O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E A ECONOMIA CIRCULAR: A EXPERIÊNCIA CHINESA

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1 O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E A ECONOMIA CIRCULAR: A EXPERIÊNCIA CHINESA Marcus Santos Lourenço 1 Cristiano Chiaramonti 2 RESUMO A busca pelo Desenvolvimento Sustentável esbarra em entraves sérios na implementação de ações que levem à sustentabilidade das economias mundiais. De fato, alguns autores discutem a viabilidade do Desenvolvimento Sustentável como ferramenta do crescimento econômico que leve à redução dos níveis de destruição do meio ambiente e como ferramenta de equidade social. O problema é que, apesar de seu apelo ideológico, e da adoção do discurso da sustentabilidade, esse conceito oferece muito pouco em relação à ações que levem à maior sustentabilidade das atividades econômicas. A Economia Circular surgiu na China como uma ferramenta capaz de operacionalizar ações na área da produção que reduz os danos ao meio ambiente, gera emprego e renda, e contribui para o crescimento econômico do país. O presente artigo contextualiza a situação sócio-ambiental chinesa, apresenta os conceitos básicos da Economia Circular, as principais ferramentas de implantação dessa estratégia, oferece uma definição dos Parques Industriais Ecológicos, relaciona as dimensões do Desenvolvimento Sustentável com os conceitos da Economia Circular e apresenta um estudo de caso de um Parque Industrial Ecológico chinês. O estudo conclui que a Economia Circular é uma opção viável para a implantação de um modelo de sustentabilidade. Palavras-chaves: desenvolvimento sustentável; economia circular; parques industriais ecológicos. 1 Doutor em Planejamento Urbano. Professor do Mestrado em Organizações e Desenvolvimento da UNIFAE. Linha de pesquisa Políticas Públicas e Desenvolvimento. marcuslourenco@bomjesus.br 2 Bacharel em Ciências Econômicas. Aluno bolsista do mestrado em Organizações e Desenvolvimento da UNIFAE. Linha de pesquisa: Complexidade e Organizações. cristiano.chiaramonti@bomjesus.br

2 2 INTRODUÇÃO A temática central deste artigo diz respeito a construção do entendimento da Economia Circular, em especial a utilização do exemplo da economia chinesa, que vem adotando esta solução como modelo de crescimento sustentável, e tem como objetivo analisála como uma economia que está crescendo a níveis estratosféricos, com uma população de bilhões de pessoas, que necessita de um plano para que os seus recursos naturais não sejam totalmente devastados. O parâmetro teórico, neste artigo, sustenta-se no fato de que as questões do desenvolvimento sustentável sempre estiveram atreladas a questão do desenvolvimento econômico. Este desenvolvimento é provavelmente o que perdura na sociedade contemporânea, pois foi construído no decorrer dos anos pelos países economicamente desenvolvidos. Neste sentido, o desenvolvimento econômico acaba sendo formalizado quando ocorre a percepção da existência de uma relação entre o homem e a natureza. A natureza é colocada como um elemento que está subordinado a ordem econômica. A imagem da economia nesta época é de uma atividade regida pelas leis naturais, a qual se perpetua de um meio natural que é independente. A natureza passa a ser um fator gerador de riqueza para a economia, pois quanto mais explorada maior é a chance do país torna-se rico economicamente. Os recursos naturais então começam a dar a sua devolutiva para a sociedade mostrando-se limitados e escassos, não podendo ser explorados de forma aleatória. Assim, a economia começa a atingir o grau máximo de investimento compatível com seu meio natural. Desta forma, começam eclodir várias questões a respeito de como tratar este crescimento econômico que se mostrava falível. Em 1968 constituiu-se o Clube de Roma, composto por cientistas, industriais e políticos, com o objetivo de discutir e analisar os limites do crescimento econômico levando em conta o uso crescente dos recursos naturais. Em 1972 é publicado por este clube o estudo sobre, Os limites do Crescimento, é criada a tese do crescimento econômico zero, que é um ataque às questões do crescimento defendida pela sociedade industrial. Esta abordagem ecodesenvolvimentista preparou o terreno para outra abordagem, a do desenvolvimento sustentável, que surge em 1979 em Estocolmo e ganha impulso em 1987 com o Relatório de Brundtland. Este relatório apresentou a situação do mundo, em termos de problemas socioeconômicos e ambientais, como resultantes das relações existentes entre os países ricos e os países pobres. A intenção era a de demonstrar uma visão alternativa existente entre a ligação econômica, tecnológica, a dependência entre as sociedades e as políticas e meio ambiente. Apresenta-se ao mundo o conceito de desenvolvimento sustentável.

