ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE MASSAMBABA, RIO DE JANEIRO:

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1 ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE MASSAMBABA, RIO DE JANEIRO: CARACTERIZAÇÃO FITOFISIONÔMICA E FLORÍSTICA 1 Dorothy Sue Dunn de Araujo 2, Cyl Farney Catarino de Sá 3, Jorge Fontella-Pereira 6, Daniele Souza Garcia 3,4, Margot Valle Ferreira 3,4, Renata Jacomo Paixão 3,4, Silvana Marafon Schneider 3,4 & Viviane Stern Fonseca-Kruel 3,5 RESUMO (Área de Proteção Ambiental de Massambaba, Rio de Janeiro: caracterização fitofisionômica e florística) A Área de Proteção Ambiental (APA) de Massambaba, criada em 1986 e administrada pela FEEMA, abrange 76,3 km 2 de restingas, lagoas e morros baixos. Está situada nos municípios de Saquarema, Araruama e Arraial do Cabo, em uma área de restinga constituída por um sistema de dois cordões arenosos, coberto em parte por um campo de dunas. A região de Cabo Frio possui um clima sui generis para o litoral sudeste, com menos de 900 mm anuais de pluviosidade. A diversidade florística desta região é a mais alta do litoral, constituindo um dos 14 Centros de Diversidade Vegetal no Brasil. São descritas 10 formações vegetais e 664 espécies de plantas vasculares distribuídas em 118 famílias. As famílias mais ricas em espécies são Leguminosae e Myrtaceae. Das formas de vida, as mais abundantes são as ervas (30%), seguido pelos arbustos (23%), árvores (21%), lianas (19%), epífitas (6%) e parasitas/saprófitas (1%). Esta unidade de conservação abriga diversas espécies ameaçadas de extinção. Palavras-chave: unidade de conservação, restinga, Rio de Janeiro, formações, flora. ABSTRACT (The Massambaba Environmental Protection Area: flora and vegetation) The Massambaba Environmental Protection Area was created in 1986 and is administered by the State Environmental Protection Agency (FEEMA). It has an area fo 76.3 km 2 of sandy coastal plains, lagoons and low hills in the municipalities of Saquarema, Araruama and Arraial do Cabo, Rio de Janeiro state. The coastal plain consists of two beach ridges and a dune field. The climate of the Cabo Frio region is unique in southeastern Brazil in that annual rainfall is only 900 mm, and floristic diversity is the highest in the coastal region. It is one of Brazil s 14 Centers of Plant Diversity. Ten plant communities are described for this conservation unit and there are 664 species in 118 families on the list of vascular plants. Leguminosae and Myrtaceae are the most species-rich families. The most abundant life forms on the list are herbs (30%), followed by shrubs (23%), trees (21%), lianas (19%), epiphytes (6%) and parasites/saprophytes (1%). The conservation unit protects several endangered species. Key words: conservation unit, sandy coastal plain, Brazil, vegetation types, flora. INTRODUÇÃO A Área de Proteção Ambiental (APA) de Massambaba, localizada na região de Cabo Frio, a leste da cidade do Rio de Janeiro, foi criada em 15 de dezembro de 1986 (Decreto No C) com o objetivo de preservar uma flora e fauna muito singular do litoral brasileiro. É administrada pela Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA) e engloba diversas Zonas de Preservação da Vida Silvestre (ZPVS), segundo o Plano Diretor, aprovado em 2001 (Deliberação CECA/CN no /01/2001). As ZPVS mais significativas dentro da APA estão localizadas nas áreas que, no decreto original (No A e -B), eram designadas Reserva Ecológica de Jacarepiá e Reserva Ecológica de Massambaba (Atlas das unidades de Artigo recebido em 05/2008. Aceito para publicação em 02/ Trabalho financiado parcialmente pelo CNPq (Linhas de Ação em Botânica /92) e pela Fundação Boticário de Proteção à Natureza e Fundação MacArthur (1994/95) 2 Universidade Federal do Rio de Janeiro, Depto. Ecologia, IB, C.P , , Rio de Janeiro, RJ. 3 Jardim Botânico do Rio de Janeiro, R. Pacheco Leão, 915, , Rio de Janeiro, RJ. 4 Bolsista do CNPq 5 Bolsista da FAPERJ 6 Depto. Botânica, Museu Nacional/UFRJ, Quinta da Boa Vista s/n, São Cristóvão, , Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

2 68 Araújo, D. S. D. et al. conservação da natureza do estado do Rio de Janeiro 2001), áreas estas declaradas de utilidade pública para fins de desapropriação. Estas duas reservas nunca foram efetivamente criadas. A APA de Massambaba está contida na íntegra dentro dos limites do Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio, um dos 14 Centros de Diversidade Vegetal (CDV) do Brasil que foram indicados pela comunidade científica e contemplados pelo IUCN/Smithsonian Institution na sua publicação de 1997 (Davis et al. 1997; Araujo 1997). O objetivo da indicação destes Centros é chamar atenção para os pontos do globo terrestre com alta diversidade vegetal, e ao mesmo tempo seriamente ameaçadas, com o intuito de preservar áreas com o maior número de espécies possível. Esta área também está elencada entre as Áreas Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira ou Áreas Prioritárias para a Biodiversidade, e indicada nas classes de importância biológica e prioridade de ação como extremamente alta (MMA/Portaria N 9 de 23/01/2007). O levantamento da flora da restinga de Massambaba teve início em 1983, no município de Saquarema, principalmente na antiga Fazenda Ipitangas. As coletas intensificaramse em 1985 com a proposta da FEEMA de criar uma unidade de conservação na região, e a área de enfoque foi ampliada para incluir toda a extensão da restinga, da Barra de Saquarema até Praia Grande, em Arraial do Cabo. Em abril de 1990, teve início o Projeto Restinga (Convênio Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro/FEEMA) dentro das Linhas de Ação em Botânica do CNPq, e em 1994, o Projeto passou a receber apoio da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, o que deu grande impulso aos estudos dentre da APA de Massambaba. Este apoio foi fundamental para o desenvolvimento de vários trabalhos na região, estimulando a formação de recursos humanos (e.g., Freitas 1990/92; Sarahyba 1993; Sá 1993; Almeida & Araujo 1997) e contribuindo para o conhecimento da flora da região (Araujo et al. 1998a). Atualmente, vêm sendo desenvolvidos na área pesquisas sobre florística e estrutura das comunidades, taxonomia de diversas famílias botânicas, etnobotânica das comunidades de pescadores de Arraial do Cabo, e estudos ornitológicos sobre espécies ameaçadas de extinção. Neste trabalho, o objetivo foi apresentar uma descrição preliminar das comunidades vegetais e também, uma listagem da flora encontrada nesta unidade de conservação junto com o hábito e a formação onde cada espécie ocorre. MATERIAL E MÉTODOS A lista de espécies teve início a partir dos trabalhos de campo realizados entre 1994 e 1996 e também a partir de coletas realizadas principalmente pelos dois primeiros autores em anos anteriores. Nos últimos 10 anos, tem sido realizadas coletas esporádicas que também constam da lista. As angiospermas foram classificadas de acordo com APG II (2003), e a inclusão dos gêneros nas famílias foi baseada em Souza & Lorenzi (2005). As Pteridophytas seguem Santos (2007). As comunidades foram classificadas de acordo com Silva & Britez (2005) e Menezes & Araujo (2005), com modificações. As formações citadas na Tabela 1 são: 1 psamófila reptante; 2 arbustiva fechada pós-praia; 3 arbustiva aberta não inundável (fácies baixa); 4 herbácea aberta inundável; 5 arbustiva aberta não inundável (fácies alta); 6 arbustiva aberta inundável; 7 florestal não inundável; 8 florestal inundada; 9 florestal inundável; 10 herbácea-arbustiva salina. O número 11 significa áreas perturbadas e 7c indica clareira ou borda de mata. As siglas dos coletores são: AA André Amorim; AAB Ana Angélica Barros; AFV Ângela Vaz; AQL Adriana Quintela Lobão; CF Cyl Farney; DA Dorothy Araujo; FR Maria de Fátima Freitas; HC Haroldo C. Lima; EL E.Landolt.; GVS Genise Somner; JF Jorge Fontella-Periera; LSS Luis Sergio Sarahyba; MG Mário Gomes; MGS

