NOS BASTIDORES DE CURITIBA: AS ARQUITETURAS DO DISCURSO DA CONTRADIÇÃO

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1 NOS BASTIDORES DE CURITIBA: AS ARQUITETURAS DO DISCURSO DA CONTRADIÇÃO Janeslei Aparecida Albuquerque Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPR MESA REDONDA nº 35 - Eixo Temático 6 : Educação, Cidadania e Intercultura Palavras-chave: Planejamento Urbano Exclusão Racial Preconceito na Escola Percebe-se nas imagens construídas sobre Curitiba, a consolidação e elaboração de um pensamento eurocêntrico que se traduz numa preocupação com a organização espacial e com o disciplinamento das atividades de cultura e lazer dos seus habitantes. Mais do que uma organização espacial deu-se em Curitiba nos últimos trinta anos principalmente, um processo de ordenamento social em que se vinculou a ocupação do espaço urbano aos interesses de inserirem-se nos circuitos mundiais do capitalismo internacional. Os contratos e as concessões com montadoras de automóveis, carro-chefe desses projetos, demonstram a concepção de modernização que vai ser adotada primeira pela administração municipal e depois pela administração estadual. Esta opção atende aos interesses das grandes corporações e é incompatível com as necessidades de moradia e emprego da grande parcela da população de origem rural que migrou para Curitiba nos últimos trinta anos. Dados do censo do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, do ano 2000 e 2001, revelam um crescimento acelerado da Região Metropolitana. Enquanto a cidade de Curitiba apresentou um crescimento de cerca de 1,3%, dentro da média nacional, há cidades do seu entorno que cresceram cerca de 8%. É interessante observar os dados do IPARDES, Instituto Paranaense de Desenvolvimento, que esta população que migra para a Capital, fica pouquíssimo tempo aqui dirigindo-se em seguida para a região metropolitana. Mesmo em Curitiba, há bairros que decresceram sua população enquanto os bairros da periferia tiveram um aumento significativamente acima da média. Estes números nos mostram uma realidade diferente daquela dos cartões-postais e dos folderes que apresentam uma cidade limpa, organizada, sem problemas e conflitos sociais. O que chama a atenção é o fato de que as justificavas apresentadas para este sucesso urbanístico da cidade, aparecem argumentos como é uma cidade colonizada por

2 europeus, uma população branca, com disciplina para o trabalho e outros argumentos nessa direção. Neste trabalho estaremos analisando as relações existentes entre os mitos de fundação do Estado do Paraná que tiveram como referência as etnias imigrantes brancas, europeus, brancos ocidentais que passaram a compor a população do Estado a partir do século XIX em proporções cada vez maiores e os projetos definidos para a cidade cujas matrizes urbanísticas são também européias. Verificaremos como esta construção se dá a partir de um trabalho de elaboração de importantes intelectuais ligados às oligarquias locais implicou na exclusão da parcela não-branca, negros e índios, da população do Paraná, sobretudo em Curitiba, vitrine das produções da Província. Esta composição de matriz européia para a cidade implicou em tornar invisível a parcela afrodescendente da população e pretendemos evidenciar esta relação como um projeto das elites que têm seus reflexos na educação e nas relações raciais que se estabelecem no interior da escola. Analisando as relações existente entre os mitos de fundação do Estado do Paraná observamos que estes tiveram como referência as etnias de imigrantes brancos, europeus, que passaram a compor a população do Estado a partir do século XIX em proporções cada vez maiores. Por outro lado, os projetos definidos para a cidade tem suas matrizes urbanísticas também européias. Esta construção se dá a partir de um trabalho de elaboração de importantes intelectuais ligados às oligarquias locais que implicou na exclusão da representação da parcela não-branca, negros e índios, da população do Paraná, sobretudo em Curitiba, que tornou-se a vitrine das produções da Província. Esta composição de matriz européia para a cidade, que implicou em tornar invisível a parcela afrodescendente da população, se evidencia como um projeto das elites que têm seus reflexos na educação e nas relações raciais que se estabelecem no interior das escolas públicas da cidade de Curitiba, capital de um estado que tem sido descrito como a reinvenção do paraíso. O crescimento populacional intenso de Curitiba, veio acompanhado do aumento da violência, dos crimes com morte, da pobreza e do favelamento de grandes regiões. No entanto, a imagem de capital de Primeiro Mundo é alimentada e sua representação étnica é mantida apesar de todos os dados de realidade que indicam ser esta cidade mais plural e mais colorida do que supõe o discurso oficial.

