Maio de 2006 GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES

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1 Proposta Conceitual para um Projeto Piloto de Implementação do Modelo de Reserva da Biosfera em Ambiente Urbano, no marco da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Maio de 006 GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES

2 INICIATIVA Governo do Estado de Santa Catarina Prefeitura Municipal de Florianópolis Câmara Municipal de Vereadores CONCEPÇÃO Fundação Centro de Estudos e Planificação do Ambiente CEPA/Brasil APOIO TÉCNICO-LOGÍSTICO Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras - CERTI SUPERVISÃO Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis - IPUF

3 EQUIPE TÉCNICA E DE APOIO COORDENAÇÃO Arq. Rubén Pesci Fundação CEPA/Brasil Biól. Marcos Da-Ré Fundação CEPA/Brasil Arq. Jorge Pérez Fundação CEPA/Brasil Arq. Lorena Babot Fundação CEPA/Brasil Arq. Pedro Pesci Fundação CEPA/Brasil APOIO TÉCNICO-LOGÍSTICO Eng. José Eduardo Fiates Fundação CERTI Arq. Francisco Silveira Fundação CERTI Adm. Leandro Carioni Fundação CERTI APOIO CARTOGRÁFICO E DE DESENHO Arq. Ivan Reimondi Fundação CEPA Lic. Lucía Pesci Fundação CEPA Desenhista Martín Barzola DESENVOLVIMENTO CONCEITUAL-PERCEPTIVO Participantes das oficinas, conforme listagem apresentada nos Anexos

4 SUMÁRIO I- Apresentação... 4 II- A Iniciativa... 5 II.- A necessidade de integração das figuras de conservação... 5 II.- Objetivos da Iniciativa... 8 II.. - Objetivo Geral... 8 II.. - Objetivos Específicos... 8 II.- Origem e justificativa: A Ilha de Santa Catarina como Projeto Piloto... 9 II.. - Histórico da Iniciativa... 9 II.. - A Ilha de Santa Catarina contextualização... 9 II.. - Potencialidade da Ilha para o Projeto Piloto... III Abordagem Metodológica... 5 III. A construção do processo participativo... 7 III. Resultados das Oficinas Participativas... 8 III..- Modelo conceitual para o zoneamento perceptivo... 8 III..- Resultado da primeira Oficina... 0 III..- Elaboração de mapas consolidados preliminares... III..4 - Resultado da ª Oficina... III..5 Consolidação dos resultados da ª Oficina Participativa... 5 III..6 Resultados da ª Oficina... 5 III..7 - Consensos e avaliação geral... 6 III.- Critérios técnicos a adotar para a elaboração do Projeto Piloto... 0 ANEXOS... 5 Anexo I Documentos de apresentação e apoio oficial... 6 Anexo II Resultados das Oficinas Participativas... 4 Anexo II. Resultados da ª Oficina Participativa... 4 Anexo II. Mapas-base para a ª Oficina Participativa, gerados pela Equipe de Coordenação através da análise e compilação dos resultados da ª Oficina Anexo II. Resultados da ª Oficina Participativa Anexo II.4 Consolidação dos resultados da ª Oficina, realizada pela Equipe de Coordenação Anexo II.5 Resultados (parcial) da ª Oficina Participativa: ajustes urbanísticos... 7 Anexo II.6 Lista de Participantes das Oficinas Participativas Anexo II.7 Proposição dos participantes da ª Oficina Participativa quanto ao instrumento de gestão e vinculação à estrutura da RBMA Anexo II.8 - Recomendação dos participantes da ª Oficina Participativa quanto à articulação sinérgica desta iniciativa com o processo de elaboração do novo Plano Diretor de Florianópolis...79 Anexo III Áreas Legalmente Protegidas (ALPs) na Ilha de Santa Catarina8

5 I- Apresentação O presente documento é fruto de um processo que iniciou-se a partir de uma provocação acadêmica, pautada no desafio da integração de diferentes figuras de conservação no âmbito da UNESCO e de outros organismos multilaterais. Envolvida com tal discussão acadêmica, a Fundação CEPA (Centro de Estudos e Planificação do Ambiente) desenvolveu uma abordagem que integra o modelo clássico das Reservas da Biosfera aos questionamentos básicos advindos da Ecologia Urbana, buscando uma interface entre a conservação da natureza e de seus processos com a manutenção do patrimônio cultural e dos processos de urbanidade. O laboratório de campo ideal identificado para materializar tal abordagem conceitual foi a Ilha de Santa Catarina, Florianópolis, Brasil. Dessa forma, propõe-se como iniciativa construir um projeto-piloto no sentido de implementar essa abordagem conceitual sobre um recorte da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica em contexto urbano de grande significância. A contribuição desse piloto não se resumirá a desenvolver uma metodologia que busque salvaguardar a Reserva da Biosfera frente à realidade da expansão urbana, mas também incorporar ao planejamento urbano a perspectiva dos espaços naturais e seus processos como parte dos valores de urbanidade. Portanto, a principal inovação proposta está no mecanismo e na estratégia de implementação de uma Reserva da Biosfera a partir da sua gestão em conjunto com o contexto urbano. Nesse sentido, fundamental foi o envolvimento das instâncias governamentais (Governo do Estado, Prefeitura e Câmara de Vereadores de Florianópolis), as quais detêm o poder institucional para normatização e gestão do espaço da Ilha de Santa Catarina, capital do Estado. Ao encamparem essa iniciativa conceitual, assumem também um compromisso com suas diretrizes para o exercício de suas prerrogativas sobre o território. Ainda fundamental é a participação da sociedade multifacetada, com seus diversos interesses, no sentido de construir o interesse comum. Como primeiros passos nesse processo de construção comum, o presente documento é resultado também de uma experiência quanto à percepção dos diversos segmentos sociais sobre o modelo conceitual em desenvolvimento. Isso foi efetivado em quatro eventos de discussão, entre eles três oficinas participativas, onde foram gerados diversos mapeamentos perceptivos e onde se confluiu para um primeiro modelo conceitual perceptivo. Os resultados desse trabalho participativo são também apresentados no presente documento, e certamente consistem em subsídio de grande importância para análises técnicas mais acuradas posteriores, na sequência de desenvolvimento do piloto, as quais deverão retornar à validação social de forma integrada. Finalmente, decisivos para o amadurecimento desta iniciativa foram as diversas discussões no âmbito da estrutura de gestão da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA). Isso ocorreu através de uma série de reuniões como o Coordenador do Comitê estadual e com o Presidente do Conselho Nacional, além de três apresentações ao Comitê Estadual (dezembro de 005, março e abril de 006), que em muito contribuiu para a própria formatação do presente documento, e também de uma apresentação formal da iniciativa ao Bureau do Conselho Nacional (abril de 006). 4

