Impacto Ambiental: Um estudo de caso sobre a repercussão do RIMA referente ao Projeto da Usina Siderúrgica de Resende na região afetada

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1 DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA E MEIO AMBIENTE Curso de Especialização em Análise e Avaliação Ambiental Impacto Ambiental: Um estudo de caso sobre a repercussão do RIMA referente ao Projeto da Usina Siderúrgica de Resende na região afetada Orientador: Paulo Pereira de Gusmão Co-orientador: Luiz Felipe Guanaes

2 1 Mônica de Souza Costa Impacto Ambiental: Um estudo de caso sobre a repercussão do RIMA referente ao Projeto da Usina Siderúrgica de Resende na região afetada Monografia apresentada ao Programa de Pós-Praduação em Geografia e Meio Ambiente da PUC-Rio como requesito parcial para obtenção do título de Especialista em Análise e Avaliação Ambiental. Orientador: Paulo Pereira de Gusmão Co-orientador: Luiz Felipe Guanaes Rio de Janeiro Janeiro de 2008

3 2 Agradecimentos Aos professores Paulo Pereira Gusmão e Luiz Felipe Guanaes, pelo incentivo e orientação para a elaboração desta monografia. Meu agradecimento especial ao Sr. Luis Felipe César, presidente da Agência de Meio Ambiente do Município de Resende, o qual me recepcionou com muita solicitude. A todos os colegas e pessoas do entorno acadêmico que fizeram da PUC um lugar propício para meu crescimento pessoal e profissional. E finalmente aos meus familiares e amigos, pelo apoio e confiança incondicionais em todas as exigências relacionadas à concretização deste trabalho.

4 3 Sumário 1 Introdução Relevância do Tema A Situação Problema Objetivos Objetivo Geral Objetivo Específico 11 2 Fundamentação Introdução Empreendimento Siderúrgico Apresentação Produtos e Resíduos A Legislação Ambiental Brasileira Licenciamento Ambiental Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) Audiências Públicas Plano Básico Ambiental (PBA) 21 3 Metodologia 22 4 O Estudo de Caso O Empreendedor Política Sócio Ambiental da Votorantim Metais O Empreendimento de Resende O RIMA Introdução Análise Crítica Pesquisa de Campo 30 5 Conclusão 32 6 Referências Bibliográficas 34

5 4 Lista de Anexos Anexo 1: RIMA referente ao projeto Usina Siderúrgica de Resende Mini Mill Anexo 2: Modelo do questionário de campo Anexo 3: Questionário 1 respondido Anexo 4: Questionário 2 respondido Anexo 5: Questionário 3 respondido Anexo 6: Questionário 4 respondido Anexo 7: Questionário 5 respondido Anexo 8: Questionário 6 respondido Anexo 9: Questionário 7 respondido Anexo 10: Questionário 8 respondido Anexo 11: Informativo para Audiência Pública da Votorantim Metais Anexo 12: Ofício encaminhado a FEEMA listando as ações mitigadoras, compensatórias e complementares elaborado pela Agência Municipal de Meio Ambiente de Resende

6 5 Lista de Ilustrações Figura 1: Fluxograma simplificado do processo siderúrgico 14 Figura 2: Fluxograma ilustrativo da reciclagem do aço 15 Figura 3: Bobina e chapas de aço 16 Figura 4: Perfis e vergalhões 16 Figura 5: Peças de motores 16

7 6 Lista de Siglas AIA: AMAR: COMAR: CONAMA: EIA: FEEMA: LI: LO: LP: RIAM RIMA: SISNAMA: Avaliação de Impacto Ambiental Agência do Meio Ambiente do Município de Resende Comissão de Meio Ambiente do Município de Resende Conselho Nacional de Meio Ambiente Estudo de Impacto Ambiental Fundação Estadual de Engenharia e Meio Ambiente/RJ Licença de Instalação Licença de Operação Licença Prévia Matriz Rápida de Avaliação de Impactos Relatório de Impacto Ambiental Sistema Nacional de Meio Ambiente

8 7 Lista de Tabelas Tabela1: Principais produtos e resíduos no processo de produção de aço 17 Tabela 2: Balanço de massa para produção de aço 18 Tabela 3: Unidades de Conservação 25 Tabela 4: Padrões e limites de emissões atmosféricas aplicados no projeto da Usina de Resende 29

9 8 Resumo A implantação de um empreendimento siderúrgico, devido ao porte e a questões legais, envolve a análise dos meios biótico, físico e socioeconômico das áreas de influência. O processo de investigação e implantação passa pelos Estudos de Impacto Ambiental EIA e da elaboração do Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, que é colocado à consulta pública, que uma vez aprovado, resultará em planos e ações para minimizar ou mitigar os impactos ambientais. Este trabalho teve com referência o Relatório de Impacto Ambiental da Usina Siderúrgica Mini-Mill do Grupo Votorantim, planejada para ser implantada na cidade de Resende, no Estado do Rio de Janeiro. Através da análise qualitativa dos resultados deste RIMA, à luz das regulamentações brasileiras, federais, estaduais e municipais, e também de visitas aos diretamente impactados por esta implantação, são detalhados e discutidos pontos críticos conseqüentes da implantação deste empreendimento. O trabalho faz destaques para analisar o RIMA quanto à sua forma e conteúdo, verifica sua repercussão nas comunidades afetadas através de pesquisa de campo e questiona o cumprimento da sua função. Palavras-chave: empreendimento siderúrgico, estudo ambiental, impacto ambiental

