DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANÇAS PÚBLICAS II

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1 DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANÇAS PÚBLICAS II PRODUZIDO POR: MARCOS ANDRÉ VINHAS CATÃO COLABORAÇÃO: EMMANUEL BIAR DE SOUZA 5ª EDIÇÃO ROTEIRO DE CURSO

2 Sumário Direito Tributário e Finanças Públicas II Aula 01. Tributo: conceito, classificação e espécies...3 Aula 02: Imposto...8 Aula 03: Taxa Aula 04. Contribuição de Melhoria e Empréstimo Compulsório Aula 05. Contribuições Aula 06. Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico Aula 07. Contribuições Sociais Aula 08. Normas Gerais de Direito Tributário. O Código Tributário Nacional Aula 09. Obrigação Tributária. Conceito. Espécies Aula 10. Fato gerador e hipótese de incidência. Elementos do Fato gerador Aula 11. Responsabilidade tributária: Substituição tributária e transferência Aula 12. Aplicação, Interpretação e Integração da lei tributária Aula 13. Evasão e Elisão. Planejamento Fiscal Aula 14. Tributação sobre a Renda: IR e CSL (1) Aula 15. Tributação sobre a Renda: IR e CSLL (2.) Tributação das Rendas financeiras (IOF.) Tributação Objetiva (SIMPLES) Aula 16. Tributação sobre o Comércio Exterior: II e IE Aula 17. Tributação sobre o Patrimônio: IPTU, ITR, ITBI, ITD e IPVA Aula 18. Tributação sobre o consumo de bens e serviços: ICMS (1) Aula 19. Tributação sobre o consumo de bens e serviços: ICMS (2) Aula 20. Tributação sobre o consumo de bens e serviços: ISS (1) Aula 21. Tributação sobre o consumo de bens e serviços: ISS Aula 22. Tributação sobre o consumo de bens e serviços: IPI

3 Aula 01. Tributo: conceito, classificação e espécies. a) Objetivo Apresentar o conceito de tributo e suas espécies, baseando estas questões sob as óticas da Constituição Federal, do Código Tributário Nacional e da mais autorizada doutrina brasileira. b) Introdução O Constituinte de 1988 não estabeleceu formalmente um conceito de tributo, fazendo com que o trabalho do intérprete seja perceber, atrás da fachada constitucional, a que princípios jurídicos se reportou o constituinte na parte tributária, no que diz respeito ao conceito de tributo, à repartição de suas espécies. 1 Assim, para compreender o que se caracteriza como tributo considerando que a Carta da República, portanto, não o conceitua expressamente faz-se necessária uma interpretação sistemática das disposições constitucionais que arrolam as espécies de exação e do art. 3º da Lei nº , de 25/10/66 (Código Tributário Nacional CTN) 2. Ricardo Lobo Torres 3 conceitua o tributo como: [...] o dever fundamental, consistente em prestação pecuniária que, limitado pelas liberdades fundamentais, sob a diretiva dos princípios constitucionais da capacidade contributiva, do custo/benefício ou da solidariedade do grupo e com a finalidade principal ou acessória de obtenção de receita para as necessidades públicas ou para atividades protegidas pelo Estado, é exigido de quem tenha realizado o fato descrito em lei elaborada de acordo com a competência específica outorgada pela Constituição. Já Luciano Amaro 4 assevera que, tributo é a prestação pecuniária não sancionatória de ato ilícito, instituída em lei e devida ao Estado ou a entidades não estatais de fins de interesse público, valendo consignar que o autor censura a expressão prestação compulsória contida no art. 3º do CTN, porquanto, [...] qualificar a prestação (tributo) como compulsória nada particulariza nem especifica. O devedor de obrigação não tributária também é compelível a efetuar a prestação objeto de sua obrigação jurídica, porque o credor dessa prestação tem o direito de exigi-la, coercitivamente. Em verdade, diversamente da norma constitucional, a Lei nº , de 25/10/66 (Código Tributário Nacional) prevê expressamente o conceito de tributo, definindo-o como toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade adminis- 1 COÊLHO, Sacha Calmon Navarro, Classificação dos Tributos. In Revista de Direito Tributário. nº. 47. São Paulo: Revista dos Tribunais, p A Lei nº. 5172/66 foi intitulada Código Tributário Nacional pelo Ato Complementar nº. 36/67. A referida lei é formalmente ordinária, tendo sido recepcionada como lei complementar pelas Constituições Brasileiras de 1967 e de 1988 (Ver: RE , RTJ 105/194). 3 TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. São Paulo: Renovar, p AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, pp. 21 e 25. 3