3 Flora e vegetação da APA de Massambaba Marcelo Guerra; MP Miriam Pereira; MV Margot Valle; RLE Roberto L. Esteves; RP Renata Paixão; TF Talita Fontoura; TW Tânia Wendt; VS Viviane S. Fonseca-Kruel. O levantamento de algumas formações foi mais intensivo que de outras. Desta maneira, a floresta não inundável (n. 7 na Tabela 1) foi intensivamente investigada (Sá & Araujo 2009, neste volume) enquanto as outras duas forestas (n. 8 e 9), que são formações menos frequentes na área, como também é a arbustiva aberta inundável, tiveram um número reduzido de espécies listadas. Caracterização geográfica regional A região de Cabo Frio, no contexto deste trabalho, é definda pelos limites do Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio (Araujo 1997; Bohrer et al. 2009, neste volume). Possui uma área de aproximadamente 1500 km 2 e está localizada entre as coordenadas 22 o 30'- 23 o S e 41 o 52'-42 o 42'W, com altitudes que variam desde o nível do mar até ca. 500 m (Fig. 1). Em termos fisiográficos, nesta região predominam as planícies arenosas costeiras, depósitos aluviais, lagunas, e morros baixos das penínsulas de Búzios e Cabo Frio (apenas 10% da área está acima de 100 m de altitude). Duas lagunas dominam a paisagem do trecho meridional da região: a de Saquarema, com uma área de 23 km 2 e a de Araruama, hipersalina, com ca. 200 km 2 de superfície (Muehe 1994). A restinga de Massambaba com 48 km de extensão tem início na barra da Lagoa de Saquarema, no município do mesmo nome, e termina no Morro ou Pontal do Atalaia, no município de Arraial do Cabo. O ponto mais estreito da restinga tem 300 m, enquanto o ponto mais largo possue ca m de largura. Três esporões arenosos penetram na Lagoa de Araruama, resultado da circulação e do transporte de sedimentos no interior da laguna; estes são ancorados nos cordões arenosos de origem marinha (Muehe 1994). Esta restinga apresenta um sistema duplo de cordões composto por dois corpos arenosos paralelos, de idades diferentes, separados por uma faixa de relevo mais baixo. Na extremidade oriental da restinga, o cordão mais antigo é interrompido, e o cordão frontal passa a ser a única barreira entre a laguna e o oceano (Muehe 1994). O cordão mais antigo é coberto por um campo de dunas, de orientação nordestesudoeste, na sua extremidade oriental. 69 Figura 1 Mapa do Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio, com localização da Área de Proteção Ambiental de Massambaba, RJ.

4 70 Araújo, D. S. D. et al. A evolução paleogeomorfológica da lagoa de Araruama e da restinga de Massambaba foi exaustivamente tratada por Turcq et al. (1999). O clima da região do CDV de Cabo Frio (CDVCF) é constituído por dois tipos distintos: no extremo ocidental, é classificado no sistema de Köppen como Aw, ou seja, tropical com chuvas de verão e secas de inverno (Barbieri 1984); no extremo oriental, é classificado como BSh, uma variação do clima semi-árido quente de Köppen (Barbieri 1997). As isoietas anuais de pluviosidade do litoral entre Saquarema e Cabo Frio revelam uma diminuição gradativa de pluviosidade em direção a Cabo Frio a partir do divisor da Serra de Mato Grosso (Barbieri 1975; Fig. 2). O clima da região é considerado sui generis para o litoral sudeste brasileiro (ver mais detalhes sobre o clima da região de Cabo Frio em Bohrer et al. 2009). A cobertura vegetal da região de Cabo Frio aparentemente está condicionada pela história paleoevolutiva e pelo clima atual. Segundo Ab Saber (1974), é um remanescente de uma vegetação existente durante os períodos glaciais do pleistoceno, mais secos e mais frios. Atualmente abriga dois grandes tipos florestais: a floresta ombrófila densa, que predomina nas regiões montanhosas situadas no município de Saquarema até 700 m de altitude na Serra de Mato Grosso, onde chove mais, e a floresta estacional semidecidual, predominante nas áreas de planície de sedimentos colúvio-aluviais e nas colinas e maciços costeiros interiores ao norte da Lagoa de Araruama e entre a Ilha de Cabo Frio e Armação dos Búzios (Sá 2006). Nas planícies arenosas quaternárias de origem marinha, encontram-se alguns remanescentes de floresta de restinga, e nestas planícies e também nas dunas, diversas fisionomias arbustivas e herbáceas. Outros tipos de vegetação encontrados na região incluem os manguezais, as formações arbustivas dos morros litorâneos a beira mar, as formações herbáceas salinas e de água doce. No CDV de Cabo Frio, a grande diversidade de habitats, associada à história geomorfológica da região e ao clima mais seco, deu origem a uma alta diversidade florística (Araujo 1997), com 1184 espécies de angiospermas registradas até o momento (Sá 2006). Esta região é muito mais rica em espécies que outras áreas de restinga da costa fluminense, mesmo sendo uma área relativamente menor (Araújo & Maciel 1998). Também exibe o maior número de espécies endêmicas às restingas (26 do total de 36 conhecidas para as restingas fluminenses Araujo 2000). Caracterização geográfica da APA A APA de Massambaba possui uma área de 76,3 km 2 e está situada nos municípios de Saquarema, Araruama e Arraial do Cabo (aproximadamente S). Sua maior extensão está na direção leste/oeste (26 km de praia), tendo início na Barra de Saquarema, e terminando próxima a localidade chamada Figueira, às margens da enseada das Gaivotas, na Lagoa de Araruama. Estão incluídos na APA dois cordões arenosos que separam as lagunas maiores de Jacarepiá e Araruama do mar, incluindo os esporões que penetram nesta última. Uma série de lagunas menores (e.g., Pernambuca, brejo do Espinho) estão localizadas entre o reverso do cordão frontal e a frente do cordão mais interiorizado, estas totalmente isoladas de qualquer aporte fluvial (Muehe & Valentini 1998). Na extremidade ocidental, mais afastado do mar em direção ao continente, a topografia deixa de ser plana, encontrando-se pequenas colinas litorâneas de 30 a 50 m de altura. Nos esporões, encontram-se áreas baixas e alagadiças (Brejo dos Mosquitos, Brejo Grande). Nestas terras baixas e também ao redor de algumas lagoas são encontradas extensas áreas de salinas. No campo de dunas situado entre o Brejo do Espinho e a extemidade oriental da APA, as altitudes acima do nível do mar são mais elevadas do que no trecho ocidental da restinga, atingindo 26 m em alguns pontos. Perfis topográficos de partes distintas da restinga de Massambaba (Muehe 1994) demonstram claramente as diferenças em relevo das duas extremidades da APA. Na extremidade ocidental, estão presentes o cordão frontal e o mais interiorizado, este último apresentando uma face relativamente íngreme na vertente voltado para o mar. Mais para o leste, o perfil mostra apenas o

5 Flora e vegetação da APA de Massambaba 71 Figura 2 Isoietas de precipitação na porção leste do estado do Rio de Janeiro onde está situado o Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio. Fonte: CPRM 2001 (modificado).

