GERALDO ALVES DE FRANÇA AS AÇÕES PARA ACESSIBILIDADE DOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA: UM ESTUDO NO CENTRO DA CIDADE DE PAULO AFONSO-BA

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1 0 ORGANIZAÇÃO SETE DE SETEMBRO DE CULTURA E ENSINO - LTDA FACULDADE SETE DE SETEMBRO FASETE BACHARELADO EM DIREITO GERALDO ALVES DE FRANÇA AS AÇÕES PARA ACESSIBILIDADE DOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA: UM ESTUDO NO CENTRO DA CIDADE DE PAULO AFONSO-BA PAULO AFONSO 2014

2 1 GERALDO ALVES DE FRANÇA AS AÇÕES PARA ACESSIBILIDADE DOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA: UM ESTUDO NO CENTRO DA CIDADE DE PAULO AFONSO-BA Monografia apresentada ao corpo docente do Curso de Bacharelado em Direito da Faculdade Sete de Setembro FASETE, como requisito parcial à obtenção de grau em Bacharel em Direito. Orientador: Prof. Manuella Maria Vergne Cardoso PAULO AFONSO/BA 2014

3 2 FOLHA DE APROVAÇÃO AS AÇÕES PARA ACESSIBILIDADE DOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA: UM ESTUDO NO CENTRO DA CIDADE DE PAULO AFONSO-BA Monografia apresentada ao corpo docente do curso de Bacharelado em Direito da Faculdade Sete de Setembro FASETE, como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Direito. BANCA EXAMINADORA Prof. (FASETE) Orientadora Prof ª (FASETE) Examinador 1 Prof. (FASETE) Examinador 2 PAULO AFONSO 2014

4 3 Dedico aos meus pais, pelo amor de forma tão espontânea; Aos meus filhos e amigos pelo apoio; A minha orientadora Prof. Manuella Vergne.

5 4 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, agradeço a Deus por iluminar meus caminhos, ser o centro das conquistas na minha vida, pela força a cada amanhecer, de que com disposição e perseverança os obstáculos serão superados. Aos meus pais, pelo amor incondicional e recíproco e a todos meus familiares pelo incentivo. Aos meus filhos, que me apoiaram nos momentos de dificuldades, dando-me apoio, carinho, bem como por contribuir imensamente para minha formação pessoal e ainda por me completar todos os dias por te filhos tão especiais e amáveis. Á minha orientadora, Prof. Manuella Vergne, por sua paciência em passar e orientar através de seus conhecimentos e experiências. Gostaria ainda de expressar minha admiração por ser uma profissional competente e de ser fundamental para a orientação. A todos os meus colegas do Curso de Direito, pelos grandes laços de amizade e ainda pelas trocas de experiência. Que Deus os abençoe. Á Faculdade Sete de Setembro - FASETE da cidade de Paulo Afonso-BA pela confiança na realização desta monografia. Aos todos os professores que contribuíram para minha formação acadêmica, com estimulo e dedicação. Muito Obrigado!

6 5 FRANÇA, Geraldo Alves de. As ações para acessibilidade dos portadores de deficiência: um estudo no centro de Paulo Afonso-BA. Monografia (Bacharelado em Direito) 51 p. Faculdade Sete de Setembro: Paulo Afonso, RESUMO As legislações brasileiras são fundamentais para garantir aos portadores de deficiência um ambiente adequado, pois as necessidades são inerentes a todos. Portanto a sociedade e o poder público precisam averiguar se realmente existem os cumprimentos das determinadas leis. Neste contexto, o objetivo desta pesquisa foi analisar as ações para acessibilidade dos portadores de deficiência no centro da cidade de Paulo Afonso-BA. A pesquisa quantiqualitativo foi realizada através da aplicação de um questionário com os deficientes. Com base nessa análise, os resultados encontrados mostram que não há acesso adequado aos portadores de deficiência, bem como vários são os obstáculos encontrados, dificultando a acessibilidade, sendo fundamental adoção de ações concretas que cumpram as disposições previstas em lei. Palavras-chave: Portadores de Deficiência. Acessibilidade. Legislação.

7 6 FRANÇA, Geraldo Alves. Actions of accessibility for people with disabilities: a study in the center of Paulo Afonso - BA. Monograph (Bachelor of Law) 51p. Faculdade Sete de Setembro: Paulo Afonso, ABSTRACT The Brazilian laws are fundamental to ensure those with physical disabilities an appropriate environment, because the needs are inherent to all, therefore, society and the government must determine whether there is compliance with certain laws. In this context, the objective of this research was to analyze the actions for accessibility for those with disabilities in the downtown area of Paulo Afonso - BA. The quantitative qualitative research was conducted through a questionnaire with the disabled. Based on this analysis, the results showed that there is adequate access for the disabled, and there are several obstacles, making accessibility difficult, being essential the adoption of concrete actions that comply with the provisions of the law. Keywords: Disability. Accessibility. Legislation.

8 7 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Evolução da terminologia usada em relação á pessoa com deficiência... 16

9 8 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 Faixa etária de idade Gráfico 2 Tipo de Deficiência Gráfico 3 Direitos sobre acessibilidade dos portadores de deficiência Gráfico 4 Acesso adequado aos portadores de deficiência Gráfico 5 Símbolos de acessibilidade no centro de Paulo Afonso Gráfico 6 Os obstáculos encontrados no centro de Paulo Afonso Gráfico 7 Campanhas informativas e educativas sobre acessibilidade Gráfico 8 Principais ações para ajudar na acessibilidade Gráfico 9 Ambiente acessível transfere ao deficiente Gráfico 10 Atuação dos órgãos e entidades do Poder Público sobre ações de acessibilidade... 43

10 9 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ONU Organização das Nações Unidas ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas CF Constituição Federal... 27

11 10 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CONCEITO DE PORTADOR DE DEFICIÊNCIA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA IGUALDADE E O DIREITO DE ACESSIBILIDADE PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA LEGISLAÇÃO DE PROTEÇÃO AO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA FÍSICA CONVENÇÃO INTERNACIONAL DE PORTADORES DE DEFICIÊNCIA FÍSICA E A LEI Nº /85 (COLOCAÇÃO DE SÍMBOLOS DE ACESSO) NORMAS DE PROTEÇÃO AOS DEFICIENTES FÍSICOS LEI Nº / NORMAS GERAIS DA ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA LEI Nº / DECRETO DA ACESSIBILIDADE (DECRETO Nº /2004) METODOLOGIA TIPO DE PESQUISA RESULTADOS E DISCUSSÕES CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS ANEXO... 50