3 3 Este relatório constrói a frase que muito é utilizada pela sociedade contemporânea para o entendimento de desenvolvimento sustentável: O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades (RELATÓRIO DE BRUNDTLAND, 1987). Estas fases, por qual passou o entendimento do desenvolvimento econômico, elucidaram as externalidades construídas por políticas que visam tão somente a exploração dos recursos naturais. As externalidades podem ser relacionadas como: a depredação dos recursos naturais, a poluição em função dos detritos, a superpopulação e pobreza entre outras questões que são formalizadas pela economia contemporânea. A Economia Circular então entra como uma ferramenta alternativa para justificar as formas de controle, da manutenção e da renovação da exploração dos recursos naturais, os quais são limitados e imprescindíveis na contextualização das relações entre o homem e a natureza. Para tanto, optou-se por analisar a experiência da Economia Circular que está ocorrendo na China, entendendo-a como solução para um país que depende de novas relações com a natureza para a sua sobrevivência. A Economia Circular pode se tornar um exemplo vindo da China de como os homens podem explorar um sistema, considerando as suas limitações. Assim, pretende-se elucidar as formas como a China está aplicando na sua economia o conceito produtivo circular por meio dos Parques Industriais Ecológicos. Utilizou-se para este uma pesquisa bibliográfica sobre artigos referentes a Economia Circular e de casos que estão sendo implementados na China e no Brasil. Com base nestas informações buscou-se refletir acerca do comportamento da economia da China e de como a Economia Circular pode contribuir para a melhoria das relações entre a necessidade do crescimento econômico e a preservação dos recursos naturais. Algumas questões são trazidas para a contextualização da importância de se entender novas alternativas de crescimento e de exploração dos recursos naturais. Podemos então mudar o curso da história ao identificar um novo modelo para a exploração dos recursos naturais? É possível que os países subdesenvolvidos passem a ser desenvolvidos sem esgotar os seus recursos naturais? Quais formas podem ser caracterizadas para o equilíbrio social, ambiental e econômico dentro de um país como a China? Buscar-se-á, portanto, a partir das reflexões trazidas neste artigo, referentes aos casos da economia chinesa, discorrer a respeito das questões acima, bem como, o entendimento da relevância de novas alternativas econômicas para os países em processo de desenvolvimento.

4 4 1 CONTEXTUALIZAÇÃO SOCIOECONÔMICA E AMBIENTAL CHINESA Nos últimos trinta anos a economia chinesa saltou de um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 106 bilhões de dólares para US$ 2,4 trilhões de dólares ao ano, transformando a China na quarta maior economia do planeta e uma potência econômica global. Esse crescimento acelerado da economia chinesa foi resultado de uma maior abertura comercial com as outras nações do mundo e a adoção de técnicas de mercado que atraíram grandes volumes de investimento estrangeiro, viabilizando o crescimento econômico chinês. Os planos de crescimento para a economia da China para os próximos 30 anos são ainda mais ambiciosos. O 16º. Congresso Nacional do Partido Comunista da China faz previsões de quadruplicar o PIB chinês nesse período e ao mesmo tempo aumentar a equidade social e proteger o meio ambiente. Essa agenda desenvolvimentista esbarra em problemas sérios de poluição e degradação ambiental (YAP). Desmatamento da vegetação, avanço das áreas de cultivo sobre as florestas existentes, excessivo uso dos recursos hídricos e desenvolvimento industrial mal planejado tiveram efeitos devastadores no meio ambiente. Os desertos chineses estão aumentando e aumentam também as tempestades de areia, que têm efeitos negativos na qualidade de vida e produtividade dos chineses (BROWN, 2002). Há também sérios problemas no saneamento básico das cidades chinesas. Metade das 3,7 toneladas de esgoto produzidas diariamente é despejada nos rios e lagos criando um sério problema de poluição (YAP). A Agência de Proteção Ambiental Chinesa revelou que 70% das águas de cinco dos sete principais rios chineses estão impróprias para o contato humano. Há também problemas sérios de contaminação por metais em 10% das terras aráveis do país (ECONOMIST, 2004). O problema é agravado pelo fato de que a perda e degradação dos recursos naturais nas áreas rurais, combinado com uma melhora nas condições de vida nas cidades aceleraram a migração do campo para as áreas urbanas. Mais de 500 milhões de chineses vivem em 660 cidades e vilarejos (LI, 2005) aumentando o stress ambiental urbano. De acordo com o Banco Mundial a China tem 16 das cidades mais poluídas do mundo. Essa deteorização do meio ambiente na China tem efeitos devastadores para a saúde da população e consequentemente para a sua economia. Estima-se que entre e chineses morrem prematuramente como resultado de doenças respiratórias anualmente. Estima-se que entre 300 e 700 milhões bebem água contaminada, e milhões estão em contato com materiais tóxicos todos os dias (BECKER, 2004). Em termos econômicos essa degradação ambiental e seus efeitos na saúde da população têm um alto custo para a economia chinesa. O Banco Mundial estima que a China perca entre 8% e 10% do seu PIB anualmente em custos de saúde, perda na produção agrícola, perdas na produtividade e gastos com auxílio econômico em áreas de desastres naturais devido a enchentes (ECONOMIST, 2004).

