Projeto de Redes de Computadores. Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes
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- Washington Palma Ribas
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1 Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes Lembrar a estrutura organizacional do cliente ajuda a planejar a atribuição de endereços e nomes O mapa topológico também ajuda, pois indica onde há hierarquia na rede Regras para atribuir endereços de rede Projete um modelo estruturado (organizado) para endereçamento antes de atribuir qualquer endereço Deixe espaço para crescimento no número de redes em uma camada e no número de hospedeiros em uma rede Se estourar os campos de endereçamento, uma renumeração futura pode ser muito trabalhosa Atribua blocos de endereços de forma hierárquica para melhorar a escalabilidade e disponibilidade Atribua blocos de endereços baseados em redes físicas (de camada 2) e não baseados em grupos de pessoas para permitir que pessoas ou grupos mudem de rede Delegue a autoridade para atribuir endereços a redes locais, subredes, servidores e estações, se o nível de conhecimento de redes em filiais for alto Use endereçamento dinâmico para estações, para maximizar a flexibilidade e minimizar o trabalho de configuração, Usando DHCP, por exemplo Use endereçamento privativo para maximizar a segurança e a adaptabilidade, Network address translation (NAT) ou o uso de proxies permitirá que usuários saiam da rede corporativa UFCG/DSC/JPS Parte 3.2: Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes 1/14
2 Uso de um modelo estruturado para endereçamento de rede Exemplo: usar um endereço de rede para a rede corporativa e usar subnetting (máscaras de subrede) é um esquema hierárquico Um modelo estruturado facilita: A gerência de endereços O troubleshooting (localização e conserto de problemas, principalmente de roteamento) O entendimento de mapas de redes A operação da rede A implementação de soluções otimizadas, em termos de tráfego de roteamento A implementação de políticas de segurança (filtragem de pacotes em firewalls) UFCG/DSC/JPS Parte 3.2: Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes 2/14
3 Administração de endereços com autoridade centralizada O modelo global de endereçamento para a rede corporativa deve ser projetado por um departamento centralizado (departamento de rede corporativa, departamento de tecnologia de informação,...) Números de redes são escolhidos para a camada de núcleo Blocos de endereços de subredes são reservados para as camadas de distribuição e de acesso Mais subdivisões dos blocos poderão ocorrer de forma centralizada ou não Blocos de endereços podem ser recebidos do ISP ou da IANA ou de alguma outra entidade no país (Registro.BR, no Brasil) Se depender de endereços fornecidos pelo ISP, escolha um ISP que tenha margem de manobra nos endereços para você crescer Mudar de ISP depois pode envolver uma mudança geral de endereços Uma alternativa preferida, hoje em dia, é de usar endereçamento privativo na rede corporativa (com NAT) Permite crescer sem problemas UFCG/DSC/JPS Parte 3.2: Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes 3/14
4 Distribuição de autoridade para a administração de endereços As pessoas que terão responsabilidade de escolher endereços e configurar dispositivos devem ser escolhidas com cuidado Se forem pessoas sem muito conhecimento de rede, mantenha o esquema de endereçamento simples O uso de endereçamento dinâmico (DHCP) ajuda muito a minimizar o trabalho É preferível não delegar autoridade se os administradores de redes nas filiais forem inexperientes Endereçamento dinâmico para estações Embora IP não tenha sido inventado com suporte a endereçamento dinâmico (escolha dinâmica de endereços IP), várias soluções apareceram para simplificar as tarefas do administrador de rede BOOTP DHCP UFCG/DSC/JPS Parte 3.2: Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes 4/14
