3. Supremo Tribunal Federal: é composto por 11 juízes que recém o nome de Ministros e possui jurisdição em todo território nacional.
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- Ísis de Carvalho Silva
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1 I. PODER JUDICIÁRIO: 1. Organização do Poder Judiciário: STF STJ TSE STM TST JUTIÇA FEERAL TRF (5) JUSTIÇA ESTADUAL TJ (27) TRE JUIZ ELEITORAL TRIBUNAIS MILITARES (ainda não foram criados) TRT (25) JUIZ DO TRABALHO JUIZ FEDERAL JUIZ DE DIREITO JUNTAS ELEITORAIS AUDITORIAS MILITARES 2. Justiça Militar dos Estados: a) 1º Grau de Jurisdição: Conselho da Justiça Militar. b) 2º de Jurisdição Tribunal de Justiça, salvo nos estados cujo efetivo da Polícia Militar seja superior a integrantes (SP, RS, MG), pois nestes casos haverá a criação do Tribunal de Justiça Militar, que atuará na segunda instância (artigo 125, 3º, CF). c) Artigo 125, 3º, CF: Regras Gerais: 1º. NUNCA julga civis; 2º. Não julga o crime de abuso de autoridade (Lei 4.898/65). 3º. Não julga o crime de tortura praticado por militares (Lei 9.455/98). 4º. Não julga crimes dolosos contra a vida, praticados por militares contra civis. 6º. Julga os feitos de duas formas em Primeiro Grau de Jurisdição: através de órgão colegiado e singularmente. Assim, crimes praticados por militares, contra militares: Conselho (colegiado); crimes praticados por militares com vítimas civis, salvo nos crimes dolosos contra a vida: juiz de direito que oficia perante a Justiça Militar dos Estados. 7º. Possui jurisdição civil: ações judiciais contra atos disciplinares militares. 3. Supremo Tribunal Federal: é composto por 11 juízes que recém o nome de Ministros e possui jurisdição em todo território nacional. a) Requisitos (artigo 101, CF): 1º. Brasileiro nato; 2º. Idade mínima 35 anos e máxima de 65 anos; 1
2 3º. Notável saber Jurídico; 4º. Bacharel em Direito (embora a CF não deixe expresso este requisito); 5º. Reputação Ilibada. O presidentes escolhe livremente, indica o nome para o Senado, que deverá aprova-lo por maioria absoluta. 4. Superior Tribunal de Justiça: criado em 1988 com a função de uniformizar a jurisprudência em todo território nacional, é composto por, no mínimo, 33 ministros. Possui sua composição vinculada à certas categorias. a) Requisitos: 1º. Brasileiro nato ou naturalizado; 2º. Idade mínima 35 anos e máxima de 65 anos; 3º. Notável saber Jurídico; 4º. Reputação Ilibada. Os Ministros são escolhidos pelo Presidente da República e precisam da aprovação do Senado por maioria absoluta de seus membros. b) Escolha vinculada: 1/3 composto por juízes dos TRF s; 1/3 composto por Desembargadores dos TJ s; 1/3 compostos por membros do MP e da OAB. 5. Justiça Comum Federal: a) O território nacional é dividido em 5 regiões federais, ou seja, possui 5 TRF s, com no mínimo 7 juízes em cada um. TRF-1: DF + 14 estados (todos do norte; todos do centro-oeste, salvo MS; MG; BA; MA; PI). TRF-2: RJ; ES. TRF-3: SP; MS. TRF-4: RS; PN; SC. TRF-5: PE; todos os estados do nordeste, salvo aqueles que estão na primeira região (BA; MA; PI). b) Primeiro Grau de Jurisdição da Justiça Federal: Lei 5.010/66. Não existem comarcas na Justiça Federal, ela é dividida em seções e sub-seções judiciárias. 6. Justiça Comum Estadual: é dividida em comarcas. a) Primeiro Grau de jurisdição: juízes de direito. b) Segundo Grau de Jurisdição: Tribunais de Justiça (são 27, um por estado) e possuem, no mínimo, 7 Desembargadores. 7. Justiça Especial Eleitoral: Não há cargo próprio de Juiz Eleitoral, os juízes são emprestados dos TJ s, TRF s, e dos Tribunais Superiores. Aqueles que oficiam perante a Justiça Eleitoral exercem mandato de 2 anos, sendo possível uma única recondução por igual período. Em regra, não possuem dedicação exclusiva. Por se tratar de uma justiça federal, os que nela atuam são considerados funcionários públicos federais de acordo com o artigo 327, CP. a) TSE: é composto por, no mínimo, 7 Ministros, dos quais: 3 originários do STF; 2 do STJ; 2 OAB, exercendo mandato de 2 anos, com a possibilidade de uma única recondução por igual período. Em regra, só pode ocupar a presidência do TSE, um dos 3 Ministros do STF e a corregedoria geral, um dos 3 Ministros do STJ. 2
