Instituto Migrações e Direitos Humanos

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1 Instituto Migrações e Direitos Humanos Redes de Proteção Solidária para Migrantes e Refugiados, as demandas cotidianas e o acesso à educação, saúde e benefícios sociais Rosita Milesi 1 Introdução Cada refugiado tem uma história diferente, mas todas contam o triunfo da esperança sobre o desespero (António Guterres ACNUR) As palavras de Guterres que abrem essa reflexão trazem uma afirmação fundamental para a compreensão do caminho percorrido na sociedade civil brasileira junto aos refugiados e migrantes ao ressaltar a esperança. O triunfo da esperança é a vida do refugiado e de seus familiares que, apesar de todas as ameaças, sofrimentos e dificuldades que lhes foram impostas em seu país de origem, seguem em frente. No país que recebe/acolhe o refugiado há um longo caminho a ser percorrido, entretanto isso poderá ser feito a partir das políticas de estado, do marco regulatório internacional (as Convenções da ONU), da legislação nacional sobre refúgio e, com a colaboração das organizações da sociedade civil, em parceria com organismos governamentais e internacionais. No Brasil, a proteção jurídica do refugiado se fundamenta na Constituição Federal de 1988, pela Convenção da Genebra, de 1951, pelo Protocolo de 1967, e pela Lei n /97 que regulamenta os mecanismos para a implementação do Estatuto dos Refugiados, no Brasil. Aspecto a ser ressaltado na legislação brasileira é o conceito de refugiado, mais amplo do que o previsto na Convenção de Genebra (1951) 2. O artigo 1º da Lei 9474/97, prevê que poderá ser reconhecido como refugiado todo indivíduo que, em razão de fundado temor de perseguição devido à raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas, ou devido à grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país e não possa ou não queira a ele regressar. A tabela a seguir, busca registrar alguns itens que podem ajudar a distinguir entre migrantes e refugiados. Mas, tenhamos presente que estes elementos nem sempre são tão nítidos, claros, perceptíveis nas situações vividas pelas pessoas. Neste âmbito, sublinha-se a importância de ter em consideração os chamados fluxos mistos, ou seja, nos mesmos trânsitos, nas mesmas fronteiras, nos mesmos grupos humanos, podem estar presentes tantos migrantes, exercendo seu direito de migrar, quanto pessoas necessitadas de proteção, as quais devem merecer atenção específica. 1 O presente trabalho foi elaborado com a colaboração fundamental de William Cesar de Andrade, pesquisador do IMDH e Natalia Medina, advogada, assistente jurídica da instituição. 2 Para conhecer em profundidade o processo que culminou com esse conceito de refugiado ver: MILESI, R. e ANDRADE, W. C. Atores e ações por uma lei de refugiados no Brasil in BARRETO, L. P. T. F. (org.). Refúgio no Brasil a proteção brasileira aos refugiados e seu impacto nas Américas. Brasília: ACNUR/CONARE-MJ, PP ; LEÃO, R. Z. R. O conceito de refugiado, no Brasil, desde sua perspectiva normativa: os dez anos da Lei nº 9.474/97 e a importância de seu artigo 1º. In Caderno de Debates nº 4, Brasília, IMDH/ACNUR, P

2 Itens indicativos Imigrante Refugiado Está fora do seu país sim sim Deslocamento forçado por perseguição Não sim Motivo do deslocamento Melhores condições de vida, busca de trabalho, outros Temor fundado de perseguição Necessita de proteção internacional não sim Vulnerabilidade social sim sim Corre risco de vida em seu país não sim Pode voltar ao país de origem sim não No horizonte dos direitos humanos, campo em que se situa a realidade vivida por refugiados e migrantes, tornou-se comum a ação tripartite na construção de políticas públicas e defesa de direitos 3. Nesta perspectiva os três atores sociais: a sociedade civil, organismos internacionais e o Estado Brasileiro (considerado aqui os três poderes e os diferentes âmbitos: municipal, estadual e federal) interagem em diversas frentes de atuação, tais como a parlamentar, a de formulação e implementação de políticas públicas específicas para a área, a de criação e organização de serviços, entre outros. A presente reflexão está estruturada nos seguintes tópicos: 1) sociedade civil e a causa do refúgio no Brasil; 2) A Rede Solidária para migrantes e refugiados; 3) Desafios do cotidiano dos Refugiados; 4) Perspectivas para a Rede Solidária e para possíveis Redes regionais ou locais; Considerações Finais. 