doença venosa crónica (DVC)

26 Fatores de risco para a doença venosa crónica Fatores genéticos Sexo feminino (progesterona) Gravidez Idade Elevada estatura Obesidade Posição ortostática prolongada Hipertensão venosa Dilatação venosa Alterações valvulares e extravasão capilar Inflamação Fluxo sanguíneo alterado Refluxo crónico Hipertensão capilar Alterações nas paredes e válvulas venosas Extravasamento capilar Edema Inflamação 20 FIGURA 7. Esquema do processo fisiopatológico da DVC, com a representação do ciclo vicioso da hipertensão/inflamação venosa, proposto por John Bergan. 11 Alterações na parede e válvulas venosas A parede e as válvulas venosas conseguem resistir ao aumento da pressão venosa durante um período limitado de tempo, a partir do qual surgem efeitos adversos. Válvulas venosas Úlcera venosa Alterações tróficas Através de angioscopias realizadas na veia grande safena durante intervenções cirúrgicas, tem sido possível observar profundas alterações ao nível das válvulas

27 FISIOPATOLOGIA venosas, tais como desgaste, alongamento, separação ou rompimento, espessamento, retração e adesão dos folhetos valvulares, bem como a ausência de válvulas subterminais. Também foi observada uma diminuição do número de válvulas venosas na veia grande safena em doentes com varizes. 12,13 Parede venosa Ao nível da parede venosa, devido à pressão macrocirculatória e às alterações hemodinâmicas, têm sido detetadas várias alterações ao nível do colagéneo, elastina e tecido muscular liso, com a consequente alteração das propriedades viscoelásticas da parede venosa. 14 Em estudos histológicos, foram observadas áreas de hipertrofia, com um elevado conteúdo em colagéneo, que alternam com segmentos hipotróficos com uma baixa quantidade de tecido muscular liso e matriz extracelular. 11,15 São todos estes processos que levam à alteração das propriedades elásticas das veias dos doentes com DVC. 4 * FIGURA 8. Representação do processo inflamatório através da interação leucócito-endotélio ao nível das válvulas venosas. *Imagem gentilmente cedida pelo Professor Comerota. Microcirculação Quando existe uma insuficiência valvular ao nível das veias superficiais e perfurantes, a hipertensão venosa é diretamente transmitida à rede capilar ao nível da derme e dos tecidos subcutâneos, o que leva a que os capilares se tornem mais permeáveis a moléculas grandes. 9 Adicionalmente, ao nível do sistema linfático, existe uma fragmentação e destruição da rede linfática cutânea com a respetiva diminuição do fluxo linfático, o que leva a uma situação em que a filtração transcapilar excede o fluxo linfático. 21

28 São estas alterações que levam à progressão da patologia para estádios mais graves e podem, mesmo, originar lesão do tecido subcutâneo e formação de úlcera venosa. 14,16 Adesão leucocitária Alteração do endotélio Hipertensão capilar Glóbulos vermelhos Leucócitos Extravasão de plasma Moléculas de adesão Radicais livres Enzimas proteolíticas FIGURA 9. Lesão capilar e inflamação. Mediadores inflamatórios 22 Quando se instala uma situação crónica de refluxo venoso, surge uma hipertensão venosa com alteração do fluxo sanguíneo e ativação leucocitária precoce. 16 Após a sua ativação, os leucócitos rolam, aderem e migram através do endotélio localizado nas paredes e válvulas venosas. 17 Durante este processo, vários tipos de mediadores inflamatórios, fatores de crescimento, enzimas proteolíticas e radicais livres são libertados, degradando a matriz extracelular e conduzindo ao alongamento e tortuosidade das veias afetadas com separação, perfuração, rutura e destruição definitiva das válvulas venosas. 18 Ao mesmo tempo, a síntese de colagéneo, estimulada pelos fatores de crescimento, leva a alterações nas paredes das veias. 13 Todos estes fenómenos inflamatórios ao nível da parede e válvulas venosas contribuem para a progressiva insuficiência e respetiva destruição valvular, o que demonstra que a inflamação venosa é um passo crucial na degradação da parede venosa, insuficiência valvular e consequente agravamento da hipertensão venosa. 10,14,18

29 CLASSIFICAÇÃO 23

30 CLASSIFICAÇÃO Perspetiva do médico A classificação CEAP é um método internacionalmente aceite para classificar a doença venosa, consoante a sua gravidade, estando publicada em 25 jornais e livros internacionais e em 8 línguas diferentes. Esta classificação tem como objetivo servir de guia sistemático para um melhor diagnóstico clínico e caraterização dos doentes venosos, permitindo também encontrar uma melhor racionalização de tratamento para cada perfil de doente. 4,19 As iniciais CEAP significam: C Clínica; E Etiológica; A Anatómica; P Fisiopatológica. 24 Classificação CEAP Clínica C 0 : Sem patologia venosa C 1 : Telangiectasias ou varizes reticulares C 2 : Varizes tronculares C 3 : Edema C 4 : Alterações tróficas C 5 : Úlcera cicatrizada C 6 : Úlcera ativa Etiológica Ec: Congénita Ep: Primária Es: Secundária (pós-trombótica) En: Sem etiologia identificada Nota: As varizes primárias resultam da dilatação venosa e de lesões das válvulas venosas sem trombose venosa profunda (TVP) anterior. As varizes secundárias são consequência de uma TVP ou, em casos raros, de uma tromboflebite superficial. 4 Anatómica As: Sistema venoso superficial Ad: Sistema venoso profundo Ap: Sistema venoso perfurante An: Sem localização identificada

31 CLASSIFICAÇÃO (Continuação) Classificação CEAP Fisiopatológica Pr: Refluxo. Po: Obstrução. Pr,o: Refluxo e obstrução. Pn: Sem processo fisiopatológico identificado. TABELA 4. Resumo da classificação CEAP. Para uma avaliação inicial do doente com DVC, a classificação clínica é a mais importante podendo ser feita pela simples observação, sem recurso a qualquer tipo de teste mais específico. Classificação clínica C 0 : Sem sinais visíveis ou palpáveis de doença venosa. C 1 : Telangiectasias ou varizes reticulares. C 2 : Varizes tronculares. C 3 : Edema. C 4a : Pigmentação e/ou eczema. C 4b : Lipodermatosclerose e/ou atrofia branca. C 5 : Úlcera venosa cicatrizada. C 6 : Úlcera venosa ativa. S: Sintomático, incluindo dor, sensação de aperto, irritação, sensação de peso nas pernas, cãibras musculares e outras queixas atribuídas à doença venosa. A: Assintomáticos. C0 C1 C2 C3 C4 C5 C6 FIGURA 10. Representação dos diversos estádios clínicos da classificação CEAP: Apenas sintomas, telangiectasias, varizes, edema, alterações tróficas, úlcera cicatrizada e úlcera ativa. 25

32 26 Telangiectasias ou varizes telangiectásicas Confluência de vénulas intradérmicas dilatadas, com menos de 1 mm de diâmetro. Termos usados pelo doente: derrames, raios, aranhas ou manchas. Varizes reticulares Veias subdérmicas azuladas e dilatadas, geralmente tortuosas com 1 a 3 mm de diâmetro. Estão excluídas as veias normais e visíveis em pessoas com pele muito branca. Varizes tronculares Veias subcutâneas dilatadas com 3 mm ou mais de diâmetro, medidas em posição ortostática. Podem incluir as veias safenas, as veias tributárias das veias safenas ou as veias superficiais da perna não safenas. As varizes são normalmente tortuosas, no entanto, as veias safenas de forma tubular que tenham refluxo confirmado também podem ser classificadas como varizes. Termos usados pelo doente: veias varicosas. Edema Aumento percetível no volume dos tecidos cutâneos e subcutâneos, caraterizado pela deformação após pressão. O edema venoso ocorre normalmente na região do tornozelo, mas pode estender-se à perna e ao pé. Pigmentação Escurecimento acastanhado da pele, resultante da extravasão sanguínea. Normalmente ocorre na região maleolar, mas pode estender-se à perna ou ao pé. Eczema Dermatite eritematosa, que pode evoluir para vesículas pruriginosas ou para erupções da pele em forma de escamas. Normalmente localiza-se junto das varizes, mas pode ocorrer em qualquer zona do membro inferior. O eczema pode ser provocado pela doença venosa crónica ou pela sensibilidade à terapêutica local. Lipodermatosclerose (LDS) Inflamação crónica e localizada, com fibrose da pele e dos tecidos subcutâneos, por vezes associada à cicatrização ou contratura do tendão de Aquiles. A LDS é por vezes precedida de um edema inflamatório difuso do tecido cutâneo, o qual pode ser doloroso e se designa por hipodermite. Distingue-se da linfagite, erisipela ou celulite pelos seus sinais diferenciadores e pelas suas caraterísticas sistémicas, estando associada a manifestações graves de DVC. Atrofia branca Área de tecido cutâneo atrófico, esbranquiçado, normalmente circular, rodeada por capilares dilatados e, por vezes, hiperpigmentação. Sinal severo de DVC, no entanto, não deve ser confundido com as cicatrizes de úlceras cicatrizadas. As cicatrizes de úlceras cicatrizadas podem apresentar tecido cutâneo com alterações de pigmentação, mas diferenciam-se pelo seu historial de ulceração e aspeto. Úlcera venosa Solução de continuidade da pele e tecido celular subcutâneo que surge mais frequentemente na região maleolar, causada e agravada pela DVC. 19