5 5 A degradação do meio ambiente na China tem também efeitos na sociedade. Protestos da população têm aumentado em freqüência, tamanho e intensidade. Os protestos sociais, chamados oficialmente de nongmin fudan, são reações populares contra os impactos negativos do desenvolvimento econômico na saúde da população e da perda de terras para o desenvolvimento (YORK, 2005). A estratégia adotada pelo governo central chinês para reverter esse quadro de decadência sócio-ambiental que tanto ameaça o seu crescimento econômico é a chamada Economia Circular (EC). 2 CONCEITOS BÁSICOS DA ECONOMIA CIRCULAR Os conceitos básicos da Economia Circular foram apresentados em 1966 por Boulding. O conceito organiza as atividades econômicas através de um vetor de retro-alimentação recursos-produção-regeneração de recursos. O conceito de Economia Circular foi adaptado por acadêmicos chineses em 1998 para aliviar as contradições entre crescimento econômico rápido e a escassez de matérias primas e energia (SU e ZHOU, 2005). A Economia Circular recebeu subsídios teóricos e empíricos do conceito da Ecologia Industrial desenvolvido na Alemanha e Suécia como política de meio ambiente. Ainda não existe um arquétipo conceitual da Economia Circular, mas a base dessa estratégia é o tripé redução, reuso e reciclagem (FENG, 2004). O processo afeta tanto a produção de bens de consumo com também o consumo dos bens produzidos. Os principais elementos dessa estratégia são o fluxo físico, roudput e diversidade e evolução (WANG e LI, 2006). O Fluxo Físico: Busca controlar e reduzir os impactos negativos gerados pelo uso dos recursos (AYRES e AYRES, 1996; ERKMAN, 1997). A poluição ambiental e seu controle são encarados como um problema de desequilíbrio de materiais de toda a economia (AYRES e KNEESE, 1969). Na prática as mudanças no fluxo físico dos recursos aumentam o reaproveitamento dos recursos utilizados na produção, reduzindo os desperdícios e a geração de rejeitos nos processos produtivos. Roundput e Diversidade: O objetivo maior da Economia Circular é o de solucionar o problema da linearidade dos sistemas produtivos contemporâneos (FROSCH e GALLOPOULOS, 1989; GRAEDEL, 1996). Os fluxos de materiais e energia na Economia Circular são denominados roundput, ou seja, fluxos cíclicos e em cascata (KORHONEN, 2001, 2004). A reciclagem dos rejeitos de produção e o reaproveitamento dos fluxos energéticos reduzem a utilização de recursos escassos e diminuem a produção de dejetos e as emissões perigosas para o meio ambiente e para a população. Diversidade significa que a economia deve estar formada por empresas que se adaptem à saída de uma firma do ciclo de reciclagem e a substitua por outra que possas cumprir o papel de fornecedora e/ou consumidora de materiais recicláveis.

6 6 Empresas também precisam ser flexíveis para adaptarem-se às mudanças nas condições ambientais (WANG e LI, 2006). Evolução dos Sistemas Econômicos: Sistemas econômicos são sistemas complexos e evolutivos (ALLENBY e COOPER, 1994). O entendimento da evolução dos sistemas econômicos no tempo é importante tanto para o desempenho ambiental como para o planejamento futuro das políticas eco-industriais. É importante buscar e identificar a evolução e o caminho evolucionário de certos ecossistemas industriais para aprender como esses se desenvolvem em sistemas semelhantes (WANG e LI, 2006). 3 FERRAMENTAS DE OPERACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA CIRCULAR NA CHINA A implantação da Economia Circular na China se deu basicamente através de duas leis Federais de 2002 e uma emenda à Constituição Federal nos anos 70. Em 1978 a Constituição da China foi modificada para reconhecer abertamente o papel do Estado na proteção do ambiente vivo e o ambiente ecológico para prevenir e controlar a poluição (ARTIGO 26). Em 2002 foi promulgada a Lei de Avaliação de Impacto Ambiental e a Lei de Promoção da Produção Limpa, que visam à implantação da Economia Circular na China. A Lei de Avaliação de Impacto Ambiental torna mandatária a avaliação do impacto ambiental para o uso do solo, uso da água, o uso de recursos naturais e para projetos de construção. Existem algumas limitações na lei. Não existem previsões para investigar o potencial para impactos sociais, culturais ou de saúde em projetos, ou de investigar alternativas mais viáveis desses mesmos projetos. A lei também não inclui os impactos cumulativos dos projetos planejados. Apesar dessas limitações, a Lei de Avaliação de Impacto Ambiental representa um progresso significativo na maneira como o governo chinês trata a questão ambiental. A Lei de Promoção da Produção Limpa, também promulgada em 2002, visa desenvolver mecanismos de transformação dos processos produtivos de linear para circular através de incentivos fiscais e isenção de impostos. Os governos estaduais e federal ficam responsáveis por integrar técnicas de Produção Limpa nos seus planos de desenvolvimento social e econômico. O processo busca reestruturar os métodos produtivos para aumentar a aderência a uma economia de reciclagem. As tecnologias e processos de produção obsoletos devem ser eliminados dentro de um período de tempo determinado. Os esforços para a implantação da Economia Circular também buscam educar a população sobre assuntos ambientais. A educação dos consumidores através da rotulação ecológica dos produtos é uma das estratégias adotadas na lei.