6 II- A Iniciativa II.- A necessidade de integração das figuras de conservação O Programa MaB (O Homem e a Biosfera), da UNESCO, encontra-se num processo de integração com as outras figuras internacionais de conservação, como os Sítios de Patrimônio Mundial e os Sítios Ramsar. Tal processo tomou forma no Congresso Ibero-americano para a articulação das distintas figuras de conservação, realizado pela UNESCO em outubro de 005 em Xalapa, México. As Reservas da Biosfera (RB), uma rede que abrange mais de 400 sítios no mundo todo, têm sido um instrumento muito importante para a conservação e, por isso, foi o principal desencadeante do mencionado Congresso Ibero-americano. No entanto, uma das novidades deste foi a consideração de novas modalidades de RB, como as reservas em arquipélago ou em constelação, as reservas periurbanas e as reservas em ambiente urbano, uma vez que se torna necessária uma concepção e um manejo que abarque estas novas dimensões. A proposição de RB em ambiente urbano traz um enfoque que vem fortalecer um caminho que a UNESCO iniciou há mais de duas décadas: a articulação de áreas de conservação natural e de gestão urbana sustentável, buscando compatibilizar a ecologia urbana com os objetivos das RB. Nesse congresso se buscou, com toda clareza, a articulação de figuras de conservação e em especial a inclusão das Reservas da Biosfera Urbanas, como uma categoria inovadora dentro do Programa MaB. Em todo o mundo é evidente a pressão que as áreas urbanas exercem sobre as áreas de conservação natural e, como conseqüência, a UNESCO está atenta a essa perspectiva. Essa crescente pressão provoca questionamentos como: É possível manter a conservação de ambientes naturais e da biodiversidade em regiões onde a pressão do crescimento urbano e a voracidade das cidades só parecem atentar contra essa conservação? A pergunta acima dá lugar a uma segunda, de muito interesse: É acaso possível imaginar a conservação de ecossistemas ou grandes porções de unidades biogeográficas em contato com regiões urbanas, se não se maneja articuladamente o urbano e o rural, o construído e o natural? Existe ainda a problemática da própria cidade e suas zonas intraurbanas (que também merecem um manejo mais sustentável), de sua fauna e sua flora, de seus processos cíclicos de matéria, energia e informação, enfim, da qualidade de vida. 5

7 Esta realidade, que atualmente caracteriza um problema, vincula-se aos processos de urbanização mais atuais, de conurbações mais ou menos contínuas (alguns autores as definem como metápoles ) entre vários núcleos urbanos de distinta magnitude. Não é casualidade que esta problemática esteja se propagando; trata-se, na realidade, da conseqüência do aumento da mobilidade individual e coletiva (não fixa a trilhos exclusivos, como o caso da ferrovia) que permitiu durante todo o século XX um grande processo de explosão suburbana e de multiplicação de macro e micropólos de assentamentos humanos, em uma rede rural-urbana complexa, um sistema altamente entrópico e fractal. Este processo possui algumas vantagens, como a possibilidade de uma estrutura urbana mais multipolar, mais equilibrada e menos congestionada, mas que contêm graves problemas como sua capacidade de alteração multidimensional e multilocacional. Todo o território se urbaniza (que pode ser positivo desde uma perspectiva de serviços urbanos e relações de urbanidade), mas ao mesmo tempo se suburbaniza com carência de equipamentos e serviços suficientes, com deslocamentos de atividades rurais, com alteração de muitos serviços ambientais e de toda a perspectiva razoável de valor da terra. Por último, torna-se quase impossível a administração e a satisfação de necessidades sociais em territórios muito extensos e de baixa densidade. Por isso, incorporar um olhar de resguardo da biosfera que nos aporta o Programa MaB a essas situações metapolitanas, ou de conturbações complexas, caóticas e de alto impacto ambiental natural, pode resultar eficaz. Nesse sentido, se produziria uma desejada fusão de duas visões que para o Programa MaB foram muito importantes: por um lado as Reservas da Biosfera, com suas finalidades, e por outro, os estudos de ecologia urbana com seus questionamentos. Da perspectiva das Reservas da Biosfera, destacam-se dentre as finalidades: - a proteção da biodiversidade; - a pesquisa científica básica; - a pesquisa científica aplicada; - a educação ambiental; - o manejo adequado da recreação e o turismo; - o desenvolvimento produtivo ecológico e culturalmente compatíveis. Para isso, existe uma taxonomia ou classificação de zonas componentes das RB, que vem dando excelentes resultados até o momento. Essa classificação admite que o território da reserva tenha três gradientes ou hierarquias de conservação: a) Áreas ou Zonas Núcleo, de conservação estrita de patrimônio natural ou cultural, com finalidades essencialmente científicas. 6

8 b) Áreas ou Zonas de Amortecimento (Buffer), no entorno imediato das áreas núcleo, com a finalidade de pesquisa aplicada, de educação ambiental, de turismo e recreação de baixa carga antrópica, e de conservação de ambientes naturais e culturais vinculados à conservação da área núcleo (bacias hidrográficas, sistema de florestas, terrenos úmidos, etc.). c) Áreas ou Zonas de Amortecimento Externa ou Transição, que rodeiam as áreas núcleo e as áreas de amortecimento propriamente ditas no restante do território até os limites estabelecidos para a reserva, onde se podem realizar atividades produtivas, agrárias, turísticas e urbanas, e inclusive de pequena e média empresa industrial ou artesanal, na medida em que se produza um manejo apropriado para evitar impactos negativos que possam afetar os outros dois tipos de zonas da reserva. Esta simples instrução de planejamento, que admite variantes segundo cada caso (uma das mais interessantes é a de reserva em constelação ou de arquipélago, onde se trata de uma rede de áreas núcleo em um território mais complexo e aumentado), permitiu muitas vezes um manejo bem sucedido da casuística referida, e apresenta para o futuro um cenário ainda mais próspero de fortalecimento e desenvolvimento. Sob a ótica do contexto urbano, por outro lado, surgem da Ecologia Urbana uma série de questionamentos básicos, a exemplo do que segue: - Como funciona a cidade (estudo do metabolismo urbano)? - Como se vive e se percebe a cidade (estudo da percepção urbana)? - Como se controla a cidade (uso de modelos)? - Como se relacionam a cidade e sua região (estudo da cidade e sua hinterland)? - Como cuidar da biologia da cidade (estudo dos indicadores biológicos)? - Como preservar os pulmões da cidade (estudo das áreas verdes)? Nesse sentido a consagrada Reserva da Biosfera da Mata Atlântica (RBMA), situada na zona costeira brasileira, é uma demonstração emblemática da interface meio natural e meio construído. A zona costeira brasileira é a região de maior adensamento populacional e onde se situam 5 das 9 metrópoles do país, apresentando muitas situações de remanescentes florestais inseridos ou vizinhos a grandes centros urbanos. Como exemplo pode-se citar o caso da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo, que tenta responder à problemática dessa enorme borda exterior à megalópole na procura dessa articulação: viver urbanamente, mas com um ambiente natural próximo da qualidade, e conservar nesse ambiente a natureza. No entanto essa conservação admite a aparição dos usos vinculados a grandes áreas urbanas (recreação, agricultura urbana, grandes equipamentos, corredores de acessibilidade, etc). 7