10 9 1 Introdução 1.1 Relevância do Tema O aço é a principal matéria prima para uma significativa gama de indústrias e tem importância fundamental na estrutura produtiva dos países industrializados, por estar intimamente ligado a atividades básicas, como a produção de bens de consumo duráveis e bens de capital de alto valor agregado. Trata-se, portanto, de uma indústria intensiva em capital que está centrada em elevadas escalas de produção graças aos custos de operação. A produção mundial de aço tem apresentado um crescimento expressivo nos últimos anos. A produção siderúrgica chinesa, maior produtor mundial de aço, cresceu 137,8% entre 1998 e 2004 (Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia UNICAMP). No Brasil, a capacidade de produção atual é de 37,1 mil toneladas com expectativas de expansão para 59 mil toneladas até 2012 (Instituto Brasileiro de Siderurgia). Do ponto de vista da sustentabilidade, o aço possui um alto potencial de reciclagem. Entretanto, a análise do meio ambiente como um processo dinâmico torna-se imprescindível e de fundamental importância para entender as mudanças e tendências decorrentes da implantação de grandes empreendimentos, principalmente, aqueles ligados aos processos siderúrgicos. Os processos siderúrgicos do tipo Mini Mill se utilizam de sucatas como insumo de produção, além da energia, processando este material através de fornos elétricos e laminadores, e geram, além dos produtos como chapas e barras, diversos resíduos e materiais recicláveis. Como subprodutos dos processos de aquecimento e laminação, são emitidas também partículas e gases na atmosfera. Desde a fase de estudos e viabilidade, passando pela construção e montagem, e depois em sua operação, as mudanças e impactos nos meios biótico, físicos e socioeconômicos são de extrema relevância neste tipo de empreendimento.

11 10 O empreendimento siderúrgico alvo deste trabalho, é denominado Usina Siderúrgica de Resende Mini Mill, pertencente à empresa Votorantim Metais, empresa do Grupo Votorantim, que se encontrava durante o desenvolvimento deste trabalho na fase de consulta pública e análise do Estudo de Impacto Ambiental. A área onde está sendo planejada a implantação da siderúrgica situa-se a oeste da malha urbana da cidade de Resende, ao sul do Rio Paraíba do Sul e da Rodovia Presidente Dutra BR 116. Além dos fatores citados acima, o estudo de casos concretos de empreendimentos deste porte, complementam e agregam valor aos estudos obtidos durante o curso de Análise e Avaliação Ambiental da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. 1.2 A Situação Problema Muitos são os esforços para minimizar os impactos da implantação de processos industriais e garantir um ambiente sustentável para as gerações futuras. Um destes processos é a obrigatoriedade de se desenvolver um Estudo de Impacto Ambiental e um Relatório de Impacto Ambiental, que deve ser levado à consulta pública, de forma a promover e possibilitar a discussão por todos os interessados ou afetados pelo empreendimento. Com base no EIA/RIMA desenvolvido pelo Grupo Votorantim para a Usina Siderúrgica de Resende, e consulta pública já realizada na região, as seguintes questões são levantadas à análise neste trabalho: - As partes interessadas conhecem ou estão devidamente informadas através do RIMA, de forma a compreender a dimensão dos impactos resultantes da implantação de uma Siderúrgica do tipo Mini Mill em Resende? - Está o RIMA cumprindo com sua função de resumir o EIA de forma objetiva e em linguagem acessível, de modo que se possa entender as

12 11 vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as conseqüências ambientais de sua implantação? 1.3 Objetivos Objetivo Geral O objetivo geral deste trabalho consiste em estudar o RIMA referente à Usina Siderúrgica de Resende assim como a legislação existente para identificar os impactos do empreendimento siderúrgico Objetivo Específico Visitar a região de implantação da Usina para analisar o entendimento da real dimensão dos impactos ambientais descritos pelo RIMA pela população diretamente afetada.

13 12 2. Fundamentação 2.1 Introdução A ameaça à sobrevivência humana em face da degradação dos recursos naturais, a extinção das espécies da fauna e flora e o aquecimento da temperatura devido à emissão de gases poluentes são alguns dos fatores que fizeram a questão ambiental ocupar um lugar de destaque nos debates internacionais. O meio ambiente da empresa é constituído por diversas formas de relacionamento, considerando as disciplinas gerenciais, as técnicas e o processo de produção junto às instalações e ao meio interno e externo, incluindo-se também a relação entre mercado, cliente, fornecedores, comunidade e consumidor. Neste sentido, o conhecimento da questão ambiental não pode separar nem ignorar o ambiente empresarial em seus objetivos, suas relações internas e externas, a busca pela produtividade, da qualidade e da expansão negócios. O conhecimentos dos processos, o estudo da legislação ambiental e a gestão ambiental é fator básico para análise das informações coletadas e conclusões do trabalho. 2.2 Empreendimento Siderúrgico Apresentação O homem descobriu o minério de ferro no Período Neolítico (Idade da Pedra Polida) por volta de anos A.C. A exploração regular de jazidas iniciou-se há cerca de 3 mil anos no Oriente Médio no período da Idade dos