33 CLASSIFICAÇÃO Perspetiva do doente Nos últimos tempos, têm sido desenvolvidos vários instrumentos com o intuito de avaliar o estado de saúde ou doença, percecionado pelo próprio doente. O uso destes instrumentos que avaliam diretamente a perspetiva do doente, tem sido considerado um avanço crucial na área da doença venosa, uma vez que se trata de uma patologia complexa, crónica e evolutiva. Neste caso, os instrumentos que mais se utilizam são os questionários de qualidade de vida, que permitem recolher informações importantes sobre o impacto que a patologia tem no dia a dia dos doentes que, de outra forma, não seria possível contabilizar. Destes, destaca-se o Chronic Venous Insufficiency Questionnaire (CIVIQ) que é um questionário específico para a DVC, estando validado internacionalmente (relevância, aceitabilidade, fiabilidade, validade de construção e sensibilidade) em diversas línguas. Trata-se de um questionário de autoavaliação com 20 perguntas, cada uma pontuada de 1 a 5, compreendendo 4 dimensões: física (4 questões), psicológica (9 questões), social (3 questões) e dor (4 questões). O resultado final é tanto maior, quanto mais for o impacto da DVC na qualidade de vida do doente. 20 Perguntas incluídas no questionário CIVIQ: 1) Nas últimas quatro semanas, sentiu dores nos tornozelos ou nas pernas? 2) Durante as últimas quatro semanas, até que ponto se sentiu afetado(a) ao trabalhar ou nas suas atividades quotidianas, devido aos seus problemas nas pernas? 3) Durante as últimas quatro semanas, sentiu dificuldade em dormir, devido aos seus problemas nas pernas? Durante as últimas quatro semanas, até que ponto os problemas nas suas pernas o(a) afetaram/limitaram nas atividades abaixo referidas? 4) Permanecer um longo período de tempo de pé ou sentado(a) 5) Subir escadas 6) Dobrar-se/Ajoelhar-se 7) Caminhar depressa 8) Viajar de carro, autocarro, avião 9) Atividades domésticas como cozinhar, transportar uma criança ao colo, passar roupa a ferro, limpar chão ou mobiliário, executar trabalhos manuais 27

34 10) Eventos sociais (casamentos, batizados, discotecas) 11) Desportos com esforço físico importante Os problemas nas pernas podem também afetar o seu estado de espírito. Até que ponto as seguintes frases correspondem à forma como se sentiu durante as últimas 4 semanas? 12) Sinto-me nervoso(a), tenso(a) 13) Canso-me facilmente 14) Sou um fardo para os outros 15) Tenho sempre de tomar certas precauções (esticar as pernas, evitar permanecer longos períodos de pé) 16) Tenho vergonha de mostrar as pernas 17) Irrito-me facilmente 18) Sinto-me incapacitado(a) 19) Tenho dificuldade em iniciar as atividades pela manhã 20) Não me apetece passear (sair de casa) Pontuação: 1 - Nunca 2 - Ocasionalmente 3 - Regularmente 4 - Frequentemente 5 - Sempre Dimensão física: Questões 5, 6, 7 e 9. Dimensão psicológica: Questões 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19 e 20. Dimensão social: Questões 8, 10 e 11. Dimensão dor: Questões 1, 2, 3 e 4. 28

35 DEFINIÇÕES ESPECÍFICAS 29

36 DEFINIÇÕES ESPECÍFICAS Em 2009, foi publicado um documento de consenso internacional sobre terminologia, o qual foi desenvolvido por um grupo internacional de peritos interdisciplinares sob os auspícios do American Venous Forum (AVF), European Venous Forum (EVF), International Union of Phlebology (IUP), American College of Phlebology (ACP) e International Union of Angiology (IUA). Este documento forneceu importantes recomendações quanto à terminologia a utilizar, de forma a promover o uso de uma linguagem científica comum na investigação, diagnóstico, tratamento e seguimento de doentes com DVC Conceitos clínicos Doença venosa crónica Qualquer alteração morfológica e funcional do sistema venoso, manifestada a longo prazo por sintomas e/ou sinais, indicando a necessidade de investigação e/ou tratamento. Insuficiência venosa crónica (C3-C6) Conceito reservado para os estádios avançados de DVC, que se aplica às alterações funcionais do sistema venoso que originam edema, alterações tróficas ou úlceras venosas. Sintomas venosos Queixas relacionadas com a doença venosa, que incluem a sensação de formigueiro, dor, ardor, cãibras e sensação de pernas pesadas, inchadas e/ou cansadas. Estes sintomas indiciam a presença de doença venosa crónica, particularmente se forem agravados pelo calor ou ao longo do dia e aliviados com a elevação e/ou descanso dos membros. Sinais venosos Manifestações visíveis de alterações venosas, que incluem veias dilatadas (telangiectasias, varizes reticulares e/ou varizes tronculares), edema, alterações tróficas e/ou úlcera venosa, de acordo com as descrições da classificação CEAP. Varizes recorrentes Reaparecimento de varizes numa área previamente tratada com sucesso. Varizes residuais Varizes que permanecem após tratamento. Síndrome pós-trombótico Sintomas e/ou sinais venosos crónicos relacionados com uma trombose venosa profunda e respetivas lesões. Síndrome de congestão pélvica: Sintomas crónicos, os quais podem incluir dor pélvica, sensação de peso perineal, micção imperiosa e dor pós-coital, causados por

37 DEFINIÇÕES ESPECÍFICAS refluxo e/ou obstrução das veias pélvicas e/ou ováricas. Todos estes sintomas podem estar associados à existência de varizes vulvares, perineais e/ou dos membros inferiores. Varicocelo Presença de varizes escrotais. Aneurisma venoso Dilatação localizada, sacular ou fusiforme, de um segmento venoso com um calibre pelo menos 50% maior do que o tronco normal. Conceitos fisiológicos Incompetência valvular venosa Disfunção das válvulas venosas, da qual resulta um fluxo venoso retrógrado de duração anormal. Refluxo venoso Fluxo venoso retrógrado de duração anormal em qualquer segmento venoso. Primário: Provocado por disfunção valvular venosa idiopática. Secundário: Provocado por trombose ou trauma de etiologia mecânica, térmica ou química. Congénito: Provocado pela ausência ou desenvolvimento anormal das válvulas venosas. Refluxo axial Fluxo venoso retrógrado ininterrupto desde a virilha até à barriga da perna. Superficial: Limitado ao sistema venoso superficial. Secundário: Limitado ao sistema venoso profundo. Combinado: Qualquer combinação dos três sistemas venosos (superficial, profundo e/ou perfurante). Refluxo segmentar Fluxo retrógrado localizado nos segmentos venosos de qualquer um dos três sistemas venosos (superficial, profundo e/ou perfurante) e em qualquer combinação coxa e/ou barriga da perna, mas não na continuidade da virilha até à barriga da perna. Perfurante incompetente Veias perfurantes com fluxo retrógrado de duração anormal. Neovascularização Presença recente de várias veias, pequenas e tortuosas, na proximidade de uma intervenção venosa anterior. Oclusão venosa Eliminação total do lúmen venoso. 31

38 Obstrução venosa Bloqueio parcial ou total do fluxo venoso. Recanalização Desenvolvimento de um novo lúmen numa veia anteriormente obstruída. Conceitos descritivos Laqueação da junção safeno-femoral Laqueação e secção da veia grande safena (VGS) na sua confluência com a veia femoral comum. Stripping Remoção de um longo segmento da veia, normalmente da veia grande safena (VGS) ou da veia pequena safena (VPS) por meio de um dispositivo. Ablação venosa Remoção ou destruição de uma veia por meio mecânico, térmico ou químico. Miniflebectomia Remoção de um segmento venoso através de uma pequena incisão na pele. Escleroterapia Supressão de uma veia por injeção de uma substância química (líquido ou espuma). 32

39 DIAGNÓSTICO 33

40 DIAGNÓSTICO Anamnese Quando um doente apresenta sintomas e sinais sugestivos de doença venosa, o médico deverá investigar aspetos relacionados com a DVC, nomeadamente sensação de pernas pesadas ou cansadas, dor, edema, presença de varizes ou hiperpigmentação cutânea da perna. 4 Deteção de refluxo e obstrução A avaliação é feita através de um exame físico, que, no âmbito de uma consulta de angiologia e cirurgia vascular, pode já incluir uma primeira avaliação com Doppler portátil ou Eco-Doppler colorido (angiodinografia ou triplex scan). Esta avaliação ajuda a identificar a presença e os locais de refluxo e potencial oclusão das veias proximais. Poderão existir doentes que necessitem de uma investigação adicional. 4 Eco-Doppler O Eco-Doppler é considerado o método gold standard para a deteção de refluxo em qualquer segmento venoso. O Eco-Doppler permite distinguir o fluxo sanguíneo através da utilização de diferentes cores, utilizando-se sondas de alta frequência para as veias superficiais e sondas de baixa frequência para as veias profundas. Deverá ser examinada a totalidade do sistema venoso superficial e profundo, bem como as veias comunicantes e perfurantes. Através de um exame com Eco-Doppler pode ser avaliado: 4 1. Veia femoral e safena em posição ortostática e veia poplítea e da região gemelar em posição sentada; 2. Duração do refluxo; 3. Tamanho das veias perfurantes; 4. Diâmetro das veias safenas; 5. Tamanho e competência das maiores veias tributárias da veia safena. 34