12 11 INTRODUÇÃO A deficiência seja física, mental, auditiva é um fenômeno global e no Brasil as problemáticas são bastante visíveis, mesmo diante das leis, porém a frente do descaso da sociedade, do poder público e da inciativa privada. O atendimento as necessidades básicas do homem é um direito, referenciando assim condições concretas e eficazes de viabilização. Neste sentido, tal situação reflete sobre uma participação igualitária das pessoas com deficiência, oferecendo condições dignas de cidadania e de acessibilidade. Nesta perspectiva, a ideia de acessibilidade deve atingir uma utilização dos espaços, equipamentos, serviços, transportes, dos meios de comunicação de forma segura, uma vez que, é um direito garantido em lei e a conquista de uma cidadania justa. A participação dos sujeitos na sociedade protagoniza a construção desta cidadania, compreendendo condições em que todos possam acessar, ou seja, que estejam ao alcance de todo ser humano. O papel desses sujeitos é de grande importância no que diz respeito a garantia da acessibilidade, haja vista da responsabilidade em promover ações que garantam este direito, respeitando as condições de dignidade da pessoa humana. Com isso, as leis surgem para efetivar esses direitos. Esta responsabilidade contribui e faz refletir sobre a igualdade de condições na acessibilidade dos portadores de deficiência, e partindo deste contexto despontam os questionamentos sobre o direito a ações que facilitem o acesso dos deficientes, bem como que, o desconhecimento ou sua aplicabilidade escassa podem trazer equívocos na situação concreta. Assim sendo, a pesquisa levantou o seguinte questionamento: o centro da cidade de Paulo Afonso vem adotando ações para acessibilidade dos portadores de deficiência?

13 12 A pesquisa propõe apresentar quais as ações adotadas para viabilizar o acesso dos deficientes, analisando sob a ótica das normas regulamentadoras sobre o assunto, a saber, a Convenção Internacional de Portador de Deficiência Física, Lei nº 7.405/85, Normas de Proteção aos Deficientes Físicos (Lei nº 7.853/1989), Normas Gerais de Acessibilidade das Pessoas Portadoras de Deficiência (Lei nº /2000) e o Decreto nº 5.296/2004 (Decreto de Acessibilidade). Para realização desta pesquisa foi necessário uma metodologia adequada e consequentemente um método. Por isso, utilizamos um conjunto de métodos, procedimentos e técnicas para alcançarmos os objetivos. Desenvolvemos então, um estudo exploratório, descritivo, bibliográfico e de campo com abordagem quantiqualitativa, através da aplicação de questionário. O estudo teve como objetivo analisar as ações para acessibilidade dos portadores de deficiência no centro da cidade de Paulo Afonso-BA. Como objetivos específicos destacamos uma análise sobre o conceito de portadores de deficiência, estudar o papel da Constituição Federal de 1988, bem como dos princípios da igualdade, da dignidade da pessoa humana e do direito de acessibilidade, identificar as legislações de proteção ao portador de deficiência e verificar junto aos deficientes do centro de Paulo Afonso, as ações de acessibilidade adotadas. Contudo, o presente texto monográfico está organizado em cinco capítulos. O primeiro capítulo traz uma abordagem sobre o conceito de portadores de deficiência. O segundo capítulo trata da Constituição Federal de 1988, juntamente com os princípios da igualdade, da dignidade da pessoa humana e ainda sobre o direito de acessibilidade, visando focar nos direitos fundamentais inerentes a todos, sem qualquer distinção. O terceiro capítulo apresenta as legislações de proteção e garantia de acessibilidade adequada aos portadores de deficiência. No quarto capítulo é apresentada a metodologia de pesquisa e quinto capítulo trazem os resultados e as discussões, seguida das considerações finais.

14 13 1 CONCEITO DE PORTADOR DE DEFICIÊNCIA A deficiência durante vários anos foi vista como uma rejeição pela sociedade, uma representatividade negativa, considerando o deficiente como pessoa incapaz de desenvolver qualquer atividade. Para Manso (NEME & NUNES, 2007, p. 14) ensina que a deficiência permanente é aquela que não permite recuperação ou alteração, apesar do aparecimento de novos tratamentos, por já ter ocorrido tempo suficiente para sua consolidação. Neste sentido, conforme o artigo 3º do Decreto n. 914 de 06 de Setembro de 1993, a pessoa com deficiência é aquela que apresenta, em caráter permanente, perdas ou anomalias de sua estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, que gerem incapacidade para o desempenho de atividades, dentro do padrão considerado normal para o ser humano (BRASIL, 1993). Várias são as terminologias usadas para os portadores de deficiência e com base neste entendimento, Soares (2006, p. 01) assevera que o termo pessoa de deficiência é o que está sendo utilizado na proposta de Convenção Internacional, para que proteja, defenda e promova os direitos humanos das pessoas com deficiência em todo o mundo, elaborada e discutida pela Organização das Nações Unidas ONU; também para indicar que a deficiência é só mais uma característica dessa pessoa. Neste cenário, observa-se que no Brasil o termo portador de deficiência tornou-se bastante popular, principalmente entre os anos de 1986 e 1996, no entanto, pessoas com deficiência defendem que nenhuma pessoa porta uma deficiência como se estivesse portando um objeto e sim, que elas possuem algum tipo de deficiência que faz parte de suas características pessoais, como explica Sassaki (apud SILVA, 2010, p. 22).

15 14 Porém, Vital (2006, p. 16) lembra que as definições foram modificadas no Brasil no final do século XIX e os textos legais que tratam o tema com maior especificidade ao longo do século XX refletem ainda, em boa medida, conceitos usados dentro do modelo médico. O Decreto Federal 5296/2004 precisamente em seu artigo 5º, 1º, inciso I, sintetiza o seguinte entendimento para designar uma pessoa que possui limitações ou alguma incapacidade para desenvolver certas atividades: Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o desempenho de funções. Corroborando com este entendimento, a deficiência é ainda um conceito em evolução, resultado da interação entre a deficiência de uma pessoa e os obstáculos que impedem sua participação na sociedade. Quanto mais obstáculos, como barreiras físicas e condutas atitudinais impeditivas de sua integração, mais deficiente será uma pessoa, como explana Ferreira (apud GARBE, 2012, p. 1). No entanto, a deficiência é considerada como uma anormalidade seja fisiológica, psicológica, que traz ao portador uma incapacidade para desenvolver determinadas atividades comuns ao homem. São diversas nomenclaturas utilizadas para os portadores de deficiência. Conforme Gonçalves (1962, p. 223) podem ser: indivíduo de capacidade limitada, minorados, impedidos, descapacitados, excepcionais, minusválidos e deficiente. Com isso ressalta-se que, a nomenclatura "excepcional" foi introduzida pela Emenda Constitucional de 1969, o que por ora foi utilizada até 1978, antes da Constituição Federal de 1988, já que esta se referia diretamente a deficiência do individuo (ARAÚJO, 1997, p. 17).