3 b) TRE: existe 1 por estado da federação e é composto por 7 juízes, dos quais: 2 Desembargadores do TJ; 2 Juízes de Direito; 2 Advogados; 1 representante da Justiça Federal. O mandato é de 2 anos, permitida uma única recondução por igual período. O presidente do TRE tem que ser, necessariamente, um dos Desembargadores. É uma justiça federal, logo, são servidores públicos estaduais, no exercício da função federal. Em primeiro grau de jurisdição, temos o juiz eleitoral que oficia nas zonas eleitorais. As Juntas Eleitorais, têm a sua composição prevista no Código eleitoral, são presididas pelo juiz eleitoral mais 2 ou 4 cidadãos e possuem a função de julgar questões administrativas eleitorais. 8. Justiça Especial Militar da União: julgam crimes militares previstos no decreto lei 1.001/69, que podem ser praticados tanto por representantes das forças armadas, como por civis. Não possui jurisdição cível. a) STM: é composto por 15 Ministros togados e vitalícios, escolhidos pelo Presidente da República entre brasileiros maiores de 35 anos e com menos de 65 anos, com reputação ilibada e notável saber jurídico, devendo passar pela aprovação do senado por maioria absoluta de seus membros. Trata-se de uma escolha vinculada: 3 Oficiais Generais da Marinha; 4 Oficiais Generais do Exército; 3 Oficiais Generais da Aeronáutica; 3 representantes da OAB; 1 Juiz Auditor Militar; 1 representante do Ministério Público Militar. Os Tribunais Militares, embora estejam previstos, ainda não foram criados. b) Primeiro Grau de jurisdição: Auditorias Militares (são 12, atualmente) e funcionam em conselhos: b.1. Conselho Militar Especial: juiz auditor militar. b.2. Conselho Militar Permanente: juiz auditor militar. Possuem jurisdição exclusivamente criminal. 9. Justiça Especial Trabalhista: a) TST: 27 Ministros, artigo 111-A, CF, sendo 1/6 de advogados e representantes do Ministério Público do Trabalho; e os demais membros são juízes (de carreira) dos TRT s, promovidos ao TST. b) TRT: são 25 TRT s, sendo que o estado de São Paulo possui 2 e alguns outros estados não possuem nenhum. São compostos por, no mínimo, 7 Ministros, sendo: 1 advogado; 1 representante do Ministério Público do Trabalho; e os demais, juízes do Trabalho promovidos ao TRT. II. COMPETÊNCIA CRIMINAL DA JUSTIÇA FEDERAL: * A competência da Justiça Estadual é Residual. 1) Histórico: A Justiça Federal, em primeiro grau de jurisdição, foi criada pela Lei 5.010/66. O CPP é de 1941, por isso não faz referência à Justiça Federal. Não se pode confundir a competência a competência criminal da Justiça Federal (artigo 109, CF), com a atribuição da Polícia Federal (artigo 144, CF). ** Vale lembrar que a Polícia Federal possui atribuições, a Justiça Federal possui competência. Estas atribuições são mais abrangentes, uma vez que também são desenvolvidas para a Justiça Especial Eleitoral e para Justiça Comum Estadual, além da própria Justiça Federal. A repressão ao tráfico de drogas nacional é de competência da Justiça Estadual, já o tráfico transnacional, fica a cargo da Justiça Federal. 2) A Competência da Justiça Federal (artigo 109, CF), se subdivide em: A) Competência Criminal Geral ou Genérica da Justiça Federal (artigo 109, IV, CF): 3
4 A Justiça Federal NUNCA julga contravenções penais. Segundo STJ, se o crime for conexo com a contravenção deve ser julgado pela Justiça Federal. O STF, todavia, alterou esta decisão e, em casos de conexão, deve ser feito o desmembramento, indo o crime para a Justiça Federal e a contravenção para Justiça Estadual. Quanto aos atos infracionais, estes também não competem à Justiça Federal. Possui 3 requisitos cumulativos: crimes praticados em detrimento de bens, serviços e interesses das seguintes pessoas jurídicas União, Empresas Públicas, Autarquias Federais: A expressão em detrimento significa em prejuízo, que pode ser patrimonial ou moral. As pessoas jurídicas da União são aquelas com personalidade de Direito Público Interno, ou seja, pela redação do artigo 109, IV, CF, os poderes Legislativo Congresso Nacional (artigo 44, CF), auxiliado