41 DIAGNÓSTICO Exames a realizar tendo em conta o tipo de doente Uma forma simples de organizar o diagnóstico de doentes com DVC é utilizar um dos seguintes três níveis, dependendo da gravidade da doença: 4 Nível I: Consulta médica com avaliação do historial clínico e exame físico, o qual pode incluir o uso de Doppler portátil ou Eco-Doppler. Nível II: Realização de exames vasculares não invasivos, com utilização obrigatória de um Eco-Doppler, com ou sem pletismografia. Nível III: Realização de exames invasivos ou estudos imagiológicos complexos, incluindo a flebografia ascendente e descendente, varicografia, medição da pressão venosa, TAC, Doppler venoso helicoidal, ressonância magnética ou ultrassonografia intravascular. Nota: A passagem ao nível seguinte, pressupõe sempre a realização dos exames descritos no nível anterior. Tendo em conta o parâmetro clínico da classificação CEAP, podemos propor um guia simplificado para avaliação da DVC. As indicações em cada um dos estádios podem ser modificadas de acordo com as circunstâncias clínicas e a prática clínica local. Classe 0s/1 - Doentes com sintomas, sem sinais visíveis ou palpáveis de doença venosa - Doentes com telangiectasias ou varizes reticulares O nível I de investigação é normalmente suficiente. No entanto, a presença de sintomas como a dor, sensação de pernas pesadas, cansaço e cãibras musculares, na ausência de varizes visíveis ou palpáveis, são um alerta para a realização de um exame com Eco-Doppler de forma a excluir uma possível situação de refluxo venoso, que geralmente precede a manifestação clínica de varizes. Classe 2 - Doente com varizes, sem edema e sem alterações tróficas O nível II de investigação (exame com Eco-Doppler) deve ser seguido para a maioria dos doentes, sendo obrigatório nos doentes referenciados para intervenção cirúrgica. Em certos casos, pode ser necessário passar para o nível III de investigação. 35

42 Classe 3 - Doentes com edema, com ou sem varizes, mas sem alterações tróficas O nível II de investigação deve ser realizado para determinar se existe uma situação de refluxo ou obstrução ao nível do sistema venoso profundo, o qual pode ser responsável pelo edema. Se o exame com Eco-Doppler demonstrar ou revelar alguns indícios de obstrução, deverão ser considerados os exames de nível III relativamente ao sistema venoso profundo. Classes 4, 5, 6 - Doentes com alterações tróficas resultantes de doença venosa, incluindo úlcera venosa cicatrizada ou aberta, com ou sem edema e/ou varizes O nível II de investigação é necessário em todos os doentes, sendo que o nível III deverá ser considerado para uma intervenção ao nível do sistema venoso profundo. 36

43 TRATAMENTO 37

44 TRATAMENTO Medidas higieno-dietéticas A Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular (SPACV) validou e tem vindo a distribuir, anualmente, entre os médicos de medicina geral e familiar, folhetos com 10 conselhos úteis para serem entregues a todos os doentes com DVC. Neste capítulo poderá encontrar esses 10 conselhos, bem como a sua descrição, de forma a recomendá-los sempre que o seu doente necessite. 1) Exercitar as pernas em todas as circunstâncias As posições prolongadas de pé e sentada (em particular as pernas cruzadas) devem ser evitadas, uma vez que o peso do sangue e a falta de exercício favorecem a estagnação do sangue nas veias. Caso a atividade profissional o obrigue a estar sempre sentado ou de pé, é necessário andar um pouco durante o dia ou fazer movimentos circulares com os pés. Do mesmo modo, durante as viagens longas de carro, comboio ou avião, e sempre que possível, ande um pouco para permitir a circulação do sangue nas veias. 38 2) Escolher um desporto apropriado A prática regular e com sapatos apropriados da marcha a pé é a atividade mais benéfica para a circulação venosa. A planta dos pés, devido a estar bastante irrigada por vasos venosos, funciona como uma bomba que movimenta o sangue. A cada passo, vai comprimir as veias dos pés, o que impulsiona o sangue para cima até às pernas. Depois, a contração dos músculos da perna favorece a subida do sangue até ao coração. Por estas razões, a prática de ginástica, ciclismo, dança, natação ou golfe, facilita a circulação venosa. Pelo contrário, são desaconselhados os desportos que obrigam a movimentos bruscos, como o ténis, basquetebol, squash, entre outros. Estes desportos provocam variações na pressão do sangue nas veias, o que vai provocar a dilatação dos vasos e menor circulação de sangue até ao coração. 3) Evitar lugares quentes As variações de temperaturas modificam o comportamento das veias. Um aumento do calor nas pernas favorece a dilatação das veias, diminuindo a circulação venosa. Devem ser evitadas, ou diminuídas, todas as exposições ao calor: sol, depilação com cera quente, banhos quentes, sauna e vestuário muito quente.

45 TRATAMENTO 4) Procurar lugares frescos A influência do frio é importante porque é favorável à contração das veias. Um duche de água fria nas pernas, ativa a funcionalidade das veias e alivia a sensação de peso e dor nas pernas. Caminhar à beira da água na praia é muito útil porque associa o exercício à temperatura baixa. 5) Prevenir a prisão de ventre e o excesso de peso A prisão de ventre e o excesso de peso são dois fatores responsáveis pelo aumento da pressão sanguínea nas veias, por isso, e para evitar estes problemas, deve fazer uma alimentação rica em fibras (ex.: vegetais), uma boa hidratação (consumo diário de 1,5 litros de água) e consumir menos gorduras saturadas (ex.: manteiga, carne de porco). 6) Usar vestuário apropriado O vestuário apertado comprime as veias e bloqueia a circulação do sangue nas pernas. Deve escolher um vestuário confortável e largo, evitando as calças muito estreitas, meias com elástico ou cintos apertados. 7) Usar sapatos apropriados Os sapatos de salto alto reduzem a superfície de apoio do pé, tal como os sapatos planos sem salto que aumentam demais essa superfície, o que vai diminuir a circulação do sangue dos pés para as pernas. Por isso, os sapatos devem ter idealmente 3 a 4 cm de altura. 8) Facilitar a circulação sanguínea durante o sono Para melhorar a circulação do sangue durante o sono, deve fazer alguns movimentos de pedalar antes de dormir e levantar os pés da cama 10 a 15 cm. 9) Reconhecer as situações que podem agravar os seus problemas venosos, como a gravidez ou a contraceção oral A doença venosa é mais frequente na mulher devido à influência das hormonas (progesterona e estrogénio). Os estrogénios aumentam a permeabilidade das veias e a progesterona é responsável pela sua dilatação. Durante a gravidez, estas hormonas existem em grande quantidade, daí o elevado risco de doença venosa nestas mulheres. Estas hormonas existem também nas pílulas contracetivas. Deste modo, é indispensável uma supervisão médica regular. 10) Massajar as pernas o mais frequentemente possível A massagem das pernas, de baixo para cima, melhora a circulação do sangue para o coração. 39

46 Compressão A compressão elástica é uma componente fundamental no tratamento da doença venosa crónica. Meias de compressão elástica As meias de compressão são feitas de material têxtil elástico e podem ser: A-D Meias até ao joelho; A-G Meias até à raiz da coxa; A-T Collants. Dentro de cada tipo, existem vários tamanhos standard, no entanto as meias também podem ser feitas por medida. 40 FIGURA 11. Representação dos diversos tipos de meias elásticas. Tendo em conta o grau de compressão, existem 4 tipos de meias: Grau 1 (compressão ligeira) mmhg; Grau 2 (compressão média) mmhg; Grau 3 (compressão forte) mmhg; Grau 4 (compressão muito forte) >49 mmhg. Para obter melhores resultados as meias devem ser calçadas logo de manhã.