1 A sociedade civil e a causa do refúgio no Brasil Foi em 1960 que o Brasil formalmente aderiu à Convenção de Genebra de 1951, entretanto incluiu uma cláusula de reserva geográfica pela qual se comprometia a reconhecer como refugiadas somente as pessoas que reunissem os requisitos próprios para configurar a condição de refugiadas em conseqüência de acontecimentos ocorridos antes de 1º de janeiro de 1951 na Europa 4. Por esta cláusula, o Brasil só reconhecia refugiados procedentes da Europa. Assim, durante as ditaduras que marcaram vários países do nosso Continente (Uruguai, Chile, Argentina...), não acolhia e nem protegia refugiados procedentes destes países. Somente em 1989, levantou a Cláusula da reserva geográfica e, desde então, recebe refugiados procedentes de qualquer país do mundo. Neste período da reserva geográfica, apesar dos impedimentos legais, a Igreja e outras entidades da sociedade civil abriram suas portas e buscaram proteger aqueles e aquelas que buscavam 3 LEAO, R.Z.R. O reconhecimento do refugiado no Brasil no início do século XXI, in BARRETO, L. P. T. F. (org.). Refúgio no Brasil a proteção brasileira aos refugiados e seu impacto nas Américas. Brasília: ACNUR/CONARE-MJ, 2010, p Tratando do processo que culminou com a Lei 9474/97, faz uma afirmação que a nosso ver continua extremamente atual: A sua base de êxito institucional centra-se na relação tripartite estabelecida entre a sociedade civil, a comunidade internacional (Acnur) e o Estado brasileiro, todos cúmplices no trabalho em prol dos refugiados. (p. 23) 4 SPRANDEL, M. A. e MILESI, R. O acolhimento a refugiados no Brasil: histórico, dados e reflexões in MILESI, R. (org.). Refugiados realidade e perspectivas. São Paulo, Loyola/CSEM/IMDH, 2003,

3 refúgio no Brasil. Em 1976, a Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, atendendo solicitação do Vicariato de Solidariedade 5 do Chile, acolheu a cinco chilenos e desde então atua junto aos refugiados. Em diferentes momentos, esta presença se consolidou também em parceria com órgãos de governo e com o ACNUR 6. No mesmo ano, outro agente fundamental, a Cáritas Arquidiocesana de São Paulo, inicia o atendimento aos refugiados em S. Paulo. Neste caminho o IMDH (1999), dando continuidade aos trabalhos iniciados em 1989 com os Núcleos de Atendimento, soma sua presença e atuação no serviço de atenção aos refugiados e aos migrantes e em prol de políticas públicas 7, bem como na articulação das entidades em âmbito nacional, culminando com a articulação da Rede Solidária. Cabe ressaltar que o IMDH, além de valiosa parceria com o ACNUR e o CONARE, no serviço a refugiados, vem atuando em outras situações presentes na mobilidade humana, tais como: o enfrentamento ao tráfico de pessoas, o acompanhamento a estrangeiros encarcerados, brasileiros no exterior e retornados, migrantes internos indocumentados. O IMDH participa ativamente, no âmbito da igreja católica, de articulações e processos eclesiais, a partir do Setor Mobilidade Humana/CNBB. Por estar em permanente interface com segmentos do estado brasileiro, com o ACNUR e com setores pastorais, consolidou-se como o principal articulador da Rede Solidária. 2. A Rede Solidária para migrantes e refugiados 8 A experiência de trabalho articulado e complementar entre entidades de 1989 a 2004 levou o IMDH, estimulado pelo então representante do ACNUR no Brasil, Luis Varese, a propor a articulação de uma rede no âmbito da sociedade civil, entre as entidades atuantes junto aos refugiados. Para Varese, as redes poderiam ser organizadas em três âmbitos de envolvimento: a) Primeiro âmbito: pessoas capazes de influenciar positivamente a sociedade, tanto nacional quanto local: jornalistas, congressistas, religiosos, imprensa, líderes. b) Segundo âmbito: estruturas voltadas para o trabalho humanitário e sócio-pastoral, através de organizações ligadas aos direitos humanos, migração, refugiados: igrejas, ONGs, pastorais, entidades sociais, educacionais, de capacitação, etc. 5 Vicariato da Solidariedade era uma instituição da Arquidiocese de Santiago do Chile que durante os anos de ditadura naquele país, atuava junto aos movimentos sociais e outras organizações sociais, na defesa dos direitos humanos e no pronto restabelecimento do estado de direito. 66 Dr. Cândido Feliciano da Ponte Neto, diretor da Cáritas Arquidiocesana do Rio de Janeiro, recorda quando o ACNUR, em 1977, montou seu escritório no Brasil: Os contatos foram feitos basicamente pela Comissão de Justiça e Paz e a CNBB. Dois ou três meses depois já chegava a primeira pessoa e em seis meses o ACNUR montou aqui um escritório provisório, SPRANDEL, M. A. e MILESI, R. O acolhimento a refugiados no Brasil: histórico, dados e reflexões in MILESI, R. (org.). Refugiados realidade e perspectivas. São Paulo, Loyola/CSEM/IMDH, 2003, Participação ativa no processo que culminou com a aprovação da lei nº 9.474/97. Sua atuação se deu por meio de articulação junto a outras entidades e organizações da sociedade civil que tinham interesse na causa do refúgio, coleta de assinaturas, promoção de eventos, reuniões junto ao Congresso Nacional, CNBB etc. Em sua atuação estão as sementes do que mais tarde veio a se tornar a Rede Solidária de Proteção a migrantes e refugiados. Maiores informações em MILESI, R. e ANDRADE, W. C. Atores e ações por uma lei de refugiados no Brasil in BARRETO, L. P. T. F. (org). Refúgio no Brasil a proteção brasileira aos refugiados e seu impacto nas Américas. Brasília: ACNUR/CONARE-MJ, PP As informações e reflexões contidas neste tópico estão disponíveis no site: e aqui parcialmente reproduzidas. 3