7 7 Informações sobre questões ambientais são disseminadas através da mídia, aumentando o alcance da educação para a preservação do meio ambiente. Universidades, faculdades e cursos técnicos deverão oferecer cursos sobre a Produção Limpa, possibilitando o desenvolvimento de técnicos e profissionais capazes de implementar a nova forma de produção. Todos os níveis de governo deverão dar preferência a produtos que promovam a conservação de energia e água e ao reuso dos resíduos sólidos. A construção civil deverá dar prioridade aos métodos de Produção Limpa. Empresas deverão monitorar seus consumos de água e energia e sua geração de resíduos através de auditorias de Produção Limpa. As embalagens de produtos deverão ser minimizadas, biodegradáveis e não-tóxicos. Todos os projetos destinados a implantação da Produção Limpa receberão assistência financeira do governo para sua realização. Antigos métodos lineares de produção serão pesadamente taxados e as empresas que os emprega receberão incentivos para fazerem a transição para sistemas circulares de produção. A Lei de Avaliação de Impacto Ambiental e a Lei de Promoção da Produção Limpa são ferramentas importantes na transformação dos processos produtivos da China. Essas leis dão a sustentação jurídica e financeira para que a transição ocorra. As leis também garantem que a população se intere das mudanças e possam participar de maneira ativa nesse processo. É preciso enfatizar a importância da educação da população, e principalmente dos consumidores chineses para as mudanças em curso, já que esses terão o papel de fiscalizar os produtos consumidos e cobrar das autoridades chinesas a evolução desse processo. Esse processo é ilustrado no próximo capítulo pelos Parques Industriais Ecológicos, que são formas de implementação da Economia Circular. 4 PARQUES INDUSTRIAIS ECOLÓGICOS UMA EXPERIÊNCIA PRÁTICA Até agora se investigou o que é a Economia Circular e quais as ferramentas empregadas pelo governo central chinês para estimular a implementação e desenvolvimento desse novo paradigma de produção. Será ilustrativo agora investigar quais as experiências práticas que têm ocorrido na China durante esse processo de transformação dos métodos produtivos de uma lógica linear e insustentável para uma lógica circular sustentável no longo prazo. A experiência chinesa na implantação desse novo modelo pode servir de base para outros países e empresas que busquem adotar o novo modelo. Em 2004 o governo central chinês, através do seu Ministro da Agência de Proteção Ambiental declarou que o controle da poluição está em um processo de transição de um modelo de controle ao final da produção para um modelo de monitoramento do ciclo de vida da produção.

8 8 Isso significa que o controle da poluição passa a ser monitorado durante todo o processo produtivo e não tão somente após o processo produtivo esteja encerrado (YAP). Até hoje a China já efetuou mais de 400 auditorias de Produção Limpa em empresas de 20 indústrias. Centrais de Produção Limpa foram inauguradas em 20 províncias e mais de 5000 empresas obtiveram a certificação ISO 14001, um certificado de Sistema de Gerenciamento Ambiental. Além disso, foram inaugurados 10 Parques Industriais Ecológicos (XIE, 2004). Parques Industriais Ecológicos são centrais de Produção Limpa, onde empresas se associam para aperfeiçoar a utilização de recursos finitos. Em um Parque Industrial Ecológico as empresas estão organizadas para compartilhar recursos e reaproveitar rejeitos de outras empresas. Dessa forma, uma empresa que anteriormente produzia rejeitos industriais passa a transferir seus rejeitos para outra empresa que os utiliza como matéria prima, reduzindo ou até eliminando totalmente a produção de resíduos poluentes ou tóxicos às pessoas e ao meio ambiente. Os Parques Industriais Ecológicos também otimizam a utilização da energia e da água através da cooperação entre as empresas alojadas no parque. Todo o processo é desenvolvido para minimizar o desperdício de energia e água e integrar a utilização desses recursos por um grupo de empresas. Essa associação permite que essas empresas façam uso inteligente dos recursos e que se beneficiem das economias de escala e da redução do desperdício. As principais características dos Parques Industriais Ecológicos são as seguintes: 1. Constitui uma comunidade de empresas e/ou indústrias que buscam melhorar o seu desempenho econômico, social e ambiental cooperando e desenvolvendo parcerias umas com as outras e com a comunidade. As indústrias aperfeiçoam a produção, aumentam o lucro (redução dos gastos com as aquisições de matérias primas substituídas por resíduos, gastos com transporte, com a disposição de resíduos, com serviços comuns) e reduzem os impactos ao meio ambiente (poluição/resíduos) e a saúde da comunidade ao trabalharem de forma integrada. 2. Utilização dos conceitos e práticas do Desenvolvimento Sustentável e da Gestão Ambiental Cooperativa. 3. Integração dos princípios da Ecologia Industrial, da Sinergia Industrial, da Gestão Ambiental Cooperativa, da prevenção da poluição, do planejamento, da arquitetura e das construções sustentáveis. As indústrias ao formarem parcerias aumentam sua vantagem competitiva (VEIGA, 2007). Os Parques Industriais Ecológicos podem ser classificados em dois tipos: Parques Industriais Ecológicos co-localizados e Parques Industriais Ecológicos virtuais (STARLANDER, 2003). A classificação está associada à disposição física das empresas associadas. Nos Parques Industriais Ecológicos co-localizados as indústrias estão estabelecidas em clusters industriais. A proximidades das empresas facilita o desenvolvimento de sinergias, existindo uma maior chance de integração e cooperação entre os atores envolvidos.