47 TRATAMENTO Outras formas de compressão Em situações especiais, como na úlcera venosa, podem-se utilizar bandas (ligaduras ou cola de zinco). As aplicações clínicas Na seguinte tabela poderá encontrar um resumo das indicações baseadas na evidência para a terapêutica compressiva. C0s I (15-21) x C1 x x C2 x x C3 C4 C5 x x C6 Indicação II (23-32) TABELA 5. Indicação do grau de compressão a utilizar, tendo em conta a gravidade da patologia. x x III (34-36) Bandas x Fármacos venoativos Vários estudos têm demonstrado a eficácia de fármacos venoativos nos diferentes estádios da doença venosa. Em diversos países europeus, estes medicamentos são já considerados uma terapêutica complementar à escleroterapia e a outros procedimentos. 5 No seu conjunto existem dois grandes grupos de medicamentos venoativos: agentes de origem natural e sintéticos. 5 Alfa-benzopironas Gama-benzopironas (flavonóides) Grupo Substância Origem Cumarina Diosmina Fração Flavonóica Purificada Micronizada Rutina e rutosido 0-(β-hidroxietil)-rutosido (troxerrutina, HR) Melilot (Melilotus officinalis) Woodruff (Asperula odorata) Citrus spp. (Sophora japonica) Rutaceae aurantiae Sophora japonica Eucalyptus spp. Fagopyrum esculentum 41

48 (continuação) Saponinas Antocianósidos Bilberry (Vaccinium myrtillus) Outros extratos de plantas Proantocianidinas (oligomeros) Maritime pine (Pinus maritime) Extrato de Ginkgo, heptaminol e troxerrutina Ginkgo biloba Dobesilato de cálcio Sintético Produtos sintéticos Benzarona Sintético Naftazona Sintético Modo de ação Grupo Substância Origem Escina Extrato de ruscus TABELA 6. Classificação dos principais fármacos venoativos. 22 Horse chestnut (Aesculus hippocastanum L) Butcher s broom (Ruscus aculeatus) O modo de ação dos diferentes fármacos venoativos pode ser avaliado com base em diferentes parâmetros, ao nível da macro e micro circulação, tais como: 42 Tónus venoso Efeito ao nível das paredes e válvulas venosas: Proteção das células endoteliais da hipoxia Prevenção do refluxo venoso Permeabilidade capilar Sistema linfático Efeito anti-inflamatório: Inibição da interação leucócito-endotélio Redução dos radicais livres Parâmetros hemorreológicos O quadro seguinte resume o modo de ação dos diferentes fármacos venoativos, de acordo com as evidências disponíveis na base de dados MEDLINE e as orientações do European Venous Forum Management of chronic venous disorders of the lower limbs: guidelines according to scientific evidence :

49 TRATAMENTO Parede e válvulas venosas Efeito anti-inflamatório Parâmetros hemorreológicos Redução dos radicais livres Inibição inter. leucócito- -endotélio Sistema linfático Permeabilidade capilar Prevenção do refluxo venoso Proteção cél. endoteliais da hipóxia Tónus venoso Grupo químico Grupo químico + (65) (66) (67) + (59) (60) (61) (62) (63) (64) + (54) (55) (56) (57) (58) + (51) (52) (53) + (32) (33) (34) (35) (36) (37) (38) (39) (40) (41) (42) (43) (44) (45) (46) (47) (48) (49) (50) + (30) (31) + (29) + (23) (24) (25) (26) (27) (28) Fração Flavonóica Purificada Micronizada Gama- -benzopironas ND ND ND ND ND ND ND ND Diosmina ND ND + (76) ND + (73) (74) (75) ND ND + (68) (69) (70) (71) (72) Rutina e Rutosido ND ND ND ND + (85) (86) (87) ND + (84) + (77) (78) (79) (80) (81) (82) (83) Extrato de ruscus Saponinas ND + (95) (96) (97) ND ND + (94) ND + (92) (93) + (88) (89) (90) (91) Escina + (102) + (101) ND ND + (99) (100) ND + (98) ND Antocianósidos e Proantocianidina Outros extratos de plantas + (116) (117) + (112) (113) (114) (115) ND + (109) (110) (111) + (105) (106) (107) (108) ND ND + (103) (104) Dobesilato de cálcio Produtos sintéticos ND ND ND ND ND ND ND ND Benzarona, Naftazona +: Evidência disponível; ND: Evidência não disponível. TABELA 7. Modo de ação dos principais fármacos venoativos. 43

50 Entre os diferentes modos de ação é de realçar a importância que, hoje em dia, é dada ao efeito anti-inflamatório, particularmente na inibição da interação leucócito-endotélio. Eficácia terapêutica Eficácia dos fármacos venoativos nos sintomas venosos A maioria dos fármacos venoativos está indicada no alívio dos sintomas relacionados com a DVC (dor, sensação de pernas pesadas e cansadas, desconforto, prurido, parestesias e cãibras noturnas). 8 Em 2005, foi publicada uma revisão do grupo Cochrane sobre a eficácia dos diferentes fármacos venoativos no alívio dos sintomas, a qual abrangeu 44 estudos e onde estes demonstraram benefícios significativos, comparativamente ao placebo, ao nível da dor, sensação de pernas pesadas, sensação de pernas inchadas, cãibras e parestesias, apesar da falta de homogeneidade entre os diferentes ensaios clínicos considerados. 22,118 Mais recentemente, em 2008, o European Venous Forum (EVF) publicou as guidelines internacionais para o diagnóstico e tratamento da DVC, as quais abordaram a eficácia dos diferentes fármacos venoativos nos sintomas, edema e cicatrização da úlcera venosa. Neste capítulo, as guidelines realçaram a eficácia de vários fármacos venoativos na redução dos sintomas associados à DVC, com particular destaque para a fração flavonóica purificada micronizada (FFPM). 44 Eficácia dos fármacos venoativos no edema venoso O edema constitui uma das queixas mais frequentes e típicas dos doentes com DVC, caraterizando-se por ser esporádico, unilateral ou bilateral, frequentemente localizado na região maleolar, agravado pela posição ortostática prolongada e aliviado com a elevação dos membros inferiores. 4,22 Vários estudos bem desenhados e controlados contra placebo ou contra meias de compressão elástica têm demonstrado a eficácia dos fármacos venoativos, tais como a FFPM, os rutosidos, extrato de sementes de castanheiro, dobesilato de cálcio, proantocianidinas e rutina/cumarina. Nestes estudos, a eficácia na redução do edema foi avaliada através de medidas objetivas como a medição da circunferência da perna, a pletismografia e o método de deslocamento de água. 4 Adicionalmente, várias metanálises também confirmaram a eficácia dos fármacos venoativos na redução do edema venoso. Numa revisão publicada na revista

51 TRATAMENTO Cochrane, a análise de 1245 doentes demonstrou um benefício bastante significativo dos fármacos venoativos no alívio do edema venoso. 22 Eficácia dos fármacos venoativos na úlcera venosa A última edição (3.ª edição) do Handbook of Venous Disorders, publicada em 2009, inclui um capítulo sobre o tratamento farmacológico das varizes, edema e úlceras venosas. A FFPM foi o único fármaco venoativo recomendado no tratamento das úlceras venosas de longa duração e grande dimensão, devido a uma metanálise de cinco ensaios clínicos aleatorizados que mostraram que esta terapêutica melhora significativamente a aceleração da cicatrização das úlceras venosas. 4,119 Existem alguns ensaios com outros fármacos venoativos como o extrato de sementes de castanheiro ou de hidroxirrutosidos; no entanto, os resultados não permitiram concluir sobre os benefícios destes fármacos nos estádios mais avançados da doença venosa crónica. Riscos do tratamento com fármacos venoativos No geral, os fármacos venoativos têm um bom perfil de segurança e tolerabilidade. Apesar disso, alguns casos de hepatotoxicidade têm sido associados à cumarina. Por vezes, podem ocorrer alguns efeitos gastrointestinais, que podem incluir náuseas, vómitos, cólicas ou dor abdominal, insónia, sonolência e dores de cabeça. Estima-se que estes efeitos atinjam menos de 5% dos doentes. 5 No caso particular do dobesilato de cálcio, foram observados alguns casos transitórios de agranulocitose. 22 Embora alguns fármacos venoativos não sejam recomendados durante a gravidez ou o aleitamento, existem estudos onde vem documentada a eficácia, segurança e aceitabilidade da FFPM no tratamento da mulher grávida em situações de DVC e até de hemorróidas, onde é recomendada uma posologia superior. É desaconselhada a toma simultânea de diferentes fármacos venoativos. 5 45

52 Resumo das recomendações para o tratamento da doença venosa com fármacos venoativos Terapêutica farmacológica no estádio C0s Indicações de tratamento Nos doentes com sintomas, mas ainda sem sinais visíveis de doença venosa, os fármacos venoativos estão indicados no alívio dos sintomas como a dor, sensação de pernas pesadas e inchadas, desconforto, comichão, sensação de pernas cansadas e rubor. Terapêutica farmacológica nos estádios C1s a C4s Indicações de tratamento Para doentes com sinais que incluem telangiectasias, varizes reticulares, varizes tronculares, edema e alterações tróficas, também se recomendam os fármacos venoativos sempre que estes doentes apresentem sintomas associados. De igual forma, estes fármacos estão recomendados na melhoria do edema venoso. Terapêutica farmacológica na úlcera venosa (estádio C5 e C6) Indicações de tratamento A fração flavonóica purificada micronizada (FFPM) e a pentoxifilina estão recomendadas na cicatrização das úlceras venosas em associação com compressão elástica. 46

Estágio de Doppler Clínica Universitária de Imagiologia Hospitais da Universidade de Coimbra

Estágio de Doppler Clínica Universitária de Imagiologia Hospitais da Universidade de Coimbra Doppler venoso dos membros inferiores Estágio de Doppler Clínica Universitária de Imagiologia g Hospitais da Universidade de Coimbra Filipa Reis Costa Interna complementar de Radiologia Hospital de S.

Leia mais

UTILIZAÇÃO DA MEIA ELÁSTICA NO TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

UTILIZAÇÃO DA MEIA ELÁSTICA NO TRATAMENTO DA INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE

Leia mais

Em que situações se deve realizar um eco- doppler arterial dos membros inferiores.