9 Porém a RB do Cinturão Verde de São Paulo segue toda a metodologia das RB, sem a inclusão da área urbana principal no contexto da própria Reserva. Essa inclusão resultaria em uma Reserva da Biosfera em Ambiente Urbano (RBU). A RBU tem uma proposta de inserção da zona urbana no processo de gestão das áreas de conservação. Essa inclusão é justamente o que resultaria efetivamente em uma Reserva da Biosfera em Ambiente Urbano (RBU), capaz de integrar as finalidades da RB aos questionamentos da Ecologia Urbana em um mesmo contexto, indissociados. Assim, a RBU tem uma proposta de inserção da zona urbana propriamente dita no processo de gestão das áreas de conservação. Dentro dessa proposta surgiu a iniciativa de desenvolvimento de um projeto piloto na Ilha de Santa Catarina, um projeto que levasse ao desenho metodológico e ações práticas da primeira implementação do modelo de Reserva da Biosfera em Ambiente Urbano (RBU), dentro do marco da RBMA. II.- Objetivos da Iniciativa II.. - Objetivo Geral Concretizar a implementação da RBMA na Ilha de Santa Catarina através de uma proposta do desenvolvimento de um Projeto Piloto da Reserva da Biosfera em Ambiente Urbano (RBU) aplicado à Ilha com um todo, buscando alcançar um manejo integrado de unidades de conservação e suas áreas urbanas adjacentes. II.. - Objetivos Específicos a) Obter o apoio das distintas instâncias da UNESCO e sua vinculação com a RBMA, para aprovar o desenvolvimento do Projeto Piloto; b) Experimentar um modelo de ocupação do território insular que integre estrategicamente a conservação natural e cultural com a evolução da vida urbana; c) Incrementar e articular as zonas núcleo naturais e incorporar também núcleos urbano/culturais; d) Reverter o processo de degradação das regiões de transição e amortecimento, revisando os critérios para seu zoneamento e manejo; e) Aumentar as oportunidades de desenvolvimento dos ilhéus sem ultrapassar a capacidade de carga da ilha; f) Ser um modelo replicável de ecologia urbana aplicada para as interfaces urbanas de outras Reservas da Biosfera. 8

10 II.- Origem e justificativa: A Ilha de Santa Catarina como Projeto Piloto II.. - Histórico da Iniciativa A iniciativa de desenvolver um Projeto Piloto para a Reserva da Biosfera em Ambiente Urbano teve sua origem na Fundação CEPA (Centro de Estudos e Planificação do Ambiente) que, a convite da UNESCO/Iberomab, apresentou a idéia no Congresso ibero-americano de articulação de figuras de conservação, ocorrido na cidade de Xalapa, México, em outubro de 005. Com apoio do Governo do Estado de Santa Catarina, Prefeitura e Câmara de Vereadores do Município de Florianópolis e Fundação CERTI (Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras), a Fundação CEPA apresentou a Ilha de Santa Catarina como estudo de caso para o projeto piloto de uma RBU. A proposta foi muito bem recebida no referido Congresso, sendo que algumas condicionantes foram levantadas, tais como: - que a proposta fosse devidamente aprovada nas instâncias pertinentes no Brasil e, somente então, fosse encaminhada à UNESCO; e - que houvesse articulação da proposta da RBU com a RBMA, uma vez que parte do território da Ilha de Santa Catarina está inserido na RBMA. Dessa maneira iniciou-se uma gama de atividades com o objetivo de materializar a iniciativa em uma proposta conceitual, de envolver na discussão o Comitê Estadual da RBMA em SC, o Conselho Nacional da RBMA e a Comissão Brasileira do Programa MaB (COBRAMAB), e de estruturar o Projeto-Piloto para ser apreciado pelo Conselho Internacional do Programa MaB em sua reunião no segundo semestre de 006. II.. - A Ilha de Santa Catarina contextualização A Ilha de Santa Catarina abriga quase a totalidade do município de Florianópolis, Capital do Estado de Santa Catarina. A Ilha apresenta porção significativa do seu território coberto por unidades de conservação e áreas de importância ecológica elevada ainda não urbanizadas. A urbanização dessa capital vem crescendo aceleradamente nas últimas décadas e a malha urbana se expande pressionando os remanescentes naturais e áreas de conservação. Sendo uma Ilha, espaço geograficamente limitado, é imprescindível uma resposta de gestão do território que contemple as necessidades urbanas e conservacionistas de maneira integrada. Não havendo a adequada gestão ambiental das áreas destinadas à ocupação por atividades humanas, a provável contaminação da água, do ar e do solo, o avance das periferias sobre as bordas das unidades de conservação e as modificações culturais e de padrão de consumo poderão provocar danos graves e irreversíveis nas áreas destinadas à conservação e à própria população. 9