4 trativa plenamente vinculada, expondo, desta forma, sua natureza jurídica híbrida, qual seja, de receita derivada e obrigação ex lege de dar coisa certa 5. Vejamos, portanto, cada um desses elementos básicos, que serão a seguir minudenciados. (a) Prestação pecuniária: O cumprimento da obrigação de pagar tributo se dá por meio de uma imposição estatal sobre o contribuinte, decorrente do exercício de poder de império, representada por uma prestação pecuniária, vale dizer, uma prestação cujo conteúdo se expressa em moeda que deverá ser paga ao Estado. (b) Compulsória: O nascimento da obrigação de prestar tributo decorre diretamente da lei (obrigação ex lege) e não da vontade dos sujeitos da relação jurídica (obrigação ex voluntate), ou seja, remanesce ausente o referido elemento voluntas no suporte fático da incidência da norma de tributação 6. Assim, a manifestação de vontade do contribuinte é irrelevante para o nascimento da obrigação tributária, de modo que surgido o fato que a lei indica como fundamento à ocorrência da relação jurídica tributária (o fato gerador), deve o contribuinte cumpri-la. (c) Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir: De acordo com o entendimento majoritário da doutrina 7, a prestação tributária é expressa em moeda 8, pois esta é a forma comum de extinção do crédito tributário. Entretanto, uma questão que surge é aquela decorrente da interpretação conjunta do artigo 3º com o artigo 156 do CTN, especialmente após este último ter sido alterado pela Lei Complementar nº. 104, de 10/1/2001. Consoante a nova redação dada pela LC nº 104/2001 ao inciso XI, do artigo 156 do CTN, o crédito tributário pode ser extinto mediante a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. Deve-se ressalvar, no entanto, que a dação em pagamento, mesmo após a edição da LC acima citada, não constitui a forma ordinária de extinção do crédito tributário, dependendo de lei específica que autorize o contribuinte a pagar o tributo por meio da entrega de bem que não seja dinheiro (STJ 1ª T., Resp Rel. Min. Luiz Fux; DJ ). (d) Que não constitua sanção de ato ilícito: O tributo não se confunde com as penalidades pecuniárias e as multas fiscais, em que pese podermos classificar ambos como receitas de natureza compulsória. Ricardo Lobo Torres 9, ao distinguir as penalidades pecuniárias e as multas fiscais dos tributos, leciona que as primeiras, embora constituam prestações compulsórias, têm a finalidade de garantir a inteireza da ordem jurídica tributária contra prática de atos ilícitos, sendo destituídas de qualquer intenção de contribuir para as despesas do Estado. O tributo, contrariamente, é o ingresso que se define primordialmente como destinado a atender às despesas essenciais do Estado. 5 Tributo constitui receita derivada conquanto transferência compulsória de parte do patrimônio do particular para o patrimônio público e é obrigação de dar coisa certa, porque se cuida de prestação em pecúnia. 6 MACHADO, Hugo de Brito Curso de Direito Tributário. 25ª ed. rev. atual. e amp. São Paulo: Malheiros, p Cf. MACHADO, Hugo de Brito. ob. cit. p. 69; AMARO, Luciano, ob. cit.. p. 20; COÊLHO, Sacha Calmon Navarro, Curso de Direito Tributário Brasileiro. 6ª edição. Forense: Rio de Janeiro, p Ver: MACHADO, Hugo de Brito. ob. cit. p. 69 e AMARO, Luciano. ob. cit. p TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. São Paulo: Renovar, p

5 A respeito da possibilidade de se tributar rendimentos auferidos em atividades ilícitas (tal como a Renda dos coordenadores do jogo do bicho ), destaca-se o prestígio à doutrina majoritária que defende a aplicação do princípio do non olet (não cheira), que significa que o tributo deve incidir também sobre as operações ou atividades ilícitas ou imorais. (e) Instituído em lei: Em face do princípio da legalidade, consagrado no artigo 150, inciso I da Constituição da República de 1988, só a lei em sentido formal pode instituir o tributo. Em regra, os tributos são instituídos mediante a edição de lei ordinária, embora em alguns casos, o legislador constitucional condiciona a instituição do tributo à edição de lei complementar. Isso ocorre, por exemplo, com o empréstimo compulsório (art. 148, CR/88), com o imposto de competência residual da União (art. 154, I, CR/88) e as contribuições sociais residuais (art.195, 4º, CR/88). (f) Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: A circunstância de ser qualificada pelo CTN como atividade plenamente vinculada, demanda que esta seja realizada em total obediência aos preceitos normativos que a disciplinam. Assim, havendo um comando legal determinando a realização da cobrança de tributo em face da ocorrência de um fato gerador, não resta ao Administrador Público outra alternativa senão a de cobrar o tributo, ou seja, inexiste, in casu, qualquer margem de discricionariedade. Há que se ressaltar que em razão da obrigatoriedade da cobrança do tributo ser realizada na forma da lei, caso a norma contenha lacunas, estas devem ser preenchidas por meio da edição de ato normativo regulamentar, fazendo com que a atividade de cobrança do tributo esteja sempre vinculada, preservando, desta forma, a observância do que dispõe o art. 3º do CTN. Portanto, analisado o conceito de tributo, passaremos, agora, a estudar quantas são as suas espécies. Inseridas em nosso Sistema Tributário Nacional (constante nos artigos 145 a 162 da CR/88) encontram-se diversas espécies de exações, cuja classificação é alvo de divergência entre inúmeros doutrinadores. Como se verá a seguir, há autores que defendem a existência de apenas duas espécies tributárias (impostos e taxas), e outros que acrescem a essas espécies a contribuição de melhoria. Há também os que defendem que a contribuição deve ser entendida em sentido lato, abrangendo contribuições de melhoria e contribuições especiais. Por último, tem-se a teoria majoritária, que classifica em cinco as espécies tributárias: impostos, taxas, contribuição de melhoria, contribuições especiais e empréstimo compulsório. Alfredo Augusto Becker 10 afirma a existência de apenas duas espécies de tributo, adotando a teoria bipartida: imposto e taxa. Para o citado autor, enquanto as taxas têm a sua base de cálculo representada por um serviço estatal ou coisa estatal, a base de cálculo dos impostos é um fato lícito qualquer, não consistente em serviço estatal ou coisa estatal. 10 BECKER, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito Tributário. 2ª edição. São Paulo: Saraiva, pp