6 72 Araújo, D. S. D. et al. cordão frontal, pois o cordão mais antigo termina entre as enseadas da Figueira e da Gaivota, e o relevo é mais irregular, devido a presença de dunas, resultado dos ventos fortes e constantes neste trecho. RESULTADOS E DISCUSSÃO A cobertura vegetal da APA de Massambaba é muito influenciada pela topografia, distância do mar e grau de interferência humana. Os trechos mais bem preservados estão localizados sobre sedimentos quaternários (nas restingas), dentro dos limites das zonas de preservação da vida silvestre. Até o momento foram identificadas 10 formações vegetais para as áreas de restinga: psamófila reptante, arbustiva fechada pós-praia, arbustiva aberta não inundável (fácies baixa), herbácea aberta inundavel, arbustiva aberta não inundável (fácies alta), arbustiva aberta inundável, florestal não inundável, florestal inundada; florestal inundável, e herbácea-arbustiva salina, nos terrenos salinos. As espécies que ocorrem em áreas perturbadas tambem são identificadas. As formações estão descritas a seguir: 1. Formação psamófila reptante Situada no cordão frontal, na face voltada para o mar, ou em áreas de dunas ativas, onde a movimentação de areia é frequente, seja pela erosão das marés de tempestade (no primeiro caso) ou pelos ventos (no segundo), esta comunidade é formada principalmente por espécies estoloníferas, adaptadas às rigorosas condições deste ambiente. É uma vegetação esparsa, com 42% do substrato totalmente desprovido de cobertura vegetal e 26% cobertos por detritos (Almeida & Araujo 1997). Na faixa mais próxima às areias desnudas da parte superior da praia, a espécie que domina é Blutaparon portulacoides, enquanto mais afastado da praia, em área lavada pelas ondas muito raramente, a riqueza florística aumenta e as espécies mais importantes são Ipomoea imperati e Sporobolus virginicus (Almeida & Araujo 1997), junto a Panicum racemosum, Remirea maritima, Ipomoea pes-caprae, Canavalia rosea e Alternanthera maritima. A largura desta formação varia dependendo do perfil da praia e do terreno contíguo, a exposição às correntezas e embate das ondas, e o grau de influência antrópica no local (passagem de veículos, pastoreio de animais, etc.). Uma espécie arbustiva (Sophora tomentosa) é frequente na transição para a comunidade contígua. Foram encontradas 17 espécies nesta formação (Tab. 1), que é encontrada ao longo de toda a linha da praia da APA e também em algumas áreas de dunas frontais. 2. Formação arbustiva fechada pós-praia Em paisagens mais bem preservadas ao longo da crista do cordão frontal da restinga, contígua a formação descrita acima, encontrase uma vegetação fechada com até 2 3 m de altura constituída de arbustos muito ramificados, às vezes semi-escandentes, comumente com espinhos ou com os ramos pontiagudos, que formam uma barreira praticamente impenetrável. O estrato lenhoso forma um dossel denso, de maneira que pouca luz penetra até o substrato, onde ocorrem esparsos indivíduos herbáceos. Entretanto nas áreas onde o dossel permite maior entrada de luz provocada por espécies decíduas (e.g. Chloroleucon tortum) ou por eventuais clareiras, populações de espécies heliófilas podem se estabelecer. Comum nesta formação na parte densa e frontal à praia pode-se visualizar indivíduos de Jacquinia armillaris e Schinus terebinthifolius, além de indivíduos de Bromelia antiacantha, Sideroxylon obtusifolium e Eugenia uniflora além de Scutia arenicola e Cordiera obtusa. Mais afastado da linha da praia, já na vertente do cordão voltado para o continente, é comum encontrar muitos indivíduos de Zollernia glabra. Os galhos expostos desta vegetação sofrem ação dos ventos, o que propicia ao dossel um aspecto de penteado formando copas descontínuas e entrelaçadas com as de outras espécies, principalmente na crista desse cordão e nas áreas frontais. Esta formação é encontrada principalmente na parte central da restinga, de acesso mais dificil e, consequentemente, sofre menos pressão antrópica. Onde já foi removida esta vegetação, a tendência é das espécies estoloníferas da

7 Flora e vegetação da APA de Massambaba formação psamófila reptante invadir estas áreas. Foram encontradas 37 espécies nesta formação (Tab. 1). 3. Formação arbustiva aberta não inundável (fácies baixa) Localizada na vertente do cordão externo voltado para a depressão intercordões, e também podendo ser encontrada em áreas do cordão interno que sofrem queimadas frequentes, esta formação é totalmente dominada pela palmeira acaule Allagoptera arenaria (Almeida & Araujo 1997). A cobertura vegetal é 61% e o espaço de areia aberta sem vegetação é de 39%. Esta vegetação apresenta um dossel baixo, não ultrapassando de 1 m de altura, muito uniforme, constituído basicamente das folhas de A. arenaria. As espécies herbáceas mais comuns são Neoregelia cruenta, Diodella radula, Paspalum arenarium, entre outras (Almeida & Araujo 1997). Alguns arbustos crescem espalhados entre os guriris, como Guapira pernambucensis, Erythroxylum ovalifolium, Eugenia rotundifolia, Inga maritima, Schinus terebinthifolius e Neomitranthes obscura (Sá 1992). Esta formação, onde foram encontradas 43 espécies (Tab. 1), é encontrada ao longo de todo o cordão externo da APA, em áreas degradadas, especialmente na extremidade ocidental da restinga, e também fora da APA na região da Enseada de Tucuns. 4. Formação herbácea aberta inundável Na depressão intercordões, em trechos já bastante colmatados que sofrem variação anual do nível do lençol freático, e também em faixas de largura variável nas margens das lagoas, ocorre uma formação herbácea graminóide cuja composição florística varia de acordo com a variação do nível d água e sua disponibilidade no solo (Sá 1992). Nos poucos lugares onde há água permanente, desenvolvese uma vegetação aquática com Nymphaea sp., Nymphoides indica, Typha domingensis, entre outras, enquanto nos lugares mais secos, dominam gramíneas e ciperáceas (e.g., Cladium jamaicense, Rhynchospora holoschoenoides), Blechnum serrulatum, além de outras plantas típicas de área úmidas (e.g., Utiricularia tricolor, Laurembergia tetrandra, Burmannia capitata). Na transição entre as depressões e as partes mais altas dos cordões, é comum encontrar Cuphea flava, extensas áreas homogêneas cobertas por Blechnum serrulatum, e com menos freqüência, diversas plantas lenhosas de baixo porte. Esta formação é encontrada ao longo de todas as depressões intercordões da APA, exceto em áreas permanentemente inundadas (lagoas) e nas margens das lagoas maiores (e.g., Jacarepiá) onde há uma variação maior no nível da inundação (Barros 2009, neste volume). Foram encontradas 80 espécies nesta vegetação herbácea inundável. 5. Formação arbustiva aberta não inundável (fácies alta) Na extremidade oriental da APA, onde a maior parte do cordão interno é coberta por um extenso campo de dunas fixas, o relevo é muito variado constituído por dunas altas e baixas, muitas sem orientação definidas, o que diversifica sobremaneira o ambiente. Encontra-se aqui uma vegetação arbustiva formada por moitas de diversos tamanhos, com até 5 m de altura e com cobertura relativamente esparsa de plantas herbáceas ou subarbustivas entre as moitas. Das espécies lenhosas, as mais comuns são: Couepia ovalifolia, Maytenus obtusifolia, Myrsine parvifolia e Erythroxylum ovalifolium. Comuns em cima das moitas são trepadeiras como Mandevilla moricandiana e Paullinia weinmanniaefolia, orquídeas como Epidendrum denticulatum e Encyclia oncidioides, e nos troncos como epífita, Microgramma vacciniifolia. No estrato herbáceo nas moitas, a presença de aráceas é marcante, especialmente Philodendron corcovadense e Anthurium maricense. Nos espaços entre moitas, uma das espécies mais notáveis e que caracteriza a vegetação é Panicum trinii, uma gramínea que forma touceiras robustas, cuja tendência é morrer do centro para 73

8 74 Araújo, D. S. D. et al. fora, deixando muitas vezes um círculo perfeito da parte viva da planta. Outras espécies herbáceas comuns são os cactos, Cereus fernambucensis e Pilosocereus arrabidae, Sebastiania brasiliensis e Evolvulus genistoides. Em pequenos baixios entre as dunas altas, o lençol freático está próximo da superfície, e nestes lugares, desenvolvem-se pequenas manchas da formação arbustiva aberta inundável. Esta formação é encontrada na parte oriental da APA, no campo de dunas, onde foram encontradas 124 espécies (Tab. 1). Na parte ocidental, em áreas onde a floresta foi destruída há bastante tempo, encontra-se uma vegetação arbustiva aberta porém com outras espécies dominantes. 6. Formação arbustiva aberta inundável Em diversos trechos da APA, em manchas pequenas de formato irregular, porém sempre onde o lençol freático está relativamente próximo à superfície, é encontrada uma formação arbustiva em moitas, com indivíduos de até 5 m de altura, sendo as moitas intercaladas por uma vegetação mais baixa, às vezes até graminóide. Nas moitas Humiria balsamifera é frequente, junto com Pera glabrata, Ocotea pulchella, e Ilex paraguariensis. Nas áreas entre moitas ocorre com maior frequencia Marcetia taxifolia. Em lugares topograficamente mais baixos desta formação, a vegetação arbustiva é dominada por Bonnetia stricta, e no estrato herbácea ocorre muitas vezes Lagenocarpus rigidus. Esta formação é comumente encontrada na parte oriental da APA, nos baixios entre as dunas, porém ainda existem pequenas manchas na parte ocidental, próximo a Lagoa de Jacarepiá. Foram poucas as espécies levantadas nesta formação (21), que certamente possui uma riqueza muito mais alta (Tab. 1), necessitando um esforço maior de coleta. 7. Formação florestal não inundável Localizada no cordão interno em solos bem drenados, o estrato arbóreo desta floresta atinge em média cerca de 8 m de altura, e algumas emergentes atingem de 20 a 25 m. As espécies arbóreas de grande porte mais importantes na estrutura são Pterocarpus rohrii, Pseudopiptadenia contorta, Guapira opposita, Alseis involuta, Simaba cuneata, entre outras. Raízes tabulares ocorrem em algumas espécies (Eriotheca pentaphylla, Couepia schottii) que fisionomicamente se destacam no interior da floresta. A espécie que domina a estrutura da floresta como um todo, Algernonia obovata, não é a árvore de maior porte na mata (ver descrição mais detalhada da floresta em Sá & Araujo 2009, neste volume). O estrato arbustivo desta floresta não ultrapassa 5 m de altura, sendo muito variável em densidade e altura dependendo das aberturas no dossel da mata. Nas partes mais sombreadas da mata são comuns Pavonia alnifolia, Sorocea hilarii, Quararibea turbinata e Tabernaemontana flavicans. O estrato herbáceo é denso em certos pontos, pela abundante ocorrência principalmente de Raddia brasiliensis e também de populações adensadas de bromélias como Bromelia antiacantha, Nidularium rosulatum e Billbergia amoena. Epífitas são muito esparsas no sub-bosque e no dossel, entretanto, alguns indivíduos são densamente cobertos desde a base até a copa. Bromeliaceae, Orchidaceae, Cactaceae e Araceae são as famílias mais representativas. (Fontoura et al. 2009, neste volume). As lianas e arbustos escandentes, espinescentes ou não, são formas de vida muito características nesta floresta. Lianas frequentemente encontradas são Smilax hilariana, Chondrodendrum platiphyllum., Dioscorea sp., bem como diversas espécies de Sapindaceae e Malpighiaceae. O levantamento desta floresta foi o mais intensivo realizado na APA de Massambaba, tendo como resultado um total de 337 espécies ocorrentes na mata mais bem preservada, e mais 36 espécies encontradas em clareiras e nas bordas da mata (7c na Tab. 1). Destas últimas, são comuns os arbustos Trema