9 9 Os Parques Industriais Ecológicos virtuais se localizam em uma área física mais abrangente e com maior diversidade de atores envolvidos, oferecendo uma maior possibilidade de sinergias, porque existe uma diversidade maior de empresas e, consequentemente, maiores possibilidades de encaixe entre tais empresas e seus processos produtivos. A literatura sobre Parques Industriais Ecológicos oferece outra tipologia baseadas na forma de intercâmbio e de localização das indústrias participantes. CHERTOW (2000) oferece as seguintes classificações de Parques Industriais Ecológicos: 1. Intercâmbio Externo de Resíduos: Esse arranjo é baseado na criação de um banco de dados onde os resíduos demandados e ofertados pelas indústrias são permutados. Um bom exemplo desse tipo de Parques Industriais Ecológico é o Programa de Bolsa de Resíduos da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN). 2. Intercâmbio Interno de Resíduos: Esse tipo de arranjo produtivo se caracteriza pela troca de resíduos dentro de uma única unidade industrial ou entre indústrias de uma mesma corporação. Um exemplo desse tipo de arranjo produtivo é o sistema desenvolvido pela Universidade de Yale para o reaproveitamento de peças e partes de equipamentos eletrônicos. 3. Indústrias Localizadas em um Mesmo Parque Industrial Ecológico: Nesse arranjo produtivo as industriais estão localizadas no mesmo Parque Industrial Ecológico, o que permite a permuta de resíduos, energia, água e materiais. Esse arranjo também permite o compartilhamento de informações, recursos humanos, licenças, força de trabalho, treinamento, restaurante, áreas de lazer, transporte e serviços de marketing. Um exemplo desse arranjo produtivo é o Parque Industrial Ecológico de Cape Charles na Virgínia, EUA. 4. Indústrias Não-Localizadas em um Mesmo Parque Industrial Ecológico: Esse arranjo é composto por empresas localizadas em uma mesma região geográfica, porém dispersas nessa região e não concentradas em uma mesma área. Uma das vantagens desse arranjo é a possibilidade de outras empresas da região aderirem ao sistema, sem a necessidade de se mudarem para o Parque Industrial Ecológico. Um exemplo desse tipo de Parque Industrial Ecológico é o de Kalundborg na Dinamarca. 5. Indústrias Organizadas Virtualmente: Esse modelo é adotado por indústrias que não queiram mudar sua localização para participar de um programa de Parque Industrial Ecológico. As trocas de resíduos ocorre entre indústrias localizadas em diferentes regiões. A grande vantagem desse modelo é a economia dos custos de mudança de sítio. A desvantagem principal é a impossibilidade do compartilhamento de recursos além dos resíduos de produção. De fato esse modelo funciona como uma bolsa de resíduos que são disponibilizados e trocados à distância. Um exemplo desse tipo de Parque Industrial Ecológico é o de Brownsville no Texas, que abrange a região de Brownsville e também a de Matamoros no México.

10 10 Com o desenvolvimento teórico e prático dos Parques Industriais Ecológicos, deve também evoluir as definições e as tipologias desses arranjos produtivos. Até o presente momento os tipos mais freqüentes destes parques estão descritos acima. Desta forma daremos continuidade com o estudo de caso de um Parque Industrial Ecológico localizado na China. 5 ESTUDO DE CASO DE UM PARQUE INDUSTRIAL ECOLÓGICO NA CHINA Parque Ecológico Industrial de Quzhou, Província de Zhejiang no Leste da China. O Parque Industrial Ecológico de Quzhou constitui um cluster de dezenas de indústrias químicas de tamanhos variados no leste chinês. Esse cluster está localizado no Rio Qiantang, que é a principal fonte de água para a província de Zhejiang. A poluição atmosférica e principalmente da água precipitou protestos da população e governo local para que as indústrias reduzissem ou eliminassem a quantidade de poluentes lançados no ecossistema. As empresas localizadas na região adotaram os conceitos da Economia Circular e constituíram um Parque Industrial Ecológico, uma solução para a degradação ambiental que também afetasse positivamente o desempenho econômico das empresas envolvidas. O Parque Industrial Ecológico Qozhou é integrado pelo Grupo Juhua, um dos 18 maiores complexos químicos da China. Este parque está situado em 600 hectares e conta com mais de 30 indústrias da área química. O parque produz mais de 180 variedades de produtos químicos, como matérias primas químicas, remédios, minérios, metais não-ferrosos, materiais de construção, entre outros. O Parque Industrial Ecológico funciona através de uma rede de trocas entre as empresas participantes. Os processos produtivos foram desenvolvidos para a co-produção, ou seja, para o reaproveitamento dos insumos e dejetos. Por exemplo, os dejetos de HCl do gás freon é passado para uma empresa que produz PVC. O material reutilizado reduz o consumo de HCl na produção de PVC, consequentemente, o custo de produção de PVC (VEIGA, 2007). Como o gás freon é causador do efeito estufa, a empresa geradora do dejeto economiza na disposição do gás. O meio ambiente é beneficiado porque o gás é aprisionado na produção do PVC e não chega ao meio ambiente. As empresas no Parque Industrial Ecológico Quzhou podem ser divididas em três diferentes grupos: 1. Empresas que fornecem matéria prima e materiais secundários aos membros do grupo; 2. Empresas que utilizam produtos químicos produzidos pelas outras empresas em seus processos produtivos; 3. Empresas que consomem dejetos das outras empresas do grupo; Na prática, a empresa Juhua é o centro das operações do Parque Industrial Ecológico Quzhou. A firma produz 0,8 milhões de toneladas de dejetos sólidos anualmente. Esses