6 No mesmo sentido, Geraldo Ataliba 11 sustenta existirem apenas duas espécies de tributo: vinculados ou não vinculados a uma ação estatal. Quando inexistir essa vinculação, tem-se o imposto, tributo não vinculado. Entretanto, caracterizada a vinculação do tributo à atuação do Estado, tem-se a taxa ou contribuição. Em verdade, sob sua ótica, a diferença entre as taxas e as contribuições estaria no fato de que as taxas têm por base imponível uma dimensão da atuação estatal; já a verdadeira contribuição teria uma base designada por lei representada por uma medida (um aspecto dimensível) do elemento intermediário, posto como causa ou efeito da atuação estatal 12. Discordando da teoria bipartida, Sacha Calmon Navarro Coelho 13 enumera três espécies tributárias (teoria tripartida: tributos vinculados ou não à atuação estatal): imposto, taxa e contribuição de melhoria (art. 145 da CR/88). O tributo terá natureza de imposto sempre que a sua exigência não esteja vinculada a uma atuação do Estado em favor do contribuinte. De modo diverso, o tributo terá natureza de taxa e/ou contribuição de melhoria, sempre que a sua exigência esteja vinculada à atuação do Estado em função da pessoa do contribuinte (taxa vinculada ao exercício do poder de polícia ou à prestação de um serviço público específico e indivisível; contribuição de melhoria, vinculada à elaboração de obra pública que gere uma valorização imobiliária em favor do contribuinte). Desse modo, se o fato gerador de uma contribuição social ou empréstimo compulsório estiver vinculado a uma atuação Estatal em favor do contribuinte, estaremos diante de uma taxa. Caso contrário, a contribuição parafiscal e o empréstimo compulsório terão natureza de imposto. Ricardo Lobo Torres 14, por seu turno, adota a teoria quadripartida, considerando que outras contribuições ingressaram no rol dos tributos, devendo-se levar em conta, para a classificação, os artigos 148 e 149 da Constituição da República de Assim, o tributo é gênero em que são espécies o imposto, a taxa, a contribuição e o empréstimo compulsório. Neste entendimento, as contribuições previstas no artigo 149 da Constituição devem se inserir no conceito de contribuição de melhoria. A teoria majoritária, no entanto, que está, inclusive, em consonância com o entendimento do Supremo Tribunal Federal 15, é a teoria qüinqüipartida, defendida, entre outros, por Hugo de Brito Machado 16 para quem, em nosso Sistema Tributário Nacional, encontram-se cinco espécies tributárias, a saber: os impostos, as taxas, as contribuições de melhoria, as contribuições especiais e os empréstimos compulsórios. Assim como a teoria quadripartida, a teoria qüinqüipartida se utiliza do argumento topográfico para justificar seu entendimento. Para um melhor entendimento, passaremos a analisar nas próximas aulas, cada uma das espécies tributárias identificadas pela teoria qüinqüipartida. c) Questionário Qual o conceito de tributo prestigiado pela legislação brasileira? O que se entende pelo caráter compulsório e vinculado do tributo? Quais são as teorias existentes para classificar as diferentes espécies tributárias e qual é a majoritariamente adotada? 11 ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1973, pp. 139 e seg. 12 ATALIBA, Geraldo. ob. cit. p COÊLHO, Sacha Calmon Navarro, Curso de Direito Tributário Brasileiro. 6ª edição. Rio de Janeiro, Forense, pp TORRES, Ricado Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. Rio de Janeiro São Paulo: Renovar. p ADIn MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 21ª ed. rev. atual. e amp. São Paulo: Malheiros, p

7 d) Caso gerador 1) Como se sabe, aos empregadores brasileiros é imposta a obrigação de procederem ao recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço FGTS -, o qual se destina a oferecer aos seus empregados uma espécie de poupança compulsória decorrente do seu trabalho. O FGTS, que foi instituído por lei, é pago mensalmente, em dinheiro, com base em um valor percentual sobre o salário do empregado, cujo inadimplemento acarreta sanções a serem aplicadas sobre o empregador. Diante dessas características, e à luz do que prescreve o art. 3 do CTN, analise se o FGTS pode ser tido ou não como uma imposição pecuniária de natureza tributária. (RE ). 2) A Marinha brasileira possui diversos imóveis localizados na área portuária do Brasil, que são ocupados por diferentes empresas privadas. Para o exercício do domínio útil sobre tais imóveis, essas empresas estão obrigadas a pagar, anualmente, ao governo federal, o que se chama de taxa de ocupação. A exigência deste valor possui fundamento legal no art. 127 do Decreto-Lei nº 9.760/1946, tem que ser paga em dinheiro e sempre que a fiscalização federal perceber o seu inadimplemento, deve proceder à sua exigência. Diante dessas características e em linha com o que foi ensinado em Tributário I, analise se essa taxa possui natureza tributária. E) leitura obrigatória AMARO, Luciano, Direito tributário brasileiro. 12ª ed. São Paulo, Saraiva, 2006, pp MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 28ª ed. rev. atual. e amp. São Paulo: Malheiros, 2007, pp TORRES, Ricardo Lobo Torres. Curso de Direito Financeiro e Tributário. 14ª ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2007, pp F) bibliografia sugerida ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. São Paulo: Revista dos Tribunais, BECKER, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito Tributário. 2ª edição. São Paulo: Saraiva, CARRAZA, Roque Antônio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 20ª ed. São Paulo: Malheiros COELHO, Sacha Calmon Navarro, Classificação dos Tributos. In Revista de Direito Tributário. nº. 47. São Paulo: Revista dos Tribunais, GRECO, Marco Aurélio Contribuições (uma Figura sui generis ) São Paulo: Dialética Editora, JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira, Manual de Direito Financeiro e Tributário. 2ª ed. ampl. e atual. São Paulo, Saraiva, MORAES, Bernardo Ribeiro de. Compêndio de Direito Tributário. ed. rev. aum. e atual. Rio de Janeiro, Forense, PAULSEN, Leandro. Direito Tributário constituição e código tributário à luz da doutrina e jurisprudência. 7ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado: ESMAFE,

8 Aula 02: Imposto a) Objetivo Apresentar o conceito de imposto e suas diferentes classificações adotadas pela doutrina. Espera-se que, ao final da presente aula, o aluno esteja apto a identificar determinada exação como um imposto, sempre que este for o caso. b) Introdução O artigo 16 do Código Tributário Nacional define o imposto como o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. Assim, o contribuinte está obrigado a pagar o imposto, não porque existe, em contrapartida, uma atuação estatal que lhe é especificamente dirigida (serviço público, poder de polícia ou obra pública), mas sim em razão da manifestação de riqueza representada pelos vários signos escolhidos pelo legislador, quando da definição do fato gerador do imposto. Por essa razão, Geraldo Ataliba 17 chama o imposto de tributo não vinculado. O imposto, sempre, tem por hipótese de incidência ou um comportamento do contribuinte 18 (o IR, por exemplo, é exigido em razão do fato da pessoa auferir renda), ou uma situação jurídica na qual ele se encontra 19 (a situação de ser proprietário de um imóvel, faz nascer a exigência de pagamento de IPTU em favor do município onde se localiza esse imóvel). Uma outra característica do imposto, é o fato de que suas receitas não podem estar vinculadas a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções previstas expressamente no artigo 167, inciso IV da CF. Sobre o tema, vale destacar que o Pleno do STF já prestigiou este entendimento nos autos do RE nº /SP, publicado em 30/4/98. a) Classificação: Embora a Constituição da República não tenha classificado explicitamente os impostos, a doutrina 20 traz uma série de classificações, que, inclusive, podem ser utilizadas, genericamente, para os tributos. A seguir, elenca-se algumas das classificações dos impostos, que são: Os impostos podem ser classificados de acordo com o sistema em que se inserem, assim podem ser federais, estaduais ou municipais, conforme o ente federativo que a Constituição tenha atribuído competência tributária. Os impostos estaduais e municipais são também conferidos ao Distrito Federal, como preceituam os artigos 147 e 155 da Carta Magna. 17 Cf. ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tributária. São Paulo: Revista dos Tribunais, Cf. CARRAZA, Roque Antonio, Curso de Direito Constitucional Tributário. 9ª ed. rev. e amp. São Paulo, Malheiros, p Ver: CARRAZZA, Roque Antonio. Ibidem. p Ver: AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, pp e TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário.. Rio de Janeiro São Paulo: Renovar. p