pelo Tribunal de Contas da União (artigo 75, CF); Executivo (artigo 76, CF), Judiciário (STF, STJ, demais Tribunais Superiores, Conselhos Nacionais de Justiça, Tribunais de Justiça). O poder Executivo é dividido em Ministérios Secretarias Superintendências Delegacias Agências. O MPU, também é considerado União, ao lado dos três Poderes. Os bens da União estão elencados no artigo 20, CF, num rol meramente exemplificativo. Os serviços da união são as atribuições da União (artigos 21 e 22, CF), que incluem matérias, administrativas e legislativas da União. Os interesses da União não estão elencados na Constituição, mas decorrem de seus bens e da realização de seus serviços. O artigo 5º do Decreto-lei 200/67 define autarquias e empresas públicas. Os bens, serviços e interesses estão elencados na Lei de Regência, necessitam de lei para a sua criação. No gênero autarquia, estão contidas as seguintes espécies: autarquias em sentido estrito, fundações públicas federais, agências reguladoras, conselhos profissionais. A Lei 9.649/98, no artigo 58: exercidos em caráter privado. O STF diz que os Conselhos Profissionais são autarquias para afixação da competência criminal. (VER: HC no material de apoio). Exemplos de Autarquias da União: INCRA, BACEN, INSS, FUNAI. Exemplos de Empresas Públicas Federais: CEF, EBCT, CNPq, INFRAERO. As agências franqueadas dos Correios se vítimas de crime deve-se observar: se o objeto material do crime pertencia ao patrimônio da EBCT (selos postais) competência. Justiça Federal; se o objeto material for da franquia (moto) competência da Justiça Estadual. Envelope de dinheiro dentro da CEF, ainda não depositado competência. J.Estadual. Furto em Universidades Federais competência Justiça Estadual, desde que o patrimônio da Universidade não tenha sido atingido. O crime de moeda falsa (artigo 289, CP) é de competência da Justiça Federal porque é o BACEN que regula o meio circulante, inclusive se a moeda, objeto de falsificação, for estrangeira. Se a falsificação for grosseira (súmula 73 da STJ), configura estelionato (artigo 171, CP) e a competência é da Justiça Estadual. Quando não há potencial lesivo, em virtude da forma como a falsificação é feita, é crime impossível (artigo 17, CP). As Sociedades de Economia Mista (BB), são de competência da Justiça Estadual, aqui se considera a natureza da entidade e não a matéria do crime. As Escolas Agrícolas Federais são autarquias federais. Já as Universidades Federais são mantidas por fundações públicas federais, que são um das espécies de autarquia. a.1) Crimes Praticados contra e por Funcionários Públicos Federais: O Código Penal, no artigo 327 define funcionário público. Pergunta-se se o servidor seria um bem? Não, como desempenham serviços, a união possui interesse em seus funcionários. Para que a competência seja da Justiça Federal, deve haver um nexo de causalidade entre a conduta e o exercício da função pública federal. Assim, nem todo crime praticado por ou contra funcionário público será de competência da Justiça Federal. Exemplo: Delegado Federal cumprindo mandado expedido por juiz federal à competência da Justiça Federal. Delegado federal, cumprindo mandado expedido por juiz de Direito à competência da Justiça Estadual. 4
5 Artigo 327, CP: mesário da Justiça eleitoral; jurado do Tribunal do Júri Federal: são, no exercício da função, considerados funcionários públicos federais, com isso, os crimes praticados contra eles serão de competência da Justiça Federal. Testemunhas: se prestarem depoimento em um órgão federal, a união terá interesse, logo se forem vítimas de crimes, a competência será da Justiça Federal. O juiz eleitoral é juiz de Direito (servidor público estadual), contudo, exercendo a judicatura eleitoral, é funcionário público federal. a.2) Crime Ambientais e a competência da Justiça Federal (Lei 9.605/98): Originalmente estabelecia que todos os crimes fossem de competência da Justiça Federal, todavia, o presidente da república vetou o artigo. Hoje, didaticamente, faremos uma divisão dos crimes ambientais: 1º) Crimes contra a Fauna: que se divide em 3 espécies de animais: Animais Silvestres: animais que possuem pelo menos um dos instantes de sua vida natural (livre) no território nacional. Ex.: lobo guará; tatu; canário belga. Animais Domésticos: galinha, cachorro, cavalo, boi. Animais Exóticos: urso polar, girafa, elefante. Em regra, os animais domésticos e exóticos são de competência da Justiça Estadual. Fauna Silvestre Nacional: Em 1965, editado o código de caça, todos estes animais pertenciam à União, logo, de 1965 a 1988, os crimes em detrimento da fauna silvestre eram de competência da Justiça Federal. Súmula 91 do STJ: CANCELADA em Assim, em regra, a competência é da Justiça Estadual. O artigo 23, VII, CF diz que compete à União e aos estados legislar sobre caça. Exceção: ainda hoje, alguns juízes federais, defendem a competência da Justiça Federal. Vale lembrar, que se os animais estiverem numa unidade de Conservação Federal (Parques Nacionais e Reservas Ecológicas), os crimes serão de competência da Justiça Federal. Os rios federais pertencem (artigo 20, CF), os lagos das usinas hidrelétricas, a fauna das cavernas (morcegos), todos pertencem à união, logo os crimes contra esta fauna pertencem à Justiça Federal. Pescar com explosivos é de competência da Justiça Federal. 2º) Crimes Ambientais contra a Flora: Em regra são de competência da Justiça Estadual, excepcionalmente será da Justiça Federal quando praticado em unidade de conservação federal, ou em bens da União. O artigo 225, 4º, CF: compõem o patrimônio da União os ecossistemas previstos neste artigo. Competência criminal? Primeira corrente: competência geral da Justiça Federal, porque aqui patrimônio = bem = coisa. Secunda corrente: a expressão patrimônio não está no sentido econômico de bem ou propriedade. Aqui o sentido de proteção por parte da União se deve ao fato de que a União deve proteger estes ecossistemas porque transcendem os estados-membros e, em muitos casos, o próprio país. Vale lembrar que dentro destes ecossistemas existem áreas de conservação federal, pelo exposto os crimes aí cometidos, são de competência da Justiça Federal. B) Competência Criminal Específica ou Casuística da Justiça Federal: b.1) Crime Político (artigo 109, IV, primeira parte, CF): Vicente Grecco Filho considera que não existem crimes políticos no Brasil. Para a maioria da doutrina (Mirabette, Tourinho, Nucci), são crimes políticos aqueles previstos na Lei 7.170/83 Lei de Segurança Nacional e Ordem Política e Social. Até 1988, os crimes aqui previstos eram de competência da Justiça Militar da União. 5
6 Para o STF alguns dos crimes desta lei não foram recepcionados pela CF/88, os que foram, são da competência da Justiça Federal. O recurso disponível ao cidadão condenado ou absolvido pela prática de crime político pelo juiz Federal, é o Recurso Ordinário para o STF (artigo 102, II, b, CF). b.2) Crimes previstos em Tratados Internacionais, desde que demonstrada a intencionalidade (artigo 109, V, CF): São os crimes à distância ou crime de espaço máximo. Os requisitos são: ESTAR PREVISTO EM TRATADOS OU CONVENÇÕES INTERNACIONAIS + NECESSIDADE DE SE DEMONSTAR A INTERNACIONALIDADE. Exemplos: pornografia e pedofilia na internet; tráfico de pessoas; tráfico internacional de entorpecentes; crime de guarda de moeda falsa; crimes contra as populações indígenas; crime de tortura. Tráfico de Drogas: compete, em regra, à Justiça Estadual, o que não significa que a Polícia Federal não possa investigar. O tráfico transnacional é de competência da Justiça Federal. A Lei 6.368/76 artigo 27, estabelecia o princípio da delegação a Justiça Estadual julgava e o recurso ia para o TRF. Lei /06 artigo 70, parágrafo único, acabou com a delegação. Lavagem de Dinheiro Lei 9.613/98: para estes crimes existem 3 espécies de legislação: Legislação de Primeira Geração: o crime antecedente só pode ser de tráfico de entorpecentes. Legislação de Segunda Geração: existe um rol de crimes antecedentes, TAXATIVO. É a adotada no Brasil. Legislação de Terceira Geração: não estabelece nenhum rol, o produto de qualquer crime pode ser objeto de lavagem de capitais. Em regra, a competência é da Justiça Estadual, será da Justiça Federal se o crime antecedente