9 Flora e vegetação da APA de Massambaba micrantha e Aegiphila sellowiana e as trepadeiras Leucaster caniflorus, Trigonia eriosperma e Paullinia weinmanniaefolia. Esta floresta não inundável é o único remanescente encontrado na APA de Massambaba, e um dos poucos que ainda sobrevivem nas restingas do estado do Rio de Janeiro. 8. Formação florestal inundada Localizada nas margens da lagoa de Jacarepiá, em uma pequena mancha remanescente, esta mata é inundada durante 10 meses do ano (F.Scarano, com. pes.). O dossel não ultrapassa de 10 m de altura, e, aparentemente, tem baixa riqueza de espécies. A árvore dominante é Tabebuia cassinoides, sendo encontrado também Ficus organensis e na orla Alchornia triplinervia e Annona glabra. No estrato herbáceo, Acrostichum danaefolium forma populações densas. Esta formação foi pouco explorada (apenas 11 espécies na lista da tabela 1), necessitando um esforço maior de coleta. 9. Formação florestal inundável As manchas remanescentes desta formação são escassas an APA de Massambaba, sendo encontradas na depressão intercordões e nos baixios entre dunas, como também nas margens das lagoas. O substrato é encharcado na época de maior pluviosidade. É formada por árvores com até 12 m de altura, algumas com raízes escoras, destacando-se na fisionomia muitas vezes a figueira Ficus organensis e a palmeira Syagrus romanzoffiana. O estrato herbáceo desta floresta tem uma grande riqueza de pteridófitas, como, por exemplo, Nephrolepis biserrata e Thelypteris dentata (Santos 2007). Esta formação foi pouco explorada (apenas 25 espécies na lista da tabela 1). 10. Formação herbácea/arbustiva salina De ocorrência muito restrita na APA, tendo sido encontrado apenas nos esporões (Ponta das Marrecas) onde o terreno é baixo (às vezes, antigos leitos de pequenas lagoas). É constituída por arbustos esparsos no meio de um estrato herbáceo, onde Conocarpus erectus, Salicornia gaudichaudiana e Sesuvium portulacastrum são comuns. De modo geral, com exceção da formação herbácea/arbustiva salina, que geralmente não é incluída como uma comunidade típica de restinga, as outras nove formações ocorrem e já foram descritas para outras restingas no estado do Rio de Janeiro (e.g., Araujo et al. 1998b; Menezes & Araujo 2005). Entretanto, deve ser abordada com cautela a citação de equivalência estrutural entre algumas formações, como a arbustiva aberta não inundável (fácies alta) aqui identificada. Fisionomicamente, esta seria uma formação equivalente à arbustiva aberta de Clusia, descrita para o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (PNRJ), no norte fluminense (Araujo et al. 1998b). Porém, na APA de Massambaba, as moitas desta formação são estruturalmente distintas, não tendo como dominante a Clusia hilariana, espécie central de grande parte das moitas no PNRJ e considerada uma das principais plantas facilitadoras para o estabelecimento de outras espécies (Scarano 2002). Na APA de Massambaba, está presente outra espécie deste gênero (Clusia fluminensis), porém aparentemente não exerce o mesmo papel da sua congênere no PNRJ, nem é facilmente percebido qual seria a espécie nesta restinga que teria este papel. Desta maneira, embora as classificações fisionômicas de comunidades de restinga ao longo do litoral brasileiro irão facilitar comparações diversas entre elas, não podemos partir do princípio de que as características funcionais das espécies são as mesmas em formações fisionomicamente equivalentes. Análise florística A listagem das plantas vasculares que ocorrem na APA de Massambaba está constituída por 664 espécies distribuídas em 118 famílias (Tab. 1). São 641 espécies de angiospermas e 23 de pteridófitas. Em relação às angiospermas, a APA de Massambaba abriga cerca de 63% das espécies que foram listadas para as restingas fluminenses por 75

10 76 Araújo, D. S. D. et al. Araújo (2000). As famílias com maior número de espécies são: Fabaceae (54), Myrtaceae (37), Asteraceae e Rubiaceae (29), Orchidaceae e Poaceae (28), Bromeliaceae (26), Apocynaceae (24), Euphorbiaceae (23), Sapindaceae (17), Bignoniaceae e Cyperaceae (15). Estas 12 famílias contem a metade das espécies (49%) listadas para a APA de Massambaba e são as mesmas famílias que demonstram alta riqueza de espécies nas restingas fluminenses como um todo (Araujo 2000). Mais da metade das famílias (52%) são representadas por apenas 1 ou 2 espécies. Das 664 espécies listadas para a APA de Massambaba, cerca de 30% são ervas, 23% arbustos, 21% árvores, 19% lianas, 6% epífitas e 1% parasitas/saprófitas. Em comparação com as formas de vida das restingas fluminenses (Araujo 2000), esta área tem uma porcentagem um pouco mais alta de ervas, o que reflete a predominância de formações abertas que são favorecidas pela grande área de dunas ativas na parte oriental da restinga de Massambaba. O setor das restingas fluminenses conhecido como Cabo Frio (Araujo 2000), onde está inserida a APA de Massambaba, estendese de Armação dos Búzios até Jaconé. É a mais rica em espécies de todo o litoral fluminense, pois apesar de possuir uma área relativamente pequena (apenas 12% da área total de restingas do estado), abriga 62% das espécies (Araujo & Maciel 1998). A alta riqueza desta APA com seus 76,3 km 2 pode ser constatada quando se compara com a maior unidade de conservação de restingas no estado do Rio de Janeiro, o PNRJ com uma área duas vezes maior (148 km 2 ), mas com um número menor de espécies de plantas vasculares listadas até hoje (586) mesmo tendo tido um esforço maior de coleta (Costa & Dias 2001). A APA de Massambaba abriga pelo menos 12 espécies endêmicas às restingas fluminenses e mais 14 espécies que ocorrem somente nas restingas e na mata atlântica do Estado. Das espécies consideradas ameaçadas pela Lista da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção ( são encontradas na APA de Massambaba diversas na categoria Vulnerável (e.g., Melocactus violaceus, Banisteriopsis sellowiana, Pavonia alnifolia, Odontocarya vitis, Mollinedia glabra) cinco na categoria Em Perigo (Caesalpinia echinata, Ditassa maricaensis, Gonolobus dorothyanus, Nidularium rosulatum, Plinia ilhensis) e uma considerada Criticamente em Perigo (Vriesea sucrei). Espécies novas para a ciência tem sido descritas para esta região, principalmente na floresta não inundável de Jacarepiá onde se destacam: Serjania fluminensis (Acevedo- Rodriguez 1987), Passiflora farneyi (Pessoa & Cervi 1992) e Bauhinia microstachya var. massambabensis (Vaz 1993). Dos ha de vegetação remanescente na restinga de Massambaba, estimadas através de imagens de satélite, cerca de ha ainda estão livres de quaisquer perturbações (Rocha et al. 2007). A beleza cênica da região e as praias tem fomentado uma especulação imobiliária devastadora e sem precedentes neste setor do litoral. Trechos indicados como de alto risco de ocupação (Muehe 1994), como o compreendido entre Itaúna e Lagoa Vermelha, vem sendo aos poucos ocupados. Também as áreas ocupadas anteriormente pela tradicional atividade salineira vem dando espaço a implantação de loteamentos e promovendo adensamentos populacionais nas áreas mais bem conservadas, cujo fluxo populacional é oriundo em grande parte de regiões metropolitanas. Esse novo contingente populacional, sem tradição com a cultura local e desconhecendo os recursos e as formas de uso, exercem pressão deletéria sobre recursos bióticos e abióticos agravando a conservação dessas áreas. A riqueza florística demonstrada para esta região e a existência de formações vegetais não comuns no litoral fluminense, além de espécies consideradas criticamente em perigo de extinção, urgem ação na parte dos órgãos estaduais responsáveis de implantação de uma infra-estrutura adequada para presevar este valioso patrimônio natural.