16 15 De acordo com a Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes (ONU, 1975), o conceito e a palavra pessoa portadora de deficiência, estão originariamente também relacionadas com esta Declaração, uma vez que estabelece que "qualquer pessoa incapaz de assegurar por si mesma, total ou parcialmente, as necessidades de uma vida individual ou social normal, em decorrência de uma deficiência congênita ou não, em suas capacidades físicas, sensoriais ou mentais, seria uma pessoa deficiente. Um conceito de fácil compreensão também é apresentado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT sobre as pessoas com mobilidade reduzida, apresentando a seguinte afirmação: pessoa com mobilidade reduzida é aquela que, temporária ou permanentemente, tem limitada sua capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-lo. Entende-se por pessoa com mobilidade reduzida, a pessoa com deficiência, idosa, obesa, gestante entre outros (NBR 9050/04, p. 04). Assim, os conceitos apresentado sobre portadores de deficiência nos remete a uma ideia genérica, sendo possível construir um campo das mais variadas deficiências, sejam cegos, surdos, paraplégicos, mudos, o que poderão ser enquadrados nas categorias classificatórias, ou seja, deficiência física, mental ou sensorial. Conforme os entendimentos de Feijó (2002, p. 27) houve uma evolução em relação ao entendimento das deficiências, bem como em relação ao seu conceito, haja vista que, atualmente no Brasil, a nomenclatura pessoa portadora de deficiência é utilizada no Brasil, sendo incorporada pela Constituição Federal de 1988, caracterizando que a deficiência está na pessoa, mas não é a pessoa. Verifica-se que a prática desta expressão tem um objetivo, a busca de um contexto digno de pessoa, minimizando o preconceito, as desigualdades, prevalecendo os direitos humanos, o direito a uma cidadania justa. De maneira que, melhor compreenda os diversos conceitos utilizados para definir as pessoas com deficiência, assim explicar como este assunto tem evoluído nos últimos tempos, apresentamos um quadro que demonstra esta evolução terminológica no Brasil sobre os portadores de deficiência.

17 16 ÉPOCA TERMOS E SIGNIFICADOS VALOR DA PESSOA Desde o começo da história e durante Séculos, obras de literatura, nomes de instituições, leis, mídias e outros meios mencionavam os inválidos. O termo significava indivíduos sem valor. Em pleno século 20, ainda se utilizava este termo, embora já sem nenhum sentido pejorativo. Aquele que tinha deficiência era considerado socialmente inútil, um fardo para a família, alguém sem valor profissional. Século XX até Após as duas Guerras Mundiais, a mídia usava o termo incapacitados. O termo significava, de início, indivíduos sem capacidade e, mais tarde, passou a ter o sentido de indivíduos com capacidade residual. Durante várias décadas, seu uso designava pessoas de qualquer idade. Uma variação foi o termo os incapazes, que significava indivíduos que não são capazes de fazer algumas coisas por causa da deficiência que tinham. Significou um avanço para a sociedade reconhecer que a pessoa com deficiência poderia apresentar alguma capacidade residual, mesmo que reduzida. Mas, ao mesmo tempo, considerava-se que a deficiência, qualquer que fosse o tipo, eliminava ou reduzia a capacidade das pessoas em todos os aspectos: físico, psicológico, social, profissional etc.

18 17 ÉPOCA TERMOS E SIGNIFICADOS De 1988 até Alguns A expressão pessoa líderes de organizações de portadora de deficiência, pessoas com deficiência utilizada somente em países contestaram o termo pessoa de língua portuguesa, foi deficiente alegando que ele proposta considerava a pessoa para substituir o termo deficiente em sua totalidade, pessoa deficiente. Por o que era inaceitável para simplificação, a expressão eles. foi reduzida para portador de deficiência. VALOR DA PESSOA O portar uma deficiência passou a ser um valor agregado à pessoa. A expressão foi adotado nas Constituições federal e estaduais e em todas as leis e políticas pertinentes ao campo das deficiências. Conselhos, coordenadorias e associações passaram a incluir o termo em seus nomes oficiais. De 1990 até O art. 5º da Resolução CNE/CEB nº 2, de 11/9/01, explica que as necessidades especiais decorrem de três situações, que podem envolver dificuldades vinculadas a deficiências ou dificuldades não vinculadas a uma causa orgânica. pessoas com necessidades especiais. O termo surgiu primeiramente para substituir deficiência por necessidades especiais. daí a expressão portadores de necessidades especiais. Depois, esse termo passou a ter significado próprio sem substituir o nome pessoas com deficiência. Com a vigência da Resolução nº 2, a expressão necessidades especiais deu origem a outras, como crianças especiais, alunos especiais, pacientes especiais, etc., numa tentativa de amenizar a contundência da palavra deficiente. Junho de A Declaração de Salamanca- surgida após a Conferência Mundial sobre Educação de Necessidades Especiais: Acesso e Qualidade, realizada na Espanha, em junho de preconiza a educação inclusiva para todos, tenham ou não uma deficiência. Ficou estabelecido que pessoas com deficiência e pessoas sem deficiência, quando tiverem necessidades educacionais especiais e se encontrarem segregadas, têm o direito de integrar-se a escolas inclusivas e da sociedade inclusiva. Ao segmento dos excluídos passou a ser reconhecido o direito de, por meio de seu poder pessoal, exigir sua inclusão em todos os aspectos da vida em sociedade.

19 18 ÉPOCA TERMOS E SIGNIFICADOS VALOR DA PESSOA Atualmente, a expressão pessoas com deficiência passou a ser preferida por um número cada vez maior de adeptos. Essa expressão faz parte do texto da Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidade das Pessoas com Deficiência, elaborado pela ONU em 2003 Os princípios básicos para chegar a essa denominação foram: não esconder ou camuflar a deficiência; mostrar com dignidade sua realidade; valorizar as diferenças e necessidades decorrentes da deficiência; combater neologismos que tentam diluir as diferenças e defender a igualdade entre as pessoas com deficiência e as demais em termos de direitos e dignidade; identificar nas diferenças todos os direitos que lhe são pertinentes e, a partir daí, encontrar medidas específicas para o Estado e para a sociedade diminuírem ou eliminarem as chamadas restrições de participação. Quadro 01: Evolução da Terminologia Usada em Relação à Pessoa com Deficiência. Fonte: CAMBIAGHI, 2007, p Contudo, é possível perceber que a evolução quanto ao termo utilizado para conceituar portador de deficiência sofreu grande evolução, sendo um fator de contribuição, todo o processo histórico que o país atravessava, refletindo na forma de pensar da sociedade. E completando esta afirmação Sassaki (apud SILVA, 2010, p. 27) alerta que em uma sociedade inclusiva, a linguagem torna-se um elemento fundamental, pois expressa o respeito ou a discriminação em relação à portador de deficiência.