11 11 dejetos são principalmente cinzas e resíduos sólidos químicos, que normalmente teriam de ser devidamente dispostos ou seriam lançados no meio ambiente. Atualmente mais de 80% desses resíduos são passados para empresas que produzem tijolos. A Juhua também produz 23 mil toneladas de dejetos líquidos anualmente, dos quais 70% são repassados para pequenas empresas do Parque Industrial Ecológico para reciclagem e reuso. Por exemplo, o H2S4 produzido pela Juhua é utilizado para produzir fertilizantes, o CCl4 produzido pela unidade de gás freon é transformado em solvente, e o óleo descartado da unidade de produção de nylon é utilizado como combustível. O exemplo do Parque Industrial Ecológico Quzhou é ilustrativo de como o conceito de Economia Circular e a organização de empresas em Parques Industriais Ecológicos pode ter um efeito positivo tanto na redução de poluentes como na redução dos custos de produção. O resultado prático desse arranjo produtivo eliminou as pressões sociais contra as empresas do grupo, reduziu os impactos ambientais da produção de produtos químicos, e aumentou a produtividade das empresas envolvidas através da redução de custos de produção (VEIGA, 2007). Desta forma é interessante fazer uma correlação destes benefícios trazidos pelos Parques Industriais Ecológicos, por meio da Economia Circular com as cinco dimensões do ecodesenvolvimento que é elucidado por Ignacy Sachs. 6 A ECONOMIA CIRCULAR E AS CINCO DIMENSÕES DO ECODESENVOLVIMENTO Uma discussão que se torna pertinente para as relações de desenvolvimento de um país é o entendimento do ecodesenvolvimento. Este conceito procura viabilizar não tão somente o lado econômico e o social de uma região, mas outros fatores que são de extrema importância para a construção de uma sociedade mais justa e equilibrada com o seu meio ambiente. Este conceito de desenvolvimento sustentável perpassa por cinco dimensões que se mostram, como já foi dito, de extrema importância para um desenvolvimento que realmente seja sustentável. Segundo Ignacy Sachs em sua obra Rumo à Ecossocioeconomia: teoria e prática do desenvolvimento, o autor chama a atenção para estas cinco dimensões que precisam ser viabilizadas com esforços simultâneos de abordagens para atingir o conceito de sustentabilidade. Como então a Economia Circular, como uma proposta de Desenvolvimento Sustentável pode, por meio dos Parques Industriais Ecológicos, atingir estes esforços para viabilizar as cinco dimensões propostas para o ecodesenvolvimento? Segundo Sachs (2007) as cinco dimensões do ecodesenvolvimento são: sustentabilidade social, sustentabilidade econômica, sustentabilidade ecológica, sustentabilidade espacial e sustentabilidade cultural.