9 O imposto pode ter finalidade arrecadatória (fiscal); finalidade regulatória (extrafiscal) ou híbrida, em que se conjugam fins fiscais e extrafiscais 21. Se a finalidade da instituição do imposto é abastecer os cofres públicos, diz-se que esse imposto possui finalidade arrecadatória ou fiscal. Mas é possível que a instituição do imposto tenha por objetivo estimular determinados comportamentos, fazendo com que o imposto tenha uma finalidade regulatória. Os impostos sobre o comércio exterior são essencialmente extrafiscais. Pessoais e reais. Os impostos pessoais são aqueles que levam em consideração as características pessoais do contribuinte (nível de renda, família), não havendo possibilidade de se repassar o encargo a terceiros. Os impostos reais, diferentemente, são cobrados, levando-se em consideração aspectos objetivos, independentemente dos aspectos pessoais do contribuinte. Em geral são repassados a terceiros (os chamados contribuintes de fato). O artigo 145, 1º da Constituição da República preceitua que sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. O citado dispositivo constitucional revela que a pessoalidade dos impostos contribui para uma tributação mais justa, em que condições pessoais do contribuinte devem ser levadas em consideração para que se estabeleça uma maior ou menor tributação. Note-se que não existe liberdade para o legislador infraconstitucional instituir impostos pessoais ou reais. O Texto Constitucional é firme ao dizer que o imposto somente terá caráter real quando não for possível atribuir-lhe um caráter pessoal. Diretos e indiretos. O imposto é direto quando a pessoa que a lei define como contribuinte (contribuinte de direito) é a mesma que de fato suporta o ônus do tributo (contribuinte de fato), tendo, como exemplo, o imposto de renda. Os impostos indiretos repercutem sobre terceira pessoa, fazendo com que o contribuinte de direito não suporte o ônus do tributo, mas sim o terceiro (contribuinte de fato). São exemplos de impostos indiretos os impostos que gravam o consumo de bens ou serviços (IPI, ICMS, ISS). Progressivo e regressivo. Imposto progressivo: quanto maior a renda do contribuinte, maior será a base de cálculo e maior será a alíquota sobre ele incidente. O artigo 153, 2º, inciso I da Constituição da República estabelece que o imposto de renda deva ser informado pelo critério da progressividade Assim, para atingir tal fim, devem existir diversas alíquotas para o IR, de acordo com a faixa de renda do contribuinte. Imposto regressivo: quanto menor a renda do contribuinte, menor será a base de cálculo e menor será a alíquota sobre ele incidente. A adoção desses critérios (impostos progressivos e regressivos) está relacionada com os princípios da isonomia, da capacidade contributiva e da pessoalidade. Seletivos e não seletivos. O imposto é seletivo, quando a sua alíquota é aumentada ou diminuída em razão da essencialidade do bem. O imposto é não seletivo quando inexiste tal preocupação. Em regra, o ICMS é um imposto não seletivo. Cumulativos e não cumulativos. O imposto cumulativo incide em várias fases de circulação do bem, não sendo considerado o valor que já incidiu nas fases anteriores. No imposto não cumulativo (é o caso do ICMS), em cada fase de circulação, há sua incidência sobre o valor que se agregou ao bem ou sobre o valor acumulado do bem, descontando-se, na última hipótese, o valor que já gravou as fases anteriores. 21 Cf. MORAES, Bernardo Ribeiro de. Compêndio de Direito Tributário. ed. rev. aum. e atual. Rio de Janeiro, Forense, pp

10 c) Questionário Quais são as hipóteses de incidência do Imposto? É correta a afirmação no sentido de que o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores IPVA é cobrado, especificamente, para viabilizar a manutenção das estradas brasileiras? O IPTU é um imposto real ou pessoal? O que significa dizer que o Imposto de Renda possui alíquota progressiva? d) Caso Gerador 1) O ICMS (Imposto incidente sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), que estudaremos mais adiante, é um imposto estadual, com base constitucional no artigo 155, II, da CR/88 e regulamentado pela Lei Complementar nº 87/1996. No exercício regular da sua atividade legislativa, o Estado de São Paulo, com especial objetivo de auxiliar à aquisição de casas próprias, editou a Lei nº 6.556/1989, a qual majorou a alíquota de ICMS de 17% para 18%, esclarecendo que esse aumento percentual de 1% se destinaria ao aumento de capital da Caixa Econômica, para o financiamento de programa habitacional. Analise a (des)conformidade do mencionado aumento com a nossa atual Carta Constitucional. 2) A governadora do Estado do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus, editou uma Lei Estadual pela qual majorou a alíquota do ICMS em 1%, de forma a vincular esse montante ao Fundo de Erradicação e Combate a Pobreza. Para justificar tal medida, fundamentou-se a governadora no artigo 82 dos Atos das Disposições Constitucionais Transitórias. Analise a constitucionalidade dessa majoração, e, se possível, apresente as limitações para esta medida. d) leitura obrigatória AMARO, Luciano, Direito tributário brasileiro. 6ª ed. São Paulo, Saraiva, MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 21ª ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Malheiros, TORRES, Ricardo Lobo Torres. Curso de Direito Financeiro e Tributário. 7ª ed. Rio de Janeiro: Renovar, E) Bibliografia Sugerida ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. São Paulo: Revista dos Tribunais, BECKER, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito Tributário. 2ª edição. São Paulo: Saraiva,