3 O tratamento especializado que é dado aos epítetos de Capital Modelo, Capital Planejada, Capital Européia, Capital de Primeiro Mundo, através de uma bem sucedida campanha de citymarketing, vai imprimindo, sobretudo nas últimas décadas do século XX, a sobreposição de uma imagem da cidade que, mesmo sendo pensada para as camadas médias da população, é tomada como sendo para todos. Observamos aqui um planejamento urbano que se organiza a partir de um projeto de ordenamento social, onde as populações migrantes, que acorrem para a Capital em conseqüência das políticas agrícolas que promoveram a expansão dos latifúndios e pela propaganda de cidade-modelo, de primeiro mundo e outros, nos últimos trinta anos, encontram uma política urbana que não está voltada para receber estas populações, mas para levá-las a buscar o entorno da Capital como opção de moradia. Curitiba aparece, a partir dos anos 70, como uma cidade-espetáculo 1, uma cidade-marca, uma cidade-que-se-vende. Dentro desta estratégia de transformar a Capital do Paraíso na vitrine do regime militar, encontramos o desenvolvimento e a implementação de um plano urbanístico que teve como referência explícita, soluções urbanas e arquitetônicas de matrizes européias e um certo modelo europeu de ordem e civilidade permeiam as imagens e os discursos sobre a cidade que a propaganda oficial dissemina nacional e internacionalmente. A cidade-espetáculo, portanto, seria um sucesso urbanístico devido a suas populações brancas, européias, com disciplina para o trabalho, e ordeira, que sabe utilizar adequadamente os equipamentos que a cidade oferece. Este mito oculta o fato de que os negros, incluídos os pardos, constituem 23% da população da Capital. Se analisarmos somente os dados populacionais de Curitiba, este segmento representa 17%, segundo dados do IBGE. Quando se atribui às etnias de origem européia o aparente sucesso urbanístico da cidade, se evidencia uma forma de preconceito contra a população negra, como resultado de um processo histórico de construção identitária em que se criaram predisposições psicológicas para a ação social, que são atitudes desfavoráveis em relação ao outro racial,(pereira: 1 Expressão cunhada por Fernanda Esther Sánchez Garcia, na obra Cidade espetáculo, política, planejamento e city marketing. Curitiba: Palavra, 1997.

4 2001). O outro racial em Curitiba é afrodescendente, é negro, além do outro social, o outro regional que são os migrantes pobres. Buscamos identificar através de dados empíricos do chão da escola, a realidade vivenciada concretamente na sua materialidade cotidiana, as relações entre os conteúdos curriculares e a concepção que revela na prática a ideologia do branqueamento levada a efeito sobre a população e a história do Paraná e de Curitiba. Este imaginário é reforçado pelo fato de que as camadas médias da população de fato eram e são usuárias constantes desses espaços de arte e cultura, de lazer. A partir daí, constrói-se uma verdade-por-correspondência, dessa forma ao discurso corresponde uma materialidade que lhe dá consistência. Ou seja, estabelece-se uma relação entre o mundo vivido e o mundo possível, em que uma atribuição de sentido ao mundo possível depende da correspondência com elementos do mundo vivido. Esta relação, uma vez estabelecida, vai dar sustentação material à publicidade que oferecia estes benefícios aos curitibanos indistintamente, e a imagem veiculada do que seria o ser curitibano coincide com as imagens étnicas e arquitetônicas escolhidas para representá-lo. E então, um modelo de arquitetura e urbanização vai servir de referência na construção de um sentimento de pertencimento à cidade com a conseqüente aprovação acrítica deste projeto. Destaca-se nesta construção a valorização dos aspectos considerados europeus da Capital: a ordem, a disciplina para o trabalho, a limpeza. É para este cidadão ideal que a cidade de Curitiba é pensada e para ele se dirigem as transformações urbanas realizadas com maior intensidade neste período. Este ideário pressupõe que os negros não são dispostos para o trabalho, não são disciplinados, enfim, são o outro, aquele que não é como eu-mesmo. Mas os historiadores paranaenses, tanto aqueles que eram vinculados ao movimento paranista, como os que eram seus críticos, mantinham a tese da não existência de escravidão no Paraná, ou então alegassem que tinha sido tão pequena a participação dos negros na economia do Estado, que sua representação populacional chegava a ser insignificante. Mesmo os censos do final do século XIX e início do século XX indicarem a presença de cerca de 20% de afrodescendentes no país. Esta negação da presença negra da cidade foi tecida durante todo último quartel do século XIX e teve continuidade no século XX com ênfase nos últimos trinta anos, especialmente nas gestões Jaime Lerner, atual governador do Estado, que teve como suporte o grupo do