14 13 Metais. Quando o homem conseguiu a quantidade necessária de calor para fundir o minério de ferro, encerrou-se a Idade do Bronze e deu-se início à Idade do Ferro. (Instituto Brasileiro de Siderurgia). O ferro não é obtido puro na natureza, normalmente se encontra combinado ao oxigênio e a sílica, formando o minério de ferro. A metalurgia é um conjunto de tratamentos físicos e químicos a que são submetidos os minerais para a extração dos metais, como o ferro e o bronze. A siderurgia é uma ramo da metalurgia que se dedica á fabricação do aço tendo como matéria prima o minério de ferro. O aço é uma liga de ferro e carbono, que contém, no máximo, 2% de carbono, mais alguns elementos de liga tais como o manganês, silício cromo, enxofre e fósforo. O processo siderúrgico do ferro, tem como essência utilizar uma fonte de carbono: o coque metalúrgico (produto derivado do carvão mineral) ou o carvão vegetal. Este carbono exerce duas funções: fornecer a energia necessária ao processo; e agir como agente no processo de remoção de oxigênio do ferro, ou seja, extrair o ferro do minério de ferro. Este processo chama-se redução de minério de ferro. A partir daí o ferro é obtido e trabalhado térmica e mecanicamente para obtenção do produto final, que nós conhecemos e utilizamos. As usinas siderúrgicas atuais podem ser divididas em dois grandes grupos: usinas integradas e usinas semi-integradas. As usinas integradas são aquelas cujo aço é obtido a partir do ferro primário, isto é, minério de ferro, que é transformado em ferro na própria usina, nos alto-fornos pelo processo de redução. O produto do auto-forno é o chamado ferro-gusa, uma liga de ferro e carbono, porém com um teor de carbono muito elevado. O ferro-gusa é transformado em aço líquido nas aciarias onde o carbono é removido juntamente com impurezas. A maior parte do aço líquido é solidificada em equipamentos de lingotamento contínuo que produzem semi-acabados, lingotes e blocos. Estes, por sua vez, são processados por equipamentos denominados laminadores e transformados em uma grande variedade de produtos siderúrgicos. Usina semi-integrada é aquela cujo aço é obtido a partir de ferro secundário, isto é, matéria prima de sucata de aço, não havendo a etapa de redução de minério de ferro. A sucata é transformada novamente em aço comercial, por meio de emprego de fornos elétricos de fusão.

15 14 Em uma usina integrada, as principais operações são: coqueria, sinterização, produção de ferro gusa, produção do aço pela aciaria, lingotamentos e laminações. Nas semi-integradas o processo se inicia pela aciaria, que utiliza forno elétrico para processar a sucata. Os dois processos estão indicados na figura a seguir. Figura 1: Fluxograma simplificado do processo siderúrgico (fonte: IBS) As usinas do tipo Mini-Mill são um novo conceito das usinas semi-integradas que aproveitam a sucata para geração de aço. As usinas Mini-Mills possuem algumas características específicas (Escola Politécnica da USP): Reciclam insumos metálicos utilizando Forno Elétrico à Arco; Requerem menor capital de investimento; Podem ser localizadas próximas ao mercado e às fontes de sucata; São mais flexíveis e apresentam menor custo de produção; São ambientalmente menos agressivas; Têm grande participação na produção mundial de aço, chegando até 40% da produção.

16 Produtos e Resíduos A produção de aço, consome recursos minerais naturais não renováveis, necessita de energia em grande quantidade, de carvão ou eletricidade, consome recursos renováveis como ar, oxigênio e água e gera uma grande quantidade de resíduos industriais (escória, lama, gases, pós e sucatas). No entanto, se considerarmos os produtos em aço, estes são produtos 100% recicláveis. As novas tecnologias de produção do aço têm possibilitado a mitigação dos impactos ambientais negativos do seu processo produtivo. Figura 2: Fluxograma ilustrativo da reciclagem do aço (fonte: IBS) Os produtos da fabricação de aço em usinas siderúrgicas, sejam elas integradas ou semi-integradas, podem ser divididos em três grandes grupos: os Produtos Planos, os Produtos Não-Planos ou Longos e os Produtos Fundidos. Os Produtos Planos, conforme o nome indica, apresentam formatos planos, obtidos através de laminação e são produzidos, em sua maioria, na forma de bobinas e chapas.

17 16 Figura 3: Bobina e chapas de aço (fonte: Triches Ferro e Aço Ltda.) Os Produtos Não-Planos são obtidos por processo de conformação, como laminação e trefilação, principalmente em forma de barras, vergalhões, perfis, fios e arames. Figura 4: Perfis e vergalhões (fonte: Votorantim Metais) Os Produtos Fundidos têm sua produção obtida por vazamento do metal líquido em formas ou moldes. Estes produtos não sofrem o processo de conformação, pois não apresentam a capacidade de mudar de forma. Os blocos de motores, autopeças e objetos de arte são produtos típicos do processo de fundição. Figura 5: Peças de motores (fonte: Portal do Aço)

18 17 Cada operação dentro de uma siderúrgica está associada ao consumo de matéria prima, gerando por sua vez resíduos sólidos, líquidos e gasosos. A tabela a seguir mostra os principais produtos e resíduos no processo de produção de aço em uma siderúrgica. Unidade-Planta Produtos Resíduos (Sólidos, Líquidos e/ou gasosos) Coqueria Coque Gases (NOx, VOC s), dioxinas, metano, benzeno, fenóis, compostos alifáticos, amônia, naftalenos. Sintetizações Sínter Material particulado, dioxinas, gases (CO, CO2, SO2, NOx, VOC s). Altos-fornos Gusa líquido Fenóis, cianetos, amônia, sulfetos, gases (CO, CO2, NOx), refratários, escórias. Dessulfurações Gusa dessulfurado Material particulado, escórias. Calcinações Aciaria LD Refino Primário Cales, dolomitas calcinadas Aço liquido Material particulado, CO2. Material particulado, metais (Zn), gases (CO, CO2, VOC s), metais solúveis, material sedimentável, escórias, refratários. Refino Secundário Aço líquido (tratado) Gases (CO, CO2), material particulado,sucata,escórias, refratários. Lingotamento Contínuo Laminações Placas, tarugos ou lingotes de aço Chapas, bobinas, tiras Sucata, material particulado, sólidos suspensos, óleos. Öleos, soluções ácidas, sucatas, gases (CO, CO2, SO2, NOx, VOC s), material sedimentável, metais solúveis. CO-monóxido de carbono; CO2- gás carbônico; SOx-óxido de enxofre (SO2 e SO3); NOx-óxidos de nitrogênio (NO2 e NO3); VOC s-compostos orgânicos voláteis; dioxinas: família extensa de compostos organo-ciclo-benzo-clorados como o 2,3,7,8-p-TCDD Tabela 1: Principais produtos e resíduos no processo de produção de aço (fonte: ABM) No processo siderúrgico, a quantidade de resíduos gerados para cada tonelada de produção é traduzida pelo Balanço de Massa. Conforme dados da tabela abaixo, para cada tonelada de aço bruto produzida, são gerados 0,29 toneladas de resíduos.