11 CARRAZA, Roque Antônio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 20ª ed. São Paulo: Malheiros COELHO, Sacha Calmon Navarro, Classificação dos Tributos. In Revista de Direito Tributário. nº. 47. São Paulo: Revista dos Tribunais, JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira, Manual de Direito Financeiro e Tributário. 2ª ed. ampl. e atual. São Paulo, Saraiva, MORAES, Bernardo Ribeiro de. Compêndio de Direito Tributário. ed. rev. aum. e atual. Rio de Janeiro, Forense, PAULSEN, Leandro. Direito Tributário constituição e código tributário à luz da doutrina e jurisprudência. 7ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado: ESMAFE,

12 Aula 03: Taxa a) Objetivo Esta aula se concentrará no estudo das taxas, apresentando o conceito e suas respectivas espécies. Espera-se que a turma possa entender a diferença entre taxa de serviço e poder de polícia, e que reconheça a importância do serviço tributado ter que ser específico e divisível. b) Introdução a) Fato gerador e base de cálculo: Consoante o artigo 145, II, da CF/88, o fato gerador da taxa não é um fato do contribuinte, como ocorre com o imposto, mas um fato do Estado, que presta uma atividade específica e divisível em relação à pessoa do contribuinte, que pode consistir no (i) exercício regular do poder de polícia (taxa de polícia) ou (ii) na prestação, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível (taxa de serviço). Note-se que a taxa, ao contrário do imposto, está vinculada a uma atuação estatal, não tendo como objetivo financiar as atividades gerais do Estado. Para Ricardo Lobo Torres 22, a taxa é, assim, um tributo contraprestacional, posto que vinculado a uma prestação estatal específica em favor do contribuinte. Discordando desse entendimento, Hugo de Brito Machado 23 afirma que não, necessariamente, existe uma correlação entre o valor da taxa cobrada e o valor do serviço prestado ou posto à disposição do contribuinte, ou da vantagem que o Estado lhe proporciona. Para este último, o essencial na taxa é a referibilidade da atividade estatal ao obrigado, sendo que o proveito ou a vantagem para o contribuinte, que se dá com a contraprestação do Estado, não são pressupostos para a sua cobrança e instituição. Note-se, ainda, o disposto no art. 145, 2º, da CR/88, segundo o qual as taxas não poderão ter base de cálculo própria de imposto. Desse modo, a base de cálculo da taxa não irá mensurar dados relativos à riqueza do contribuinte, mas sim a atividade estatal a ela vinculada. b) Competência: A taxa é de competência comum 24 da União, dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios, valendo notar que a pessoa jurídica de direito público que instituiu determinada taxa deve, necessariamente, ser competente para realizar a atividade vinculada ao respectivo fato gerador. A Constituição da República enumera as competências materiais de cada uma das pessoas jurídicas de direito público, nos seus artigos 21 e 22 (União), artigo 30 (Municípios) e artigo 25, 1º (Estados). 22 TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. Rio de Janeiro São Paulo: Renovar. p MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 21ª ed. rev. atual. e amp. São Paulo: Malheiros, p Hugo de Brito Machado entende que a competência para a instituição e cobrança da taxa é privativa, e não comum, uma vez que só a pessoa jurídica de Direito Público que exercita a atividade estatal pode instituir o tributo vinculado a essa atividade.machado, Hugo de Brito. As Taxas no Direito Brasileiro. In Interesse Público. N. 12. Sapucaia do Sul: Notadez, p

13 Em linha com essa competência constitucional, cabe somente a União cobrar taxa sobre a fiscalização de entidades que operam no mercado financeiro (art. 21, VIII, CR/88); só o Estado pode cobrar taxa de incêndio, uma vez que a prevenção e extinção desses não se encontram deferidas à União ou ao Município; e compete ao Município instituir taxa relativa aos serviços públicos de interesse local, como a taxa de coleta domiciliar de lixo (art. 30, V, CR/88). Nas matérias de competência comum, previstas no art. 23 da CR/88, é preciso verificar qual o interesse que prevalece no desempenho da atividade estatal: o nacional, regional ou local, para identificar qual o ente competente para exigir o tributo. Se no caso concreto é impossível identificar o interesse predominante, preserva-se a taxa federal em detrimento da estadual, que por sua vez prevalecerá sobre a municipal. 25 c) Princípio da Capacidade Contributiva: Em que pese inexistir previsão explícita em nossa Constituição da República quanto à aplicabilidade do princípio da capacidade contributiva às taxas, a doutrina majoritária 26 e jurisprudência do Supremo Tribunal Federal 27 caminham no sentido da sua aplicabilidade. O princípio da capacidade contributiva deve ser utilizado ao lado do princípio da igualdade também com relação à taxa. Em verdade, é plenamente justificável a aplicação do princípio da capacidade contributiva a um tributo que objetiva, justamente, remunerar a prestação de serviços públicos, de interesse da coletividade, tão essenciais à população mais carente. Um típico exemplo da observância do princípio da capacidade contributiva na exigência da taxa é a concessão da justiça gratuita, que isenta os mais pobres do pagamento da taxa judiciária. d) As Espécies de Taxas: d.1. taxa de polícia: O conceito de poder de polícia e sua regularidade encontram-se previstos no artigo 78 e parágrafo único do CTN. A taxa de polícia justifica-se no fato de existirem alguns direitos cujo exercício pode afetar o interesse da coletividade, razão pela qual sofrem limitações de ordem pública. É o que ocorre, por exemplo, nos casos de licença para construir, ou alvará para o porte de arma. Nesses casos, o Estado não presta um serviço, mas exerce uma atividade de polícia, visto que o exercício de tais direitos deve obedecer às leis de segurança, cabendo à administração pública verificar o cumprimento das exigências legais. A atividade estatal, apesar de não corresponder a uma contraprestação em favor do contribuinte, deve ser efetiva. Desse modo, a lei que instituir a taxa com base no poder de polícia, deve precisar a atividade estatal específica a ser desempenhada em relação ao contribuinte, não podendo se basear no mero poder de polícia. Nesse sentido, vale mencionar o Enunciado nº. 157 da súmula do Superior Tribunal de Justiça que preceitua que: É ilegítima a cobrança de taxa, pelo município, na renovação de licença para localização de estabelecimento comercial ou industrial. 25 Ver: ROSA JUNIOR, Luiz Emygdio F. da. Manual de Direito Financeiro e Tributário. 16ª edição. Rio de Janeiro: Renovar, p Cf. TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. Rio de Janeiro São Paulo: Renovar. p. 364; AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, p.141; MACHADO, Hugo de Brito. Os Princípios Jurídicos da Tributação na Constituição de º ed.. São Paulo: Dialética, p Recursos Extraordinários PE, PE e PE. Rel. Min. Carlos Velloso. julgados em Informativo STF n.º 146. p