12 12 Cada uma delas tem suas particularidades e referem-se a um tipo de desenvolvimento que acaba formando uma totalidade de práticas para a melhoria da sociedade. A sustentabilidade social tem como pretensão construir uma civilização com direitos iguais no que diz respeito à distribuição de renda e de bens, com a intenção de reduzir o hiato existente entre os padrões de vida dos mais favorecidos economicamente e os menos favorecidos (SACHS, 2007). A Economia Circular quando formalizada deve trazer um maior nível de empregabilidade e de maneira mais distributiva, pois, existirão maiores números de empresas formalizadas na industrialização dos rejeitos industriais das grandes empresas. A perspectiva é que este tipo de proposta gere um maior nível de emprego dando oportunidade a todos. A sustentabilidade econômica deve-se a busca de formas de troca mais justas entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento e a busca por maiores oportunidades a acessos tecnológicos e científicos. A eficiência econômica deve ter o entendimento de atingir a sociedade como um todo, seria uma preocupação macrosocial e não tão somente no sentido microeconômico que revela uma preocupação com os resultados de rentabilidade empresarial (SACHS, 2007). A Economia Circular tem como proposta abandonar o conceito linear de produção, que se preocupa tão somente com o resultado econômico da empresa. Ela trabalha o sentido circular que ilumina uma proposta de se entender e incluir todas as externalidades sócio-ambientais que o processo produtivo constrói. Além disso, a Economia Circular representa uma redução na utilização de recursos naturais e na produção de dejetos, o que representa economia para as empresas. A sustentabilidade ecológica como um dos cinco conceitos trabalhado por Sachs (2007), propõem soluções para intensificar o potencial dos recursos existente no planeta Terra e diminuir os impactos nos diversos ecossistemas que dão sustentação a vida (SACHS, 2007). Alguns exemplos como limitar o consumo de combustíveis fósseis e de outros recursos facilmente esgotáveis; reduzir o volume de resíduos e de poluição utilizando-se da reciclagem e da conservação de energia; a autolimitação no consumo de recursos naturais por parte dos países ricos; aumentar a pesquisa para a descoberta de tecnologias que otimizem a utilização de recursos naturais e que produzam pouco resíduos industriais; definir normas para uma adequada proteção ambiental por meio de instrumentos econômicos, legais e administrativos; estas são propostas para a sustentabilidade ecológica. Como foi visto a Economia Circular como conceito evidencia estas propostas para a construção de Parques Industriais Ecológicos que tragam estas medidas para a sustentabilidade do Planeta. São formalizadas técnicas para se diminuir os resíduos industriais e de consumir menos energia em todo o processo produtivo, principalmente o de utilizar formas mais coerentes no consumo dos recursos naturais mais importantes a sustentação da vida dos ecossistemas como a água, os solos e o ar. A sustentabilidade espacial como penúltimo conceito das cinco dimensões do ecodesenvolvimento, viabiliza um entendimento a respeito de uma configuração rural-urbana mais equilibrada com uma melhor distribuição territorial dos assentamentos humanos (SACHS, 2007).

13 13 Este conceito tem como expectativa reduzir a concentração de famílias nas áreas metropolitanas; frear a destruição de ecossistemas frágeis decorrentes da colonização sem controle; produzir tecnologia, práticas modernas e regenerativas de agricultura; explorar a industrialização descentralizada, com novas tecnologias e oportunidades de emprego nãoagrícolas nas áreas rurais; criar uma rede de reservas naturais com a intenção de proteger a biodiversidade (SACHS, 2007). A Economia Circular melhora a busca por tecnologias que buscam a preservação e a melhoria da exploração dos recursos naturais. Quando é formalizada o Parque Industrial Ecológico por meio do modelo de Indústrias Organizadas Virtualmente, existe a possibilidade de atingir empresas em várias localidades, principalmente em áreas rurais, gerando novas tecnologias na região e mais empregos. Também como proposta para trabalhar as questões agrícolas, que podem ser reavaliadas e trabalharem o reuso dos seus recursos em torno desta produção dentro das próprias propriedades de uma região e por meio de industrias que viabilizem isto, fixando o homem no campo. O último conceito das cinco dimensões e a sustentabilidade cultural que propõem formas de construir uma nova tecnologia que revele as práticas existentes em cada comunidade rural ou metropolitana, mas que resguarde e respeite o processo de cada contexto sócio-ecológico da região (SACHS, 2007). O processo de industrialização circular por meio da Economia Circular, faz uma proposta de reflexão para elucidar formas estratégicas de redução, reuso e reciclagem dos recursos. Assim, solucionar o problema da linearidade dos sistemas produtivos contemporâneos. A reciclagem dos rejeitos de produção e o reaproveitamento dos fluxos energéticos reduzem a utilização de recursos escassos e diminuem a produção de dejetos e as emissões perigosas para o meio ambiente e para a população, respeitando sempre os processos do contexto ambiental e social da região. Assim, podemos entender que a Economia Circular por meio dos Parques Industrias Ecológicos consegue atingir de alguma forma as dimensões que permeiam a proposta ecodesenvolvimentista para um Desenvolvimento Sustentável. Não é entendida tão somente como uma ferramenta que tem cunho sócio-econômico, mas também perpassa por outras dimensões tão importante para se atingir o equilíbrio e a equidade sustentável de uma nação. 7 CONSIDERAÇÕES Este artigo buscou investigar, através de revisão bibliográfica, a estratégia chinesa para lidar com as externalidades resultantes do crescimento econômico acelerado, como poluição, esgotamento dos recursos naturais e pressões sociais. A partir de 2002 o governo central chinês, através de duas leis federais e uma emenda constitucional adota a Economia Circular como sua principal estratégia de desenvolvimento econômico.