4 c) Terceiro âmbito: organizações e pessoas simpatizantes do Mandato do ACNUR ou da causa humanitária. Isto inclui ex-refugiados, cooperativas, sindicatos, associações de imprensa. Este nível pode fornecer apoio específico, mas precisa ser cultivado. 9 Segundo Varese, as principais áreas de atuação das redes, em parte refletidas na prática atual, que são, também, um grande desafio enquanto compreendidas nas necessidades da sociedade local, nacional e internacional, são as seguintes: a) Observar as regiões de fronteira para identificar pessoas que necessitam de proteção internacional e para prevenir devoluções; b) Submeter ou indicar às autoridades nacionais competentes e ao ACNUR, os casos de pessoas necessitadas de proteção a fim de garantir acesso ao processo de determinação da condição de refugiado; c) Fornecer aconselhamento e apoio jurídico às pessoas que necessitam de proteção internacional; d) Zelar pela garantia e contribuir no tratamento humanitário pelas autoridades nacionais, incluindo assistência de emergência, aos grupos de pessoas que chegam às fronteiras dos países em busca de proteção; e) Contribuir na preparação para emergências e na elaboração de planos de administração em casos de fluxos massivos de pessoas; f) Estabelecer projetos de assistência e buscar recursos locais; g) Fortalecer o intercâmbio de informações com ONGs nacionais e internacionais e outros setores da sociedade civil que lidem com a situação de fronteiras e com ações conjuntas para fortalecer a proteção daqueles que necessitam; h) Promover a adoção de regulamentos e políticas nacionais condizentes com as regras e princípios internacionais relativos ao refúgio e aos direitos humanos, levando em consideração as diferentes necessidades de homens, mulheres e crianças; i) Fortalecer institucionalmente ONGs e outros setores da sociedade civil na proteção e assistência de solicitantes de asilo. Isto inclui o treinamento e capacitação de agentes da sociedade civil, de oficiais do governo e outros setores relevantes envolvidos; j) Apoiar soluções para os casos de refúgio que têm caráter duradouro, particularmente através da integração local; k) Conscientizar a opinião pública sobre os problemas que os refugiados enfrentam e as contribuições dos países de asilo; l) Difundir os instrumentos legais Internacionais e Nacionais de Refúgio, e conscientizar através da capacitação e treinamento de instrutores e educadores, a fim de alcançar setores mais amplos da sociedade Construindo a Rede Foi a percepção da complexidade desta realidade que levou o IMDH a articular a Rede Solidária para Migrantes e Refugiados, a qual no momento conta com aproximadamente 50 entidades do Brasil em torno da ação humanitária, legal, social e pastoral de apoio a estes segmentos. A Rede Solidária 10 abrange todas as regiões do país, sendo o IMDH o elo de articulação do conjunto. Cada organização que participa da Rede conserva sua autonomia e missão institucional 9 VARESE, L. Redes de proteção: tipos, apoio e áreas de atuação. Brasília: ACNUR, Disponível no site: 4

5 própria, mas compartilham com os demais membros e conexões a causa da mobilidade humana em seus mais diversos desdobramentos: acolhida aos refugiados, refugiadas e migrantes, assistência e orientação jurídica e laboral, atuação em prol de políticas públicas, defesa de direitos, reassentamento de refugiados, articulação de intervenções de caráter político e social, produção de materiais e subsídios em torno da temática das migrações, realização de seminários, cursos, encontros, enfim, atuação no atendimento, integração, defesa e incidência sócio-política em favor da causa dos migrantes e dos refugiados. Mapa da Rede Solidária para Migrantes e Refugiados Fonte: MILESI, R. e CABRERA, M. Rede Solidária para Migrantes e Refugiados Breve histórico, missão, desafios ( Cada entidade da Rede também participa de outros processos de mobilização social, sempre em consonância com a abrangência de sua missão e objetivos. É a incidência local, regional e nacional destas instituições que torna os encontros nacionais da Rede um momento profícuo em prol de políticas públicas e espaço de acolhimento e integração dos refugiados e dos migrantes. O processo que originou a Rede Solidária para Migrantes e Refugiados, o ano de 1989 é um marco fundamental, quando, a partir de uma demanda de imigrantes que buscavam assistência jurídica e ajuda no acompanhamento da tramitação de seus processos de documentação migratória, Ir. Rosita deu início a este serviço em Brasília, constituindo o Departamento de Direito e Cidadania/CSEM 11. O crescimento do trabalho junto aos imigrantes no Brasil fez com que em diferentes pontos do país se organizassem Núcleos de Atendimento voltados especificamente para a assistência jurídicoadministrativa, para acompanhar e defender todo o processamento da documentação dos migrantes. 10 Maiores detalhes em MILESI, R. e CABRERA, M. Rede Solidária para Migrantes e Refugiados Breve histórico, missão, desafios - Artigo pesquisado no dia 18/05/2010 no site: http// 11 Conforme relato de Ir. Rosita Milesi já em fins de 1989 foram aproximadamente 120 processos de regularização migratória. Os imigrantes raramente viajavam a Brasília para resolver seus problemas de documentação. De fato eles viviam em Manaus, São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Paraná, Mato Grosso, enfim, dispersos pelo Brasil. Ao buscarem apoio junto a instituições da Igreja ou outras que atuavam com migrantes, seus pedidos eram encaminhados para o DDC, que assumia todos os casos e os acompanhava até a decisão final. 5