Em que situações se deve realizar um eco- doppler arterial dos membros inferiores. O que é um eco- doppler? O eco- doppler, ultrassonografia vascular ou triplex- scan é um método de imagem que se baseia na emissão e reflecção de de ondas de som (ultra- sons). Através deste exame é possível

Leia mais

VARIZES DOS MEMBROS INFERIORES PROF. ABDO FARRET NETO

VARIZES DOS MEMBROS INFERIORES PROF. ABDO FARRET NETO VARIZES DOS MEMBROS INFERIORES PROF. ABDO FARRET NETO VARIZES DOS MEMBROS INFERIORES CONCEITO Veias do Sistema Superficial, dilatadas, tortuosas, e com alterações FUNCIONAIS. VARIZES DOS MEMBROS INFERIORES

Leia mais

As Complicações das Varizes

As Complicações das Varizes Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira As Complicações das Varizes Chamamos de Tipo 4 ou IVFS - Insuficiência Venosa Funcional Sintomática,

Leia mais

fundação portuguesa de cardiologia Nº. 12 Dr. João Albuquerque e Castro REVISÃO CIENTÍFICA: [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL]

fundação portuguesa de cardiologia Nº. 12 Dr. João Albuquerque e Castro REVISÃO CIENTÍFICA: [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL] fundação portuguesa de cardiologia TUDO O QUE DEVE SABER SOBRE ANEURISMAS DA AORTA ABDOMINAL Nº. 12 REVISÃO CIENTÍFICA: Dr. João Albuquerque e Castro [CIRURGIA VASCULAR DO CENTRO HOSPITALAR LISBOA CENTRAL]

Leia mais

Manual de cuidados pré e pós-operatórios

Manual de cuidados pré e pós-operatórios 1. Anatomia O quadril é uma articulação semelhante a uma bola no pegador de sorvete, onde a cabeça femoral (esférica) é o sorvete e o acetábulo (em forma de taça) é o pegador. Esse tipo de configuração

Leia mais

FASES DO FEG Primeira fase: Congestiva simples

FASES DO FEG Primeira fase: Congestiva simples FIBRO EDEMA GELÓIDE DEFINIÇÃO O FEG é uma disfunção localizada que afeta a derme e o tecido subcutâneo, com alterações vasculares e lipodistrofia com resposta esclerosante. FASES DO FEG Primeira fase:

Leia mais

Transporte nos animais

Transporte nos animais Transporte nos animais Tal como nas plantas, nem todos os animais possuem sistema de transporte, apesar de todos necessitarem de estabelecer trocas com o meio externo. As hidras têm somente duas camadas

Leia mais

Biologia. Sistema circulatório

Biologia. Sistema circulatório Aluno (a): Série: 3ª Turma: TUTORIAL 10R Ensino Médio Equipe de Biologia Data: Biologia Sistema circulatório O coração e os vasos sanguíneos e o sangue formam o sistema cardiovascular ou circulatório.

Leia mais

INSUFICIÊNCIA VENOSA

INSUFICIÊNCIA VENOSA Insuficiência Venosa As meias de compressão estreitam o diâmetro das veias das pernas. O sistema das válvulas venosas volta a funcionar por acção das meias de compressão - o sangue deixa de se acumular

Leia mais

Por que a Varicocele causa Infertilidade Masculina?

Por que a Varicocele causa Infertilidade Masculina? O Nosso protocolo assistencial tem como base as diretrizes e normas elaboradas pela Society of Interventional Radiology (SIR) O Que é a Varicocele? Entende-se por varicocele à dilatação anormal (varizes)

Leia mais

DISSECAÇÃO ANATÔMICA DE VASOS SUPERFICIAIS DA PERNA E SUA IMPORTÂNCIA NA ELUCIDAÇÃO DA TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL 1

DISSECAÇÃO ANATÔMICA DE VASOS SUPERFICIAIS DA PERNA E SUA IMPORTÂNCIA NA ELUCIDAÇÃO DA TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL 1 DISSECAÇÃO ANATÔMICA DE VASOS SUPERFICIAIS DA PERNA E SUA IMPORTÂNCIA NA ELUCIDAÇÃO DA TROMBOFLEBITE SUPERFICIAL 1 PEREIRA, Thatiany Castro Lobo 1 ; SANTOS, Danillo Luiz dos 2 ; LUIZ, Carlos Rosemberg

Leia mais

MODELO DE TEXTO DE BULA. Composição: Cada comprimido de VENORUTON contém 500 mg de rutosídeo. Excipientes: macrogol e estearato de magnésio.

MODELO DE TEXTO DE BULA. Composição: Cada comprimido de VENORUTON contém 500 mg de rutosídeo. Excipientes: macrogol e estearato de magnésio. MODELO DE TEXTO DE BULA VENORUTON rutosídeo Forma farmacêutica e apresentações: Comprimidos. Embalagem contendo 20 comprimidos. Cápsulas. Embalagem contendo 20 cápsulas. USO ADULTO E PEDIÁTRICO Composição:

Leia mais

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 1 Questão 1 A confecção de acessos vasculares definitivos para hemodiálise (FAV) tornou-se um dos principais procedimentos realizados pelos cirurgiões vasculares em todo o mundo.

Leia mais

Úlcera venosa da perna Resumo de diretriz NHG M16 (agosto 2010)

Úlcera venosa da perna Resumo de diretriz NHG M16 (agosto 2010) Úlcera venosa da perna Resumo de diretriz NHG M16 (agosto 2010) Van Hof N, Balak FSR, Apeldoorn L, De Nooijer HJ, Vleesch Dubois V, Van Rijn-van Kortenhof NMM traduzido do original em holandês por Luiz

Leia mais

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1

13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 13. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA

Leia mais

O Nosso Corpo Volume XV Sistema Linfático

O Nosso Corpo Volume XV Sistema Linfático O Nosso Corpo Volume XV um Guia de O Portal Saúde Novembro de 2009 O Portal Saúde Rua Braancamp, 52-4º 1250-051 Lisboa Tel. 212476500 geral@oportalsaude.com Copyright O Portal Saúde, todos os direitos

Leia mais

LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS

LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS LESÕES DOS ISQUIOTIBIAIS INTRODUÇÃO Um grande grupo muscular, que se situa na parte posterior da coxa é chamado de isquiotibiais (IQT), o grupo dos IQT é formado pelos músculos bíceps femoral, semitendíneo

Leia mais

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia.

Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª. Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia. Projeto de Resolução n.º 238/XIII/1.ª Recomenda ao Governo que implemente medidas de prevenção e combate à Diabetes e à Hiperglicemia Intermédia. O aumento da esperança de vida, conseguido através do desenvolvimento,

Leia mais

BROCHURA para o DOENTE com ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL POLIARTICULAR (AIJp) em TRATAMENTO com RoACTEMRA

BROCHURA para o DOENTE com ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL POLIARTICULAR (AIJp) em TRATAMENTO com RoACTEMRA BROCHURA para o DOENTE com ARTRITE IDIOPÁTICA JUVENIL POLIARTICULAR (AIJp) em TRATAMENTO com RoACTEMRA Esta brochura fornece informação de segurança importante para o doente com AIJp e para os seus pais/responsáveis

Leia mais

Fibro Edema Gelóide. Tecido Tegumentar. Epiderme. Epiderme. Fisiopatologia do FibroEdema Gelóide

Fibro Edema Gelóide. Tecido Tegumentar. Epiderme. Epiderme. Fisiopatologia do FibroEdema Gelóide Lipodistrofia Ginóide Estria Discromia Distúrbios inestéticos O termo "celulite" foi primeiro usado na década de 1920, para descrever uma alteração estética da superfície cutânea (ROSSI & VERGNANINI, 2000)

Leia mais

MELHORE A SUA VIDA CUIDE DO SEU CORAÇÃO!

MELHORE A SUA VIDA CUIDE DO SEU CORAÇÃO! MAIO, MÊS DO CORAÇÃO MELHORE A SUA VIDA CUIDE DO SEU CORAÇÃO! 12 A 31 DE MAIO DE 2008 EXPOSIÇÃO ELABORADA PELA EQUIPA DO SERVIÇO DE CARDIOLOGIA, COORDENADA PELA ENFERMEIRA MARIA JOÃO PINHEIRO. B A R R

Leia mais

Câncer de Pele. Os sinais de aviso de Câncer de Pele. Lesões pré câncerigenas. Melanoma. Melanoma. Carcinoma Basocelular. PEC SOGAB Júlia Käfer

Câncer de Pele. Os sinais de aviso de Câncer de Pele. Lesões pré câncerigenas. Melanoma. Melanoma. Carcinoma Basocelular. PEC SOGAB Júlia Käfer Lesões pré câncerigenas Os sinais de aviso de Câncer de Pele Câncer de Pele PEC SOGAB Júlia Käfer Lesões pré-cancerosas, incluindo melanoma, carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. Estas lesões

Leia mais

MEDICINA PREVENTIVA SAÚDE DO HOMEM

MEDICINA PREVENTIVA SAÚDE DO HOMEM MEDICINA PREVENTIVA SAÚDE DO HOMEM SAÚDE DO HOMEM Por preconceito, muitos homens ainda resistem em procurar orientação médica ou submeter-se a exames preventivos, principalmente os de revenção do câncer

Leia mais

RICARDO C. ROCHA MOREIRA BARBARA D AGNOLUZZO MOREIRA DEGUSTAÇÃO

RICARDO C. ROCHA MOREIRA BARBARA D AGNOLUZZO MOREIRA DEGUSTAÇÃO DOENÇA VENOSA DO MEMBRO INFERIOR: VARIZES E INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA RICARDO C. ROCHA MOREIRA BARBARA D AGNOLUZZO MOREIRA 9 PROCLIM Ciclo 11 Volume 3 INTRODUÇÃO As doenças crônicas que afetam as veias

Leia mais

Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab)

Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab) Guia para o tratamento com Lucentis (ranibizumab) Para a perda de visão devida a edema macular secundário a oclusão da veia retiniana (OVR) Informação importante para o doente Secção 1 Sobre o Lucentis

Leia mais

ORIENTAÇÕES SOBRE ACESSOS VASCULARES PARA TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE. Contactos: Unidade de Hemodiálise: 276300932.