14 14 A Economia Circular representa uma mudança radical nos processos produtivos em vigor na China e no resto do mundo. Essa técnica de produção elimina a linearidade dos processos produtivos tradicionais e põe em prática uma lógica circular na produção de bens e serviços. Num processo linear de produção a geração de dejetos é inevitável, já que o processo de produção não prevê a reutilização dos rejeitos resultante da manufatura de produtos. Já a Economia Circular planeja a produção de forma que tudo o que não é aproveitado no processo produtivo seja reutilizado em outro processo de produção. É a inclusão das externalidades do processo produtivo linear. Dessa maneira, há uma redução significativa da poluição, aumento nos estoques de matérias primas disponíveis, uma diminuição nos custos de produção, além de gerar novos postos de trabalho. A experiência chinesa pode servir de parâmetro para outras economias que busquem a implantação de um modelo produtivo menos danoso ao meio ambiente. Porém existem características da economia da China e também da sua forma de governo que limitam a aplicabilidade da experiência chinesa para os países ocidentais. Uma limitação óbvia é a forma de governo da China. Por se tratar de um governo central, com plenos poderes e sem uma oposição organizada, a China tem a capacidade de implantar uma mudança tão drástica de cima para baixo. Países democráticos do Ocidente teriam que superar as resistências de grupos acostumados com o atual padrão de produção, que provavelmente tentariam evitar qualquer mudança que represente gastos extras e um período de adaptação. Essa resistência organizada poderá atrasar a implantação de tal modelo econômico, que dependerá da aprovação de leis pela maioria dos representantes do povo nos Congressos Nacionais dos países democráticos. Outra limitação na implantação da Economia Circular em países em desenvolvimento do Ocidente seria a questão financeira. A China já superou os Estados Unidos em investimento estrangeiro direto, o que significa que o governo central da China conta com grande quantidade de dinheiro para financiar a mudança de paradigma de produção. Países como o Brasil não podem contar com tamanha disponibilidade de capital para implementar tal mudança. Nesses países a implantação da Economia Circular acontecerá, provavelmente, de maneira mais lenta e gradual, também devido a falta de capital para uma implantação rápida. Finalmente, a China é um dos países mais poluídos do planeta, e a necessidade de mudanças estruturais que aliviem este problema é mais evidente que em outros países em desenvolvimento. Como foi demonstrado neste artigo, o problema da poluição na China já afeta quase 1 bilhão de habitantes e já causa enorme dano a saúde pública e gera manifestações populares de revolta. O descontentamento da população também põe em risco a capacidade da China de manter seu elevado ritmo de crescimento.

15 15 Por todas essas razões, a China tem grande incentivo para modificar seus métodos de produção e investir na Economia Circular, enquanto em outros países em desenvolvimento será mais difícil convencer os atores sociais a investir nessa mudança. Apesar disto, a Economia Circular oferece uma ferramenta na implantação de um modelo de sustentabilidade que equaciona o crescimento econômico acelerado com melhora no desempenho social, ambiental e em outros fatores como vimos no capítulo sete deste artigo. Essa ferramenta é importante porque, apesar da evolução dos conceitos de Desenvolvimento Sustentável, ações que levem à sustentabilidade ainda são muito escassas e pouco conhecidas. A Economia Circular é um modelo de sustentabilidade que pode ser operacionalizado, tirando a sustentabilidade do discurso teórico e a conduzindo para a experiência prática podendo ser aplicada e alargada para outras esferas como a agricultura. Uma proposta de viabilidade agrícola que fixe o homem no campo e gere novas tecnologias para o reuso de recursos naturais dentro deste processo.

16 16 REFERÊNCIAS ALLENBY, B., COOPER, W. E. Understanding industrial ecology from a biological systems perspective. Total Quality Environmental Management, v.3, n.3, p , AYRES, R. U.; AYRES, L. Industrial ecology towards closing the material cycle. Edward Elgar, UK, AYRES, R. U.; KNEESE, A. V. Production, consumption and externalties. American Economic Review, n.3, p , BANCO MUNDIAL. Environment Matters. Resumen Annual, Julio de 2003 Junio de Washington D.C., BOULDING,K. E. The economics of the coming spaceship Earth: resources for the future. Baltimore, MD: Johns Hopkins University Press, BRUNTLAND, H. G Our common future. Norway. Disponível em: < brundtlandreport. html>. Acesso em: 14 ago CHERTOW, M. Industrial symbiosis: literature and taxonomy. Annual Review of Energy and Environment, v.25, p , ERKMAN, S. Industrial ecology: a historical view. Journal of Cleaner Product, v.5, p.1-10, FENG, Z. Circular economy overview. Beijing, China: People s Publishing House, FROSCH, A., GALLOPOULUS, N. E. Strategies for manufacturing. Scientific American, v.189, p , GRAEDEL, T. E. On the concept of industrial ecology. Annual Review of Energy and Environment, v.21, p.69-98, KORHONEN, J. Four ecosystem principles for an industrial. Journal of Cleaner Product, v.9, p , KORHONEN, J. Theory of industrial ecology. Prog. Industr. Ecol., v.1, n.1-3, p.61-88, SACHS, I. Rumo à ecossocioeconomia: teoria e prática do desenvolvimento. São Paulo: Cortez, STARLANDER, J. E. Industrial symbiosis: a closer look on organizational factors, a study based on the Industrial Symbiosis project in Landskrona, VEIGA, L. B. E. Diretrizes para a implantação de um parque industrial ecológico: uma proposta para o PIE de Paracambi. Rio de Janeiro, p Tese (Doutorado em Engenharia) COPPE/UFRJ, Universidade Federal do Rio de Janeiro. YAP, N. T. Towads a circular economy: progress and challenger. Greener Management International, V. Spring, n.50, p.11-24, 2006.

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