20 19 2 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 A Constituição Federal de 1988 é a carta maior prevista no nosso sistema jurídico, sendo que nesta Lei encontramos a organização, a estrutura e, sobretudo as normas e princípios fundamentais. Desse modo, relativo á pessoa portadora de deficiência, a Constituição de 1988 no artigo 23, inciso II trata da competência comum inerente á União, Estados, Distrito Federal e Municípios, quanto aos cuidados da saúde e assistência pública, de proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência, sem qualquer distinção. Dentro deste contexto normativo constitucional, serão analisados os princípios da igualdade, da dignidade da pessoa humana e o direito a acessibilidade, como mecanismos de melhor entendimento de integrar os portadores de deficiência na sociedade. 2.1 PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA IGUALDADE E O DIREITO DE ACESSIBILIDADE O princípio da igualdade deve ser compreendido num contexto conforme a Lei, para que assim a democracia seja exercida de forma ampla aos portadores de deficiência. Para Canotilho (2000, p. 418), o princípio da igualdade não se deve ser compreendido no sentido da igualdade formal. Exige-se uma igualdade material através da lei, devendo tratar-se por "igual o que é igual e desigualmente o que é desigual. A ideia de igualdade está prevista na Constituição Federal aos portadores de deficiência no artigo 7º, XXXI, que diz: proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência (BRASIL, 2004).

21 20 O artigo supracitado vem mostrar uma proteção excepcional aos portadores de deficiência como meio de garantir a inclusão social em todos os setores previstos na sociedade brasileira. Ainda para Canotilho (2000, p. 403): A partir do princípio da igualdade e dos direitos de igualdade específicos consagrados na constituição, a doutrina deriva esta função primária e básica dos direitos fundamentais: assegurar que o Estado trate os seus cidadãos como cidadãos fundamentalmente iguais. Esta função de não discriminação abrange todos os direitos. Tanto se aplica aos direitos, liberdades e garantias pessoais (ex: não discriminação em virtude de religião), como os direitos de participação política (ex: direito de acesso aos cargos públicos) como ainda aos direitos dos trabalhadores (ex: direito ao emprego e formação profissional). Alarga-se, de igual modo, aos direitos a prestações (prestação de saúde, habitação). É com base nesta função de não discriminação que se discute o problema das quotas (ex: parlamento paritário de homens e mulheres ) e o problema das afirmative actions tendentes a compensar a desigualdade de oportunidades (ex: quotas de deficientes ). É ainda com uma acentuação-radicalização da função antidiscriminatória dos direitos fundamentais que alguns grupos minoritários defendem a efetivação plena da igualdade de direitos numa sociedade multicultural e hiperinclusiva ( direitos dos homossexuais, direitos das mães solteiras direitos das pessoas portadoras de HIV ). O princípio da igualdade deve ser uma regra aplicada aos portadores de deficiência, objetivando uma inclusão social, bem como a consequentemente aplicabilidade do direito. A partir de então, paralelo a defesa e aplicação do princípio da igualdade, surge a figura da discriminação neste contexto, tendo em vista alguns doutrinadores traçam este paralelo, a saber, dos pensamento de Mello (1999, p.39): A discriminação não pode ser gratuita ou fortuita. Impede que exista uma adequação racional entre o tratamento diferenciado construído e a razão diferencial que lhe serviu de supedâneo. Segue-se que, se o fator diferencial não guardar conexão lógica com a disparidade de tratamentos jurídicos dispensados, a distinção estabelecida afronta o princípio da isonomia.

22 21 Para finalizar, é certo que não deverá existir nenhuma forma de discriminação, justamente por estarmos frente ao princípio da igualdade, bem como ao direito de acessibilidade, a fim de proporcionar uma melhor qualidade de vida aos portadores. No tocante ao direito de acessibilidade, este é considerado como uma materialização do direito constitucional da igualdade, que surgiu com a Emenda n. 12 da Constituição de 1967 que foi promulgada em 17/10/78, verbis: Artigo único - É assegurada aos deficientes a melhoria de sua condição social e econômica especialmente mediante: I - educação especial e gratuita; II - assistência, reabilitação e reinserção na vida econômica e social do País; III - proibição de discriminação, inclusive quanto à admissão ao trabalho ou ao serviço e a salários; IV - possibilidade de acesso a edifícios e logradouros públicos (ARAÚJO, 1997, p. 60). Assim sendo, faz compreender que a Emenda trouxe grandes avanços referentes aos direitos dos portadores de deficiência, seja para requerer medidas judiciais como para pleitear acessos adequados. Por conseguinte, com o advento da Constituição Federal de 1988 o direito a acessibilidade veio embutido no direito á igualdade, que assim dispõe o artigo 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade privada, nos termos seguintes (BRASIL, 2004). Com esse entendimento, podemos conceituar á acessibilidade conforme a base constitucional da seguinte forma: A possibilidade e a condição de alcance para utilização, com segurança e autonomia, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. (BRASIL. Lei n /00, art. 2, I).

23 22 Cumpre destacar que ao falar no direito á acessibilidade, não se restringe apenas a questão acesso, mas também nos demais campos importantes aos portadores de deficiência, quanto ao direito as informações, ao voto, garantindo plenamente os direitos humanos e consequentemente a cidadania. Bahia (1998, p. 12) destaca as categorias de acessibilidade da seguinte maneira: a) o acesso como capacidade de se chegar a outras pessoas; b) o acesso à atividades chave; c) o acesso à informação; d) a autonomia, a liberdade e a individualidade; e) o acesso ao meio físico. Nesta premissa, entendemos que todos os seres humanos são sociais e que o contato entre eles é fundamental como meio de troca de informações, além de promover o bem estar. Ademais permite também o desfrute igualitário a educação, trabalho, cultura, habitação, lazer. Mister também mencionar, a importância da comunicação, através dos símbolos, signos, cores, uma comunicação informativa a todos os portadores de deficiência, proporcionando-lhes uma melhor qualidade de vida. A Constituição Federal de 1988 determinou no seu artigo 244 um acesso básico ao portador de deficiência, in verbis: Art. 244: A Lei disporá sobre a adaptação dos logradouros, dos edifícios de uso público e dos veículos de transporte coletivo atualmente existente a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência, conforme disposto no art. 227, 2.º. Neste ínterim, o objetivo é garantir acesso adequado, eliminando todas as formas de obstáculos, estimulando a conscientização da sociedade e alcançando o mais próximo possível dos demais direitos.