6 Já em 1992 amplia-se o trabalho para a área de refugiados, em atividade conjunta com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), principalmente para atender os refugiados angolanos que passaram a vir ao Brasil. Para favorecer o intercâmbio e para sistematizar a forma de atuação dos Núcleos de Atendimento, em 1996, realiza-se o I Encontro Nacional. Entre o 1º e o 2º Encontro Nacional, i. é, em 1999 a Ir. Rosita Milesi, apoiada por duas pessoas amigas, funda o IMDH, em clara continuidade com o trabalho que já havia instituído e realizado ao longo de 10 anos, no DDC/CSEM. O IMDH marca um novo momento na caminhada. E, em 2002, realiza o II Encontro Nacional dos Núcleos de Atendimento. Ainda nessa etapa de antecedentes, no ano de 2004, é marcante a reabertura do escritório do ACNUR no Brasil. Por proposta do Dr. Luis Varese, e sob a coordenação do IMDH, o ACNUR decide apoiar o próximo encontro Nacional dos Núcleos (III Encontro nacional dos Núcleos e I da Rede), realizado dias 20 e 21 de junho de Na ocasião, a diretora do IMDH aproveita para propor a articulação da Rede. Consulta as entidades e pede que formalizem sua adesão, se assim concordam. Ante a aceitação de todas, sugere a realização de um novo Encontro, em Do II ao VII Encontro Nacional da Rede Ao estabelecermos uma linha do tempo, tendo em vista os Encontros Nacionais da Rede, temos: 20 e 21 de junho de 2004 I Encontro da Rede e III Encontro Nacional dos Núcleos; Maio de 2005 Realiza-se o II Encontro Nacional da Rede, no qual as entidades participantes confirmam sua adesão à Rede Solidária. Brasília-DF; Novembro de 2006 III Encontro da Rede Solidária, realizado em Manaus; Dezembro de 2007 IV Encontro da Rede Solidária para Migrantes e Refugiados, em Brasília-DF; 13 a 15 de maio de 2009 V Encontro Nacional da Rede, em Brasília-DF. 13 a 15 de julho de 2010 VI Encontro Nacional da Rede; 02 e 03 de junho de 2011 VII Encontro Nacional da Rede Solidária Um fato marcante do VII Encontro Nacional da Rede foi, sem dúvida, a presença de todos os membros titulares do CONARE, numa mesa de trabalho organizada a partir de questões formuladas pelas entidades parceiras na Rede. Além disso, o próprio plenário continuou o diálogo em torno das respostas apresentadas e as urgências trazidas pela realidade Avanços e Desafios Desde a criação da Rede, ocorreram encontros nacionais anuais. A cada encontro registra-se um número maior de organizações vinculadas à Rede e/ou que mantêm contato e proximidade com a causa do refúgio e das migrações. A programação, além do estudo de uma temática específica, reserva um espaço para oficinas, capacitação, troca de experiências, discussão sobre mecanismos, formulários e outros instrumentos administrativos diretamente relacionados ao trabalho desenvolvido pelas entidades e que ofereçam suporte para as atividades realizadas com a população atendida. Além do momento dos encontros, os representantes das entidades fazem intercâmbios, seja por contatos telefônicos, por , pela troca de experiências e boas práticas, e contribuem para o aprimoramento 6

7 desses instrumentos, bem como propondo mudanças ou ajustes nos procedimentos adotados pelos próprios Órgãos Públicos. Avaliações realizadas ao término de cada encontro indicam que essas oficinas sempre foram consideradas importantes e de grande utilidade, por partirem de situações concretas e assegurarem uma linha comum e de apoio recíproco no trabalho e nas relações com o Estado. Outro aspecto relevante, e que está presente no dia-a-dia da Rede, é a preocupação com as demandas dos refugiados e migrantes frente às políticas públicas existentes. São inegáveis os avanços obtidos com a Lei 9474/97, tanto no que tange ao marco jurídico quanto no estabelecimento do CONARE, e a sociedade civil foi parte ativa nessas conquistas. Entretanto as situações particulares dos refugiados e das pessoas em mobilidade, trazem novas realidades que exigem um contínuo processo de atualização das disposições legais e a implementação de políticas e de mecanismos que ajudem e levem a superar barreiras especificas que esta população enfrenta para acessar tais direitos e serviços. É o que chamamos de desafios do cotidiano. 3. Desafios do cotidiano dos Refugiados Muito além das disposições legais, dos direitos assegurados nos instrumentos jurídicos nacionais ou internacionais, são de essencial importância os mecanismos de acesso aos direitos que já estão assegurados na legislação. Senão vejamos: 3.1 O acesso ao trabalho Vários são os avanços no tocante ao tema do acesso ao trabalho e emprego por parte dos refugiados e solicitantes de refúgio no Brasil. Estamos acostumados com o fato de que esta população tem permissão para trabalhar, obtendo a Carteira de Trabalho após haver formulado seu pedido de refúgio junto à Polícia Federal Este é um avanço que reflete a realidade de poucos países do mundo. Além da documentação para o trabalho e de estar protegida pela legislação nacional em condição de igualdade a um trabalhador brasileiro, a população refugiada conta com uma conquista, solicitada pela Rede e assegurada pelo Ministério do Trabalho, que