5 Uso de endereçamento privativo Endereços privativos são blocos de endereços reservados que podem ser reutilizados em qualquer empresa e não são roteados pela Internet Porque a Internet exige endereços únicos para qualquer computador conectado De que adianta isso se os computadores não podem se conectar à Internet? Primeiro, os servidores da empresa que precisam ser acessados pela Internet recebem endereços públicos, além de privativos Segundo, o Network Address Translation pode mapear endereços privativos em públicos dinamicamente, se desejado Terceiro, servidores proxy (que têm endereços públicos e privativos) podem ser usados para acessar certos serviços da Internet (HTTP, FTP,...) Endereços privativos reservados (RFC 1918) Uma classe A: classes B: até classes C: até UFCG/DSC/JPS Parte 3.2: Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes 5/14
6 As grandes vantagens Segurança (as máquinas não estão diretamente acessíveis pela Internet) Margem de manobra para alocar endereços (uma classe A inteira!) Melhor do que depender de (poucos) endereços fornecidos por um ISP Apenas alguns endereços públicos são necessários (basta uma classe C) Permite alocar endereços em blocos, o que diminui o tráfego de atualização de tabelas de roteamento (como veremos adiante) O uso de endereçamento privativo evitou o pânico que estava tomando conta da comunidade Internet com o esgotamento do espaço de endereçamento Desvantagens Outsourcing de gerência de rede é mais difícil A empresa de outsourcing tem que: Usar VPN, ou Instalar consoles de gerência e pessoas dentro da empresa Instalar um esquema "out-of-band" para obter dados de gerência (mais caro) UFCG/DSC/JPS Parte 3.2: Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes 6/14
7 Uso de um modelo hierárquico para atribuir endereços Endereços IP já são hierárquicos Parte rede e parte host Onde a faca foi passada nos endereços de 32 bits depende da classe Isso foi feito para diminuir o tamanho das tabelas de roteamento Não tanto pelo espaço que tomam nos roteadores, mas pela banda passante necessária para trocar tabelas de roteamento entre roteadores Observe que o roteamento usa apenas a parte de rede Em outras palavras, os roteadores não entendem a topologia completa (não sabem nada sobre os hosts das redes) Mas precisamos de mais hierarquia ainda para melhorar as coisas Exemplo: o sistema telefônico tem muito mais hierarquia O que é feito com o número ? UFCG/DSC/JPS Parte 3.2: Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes 7/14
8 Por que usar um modelo hierárquico? As vantagens: Fornece melhor troubleshooting, atualizações, gerenciabilidade Ajuda a otimizar o desempenho Permite convergência mais rápida dos protocolos de roteamento Permite melhor escalabilidade Permite melhor estabilidade Permite usar menos recursos de rede (CPU, memória, buffers, banda passante,...) Uma das técnicas básicas que um modelo hierárquico permite usar é a de sumarização de rotas (ou agregação de rotas) Permite que um roteador junte muitas rotas e as divulguem como uma só rota Outra técnica permitida pelo uso de um modelo hierárquico: Variable-Length Subnet Masking (VLSM) Permite que uma rede seja dividida em subredes de tamanhos diferentes, o que não é permitido quando se usam apenas máscaras de subrede UFCG/DSC/JPS Parte 3.2: Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes 8/14
9 Roteamento sem classes No meio dos anos 90, o crescente tamanho das tabelas de roteamento na Internet forçou a IETF a introduzir um esquema com mais hierarquia no endereçamento A solução foi Classless Inter-Domain Routing (CIDR) Com CIDR, os endereços são alocados em blocos e roteadores podem agrupar rotas de blocos para diminuir a quantidade de informação de roteamento trocada entre roteadores A RFC 2050 dá regras para a alocação e endereços Basicamente, um ISP recebe um bloco de endereços e as distribui entre seus clientes de acordo com as necessidades de cada um As rotas são anunciadas para o resto da Internet num único bloco Compare isso com a alternativa de dar várias classes C para os vários clientes A rota para cada classe C seria anunciada separadamente UFCG/DSC/JPS Parte 3.2: Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes 9/14