14 d.2. taxa de serviço De acordo com o artigo 145, inciso II da Constituição da República e com o disposto pelo artigo 77 do Código Tributário Nacional, para que o serviço público possa servir como fato gerador da taxa, ele deve ser: específico e divisível; prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição; e utilizado, efetiva ou potencialmente, pelo contribuinte. O Código Tributário Nacional também procura definir em que situações o serviço é efetiva ou potencialmente utilizado pelo contribuinte e o que se deva entender por um serviço específico e divisível. Destarte, disciplina o CTN que os serviços públicos a que se refere o seu artigo 77 consideram-se efetivamente utilizados pelo contribuinte, quando por ele usufruído a qualquer título (artigo 79, I, a ). Por outro lado, o serviço público será potencialmente utilizado pelo contribuinte, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento. (artigo 79, I, b ). Ainda segundo o CTN, os serviços públicos serão específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidades públicas, e divisíveis, por serem suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um de seus usuários (artigo 79, incisos II e III). Note-se que o serviço público que dá origem à instituição da taxa deve ser, concomitantemente, específico e divisível, sendo da competência dos impostos aqueles serviços indivisíveis ou gerais, pois tais serviços são desenvolvidos pelo Estado em favor de toda a coletividade. Outra disposição do CTN, no que concerne à taxa de serviço e que merece destaque, é o conteúdo de seu artigo 80, segundo o qual, a taxa de serviço somente será legítima se a mesma for instituída pelo ente político competente para a prestação do respectivo serviço. Nesse ponto, portanto, se igualam a taxa de serviço e a taxa de polícia. d.3. p e d á g i o: O artigo 150, inciso V, da nossa Constituição insere o instituto do pedágio no Sistema Tributário Nacional, trazendo controvérsia na doutrina quanto a sua natureza. Tributo ou preço público? Ricardo Lobo Torres 28 afirma, de forma categórica, que o pedágio é preço público. No mesmo sentido, define Sacha Calmon Navarro Coêlho 29, para quem o fato gerador do pedágio é o uso de via pública, ou uso de via particular ou concedida a particular, sendo certo que o uso do bem público ou particular é feito pelo pagamento de preços, não ensejando tributos. No entanto, o entendimento predominante na doutrina aponta pela natureza tributária do pedágio, pois esse instituto é encontrado em um dispositivo constitucional que cuida de tributos, excetuando a aplicação de um princípio tributário. Misabel Abreu Machado Derzi 30 defende que os pedágios têm, por força do art. 150, V, a natureza de taxa de serviço público de conservação, cuja divisibilidade somente se manifesta no momento da utilização da via pública. Em consonância com esse entendimento, Roque Antonio Carraza 31 assevera que o serviço público de conservação das rodovias que autoriza a instituição do pedágio é, verdadeira taxa de serviço, inobstante seu nomem iuris. 28 TORRES, Ricardo Lobo. Curso de Direito Financeiro e Tributário. Rio de Janeiro São Paulo: Renovar. p COÊLHO, Sacha Calmon Navarro, Curso de Direito Tributário Brasileiro. 6ª edição. Rio de Janeiro, Forense, p BALEEIRO, Aliomar. Direito Tributário Brasileiro. 11ª edição. Rio de Janeiro: Forense, p CARRAZA, Roque Antonio, Curso de Direito Constitucional Tributário. 9ª ed. rev. e amp. São Paulo: Malheiros, p

15 Os autores que sustentam o caráter tributário do pedágio concordam que não se cobra pedágio pela mera disponibilidade das vias trafegáveis. É o uso da via que autoriza o pedágio. Do mesmo modo, a construção de estradas ou a realização de obras não podem servir de fundamento para a exigência do pedágio, pois tais obras poderiam levar à instituição de contribuição de melhoria, mas não de pedágio, cuja cobrança, repita-se, pressupõe o uso de via pública. c) Questionário Qual o conceito de taxa e no que consiste o seu caráter contraprestacional? Diferencie taxa de imposto. Qual a natureza jurídica do valor pago ao poder público para a obtenção de alvará funcionamento? Explique. É legítima a cobrança de taxa de um contribuinte que não obtenha, efetivamente, a prestação de um serviço público específico e divisível? d) Caso Gerador 1) Os municípios brasileiros, como todos sabem, durante muito tempo exigiram dos seus habitantes o pagamento de uma taxa de iluminação pública, com a justificativa de que sua finalidade era custear a prestação de serviço de iluminação pública municipal, tal como a manutenção dos postes e suas lâmpadas. Considerando as características das taxas estudadas hoje, analise a (ir)regularidade dessa exigência. 2) Por meio da Lei Federal nº 7.940/1989, o governo federal institui a taxa de fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), cujo fato gerador corresponde ao exercício do poder de polícia que assiste à Comissão de Valores Mobiliários, entidade autárquica federal, na disciplina, supervisão e fiscalização do mercado de títulos e valores mobiliários. O valor a ser pago por esta atividade será devido proporcionalmente ao patrimônio líquido das empresas, de forma que estas estarão divididas em faixas. Considerando que a fiscalização exercida sobre as atividades de todas as empresas não varia de acordo com o seu patrimônio líquido, analise a constitucionalidade dessa sistemática de exigência, em especial ante a previsão contida no art. 145, parágrafo 2 da Constituição. E) leitura obrigatória AMARO, Luciano, Direito tributário brasileiro. 6ª ed. São Paulo, Saraiva, MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 21ª ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Malheiros, TORRES, Ricardo Lobo Torres. Curso de Direito Financeiro e Tributário. 7ª ed. Rio de Janeiro: Renovar,