for de competência Justiça Federal (artigo 2º, b, Lei 9.613/98). b.3) Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional Lei 7.242/86, c/c artigo 192, CF: O sistema financeiro compreende as políticas monetárias, de câmbio e fiscal, todos representam interesses da União. Os crimes desta lei consideram não as pessoas envolvidas, mas a matéria (SFN) para a fixação da competência. Os crimes, em regra, só podem ser praticados por administradores de instituições financeiras. As instituições financeiras (artigo 1º, Lei 7.492/86) podem ser públicas ou privadas. Os sujeitos ativos, em regra, são os do artigo 25 da Lei 7.494/86. Artigo 26 da lei c/c artigo 109, CF. Exemplo: Gestão Temerária (artigo 4º da Lei) O artigo 16 da lei traz as empresas de factoring, não são instituições financeiras, não precisam de autorização do BACEN, é atividade lícita. b.4) Crimes Praticados contra os Direitos Humanos artigo 109, V- A : Os estados membros e os municípios não são sujeitos de direito internacional. Artigo 109, 5º, CF: Só o PGR deduz este incidente perante o STJ, para deslocar a competência da justiça Estadual para a Federal. b.5) Crimes praticados a bordo de embarcações e aeronaves artigo 109, IX, CF: Para o STJ, navios para serem da competência da Justiça Federal, as embarcações precisam ser de grande porte, ou seja, com condições de navegação oceânica. Aeronaves: o Código Brasileiro Aeronáutico define que são as máquinas com navegabilidade mecânica. b.6) Crimes Praticados por Índios e contra Índios artigo 109, XI, CF. O STJ editou a súmula 140: competência da Justiça Estadual. Alguns julgados no STF, todavia, entendiam diferentemente em razão do artigo 109, XI, CF, que fala sobre disputas entre tribos indígenas. Em 03/03/2006, estas discussões foram superadas e o STF decidiu que a competência era da Justiça Estadual. No MPF, existe uma câmara do Índio que defende a competência da Justiça Federal. b.7) Crimes praticados contra a Organização do Trabalho artigo 109, VI, CF: 6
7 Estão no CP nos artigos 197 até 207. Corrente majoritária: só são crimes se praticados contra a organização do trabalho coletivamente considerada (súmula 115 do antigo TFR), são da Competência da Justiça Federal. Se os crimes forem praticados contra a organização do trabalho individualmente considerada, a competência é da Justiça Estadual. Trabalho escravo, artigo 149, CP: STF em 30/11/06 entendeu que a competência é da Justiça Federal. Súmula 122 STJ: havendo conexão entre o crime federal e estadual, deve ser julgado pela Justiça Federal. Genocídio: Lei 2.889/56, competência do juiz singular da Justiça Federal. 3. ÚLTIMAS CONSIDERAÇÕES: SÚMULAS IMPORTANTES PARA DETERMINAR A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL: 208 E 209 STJ. Súmula 208: se a união repassar o a verba para o município e continuar com o dever de fiscalização, há interesse da União, logo a competência será da Justiça Federal. Súmula 209: se os repasses se misturarem à conta do município, a competência será da Justiça Estadual, uma vez que se incorporam ao patrimônio do município. Se o crime praticado pelo prefeito for federal: competência da Justiça Federal. Súmula 702 STF. Artigo 205 da CF: SUS, a União arrecada e repassa para os municípios para o FMS. O médico recebe em AIH no hospital do SUS, se por ventura cobrar algum valor do paciente, a competência é da Justiça Estadual pelo crime de estelionato, já que não houve prejuízo econômico ou moral da União. Contrabando ou Descaminho Artigo 334, CP: competência da Justiça Federal do lugar da apreensão do bem. Súmula 151 STJ. Bibliografia SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. Editora Malheiros. São Paulo, SP. LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. Editora Método. São Paulo, SP. 7
ESTRUTURA DO MATERIAL foi ELABORADA por: André Vieira. CURSO CETECNET. Processar e julgar, originariamente: Origem:
STF MINISTROS 11 CIDADÃO +35 / - 65 N.S.J / R.I Pres. Repúb. Senado Federal Maioria absoluta NÃO POS- SUE ORI- GEM Processar e julgar, originariamente: a) a ADi de lei ou ato normativo federal ou estadual
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