10 Roteamento com classes versus sem classes Lembre que apenas a parte rede do endereço IP é normalmente usada para rotear "Normalmente" significa "usando roteamento baseado em classes" Este "prefixo" tem tamanho fixo para cada classe Classe A (primeiro bit = 0): prefixo de 8 bits Classe B (primeiros 2 bits = 10): prefixo de 16 bits Classe C (primeiros 3 bits = 110): prefixo de 24 bits O tamanho do prefixo está embutido na classe e não é transmitido nas trocas de rotas Exemplo: /14 significa um prefixo de 14 bits Localmente, podemos usar subnetting (máscaras de subrede) para estender o prefixo Isso é uma solução apenas local e não é usado para endereços remotos Com CIDR, o tamanho do prefixo é transmitido com o endereço IP Isso é a chave para descobrir qual parte do endereço considerar no roteamento Protocolos que aceitam roteamento sem classes RIP Versão 2, Enhanced IGRP (Cisco), OSPF, BGP-4, IS-IS Protocolos que não aceitam roteamento sem classes RIP Versão 1, IGRP UFCG/DSC/JPS Parte 3.2: Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes 10/14
11 Sumarização (ou agregação) de rotas O roteamento com classes automaticamente sumariza rotas para subredes Rotas são anunciadas para redes classes A, B e C e não para subredes É isso que permite ter menos informação de roteamento Com CIDR, poderemos também fazer sumarização de rotas, mas de uma maneira mais eficiente (com prefixos menores, juntando rotas de várias classes) Devido ao prefixo menor, chamamos isso de "supernetting" Isso deve ser feito dentro da rede corporativa também, para minimizar tráfego de roteamento UFCG/DSC/JPS Parte 3.2: Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes 11/14
12 Variable-length subnet masking Uma conseqüência do roteamento sem classes é que podemos ter prefixos de tamanhos diferentes, ou subredes de tamanhos diferentes na mesma rede Isso se chama Variable-length subnet masking (VLSM) Fornece mais flexibilidade Exemplo: Para um enlace WAN ponto-a-ponto, precisamos de dois endereços IP (um para cada lado) Podemos usar um prefixo de 30 bits, deixando 2 bits para os endereços IP Dispositivos com números 01 e 10 (00 e 11 não podem ser usados) UFCG/DSC/JPS Parte 3.2: Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes 12/14
13 Um modelo para atribuir nomes Nomes são dados a recursos de vários tipos Roteadores, Switches, Hospedeiros, Impressoras, etc. Para ter melhor usabilidade, é preferível acessar os recursos por nome e não por endereço Precisa-se de uma forma de mapear nomes a endereços, dinamicamente de preferência Algumas perguntas que devem ser respondidas com respeito a nomes: Que tipo de recurso precisa de nomes? Estações de trabalho precisam de nomes fixos? Algumas estações oferecerão serviços tais como um servidor Web pessoal? Qual é estrutura de um nome? O tipo de recurso está identificado no nome? Como nomes são armazenados, gerenciados e acessados? Quem atribui nomes? Como mapear nomes a endereços? De forma estática? Dinâmica? Como um hospedeiro descobre seu próprio nome? Se o endereço é atribuído de forma dinâmica, o nome muda se o endereço mudar? Quanta redundância é necessária nos servidores de nomes? O banco de dados de nomes será distribuído entre vários servidores? De que forma o sistema de nomes afeta o tráfego na rede? De que forma o sistema de nomes afeta a segurança na rede? UFCG/DSC/JPS Parte 3.2: Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes 13/14
14 Distribuição de autoridade para atribuir nomes Temos o velho problema da solução centralizada (controlada, mas burocrática, ponto único de falha, mais tráfego de rede) versus descentralizada Dicas para atribuir nomes Colocar o tipo de recurso no nome (rtr, sw,...) Às vezes, pode ser útil colocar a localização no nome (SAO, CPV, REC, BSB,...) Use nomes com caixa única (maiúsculas ou minúsculas) Nomes num ambiente IP Usa o Domain Name Service (DNS) UFCG/DSC/JPS Parte 3.2: Projeto do Esquema de Endereçamento e de Nomes 14/14
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