19 18 Matéria Prima de Produção Balanço de Massa 1,00 t de aço bruto 1,29 t de Sucata e insumos 0,16 t de materiais não incorporados ao aço 0,13 t de escória Tabela 2: Balanço de Massa para produção de aço (fonte: ABM) Dentre os resíduos gerados pelo processo de produção do aço, os resíduos sólidos representam uma grande parcela deste total. Os resíduos sólidos podem ser classificados em três grupos: os recicláveis que contêm ferro, os resíduos carboquímicos e as escórias. Entre os recicláveis estão incluídos as poeiras, as lamas de alto forno e da aciaria, as lamas das unidades de tratamento e recirculação das águas das laminações. As escórias são resíduos provenientes da aciaria, os quais são utilizados em larga escala em outros processos industriais. Já os carboquímicos são resultados do manuseio do coque, que não existem nas usinas do tipo mini-mill. 2.3 A legislação Ambiental Brasileira O despertar da consciência ecológica também tem provocado mudanças na legislação, que, nas últimas décadas, vem dando uma dimensão nova e significativa à questão ambiental. As leis existentes até a década de 70 referiam-se apenas às áreas setoriais dos recursos naturais. A Lei da Política Nacional do Meio Ambiente - Lei 6.938/81 estabeleceu uma unidade nas diretrizes das políticas ambientais, através de instrumentos criados para sua implementação. Foram instituídos o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), constituído pelos órgãos e entidades da União, Estados e Municípios, tendo como órgão superior o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), órgão regulamentador do setor.

20 Licenciamento Ambiental A Lei 6.938/81 criou, como um de seus instrumentos, O Licenciamento Ambiental. Ela dispõe que a partir de então,...a construção, instalação, ampliação e funcionamento de quaisquer estabelecimentos e atividades que utilizem recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependem de prévio licenciamento. O Licenciamento Ambiental se divide em três tipos de licença: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO), as quais devem se requeridas de acordo com a fase da implantação do projeto. A obrigatoriedade das análises de impacto ambiental também consta na Constituição Federal, artigo 225, parágrafo 1 o, inciso IV, que incube o Poder Público de exigência prévia de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA) e do seu parecer final para obras e atividades potencialmente causadoras de significativa degradação ambiental, bem como requer a divulgação pública desses estudos. A AIA consiste na análise sistemática dos efeitos que um projeto, empreendimento, programa, plano ou política podem gerar no ambiente. É uma ferramenta que subsidia a concessão ou não da licença ambiental pelos órgãos ambientais competentes. No Brasil, a legislação dispõe que a AIA deve abranger os meios físico, biótico e também o sócio-econômico e cultural e define impacto ambiental como qualquer alteração significativa do meio ambiente provocada por uma ação humana. No caso do licenciamento de empreendimentos, a AIA segue as seguintes etapas de procedimentos: 1 a : Elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA); 2 a : Realização de audiências públicas; 3 a : Análise técnica e revisão dos estudos apresentados e 4 a : Elaboração do Plano Básico Ambiental (PBA).

21 Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) No licenciamento de empreendimentos o empreendedor deve contratar uma equipe técnica para elaborar um conjunto de estudos sobre a análise da situação atual do meio ambiente da região de influência do empreendimento e os possíveis impactos ambientais oriundos da implantação do projeto. O EIA é desenvolvido por uma equipe multidisciplinar com profissionais das mais diversas áreas abordadas nos estudo, como geólogos, biólogos e sociólogos. As informações obtidas devem ser cruzadas e integradas para se obter um relato que contemple a realidade em toda a sua complexidade. No EIA devem constar, ainda, as medidas necessárias para diminuir ou compensar os impactos previstos. Este documento servirá de instrumento de diálogo entre o empreendedor e o órgão licenciador. Por outro lado, a população da área de influência do empreendimento também precisa ter acesso ao diálogo. Para isso, surge um outro documento: o RIMA, que decodifica a linguagem técnica do EIA para a população em geral, dando condições para uma participação democrática e efetiva, que culminará na Audiência Pública. O RIMA é um documento a ser divulgado e deve, portanto, ser claro e de linguagem acessível aos mais diversos setores da sociedade que queiram consultalo. Cabe aos profissionais responsáveis pela elaboração do RIMA, normalmente jornalistas, resumir o EIA destacando os principais aspectos e ordenando-os de forma didática e compreensível para a população. O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustrada por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como sua implementação. (Resolução CONAMA 001/86, artigo 9 o, parágrafo único)