11 Flora e vegetação da APA de Massambaba 77 Tabela 1 Lista das espécies de plantas vasculares da Área de Proteção Ambiental de Massambaba, com material testemunho, hábito e formação onde é encontrada. ARV=árvore; ARB= arbusto; TRE=trepadeira; ERV=erva; PAR=parasita; SAP=saprófita; t=terrestre; e=epífita; a=aquática. As siglas das 10 formações e dos coletores estão no texto; *tipo coletado na restinga de Massambaba. ACANTHACEAE Justicia brasiliana Roth CF 708; DA 8694 ERVt 3, 7 Justicia cydoniifolia (Nees) Lindau CF 2427 ERVt 7, 7c Pseuderanthemum detruncatum CF 1163; DA 9470 ERVt 7 (Mart. ex Nees) Radlk. Ruellia aff. silvaccola Mart. ex Nees CF 1495; DA ERVt 7 Thunbergia alata Bojer ex Sims VS 61 TRE 11 ACHARIACEAE Carpotroche brasiliensis (Raddi) Endl. CF 3199 ARV 7 AGAVACEAE Herreria glaziovii Lecomte DA 9297 TRE 7 AIZOACEAE Sesuvium portulacastrum L. DA 6864 ERVt 10 AMARANTHACEAE Alternanthera littoralis var. maritima JF 3100 ERVt 1 (Mart.) Pedersen Blutaparon portulacoides JF 2995; VS 79 ERVt 1, 10 (A.St.-Hil.) Mears Gomphrena celosioides Mart. VS 150 ERVt 7c; 11 Gomphrena vaga Mart. DA 9455 TRE 5 Pfaffia paniculata (Mart.) Kuntze JF 3102 ERVt 7c Salicornia gaudichaudiana Moq. MV 114; DA 2352 ERVt 10 AMARYLLIDACEAE Hippeastrum sp. AFV 487 ERVt 7 ANACARDIACEAE Anacardium occidentale L. JF 3159 ARV 11 Astronium graveolens Jacq. CF 3194 ARV 7 Lithraea brasiliensis Marchand DA 9913 ARB 2, 3 Schinus terebinthifolius Raddi JF 3059; VS 85 ARB 2,3,11 Spondias venulosa Mart. ex Engl. CF 3249; DA 9985 ARV 7 Tapirira guianensis Aubl. CF 2215; DA 7252 ARV 3,5,7 ANNONACEAE Annona acutiflora Mart. DA 7256 ARB 7c Annona glabra L. DA 9755 ARV 8,9 Duguetia sessilis (Vell.) Maas CF 3196; DA 7266 ARV 7 Oxandra nitida R.E.Fr. CF 3247 ARV 7 APOCYNACEAE Aspidosperma cylindrocarpon Müll. Arg. CF 3215 ARV 7 Aspidosperma parvifolium A.DC. CF 3193 ARV 7 Catharanthus roseus (L.) G.Don VS 180 ERVt 11 Condylocarpon sp. DA 9483 TRE 7 Ditassa banksii Schult. DA 5295; JF 3179 TRE 3, 5 Ditassa burchellii Hook. & Arn. DA 5106 TRE 5 Ditassa guilleminiana Decne. CF 2291; DA 9481 TRE 7 Ditassa maricaensis Fontella & DA 5308; JF 3155 TRE 5 E.A.Schwarz Forsteronia cordata (Müll.Arg.) Woodson DA 5667 TRE 2, 5 Gonolobus dorothyanus Fontella & DA 9954 TRE 7c E.A.Schwarz Mandevilla funiformis (Vell.) K. Schum. AA 72 TRE 5

12 78 Araújo, D. S. D. et al. Mandevilla moricandiana (A.DC.) CF 1274; DA 5051 TRE 5 Woodson Marsdenia hilariana var. macieliana DA 8063 TRE 7 Fontella & Paixão Orthosia arenosa Decne JF 3110; DA 9659 TRE 7 Oxypetalum alpinum (Vell.) Fontella & DA 9873; JF 3207 TRE 4 E.A.Schwarz Oxypetalum banksii Schult. ssp. banksii DA 2127; VS 161 TRE 5 Oxypetalum banksii ssp. corymbiferum DA 5043; JF 3031 TRE 1, 2 (E.Fourn.) Fontella & Valente Peplonia asteria (Vell.) Fontella & DA 9593; JF 3128 TRE 5 E.A.Schwarz Peplonia axillaris (Vell.) Fontella & Rapini DA 7411 TRE 4 Prestonia coalita (Vell.) Woodson CF 2232; DA 9304 TRE 7 Skytanthus hancorniaefolius Miers CF 3291 TRE 7 Tabernaemontana flavicans Willd. ex CF 3725; DA 8062 ARB 7 Roem. & Schult. Tabernaemontana laeta Mart. CF 3254; DA 9666 ARV 7, 7c Temnadenia odorifera (Vell.) J.F.Morales DA 9656, MP 132 TRE 5, 7 AQUIFOLIACEAE Ilex amara (Vell.) Loes. DA 9756 ARB 8 Ilex paraguariensis A.St.-Hil. CF 2224 ARB 6 ARACEAE Anthurium coriaceum (Graham) G.Don TF 204; DA ERVe 7 Anthurium harrisii (Graham) G.Don TF 205; DA 9921 ERVe 7 Anthurium maricense Nadruz & Mayo DA 9638; JF 3089 ERVt 5, 6 Philodendron corcovadense Kunth DA 5109 ERVt 5 Philodendron pedatum (Hook.) Kunth TF 211 ERVe 7 Wolffiella neotropica Landolt EL 198 ERVa 4 ARECACEAE Allagoptera arenaria (Gomes) Kuntze CF 495 ARB 2,3,5 Bactris setosa Mart. CF 1258; DA 8553 ARB 4, 7 Bactris vulgaris Barb.Rodr. DA 9645 ARV 7 Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman DA s/no. ARV 9 ARISTOLOCHIACEAE Aristolochia pubescens Willd. ex Duch. CF 3163 TRE 7c ASTERACEAE Achyrocline satureioides (Lam.) DC. CF 334; JF 3114 ERVt 1, 11 Baccharis myriocephala DC. VS 213 ERVt 4 Baccharis serrulata (Lam.) Pers. RLE 2148 ERVt 7c Baccharis trinervis (Lam.) Pers. DA 9623 TRE 7c Barrosoa betonicaeformis (DC.) DA 9875; JF 3121 ARB 4 R.M.King. & H.Rob. Chromolaena odorata (L.) R.M.King VS 243 ERVt 7c & H.Rob. Conyza bonariensis (L.) Cronquist VS 39 ERVt 11 Dasycondylus debeauxii (B.L.Rob.) RLE 2145 ARB 7 R.M.King & H.Rob. Dasycondylus resinosus (Spreng.) CF 3656; DA 9661 ARB 7c R.M.King. & H.Rob. Emilia coccinea Sweet. VS 74 ERVt 2