11 Para caracterizar globalmente o território da Ilha de Santa Catarina recorreu-se a extratos da Tese Permanências e transformações no espaço costeiro: formas e processos de crescimento urbano-turístico na Ilha de Santa Catarina, do arquiteto e urbanista Almir Francisco Reis: A Ilha de Santa Catarina, onde se localiza a capital do estado, constitui marco extremamente importante no contexto do litoral catarinense. Afastada da linha da costa por uma distância de até 5 km, com 44,4 km, a ilha desenvolve-se entre as latitudes 7º e 7º50, paralelamente ao litoral, com eixo longitudinal que mede aproximadamente 55km na direção N-S. É separada do continente pelas baías Norte e Sul, que apresentam profundidades máximas na ordem dos metros, sendo unidas pelo Canal do Estreito, onde se encontram as pontes que ligam a ilha ao continente, e onde a profundidade atinge 8 metros. A enorme diversidade morfológica e de tipo de solo propiciou o desenvolvimento de vários ambientes e diferentes ecossistemas naturais. A Mata Atlântica desenvolveu-se junto às encostas dos morros. Nas áreas planas e de solo arenoso desenvolveu-se vegetação de restinga formada, principalmente, por arbustos e ervas. Os manguezais, que têm seu limite austral no litoral catarinense, localizaram-se nas margens das baías, nas desembocaduras dos principais rios. Somam-se a estes ambientes: campos de dunas, costões rochosos, baías, ambientes lagunares. A concentração, em área bastante pequena, de tal diversidade de ambientes e habitas para a fauna, a flora e o homem é, certamente, a maior do Estado de Santa Catarina, e, de certa forma, sintetiza muitas das características ambientais de todo o seu litoral. O município de Florianópolis (46,5 km, 78hab/km) ocupa toda a Ilha de Santa Catarina (44,4km) e uma pequena porção situada no continente (, km), que se conurba com outros municípios próximos. A ocupação do território insular é bastante diferenciada daquela existente no continente. A Ilha sempre comportou o centro da cidade, as principais instituições públicas e privadas, o comércio, os lugares habitados pelas classes de maior poder aquisitivo e os balneários. Por outro lado, a fim de reconhecer as questões necessárias de se enfrentar para trabalhar sobre essa Ilha, tomou-se o texto do biólogo e mestre em geografia José Olímpio, intitulado Planejamento e gestão de áreas naturais protegidas na definição de bases para uma sociedade sustentável na Ilha de Santa Catarina Brasil, que traz quatro aspectos fundamentais para o planejamento e a gestão sustentável na Ilha:...Degradação ambiental na Ilha: a partir do século XVIII, com o incremento da ocupação da Ilha em razão da colonização por açorianos, iniciou-se rápido processo de degradação. A cobertura vegetal original foi desmatada em cerca de 76% do total até o ano de 978, sendo as florestas o ambiente mais atingido (86% do total) (CARUSO, 990). 0

12 Apesar do franco processo de regeneração da vegetação, ocorrido nas últimas décadas, em razão do declínio da agropecuária e da exploração madeireira, a maior parte da vegetação hoje remanescente está longe da original em termos de diversidade e estrutura (OLIMPIO apud CECCA 997a). Este processo, aliado à caça, gerou efeitos negativos para a fauna. OLIMPIO (995) diagnosticou a extinção de cerca de 5% das espécies de mamíferos de médio e grande porte na Ilha. RODRIGUES (997) também registrou extinções entre a fauna de aves. A atual ameaça aos ambientes naturais tem sido a crescente expansão urbana desordenada (CECCA, 997b), que vem promovendo a ocupação e a fragmentação dos diversos ambientes naturais remanescentes. A ineficácia das áreas naturais protegidas da Ilha: a existência de vasta legislação de proteção de áreas naturais não tem garantido a defesa dessas áreas, que vêm sendo sistematicamente invadidas e ocupadas ilegalmente (CECCA, 997b). Através de criterioso estudo do grau de implantação das UC s da Ilha, QUEIROZ et al.(00) verificaram que nenhuma das Unidades analisadas obteve índice acima de padrão mediano, sendo que 4 dos 5 parques municipais obtiveram pontuação equivalente ao padrão inferior (pouco satisfatório). As três UC s mais pontuadas são exatamente as que estabeleceram parceria com ONG s (Estação Ecológica de Carijós, Reserva Biológica do Arvoredo e Reserva Extrativista do Pirajubaé). A precariedade das UC s da Ilha também foi registrada por HAUFF (997). Segurança pública e as áreas naturais protegidas da Ilha: a inexistência, na maioria das UC s, de gestão efetiva (programas de fiscalização, de promoção e controle de visitação e/ou educação ambiental, pesquisa e monitoramento) torna estas áreas atraentes à criminalidade. Nos últimos anos, a freqüência de crimes diversos, oportunizados pelo abandono dessas áreas é alarmante. É cada vez mais comum noticias de casos de assaltos à mão armada, agressões, brigas, estupros, homicídios e tráfico de drogas. Este é um triste cenário que tende a agravar-se em contextos urbanos, caso estas áreas não sejam devidamente ocupadas pelo poder público para prestarem seus serviços à sociedade. A possível contribuição ao planejamento da cidade: as áreas naturais protegidas (UC s, APP s e áreas tombadas) somam mais de 40% do território da Ilha, tornando-se assim, fundamental ponto de partida para a definição de um macro-zoneamento norteador de Planos Diretores do Município. Para um planejamento adequado e orgânico, torna-se fundamental a implementação do princípio de manutenção e/ou promoção de conectividade entre os principais remanescentes de ambientes naturais. Isto contribuirá para o ordenamento da cidade na forma de mosaico, evitando-se os grandes aglomerados urbanos que crescem de forma concêntrica, gerando perda de qualidade de vida. Neste sentido, é urgente a manutenção e a revitalização do corredor de flora e fauna da Ilha ou corredores ecológicos, conforme discutido por OLIMPIO (995) e QUEIROZ (000). Estes corredores devem cumprir o papel de manutenção de conectividade entre as áreas protegidas, propiciando saúde ecológica e genética aos ecossistemas e, ao mesmo tempo, contribuindo para o ordenamento urbano mais humano.