16 F) Bibliografia Sugerida ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. São Paulo: Revista dos Tribunais, BECKER, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito Tributário. 2ª edição. São Paulo: Saraiva, CARRAZA, Roque Antônio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 20ª ed. São Paulo: Malheiros COELHO, Sacha Calmon Navarro, Classificação dos Tributos. In Revista de Direito Tributário. nº. 47. São Paulo: Revista dos Tribunais, JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira, Manual de Direito Financeiro e Tributário. 2ª ed. ampl. e atual. São Paulo, Saraiva, MORAES, Bernardo Ribeiro de. Compêndio de Direito Tributário. ed. rev. aum. e atual. Rio de Janeiro, Forense, PAULSEN, Leandro. Direito Tributário constituição e código tributário à luz da doutrina e jurisprudência. 7ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado: ESMAFE,

17 Aula 04. Contribuição de Melhoria e Empréstimo Compulsório a) Objetivo Estudar duas espécies tributárias: contribuição de melhoria e o empréstimo compulsório, que embora pouco utilizadas, a compreensão dessas espécies é de fundamental importância no estudo do direito tributário, sendo relevante o aprendizado de e seus respectivos conceitos, requisitos e limites. b) Introdução a) Contribuição de Melhoria: O artigo 145, inciso III, da Constituição da República, prevê que os entes da federação poderão instituir contribuição de melhoria decorrente de obras públicas. Por sua vez, o artigo 81 do Código Tributário Nacional 32 traz os elementos necessários à definição da contribuição de melhoria. Da análise de tal comando legal, pode-se concluir que a contribuição de melhoria é um tributo que tem como fato gerador a valorização do imóvel do contribuinte em razão de uma obra pública. É importante notar que a obrigação de pagar esse tributo somente nasce na hipótese em que da obra pública decorre um aumento do valor do imóvel do contribuinte. Conforme artigo 1º do Decreto-Lei nº. 195, de 24/2/1967 a contribuição de melhoria, prevista na Constituição Federal, tem como fato gerador o acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta ou indiretamente por obras públicas. O Decreto-Lei nº. 195/1967 traz, ainda, em seu artigo 2º, um rol taxativo das obras públicas que poderão ensejar a cobrança da contribuição de melhoria. Outro aspecto a ser analisado, refere-se ao cálculo da contribuição de melhoria, pois existem limites para a cobrança desse tributo. Um limite individual, visto que de cada contribuinte só pode ser exigido até o montante da valorização imobiliária, e um limite geral, na medida em que o Estado só pode cobrar dos contribuintes o valor do custo da obra. b) Empréstimo Compulsório: Primeiramente, impõe destacar que o empréstimo compulsório apenas se distingue do empréstimo do direito civil pela sua compulsoriedade, uma vez que é imposto por força de lei, sendo irrelevante a vontade das partes. De acordo com o artigo 148, incisos I e II, da Constituição da República, a União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios nas seguintes hipóteses: (i) para atender a despesas extraordinárias decorrentes de cala- 32 CTN: Art. 81: A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 17

18 midade pública, de guerra externa ou sua iminência; (ii) no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no seu art. 150, III, b. O parágrafo único do artigo 148 da Constituição, por sua vez, vincula a aplicação dos recursos provenientes de empréstimos compulsórios à despesa que fundamentou a sua instituição. Desse modo, pode-se dizer que, consoante à previsão constitucional, são quatro os requisitos para a instituição do empréstimo compulsório: instituição por lei complementar; ocorrência das situações urgentes descritas no referido art. 148; destinação legal dos recursos às despesas que deram origem à criação do tributo; e previsão legal para a restituição, pois o empréstimo compulsório é um ingresso de recursos temporários em favor do Estado. Destaque-se que os empréstimos compulsórios instituídos para investimento público sujeitam-se ao princípio da anterioridade, enquanto que aqueles decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência não estão sujeitos a tal princípio (artigo 150, III, b e 1º da CF/88). Outra questão relacionada a esse tributo, decorre do fato de que a Constituição da República não indica expressamente o fato gerador do empréstimo compulsório, permitindo que a lei possa eleger a mesma base de imposição dos outros tributos para instituição do empréstimo compulsório. 33 c) Questionário O que se entende por contribuição de melhoria e qual a sua previsão constitucional? A contribuição de melhoria é um tributo real ou pessoal? Existem limites à exigência da contribuição de melhoria? Em relação ao empréstimo compulsório, para sua instituição é necessária a edição de Lei Ordinária? A exigência do empréstimo compulsório deve prestar observância ao princípio da anterioridade? d) Caso Gerador 1) Por efeito da política desenvolvimentista do Município X, que consiste na constante realização de obras públicas em seu território, seu respectivo Poder Legislativo entendeu por bem aprovar uma Lei que determina que todos aqueles que obtiverem uma valorização do seu imóvel decorrente da obra realizada deverão pagar um tributo em um valor fixo nela estabelecido. Classifique a espécie tributária instituída pelo município e analise seus requisitos de validade (RESP /RS). 2) Diante da necessidade de realizar pesados investimentos no desenvolvimento nacional, o governo federal, por meio do Decreto-Lei nº 2.288/1986, institui a cobrança de empréstimo compulsório a ser pago quando da aquisição de automóveis de passeio, cuja 33 O Supremo Tribunal Federal entendeu ser a repartição de competências prevista nos art. 153, 155, e 156 relativas apenas aos impostos, não sendo vedado que a União utilize os fatos geradores de impostos estaduais e municipais para criar outros tributos que não sejam impostos ou taxas, como os compulsórios (STF. Pleno. RE nº Rel. Min. Carlos Velloso. j. 01/10/98. Informativo STF nº 125 e RE nº /RS. Rel. Min. Carlos Velloso. DJU de 18/04/95). 18