13 Flora e vegetação da APA de Massambaba 79 Emilia fosbergii Nicholson VS 75 ERVt 5 Emilia sonchifolia (L.) DC. VS 40 ERVt 11 Erechtites hieraciifolia (L.) Raf. ex DC. AA 89 ERVt 4 Mikania cordifolia Willd. AQL 141 TRE 7 Mikania hoehnei B.L.Rob. DA 6827; JF 3080 TRE 3,5 Mikania micrantha H.B.K. DA 9301 TRE 4 Mikania rufescens Sch. Bip. ex Baker DA 9872B TRE 4 Mikania stipulacea (M.Vahl.) Willd. CF 335 ARB 3 Orthopappus angustifolius Gleason AA 92 ERVt 4 Piptocarpha brasiliana Cass. CF 1486 TRE 7c Pluchea sagittalis (Lam.) Cabrera JF 3047; VS 63 ERVt 4; 11 Praxelis clematidea (Griseb.) VS 36 ERVt 11 R.M.King. & H.Rob. Pterocaulon alopecurioides (Lam.) DC. VS 35 ERVt 11 Sphagneticola trilobata (L.) Pruski CF 2293; JF 3123 ERVt 4 Symphyotrichum squamantus (Spreng.) VS 67 ERVt 4 G.L.Nesom Trichogonia salviifolia Gardner DA 9945 ARB 7c Trichogoniopis podocarpa (DC.) JF 3141 ERVt 5 R.M.King. & H.Rob. Vernonia rufogrisea A.St.-Hil. JF 3093 ARB 5 Vernonia scorpioides (Lam.) Pers. DA 5125 ARB 4 BIGNONIACEAE Adenocalymma comosum (Cham.) DC. CF 1696 TRE 7 Adenocalymma marginatum (Cham.) DC. DA 9241 TRE 5 Adenocalymma trifoliatum (Vell.) La Roche CF 2229 TRE 7 Amphilophium paniculatum (L.) H.B.K. CF 3646; JF 2896 TRE 5 Anemopaegma chamberlaynii (Sims) JF 3003 TRE 7 Bureau & K.Schum. Arrabidaea conjugata (Vell.) Mart. DA 5316 TRE 5,7,11 Jacaranda jasminoides (Thunb.) Sandwith CF 2246; DA 8689 ARB 7 Jacaranda bracteata Bureau & K.Schum DA 9649; JF 3168 ARB 4 Lundia cordata DC. DA 2150 TRE 5, 7 Macfadyena sp. CF 1373; JF 2882 TRE 7 Martinella obovata (H.B.K.) Bureau CF 1359 TRE 7 & K.Schum. Phryganocydia corymbosa (Vent.) Bureau CF 2247; DA 9578 TRE 7 Pyrostegia venusta (Ker.-Gawl.) Miers VS 115 TRE 11 Tabebuia cassinoides (Lam.) DC. JF 2880 ARV 8 Tabebuia chrysotricha (Mart. ex. DC.) CF 3252; DA 8592 ARV 5 Standl. BONNETIACEAE Bonnetia stricta (Nees) Nees & Mart. CF 2365; DA 9129 ARB 6 BORAGINACEAE Cordia curassavica (Jacq.) JF 3009; VS 69 ARB 11 Roem. & Schult. Cordia superba Cham. JF 2899; VS 71 ARB 7,11 Tournefortia membranacea (Gardner) DC. CF 3285; DA 8709 TRE 7c, 11

14 80 Araújo, D. S. D. et al. Tournefortia villosa Salzm. DA 5309 TRE 5,4,7c BRASSICACEAE Capparidastrum brasilianum (DC.) Hutch. CF 1268 ARB 7 Capparis flexuosa (L.) L. CF 3235 ARB 2,5,7 Capparis lineata Pers. DA 8617 TRE 5,7 Cleome aculeata L. CF 3654 ERVt 7 Crataeva tapia L. DA 7130 ARV 7 BROMELIACEAE Aechmea bromeliifolia (Rudge) Baker DA 8064 ERVt 4,7,8 Aechmea fasciata (L.) Baker TF 138 ERVe 7 Aechmea floribunda Mart. ex Schult. TF 212 ERVe 7 & Schult. f. Aechmea lingulata (L.) Baker DA 8697 ERVt 7 Aechmea maasii Gouda & W.Till TF 199 ERVt 7 Aechmea pineliana (Brongn. ex DA 8604; TW 265 ERVt 5,7 Planch.) Baker Aechmea ramosa Mart. ex Schult.f. TF 174 ERVt 7 Aechmea sphaerocephala Baker TF 214; TW 269 ERVe 7 Billbergia amoena (Lodd.) Lindl. DA 6837; TF 137 ERVe,t 7 Billbergia iridifolia (Nees & Mart.) Lindl. CF 1182 ERVe 7 Billbergia pyramidalis var. lutea DA 7853; TF 175 ERVt 7 Leme & W.Weber Billbergia tweedieana Baker DA 8615 ERVt 7 Bromelia antiacantha Bertol. VS 342 ERVt 2,3,5,7 Cryptanthus acaulis var. argenteus Beer CF 2162 ERVt 7 Hohenbergia augustae (Vell.) E.Morren DA 8616 ERVt 7 Neoregelia cruenta (Graham) L.B.Sm. TF 73 ERVe,t 2,3,5 Neoregelia eltoniana W.Weber DA 5112; TF 207 ERVt, e 7 Neoregelia sapiatibensis E.Pereira DA 6838 ERVt 7 & Ivo Penna Nidularium rosulatum Ule CF 1175; TF 139 ERVt 7 Tillandsia gardneri Lindl. DA 5099 ERVe 7 Tillandsia stricta Sol. JF 3015 ERVe 5,7 Tillandsia usneoides (L.) L. VS s.no. ERVe 11 Vriesea neoglutinosa Mez TF 75; CF 223 ERVt,e 3, 5, 7 Vriesea procera (Mart. ex Schult.) Wittm. TW 270 ERVt 7 Vriesea simplex (Vell.) Beer TF 176 ERVe 7 Vriesea sucrei L.B.Sm. & Read TF 139A; CF 18 ERVt,e 7 BURMANNIACEAE Burmannia capitata (Walter ex DA 6318 SAP 4 J.F.Gmel.) Mart. CACTACEAE Brasilopuntia brasiliensis (Willd.) CF 2170 ARV 7 A.Berger Cereus fernambucensis Lem. FR 241 ERVt 2,3,5 Epiphyllum phyllanthus (L.) Haw. FR 224 ERVe 7 Hylocereus setaceus (Salm-Dyck CF 2169 ERVe 7 ex DC.) Ralf Bauer Lepismium cruciforme (Vell.) Miq. MF 234 ERVe 7 Melocactus violaceus Pfeiff. MF 243 ERVt 5,6

15 Flora e vegetação da APA de Massambaba 81 Opuntia monocantha (Willd.) Haw. MF 231 ERVt 2 Pereskia aculeata Mill. MF 235 TRE 7 Pilosocereus arrabidae (Lem.) MF 45 ARB 2,3,5 Byles & G.D.Rowley Rhipsalis crispata (Haw.) Pfeiff. MF 240 ERVe 7 Rhipsalis oblonga Loefgr. MF 229 ERVe 7 Rhipsalis pachyptera Pfeiff. MF 238 ERVe 7 CALYCERACEAE Acicarpha spatulata R.Br. JF 2993 ERVt 1 CANNABACEAE Celtis sp. DA 9474; VS 20 ARB 7c Trema micrantha (L.) Blume VS 155 ARV 7c CARYOPHYLLACEAE Stellaria sp. DA 5129 ERVt 11 CELASTRACEAE Cheiloclinium serratum DA 5296 ARB 5 (Cambess.) A.C.Sm. Hippocratea volubilis L. DA 9588; CF 1494 TRE 7 Maytenus aquifolium Mart. CF 2432; DA 7858 ARB 7 Maytenus obtusifolia Mart. CF 220; DA 8702 ARB 2,4,5 Peritassa calypsoides (Cambess.) A.C.Sm. CF 713 TRE 3 Salacia arborea Peyr CF 3553 ARB 7c Salacia elliptica (Mart.) G.Don CF 1282 TRE 7 Tontelea miersii (Peyr) A.C.Sm. CF 1296 TRE 7 CHRYSOBALANACEAEChrysobalanus icaco L. DA 2151; VS 211 ARB 2,10 Couepia ovalifolia (Schott) Benth. DA 8626; JF 3084 ARB 3,5 Couepia schottii Fritsch CF 3187 ARV 7 Licania hoehnei Pilg. CF 1277 ARB 7 CLUSIACEAE Clusia fluminensis Planch. & Triana. DA 4723; JF 3203 ARB 5 Garcinia brasiliensis Mart. CF 3180; DA 6326 ARV 2,7 Kielmeyera membranacea Casar. DA 9811; JF 3052 ARV 7 COMBRETACEAE Buchenavia kleinii Exell CF 3186 ARV 7 Conocarpus erectus L. DA 2154 ARB 10 COMMELINACEAE Commelina erecta L. VS 124 ERVt 11 Dichorisandra thrysiflora Mikan CF 2241; DA 8695 ERVt 7 Gibasis geniculata (Jacq.) Rohweder DA 6824 ERVt 7 CONNARACEAE Connarus nodosus Baker CF 3250; VS 6 ARB 7 CONVOLVULACEAE Bonamia burchelli (Choisy) Hallier CF 3159; DA 9294 TRE 7c Evolvulus genistoides Ooststr. JF 3135 ARB 5 Ipomoea imperati (Vahl) Griseb. JF 3028 ERVt 1,2 Ipomoea pes-caprae (L.) Sweet JF 2997 ERVt 1,2 Jacquemontia holosericea (Weinm.) DA 2132; VS 33 TRE 3,7c O Donnell CRASSULACEAE Kalanchoe sp. CF 30; MP 134 ERVt 3, 11 CUCURBITACEAE Cayaponia tayuya (Vell.) Cogn. CF 3287 TRE 4 Momordica charantia L. VS 116 TRE 11 CYPERACEAE Abildgaardia baeothryon A. St.-Hil. CF 2298 ERVt 4 Bulbostylis tenuifolia (Rudge) J.F.Macbr. JF 3154 ERVt 4 Cladium jamaicense Crantz CF 2297 ERVt 4