22 21 O EIA e o respectivo RIMA são encaminhados ao órgão licenciador, onde ficam disponíveis para as agências governamentais, para os organismos privados e para o público interessado. Nas audiências públicas o RIMA é debatido com a presença da população diretamente afetada Audiências Públicas As audiências públicas surgiram na política ambiental por meio da Resolução CONAMA 001/86, como uma das etapas dos licenciamento ambiental. As audiências públicas constituem um instrumento para esclarecimento de dúvidas, discussão do RIMA e recolhimento de críticas e sugestões da sociedade atingida, a fim de subsidiar o parecer final emitido pelo órgão licenciador. Desta forma, representam uma ferramenta política muito importante para a sociedade Plano Básico Ambiental (PBA) O Plano Básico Ambiental (PBA) apresenta uma série de medidas que devem ser tomadas para solucionar, mitigar ou compensar os impactos de qualquer natureza provenientes da implantação de um empreendimento. Além disto, traz propostas de monitoramento da ocorrência dos processos impactantes e medidas de controle. O PBA envolve vários programas que variam em função dos impactos prognosticados no EIA e no respectivo RIMA. Entre eles o Programa de Comunicação Social, os programas de Educação Ambiental, o de Saúde e o de Recuperação de Áreas Degradadas. O Programa de Comunicação Social deve ordenar o estabelecimento de uma canal de comunicação com a sociedade, tornando o processo mais transparente e participativo.

23 22 3 Metodologia A metodologia empregada para a realização deste trabalho teve como primeira etapa a leitura e estudo do RIMA Relatório de Impacto Ambiental referente ao Projeto da Usina Siderúrgica de Resende Mini Mill, da empresa Votorantim Metais do Grupo Votorantim. A partir desta leitura, destacou-se os pontos de relevância em relação à sua forma e conteúdo para posterior análise e crítica. Também foi realizada uma pesquisa de campo, através de entrevistas com a população da região impactada pela implantação do empreendimento siderúrgico. A utilização dessas metodologias de pesquisa teve o intuito de reunir as informações relevantes e necessárias ao pleno atendimento do objetivo proposto neste trabalho monográfico, que é estudar o RIMA da Usina Siderúrgica de Resende, identificar os impactos do empreendimentos nele descritos, e através de entrevistas estruturadas com o público alvo, responder às questões-problema.

24 23 4 O Estudo de Caso 4.1 O Empreendedor O Grupo Votorantim foi fundado em 1918, iniciando seus negócios no ramo da tecelagem. Atualmente tem mais de 50 mil funcionários e está presente em vinte estados brasileiros e em 12 países. Possui operações nos mercados de cimento e concreto, celulose e papel, suco de laranja concentrado, especialidades químicas na geração de energia elétrica, no setor financeiro com o Banco Votorantim, investe em empresas de biotecnologia e tecnologia da informação, além da mineração e metalurgia. Todos estes negócios resultaram em uma receita líquida de R$ 29 bilhões em 2006 (Votorantim, site). 4.2 Política Sócio Ambiental da Votorantim Metais A Votorantim Metais investiu, em 2006, R$ 75 milhões em ações ambientais e de segurança. Entre estas ações estão o reflorestamento de áreas mineradas, reciclagem, recirculação de águas industriais, atividades de educação ambiental, monitoramento da água, do solo e do ar, assim como dos efluentes líquidos, sólidos e gasosos (Votorantim Metais, site). No sistema de gestão de qualidade integrada, atende às normas ISO 9001, ISO , OHSAS e SA No que diz respeito aos investimentos sociais, O Grupo Votorantim investe em projetos tais como escolas técnicas, inclusão digital e música nas escolas; além de manter o Instituto Votorantim cujo objetivo é gerar conhecimento dedicado à responsabilidade social corporativa e à sustentabilidade do grupo.

25 O empreendimento de Resende A Usina Siderúrgica de Resende Mini Mill pertence à empresa Votorantim Metais do Grupo Votorantim. A unidade terá capacidade para produzir 1 milhão de toneladas de aço por ano e receberá um investimento total de R$ 1 bilhão em uma área total de 4,3 milhões de m 2. O empreendimento terá sessenta por cento (60%) de sua produção voltada para o mercado interno. O conceito empregado para o projeto é de uma usina semi-integrada com base em sucata, denominada mini Mill. A nova unidade será construída em duas etapas. A primeira etapa do projeto está prevista para entrar em operação em 2009; e a segunda fase acompanhará a evolução do mercado. Durante a construção serão gerados empregos diretos e indiretos. Para a operação da primeira fase, estão previstas a geração de 400 empregos diretos e 300 terceirizados. O terreno onde será implantada a usina totaliza 4,3 milhões de m 2 e está localizado à oeste da malha urbana de Resende-RJ, ao sul do rio Paraíba do Sul e da Rodovia Presidente Dutra BR 116. O terreno faz divisa com os bairros Toyota Primavera e Cidade da Alegria, ambos bairros de classes baixa, e está a apenas 5 km da área urbana de Itatiaia, município vizinho, fato este que pode trazer algum conflito futuro. A área da usina classifica-se como zona industrial prevista na lei de zoneamento de Resende. Atualmente é usada como área de pastagem, sem presença de fragmentos florestais, o que significa afirmar não haverá supressão de vegetação. Estão presentes algumas áreas de brejo e as matas ciliares dos rios Paraíba do Sul e São Jerônimo. Está prevista a recuperação destas matas. Não foram observadas espécies endêmicas da fauna. O empreendimento localiza-se em uma região próximo a quatro Unidades de Conservação: duas Unidades de Conservação Integral (Parques) e duas Unidades de Uso Sustentável (APAs Áreas de Preservação Ambiental), conforme Tabela 3.