19 devolução seria feita no futuro com a utilização de quotas do Fundo Nacional de Desenvolvimento, nos seguintes termos: Art. 10. É instituído, como medida complementar ao Programa de Estabilização Econômica, estabelecido pelo Decreto-lei nº 2.284, de 10 de março de 1986, empréstimo compulsório para absorção temporária do excesso de poder aquisitivo. Parágrafo único. O empréstimo compulsório será exigido dos consumidores de gasolina ou álcool para veículos automotores, bem como dos adquirentes de automóveis de passeio e utilitários. Art. 11. O valor do empréstimo é equivalente a: I 28% do valor do consumo de gasolina e álcool carburante; Il 30% do preço de aquisição de veículos novos e de até um ano de fabricação; III 20% do preço de aquisição de veículos com mais de um e até dois anos de fabricação; IV 10% do preço de aquisição de veículos com mais de dois e até quatro anos de fabricação. Art. 12. O empréstimo calculado sobre o consumo de combustível será cobrado, junto com o preço do produto, pelas empresas refinadoras, distribuidoras e varejistas de gasolina e álcool e recolhido pelas refinadoras, no prazo de quinze dias úteis. Art. 13. Nas alienações de automóveis de passeio e utilitários, o empréstimo será devido no momento da aquisição antes do licenciamento ou da transferência de propriedade. (...) Art. 16. O empréstimo será resgatado no último dia do terceiro ano posterior ao seu recolhimento, efetuando-se o pagamento com quotas do Fundo Nacional de Desenvolvimento, criado neste decreto-lei. 1º O valor de resgate do empréstimo compulsório sobre o consumo de gasolina e álcool será igual ao valor do consumo médio por veículo, verificado no ano do recolhimento, segundo cálculo a ser divulgado pela Secretaria da Receita Federal, acrescido de rendimento equivalente ao das Cadernetas de Poupança. 2º O empréstimo compulsório sobre aquisição de automóveis de passeio e utilitários terá rendimento equivalente ao das Cadernetas de Poupança. Analise a constitucionalidade desta medida (RE CE). d) leitura obrigatória AMARO, Luciano, Direito tributário brasileiro. 6ª ed. São Paulo, Saraiva, MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 21ª ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Malheiros, TORRES, Ricardo Lobo Torres. Curso de Direito Financeiro e Tributário. 7ª ed. Rio de Janeiro: Renovar, E) Bibliografia Sugerida ATALIBA, Geraldo. Hipótese de incidência tributária. São Paulo: Revista dos Tribunais, BECKER, Alfredo Augusto. Teoria Geral do Direito Tributário. 2ª edição. São Paulo: Saraiva,

20 CARRAZA, Roque Antônio. Curso de Direito Constitucional Tributário. 20ª ed. São Paulo: Malheiros COELHO, Sacha Calmon Navarro, Classificação dos Tributos. In Revista de Direito Tributário. nº. 47. São Paulo: Revista dos Tribunais, JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira, Manual de Direito Financeiro e Tributário. 2ª ed. ampl. e atual. São Paulo, Saraiva, MORAES, Bernardo Ribeiro de. Compêndio de Direito Tributário. ed. rev. aum. e atual. Rio de Janeiro, Forense, PAULSEN, Leandro. Direito Tributário constituição e código tributário à luz da doutrina e jurisprudência. 7ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado: ESMAFE,

21 Aula 05. Contribuições a) Objetivo Analisar o controvertido tema das contribuições especiais, que no nosso entendimento (em linha com o STF) se trata de mais uma espécie tributária. Espera-se que ao final da aula, a turma perceba a existência das diferentes classificações dessas contribuições, que se baseiam no artigo 149 da CF/88. b) Introdução A norma matriz das contribuições especiais está no artigo 149 da Constituição da República. De acordo com o artigo 149, 1º da CR/88, somente à União Federal foi outorgada competência para instituir as contribuições especiais agrupadas em seu artigo 149, a saber: (i) contribuições sociais, (ii) contribuições de intervenção no domínio econômico e (iii) contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas. As demais entidades políticas somente poderão instituir contribuições cobradas de seus servidores para o custeio, em benefício destes, de sistema de previdência e assistência social. Em linha com os dispositivos constitucionais que tratam do assunto, a contribuição especial, ao lado dos empréstimos compulsórios, é um tributo marcado por sua destinação, visto que seu respectivo ingresso, é obrigatoriamente, direcionado a financiar a atuação do Estado em determinado setor (social ou econômico), como, por exemplo, a Seguridade Social; a educação; a intervenção do estado no domínio econômico, os interesses das categorias profissionais etc. O Supremo Tribunal Federal 34, no julgamento do Recurso Extraordinário nº / CE, definiu alguns pontos cruciais à disciplina das contribuições em referência, dentre os quais a natureza tributária da contribuição social, destacando-se, no voto do ministro relator, que o artigo 149 da Constituição Federal instituiu três tipos de contribuições: a) contribuições sociais, b) de intervenção, c) corporativas. As primeiras, as contribuições sociais, desdobram-se, por sua vez, em a.1) contribuições de seguridade social, a.2) outras de seguridade social e a.3) contribuições sociais gerais. Em linha com este acórdão, observe-se o seguinte quadro analítico: Sociais Seguridade Social (art. 195 CF e 74 ADCT) Outras da Seguridade Social (art. 195, 4º da CF) Sociais Gerais (art. 212, 5º da CF, FGTS, PIS) Contribuições Intervenção (art. 149 da CF) Corporativa (art. 149 da CF) 34 STF, Pleno, RE nº /CE, Rel. Min. Carlos Velloso, RTJ 143/313, j. 1º/7/92. 21

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