5 IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano), formado por engenheiros e arquitetos voltados para projetos de urbanização, paralelo ao governo municipal. O IPPUC surge como uma associação (APPUC), criada por decreto na primeira gestão de Jaime Lerner à frente da Prefeitura de Curitiba, quando foi nomeado pelo governo militar, em Apesar de existir na Prefeitura um Departamento de Urbanismo (DU), este era subordinado às decisões arquitetadas no IPPUC, segundo vários depoimentos encontrados na obra publicada por este Instituto, em agosto de 1990, Memória da Curitiba Urbana. A suposta ausência de afrodescendentes na Capital apresenta-se como uma invenção dos intelectuais que representavam as elites locais e eram seus porta-vozes. A invisibilização da população negra na cidade se constitui numa marca histórica do Estado e do seu relato histórico, como também da Capital. Isto se dá tanto através de documentos oficiais como das homenagens étnicas representadas por parques, bosques, portais e outras formas arquitetônicas que homenageiam imigrantes europeus, considerando-os os principais ou únicos responsáveis pela construção e formação econômica e cultural da cidade. A produção desse mito se explicaria porque a idéia de progresso, de trabalho, técnica e ciência, têm sido sempre vinculada ao elemento europeu, branco, ocidental. Este seria o depositário dos valores morais almejados pelas oligarquias locais e que serão elaborados pelos seus intelectuais orgânicos, dando forma histórica e sociológica a um recorte estabelecido por uma classe e em benefício do seu interesse. A partir dessa seleção do real histórico, se constituiria o mito, que cumpriria a função que lhe cabe em todas as sociedades. Numa análise sobre a urbanização recente da cidade de Curitiba, SÁNCHEZ GARCIA (1997:25) vai afirmar: O mito, que aparece enquanto realidade incontestável é uma construção social e histórica e, como tal, organiza de maneira seletiva o real. Os paranistas buscaram para isso a participação de artistas plásticos da época (século XIX, início do século XX), e também de jornalistas e dos historiadores, envolvidos na propagação desse ideário. Na base destas idéias estavam as teorias eugenistas, muito em voga então, que, ainda que incorporassem elementos da cultura indígena, na perspectiva do

6 bom selvagem, vai negar de diferentes formas e com diferentes argumentos a presença e a importância da população negra na região. A identidade a ser construída e a cuja construção se dedicam também os paranistas, é de um estado com invejável população branca, laboriosa, supostamente detentora dos avanços da técnica, da ciência do progresso. Ainda que boa parte dos imigrantes europeus fosse constituída por camponeses pobres ou mesmo operários sem domínio das técnicas e doa avanços científicos da época. Percebe-se nesta concepção, fortes matizes dos ideais positivistas presentes em finais do século XX, e influenciados também pelas teorias que marcam a biologização da sociedade, também neste período. Assim vai-se criando um consenso de que seriam estas populações brancas, as responsáveis pela diferença, para melhor, do Paraná em relação a outros estados brasileiros. E mais: a ausência de população negra no Estado seria determinante, seria uma positividade em comparação ao restante do país. Estas idéias estão presentes nos livros de história regional que circulam no interior das escolas e são as fontes bibliográficas consultadas quando se trata de pesquisar este tema. Também desta forma estas idéias permanecem vivas e reavivadas permanentemente no imaginário social. Para exemplificar, estes autores foram reeditados pela Imprensa Oficial, outros pela fundação Farol do Saber, numa coleção que se chama, significativamente, Brasil # diferente. Esta idéia do Brasil diferente ao se referir à Curitiba e ao Paraná, tem marcado o discurso oficial e a propaganda que se faz de ambos tanto internamente, na Capital e no estado quanto nacional e internacionalmente. Estas ações publicitárias voltadas para o público externo, tem criado olhares dirigidos sobre a cidade, marcados pela versão da propaganda e que acaba reforçando os olhares internos sobre o si mesmo da região. W.MARTINS (1955), vai afirmar num dos capítulos da obra citada que Não Houve Escravidão no Paraná. Estas obras são a referência e a justificativa para ações que podemos identificar como uma forma de limpeza étnica 2. Esta se dá sobretudo quando se 2 Em recente campanha publicitária (1996), o antigo Banco Banestado homenageava as étnicas que seriam as responsáveis pela construção do Paraná, e, ao receber críticas dos movimentos negros que reclamaram a ausência dos afrodescendentes nessa composição étnica que era homenageada. A diretoria do Banco alegou na sua resposta, que a ausência dos negros ou sua presença numericamente insignificante, era fato histórico