26 25 Denominação Localização Ato de Criação Rio de Janeiro Parque Nacional de (Resende e Itatiaia) Decreto Federal Itatiaia e Minas Gerais de 1937 (Bocaina de Minas e Itamonte) Parque Municipal da Serrinha do Alambari Resende-RJ Lei Orgânica Municipal de 1990 Área (ha) ,7 Ambiente Floresta Ombrófila Densa e Campos de Altitude Floresta Ombrófila Densa Área de Proteção Ambiental Serrinha do Alambari Resende e Itatiaia/RJ Lei Municipal de Floresta Ombrófila Densa Área de Proteção Ambiental da Serra da Mantiqueira Rio de Janeiro (1 município), São Paulo (7) e Minas Gerais (16) Decreto Federal de Floresta Estacional Semidecidual e Campos de Altitude Tabela 3: Unidades de Conservação (fonte: RIMA Votorantim Stallivieri e Gusmão) O acesso à Usina se dará pela Rodovia Presidente Dutra BR116. Atualmente, chega-se ao local por vias urbanas a partir do trevo que dá acesso ao centro da cidade. Uma nova ponte está sendo construída na altura do Km 312 da rodovia e propiciará que o acesso seja feito de forma direta tanto para chegada de matéria-prima, quanto para o escoamento da produção. 4.4 O RIMA Introdução O Relatório de Impacto Ambiental, preparado pela Votorantim através da empresa Stallivieri e Gusmão Gestão Tecnológica e Ambiental, refere-se ao Processo FEEMA n o E-07/ /2007, relativo ao Projeto da Usina Siderúrgica de Resende Mini Mill. O RIMA apresenta-se na forma de um questionário e pode ser dividido em três grandes partes. A primeira parte dá ao leitor uma visão geral do empreendimento. Apresenta o empreendedor, informa a localização da usina, o

27 26 cronograma de implementação, assim como a previsão do número de contratação de funcionários para o período de construção até a fase de operação. São apresentados, também, e de maneira sucinta, os impactos ambientais gerados pela usina como o aumento da circulação de veículos, a geração de emissões atmosféricas, de ruídos, de efluentes e o destino dos resíduos sólidos. A segunda parte é destinada a descrição do diagnóstico ambiental dos meios físico e biótico e um grande capítulo dedicado aos aspectos sócioeconômicos. Neste capítulo, são apresentados os órgãos e instituições ligadas às atividades de preservação e controle ambiental da região. A terceira parte do RIMA trata do prognóstico ambiental e as conclusões do estudo. O prognóstico avalia as hipóteses dos impactos ambientais decorrentes das fases de planejamento, construção e operação da usina, os quais são listados nos capítulos referentes aos meios físico, biótico e sócio-econômico. As conclusões do RIMA são realizadas através da aplicação da metodologia RIAM Matriz Rápida de Avaliação de Impactos, a qual faz uma análise quantitativa e qualitativa dos impactos ambientais sob os aspectos de abrangência, magnitude, permanência, reversibilidade e cumulatividade, aplicando índices e fórmulas, o que resulta em informações semafóricas dos impactos e quantificações totalizadas. Através de uma escala prevista na metodologia, os valores totalizados são enquadrados em faixas ou classes (N, A, B, C, D, E), que mostram os impactos negativos e positivos e sua importância em relação à condição atual Análise Crítica Em relação à forma, o RIMA desenvolve-se integralmente como uma cartilha de perguntas e respostas. Além disto, utiliza-se de uma linguagem simples, o que resultou em uma compreensão muito facilitada da sua leitura, excetuando-se o capítulo final das conclusões, quando o relatório apresenta o resultado da metodologia RIAM. Neste momento o leitor necessita de mais atenção para a interpretação adequada do texto e das tabelas.

28 27 Em relação ao conteúdo, algumas dúvidas foram levantadas referentes à descrição do prognóstico ambiental, assim como dos impactos ambientais inerentes ao processo siderúrgico. Emissões Atmosféricas O RIMA apresenta uma tabela com o resumo das quantidades de material particulado e óxidos de nitrogênio que serão gerados pela usina em comparação aos limites estabelecidos pela legislação brasileira. Tabela 4: Padrões e limites de emissões atmosféricas aplicados para a Usina de Resende A primeira observação refere-se aos números da coluna Projeto Usina Resende que são os mesmos do limite da legislação. Para o leitor pode dar a impressão de que não houve cálculo específico para o projeto. Em segundo lugar, alguns parâmetros legais estão em branco, o que não esclarece se os cálculos de emissões da Usina de Resende estão dentro dos limites estabelecidos. Para realização do prognóstico ambiental de poluentes atmosféricos é mencionada a utilização de metodologia de modelagem matemática para avaliação dos impactos atmosféricos, mas tal modelo não é apresentado. O relatório menciona, ainda, a falta de informações adequadas da região, mas, também, não apresenta quais são os limitantes. O estudo foi elaborado tomando-se como base os poluentes convencionais regulamentados, mas fica a dúvida se existem outros não regulamentados, mas