ORIENTAÇÕES SOBRE ACESSOS VASCULARES PARA TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE. Contactos: Unidade de Hemodiálise: 276300932. Evitar a infecção A infecção é uma complicação grave que pode ocorrer por ter as defesas diminuídas. Prevenir também depende de si. Cumpra as regras de higiene e as indicações fornecidas pela Equipa do

Leia mais

Plano de Exercícios Clinic ABL Antes e Depois do Treino com Bola

Plano de Exercícios Clinic ABL Antes e Depois do Treino com Bola Plano de Exercícios Clinic ABL Antes e Depois do Treino com Bola Introdução São vários os estudos de investigação que atualmente avaliam as necessidades dos atletas e os diferentes pontos de vista a respeito

Leia mais

Sistema Circulatório

Sistema Circulatório Sistema Circulatório O coração Localização: O coração está situado na cavidade torácica, entre a 2ª e 5ª costelas, entre os pulmões, com 2/3 para a esquerda, ápice para baixo e para esquerda e base para

Leia mais

Planificação Anual. Professora: Maria da Graça Valente Disciplina: Ciências Naturais Ano: 6.º Turma: B Ano letivo: 2014-2015

Planificação Anual. Professora: Maria da Graça Valente Disciplina: Ciências Naturais Ano: 6.º Turma: B Ano letivo: 2014-2015 Planificação Anual Professora: Maria da Graça Valente Disciplina: Ciências Naturais Ano: 6.º Turma: B Ano letivo: 2014-2015 Competências Aprendizagens Atividades/Estratégias Avaliação o Relacionar alimento

Leia mais

O que são Varizes? Varizes: um problema conhecido desde a antiguidade

O que são Varizes? Varizes: um problema conhecido desde a antiguidade O que são Varizes? Varizes dos membros inferiores são veias doentes da superfície dos membros inferiores, que se tornam progressivamente dilatadas, alongadas e tortuosas. Existe uma tendência hereditária

Leia mais

FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA DE UBERABA C.N.P.J. 20.054.326/0001-09

FUNDAÇÃO DE ENSINO E PESQUISA DE UBERABA C.N.P.J. 20.054.326/0001-09 Uberaba, 23 de março de 2012 Gabarito da Prova Prática do Processo Seletivo Interno para o cargo de Enfermeiro Possíveis diagnósticos de Enfermagem com seus respectivos planejamentos: 01) Integridade da

Leia mais

CURSO AVANÇADO DE MANUTENÇÃO DA VIDA EM QUEIMADURAS

CURSO AVANÇADO DE MANUTENÇÃO DA VIDA EM QUEIMADURAS CURSO AVANÇADO DE MANUTENÇÃO DA VIDA EM QUEIMADURAS OBJETIVOS Diferenciar entre queimaduras de espessura parcial e total. Descrever o procedimento para a escarotomia do tórax e de extremidade. Discutir

Leia mais

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva

Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva Orientação para pacientes com Hérnia Inguinal. O que é uma hérnia abdominal? Hérnia é a protrusão (saliência ou abaulamento) de uma víscera ou órgão através de

Leia mais

A hipertensão arterial é comum?

A hipertensão arterial é comum? Introdução A hipertensão arterial é comum? Se tem mais de 30 anos e não se lembra da última vez em que verificou a sua tensão arterial, pode pertencer aos dois milhões de pessoas neste país com hipertensão

Leia mais

PROFISSIONAL(IS) SOLICITANTE(S) Clínico Geral; Clínica Médica; Pediatra; Ginecologista; Geriatra.

PROFISSIONAL(IS) SOLICITANTE(S) Clínico Geral; Clínica Médica; Pediatra; Ginecologista; Geriatra. CONSULTA EM ANGIOLOGIA - GERAL CÓDIGO SIA/SUS: 03.01.01.007-2 Motivos para encaminhamento: 1. Varizes em membros inferiores 2. Úlceras de pernas 3. Insuficiência circulatória arterial/venosa com dor e

Leia mais

Lembrete: Antes de começar a copiar cada unidade, coloque o cabeçalho da escola e a data!

Lembrete: Antes de começar a copiar cada unidade, coloque o cabeçalho da escola e a data! Lembrete: Antes de começar a copiar cada unidade, coloque o cabeçalho da escola e a data! Use canetas coloridas ou escreva palavras destacadas, para facilitar na hora de estudar. E capriche! Não se esqueça

Leia mais

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO ANGIOLOGISTA

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO ANGIOLOGISTA 12 PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO ANGIOLOGISTA QUESTÃO 21 Um paciente de 75 anos, ex-garçom, tem há três anos o diagnóstico já confirmado de síndrome isquêmica crônica dos membros inferiores.

Leia mais

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Batizada pelos médicos de diabetes mellitus, a doença ocorre quando há um aumento do açúcar no sangue. Dependendo dos motivos desse disparo, pode ser de dois tipos.

Leia mais

Reumatismos de Partes Moles Diagnóstico e Tratamento

Reumatismos de Partes Moles Diagnóstico e Tratamento Reumatismos de Partes Moles Diagnóstico e Tratamento MARINA VERAS Reumatologia REUMATISMOS DE PARTES MOLES INTRODUÇÃO Também denominado de reumatismos extra-articulares Termo utilizado para definir um

Leia mais

CURSINHO PRÉ VESTIBULAR DISCIPLINA: BIOLOGIA PROFº EDUARDO

CURSINHO PRÉ VESTIBULAR DISCIPLINA: BIOLOGIA PROFº EDUARDO Aula 16: Sistema circulatório CURSINHO PRÉ VESTIBULAR DISCIPLINA: BIOLOGIA PROFº EDUARDO As funções realizadas pela circulação do sangue são indispensáveis para o equilíbrio de nosso corpo e vitais para

Leia mais

de elite podem apresentar essas manifestações clínicas. ATIVIDADES FÍSICAS E ALERGIA ATIVIDADES FÍSICAS E ALERGIA ATIVIDADES FÍSICAS E ALERGIA

de elite podem apresentar essas manifestações clínicas. ATIVIDADES FÍSICAS E ALERGIA ATIVIDADES FÍSICAS E ALERGIA ATIVIDADES FÍSICAS E ALERGIA É inquestionável que a melhora na aptidão física, com os conseqüentes benefícios físicos e fisiológicos, permite as pessoas portadoras de reações alérgicas suportar com mais tranqüilidade os seus agravos

Leia mais

Os Rins. Algumas funções dos Rins?

Os Rins. Algumas funções dos Rins? Os Rins Os Rins Algumas funções dos Rins? Elimina água e produtos resultantes do metabolismo como a ureia e a creatinina que, em excesso são tóxicas para o organismo; Permite o equilíbrio corporal de líquidos

Leia mais

Impacto Fêmoro Acetabular e Lesões do Labrum

Impacto Fêmoro Acetabular e Lesões do Labrum Impacto Fêmoro Acetabular e Lesões do Labrum O termo Impacto Fêmoro Acetabular (I.F.A.) refere-se a uma alteração do formato e do funcionamento biomecânico do quadril. Nesta situação, ocorre contato ou

Leia mais

ENDERMOTERAPIA INSTITUTO LONG TAO

ENDERMOTERAPIA INSTITUTO LONG TAO ENDERMOTERAPIA INSTITUTO LONG TAO Melissa Betel Tathiana Bombonatti A endermoterapia foi criada na França em 1970 por Louis Paul Guitay. Ele sofreu um grave acidente de carro que causou queimaduras de

Leia mais

O QUE SABE SOBRE A DIABETES?