13 No entorno das Unidades de Conservação, na zona de amortecimento (área onde as atividades humanas devem ser orientadas pela minimização de impactos negativos sobre as UC s), o incentivo de melhores práticas, alternativas e amigáveis aos objetivos das Unidades deve ser incentivado, a exemplo do idealizado no Plano de Desenvolvimento Sustentável no Entorno da Estação Ecológica de Carijós elaborado em 00, de forma participativa com as comunidades, pela ONG Amigos de Carijós e a Empresa Socioambiental, com apoio do IBAMA e recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA). Neste mesmo sentido segue o empreendedorismo coletivo (produção gerada por associações, cooperativas, etc.) promovido pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em algumas UC s do Brasil, através do Programa de Desenvolvimento Local, Integrado e Sustentável (DLIS), antigo PRODER (Programa de Desenvolvimento, Emprego e Renda) (VIÉGAS, 00). Este tipo de iniciativa vem quebrando a idéia de oposição entre conservação e desenvolvimento humano, e pode contribuir muito também com processos participativos de planejamento e ordenação da ocupação e do uso do solo de forma adequada. II.. - Potencialidade da Ilha para o Projeto Piloto Com as condições anteriormente descritas, a proposta de tomar a Ilha de Santa Catarina como um caso especial de aplicação do Programa MaB em Ambiente Urbano coloca-se em evidência pela singularidade e excepcionalidade dessa ilha. Iniciar o caminho para que a Ilha de Santa Catarina seja um Projeto Piloto de interesse mundial do Programa MaB em ambiente urbano, com a abordagem dentro do marco maior da RBMA, é um desafio de interesse científico, profissional, comunitário e político. Coloca a Ilha no mapa mundial com um destaque especial, e conseqüentemente o Estado e a Nação, e permite começar um processo para um manejo sustentável de um dos espaços mais privilegiados do litoral do Brasil.

14 Ilha de Santa Catarina Acredita-se que a Ilha de Santa Catarina tenha um potencial factível de ser parte de um projeto piloto de RBU pelas seguintes razões: a) Por ser parte de uma Reserva da Biosfera já existente (RBMA), dando uma oportunidade de implementar a própria RBMA com maior apoio governamental e de focalizar em uma experiência inovadora e necessária; b) Pela importância e rapidez dos processos de urbanização dentro da RBMA, exigindo alguma experiência piloto de articulação urbano-natural que possa ser replicada a outros casos articulação urbano-natural, seja na própria RBMA ou em outras grandes Reservas da Biosfera; c) Por suas dimensões amplas, porém manejáveis como caso piloto de aplicação concreta; d) Por sua singularidade territorial, onde a identificação de relações de interdependência dos fluxos de matéria, energia e informação são facilitadas pela característica da insularidade; e) Por sua unidade governamental, sendo todo o território da Ilha pertencente a um só município Florianópolis;

15 f) Por seu nível de população e densidade, que demonstra claramente uma situação causada por processos de urbanização, mas sobre uma matriz territorial ainda predominantemente natural. Como foi citado, devem ser enfrentadas a crescente degradação ambiental, a ineficácia da proteção até o momento, a falta de segurança em áreas naturais protegidas, e em compensação, a possível contribuição ao planejamento integrado da cidade, enquadrado em uma situação ainda controlável e factível de sustentabilidade; g) Pela singularidade de uma organização urbana multipolar na Ilha, como derivação de uma história de pequenos portos de pescadores na franja litorânea e o processo posterior de ocupação em núcleos turísticos; h) Pela disposição das instituições que participaram no desenho da iniciativa, inclusive das instâncias de Governo e poder legislativo, encontrando-se indicativos de consensos importantes; i) Pela predisposição do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e do Comitê Estadual da mesma, em discutir esta proposta e contribuir para seu aperfeiçoamento e desenvolvimento. 4

16 III Abordagem Metodológica O Projeto-Piloto avaliará o território da Ilha de Santa Catarina com o enfoque metodológico das Reservas da Biosfera, ampliando-o à consideração de suas interfaces com o meio urbano. A visão da ecologia urbana centrada no manejo dos fluxos de matéria, energia e informação, vendo a cidade como parte de um território maior com o qual mantém fluxos de interdependência, leva a considerar a taxonomia de zoneamento das RB em relação estreita com os distintos tipos de áreas urbanas com os quais mantém uma intensa interface. Para isso propõe-se um aporte inovador à taxonomia habitual de classificação das zonas de uma RB clássica, com seus três tipos de zonas: núcleo natural, amortecimento e transição. Propõe-se a inclusão de mais dois tipos que abarcam o meio urbano: zona núcleo urbano e zona de amortecimento urbano. Assim, trata-se de espelhar a tipologia usual das RB para o lado urbano, sendo que a zona de transição contempla a maior interface entre os valores vinculados com a proteção da biodiversidade e os aspectos de melhor organização do espaço urbano. Ao final têm-se cinco tipos de áreas, desde as predominantemente naturais até as predominantemente urbanas, tendo nas áreas de transição a interface acentuada entre os dois domínios (quadro a seguir). 5

17 O efeito desse gradiente deve se materializar contudo na percepção e consequentemente na gestão sobre os espaços. Quanto aos espaços naturais destacam-se dois aspectos: por um lado, surge a percepção pelo cidadão de que o espaço natural é parte do seu lugar, e portanto sua integridade deve ser valorizada; por outro lado, possibilita-se a incorporação do uso público nos espaços naturais como atividade ou equipamento da cidade, consolidando a valorização do natural e qualificando a vida urbana. Já sobre os espaços urbanos o aspecto que se destaca é uma preocupação de fundo: como desenvolver-se sem que seus fluxos de matéria, energia e informação afetem negativamente os espaços naturais, agora compreendidos como parte indissociável do lugar do cidadão, fundamental para sua qualidade de vida urbana. A estratégia de implementação efetiva desse modelo foi estruturada para ser desenvolvida em três momentos subsequentes: a) º momento (Fase ): formulação da iniciativa Este é o processo iniciado com a origem da idéia e consolidado com a finalização deste documento. Esse processo inclui a formulação inicial do conceito e sua aplicação espacial perceptiva e aprimoramento, por meio de oficinas participativas, como descrito detalhadamente adiante. Esse primeiro momento está concluído. b) º momento (Fase ): desenho do projeto-piloto e busca de financiamento Uma vez que está formulado o conceito básico da proposta, dispondo-se inclusive dos resultados perceptivos advindos das oficinas participativas realizadas no º momento, o próximo passo será a estruturação de uma proposta efetiva de Projeto-Piloto. A construção desse projeto partirá dos resultados perceptivos disponíveis, que passarão então por uma leitura técnica mais acurada e precisa, gerando uma base propositiva inicial do zoneamento. Essa deverá então passar por uma discussão, aprimoramento e validação pelos segmentos sociais, buscando consolidar-se de forma acordada. Paralelamente serão detalhados a estratégia e metodologias de implementação, bem como o dimensionamento enquanto Projeto-Piloto, e serão definidos os papéis e atribuições institucionais e a estrutura de gestão específica. Essa fase será a próxima a ser implementada. Com o projeto estruturado e aprovado no Programa MaB/UNESCO, será então iniciado o processo de captação de recursos para sua implementação. c) º momento (Fase ): implementação do Projeto-Piloto e do seu sistema de gestão Com a aprovação do Projeto-Piloto no âmbito das instâncias brasileiras e internacional do Programa Mab/UNESCO, e com a efetiva captação de recursos necessários, o Projeto entrará em sua fase de implementação e monitoramento, sob gestão de sua respectiva estrutura específica, vinculada à própria estrutura de gestão da RBMA. 6