foi a substituição do termo refugiado na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS), por estrangeiro pela Lei 9.474/97. Os refugiados manifestavam a dificuldade que enfrentavam ante o desconhecimento de sua condição e a associação da identificação refugiado com alguém que estivessem fugindo de seu país por irresponsabilidades não assumidas ou por delitos praticados. Literalmente, o termo refugiado era motivo de discriminação. Outra dificuldade no cotidiano dos refugiados, quanto ao acesso ao trabalho, é a experiência prévia, constante nos testes avaliativos de seleção de mão de obra. O refugiado, em geral, não tem como comprovar experiência anterior e, se a tem, será no país de origem, que pouco corresponde às vagas de trabalho às quais ele ou ela conseguem se candidatar. Para superar alguns destes entraves, o Ministério do Trabalho e Emprego, em pareceria com ACNUR, vem promovendo oficinas temáticas sobre trabalho, emprego, direitos e dificuldades que 7

8 enfrentam os solicitantes de refúgio e refugiados, buscando envolver representantes de diversos segmentos envolvidos com os temas do trabalho e do refúgio para propor meios de superação dos principais entraves ao acesso, como desconhecimento dos empregadores sobre o que é um refugiado, flexibilização da exigência documental para comprovação de experiência prévia de trabalho, modalidades para superação dos limites com o idioma, inclusão desta população nos projetos e progamas de qualificação profissional e trabalho desenvolvidos nos estados, difusão de seus currículos, entre outros. Como resultado concreto destas oficinas foram criados Grupos de Trabalho e Emprego nos estados para por em prática as recomendações resultantes destes eventos. 3.2 O acesso a benefícios sociais Veremos aqui o acesso a alguns benefícios sociais, tais como: Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, Aposentadoria, entre outros. Para o acesso ao Bolsa Família 12, não há maiores entraves. É um benefício administrado pelos municípios, o que facilita a análise, o tratamento da questão em nível local, e a avaliação dos casos. Em geral, vem sendo acessado por aquelas famílias refugiadas que atendem aos critérios de renda e de composição familiar sem maiores dificuldades, embora a maior dificuldade, em certas regiões, é a disponibilidade, tendo em vista as cotas dos Municípios. A Previdência Social, por ser um benefício social contributivo, é assegurada a todo refugiado que contribua para o sistema através da inscrição no sistema, como empregado ou trabalhador autônomo e da contribuição ao INSS. Nestes casos, o contribuinte está amparado em casos de doença, acidente, gravidez, prisão, morte e velhice. Mas, aqui, novamente, pode afetar o benefício da aposentadoria, dependendo da idade que com que o refugiado chega ao Brasil. Já o Beneficio de Prestação Continuada (BCP), voltado aos idosos e pessoas com deficiência cuja renda per capita familiar seja inferior a um quarto do salário mínimo, está inacessível aos refugiados, pois não obstante a Constituição Federal e a Lei Orgânica da Assistência Social não fazerem referência à necessidade de naturalização para acesso ao benefício, um Decreto e uma Instrução do INSS condicionam-no a tal. Assim, um refugiado ou refugiada, deficiente ou maior de 65 anos, que não tenha como prover o próprio sustento, ainda que atenda aos requisitos de necessidade e de vulnerabilidade social, tem o acesso sistematicamente negado pelo órgão encarregado de sua operacionalização, o INSS. Tramita no STF um recurso, interposto pelo INSS, que deseja ver encerrada esta discussão, firmando jurisprudência no sentido de que se faz necessária a naturalização para acessar o BPC. É preocupante foi extrapola a garantia constitucional e acabaria com a possibilidade de não-nacionais, residentes legalmente no País, em situação de extrema vulnerabilidade, terem este direito básico negado pelo simples fato de não se naturalizarem. 12 O Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda com condicionalidades, que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. O Programa integra o Fome Zero que tem como objetivo assegurar o direito humano à alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional e contribuindo para a conquista da cidadania pela população mais vulnerável à fome. A gestão do Bolsa família é descentralizada e compartilhada por União, estados, Distrito Federal e municípios. Foi instituído pela Lei /04 e regulamentado pelo Decreto nº 5.209/04. Fonte: acesso em 14nov