O QUE SABE SOBRE A DIABETES? O QUE SABE SOBRE A DIABETES? 11 A 26 DE NOVEMBRO DE 2008 EXPOSIÇÃO PROMOVIDA PELO SERVIÇO DE MEDICINA INTERNA DO HOSPITAL DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO, EPE DIABETES MELLITUS É uma doença grave? Estou em

Leia mais

Osteoporose. Trabalho realizado por: Laís Bittencourt de Moraes*

Osteoporose. Trabalho realizado por: Laís Bittencourt de Moraes* Trabalho realizado por: Laís Bittencourt de Moraes* * Fisioterapeuta. Pós-graduanda em Fisioterapia Ortopédica, Traumatológica e Reumatológica. CREFITO 9/802 LTT-F E-mail: laisbmoraes@terra.com.br Osteoporose

Leia mais

O que Realmente Funciona

O que Realmente Funciona Prisão de Ventre O mal conhecido como intestino preguiçoso, obstipação ou prisão de ventre atinge cerca de um em cada cinco pessoas. O tratamento é bastante simples, mas, na falta dele, a prisão de ventre

Leia mais

Não tome Doxivenil Se tem alergia ao dobesilato de cálcio ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6)

Não tome Doxivenil Se tem alergia ao dobesilato de cálcio ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na secção 6) Folheto informativo: Informação para o utilizador Doxivenil 500 mg cápsula Dobesilato de cálcio Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois contém informação importante

Leia mais

29 de Novembro de 2010 Universidade Lusíada - Lisboa

29 de Novembro de 2010 Universidade Lusíada - Lisboa 29 de Novembro de 2010 Universidade Lusíada - Lisboa Profª Teresa de Lemos, 29 Novembro 2010 29 de Novembro de 2010 Universidade Lusíada - Lisboa Riscos na Condução Sénior Profª Teresa de Lemos Drª Teresa

Leia mais

Tipos de tumores cerebrais

Tipos de tumores cerebrais Tumores Cerebrais: entenda mais sobre os sintomas e tratamentos Os doutores Calil Darzé Neto e Rodrigo Adry explicam sobre os tipos de tumores cerebrais. CONTEÚDO HOMOLOGADO "Os tumores cerebrais, originados

Leia mais

INSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DA CORRENTE

INSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DA CORRENTE UNP-130408 1 de 6 INSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS A vida útil das correntes transportadoras e elevadoras está diretamente ligada aos cuidados com a instalação, lubrificação

Leia mais

Portuguese version 1

Portuguese version 1 1 Portuguese version Versão Portuguesa Conferência Europeia de Alto Nível Juntos pela Saúde Mental e Bem-estar Bruxelas, 12-13 Junho 2008 Pacto Europeu para a Saúde Mental e Bem-Estar 2 Pacto Europeu para

Leia mais

Visita a familiares e amigos e alojamento gratuito impulsionam deslocações dos residentes

Visita a familiares e amigos e alojamento gratuito impulsionam deslocações dos residentes PROCURA TURÍSTICA DOS RESIDENTES 4º Trimestre 2012 02 maio de 2013 Visita a familiares e amigos e alojamento gratuito impulsionam deslocações dos residentes No 4º trimestre de 2012, os residentes efetuaram

Leia mais

AVALIAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA DA VEIA SAFENA MAGNA COM CLASSIFICAÇÃO C2 E C3 PELA PLETISMOGRAFIA A AR E PELO ULTRASSOM COM DOPPLER

AVALIAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA DA VEIA SAFENA MAGNA COM CLASSIFICAÇÃO C2 E C3 PELA PLETISMOGRAFIA A AR E PELO ULTRASSOM COM DOPPLER 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 AVALIAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA DA VEIA SAFENA MAGNA COM CLASSIFICAÇÃO C2 E C3 PELA PLETISMOGRAFIA A AR E PELO ULTRASSOM COM DOPPLER Leandro Pablos Rossetti

Leia mais

Artroscopia do Cotovelo

Artroscopia do Cotovelo Artroscopia do Cotovelo Dr. Marcello Castiglia Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo Artroscopia é uma procedimento usado pelos ortopedistas para avaliar, diagnosticar e reparar problemas dentro

Leia mais

Anexo III. Alterações a secções relevantes do resumo das características do medicamento e folhetos informativos

Anexo III. Alterações a secções relevantes do resumo das características do medicamento e folhetos informativos Anexo III Alterações a secções relevantes do resumo das características do medicamento e folhetos informativos Nota: Este Resumo das Características do Medicamento e o folheto informativo resultam do procedimento

Leia mais

O nome deste medicamento é Casenlax, 10 g/20 ml solução oral em saquetas.

O nome deste medicamento é Casenlax, 10 g/20 ml solução oral em saquetas. Folheto informativo: Informação para o utilizador Casenlax 10 g/20 ml solução oral em saquetas Macrogol 4000 Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento, pois contém informação

Leia mais

COBERTURAS AUTOMÁTICAS PARA PISCINAS

COBERTURAS AUTOMÁTICAS PARA PISCINAS COBERTURAS AUTOMÁTICAS PARA PISCINAS Índice Introdução Segurança Sustentabilidade Coberturas Automáticas Submersas Elevadas Lâminas e acessórios Perguntas e respostas 3 4 5 6 7 8 10 11 Coberturas para

Leia mais

REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS REDE NACIONAL DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS Orientações de Abordagem em Cuidados Continuados Integrados ÚLCERAS DE PRESSÃO PREVENÇÃO Outubro 2007 1 INDICE p. 0 Introdução 2 1 Definição de Úlceras

Leia mais

Obesidade Infantil. O que é a obesidade

Obesidade Infantil. O que é a obesidade Obesidade Infantil O que é a obesidade A obesidade é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar

Leia mais

Um sistema bem dimensionado permite poupar, em média, 70% a 80% da energia necessária para o aquecimento de água que usamos em casa.

Um sistema bem dimensionado permite poupar, em média, 70% a 80% da energia necessária para o aquecimento de água que usamos em casa. Mais Questões Isildo M. C. Benta, Assistência Técnica Certificada de Sistemas Solares Quanto poupo se instalar um painel solar térmico? Um sistema bem dimensionado permite poupar, em média, 70% a 80% da

Leia mais

Patologia por imagem Abdome. ProfºClaudio Souza

Patologia por imagem Abdome. ProfºClaudio Souza Patologia por imagem Abdome ProfºClaudio Souza Esplenomegalia Esplenomegalia ou megalosplenia é o aumento do volume do baço. O baço possui duas polpas que são constituídas por tecido mole, polpa branca

Leia mais

Hemodiálise. Uma breve introdução. Avitum

Hemodiálise. Uma breve introdução. Avitum Hemodiálise Uma breve introdução Avitum O que é hemodiálise? Na hemodiálise, um rim artificial (hemodialisador) é usado para remover resíduos, substâncias químicas extras e fluido de seu sangue. Para colocar

Leia mais

PRIMEIRA FRATURA. FAÇA COM que A SUA SEJA A SUA ÚLTIMA. www.spodom.org. www.iofbonehealth.org

PRIMEIRA FRATURA. FAÇA COM que A SUA SEJA A SUA ÚLTIMA. www.spodom.org. www.iofbonehealth.org FAÇA COM que A SUA PRIMEIRA FRATURA SEJA A SUA ÚLTIMA www.iofbonehealth.org Sociedade Portuguesa de Osteoporose e Doenças Ósseas Metabólicas www.spodom.org O QUE É A OSTEOPOROSE? A osteoporose é uma doença

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos NOÇÕES DE OHSAS 18001:2007 CONCEITOS ELEMENTARES SISTEMA DE GESTÃO DE SSO OHSAS 18001:2007? FERRAMENTA ELEMENTAR CICLO DE PDCA (OHSAS 18001:2007) 4.6 ANÁLISE CRÍTICA 4.3 PLANEJAMENTO A P C D 4.5 VERIFICAÇÃO

Leia mais

AVALIAÇÃO DO REFLUXO EM VEIAS SUPERFICIAIS NA CLÍNICA DA INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA DOS MEMBROS INFERIORES

AVALIAÇÃO DO REFLUXO EM VEIAS SUPERFICIAIS NA CLÍNICA DA INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA DOS MEMBROS INFERIORES 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 AVALIAÇÃO DO REFLUXO EM VEIAS SUPERFICIAIS NA CLÍNICA DA INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA DOS MEMBROS INFERIORES Nathália Cabral Bergamasco¹; Amanda Sampaio

Leia mais

Prof. Rita Martins rita.martins@ibmr.br

Prof. Rita Martins rita.martins@ibmr.br Prof. Rita Martins rita.martins@ibmr.br Classificação: A. Tecidos conjuntivos embrionários: 1- Tecido Conjuntivo Mesenquimal (mesênquima) 2- Tecido Conjuntivo Mucoso B. Tecidos conjuntivos propriamente

Leia mais

Urgente: AVISO DE SEGURANÇA

Urgente: AVISO DE SEGURANÇA A Urgente: AVISO DE SEGURANÇA Designação Comercial do Lente Fáquica Alcon AcrySof CACHET Produto Referência/Data Tipo de Ação do folheto de instruções do produto Exmo. Dr.

Leia mais

O Enquadramento da Osteogénese Imperfeita (OI)

O Enquadramento da Osteogénese Imperfeita (OI) PLANO ESTRATÉGICO 2012 O Enquadramento da Osteogénese Imperfeita (OI) A Osteogénese imperfeita (OI) é uma doença rara com uma incidência abaixo de 1:20 000. As pessoas com OI e as suas famílias vivem frequentemente

Leia mais

Saúde E Segurança oculus.com/warnings

Saúde E Segurança oculus.com/warnings Saúde E Segurança oculus.com/warnings * Estas advertências de saúde e segurança são atualizadas periodicamente para garantir que estão sempre corretas e completas. Acede a oculus.com/warnings para obteres

Leia mais

HD 100. P Cobertor elétrico Instruções de utilização. BEURER GmbH Söflinger Str. 218 89077 Ulm (Germany) www.beurer.com. 06.0.