18 A seguir encontra-se uma descrição das atividades participativas já realizadas e de seus resultados, que nortearão o desenvolvimento de uma proposta de Projeto-Piloto para uma RBU na Ilha de Santa Catarina. Tais atividades foram realizadas como parte fundamental da etapa de formulação da iniciativa. III. A construção do processo participativo Nessa etapa inicial era necessário formalizar a iniciativa e que a mesma contasse com o maior consenso possível de organismos e instituições vinculadas à problemática que se estava levantando. Inicialmente se desenvolveu um processo de consultas institucionais e técnicas com o Conselho Nacional e o Comitê Estadual da RBMA, que ajudaram a definir a iniciativa nos termos antes mencionados e o viram, nesse marco, como uma proposta de alto interesse: conseguir a aprovação por parte da UNESCO para um Projeto Piloto de Reserva da Biosfera em Ambiente Urbano, que possa ter valor experimental para o Brasil e outros casos no mundo. Essas consultas institucionais e técnicas se desenvolveram entre novembro e dezembro de 005, com consultas também à direção da Fundação Estadual de Meio Ambiente de Santa Catarina (FATMA) e ao Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF). Essas consultas tiveram um resultado positivo, o que impulsionou a iniciativa a buscar também a consulta às entidades vinculadas à conservação e ao desenvolvimento da Ilha de Santa Catarina. Para tanto foram programados e realizados quatro encontros participativos, com uma ampla lista de instituições e entidades vinculadas ao tema, representadas por algum dirigente, membro ou funcionário qualificado (ver Anexo II.6). Esses encontros destinaram-se a:. Apresentação da iniciativa, debates e questionamentos. Realizado em dezembro de 005. Seguiu-se por ajustes no processo e na metodologia.. Primeira Oficina Participativa, dividindo o público em três grupos de trabalho, para perceber as potencialidades e conflitos atuais das áreas de conservação natural, áreas e modos de valorização do patrimônio cultural e áreas de maior ou menor sustentabilidade urbana. Ocorreu em janeiro de Segunda Oficina Participativa, com a formação de dois grupos de trabalho: Meio natural, incluindo o enfoque cultural arqueológico; e Meio/urbano, incluindo o enfoque cultural intangível e arquitetônico. Essa º Oficina já resultou em uma primeira aproximação perceptiva do zoneamento proposto e de seus critérios, conforme a opinião dos participantes. Realizou-se em fevereiro de

19 4. Terceira Oficina Participativa, para apresentar os ajustes derivados da superposição dos resultados dos grupos de trabalho da ª Oficina e os consensos e dissensos sobre os resultados obtidos. Durante essa oficina produziu-se uma segunda aproximação perceptiva do zoneamento, e se esclareceram muitos dos dissensos, ficando somente cinco pequenas áreas em dúvida (ver mapa no item III..7) que não chegam a influenciar na formatação do modelo conceitual geral do território. Também se tratou o assunto da gestão considerando-se que pode ser positiva a criação de um sub-comitê para este projeto piloto de RB em ambiente urbano, tal como havia sido sugerido pelo Presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica. Além de iniciar a adesão e a contribuição dos diversos segmentos sociais à efetiva construção da proposta, o processo participativo das oficinas buscou testar a validade do conceito e sua aplicabilidade frente à percepção dos segmentos sociais diversificados. Isso não apenas se concretizou, gerando mapas e critérios que embora perceptivos se constituem em diretrizes fundamentais para o trabalho técnico posterior, mas também demonstrou a solidez e a aplicabilidade do conceito como potencial catalisador de convergência de interesses. A descrição do processo e resultados das três oficinas participativas se encontra no item III.. III. Resultados das Oficinas Participativas III..- Modelo conceitual para o zoneamento perceptivo Para o desenvolvimento da etapa inicial do processo se utilizou o zoneamento clássico das RB com suas três zonas: zona núcleo, de amortecimento e de transição. A esse zoneamento se incorporou dois tipos novos de zonas, que a partir da zona de transição reconhecem a necessidade de uma zona de amortecimento urbana e uma zona de núcleo urbano. Dessa maneira adaptou-se a zonificação clássica para gerar uma integração do natural e do urbano da maneira como exposta a seguir. Parte inovadora da proposta:. núcleo urbano, às zonas urbanas já consolidadas e com alto grau de interesse pela presença de patrimônio e níveis aceitáveis de sustentabilidade, que constituem também centralidades para a articulação da vida urbana no território. 8

20 . amortecimento urbano, às zonas urbanas em processo de consolidação ou de irreversível retorno à condição rural, mas onde é necessário melhorar a qualidade de vida, de infra-estrutura e de serviços, bem como de estética urbana, para acompanhar devidamente às zonas núcleo urbano adjacentes ou próximas. Nestas zonas será primordial alcançar uma utilização do solo adequada, evitando vazios urbanos para conseguir a sustentabilidade da funcionalidade da cidade.. Transição urbana, às zonas de interface entre o amortecimento urbano e o amortecimento natural, onde devem ser obtidas pressões aceitáveis de uma sobre a outra, de forma tal que sejam possíveis assentamentos humanos com qualidade, de baixa densidade habitacional e baixa ocupação do solo, porém, com uma matriz de relações característica da vida urbana e, por outro lado, conservando uma matriz de continuidades naturais (malha hídrica, zonas baixas alagáveis, conexões de habitats nativos, grandes cenários paisagísticos, etc.), não destruindo os padrões naturais adjacentes. Na forma de uma cidade descontínua, articulada com corredores naturais. Esse conjunto interage com o zoneamento clássico, complementando-se: 4. Zona de amortecimento externa ou transição, que rodeiam as zonas núcleo (do modelo clássico) e as zonas de amortecimento propriamente ditas no restante do território até os limites estabelecidos para a reserva (ou, agora, até o limite com a zona de amortecimento urbano), onde se podem realizar atividades produtivas, agrárias, turísticas e urbanas, e inclusive de pequena e média empresa industrial ou artesanal, na medida em que se produza um manejo apropriado para evitar impactos negativos que possam afetar os outros dois tipos de zonas seguintes. Obs: é importante ressaltar que a zonas de transição urbana e a de transição natural são as mesmas, que se sobrepõem nessa proposta inovadora. 5. Zona de amortecimento (buffer), no entorno imediato das zonas núcleo (natural), com a finalidade de pesquisa aplicada, de educação ambiental, de turismo e recreação de baixa carga antrópica, e de conservação de ambientes naturais e culturais vinculados à conservação da área núcleo (bacias hidrográficas, sistema de florestas, terrenos úmidos, etc.). 6. Zona núcleo, de conservação estrita de patrimônio natural, com finalidades essencialmente científicas. Esta classificação em 5 zonas pode ver-se representada pelo gráfico a seguir, onde não está sendo simulada a situação real, mas um modelo aproximado da mesma. 9