24 23 Referente a esta temática sobre a acessibilidade Quaresma (2002, p. 12) esclarece que: Como toda pessoa, o portador de deficiência transita por logradouros, ruas, jardins, parques e praças penetra em edifícios, bens públicos de uso especial, como escolas e hospitais públicos e, por fim, utiliza veículos de transporte coletivo como ônibus e metrô. A fim de facilitar o acesso aos mencionados logradouros, edifícios e meios de transportes, serão editadas normas a respeito, sobre construção dos dois primeiros - logradouros e edifícios - e de fabricação dos segundo - veículos de transporte, ou então, determinarão as normas editadas sobre a adaptação do que já existe para o acesso dos deficientes (art. 244). Ao debater esse assunto, é importante frisar que a promoção ao acesso dever ocorrer não só nos logradouros públicos, mas também nas nos edifícios privados, uma vez que se faz prevalecer os princípios previstos na Carta Constitucional, alcançando o princípio da igualdade, o direito a acessibilidade, a uma livre locomoção. Desta forma, Nogueira (apud Garbe 2012, p. 7), explana que: A fim de possibilitar ás pessoas com deficiência viver de forma independente e participar plenamente de todos os aspectos da vida, os Estados Partes tomarão as medidas apropriadas para assegurar ás pessoas com deficiência o acesso, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, o meio físico, ao transporte, á informação e comunicação, inclusive aos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem como a outros serviços e instalações abertos ao público ou de uso público, tanto na zona urbana como na rural. Essas medidas, que incluirão a identificação e a eliminação de obstáculos e barreiras á acessibilidade. Assim, promover a acessibilidade é medida sempre a ser adotada, haja vista que, proporciona oportunidades aos portadores com deficiência participarem da sociedade de forma igualitária para todos. Ressaltando inclusive que, a promoção á acessibilidade deve atender outras características inerentes a pessoa, como a idade, o estado de saúde, crianças, gestantes, as pessoas com mobilidade reduzida, ou seja, que sofreram alguma fratura. Portanto, a responsabilidade dos atores se amola justamente na aplicação dos direitos e princípios constitucionais, nas ações de acessibilidade, previstos legalmente nas legislações, como instrumento capaz prevalecer a igualdade entre todos, sem nenhuma forma de discriminação, buscando corrigir as injustiças sociais,

25 24 as diferenças econômicas, culturais. Além disso, o princípio da acessibilidade condiciona também na formação de produtos e no planejamento de serviços de forma a pensar e permitir que os cidadãos com deficiência possam ser seus usuários legítimos e dignos. 2.2 PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA A dignidade da pessoa humana, considerado um valor moral, corresponde ao conjunto de valores que são fundamentais a pessoa, bem como deverão ser respeitados por toda a sociedade. Nosso ordenamento jurídico deve garantir o respeito a esse conjunto de direitos, promovendo assim a dignidade da pessoa humana, como forma de reconhecimento da própria essência de condição humana. Conforme Silva (2000, p. 147), a dignidade da pessoa humana é um valor supremo que atrai o conteúdo de todos os direitos fundamentais do ser humano, desde o direito à vida. Por isso, trata-se de um princípio que unifica os demais princípios previstos no texto constitucional. Na concepção formada por Kobayashi (2003, p. 45) assevera o seguinte: Uma das grandes preocupações em relação à necessidade de efetivação da dignidade da pessoa humana e, consequentemente, da concretização do princípio da igualdade no seio social, diz respeito às minorias, as quais, seja em razão de apresentarem comportamento diferenciado daquele normalmente experimentado por uma determinada comunidade, seja em razão de não ostentarem as mesmas características físicas e psíquicas verificadas na maioria dos indivíduos, sofrem os mais diversos tipos de discriminação e de exclusão, sendo, inclusive, expungidas injustamente do beneficio resultante do exercício de direitos que, ao menos em tese, se mostram pertencentes a qualquer cidadão. Sendo um dos fundamentos da Carta Maior e inerentes ao Estado Democrático de Direito, o princípio da dignidade da pessoa humana deverá ter sua real aplicabilidade, de forma a excluir todas as práticas discriminatórias aos portadores de deficiência, as exposições que os ridicularizem e que os coloquem em situações de desigualdade.

26 25 Os esforços para cumprimento das disposições constitucionais é dever de toda a sociedade, bem como das esferas governamentais, órgãos legislativos, judiciários e executivos. Nisto, é dever do Estado adotar medidas, seja de natureza legislativa e/ou administrativas, através de regulamentos, modificando e revogando leis, bem como por meio de costumes, já que nossa Carta Maior prevê esta possibilidade, reconhecendo e preservando os direitos das pessoas com deficiência. Ademais, é imprescindível a participação da sociedade na promoção de ações que valorizem a pessoa com deficiente, reconhecendo-o como cidadão, exceto de qualquer forma de discriminação, mas sim respeitando seus direitos e limitações. Nesta premissa, o portador de deficiência tem o direito e dever de exigir das esferas governamentais, os cuidados de forma igualitária.

27 26 3 LEGISLAÇÕES DE PROTEÇÃO AO PORTADOR DE DEFICIÊNCIA FÍSICA Existem várias legislações referentes a acessibilidade e aos portadores de deficiência, as quais determinam a viabilização e a manutenção da cidadania, visando condição de vida digna no trabalho, na escola, em lugares de convívio público, que veremos a seguir. 3.1 CONVENÇÃO INTERNACIONAL DE PORTADORES DE DEFICIÊNCIA FÍSICA E A LEI N /85 (COLOCAÇÃO DE SÍMBOLOS DE ACESSO) A Convenção Internacional de Portadores de Deficiência Física é um Tratado aprovado na Assembleia Geral da ONU em 13 de Dezembro de O objetivo deste Tratado é promover, proteger e assegurar o exercício dos direitos humanos e princípios lógicos de todas as pessoas portadores com deficiência, a fim de garantir o respeito a dignidade. Além disso, a Convenção prevê também sobre as condições trabalhistas, a forma de contratação e a busca igualitária de subsídios salariais. Cumpre destacar que, até o ano de 2009, 141 países a Convenção e deste total, somente, 61 países ratificaram a Convenção. Vale dizer que a assinatura é um ato que autentica o texto do tratado, mas não o torna obrigatório para as partes. Por outro lado, ratificação é o ato que uma parte contratante informa á(s) outra(s) que se considera, doravante, obrigada aos termos do tratado no plano internacional (Rezek apud Garbe, 2012, p. 5). No Brasil, no dia 30 de março de 2007 esta Convenção surgiu por meio do Decreto nº 6.949/2009, em que foi assinado pela Organização das Nações Unidas. Rezende (apud Garbe, 2012, p. 4), destaca que nos termos da Convenção há uma busca por reconhecer os direitos das pessoas com deficiência e de outras minorias, como parte integrante dos Direitos Humanos Universais, engajando o Brasil na luta planetária dos Direitos Fundamentais de todos os seres humanos.