HD 100. P Cobertor elétrico Instruções de utilização. BEURER GmbH Söflinger Str. 218 89077 Ulm (Germany) www.beurer.com. 06.0. HD 100 P 06.0.43510 Hohenstein P Cobertor elétrico Instruções de utilização BEURER GmbH Söflinger Str. 218 89077 Ulm (Germany) www.beurer.com Conteúdo 1. Volume de fornecimento... 3 1.1 Descrição do aparelho...

Leia mais

PRINCÍPIOS ORIENTADORES DO PLANO DE REQUALIFICAÇÃO DOS EDIFÍCIOS DOS TRIBUNAIS (2012 / 2015)

PRINCÍPIOS ORIENTADORES DO PLANO DE REQUALIFICAÇÃO DOS EDIFÍCIOS DOS TRIBUNAIS (2012 / 2015) DO PLANO DE REQUALIFICAÇÃO DOS EDIFÍCIOS DOS TRIBUNAIS (2012 / 2015) REFORMA DA ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA (ROJ) MAPA JUDICIÁRIO 1... Tem por missão a gestão dos recursos financeiros do MJ, a gestão do património

Leia mais

NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO EXERCÍCIO

NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO EXERCÍCIO Departamento de Fisiologia Curso: Educação Física NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO EXERCÍCIO Aluno: Anderson de Oliveira Lemos Matrícula: 9612220 Abril/2002 Estrutura de Apresentação Líquidos Eletrólitos Energia

Leia mais

Mas, antes conheça os 4 passos que lhe ajudará a eliminar e viver para sempre sem celulite.

Mas, antes conheça os 4 passos que lhe ajudará a eliminar e viver para sempre sem celulite. A celulite é uma afecção do tecido subcutâneo que afeta em maior medida as mulheres e que dá lugar à formação de irregularidades na camada superficial da pele, chegando a ser muito antiestética e em muitas

Leia mais

Anexo II. Conclusões científicas e fundamentos para a recusa apresentados pela Agência Europeia de Medicamentos

Anexo II. Conclusões científicas e fundamentos para a recusa apresentados pela Agência Europeia de Medicamentos Anexo II Conclusões científicas e fundamentos para a recusa apresentados pela Agência Europeia de Medicamentos 5 Conclusões científicas Resumo da avaliação científica do Etinilestradiol-Drospirenona 24+4

Leia mais

Folheto informativo: Informação para o utilizador. Norcuron 4 mg pó para solução injetável Norcuron 10 mg pó para solução injetável

Folheto informativo: Informação para o utilizador. Norcuron 4 mg pó para solução injetável Norcuron 10 mg pó para solução injetável Folheto informativo: Informação para o utilizador Norcuron 4 mg pó para solução injetável Norcuron 10 mg pó para solução injetável Brometo de vecurónio Leia com atenção todo este folheto antes de começar

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO DAFLON. 500mg: diosmina 450mg + hesperidina 50mg micronizada. 1000mg: diosmina 900mg + hesperidina 100mg micronizada

IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO DAFLON. 500mg: diosmina 450mg + hesperidina 50mg micronizada. 1000mg: diosmina 900mg + hesperidina 100mg micronizada 1 IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO DAFLON 500mg: diosmina 450mg + hesperidina 50mg micronizada 1000mg: diosmina 900mg + hesperidina 100mg micronizada APRESENTAÇÕES: DAFLON 500mg: embalagem contendo 15, 30

Leia mais

finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 1 mg

finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 1 mg finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 1 mg finasterida Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999. 1 mg APRESENTAÇÕES Comprimidos revestidos de 1 mg em embalagem com 30 ou 60 comprimidos. USO ORAL

Leia mais

Automatismos Industriais

Automatismos Industriais Automatismos Industriais Introdução à Pneumática Nos actuais sistemas de automação a pneumática é um elemento muito importante pois está presente num vasto numero de aplicações, seja como sistema totalmente

Leia mais

Hipotireoidismo. O que é Tireóide?

Hipotireoidismo. O que é Tireóide? Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Hipotireoidismo O que é Tireóide? É uma glândula localizada na parte anterior do pescoço, bem abaixo

Leia mais

< Maria Inês; nº 17; 9ºB > < Ricardo Santos; nº18; 9ºB >

< Maria Inês; nº 17; 9ºB > < Ricardo Santos; nº18; 9ºB > Índice < Maria Inês; nº 17; 9ºB > < Ricardo Santos; nº18; 9ºB > Índice Índice... 2 Métodos Contraceptivos... 3 O que são?... 3 Métodos Reversíveis... 4 Métodos Contraceptivos Hormonais... 4 Pílula Contraceptiva...

Leia mais

Assunto: Fibromialgia Nº: 45/DGCG DATA: 09/09/05. Administrações Regionais de Saúde e Médicos dos Serviços Prestadores de Cuidados de Saúde

Assunto: Fibromialgia Nº: 45/DGCG DATA: 09/09/05. Administrações Regionais de Saúde e Médicos dos Serviços Prestadores de Cuidados de Saúde Ministério da Saúde Direcção-Geral da Saúde Circular Informativa Assunto: Fibromialgia Nº: 45/DGCG DATA: 09/09/05 Para: Contacto na DGS: Administrações Regionais de Saúde e Médicos dos Serviços Prestadores

Leia mais

COMPRAR GATO POR LEBRE

COMPRAR GATO POR LEBRE PUBLICADO NA EDIÇÃO IMPRESSA SEGUNDA-FEIRA, 4 DE MARÇO DE 2013 POR JM CAVALO POR VACA É A VERSÃO ATUAL DE COMPRAR GATO POR LEBRE O consumo da carne de cavalo é encarado, ainda, com uma certa conotação

Leia mais

Fisioterapia nas Ataxias. Manual para Pacientes

Fisioterapia nas Ataxias. Manual para Pacientes Fisioterapia nas Ataxias Manual para Pacientes 2012 Elaborado por: Fisioterapia: Dra. Marise Bueno Zonta Rauce M. da Silva Neurologia: Dr. Hélio A. G. Teive Ilustração: Designer: Roseli Cardoso da Silva

Leia mais

Cisto Poplíteo ANATOMIA

Cisto Poplíteo ANATOMIA Cisto Poplíteo O Cisto Poplíteo, também chamado de cisto de Baker é um tecido mole, geralmente indolor que se desenvolve na parte posterior do joelho. Ele se caracteriza por uma hipertrofia da bolsa sinovial

Leia mais

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. 21. Essencial para a utilização bem sucedida da prótese para o amputado da extremidade inferior:

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS. 21. Essencial para a utilização bem sucedida da prótese para o amputado da extremidade inferior: 2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CIRURGIA VASCULAR 21. Essencial para a utilização bem sucedida da prótese para o amputado da extremidade inferior: I. Reserva cardiopulmonar. II. Coto construído corretamente.

Leia mais

Vou lhe apresentar os 4 passos para eliminar e viver para sempre sem celulite.

Vou lhe apresentar os 4 passos para eliminar e viver para sempre sem celulite. A celulite é uma afecção do tecido subcutâneo que afeta em maior medida as mulheres e que dá lugar à formação de irregularidades na camada superficial da pele, chegando a ser muito antiestética e em muitas

Leia mais

AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES DO CANAL INTERNET AT 2014

AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES DO CANAL INTERNET AT 2014 AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES DO CANAL INTERNET AT Março 2015 AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES CANAL INERNET AT AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES DO CANAL INTERNET AT Autoridade

Leia mais

Portugal Prevenção e Controlo do Tabagismo em números 2013

Portugal Prevenção e Controlo do Tabagismo em números 2013 ISSN: 2183-0762 Portugal Prevenção e Controlo do Tabagismo em números 2013 Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo www.dgs.pt Portugal. Direção-Geral da Saúde. Direção de Serviços de

Leia mais

Dossier Informativo. Osteoporose. Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal

Dossier Informativo. Osteoporose. Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal Dossier Informativo Osteoporose Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal 2008 1 Índice 1. O que é a osteoporose? Pág. 3 2. Factores de risco Pág. 4 3. Prevenção Pág. 4 4. Diagnóstico

Leia mais

Anexo III. Alterações a incluir nas secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e do Folheto Informativo

Anexo III. Alterações a incluir nas secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e do Folheto Informativo Anexo III Alterações a incluir nas secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e do Folheto Informativo Nota: Este Resumo das Características do Medicamento, rotulagem e folheto informativo

Leia mais

C u r s o d e Dr. Alex da Silva Santos

C u r s o d e Dr. Alex da Silva Santos C u r s o d e Dr. Alex da Silva Santos 1 Dr Alex da Silva Santos Diretor do Centro Brasileiro de Acupuntura Clínica e Medicina Chinesa www.centrobrasileiro.com.br Dr Alex da Silva Santos O Dr. Alex da

Leia mais

CORTISONAL (acetato de hidrocortisona)

CORTISONAL (acetato de hidrocortisona) CORTISONAL (acetato de hidrocortisona) União Química Farmacêutica Nacional S.A Creme dermatológico 10 mg/g CORTISONAL acetato de hidrocortisona Creme dermatológico IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO FORMA FARMACÊUTICA

Leia mais

finasterida Comprimido revestido 1mg

finasterida Comprimido revestido 1mg finasterida Comprimido revestido 1mg MODELO DMODELO DE BULA COM INFORMAÇÕES AO PACIENTE finasterida Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999. APRESENTAÇÕES Comprimido revestido 1mg Embalagens contendo

Leia mais