9 3.3 O acesso à moradia - locação de imóvel e programa Minha casa, minha vida A locação de imóvel é uma façanha para todo o brasileiro e brasileira: basta lembrar a dificuldade com as garantias exigidas, o custo elevado dos aluguéis, etc. Não se faz necessário tecer maiores comentários para perceber o quanto superiores são as dificuldades de um refugiado e maiores ainda para uma refugiada, esteja sozinha ou com filhos. Os/as refugiados/as não têm familiares, parentes, amigos, colegas, que possam servir de fiadores; são estrangeiros, em geral têm renda baixa, suas referências são extremamente reduzidas. O programa Minha Casa minha Vida do Governo Federal é uma inovação e de fato uma política pública de grande valor para a população, de modo especial para este grupo específico dos refugiados. Contudo, a exigência estabelecida pela CEF de residência permanente no Brasil distancia no tempo o acesso dos refugiados, os quais só podem pedir residência permanente após quatro (4) anos vivendo no País na condição de refugiados. Até o momento esta condição está vigente. Entende-se que é razoável o período de quatro a cinco anos para que um refugiado ou refugiada possa decidir sobre sua efetiva permanência no Brasil e, assumir o compromisso de um financiamento a longo prazo. Mas, a questão está em aberto enquanto aberta está a discussão sobre acesso dos refugiados à moradia, própria ou não. 3.4 Acesso à Educação Neste item, há diferentes situações específicas: a) Acesso ao ensino fundamental e médio: há que ser aplicada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que prevê no art. 24: A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino 13 ; E, para tanto, a mesma lei prevê: Art. 5º - O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo. A maior dificuldade, neste caso, é o desconhecimento da legislação e dos caminhos possíveis para viabilizar o acesso da população refugiada, normalmente, vista como São estrangeiros. Não sabemos como fazer. Veja-se que a própria UFSCAR, no caso específico de acesso dos refugiados ao vestibular, assim regulamenta quanto à documentação relativa ao ensino médio: b) Documentação comprobatória de conclusão de estudos equivalentes ao Ensino Médio, acompanhada de parecer de equivalência emitido 13 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96. Veja-se, que cabe aqui verificar a normatização do Conselho Estadual de Educação de cada Unidade da Federação. Esta normatização deverá detalhar como a escola deve proceder com as avaliações. 9

10 por Secretaria de Estado de Educação, caso os estudos tenham sido realizados fora do Brasil; E, quando o refugiado não possuir este documento e não tiver condições de obtê-lo: Quando não for possível a apresentação de documentos comprobatórios de sua escolaridade, será permitido ao Refugiado, a comprovação por outros meios de prova em direito permitidos, inclusive mediante atestado fornecido pelo CONARE. b) Acesso ao Ensino Superior: No âmbito da Cátedra Sérgio Vieira de Mello, diversas universidades vêm realizando estratégias de acesso e manutenção diferenciadas para a população refugiada, além da promoção do ensino e da pesquisa sobre as três vertentes da dignidade da pessoa humana: direito internacional humanitário, direito internacional dos direitos humanos, e direito internacional dos refugiados. Registramos, aqui, a exemplar iniciativa já consolidada da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR Portaria GR nº 941/08, de 09 de junho de 2008) que realiza vestibular especificamente desenhado para refugiados 14, aproveitando a estrutura do seu programa de Ações Afirmativas. O processo seletivo consiste nos seguintes passos: 1) divulgação do edital, 2) pré-seleção dos candidatos com base na verificação dos documentos (carta de manifestação de interesse indicando o curso pretendido, declaração do CONARE atestando seu status de refugiado no país e certificado de conclusão de ensino médio; 3) Prova escrita presencial (questões objetivas e redação); 4) Prova oral presencial (conta com 2 professores do curso desejado e utiliza-se de situações-problema para que o candidato utilize de suas experiências educativas escolares e não escolares para resolvê-las. Outra importante iniciativa da UFSCAR refere-se à manutenção do refugiado na universidade durante os anos de estudo. Os refugiados selecionados para seus cursos de graduação que se enquadrarem no Programa de acolhimento e apoio ao estudante disponível para o corpo estudantil em geral, recebem apoio moradia, seja por meio de residência na moradia estudantil ou auxílio para aluguel no valor de R$300,00 mensais, complementado com alimentação no restaurante universitário e bolsa atividade no valor de R$180,00 mensais para atividades administrativas desenvolvidas na UFSCAR. c) A validação de diplomas dos refugiados, em especial os de graduação, é uma das grandes questões a serem trabalhadas no âmbito educacional no Brasil. O Brasil possui uma legislação representada pela Lei de Diretrizes e Bases e a resolução nº 1 CME/CES 2002 do Ministério da Educação e da Cultura (MEC) que regulamenta a revalidação de diplomas de graduação obtidos no exterior e que determina e direciona para as universidades públicas brasileiras a responsabilidade sobre o processo de revalidação. De modo geral, são as universidades públicas, embora não só, que validam os diplomas estrangeiros. Trata-se de um sistema custoso (taxa, traduções), lento e muito burocrático. 14 A documentação exigida para inscrição é simples: a) Carta de manifestação de interesse, mencionando o curso pretendido; b) Documentação comprobatória de conclusão de estudos equivalentes ao Ensino Médio, acompanhada de parecer de equivalência emitido por Secretaria de Estado de Educação, caso os estudos tenham sido realizados fora do Brasil; c) Documento expedido pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) que comprove sua situação de Refugiado. único - Quando não for possível a apresentação de documentos comprobatórios de sua escolaridade, será permitida ao Refugiado, a comprovação por outros meios de prova em direito permitidos, inclusive mediante atestado fornecido pelo CONARE. 10