28 27 Cabe aqui destacar, que embora sendo a Convenção uma norma internacional, esta inserida na nossa legislação brasileira através da Emenda Constitucional, nos termos do artigo 5º, 3º, da CF/88: Tratados e Convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos votos dos respectivos membros, serão equivalentes ás emendas constitucionais. Ainda com base neste entendimento, através da Convenção Internacional, nasce a Emenda Constitucional nº 65 de 2010, inserida na Constituição Federal, no artigo 227, inciso II, que trata dos portadores de deficiência, conforme se observa abaixo: Art. 227, inc.ii: criação de programas de prevenção e atendimento especializado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos de todas as formas de discriminação. A Lei nº de 12 de Novembro de 1985 dispõe sobre a obrigatoriedade de colocação do símbolo internacional de acesso, o que enfatiza este dever através do seu artigo 1º: Art. 1º: É obrigatória a colocação, de forma visível do "Símbolo Internacional de Acesso", em todos os locais que possibilitem acesso, circulação e utilização por pessoas portadoras de deficiência, e em todos os serviços que forem postos á sua disposição ou que possibilitem o seu uso. 3.2 NORMAS DE PROTEÇÃO AOS DEFICIENTES FÍSICOS - LEI Nº 7.853/89 A Lei nº de 24 de outubro de 1989 dispões sobre o apoio ás pessoas portadoras de deficiência, sua integração social e sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Trata-se de uma lei que fixa normas gerais para assegurar o pleno exercício dos direitos individuais e sociais das pessoas com deficiência, bem como a sua efetiva integração social. Identificamos nessa lei, disposições que pretendem cobrir áreas estratégicas para essa

29 28 seguridade. Dentre essas áreas, destacam-se a educação, a formação profissional e o trabalho (BRASIL, 1989). Ressalta-se que, o Decreto nº de 20 de Dezembro de 1999, veio a regulamentar a Lei n /89, a qual veio dispor sobre a política nacional para integração da pessoa portadora de deficiência, bem como a consolidar normas de proteção, a fim de assegurar os direitos individuais e sociais. Frisa-se ainda que, o Decreto enfatiza sobre princípios, diretrizes, objetivos e os mecanismos utilizados e postos a disposição para aplicabilidade desses direitos ao portador de deficiência, in verbis: Art. 5º: A Política Nacional para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência, em consonância com o Programa Nacional de Direitos Humanos, obedecerá aos seguintes princípios: I- desenvolvimento de ação conjunta do Estado e a sociedade civil, de modo assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto sócio - econômico e cultural; II- estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais que assegurem ás pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o seu bem-estar pessoal, social e econômico; III- respeito ás pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem privilégios ou paternalismos. Corroboram com o entendimento acima explicitado, as diretrizes estão dispostos nos artigo 6º do referido Decreto: Art. 6º. São diretrizes da Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência: I- Estabelecer mecanismos que acelerem e favoreçam a inclusão social da pessoa portadora de deficiência; II- Adotar estratégias de articulação com órgão e entidades públicos e privados, bem assim com organismos internacionais e estrangeiros para a implantação desta Política; III- Incluir a pessoa portadora de deficiência, respeitadas as suas peculiaridades, em todas as iniciativas governamentais relacionadas

30 29 á educação, á saúde, ao trabalho, á edificação pública, á previdência social, á assistência social, ao transporte, á habitação, á cultura, ao esporte e ao lazer; IV- Viabilizar a participação da pessoa portadora de deficiência em todas as fases de implementação dessas Políticas, por intermédio de suas entidades representativas; V- Ampliar as alternativas de inserção econômica da pessoa portadora de deficiência, proporcionando a ela qualificação profissional e incorporação no mercado de trabalho; VI- Garantir o efetivo atendimento das necessidades da pessoa portadora de deficiência, sem cunho assistencialista. Destaca-se que, as diretrizes legislativas previstas na Lei n /1989 asseguram a aplicação de valores básicos, como igualdade, dignidade da pessoa humana, bem estar social, além do respeito. Ressaltando assim que, estas bases principiológicas também estão indicadas e certificadas na Constituição Federal de Previsto ainda na Lei 7.853/89, além do cumprimento das normas constitucionais, a prática de ações governamentais que abduzam o preconceito ou qualquer atitude discriminatória. Diante desta afirmação, o artigo 2º da referida Lei colabora com o entendimento acima esposado, pois cabe ao poder público e seus órgãos assegurar ás pessoas portadores de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos á educação, a saúde, ao trabalho, ao lazer, a previdência social, ao amparo a infância e a maternidade e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem estar pessoal, social e econômico (BRASIL, 1989). 3.3 NORMAS GERAIS DA ACESSIBILIDADE DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA - LEI Nº /2000 A Lei nº /2000 estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e que foi aprovada no dia 19 de novembro de 2000.

31 30 Assim, o termo acessibilidade é definido por BEZERRA (2007, p. 273) da seguinte forma: O Direito a Acessibilidade é um meio de garantia dos Direitos Fundamentais como educação, saúde, trabalho, lazer, entre outros. Os titulares do Direito Constitucional de acessibilidade plena ao ambiente urbano e aos meios de transportes são todos os membros da coletividade. A legislação brasileira sobre direitos das pessoas com deficiência é um das mais avançadas do mundo, mas, exige implementação por meio de políticas públicas adequadas e conscientização da sociedade. No contexto desta lei, o legislador objetivou promover uma acessibilidade de forma a eliminar barreiras e obstáculos, assim como exposto nos art. 1º: Art. 1: Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transportes e de comunicação. Ainda conforme a legislação, a padronização das condições de acesso ás pessoas com deficiência é medida necessária, seja na viabilização dos meios de transportes, no acesso as edificações públicas de uso coletivo e privado, no acesso ao mobiliário de uso comum da população, bem como as normas de acesso a comunicação. No tocante, a temática, as vias públicas e os demais espaços públicos serão ser acessíveis aos portadores com deficiência ou com mobilidade reduzida. As passagens em via pública, escada, rampas adaptadas a todo tipo de limitação que uma pessoa possa apresentar para se movimentar, como no caso dos usuários de cadeiras de roda, que precisam de rampas de acesso. Destaca-se também, os banheiros de uso público, que disporão de, pelo menos, um sanitário e um lavatório apropriado aos portadores de deficiência e ainda, reservas de vagas em estacionamentos que estejam próximos ao acesso de circulação, contando com no mínimo 2% do total de vagas, com sinalização e o uso adequado das técnicas de comunicação (BRASIL, 2000). A acessibilidade em edifícios públicos ou de uso coletivo, nas garagens e nos estacionamentos próximos as áreas de pedestres também são medidas a serem