16 82 Araújo, D. S. D. et al. Cyperus ligularis L. VS 134 ERVt 11 Cyperus luzulae Rottl. ex Willd. CF 3661 ERVt 7c Eleocharis geniculata (L.) CF 233 ERVt 4 Roem. & Schult. Eleocharis interstincta R.Br. JF 3049 ERVt 4 Fimbristylis cymosa R.Br. MG 606; DA 6866 ERVt 4, 10 Lagenocarpus rigidus Nees DA 5128 ERVt 4,6 Remirea maritima Aubl. JF 3025 ERVt 1 Rhynchospora corymbosa (L.) Britton MG 602 ERVt 4 Rhynchospora holoschoenoides DA 5126 ERVt 4 (L.C.Rich.) Herter Rhynchospora riparia Boeckler JF 3175 ERVt 4 Scleria hirtella Sw. DA 7413 ERVt 4 Scleria latifolia Sw. AQL 34 ERVt 7c DICHAPETALACEAE Stephanopodium blanchetianum Baill. DA 8611 ARB 7 DILLENIACEAE Tetracera breyniana Schldtl. CF 2213 TRE 7 Tetracera lasiocarpa Eichler JF 3063 TRE 7 DIOSCOREACEAE Dioscorea cinnamomiifolia J.D.Hook. CF 1264; JF 3017 TRE 7,7c Dioscorea martiana Griseb. MG 661 TRE 7 Dioscorea ovata Vell. DA 8546 TRE 7 Dioscorea scabra Humb. & Bonpl. ex Willd. CF 1145 TRE 7 EBENACEAE Diospyros inconstans Jacq. CF 1139 ARB 2 Diospyros janeirensis Sandwith CF 3141 ARV 7 ERICACEAE Gaylussacia brasiliensis (Spreng.) Meisn. JF 3109 ARB 5,6 ERIOCAULACEAE Actinocephalus ramosus (Wikstr.) Sano JF 3198 ERVt 5 Leiothrix flavescens (Bong.) Ruhland JF 3199 ERVt 6 Leiothrix hirsuta (Wikstr.) Ruhland CF 2164 ERVt 4 Leiothrix rufula (A.St.-Hil.) Ruhland CF 1403 ERVt 4 Paepalanthus tortilis (Bong.) Mart. JF 3167 ERVt 4 ERYTHROXYLACEAE Erythroxylum ovalifolium Peyr. DA 5294; CF 478 ARB 2,3,5 Erythroxylum pulchrum A.St.-Hil. CF 3183 ARV 7 Erythroxylum subrotundum A.St.-Hil. DA 9910 ARB 7 EUPHORBIACEAE Actinostemon concolor (Spreng.) DA 8056 ARB 7 Müll. Arg. Alchornea triplinervia ssp. janeirensis CF 2366; JF 3206 ARB 8 (Casar.) Müll.Arg. Algernonia obovata Müll.Arg. CF 3185 ARV 7 Chamaesyce thymifolia (L.) Millsp. JF 3027; VS 82 ERVt 1,5,11 Cnidoscolus urens Arthur VS 166 ERVt 11 Croton aff. argyrophylloides Müll.Arg. CF 2221 TRE 7 Croton hemiargyreus Müll.Arg. CF 3290; DA 9587 ARB 7 Croton klotzschii (Didr.) Müll.Arg. AQL 56 ERVt 7c Dalechampia convolvuloides Lam. CF 3664 TRE 7c Dalechampia ficifolia Lam. DA 9469 TRE 7 Dalechampia micromeria Baill. DA 2142 TRE 5

17 Flora e vegetação da APA de Massambaba 83 Euphorbia heterophylla L. VS 185 ERVt 11 Jatropha gossypifolia L. VS 188 ERVt 11 Joannesia princeps Vell. CF 3182 ARV 7 Manihot tripartita (Spreng.) Müll.Arg. DA 9220; CF 1281 ARB 7, 7c Pera glabrata (Schott) Baill. DA 5663 ARV 6 Pera leandrii Baill. DA 9134 ARB 7c Romanoa tamnoides (Juss.) VS 21; JF 2887 TRE 5, 7c A.Radcliffe-Smith Sapium glandulatum (Vell.) Pax DA 7129 ARV 9 Sebastiania brasiliensis var. DA 5108 ARB 5 erythroxyloides (Spreng.) Müll.Arg. Sebastiania corniculata (Vahl) Müll.Arg. JF 3062 ARB 3 Sebastiania glandulosa (Mart.) Pax RP 142; VS 34 ARB 3,5,11 Tragia volubilis L. DA TRE 5 FABACEAE Abarema cochliocarpos (Gomez) CF 2782 ARB 7 Barneby & J.W.Grimes Acacia plumosa Lowe DA 8625; JF 3075 ARB 7 Acacia polyphylla DC. AQL 136 ARV 7 Albizia polycephala (Benth.) Killip CF 3171; DA 9159 ARV 7 Andira fraxinifolia Benth. HC 3845 ARV 7 Andira legalis (Vell.) Toledo CF 3203; DA 8700 ARV 7 Bauhinia microstachya var. TF 173; HCL 2857 TRE 7 massambabensis Vaz Caesalpinia echinata Lam. CF 2784 ARV 7 Caesalpinia ferrea Mart. CF 3308 ARV 7 Canavalia parviflora Benth. DA 9313; VS 126 TRE 7 Canavalia rosea (Sw.) DC. JF 3026 ERVt 1 Centrosema virginianum (L.) Benth. JF 3176; DA 2130 TRE 4,5 Chamaecrista desvauxii (Collad.) Killip. JF 3151 ARB 4 Chamaecrista flexuosa (L.) Greene JF 2996 ERVt 5 Chamaecrista ramosa (Vogel) JF 3151 ARB 5 H. S. Irwin & Barneby Chloroleucon tortum (Mart.) Pittier HC 3124; DA 2138 ARV 2,3,5 Clitoria laurifolia Poir. AQL 90 TRE 7c Copaifera lucens Dwyer CF 3179 ARV 7 Cratylia hypargyraea Mart. ex Benth. JF 3071 TRE 7 Crotalaria spectabilis Roth. VS 84; VS 203 ERVt 11 Dalbergia frutescens (Vell.) Britton DA 9940 TRE 7c Desmodium sp. VS 59 ERVt 11 Desmodium incanum (Sw.) DC. AAB 540 ERVt 4 Desmodium uncinatum (Jacq.) DC. CF 3675 ERVt 7c Exostyles venusta Schott. CF 3181 ARV 7 Indigofera sabulicola Benth. DA 8070; VS 66 ERVt 4, 11 Inga capitata Desv. CF 3174 ARV 7 Inga laurina Willd. CF 3173 ARV 7