29 28 que sejam importantes na avaliação ambiental. Ainda nesta parte o Rima apresenta uma série de recomendações operacionais, de prevenção e monitoramento de forma a tentar garantir o controle das emissões atmosféricas, porém não são mencionados as possíveis conseqüências ou ações na falta ou falha dos elementos de prevenção de emissões atmosféricas, como filtros e instrumentos de monitoramento. Nota-se o uso de palavras de significado vago como por exemplo na página 10:...a quantidade de fósforo total se apresenta um pouco acima do padrão.... deixando o leitor sem informação precisa quanto à relevância dos valores que ultrapassaram o limite estabelecido; ou ainda, na página 38,...ocorre pequena emissão de gases de combustão... sem esclarecer qual quantidade e suas implicações. Na fase de construção haverá emissão de poeira e emissões de gases de combustão provenientes dos veículos que trafegam na obra. Porém estes dados não são mensurados pelo RIMA e não há tabela de limites legais destes poluentes. As emissões de poluentes perigoso para o caso de usina Mini Mill são: dioxina/furano e metais. O RIMA cita que será feito um inventário destes poluentes, mas não determina o prazo para esta ação. Quanto aos equipamentos usados para mitigação destas emissões, o RIMA informa de maneira muito vaga que a Votorantim aplicará as melhores tecnologias de controle sem especificar quais são, suas vantagens e desvantagens. Portanto a conclusão de que os limites de emissões para poluentes atmosféricos adotados para a Usina de Resende atendem a todas as normas legais se traduz de maneira ambígua para o leitor uma vez que os dados não foram ainda levantados e não há esclarecimento acerca das tecnologias de controle de emissões atmosféricas. Com relação ao controle de qualidade do ar, a FEEMA não dispõe de rede de monitoramento da qualidade do ar em Resende, somente em Porto Real e Volta Redonda. Uma vez que os ventos tendem a soprar de leste para oeste, ou seja, em direção à Itatiaia, seria apropriado que o RIMA recomendasse a instalação de uma estação de medição nesta direção, para que se possa estabelecer uma comparação da qualidade do ar antes e depois do início da operação da usina.

30 29 Resíduos Sólidos Segundo o RIMA, os resíduos sólidos serão considerados co-produtos do processo devido ao fato de serem reutilizados ou reciclados em sua quase totalidade. Com essas palavras, em uma leitura rápida, o leitor tende a entender que a porção restante é pequena, quando na realidade a diferença que falta é justamente a que deve ser cuidadosamente analisada. Entretanto, conforme o detalhamento abaixo, observa-se que a quantidade de resíduos sólidos que não será reabsorvida pela Usina de Resende representa um montante considerável. Escória da Aciaria Elétrica Das 174 mil t/ano, 30% serão de sucata reaproveitada na própria planta e o restante, 70%, segundo o RIMA seguirão para reutilização como lastro ferroviário e em cimenteiras. O RIMA não informa que empresas farão tal reutilização e no caso de não se concretizar esta operação, onde serão armazenados 121,8 mil t/ano desta escória. Pó do Sistema de Despoeiramento Neste sistema serão recolhidos 20,8 mil toneladas/ano de pó de aciaria que serão destinados à reciclagem através do Projeto Polimetálicos que a Votorantim implantará em Juiz de Fora. Novamente o RIMA deixa dúvidas quanto ao prazo de implementação desta parceria. Faz-se necessário esclarecer o que acontecerá a esta grande quantidade de pó da aciaria caso o empreendimento de Juiz de Fora não entre em operação concomitantemente com a Usina de Resende. Carepa de Aço Dos 22,6 mil toneladas/ano, uma pequena parte será reaproveitada na própria aciaria. O restante, 95% deste material, assim como na escória da aciaria elétrica, não há informação que empresas farão a reciclagem deste material e, também, no caso de não se concretizar esta operação, onde serão armazenados 21,5 mil toneladas/ano deste resíduo. Não são mencionados os riscos envolvidos no transporte destes resíduos ou medidas que devam ser tomadas no caso de acidentes com a carga.

31 30 Emissões sonoras Quanto às emissões sonoras, os resultados não são críticos. Porém há de se preocupar em quanto tempo o cinturão verde a ser implantado estará em condições de exercer sua função de amortecer as emissões sonoras. Esta previsão não é citada no RIMA. No capítulo referente às conclusões, o RIMA mostra os resultados obtidos pela aplicação da metodologia RIAM (Matriz Rápida de Avaliação de Impactos). Estes resultados são bastante influenciados pela análise qualitativa dos impactos, o que merece uma análise mais detalhada. A classificação de um determinado impacto como pequeno, médio, grande ou nulo, ou mesmo sobre a reversibilidade de um efeito, são de extrema subjetividade e deveria estar alicerçado por informações de referência ou dados estatísticos para uma análise mais precisa. Embora os resultados da metodologia aponte diversos pontos positivos e outros negativos (alguns pontos negativos são citados como pouco preocupantes), há se ter atenção a todos eles individualmente, pois a avaliação de impactos leva em consideração diversas medidas mitigadoras que precisam ser efetivamente implementadas, como exemplo o cinturão verde. As análises de risco e impacto ambientais utilizadas pela metodologia RIAM devem ser aplicadas e avalizadas no tempo, tendo em vista que as dinâmicas sócio-ambientais podem alterar diversas premissas adotadas no estudo Pesquisa de campo Foi elaborado um questionário (anexo 1) com o objetivo de confrontar a percepção deste trabalho acerca do Relatório de Impacto Ambiental da Usina Siderúrgica de Resende com a percepção das partes diretamente afetadas pelo empreendimento. A idéia inicial era entrevistar as mesmas entidades da região citadas no RIMA, uma vez que estas já haviam se manifestado sobre o empreendimento, quando este se encontrava em sua fase de elaboração.