7 nega a existência e a participação dos/as negros/as na construção social e política do Paraná e de Curitiba. Torná-los invisíveis na história e nas representações da cidade, na história local e nas comemorações oficiais, identificamos como uma forma de limpeza étnica cultural. Cabe lembrar que a afirmação da inexistência de escravos no Paraná já foi refutada por Octavio IANNI (1962), em pesquisa abrangente sobre a escravidão no sul do país. Inclusive sobre Curitiba o autor afirma que: São a maneira pela qual é aplicada a força de trabalho social e o modo de apropriação do produto desse trabalho que marcam essencialmente a sociedade, dando-lhe esta ou aquela configuração. É por isso que Curitiba deve ser tomada aqui como uma comunidade escravocrata. Independentemente do grau de diferenciação do sistema social, do contingente de escravos e senhores, do ritmo de crescimento da produção para o mercado ou outros fatores, a comunidade está inegavelmente marcada por um sistema de castas (p.10). É inegável a composição escravocrata da sociedade curitibana, no entanto isto não está expresso na história da cidade, no currículo oficial representado pela coleção didática Lições Curitibanas 3 e tampouco nos marcos arquitetônicos da cidade. Os negros em Curitiba são cerca de 23% da população mas têm uma visibilidade política, social e econômica muito menor que os japoneses que são em torno de 1% da população.uma presença numérica bem maior do que a dos japoneses, por exemplo, que são 1% da população. Em GARCIA (1997;28), vemos que Ao abordar as matrizes culturais urbanísticas que influenciaram fortemente as concepções básicas do planejamento urbano de Curitiba, procuramos também reinscrever historicamente a experiência urbanística curitibana. A análise dos fundamentos conceituais do Plano e das soluções formais-espaciais conduziu-nos à identificação do enraizamento desta experiência nas grandes matrizes européias do pensamento urbanístico. registrado por importantes historiadores regionalistas e, portanto, o Banco não estava discriminando, mas sendo historicamente coerente.

8 Em meados dos anos setenta é que encontramos o marco da retomada e intensificação do imaginário europeu para a cidade. Período do governo militar, autoritário, e que tinha entre seus pressupostos a imposição de uma sociedade sustentada na técnica, na idéia de progresso dentro da ordem positiva, ou positivista. Dentro dessa concepção estava o planejamento centralizado, o tecnicismo na Educação, as reformas educacionais que são orientadas pelo acordo MEC-USAID, com interferência direta deste órgão estadunidense nas definições de nossas políticas educacionais, e também das inspirações da Escola das Américas onde estudaram vários de nossos militares. A partir de então, o Banco Mundial também passa a ter uma interferência direta na alocação de recursos e definição de prioridades para diferentes áreas de produção: desde a agrícola até a Educação e urbanização. Curitiba, segundo GARCIA (1997:27), foi definida para ser a vitrine deste planejamento, que além de espelhar uma idéia de urbanização era a vitrine do regime: Procuramos inscrever o processo estudado no contexto políticoeconômico nacional dos anos 70. Ali é possível identificar importantes elementos que informam acerca da construção e ornamentação do mito da cidade modelo nos anos de autoritarismo. Curitiba foi eleita, a partir daquele período, a mais genuína expressão do milagre brasileiro em sua versão urbana. Este discurso sobre a cidade é monológico, são os mesmos que falam sobre si próprios e constroem discursivamente uma cidade-espetáculo, entendido espetáculo como uma relação social entre pessoas, mediatizada por imagens (DEBORD, 1968). Na definição dos contornos materiais dessa cidade européia, as imagens terão função essencial. Três espaços culturais serão apresentados e intensamente trabalhados no imaginário social como sínteses de um novo padrão de vida que o conjunto da população teria atingido, mas que se caracterizam por valores encontrados nas camadas médias da população e que trazem as matrizes arquitetônicas de origem e também as suas simbologias ideológicas, culturais: 3 Coleção didática produzida e publicada pela Prefeitura Municipal de Curitiba na gestão de Rafael Greca de Macedo.