18 84 Araújo, D. S. D. et al. Inga luschnathiana Benth. VS 218 ARV 7 Inga maritima Benth. CF 3172; RP 132 ARB 3,7 Machaerium acutifolium Vogel HC 2838 ARV 7 Machaerium hirtum (Vell.) Stellfeld CF 3202; DA 9738 ARV 7 Machaerium lanceolatum (Vell.) DA 9743 ARV 7 J.F.Macbr. Machaerium pedicellatum Vogel CF 1169 ARV 7 Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze HC 2836; VS 90 ARV 7, 11 Mimosa ceratonia L. var. DA 8715 TRE 7 pseudo-obovata (Taub.) Barn. Mimosa elliptica Benth. VS 223 ERVt 11 Ormosia arborea (Vell.) Harms CF 1289; DA 7841 ARV 5, 7 Parapiptadenia pterosperma CF 3170; DA 7246 ARV 7 (Benth.) Brenan Piptadenia trisperma (Vell.) Benth. HC 2799; JF 3000 ARB 7 Platymiscium floribundum Vogel CF 3176; DA 9573 ARV 7 Poecilanthe falcata (Vell.) Heringer CF 3175 ARV 7 Pseudopiptadenia contorta (Benth.) CF 3169; DA 9160 ARV 7 G.P.Lewis & M.P.Lima Pterocarpus rohrii Vahl CF 3198 ARV 7 Rhynchosia phaseoloides (Sw.) DC. DA 9665 TRE 7c Senna angulata (Vogel) H. S. Irwin HC 2832 ARB 7 & Barneby Senna australis (Vell.) H. S. Irwin HC 2837 ARB 3 & Barneby Senna obtusifolia (L.) H.S.Irwin AAB s/no. ERVt 4 & Barneby Senna pendula (Willd.) H. S. Irwin CF 2134; DA 9918 ARB 3,5 & Barneby Sophora tomentosa L. DA 8636; VS 80 ARB 2 Stylosanthes guianensis Sw. RP 138; VS 191 ERVt 5 Stylosanthes viscosa Sw. VS 68 ERVt 5, 11 Swartzia apetala Raddi CF 3178; JF 2898 ARV 7, 7c Zollernia glabra (Spreng.) Yakovlev CF 3177 ARV 2,7 GENTIANACEAE Voyria aphylla (Jacq.) Pers. DA 7410 SAP 7 GESNERIACEAE Codonanthe gracilis (Mart.) Hanst. TF 200 ERVe 7 HALORAGACEAE Laurembergia tetranda (Schott) Kanitz DA s/no. ERVt 4 HUMIRIACEAE Humiria balsamifera (Aubl.) A.St.-Hil. JF 3112 ARB 6 ICACINACEAE Leretia cordata Vell. DA 9751 ARB 7c IRIDACEAE Neomarica northiana (Schnev.) Sprague DA 5107 ERVt 3, 5 LAMIACEAE Aegiphila sellowiana Cham. CF 2371 ARB 7c Hyptis suaveolens (L.) Poit. VS 60 ERVt 11 Marsypianthes chamaedrys Kuntze VS 182 ERVt 11 Vitex rufescens A.Juss. CF 3241 ARV 7 Vitex polygama Cham. JF 3186 ARB 5 LAURACEAE Aiouea saligna Meisn. AA 79 ARV 7

19 Flora e vegetação da APA de Massambaba 85 Cassytha filiformis L. DA 5137 PAR 4, 5 Endlicheria paniculata (Spreng) CF 3473 ARV 7 J.F.Macbr. Ocotea complicata (Meisn.) Mez CF 3253 ARV 7 Ocotea divaricata (Nees) Mez CF 3168 ARV 7 Ocotea glauca (Nees) Mez DA 9308 ARB 5,7 Ocotea notata (Nees) Mez DA 7897; CF 1154 ARB 5,3 Ocotea polyantha (Nees) Mez CF 3327 ARV 7 Ocotea pulchella (Nees) Mez DA 7866 ARB 6 Ocotea schottii (Meisn.) Mez CF 3166 ARV 7 Ocotea squarrosa (Nees) Mez DA 7414; JF 3180 ARB 5 LENTIBULARIACEAE Utricularia tricolor A.St.-Hil. DA 5134 ERVt 4 LINACEAE Linum littorale A.St.-Hil. A.St.-Hilaire* ERVt 4 LOGANIACEAE Strychnos gardneri A.DC. CF 3283 ARV 7 LORANTHACEAE Phthirusa podoptera (Cham. & DA 9213 PAR 7c Schltdl.) Kuijt Struthanthus maricensis Rizzini DA 8590 PAR 7 LYTHRACEAE Cuphea carthaginensis (Jacq.) J.F.Macbr. JF 3044 ;VS 152 ERVt 4, 11 LYTHRACEAE Cuphea flava Spreng. JF 3108 ERVt 4 MALPIGHIACEAE Banisteriopsis sellowiana CF 1695; DA 8598 TRE 7 (A.Juss.) B.Gates Byrsonima sericea DC. CF 3208; JF 3138 ARV 5,6,7 Heteropterys alternifolia W.R. Anderson DA 9959 TRE 7c Heteropterys chrysophylla (Lam.) Kunth AA 73 TRE 7 Heteropterys coleoptera A.Juss. CF 1279 TRE 7 Heteropterys confertiflora A.Juss. AQL 108 TRE 7c Hiraea cuneata Griseb. MF 17 ARB 7 Niedenzuella acutifolia (Cav.) DA TRE 5 W. R. Anderson Niedenzuella phlomoides (Cav.) RP 260 TRE 5 W.R.Anderson Peixotoa hispidula A.Juss. DA 2131; JF 3139 TRE 3,5 Stigmaphyllon aff. auriculatum CF 2172 TRE 7 (Cav.) A.Juss. Stigmaphyllon paralias A.Juss. JF 3193 ARB 5,7c Thryallis brachystachys (Lindl.) Kuntze DA 7736 TRE 7 MALVACEAE Abutilon esculentum A.St.-Hil. DA 5111 ARB 7 Bombacopsis glabra (Pasq.) A. Robyns VS 260 ARV 7 Bombacopsis stenopetala (Casar.) CF 3189; DA 9156 ARV 7 A.Robyns Eriotheca pentaphylla (Vell.) A.Robyns CF 3190 ARV 7 Luehea ochrophylla Mart. CF 3251 ARV 7 Pavonia alnifolia A.St.-Hil. CF 3210; DA 7873 ARB 7 Sida acuta Burm. VS 151 ERVt 11 Sida cordifolia L. VS 32 ERVt 11

20 86 Araújo, D. S. D. et al. Pseudobombax grandiflorum (Cav.) CF 3192; DA 8621 ARV 7 A.Robyns Quararibea turbinata (Sw.) Poir. CF 702; DA 9663 ARB 7 Sida linifolia Cav. VS 156 ERVt 11 Sida micrantha A.St.-Hil. VS 167 ERVt 7 Triumfetta semitriloba Jacq. VS 86 ERVt 11 Waltheria sp. DA 9126; JF 3192 ERVt 4 MARANTACEAE Calathea sp. nov. CF 2219; DA 9212 ERVt 7 Maranta divaricata Roscoe DA 5103 ERVt 7 MARCGRAVIACEAE Norantea brasiliensis Choisy CF 1257; JF 3196 TRE 5,6,7 MELASTOMATACEAE Marcetia taxifolia (A.St.-Hil.) DC. JF 3111 ARB 6 Pterolepis sp. AA 58 ERVt 4 Rhynchanthera dichotoma (Desv.) DC. DA 9632 ARB 4 Tibouchina trichopoda var. DA 6831 ARB 4 tibouchinoides (DC.) Baill Tibouchina urceolaris (DC.) Cogn. JF 3173 ARB 4, 6 MELIACEAE Trichilia aff. pseudostipularis C.DC. CF 3244 ARV 7 Trichilia aff. sylvatica C.DC. CF 3245 ARV 7 MENISPERMACEAE Abuta selloana Eichler DA 9471, 9963 TRE 7 Chondrodendrum platiphyllum CF 1384; DA 9224 TRE 7 (A.St.-Hil.) Miers Odontocarya vitis J. M. A. Braga DA 7258 TRE 7 MENYANTHACEAE Nymphoides indica (L.) O.Kuntz. CF 379 ERVa 4 MOLLUGINACEAE Mollugo verticillata L. VS 196 ERVt 5 MONIMIACEAE Mollinedia glabra (Spreng.) Perkins CF 1674; DA 6841 ARB 7 MORACEAE Brosimum guianense (Aubl.) Huber CF 3204; DA 8610 ARV 7 Clarisia racemosa Ruiz & Pav. CF 3246 ARV 7 Ficus citrifolia P.Mill DA 9737 ARV 7 Ficus clusiifolia Schott. DA 9996 ARV 9 Ficus cyclophylla (Miq.) Miq. DA 6341 ARV 7 Ficus hirsuta Schott. DA 7255 ARV 7 Ficus luschnathiana (Miq.) Miq. DA 7861 ARV 7 Ficus organensis (Miq.) Miq. DA 9473 ARV 7,8 Ficus tomentella (Miq.)Miq. DA ARV 5 Sorocea hilarii Gaudich. VS 123 ARB 7 MYRSINACEAE Cybianthus sp. CF 1360; DA 8593 ARB 7 Myrsine guianensis (Aubl.) O.Kuntze DA 7857 ARV 7 Myrsine parvifolia A.DC. DA 7898 ARB 5 Myrsine rubra M.F.Freitas & L.S.Kinoshita DA 6832 ARV 7 Myrsine umbellata Mart. CF 1400 ARV 7 MYRTACEAE Blepharocalyx salicifolius (Kunth) DA 7245 ARV 7 O.Berg Calycorectes sp. CF 3270 ARV 7 Campomanesia schlechtendalina DA 5669 ARB 5 var. rugosa (O.Berg) Landrum