32 31 O questionário foi aplicado em campo nos dias 11 e 12/12/2007. Apesar das inúmeras tentativas de agendamento prévio, somente uma entidade citada foi entrevistada, a AMAR (Agência de Meio Ambiente do Município de Resende). Outras entidades receberam o questionário por meio da internet, porém não foi obtida nenhuma resposta. Sendo assim, o objetivo passou a ser abordar pessoas envolvidas diretamente com a questão ambiental, o que resultou em uma amostragem total de oito (8) questionários respondidos (anexos 2 a 8). Através da compilação das respostas dos questionários foi possível concluir, em primeiro lugar, que o processo de divulgação tanto do RIMA quanto da realização da Audiência Pública não foi satisfatório. Desta forma, a maioria dos entrevistados não teve acesso ao RIMA e à Audiência Pública realizada no dia 09/08/2007 no auditório do Colégio Salesiano. Encaixam-se neste grupo até mesmo os entrevistados de entidades pertencentes ao COMAR Conselho de Meio Ambiente de Resende, composto por 24 membros. Somente três entrevistados tiveram acesso ao conteúdo do RIMA; e três, participaram da Audiência Pública. Quando questionados sobre as vantagens do empreendimento, os entrevistados foram unânimes em ressaltar a geração de emprego e renda para a região. Exceto um entrevistado destacou a geração de emprego e renda como sendo insuficientes para justificar a instalação deste tipo de empreendimento na região. A respeito das preocupações trazidas pela instalação da Usina em Resende, o ponto levantado por todos é a questão da poluição do ar. A proximidade com o município de Volta Redonda, o qual teve um histórico de poluição do ar muito acentuado devido à presença da CSN Companhia Siderúrgica Nacional, faz com que esta associação seja inevitável.

33 32 5 Conclusão Como apresentado e discutido ao longo deste trabalho, há muitas razões para haver preocupação com empreendimentos de grande porte, neste caso, um parque siderúrgico em área urbana e cercada de reservas ambientais. Muito embora os impactos estejam mapeados e tratados de forma analítica como no RIMA da Votorantim, há necessidade de se acompanhar de perto a sua implantação, pois a região vem sofrendo um grande crescimento industrial e novos fatos certamente vão surgir ao longo da implantação da Siderúrgica. Todo o processo de licenciamento, passando pela elaboração do EIA/RIMA e sua apreciação em Audiências Públicas, representam um grande avanço da legislação brasileira e constitui um mecanismo muito importante de participação da população diretamente afetada. Contudo, para que estas ferramentas se concretizem em efetivos instrumentos do exercício de cidadania, é necessária a realização de um Programa de Comunicação Social consistente, elaborado pelo empreendedor e apoiado pelo poder público. Houveram falhas no canal de comunicação entre o empreendedor e a população. O resultado da pesquisa da campo indica que houve uma divulgação muito precária tanto do RIMA quanto da realização da Audiência Pública. Apesar do número de pessoas presentes da Audiência Pública ter sido significativo, a maioria das pessoas e entidades da região não teve acesso ao RIMA. De acordo com a pesquisa, a população diretamente envolvida tem uma idéia muito vaga e precária dos possíveis impactos ambientais que podem ser causados. Este fato já havia sido citado no próprio RIMA, entretanto esta situação não foi revertida após sua publicação. A preocupação principal da população está ligada à possibilidade do aumento significativo da poluição do ar, receio este proveniente das notícias de qualidade do ar muito afetada em Volta Redonda, município vizinho e cidade sede da CSN Companhia Siderúrgica Nacional. Destaca-se, também, a preocupação com o aumento do trânsito da cidade de Resende. Como vantagens do empreendimento, os entrevistados foram unânimes em citar a geração de emprego e renda.

34 33 Com base na análise crítica do RIMA, conclui-se que, quanto à forma, o relatório se utilizou de uma linguagem de fácil entendimento e da elaboração de sua apresentação como questionário, fatos que facilitaram a sua compreensão. Em relação ao conteúdo, faltaram esclarecimentos importantes. O RIMA poderia ter sido mais explicativo na descrição dos impactos ambientais, especialmente aqueles considerados pontos críticos na produção de aço, como as emissões atmosféricas e geração de resíduos. Sugere-se que o Programa de Comunicação Social da Votorantim Metais seja intensificado durante as fases de construção e operação, com a finalidade de estreitar o canal de interação entre o empreendimento e a população. Espera-se que a elaboração do EIA/RIMA seja cada vez mais aprimorada, o que certamente representará um avanço nos processos de licenciamento ambiental.

35 34 6 Referências Bibliográficas ABM Associação Brasileira de Metalurgia. Disponível em Acesso em: 13 out Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 de outubro de FEEMA - Fundação Estadual de Engenharia de Meio Ambiente. Disponível em Acesso em: 25 nov FIORILLO, C. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Saraiva, Grupo Votorantim. Disponível em Acesso em: 13 out IBS Instituto Brasileiro de Siderurgia. Disponível em Acesso em: 05 dez ISO Disponível em Acesso em 06 nov Lei 6.938, de 31 de agosto de Política Nacional do Meio Ambiente. MACHADO, P. Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Malheiros, MOURÃO, M. B. Introdução à Siderurgia. São Paulo: Associação Brasileira de Metalurgia, NEIT Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia. Disponível em Acesso em: 05 dez Resolução CONAMA 001, de 23 de janeiro de Resolução CONAMA 003, de 28 de junho de Resolução CONAMA 237, de 19 de dezembro de STALIVIERI E GUSMÃO. Relatório de Impacto Ambiental Votorantim. Rio de Janeiro, Triches Ferro e Aço Ltda. Disponível em Acesso em: 05 dez 2007.

36 Anexos 35

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