21 Conseqüentemente resulta num critério inovador, que em sucessivas etapas deverá ser avaliado e, se couber, melhorado, mas que permite uma boa forma de ingressar, nesta etapa preliminar, na problemática. Com esses critérios se orientou metodologicamente o trabalho das Oficinas Participativas, cujos avanços estão descritos a seguir e resultaram na confecção de uma série de mapas, quadros, matrizes e listas de informações (ver Anexo II), os quais representam a evolução do processo participativo e que servirão como diretrizes para o futuro desenvolvimento do projeto piloto. III..- Resultado da primeira Oficina Na primeira Oficina trabalharam três grupos participativos: natural, cultural intangível e cultural urbano. Obteve-se interessantes resultados em forma de um diagnóstico perceptivo, valioso pela importância da participação dos representantes das entidades convidadas (ver lista de entidades participantes no Anexo II.6). O Grupo Natural identificou e mapeou as principais áreas entendidas como de interesse para a conservação, considerando não somente as que já estão declaradas como tal pela RBMA e outras formas de proteção, mas também novas áreas consideradas pelo grupo como importantes para essa categoria. Essas áreas foram marcadas no mapa por pontos verdes, entendidos como indicações de atributos de tais áreas, e por pontos vermelhos entendidos como vetores de pressão. Isso está representado no Mapa (ver Anexo II.) e nos quadros e (ver Anexo II.). O grupo também apontou recomendações para a socialização da construção da proposta (ver quadro, Anexo II.). Em todos os casos, foi considerada a existência de núcleos de conservação aquática (as lagoas), e grandes áreas de conservação marítima e do arquipélago que rodeia a Ilha, considerando em direção à terra firme as duas grandes baías que separam a Ilha do Continente e sua orla imediatamente vizinha; e em direção à área atlântica, uma franja de águas costeiras até a isóbata de 0m. 0

22 Ainda no Anexo II. encontra-se uma consolidação dos atributos e vetores de pressão apontados por região específica, realizada posteriormente pela Equipe de Coordenação. Essa consolidação está representada pelo Mapa. e respectiva lista de atributos e vetores de pressão por região. Paralelamente o Grupo Cultural Intangível realizou uma caracterização espacial dos atributos da cultura da Ilha de Santa Catarina, gerando o Mapa e as matrizes dos quadros 4, 5 e 6 (ver Anexo II.). A partir dessa análise percebe-se a riqueza dos atributos do meio cultural intangível e a concentração de monumentos, assim como sua distribuição em quase todo o território da Ilha, com particular relevância na zona costeira, pois essa zona concentrou a colonização portuguesa e a atividade pesqueira. Já o terceiro grupo, que tratou do aspecto Cultural Urbano, dedicou-se a verificar o grau de sustentabilidade ou insustentabilidade encontrado em todas as áreas urbanas da Ilha. As discussões desse grupo produziram o Mapa e seus respectivos quadros de informação de apoio (Quadros 7, 8, 9 e 0), que encontram-se apresentados no Anexo II.. É importante ressaltar que no Mapa já se vislumbrou que as zonas afetadas pela urbanização têm duas características principais: a. distribuição multipolar b. grau de extensão na Ilha menor em relação à maior extensão das áreas dominantemente verdes e com algum tipo de característica de conservação. No entanto, os problemas de insustentabilidade que apresentam várias das áreas urbanas demonstram a necessidade imperativa de atuar sobre elas. Essa necessidade não vem somente pelos problemas conseqüentes da insustentabilidade, mas também pelos resultados que esses problemas podem ter sobre a conservação da biodiversidade nas áreas verdes adjacentes aos centros urbanos. III..- Elaboração de mapas consolidados preliminares Entre a primeira e a segunda Oficina, a Equipe de Coordenação realizou uma tarefa de ajuste da metodologia, preparatória ao próximo trabalho dos grupos. Assim foram gerados os seguintes produtos (todos apresentados no Anexo II. deste documento): Mapa 4: Delimitação preliminar segundo a taxonomia de áreas naturais, desde núcleos a transição, observando-se o crescimento de novos núcleos e o fortalecimento da proteção em outros, mediante as áreas de amortecimento e transição. Partiu-se de bases disponíveis com a distribuição de Unidades de Conservação existentes, com as zonas atuais da RBMA e com as APP de cota 00m (Plano Diretor), como base de proteção, cruzando-se essa informação com os resultados do Grupo Natural da ª Oficina.

23 Mapa 5: Delimitação preliminar de áreas já urbanizadas e áreas aptas para urbanização, manejando os critérios de amortecimento urbano e transição urbana. Mapa 6: É um resumo do anterior, onde foram localizadas as áreas de amortecimento natural que poderiam merecer um grau menor de ocupação urbana ou agro-urbana, com baixa ocupação do solo ou ocupação de enclaves. Mapa 7: Continua a interpretação anterior, mas focalizando a atenção nos núcleos urbanos existentes e nas áreas com aptidão urbana adjacentes. Revela-se também que já existe um interessante modelo de policentralidade, baseado sempre em núcleos atuais. III..4 - Resultado da ª Oficina Os participantes da segunda Oficina Participativa receberam as sugestões elaboradas pela Equipe de Coordenação e trabalharam segundo a mesma metodologia exposta na Primeira Oficina. Os participantes trataram de visualizar a migração do natural ao urbano, e do urbano ao natural, com grandes pontos de consensos nas zonas de transição (seguramente a interface mais crítica) bem como também alguns dissensos que surgiram durante as discussões. Assim, os participantes trabalharam divididos em dois grupos temáticos, natural e urbano, e produziram uma nova série de mapas perceptivos, dessa vez já propondo uma primeira aproximação da espacialização das zonas respectivas ao tema de cada grupo (natural e urbano). Trabalhando sobre o mapa base fornecido, o Grupo Natural corroborou, ajustou e ampliou as potenciais Zonas Núcleo Naturais, de acordo com sua percepção, gerando o Mapa 8 (ver Anexo II.) Observa-se a extraordinária disseminação, na Ilha toda, de grandes núcleos naturais, de conservação integral. Estes núcleos representam não apenas os morros ou colinas de antiga formação, que faziam da Ilha um arquipélago antes da glaciação e a descida dos mares, mas também de algumas zonas baixas, que ao descer o nível do mar ficaram descobertas naqueles tempos, e que durante milhares de anos se foram consolidando como ecossistemas de manguezais, banhados, lagoas e dunas costeiras, e planícies alagáveis, com um riquíssimo sistema de escoamento superficial de águas, bem com uma grande biodiversidade. Para a detecção destas zonas núcleo foi utilizado o antecedente da delimitação atual que a RBMA aplicou à Ilha, mais alguns ajustes propostos pelo grupo de trabalho participativo, de acordo com critérios definidos pelo grupo e apresentados no quadro (ver Anexo II.). Já o Quadro (também no Anexo II.) identifica especificamente as potenciais zonas Núcleo Naturais e aponta os principais motivos considerados para tanto.