32 31 concretizadas e que estão previstas na Lei /2000. Está determinado que haja pelo menos um acesso da edificação livre de barreiras arquitetônicas, espaço nestas edificações para que o deficiente, neste caso principalmente os cadeirantes possam melhor se locomover. No que tange a acessibilidade neste cenário, leciona BEZERRA (2007, p. 278): É fundamental que as pessoas possam utilizar os ambientes e serviços com autonomia e segurança, ainda se apresentarem alguma mobilidade reduzida, sem serem condenadas á segregação social, podendo trabalhar, estudar, cuidar da saúde, ter acesso ao lazer, visitar parentes ou amigos que residam em edifícios, independentemente do auxílio de outra pessoa. Cabe aqui destacar, que a Lei nº /2000 prevê ainda a obrigatoriedade da acessibilidade em edifícios privados, as instalações obrigatórias de elevadores próprios para pessoas portadoras de deficiência, com portas mais alargadas, números de andares mais baixo para melhor alcance os cadeirantes, inclusive utilizando uma comunicação em braile ou sonorizado, considerando os portadores de deficiência visual e auditiva. A garantia da acessibilidade nos veículos de transporte devem cumprir as normas previstas na ABNT (2004), mencionando assim, espaços para movimentar minimamente a cadeira dentro do veículo, sobretudo com portas mais largas para os cadeirantes, bem como as pessoas que utilizam muletas. Para finalizar, a preocupação com o processo educacional também é dever da Lei nº /2000, pois versa sobre a instrumentalização para a comunicação através de sistemas e técnicas alternativas que visem a proporcionar uma interatividade com os portadores de deficiência, assim como previsto no artigo 17: Art. 17: O poder público promoverá a eliminação de barreiras na comunicação e estabelecerá mecanismos e alterativas técnicas que tornem acessíveis os sistemas de comunicação e sinalização ás pessoas portadoras de deficiência sensorial e com dificuldade de comunicação, para garantir-lhes o direito de acesso á informação, á comunicação, ao trabalho, á educação, ao transporte, á cultura, ao esporte e ao lazer.

33 32 Por fim, existe uma preocupação na conscientização da população em geral sobre a acessibilidade das pessoas com deficiência, in verbis: Art. 24: O poder público promoverá campanhas informativas e educativas dirigidas á população em geral, com a finalidade de conscientizá-la e sensibilizá-la quanto á acessibilidade e á integração social da pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida. A legislação é bastante preocupada com a acessibilidade dos portadores de deficiência, busca concentrar principalmente em seu texto a eliminação de qualquer barreira que impeçam a locomoção deste grupo. 3.4 DECRETO DA ACESSIBILIDADE (DECRETO Nº /2004) O Decreto n /2004 trata das questões relacionadas a acessibilidade no que se refere a construções, adaptações e adequações a todas as pessoas. Ressalta-se ainda, que o cumprimento das disposições nesta legislação deverão ser cumpridas pelos governos municipais, estaduais e federais com o objetivo de assegurar a todos um acesso facilitado nos locais públicos. Cumpre ainda destacar, que a acessibilidade aos locais públicos além de observar as normas previstas neste Decreto, segue também as normas técnicas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT. Os mecanismos utilizados para garantir a acessibilidade, visa sobretudo á segurança nos espaços, nas edificações, nos equipamentos, nas informações e nos meios de comunicação aos portadores de deficiência ou que sofram de mobilidade reduzida. Ainda neste contexto, incluímos os serviços de saneamento básico, como fornecimento de água, energia elétrica, telefonia. O Decreto tem uma grande preocupação com a acessibilidade dos portadores de deficiência, bem como as questões educativas, as relacionadas aos ambientes culturais, como nos teatros, cinemas, estádios, que assegurem uma visibilidade adequada e bem sinalizada. Ademais, estabelece sobre as condições de ensino público ou privado.

34 33 Percebe-se então, a importância da parceria dos órgãos públicos, privados e da sociedade em geral para fazer cumprir as condições de proteção a todos, independente de serem portadores de deficiência, porém considerando a igualdade de direitos.

35 34 4 METODOLOGIA DA PESQUISA O presente capítulo visa apresentar a metodologia utilizada para o desenvolvimento da pesquisa no centro da cidade de Paulo Afonso-BA com os portadores de deficiência. Com isso, para desenvolver deste trabalho se fez necessário à utilização de uma metodologia adequada, consequentemente a escolha do melhor método a ser adotado, a partir de uma base respaldada em um conjunto de procedimentos e métodos, com variadas técnicas no intuito de alcançar os objetivos traçados. No entender de Minayo (1993, p. 23) a pesquisa é considerada como atividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma atividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados. Para Bruyne (1991, p. 29), a metodologia é a lógica dos procedimentos científicos em sua gênese e em seu desenvolvimento, não se reduz, portanto, a uma metrologia ou tecnologia da medida dos fatos científicos. Portanto, para a realização desta pesquisa, fundamental será um confronto, as comparações, entre as informações coletadas sobre o assunto e as informações e/ou dados teóricos analisados. 4.1 TIPO DE PESQUISA Para a realização da pesquisa foi necessário um estudo na modalidade bibliográfica, exploratória, descritiva, bem como de campo, onde pudesse levantar uma análise quantitativa e qualitativa.

36 35 Neste ínterim, Xavier (2010, p. 48), conceitua á pesquisa bibliográfica da seguinte forma: É aquela forma de investigação cuja resposta é buscada em informações contidas em material gráfico, sonoro ou digital estocadas em bibliotecas reais ou virtuais. O pesquisador faz um levantamento de trabalhos já realizados sobre um determinado tema e cataloga-os a fim de rever, reanalisar, reinterpretar e criticar procedimentos técnicos e pontos de vista teóricos considerados pelo autor da pesquisa já envelhecidos ou ineficientes. Para Silva & Menezes (2000, p. 21) afirma que a pesquisa descritiva visa descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Neste tipo de pesquisa, são utilizadas técnicas de coleta de dados, como questionários e observações. No que se refere ao questionário, este deve ser apresentado de forma simples e clara, para facilitar para o entrevistado. Assim, após a coleta dos dados, é necessário organizar as informações obtidas. O questionário aplicado neste estudo foi realizado pessoalmente com os portadores de deficiência que se encontravam no centro da cidade. Justificando neste quesito que a escolha por este instrumento se deu por ser fácil, já que as perguntas eram padronizadas, ou seja, questões objetivas. A amostragem foi de 40 entrevistados na aplicação dos questionários, entre deficientes visuais, físicos, mentais e auditivos. Salientando que, durante a aplicação foi bastante receptível, não se deparando com nenhum receio dos portadores a responder determinadas questões. Diante disso, GIL (2006, p. 185) a interpretação, por sua vez, tem o propósito de fazer a ligação das informações com outros conhecimentos previamente obtidos, que devem ser separados em seus aspectos básicos e submetidos a uma reflexão. Nesta linha, o estudo é, portanto de natureza descritiva, uma vez que descreve as ações para acessibilidade dos portadores de deficiência no centro da cidade de Paulo Afonso BA, por meio de aplicação de questionários.

37 36 As informações do questionário foram tabuladas e analisadas, primeiro no aspecto que se refere a faixa etária e em seguida tanto a percepção dos deficientes quanto as ações para acessibilidade no centro da cidade.