11 Estamos aguardando que alguma Universidade regulamente, de forma prática, o art. 44 da Lei , que assegura: O reconhecimento de diplomas, os requisitos para a obtenção da condição de residente e o ingresso em instituições acadêmicas de todos os níveis deverão ser facilitados, levando-se em consideração a situação desfavorável vivenciada pelos refugiados. 3.5 Condições de acesso a microcréditos ou à abertura de atividades de geração de renda De acordo com o Coordenador substituto do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo e Orientado (PNMPO) do Ministério do Trabalho em Emprego, Francisco Wandercley Menezes da Silva, as instituições de microcrédito parcerias do Ministério do Trabalho estão orientadas e fornecer microcrédito para refugiados, já que os mesmos possuem Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) 15. Contudo, há relatos de refugiados que não conseguem acessar estes recursos devido à incapacidade de comprovar renda. Acreditamos ser necessário um trabalho de sensibilização das agências sobre a condição do refúgio e quiçá uma campanha orientativa com os refugiados sobre os requisitos mínimos e implicações ao acessar o crédito. 3.6 Acesso aos serviços de saúde Os estrangeiros residentes no Brasil, em situação regular ou não, tem direito efetivo ao acesso ao Sistema Único de Saúde (SUS). A garantia está prevista na CF e no próprio sistema universal que o Brasil adota. Temos que lidar, no entanto, com a possibilidade de que a interpretação não é uniforme em todas as esferas - federal, estadual e municipal - o que pode se transformar em dificuldade concreta de acesso dos solicitantes de refúgio e refugiados ao serviço de saúde. Em alguns Estados, há parcerias estratégicas com hospitais que se tornaram referência no atendimento à população refugiada. Reiteramos que não se trata de privilégios, apenas de condições específicas, onde um dos elementos da maior importância é o idioma. Além da formalização da parceria, houve o desenvolvimento de um protocolo de atendimento específico para os solicitantes de refúgio e refugiados, como também oficinas de sensibilizações e treinamento dos funcionários. Este tipo de iniciativa deve ser ampliado, com o apoio do Ministério da Saúde, com vistas a otimizar o atendimento e maximizar o diagnóstico e tratamento. O tema do refúgio no sistema de saúde pode e deve ser incluído nos Comitês Estaduais para Refugiados e também nos próprios Conselhos Municipais de Saúde (e também no âmbito estadual) e que os mesmos devem ser acessados pelos grupos que atuam junto aos imigrantes e refugiados, na busca por assegurar o atendimento médico e clínico de forma universalizada. 3.6 Assistência psicológica Fazemos referência aqui à recente publicação da Universidade de Brasília Saúde, Migração, Tráfico e Violência Contra Mulheres (Silva, 2011) que afirma: A ruptura de relações sociais, afetivas e simbólicas, as dificuldades de integração cultural, o isolamento e a solidão, e as pressões e tensões do cotidiano, subjacente ao processo migratório e à situação de irregularidade podem conduzir a estados de fragilidades psicológicas, levando a sofrimentos psíquicos e transtornos mentais. (...) Em relação às 15 Assegurou que as pessoas na condição de refúgio são elegíveis para solicitar o microcrédito. oficina.pdf, acesso em 14 de novembro de

12 dificuldades sentidas no país-destino, a discriminação social constitui fator relevante de exposição a violências e sofrimentos psíquicos. Conforme alguns estudos, fatores associados à discriminação e à estereotipia podem influenciar as condições e oportunidades laborais. 16 Assinala o representante do Ministério da Saúde do COANRE, Dr. Marcus Quito, alguns fatos de interesse para a Saúde, no caso dos refugiados e dos imigrantes. Entre eles: sequelas físicas e psicológicas; estupros e gravidez indesejada; síndrome pós-traumática (decorrente da própria perseguição e do temor fundado); ruptura dos vínculos sociais; deslocamentos anteriores à migração; cruzamento de fronteiras; desagregação familiar; perda da história social e de saúde; criminalização da entrada irregular num país; falta de identificação da necessidade de proteção internacional; falta de documentos; desconhecimento das autoridades sanitárias sobre a situação de saúde do indivíduo e das condições de seu país; devolução ao país no qual sofria perseguição; barreiras étnicas, culturais e de idioma, que reduzem a comunicação entre o solicitante e a autoridade; falta de credibilidade, associada a problemas psiquiátricos sobre o relato da história de perseguição; estereótipos negativos associados à imagem dos refugiados (fugitivos da lei, ladrões, criminosos); falta de documentos que comprovem sua capacidade laboral, sua história de conquistas e avanços, seus êxitos profissionais. Estes são alguns elementos que têm efeito, direta ou indiretamente, em maior ou