9 A Rua 24 Horas como, espaço de galeria relembra as antigas galerias francesas do século XIX ; o Jardim botânico remete aos antigos palácios de cristal ingleses e a Ópera de Arame é uma reinterpretação das edificações clássicas como a Ópera de Paris. A referência às matrizes européias, como se pode verificar, também se constitui em elo entre os três casos. A colagem destas referências torna-se importante como recurso para a construção da nova imagem da cidade de Primeiro Mundo.(GARCIA, 1997, p.64). É nesse cenário espetacular que pessoas reais vivem vidas reais mediatizadas pelo espetáculo. Ao reforçar a europeidade da população, esta propaganda contemporânea se vale das referências históricas autorizadas por seus intelectuais, tanto os do século XIX e início do século XX quanto os contemporâneos. Ao serem questionados pelas populações afrodescendentes que vivem, trabalham e que também são construtoras dessa história, as respostas são acompanhadas das referências do saber autorizado por esses autores. Vemos que o recorte dado a esta construção tem nítidas conotações discriminatórias ainda que o discurso dominante consagre a indiferenciação ilusória das classes sociais (GARCIA). Ao longo destas três décadas em que o mesmo grupo político está no poder, foi sendo também construída uma relação entre o ser curitibano como sendo alguém que se identifica com as obras arquitetônicas que anunciam uma metrópole moderna e com o que seria a verdade sobre a cidade. Como já relatamos, as características que explicariam o sucesso do planejamento urbano de Curitiba, seriam o fato de aqui haver: Um povo civilizado, povo preparado para a disciplina com a qual se identificou, cidade européia e branca população constituída por etnias européias, população rica. Estas representações identificada no senso comum são, porém, sutilmente reforçadas e intensificadas na própria construção oficial da imagem de Curitiba e no discurso explicativo do sucesso da experiência de planejamento implantado como, por exemplo, a exaltação da presença de etnias européias na composição social da cidade civilizada, onde sempre houve, através delas, tradição de trabalho, ordem e progresso social.(garcia, 1997, P.69). Este discurso que é encontrado nos escritos sobre Curitiba nos séculos passados, continua vivo e produzindo valores e sustentando práticas de poder que se traduzem em exclusão. É

10 um discurso, uma crença numa idéia que ignora dados estatísticos oficiais que contradizem a versão da cidade branca. Nisto reside um outro aspecto desta arquitetura: a ausência de praças, parques, bosques, que façam referência à etnia africana, é uma das marcas da exclusão promovida pelo pensamento hegemônico nesta sociedade. Assim como a cidade é pensada para as camadas médias, a educação e os tempos escolares serão tempos e espaços de conformação destes indivíduos a uma ordem social ideal. Identificamos aí a tendência das áreas de engenharia e Urbanismo em determinar para o indivíduo as melhores formas de ocupar o espaço e o tempo dos cidadãos. A presente discussão pretende refletir acerca da atitude mais comum do cidadão curitibano com relação aos diferentes. O discurso oficial da cidade-espetáculo é um discurso que valoriza a mistura de raças, mas oculta que as matrizes pensadas nesta mistura são as etnias brancas de origem européia, no máximo considera os descendentes de japoneses nisto que os historiadores regionalistas chamam de xadrez étnico. O Planejamento Urbano da Capital Social, ex-européia, Ex-Primeiro Mundo etc, é pensado e executado a partir de modelos europeus e dá materialidade pedagógica ao discurso que pretende conformar a população ao modelo considerado ideal de sociedade a ser reproduzido. Nesta Capital que se quer de primeiro mundo, não há lugar para o diferente se o mesmo representa, neste contexto, o que se considera o atraso a ser superado. Em Curitiba, a política de branqueamento está presente na arquitetura dos monumentos, do discurso oficial e do currículo oficial do município. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: APPLE, Michael W Educação e poder. Trad. Maria Cristina Monteiro. Porto Alegre: Artes Médicas. BAIBICH, Tânia Maria O auto-ódio na literatura brasileira-judaica contemporânea. Tese de Doutorado USP São Paulo. BOURDIEU, Pierre O poder simbólico. Trad. Fernando Tomaz (português de Portugal) Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. (part. Cap. I e III) SOUZA, Marcilene Garcia de O papel das lições curitibanas na produção da invisibilidade do negro em Curitiba. Monografia de conclusão do Bacharelado em Ciências Sociais no Departamento de Ciências Sociais, do Setor de Humanas, Letras e Artes da UFPR, 1999.

11 GARCIA, Fernanda Ester Sánchez Cidade espetáculo; política, planejamento e city marketing. Curitiba: Palavra. GENTILLI, Pablo Pedagogia da exclusão: crítica ao neoliberalismo em Educação. 2ª ed. Petrópolis- RJ: Vozes. MARTINS, Wilson Um Brasil diferente: ensaio sobre fenômenos de aculturação no Paraná. Sâo Paulo: Anhembi Limitada. OLIVEIRA, Dennison de Curitiba e o mito da cidade modelo. Curitiba: Ed. da UFPR. SZVARÇA, Décio Roberto O forjador; Ruínas de um mito. Romário Martins, Curitiba: Aos quatro ventos.

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