24 O mesmo grupo de trabalho (natural) adicionou a espacialização aproximativa das zonas de amortecimento, que praticamente duplicam a superfície de conservação na Ilha, chegando aproximadamente a 80% do território da mesma. Essa espacialização seguiu critérios previamente discutidos e definidos pelo próprio grupo (ver Quadro, no Anexo II.), gerando o Mapa 9 (também apresentado no Anexo II.). O Quadro 4 do mesmo anexo identifica as áreas propostas como Zona de Amortecimento Natural e elenca as principais justificativas e/ou observações. Destaca-se que mediante estas áreas se produzem corredores de continuidade ecológica, praticamente entre todos os núcleos, criando-se, assim, uma situação positiva para o manejo de conservação na Ilha. Existem alguns corredores de mobilidade urbana, que atravessam estas zonas de amortecimento, em especial no sentido oeste-leste, mas que deveriam ficar delimitados a seus usos atuais, exceto possíveis melhoramentos de tratamento da estrada, não de seu traçado, para evitar cortar a continuidade ecológica proposta. Todos os espaços em branco que permanecem no Mapa 9 (conforme anexo citado) são aparentemente áreas percebidas como de menor valor natural, e que portanto admitiriam um uso urbano. Aqui não se está propondo esse uso, mas sim se considera sua possibilidade como se verá no Mapa 0 e no Quadro (quando define diretrizes de uso para a Zona de Transição, que não foi definida no Mapa 9 por ser entendida então como potencialmente o restante da Ilha. Tanto os Mapas 9 e 0 quanto o Quadro são apresentados no Anexo II.). O Mapa 0, que apresenta potenciais zonas de transição do ponto de vista urbanístico, traz à luz da discussão a área de borda, ou interface, que se configura como frágil e reduzida, requerendo medidas de gestão urbana e do meio natural muito delicadas. Esse cuidado se faz necessário tanto para proteger o meio natural como para completar o meio urbano, segundo dois movimentos sinérgicos: - Produzindo a transição do urbano ao natural. - Produzindo a transição do natural ao urbano. Nesse procedimento se descobriram duas vocações das zonas que poderiam ser caracterizadas como de transição na Ilha: a) que permitem uma interconexão entre os núcleos urbanos, estabelecidas com um critério de grande leveza (estreitas, mínimas, de baixa ocupação), mas que conseguem, também, alcançar a idéia de corredores de continuidade antrópica, necessárias para a vida, a exemplo dos corredores ecológicos naturais. Nota: esta idéia de corredor contínuo não foi aplicada nos locais onde possa haver interferência sobre áreas naturais mais delicadas (ver Mapa 9).

25 b) que permitem destinar algumas zonas ainda não ocupadas urbanisticamente, mas com aptidão para a urbanização (pela percepção de terem menor valor natural, paisagístico ou histórico), de forma tal que possa se produzir aí um tipo de assentamento compatível (rural-urbano, e/ou de enclaves auto-sustentáveis), mas, ao mesmo tempo, permitindo que a possibilidade da evolução da ocupação humana da Ilha ocorra respeitando os limites de sua capacidade de suporte a ser estabelecida. O Grupo Urbanístico também espacializou as potenciais zonas contíguas de amortecimento urbano, que quando colocadas junto às zonas de transição, a estrutura proposta resulta mais clara (ver Mapa, Anexo II.). Nessa zona de amortecimento urbano existe a proposta de envolver os núcleos urbanos com um sistema de corredores antrópicos, que ligam fortemente toda a atividade humana da Ilha, mas com uma baixa ocupação relativa do solo. Outra avaliação que poderá ser efetuada futuramente na etapa de elaboração do Projeto-Piloto é a do tipo de unidades paisagísticas, aprofundando as unidades ambientais que foram apresentadas no Mapa. Observe-se que toda a matriz territorial que resulta (ainda que de caráter preliminar e só orientadora da solução final à que se chegue), mostra uma grande alternância de ocupação humana em paisagens costeiras ou em vales interiores, em corredores ou em pontos focais, e conseqüentemente, uma grande variedade de paisagens preservadas, concordantes à importante biodiversidade e à riquíssima estrutura sócioambiental que a Ilha possui. Quando às zonas de transição e amortecimento urbano são adicionados os núcleos urbanos atualmente consolidados, o manejo geral do território não muda muito. De fato, não foi proposto nenhum novo núcleo urbano consolidado; é por isso que a matriz territorial de ocupação antrópica continua sendo, ao menos em sua dimensão, leve e mínima, conforme demonstrado no Mapa (ver Anexo II.). Algumas áreas de amortecimento urbano e ainda de transição poderão produzir um reforço desses núcleos urbanos atuais, ou ajustes nos mesmos, mas sem mudança essencial. Uma situação a se destacar é a do resgate da Tapera como área de amortecimento, o que poderia ser mais bem interpretado como a consolidação de uma área periurbana, que requer de infra-estrutura e serviços. Outro caso a ser destacado é o papel do Morro da Cruz como um grande parque urbano, um coração verde para o núcleo urbano central da Ilha, fato que se torna compreensível no Mapa 9 e também no Mapa, pois poderá vir a ser uma das chaves da reconquista de qualidades na área urbana da Ilha. 4

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