38 37 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES A pesquisa teve como objetivo analisar dados que pudessem demonstrar e assim analisar as ações para acessibilidade dos portadores de deficiência no centro da cidade de Paulo Afonso-BA. Para alcançar estes objetivos, utilizou-se da aplicação de um questionário com as pessoas deficientes. No que diz respeito a faixa etária de idade, o gráfico abaixo (gráfico 1) revela o seguinte dado: Gráfico1: Faixa etária de idade Fonte: Pesquisa de campo, As informações do gráfico evidenciam que da amostragem de 40 entrevistados, 12% (4,8 pessoas) possuem entre 10 a 20 anos, 14% (5,6 pessoas) entre 21 a 30 anos, 24% (9,6 pessoas) entre 31 a 40 anos, 7% (2,8 pessoas) entre 41 a 50 anos e 43% (17,2 pessoas) acima de 50 anos. Sobre qual o tipo de deficiência do portador, dos 40 entrevistados, 55% (22 pessoas) responderam que tem deficiência física, 36% (14,4 pessoas) deficiência visual, 5% (2 pessoas) deficiência auditiva e 4% (1,6 pessoas) deficiência mental, como demonstrar o gráfico a seguir:

39 38 Gráfico 2: Percentual de deficiência dos entrevistados. Fonte: Pesquisa de campo, Em relação a conhecer os direitos sobre acessibilidade para os portadores deficiência, foram unânimes quanto a este questionamento, pois dos 40 entrevistados (100%) responderam que tem conhecimento sobre seus direitos (gráfico 3). Gráfico 3: Conhecimento sobre os direitos de acessibilidade para os portadores de deficiência. Fonte: Pesquisa de campo, Os dados apresentados revelam que todos os entrevistados conhecem seus direitos sobre a acessibilidade, e que consequentemente as leis os tornaram sujeitos desses direitos.

40 39 Sobre o centro de Paulo Afonso oferecer acesso adequado aos portadores de deficiência (gráfico 4), os 40 (100%) portadores de deficiência entrevistados disseram que o centro não esta adaptado para suas necessidades. Os dados levantados e analisados são suficientes para demonstrarem que não há atendimento eficaz e adequado que supra as necessidades das pessoas deficientes. Gráfico 4: Oferta de acessibilidade aos portadores de deficiência em Paulo Afonso. Fonte: Pesquisa de campo, Para a questão referente à existência de símbolos de acessibilidade no centro de Paulo Afonso aos portadores de deficiência (gráfico 5), dos 40 (100%) entrevistados, todos responderam que não, ou seja, corroborando com os dados apresentados no gráfico anterior (gráfico 4), o centro da cidade não está organizado para atender as limitações dos deficientes. O gráfico abaixo aponta os resultados: Gráfico 5: Existência de símbolos de acessibilidade no centro de Paulo Afonso para os portadores de deficiência. Fonte: Pesquisa de campo, 2014

41 40 Outro questionamento foi para saber os principais obstáculos encontrados no centro de Paulo Afonso. A resposta será apresentada no gráfico 6: Gráfico 6: Obstáculos para portadores de deficiência encontrados no centro de Paulo Afonso. Fonte: Pesquisa de campo, Para esta questão 100% (40 entrevistados) disseram que o centro da cidade possui como principais obstáculos, escadas sem corrimão, ausência de banheiros adaptados, pouca iluminação e ausência de rampas. Os resultados adquiridos nos faz perceber a sintonia que há entre as respostas, ou seja, todos os pesquisados encontram as mesmas dificuldades, refletindo assim, num problema notório que os deficientes enfrentam. Acerca das campanhas informativas e educativas a população sobre as ações de acessibilidade ao portador de deficiência, o gráfico 7 abaixo mostra que 100% afirmaram que não existe este tipo divulgação. Os dados pressupõem que há uma deficiência quanto as informações, presumindo também um entendimento que nem mesmo os direitos dos deficientes previsto nas legislações são colocados em prática, já que trata-se de uma prerrogativa aos deficientes.

42 41 Gráfico 7: Existência de campanhas informativas e educativas à população sobre as ações de acessibilidade ao portador de deficiência. Fonte: Pesquisa de campo, Quanto as principais ações na ajuda da acessibilidade dos portadores de deficiência, o gráfico 8 evidencia que também forma unânimes (100%) em todos os quesitos, ao afirmarem que o centro da cidade de Paulo Afonso precisa adotar medidas que viabilizem a acessibilidade dos deficientes, no que tange a construção de rampas e elevadores, na comunicação e sinalização visual, nas adequações tecnológicas, sanitários acessíveis, na colocação de piso adequado do tipo tátil unidirecional e alarmes visuais e sonoros. Gráfico 8: Ações para facilitar a acessibilidade dos portadores de deficiência. Fonte: Pesquisa de campo, 2014.

43 42 Percebe-se que os gráficos 6, 7 e 8 possuem uma sintonia bastante evidente em sua resposta, haja vista que se completam ao perceberem que os resultados demonstram que os portadores de deficiência enfrentam grandes problemas e que para sanar esta problemática não são adotadas ações que favoreçam um acesso justo, igualitário e digno a todo cidadão. Ademais, nem mesmo as leis que protegem e asseguram os direitos estão sendo respeitadas. Para a pergunta sobre o que um ambiente acessível transfere ao portador de deficiência, o gráfico 9 revela que todos os entrevistados (100%) responderam que, quando um ambiente há acesso apropriado, os benefícios são vários, destacando mais uma vez por unanimidade, o respeito ao direito de ir e vir e a prática da cidadania, condições de atendimento adequado, respeito a legislação, inclusão social e ainda consciência da empresas, dos órgão públicos quanto a sua responsabilidade social. Gráfico 9: Benefícios aos portadores de deficiência a partir da implantação da acessibilidade. Fonte: Pesquisa de campo, Para o item que questiona sobre a atuação do poder público com ações de acessibilidade aos portadores de deficiência, verifica-se no gráfico 10 que o poder

44 43 público não põe em prática ações que promova uma acessibilidade digna aos deficientes. Gráfico 10: Opinião da população sobre a atuação dos órgãos e entidades do poder público na promoção da acessibilidade aos portadores de deficiência. Fonte: Pesquisa de campo, Neste contexto, os portadores de deficiência nos mesmos graus de igualdade tem o direito de participar da sociedade, exercendo seu papel de cidadão. E diante de suas limitações, na maioria das vezes não possuem as mesmas oportunidades de uma pessoa sem deficiência. Portanto, as legislações brasileiras de proteção aos portadores de deficiência objetivam propor uma qualidade de vida digna para aqueles que possuem certas limitações, devendo ter como colaboradores os sujeitos interessados, os órgãos públicos e a iniciativa privada, elaborando ações que promovam de maneira eficiente á prática desses direitos. Para isso, é fundamental a participação de todos os interessados.

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