menor escala, na vida, no estado psíquico, na capacidade de reagir, de se expressar, de recomeçar, de buscar recursos, de superar os traumas vividos, enfim, de se integrar em a nova comunidade, no país-destino. A assistência psicológica está prevista no Sistema Único de Saúde. Contudo, o acesso, como ocorre também para os brasileiros e brasileiras, encontra entraves, limitações, dificuldades, falta de profissionais, bem como dificuldades por parte dos próprios refugiados, já bastante comentadas ao longo do presente trabalho. Fica, pois o desafio de que o exercício do direito à saúde, inclusive com assistência psicológica, é elemento fundamental para a integração e a vida cotidiana dos refugiados em seu novo espaço social Perspectivas para a Rede Solidária e para possíveis Redes regionais ou locais O cenário atual, pensado numa perspectiva global reflete, tal como um caleidoscópio, uma infinidade de facetas e de atores sociais. A busca e a concessão de refúgio estão inseridas no amplo espaço da mobilidade humana no horizonte dos direitos humanos e da defesa da vida. Na prática essa compreensão do presente reflete duas perspectivas complementares: a) As organizações da sociedade civil que atuam junto aos refugiados e aos migrantes precisam ir permanentemente adaptando os instrumentos habitualmente usados na recepção, acolhida, busca de soluções para as questões emergenciais, para a proteção aos direitos fundamentais e para acesso aos direitos sociais, laborais, civis, na perspectiva de médio e longo prazo, para uma efetiva e gradual integração dos refugiados. As Redes podem viabilizar espaços formativos, partilhar boas práticas, articular proposições, criar e fomentar 16 SILVA, Mario A. in Saúde, Migração, Tráfico e Violência contra Mulheres, Ministério da Saúde e Universidade de Brasília, Brasília: Ministério da Saúde, 2011, p Cfr. Quito, M.V., Conferência proferida na 19th Annual GHEC Conference &The 1st Latin American and Caribbean Conference on Global Health e no Encontro de Auto-avaliação do CONARE, realizado dias 28 e 29/09/2011, Brasília-DF. 12

13 serviços, propor políticas públicas ou sugerir alterações que, apresentadas ao Estado e monitorada a sua implementação, venham a contribuir na atenção e integração da população refugiada e dos migrantes em geral. b) Considerando que é no âmbito do estado nacional que se concretizam as deliberações já sancionadas no direito internacional, e das quais o estado brasileiro é signatário, faz-se necessário uma ação articulada e permanente junto aos órgãos públicos que atuam ou têm corresponsabilidade nas políticas voltadas ou aplicáveis a migrantes e refugiados, bem como junto ao Congresso Nacional, visando aperfeiçoar ou criar novos instrumentos legais que correspondam à realidade e necessidades atuais. Neste âmbito é fundamental seguir nas lutas e reivindicação por uma política de estado, isso é, estruturante e assegurada em todas as suas etapas de execução (pessoal especializado, órgãos com atribuições definidas e com atuação que cubra todos os níveis de organização do estado município, estado e federação). Avanços existem, constatam-se e os reconhecemos. Contudo, muitos passos ainda precisam ser dados, tais como: 1) sanar discrepâncias entre normas emanadas por órgãos públicos e ministérios, mas que estão em conflito com princípios constitucionais; 2) ampliar a presença do Estado no atendimento inicial aos refugiados, tendo em vista a precariedade de albergues e outras formas de abrigo temporário, como nos primeiros passos de adaptação destes à nova sociedade e cultura; 3) agilizar processos de reunião familiar; 4) valorizar e respeitar os aspectos básicos da identidade pessoal e cultural de migrantes e refugiados; 5) agilizar processos e emissão de documentos; 6) possibilitar o efetivo acesso a programas como o Minha casa, minha vida e outras formas de crédito; 7) adotar mecanismos que garantam e facilitem o acesso às políticas públicas voltadas à educação, saúde, moradia, assistência psicológica, vigentes no Brasil. Considerações finais A sociedade civil diante do fenômeno da mobilidade humana efetivamente está frente a uma realidade complexa. É evidente que as organizações da sociedade civil desempenham um papel relevante no cotidiano das migrações e do refúgio, atuando desde a atenção quando de sua chegada/recepção, passando pela integração, até a intervenção por políticas públicas, bem como apoiando e estimulando a própria organização dos migrantes e de refugiados para favorecer seu maior acesso aos direitos e sua participação como cidadãos. Na perspectiva da solidariedade e da acolhida, da abertura e da construção de uma sociedade solidária, concluímos com uma afirmação de nosso caro Prof. Helio Bicudo (2003): Os migrantes e os refugiados são homens, mulheres e crianças que devem ser respeitados em virtude de sua dignidade enquanto pessoas, muito além do regime vigente ou do lugar onde residem. Seus direitos não derivam do fato de pertencerem a um Estado ou Nação, mas de sua condição de pessoa cuja dignidade não pode sofrer variações ao mudar de um país para outro. Brasília-DF, 15 de novembro de

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